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Profa. Dra. Aline Veroneze
UNIDADE II
Nutrição em
Saúde Pública
1. Abrangência:
 Universais: todos cidadãos contemplados.
 Focalizadas: para determinados grupos populacionais. 
2. Grau de intervenção:
 Estruturais: interferem em todos os determinantes.
 Compensatórias: interferem em alguns
determinantes mais urgentes.
Políticas Públicas
Fonte: Adaptado de: 
https://dssbr.ensp.fiocru
z.br/o-brasil-e-a-agenda-
internacional-dos-dss/
PRODUÇÃO
AGRÍCOLA
E DE
ALIMENTOS
EDUCAÇÃO
AMBIENTE DE
TRABALHO
DESEMPREGO
ÁGUA E ESGOTO
SERVIÇOS
SOCIAIS
DE SAÚDE
HABITAÇÃO
CONDIÇÕES DE VIDA
E DE TRABALHO
E
 Assistência social: responsabilidade pública e um direito do cidadão, devendo estar 
integrada às demais políticas a fim de consolidar direitos que foram negados a uma parcela 
expressiva da população.
 Em 1993, com a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), a assistência 
social foi definitivamente instituída como um direito humano sob responsabilidade do Estado 
– instituiu o Conselho Nacional de Assistência Social (Cnas). 
 Em 2004, a Pnas foi aprovada pelo Cnas.
A política pública de assistência social deve atender aos 
seguintes objetivos:
 proteger indivíduos em situação de dependência
ou vulnerabilidade;
 proporcionar uma vida digna e gerar oportunidades, sendo um 
instrumento de justiça e equidade.
Política Nacional de Assistência Social (Pnas) 
Seguranças de proteção social:
 Sobrevivência: responsabilidade do Estado – mínimo de rendimento e promover o 
desenvolvimento social para que as famílias consigam autonomia.
 Acolhida: direitos humanos necessários – alimentação, roupas e abrigo.
 Vivência familiar: garantia do convívio familiar e em comunidade e não aceitação do 
isolamento, o abandono, a discriminação, a segregação ou a apartação social.
Política Nacional de Assistência Social (Pnas) 
Sobrevivência
Acolhida
Vivência familiar
Rendimento
Autonomia
P
ro
te
çã
o
 s
o
ci
al
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
As diretrizes da Pnas são baseadas na Constituição Federal e nas diretrizes da Loas:
I. Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à 
esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual 
e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o 
comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as 
características socioterritoriais locais.
II. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
III. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da 
política de assistência social em cada esfera de governo.
IV. Centralidade na família para concepção e implementação 
dos benefícios, serviços, programas e projetos.
Política Nacional de Assistência Social (Pnas) 
 Populações beneficiadas pelas ações estabelecidas na Pnas – vulnerabilidade.
 Indicadores: Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) – três subíndices que sintetizam 
grande parte dos fatores sobre vulnerabilidade social: i) Infraestrutura urbana; ii) Capital 
humano; e iii) Renda e trabalho.
 A escala de 0 a 1, sendo a média aritmética entre os três, em que 0 corresponde à ausência 
de vulnerabilidade e 1 representa alta vulnerabilidade. Valores acima de 0,5 já correspondem 
às condições de alta vulnerabilidade.
 Dados sobre o Brasil: 0,243 = baixa vulnerabilidade.
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e o Índice de Vulnerabilidade 
Social (IVS)
 A Pnas institui a organização sob a forma de um sistema com ações de proteção social 
básica e especial: Sistema Único de Assistência Social (Suas) – instituído em 2005.
 O controle social é exercido pelos conselhos de assistência social dos municípios, estados 
e União.
 As ações organizadas pelo Suas