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Profa. Dra. Aline Veroneze UNIDADE II Nutrição em Saúde Pública 1. Abrangência: Universais: todos cidadãos contemplados. Focalizadas: para determinados grupos populacionais. 2. Grau de intervenção: Estruturais: interferem em todos os determinantes. Compensatórias: interferem em alguns determinantes mais urgentes. Políticas Públicas Fonte: Adaptado de: https://dssbr.ensp.fiocru z.br/o-brasil-e-a-agenda- internacional-dos-dss/ PRODUÇÃO AGRÍCOLA E DE ALIMENTOS EDUCAÇÃO AMBIENTE DE TRABALHO DESEMPREGO ÁGUA E ESGOTO SERVIÇOS SOCIAIS DE SAÚDE HABITAÇÃO CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO E Assistência social: responsabilidade pública e um direito do cidadão, devendo estar integrada às demais políticas a fim de consolidar direitos que foram negados a uma parcela expressiva da população. Em 1993, com a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), a assistência social foi definitivamente instituída como um direito humano sob responsabilidade do Estado – instituiu o Conselho Nacional de Assistência Social (Cnas). Em 2004, a Pnas foi aprovada pelo Cnas. A política pública de assistência social deve atender aos seguintes objetivos: proteger indivíduos em situação de dependência ou vulnerabilidade; proporcionar uma vida digna e gerar oportunidades, sendo um instrumento de justiça e equidade. Política Nacional de Assistência Social (Pnas) Seguranças de proteção social: Sobrevivência: responsabilidade do Estado – mínimo de rendimento e promover o desenvolvimento social para que as famílias consigam autonomia. Acolhida: direitos humanos necessários – alimentação, roupas e abrigo. Vivência familiar: garantia do convívio familiar e em comunidade e não aceitação do isolamento, o abandono, a discriminação, a segregação ou a apartação social. Política Nacional de Assistência Social (Pnas) Sobrevivência Acolhida Vivência familiar Rendimento Autonomia P ro te çã o s o ci al Fonte: Adaptado de: livro-texto. As diretrizes da Pnas são baseadas na Constituição Federal e nas diretrizes da Loas: I. Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais. II. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. III. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. IV. Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. Política Nacional de Assistência Social (Pnas) Populações beneficiadas pelas ações estabelecidas na Pnas – vulnerabilidade. Indicadores: Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) – três subíndices que sintetizam grande parte dos fatores sobre vulnerabilidade social: i) Infraestrutura urbana; ii) Capital humano; e iii) Renda e trabalho. A escala de 0 a 1, sendo a média aritmética entre os três, em que 0 corresponde à ausência de vulnerabilidade e 1 representa alta vulnerabilidade. Valores acima de 0,5 já correspondem às condições de alta vulnerabilidade. Dados sobre o Brasil: 0,243 = baixa vulnerabilidade. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) A Pnas institui a organização sob a forma de um sistema com ações de proteção social básica e especial: Sistema Único de Assistência Social (Suas) – instituído em 2005. O controle social é exercido pelos conselhos de assistência social dos municípios, estados e União. As ações organizadas pelo Suas têm como referência o território onde as pessoas moram, considerando suas demandas e necessidades. Programas, projetos, serviços e benefícios devem ter a família como foco de atenção, seus membros e indivíduos e o território como base de organização. Política Nacional de Assistência Social (Pnas) As ações da assistência social são organizadas em dois tipos de proteção social: básica e especial, que podem se subdividir em média e alta complexidade. Proteção social básica: fortalecimento de grupos em situação de risco social e a inserção nas políticas públicas, no mercado de trabalho e na vida em comunidade. Na proteção social básica os programas, os projetos e os serviços são desenvolvidos e coordenados pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras). Na proteção social especial, tanto na média como na alta complexidade, os serviços são desenvolvidos e coordenados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Proteção Social A proteção social especial tem dimensão mais complexa, devido às fragilidades dos vínculos sociais e familiares. A proteção social especial de média complexidade atende famílias e indivíduos com seus direitos violados: serviço de orientação e apoio sociofamiliar; plantão social; abordagem de rua; cuidado no domicílio; serviço de habilitação e reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência; medidas socioeducativas em meio aberto, que envolvem a prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. Proteção Social A proteção social especial de alta complexidade atende famílias e indivíduos em situação de abandono, pessoas em situação de rua, ou seja, sem referência familiar, bem como indivíduos em situação de ameaça, que precisam ser afastados de seu núcleo familiar e comunitário. República, Casa Lar, Casa de Passagem e albergue; família substituta; família acolhedora; atendimento integral institucional; medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e sentenciada); trabalho protegido. Proteção Social Unidade pública localizada em áreas de vulnerabilidade social. Programa de Atenção Integral à Família. Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento à pobreza. Centros de convivência para pessoas idosas. Serviços para crianças de 0 a 6 anos que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares, ao direito de brincar, a ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças. Serviços socioeducativos para crianças, adolescentes e jovens de 6 a 24 anos, visando à sua proteção, socialização e ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Centros de informação e de educação para o trabalho voltados para jovens e adultos. Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Cadastro de famílias em situação de vulnerabilidade social. Por meio das escolas, dos Cras e por mecanismos de busca ativa. Informações de cadastro: características da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade, situação de trabalho e renda, entre outras. Para cadastro: renda de até meio salário mínimo por pessoa. Seleção e a inclusão de famílias nos programas federais, sendo usado para a concessão dos benefícios de transferência de renda. Cadastro Único (CadÚnico) Fonte: https://tabelainss2024.inf.br/cadunico-2024/ Lei Federal n. 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamentado pelo Decreto n. 5.209, de 17 de setembro de 2004. Programa de transferência condicionada de renda, voltado à população em situação de pobreza. Fusão: Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás. Em agosto de 2017, o CadÚnico começou a ser utilizado para inclusão de beneficiários. Condicionalidades: reforçar o acesso à educação, à saúde e à assistência social. Em 2024, estabeleceu-se que a renda familiar mensal para inserção no programa era, no mínimo, R$ 218,00 per capita. Programa Bolsa Família (PBF) Toda família beneficiáriarecebe, no mínimo, R$ 600,00 por mês. Programa Bolsa Família (PBF) Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt- br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/03/tem- duvidas-sobre-o-bolsa-familia-confira- perguntas-e-respostas-sobre-o-programa Renda Cidadã R$ 142,00 per capital/mês Benefício Primeira Infância – famílias com crianças de 0 a 6 anos R$ 150,00 criança/mês Benefício variável familiar: gestantes, nutrizes e famílias com crianças e adolescentes (7 a 18 anos) R$ 50,00 per capital/mês Benefício complementar Valor complementar até R$ 600,00 para beneficiários que não atinjam esse valor mínimo mensal de repasse pela renda cidadã Fonte: Adaptado de: livro-texto. Condicionalidades: Crianças ≤ 7 anos: cumprir calendário vacinal e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento. Gestantes: realização de pré-natal. Educação: crianças (4 a 5 anos): frequência escolar mínima de 60% e crianças e adolescentes (6 a 17 anos): frequência escolar mínima de 75%. Programa Bolsa Família (PBF) Garantia da segurança alimentar nutricional Combate à pobreza Alívio imediato da fome Acesso a serviços públicos Emancipação social Intersetorialidade de ações PBF Fonte: Adaptado de: livro-texto. A Política Nacional de Assistência Social (Pnas) foi instituída em 2005 com o objetivo de organizar a assistência social no Brasil em um sistema descentralizado e participativo, chamado Sistema Único de Assistência Social (Suas). Qual das seguintes afirmações descreve corretamente o Suas? a) É um sistema de seguridade privada. b) É uma rede de proteção social com gestão compartilhada entre União, estados e municípios. c) É um programa exclusivo para pessoas idosas. d) É uma iniciativa para privatizar os serviços sociais. e) É um sistema voltado apenas para a classe média. Interatividade A Política Nacional de Assistência Social (Pnas) foi instituída em 2005 com o objetivo de organizar a assistência social no Brasil em um sistema descentralizado e participativo, chamado Sistema Único de Assistência Social (Suas). Qual das seguintes afirmações descreve corretamente o Suas? a) É um sistema de seguridade privada. b) É uma rede de proteção social com gestão compartilhada entre União, estados e municípios. c) É um programa exclusivo para pessoas idosas. d) É uma iniciativa para privatizar os serviços sociais. e) É um sistema voltado apenas para a classe média. Resposta Em junho de 2011, foi lançado o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM). Objetivo: erradicar a extrema pobreza da população brasileira (renda per capita mensal inferior a R$ 70,00). Camadas mais vulneráveis da população ainda tinham dificuldade de acesso aos programas governamentais e os valores transferidos pelos programas não eram suficientes para retirar a população da condição de extrema pobreza. O plano foi estruturado em três eixos: Primeiro eixo: garantia de renda, relativo aos programas e às ações de transferência de renda para alívio imediato da condição de extrema pobreza: Programa Bolsa Família. Segundo eixo: inclusão produtiva, com oferta de oportunidades de qualificação profissional, ocupação e renda, por meio de estratégias específicas para o campo e para a cidade. Terceiro eixo: acesso a serviços públicos, de modo a melhorar as condições de vida, saúde e assistência social. Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) No terceiro eixo de atuação do plano, ampliação da oferta de serviços públicos – Ações do Ministério da Saúde: Estratégia Saúde da Família: ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas de forma integral e contínua. Brasil Sorridente: ações em saúde bucal. Olhar Brasil: identificar problemas visuais em alunos matriculados na rede pública de Ensino Fundamental (1ª a 8ª série). Rede Cegonha: implementar rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério. Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) Fontes: https://www.pradopolis.sp.leg.br/imagens/i magens-noticias/logo-saude-da- familia.jpg/image_view_fullscreen https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php ?modo=link2&idnoticia2=35113 https://cdentista.com/brasil-sorridente-um- sorriso-para-625-dos-brasileiros-em-2024/ https://www.pastoraldacrianca.org.br/noticia s2/3841-rede-cegonha Retorno do Brasil ao Mapa da Fome em 2021/2022: 2023 foi estabelecido como prioridade – Decreto n. 11.679/23 – metas até 2030. O plano de ação foi baseado em estratégias já implantadas no país: Programa Fome Zero e Brasil Sem Miséria. O Comitê Gestor do Brasil Sem Fome está instituído no âmbito do Caisan. Eixos: Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania. Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo. Mobilização de combate à fome. Maior integração entre SUS, Suas e Sisan para identificação e acolhimento de indivíduos em situações de insegurança alimentar e nutricional. Plano Brasil sem Fome A agricultura familiar é um segmento que foi ignorado até o final do século XX pelas políticas públicas. O Pronaf foi criado pelo governo federal para promover o desenvolvimento rural e a segurança alimentar em 1996: desenvolvimento rural sustentável, estimular a pesquisa para o desenvolvimento, difundir tecnologias adequadas, proporcionar incentivo ao aprimoramento profissional, à atuação das demandas locais dos agricultores e de suas organizações. Pronaf: crédito rural aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária, com taxas de juros prefixadas e garantia de valor mínimo no mercado. O Censo Agropecuário 2017 apontou que 77% dos estabelecimentos agrícolas eram de agricultura familiar e ocupavam 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Políticas de incentivo à agricultura familiar Lei da Agricultura Familiar (n. 11.326), que regulamenta a Política Nacional de Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Programa Fomento Rural foi criado pela Lei n. 12.512/2011 e regulamentado pelo Decreto n. 9.221 de 2017: acompanhamento social e produtivo das famílias participantes e a transferência direta de recursos financeiros às famílias para investimento em projeto produtivo, no valor de R$ 4,6 mil, divididos em duas parcelas (início e após três meses): estruturação produtiva das famílias rurais mais pobres e o desenvolvimento de projetos produtivos. Políticas de incentivo à agricultura familiar Fonte: https://catalogo.ipea.gov.br/politica/355/program a-de-fomento-as-atividades-produtivas-rurais Em 2012 foi instituída a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), por meio do Decreto n. 7.794. O principal instrumento dessa política é o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), lançado em 2013. Para atingir um de seus objetivos, foi criado o Programa Nacional para Redução do Uso de Agrotóxicos (Pronara). Pronara estabelece princípios e diretrizes para diminuir a utilização de agrotóxicos que possam causar prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente: registros, obrigando controle e monitoramento de toda a cadeia produtiva. Também impõe medidas para desenvolvimento de alternativas viáveis que protejam a produção agroecológica e orgânica – foi suspenso pelo Ministério da Agricultura. Política Nacional de Redução de Agrotóxicos Decreto n. 11.820, de 12 de dezembro de 2023. Sistema integrado de abastecimento alimentar (produção, beneficiamento, armazenagem, transporte, distribuição, comercialização e consumo de alimentos) que promova soberania alimentar e segurança alimentar e nutricional. Prevê a elaboração de um Plano Nacional de Abastecimento Alimentar como instrumento de concretização dessa política, revisado a cada quatro anos, construído pelo Caisan, com a participação e o controle social. Até o início de 2024, o plano estava em fase de elaboração. PolíticaNacional de Abastecimento Alimentar (Pnaab) Fonte: https://www.gov.br/secretariageral/pt- br/noticias/2023/setembro/consea-lanca-a- plataforma-digital-da-6a-conferencia-nacional- de-seguranca-alimentar-e-nutricional O acesso à água potável para o consumo humano faz parte de uma alimentação adequada e saudável. No Brasil, ainda existem regiões sem abastecimento de água pela rede pública ou com acesso precário à água potável. Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva (Programa Cisternas): água captada é utilizada para o consumo humano, criação de animais e produção de alimentos. A tecnologia necessária para o alcance do objetivo proposto é simples e de baixo custo. A seleção dos beneficiados é feita pela entidade executora (órgãos públicos municipais/estaduais ou entidades privadas sem fins lucrativos) com a participação de instituições representativas da comunidade. Programa Cisternas Cisterna familiar: água para consumo humano (primeira água), instalada ao lado dos domicílios e com capacidade de armazenamento de 16 mil litros; Cisterna escolar: água para consumo humano (primeira água), instalada em escolas do meio rural e com capacidade de armazenamento de 52 mil litros; Cisterna para produção: água direcionada para a produção agropecuária (segunda água), com capacidade de armazenamento de 52 mil litros e é de uso coletivo ou individual. Em 2023, o governo federal retoma o fortalecimento desse programa, com maior investimento para a construção de cisternas, além da capacitação e da assistência técnica às famílias em Minas Gerais, Região Amazônica e nove estados da região Nordeste. Programa Cisternas Fonte: https://fgm-go.org.br/ministerio-da- cidadania-altera-modelo-a-tecnologia-social- de-acesso-a-agua-do-programa-cisternas/ O PAA foi instituído em 2003 pela Lei n. 10.696, no âmbito do programa Fome Zero, alterada pela Lei n. 14.628, de 20 de julho de 2023 – integra o Sisan e a Pnsan, auxiliando na garantia do DHAA. Possui dois objetivos principais: promover alimentação adequada e saudável e gerar renda aos pequenos produtores da agropecuária contemplados pelo Pronaf. Compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais que vão para pessoas em vulnerabilidade alimentar atendidas pela rede assistencial, equipamentos públicos de SAN, escolas da rede pública ou filantrópicas e estoques públicos de alimentos para situações emergenciais. Beneficiários: fornecedores e os consumidores. Os fornecedores são os agricultores familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas, remanescentes das comunidades quilombolas e demais comunidades tradicionais. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Os consumidores são pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. A compra é feita após assinatura de termo de adesão e os alimentos podem ser adquiridos por modalidades diferentes: Compra com doação simultânea: compra e doação imediata de alimentos às unidades receptoras ou diretamente aos beneficiários consumidores. Compra institucional: para instituições de administração pública direta ou indireta, tais como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários e escolas. Do total de recursos destinados ao PAA, no mínimo 30% deve ser utilizado para essa modalidade de compra. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) PAA leite: compra de leite destinado às unidades receptoras ou diretamente aos consumidores. Compra direta: sustentar preços, formar estoques e propiciar a intervenção emergencial como em calamidades públicas e outras demandas específicas. Formação de estoques: os fornecedores recebem apoio financeiro para a produção de alimentos da safra e, após a venda, o valor investido será devolvido ao poder público. A instância de controle social do PAA é o Consea. O PAA é considerado uma política estruturante, pois além de doar alimentos para indivíduos em risco de insegurança alimentar, usa o poder de compra do governo para fomentar a agricultura familiar, apoiando a cadeia alimentar para a promoção de uma alimentação mais saudável e o desenvolvimento rural. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Criada em 2003 e consiste na distribuição de alimentos básicos em forma de cesta de alimentos. Para a plena garantia universal do DHAA. O público-alvo são famílias vulneráveis para insegurança alimentar, como indígenas e remanescentes dos quilombolas, e as atingidas por situações de emergência ou calamidade pública reconhecidas pela Defesa Civil Nacional. O Decreto n. 11.936/24 e a Portaria n. 966/24 tratam sobre o conjunto de alimentos que deve compor a cesta básica. Ação de Distribuição de Alimentos (ADA) Fonte: https://www.gov.br/casacivil/pt- br/assuntos/noticias/2021/marco/governo-federal- garante-aquisicao-e-doacao-de-alimentos-a- localidades-em-situacao-de-emergencia Portaria MDS N. 966, de 6 de março de 2024. Alimentos in natura e minimamente processados: feijões (leguminosas), cereais, raízes e tubérculos, legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes (oleaginosas), carnes e ovos, leites e queijos, açúcares, sal, óleo e gorduras, café, chá, mate e especiarias. Cesta Básica Fonte: https://bvsms.sau de.gov.br/bvs/publ icacoes/guia_alim entar_populacao_ brasileira_2ed.pdf São espaços destinados para abastecimento, distribuição e/ou comercialização a preços acessíveis de refeições e/ou alimentos. O governo federal financia a construção desses locais, assim como reformas e adaptações de instalações prediais. Estados e municípios assumem a responsabilidade pela gestão e pela manutenção dessas unidades, podendo ter parcerias com organizações comunitárias ou instituições privadas sem fins lucrativos. Exemplos: restaurantes populares, as cozinhas comunitárias e o banco de alimentos, parcialmente abastecidos por alimentos provenientes do PAA. Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan) Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Politicas- do-Estado-ampliam-acesso-alimentacao- saudavel-no-combate-obesidade São estruturas de médio e grande portes instaladas nos centros urbanos, com capacidade para produção e distribuição de refeições diariamente. Municípios com mais de 100 mil habitantes aproximadamente, mil refeições de alto valor nutricional por dia, no mínimo cinco vezes na semana. Abrangência universal: especialmente pessoas em situação de rua, indivíduos de baixo poder aquisitivo que se alimentam fora do lar e pessoas idosas vulneráveis. Cardápios são elaborados por nutricionista, que também assume a responsabilidade técnica da produção. O programa de restaurantes populares tem importante contribuição para a superação da insegurança alimentar em grupos mais vulneráveis residentes em grandes cidades. Restaurantes populares Cozinhas comunitárias são semelhantes aos restaurantes comunitários, porém: porte menor e distribuem, no mínimo, cem refeições por dia em pelo menos cinco dias na semana. municípios com mais de 50 mil habitantes, nas regiões periféricas. Após o fim da emergência sanitária (Covid-19), o governo federal lançou o Programa Cozinha Solidária. As unidades devem ser geridas por instituições privadas sem fins lucrativos, em funcionamento há, no mínimo, seis meses e atendimento do público em vulnerabilidade social. Após chamada pública, recebem auxílio financeiro, fornecimento de alimentos in natura provenientes do PAA e/ou assistência técnica para a formação de colaboradores. Cozinhas comunitárias e cozinhas solidárias Estão em centros urbanos e têm como responsabilidade selecionar, processar e embalar gêneros alimentícios doados que estejam fora dos padrões de comercialização, que seriam desperdiçados, mas com características nutricionais e sanitárias inalteradas. Realizam captação (ou recepção) e distribuição gratuita de alimentos. Também podem ser responsáveis pela distribuição de alimentos provenientes do PAA a entidades assistenciais, restaurantes populares e cozinhas comunitárias. Em 2016, foi publicada a Portaria n. 17, que criou a Rede Brasileira de Bancos de Alimentos, para fortalecer e integrar os bancos de alimentos, visando à redução de desperdício. Bancos de alimentos Fonte: https://crn5.org.br/mds- oficializa-rede-brasileira-de- bancos-de-alimentos/ Os Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan) são iniciativas voltadas para garantir o DHAA e promover a SAN. Escolha a alternativa que indica uma das funções dos restaurantes populares. a) Selecionar, processar e embalar gêneros alimentícios doados que estejam fora dos padrões de comercialização. b) Fornecer refeições saudáveis e de baixo custo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. c) Realizar a compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais. d) Distribuição de alimentos básicos em forma de cesta de alimentos. e) Substituir supermercados na venda de alimentos. Interatividade Os Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan) são iniciativas voltadas para garantir o DHAA e promover a SAN. Escolha a alternativa que indica uma das funções dos restaurantes populares. a) Selecionar, processar e embalar gêneros alimentícios doados que estejam fora dos padrões de comercialização. b) Fornecer refeições saudáveis e de baixo custo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. c) Realizar a compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais. d) Distribuição de alimentos básicos em forma de cesta de alimentos. e) Substituir supermercados na venda de alimentos. Resposta Transição Nutricional Alteração na estrutura da dieta Alteração na composição corporal dos indivíduos Fatores relacionados com estilo de vida Menor consumo de alimentos básicos (in natura, redução na ingestão de fibras) e maior participação dos ultraprocessados (gordura, açúcar, sódio, aditivos) Aumento do sobrepeso e da obesidade e redução do déficit de crescimento e desnutrição Redução da atividade física e sedentarismo Mesmo com a transição nutricional, deficiências de micronutrientes ainda são identificadas como problema de saúde pública. A falta de alimentos era a origem dessas deficiências; já nos últimos anos, a alimentação desbalanceada e inadequada é a principal causa. Grupos alvo das políticas: vulneráveis – lactentes, pré-escolares, gestantes e nutrizes. Políticas públicas de controle de deficiências de micronutrientes Educação alimentar e nutricional Suplementação medicamentosa Fortificação de alimentos Fortificação da alimentação infantil com compostos de múltiplos micronutrientes Estratégias Fonte: Adaptado de: Jaime (2019, p.136). Livro-texto. A primeira iniciativa do governo para o controle de deficiências de micronutrientes foi na década de 1950: fortificação do sal com iodo. A partir do final da década de 1970, ações para o combate à anemia ferropriva e hipovitaminose A foram realizadas, mas restritas e específicas em regiões e grupos populacionais. Em 1998, foi criado o Programa de Combate às Carências Nutricionais (PCCN) com o objetivo de controlar a anemia ferropriva. As ações se tornaram mais abrangentes a partir da Pnan, em 1999. Políticas públicas de controle de deficiências de micronutrientes Fonte: https://catalogo.ipea.gov.br/politica/569/program a-de-combate-as-carencias-nutricionais-pccn A anemia ferropriva é caracterizada pela baixa quantidade de hemoglobina circulante no sangue, ocasionada pela carência de ferro. O ferro atua na síntese de hemácias e no transporte de oxigênio no organismo. Os grupos populacionais mais vulneráveis para a deficiência de ferro são crianças abaixo de 5 anos, gestantes e mulheres em idade fértil (15 a 49 anos). Em relação aos critérios para a classificação da anemia como problema de saúde pública: Controle de deficiência do ferro Fonte: Adaptado de: Livro-texto. Prevalência de anemia Magnitude do problema de saúde pública 40% Grave Dados mostram (2019): Estudo Nacional de Alimentação Infantil (Enani): queda significativa da anemia (hemoglobinade 6 a 24 meses beneficiárias de programas de transferência de renda e usuárias de Unidades Básicas de Saúde. Até 2019, as crianças recebiam o suplemento nas creches públicas ou conveniadas, passaram a ser distribuídos para as famílias em UBS. A participação no NutriSUS depende da adesão voluntária de cada município. Estratégia NutriSUS Fonte: https://abm.org.br/nutrisus-creches-de-1717-municipios-passam-a-receber- suplementacao/?doing_wp_cron=1718301854.1467199325561523437500 Estratégia NutriSUS Fonte: Adaptado de: Brasil (2022). Composição Dose Vitamina A RE 400 µg Vitamina D 5 µg Vitamina E 5 mg Vitamina C 30 mg Vitamina B1 0,5 mg Vitamina B2 0,5 mg Vitamina B6 0,5 mg Vitamina B12 0,9 µg Niacina 6 mg Ácido fólico 150 µg Ferro 10mg Zinco 4,1mg Cobre 0,56 mg Selênio 17 µg Iodo 90 µg Sirva a quantidade que a criança tem o hábito de comer. Misture o pó do sachê em uma pequena quantidade de comida e ofereça primeiro essa parte para a criança. Em seguida, dê o restante da refeição. Em qual tipo de alimento devo acrescentar o sachê? Na alimentação comum da criança, podendo ser de consistência pastosa (papas/purês de frutas ou legumes) ou no arroz com feijão. Não misture em líquidos (água, leite ou sucos). Não coloque em alimentos duros. Não aqueça. A deficiência de vitamina A atinge a estrutura epitelial de diferentes órgãos, sendo o revestimento ocular o mais severamente prejudicado pela deficiência de vitamina A grave e crônica, causando xeroftalmia. A deficiência de vitamina A, mesmo que leve, aumenta a gravidade de infecções comuns, como diarreia, sarampo e infecções respiratórias. Causas: desmame precoce, alimentação com baixa quantidade de vitamina A e/ou gorduras e infecções frequentes. Vulnerabilidade: crianças. Controle de deficiência de vitamina A Fonte: https://www.genera.co m.br/blog/vitamina-a- funcoes-principais- alimentos-e-genetica/ Enani (2019) apontou que a frequência de deficiência de vitamina A foi de 6,0% em crianças entre 6 e 59 meses. Os alimentos ricos em vitamina A são de origem animal (vísceras, gema de ovo, leite integral e seus derivados) e de origem vegetal (algumas frutas e legumes de cor amarela ou alaranjada e hortaliças verde-escuras). Atividades educativas que incentivam o consumo de alimentos fontes a partir dos 6 meses e a promoção do aleitamento materno exclusivo até 6 meses e sua continuidade até os 2 anos ou mais, são importantes iniciativas para o controle da carência. Controle de deficiência de vitamina A Fonte: https://crn8.org.br/wp-content/uploads/2021/01/Relatorio-preliminar-AM_ENANI-2019-1.pdf Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído em 2005 pela Portaria n. 729 para crianças de 6 a 59 meses e puérperas no pós-parto imediato. Devido à orientação da OMS, em 2016, mulheres no pós-parto foram excluídas do programa por não haver evidências científicas suficientes. Desde 2022, houve mudança na faixa etária das crianças: Norte/Nordeste/Centro-Oeste de 6 a 59 meses (25 a 59 meses obrigatoriamente devem ter cadastro no CadÚnico) e Sul/Sudeste crianças de 6 a 24 meses cadastradas no CadÚnico. Populações tradicionais e originárias, de 6 a 59 meses. Todos os municípios das regiões Norte/Nordeste/ Centro-Oeste participam do PNSVA, enquanto que no Sul/Sudeste somente os mais vulneráveis para a deficiência de vitamina A. Controle de deficiência de vitamina A Administração de megadoses na forma líquida, via oral, diluídas em óleo de soja e acrescidas de vitamina E, distribuídos nas UBS. Ainda não está em vigor, mas em discussão, a fortificação compulsória com vitamina A nos alimentos: leites, margarinas, óleos vegetais, arroz e açúcar, pois fazem parte do hábito brasileiro. Controle de deficiência de vitamina A Público Conduta Periodicidade Crianças de 6 a 11 meses 100.000 UI Uma dose Crianças de 12 a 24 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses Crianças de 25 a 59 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses Fonte: Brasil (2022). A deficiência de iodo altera o funcionamento da glândula tireoide, provocando o retardo do crescimento e do desenvolvimento infantil. O aumento da tireoide devido à escassez de iodo é denominado bócio endêmico. A consequência mais grave é o cretinismo, caracterizado por alterações neurológicas que causam deficiência mental grave e surdez, podendo atingir crianças, prolongando-se por outros ciclos de vida de forma irreversível. Além disso, a insuficiência de iodo está associada à queda da fertilidade em mulheres e ao aumento das mortalidades materna e infantil. As principais fontes de iodo são peixes, frutos do mar, leite e ovos. Controle de deficiência de iodo Fonte: https://nutritotal.com.br/p ro/serie-micronutrientes- qual-a-importancia-do- iodo-para-a-saude/ Fortificação do sal de cozinha com iodo de forma compulsória no Brasil desde 1953 em áreas endêmicas do bócio. Mas, somente em 1974, a iodação do sal foi obrigatória para todo o país. Em 1983, o Inan criou o Programa de Combate ao Bócio Endêmico e, em 1994, o Programa Nacional de Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo, sendo substituído pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo (Pró-Iodo) em 2005. Em 1955, 20,7% da população possuía bócio, já em 1995, menos de 5%. Controle de deficiência de iodo Fonte: https://catalogo.ipea.gov.br/politica/62 2/programa-nacional-de-prevencao- e-controle-dos-disturbios-por- deficiencia-de-iodo-ddi Ainda que tenhamos locais com deficiência, a maioria do estados já apresenta excesso do nutriente. Isso devido ao consumo excessivo de sal pela população brasileira, o que justificou a diminuição da quantidade de iodo a partir de 2013. O sal deve conter, até o vencimento do prazo de validade, teor igual ou superior a 15 mg de iodo por quilograma de sal observado o limite máximo de 45 mg por quilograma de sal desde 2013. A Pesquisa Nacional sobre o Impacto da Iodação do Sal (Pnaisal): prevalência de deficiência maior na região Norte, entre estudantes da rede pública da zona rural. Estados com maior frequência de deficiência moderada ou grave de iodo: Amazônia (10,5%), Acre (7,1%) e Tocantins (6,1%). Controle de deficiência de iodo Sobre as carências de micronutrientes, identifique a alternativa correta: a) Participantes da Estratégia NutriSUS, que consiste na fortificação da alimentação pela adição de um composto em pó com micronutrientes, também podem participar do PNSVA e PNSF. b) A desnutrição deixou de ser considerada uma deficiência nutricional na população infantil, considerando o aumento da obesidade. c) Devido às ações do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), a anemia por carência de ferro deixou de ser considerada um problema carencial de saúde pública. d) O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído por meio da Portaria n. 729 de 2005 com o objetivo de reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade. e) Devido ao baixo consumo de sal pela população brasileira, houve a diminuição da quantidade de iodo na fortificação do sal de cozinha a partir de 2013. Interatividade Sobre as carências de micronutrientes, identifique a alternativa correta: a) Participantes da Estratégia NutriSUS, que consiste na fortificação da alimentação pela adição de um composto em pó com micronutrientes, também podem participar do PNSVA e PNSF. b) A desnutrição deixou de ser considerada uma deficiência nutricional na população infantil, considerando o aumento da obesidade. c) Devido às ações do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), a anemia por carência de ferro deixou de ser considerada um problema carencial de saúde pública. d) O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído por meio daPortaria n. 729 de 2005 com o objetivo de reduzir e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade. e) Devido ao baixo consumo de sal pela população brasileira, houve a diminuição da quantidade de iodo na fortificação do sal de cozinha a partir de 2013. Resposta Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis Fonte: Adaptado de: https://www.fsp.usp.br/sustentarea/202 0/05/26/sistemas-alimentares-e-ods-2/ CADEIA DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS – Plantação – Colheita – Organização – Transporte – Processamento dos alimentos 1 AMBIENTES ALIMENTARES – mercados, – feiras, – sacolões, – açougues, – restaurantes, – entre outros. Locais de venda e de consumo de alimentos como: 2 COMPORTAMENTO ALIMENTAR Ações e hábitos de: – compra, – armazenamento no lar, – preparação, – cozimento, – descarte de alimentos. 3 Fatores culturais, políticos, econômicos, tecnológicos e ambientais influenciam a cadeia de produção, distribuição e consumo de alimentos. O uso consciente dos recursos naturais se torna emergencial para que as próximas gerações não sejam afetadas pela escassez de alimentos. Mudanças climáticas: uso de energias renováveis, preservação da biodiversidade, diminuição e tratamento de resíduos oriundos da produção e consumo humano. Meio ambiente: intensa criação de animais para o abate leva à degradação do solo, emissão de gases com efeito estufa e desequilíbrio da biodiversidade. Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis Escolha por produtos orgânicos: não há uso de agrotóxicos ou outras substâncias que possam contaminar água, ar e solo. Alimentos transgênicos: ameaçam a sustentabilidade do sistema alimentar devido à diminuição da biodiversidade, alterando a dinâmica populacional ou a própria eliminação de espécies animais, gerando superpragas ou plantas daninhas, entre outros. Baixo processamento dos alimentos: poupa o uso de fontes de energias não renováveis e água, assim como a distribuição em cadeia curta. Política Nacional de Abastecimento Alimentar: tem como objetivos fomentar e incentivar o varejo de pequeno porte, como feiras livres e centros de abastecimentos descentralizados e populares, para que o pequeno produtor local possa comercializar seus produtos com mais facilidade. Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis Assembleia Geral da ONU, em 2000, foi aprovada de forma unânime a Declaração do Milênio das Nações Unidas. A partir desse documento, surgiram os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para atingir até 2015. Brasil: a fome e a pobreza extrema foram reduzidas pela metade, mais de 90% das crianças de 7 a 14 anos, de ambos sexos, estavam matriculadas em escolas do Ensino Fundamental, a taxa de mortalidade infantil reduziu e o acesso às fontes de água potável aumentou consideravelmente. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS IGUALDADE ENTRE SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO 1 2 3 4 5 6 7 8 Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/2crm6ws3. Em setembro de 2015, na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, foi aprovada uma nova agenda mundial de compromissos a serem atingidos até 2030. No Brasil, em 2016, foi instituída a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Cnods), para assessorar o governo, monitorar os indicadores e articular/mobilizar os órgãos federativos, da sociedade civil e do setor privado. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Erradicação da pobreza 1 Fome zero e agricultura sustentável Saúde e bem-estar Educação de qualidade Energia acessível e limpa Trabalho decente e crescimento econômico Indústria, inovação e infraestrutura Redução das desigualdades Igualdade de gênero Água potável e saneamento Cidades e comunidades sustentáveis Consumo e produção sustentáveis Ação contra a mudança global do clima Vida na água Vida terrestre Paz, justiça e instituições eficazes Parcerias e meios de implementação 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/5y34rsrc. A relação envolve a erradicação da pobreza extrema e da insegurança alimentar grave, melhores condições de saúde, educação e saneamento básico, uso de fontes de energia renováveis, agricultura sustentável, consumo e produção responsáveis e preservação do meio ambiente. ODS e Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis Pessoas Erradicar a pobreza e a fome, com dignidade e igualdade Planeta Proteger os recursos naturais e o clima de nosso planeta para as gerações futuras Parcerias Implementar a agenda por meio de uma parceria global sólida Paz Promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas Prosperidade Garantir vidas prósperas e plenas em harmonia com a natureza Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/2s47rm7a. Uma das ODS refere-se ao combate às alterações climáticas, apresenta como consequência a redução da segurança alimentar e hídrica, desastres naturais, disseminação de doenças e aumento da mortalidade. Os sistemas alimentares são responsáveis por 20 a 30% dos GEEs. As tecnologias adotadas na agricultura e na indústria de alimentos, ainda muito dependentes de fontes de energia não renováveis. Mudanças climáticas e sistemas alimentares sustentáveis Erradicação da pobreza 1 Fome zero e agricultura sustentável Saúde e bem-estar Educação de qualidade Energia acessível e limpa Trabalho decente e crescimento econômico Indústria, inovação e infraestrutura Redução das desigualdades Igualdade de gênero Água potável e saneamento Cidades e comunidades sustentáveis Consumo e produção sustentáveis Ação contra a mudança global do clima Vida na água Vida terrestre Paz, justiça e instituições eficazes Parcerias e meios de implementação 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/5y34rsrc. É a análise de como a coexistência das epidemias (obesidade, mudanças climáticas e desnutrição) converge em agravantes para cada um desses cenários. Sindemia Global Jan.2019 A SINDEMIA GLOBAL DA OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS — relatório da Comissão The Lancet A Sindemia Global representa o principal desafio para os seres humanos, o meio ambiente e o nosso planeta no século 21 Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp- content/uploads/2019/08/idec-the_lancet- sumario_executivo-baixa.pdf Sindemia Global B. Uma visão da Sindemia Global DesnutriçãoObesidade Mudanças climáticas Saúde e bem-estar ecológico Saúde e bem-estar humano Sistemas Micro Sistemas Intermediários Sistemas Macro Governança Comunidades Locais de trabalho Economia Sistemas naturais Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp- content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf Algumas estratégias que contribuem para que os ODS sobre alterações climáticas possam ser atingidos até 2030 são excluir subsídios públicos para produtos alimentícios com alto impacto ambiental. Sindemia Global DesnutriçãoObesidade/DCNTs Mudanças climáticas Dietas mais saudáveis para a prevenção de câncer/obesidade Mais terra para uma agricultura eficiente e sustentável Redução de emissões de GEE da agricultura Ação de trabalho triplo Redução do consumo de carne vermelha Por exemplo, alteração de impostos/subsídios, rotulagem ambiental e de saúde, marketing social Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp- content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp-content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf Sindemia Global DesnutriçãoObesidade/DCNTs Mudanças climáticas Promoção de escolhas alimentares mais saudáveis e menos prejudiciais à saúde Melhorias no aleitamento materno, na educação alimentar saudável e no acesso a alimentos saudáveis Diminuição da demanda por escolhas alimentares não sustentáveis Ação de trabalho triplo Guias alimentares sustentáveis Por exemplo, promoção de escolhas de alimentos e bebidas para a saúde e para a sustentabilidade Os sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis são fundamentais para garantir a segurança alimentar e nutricional, promover a saúde da população e preservar o meio ambiente e estão alinhados com os ODS da ONU. Indique a alternativa correta sobre uma prática que contribui para a sustentabilidade dos sistemas alimentares. a) Uso intensivo de pesticidas e fertilizantes químicos. b) Desmatamento de florestas para criação de novas áreas agrícolas. c) Implementação de técnicas de agroecologia e agricultura orgânica. d) Produção de culturas que gerem fontes de energia não renováveis. e) Consumo prioritário de alimentos ultraprocessados e transgênicos. Interatividade Os sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis são fundamentais para garantir a segurança alimentar e nutricional, promover a saúde da população e preservar o meio ambiente e estão alinhados com os ODS da ONU. Indique a alternativa correta sobre uma prática que contribui para a sustentabilidade dos sistemas alimentares. a) Uso intensivo de pesticidas e fertilizantes químicos. b) Desmatamento de florestas para criação de novas áreas agrícolas. c) Implementação de técnicas de agroecologia e agricultura orgânica. d) Produção de culturas que gerem fontes de energia não renováveis. e) Consumo prioritário de alimentos ultraprocessados e transgênicos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!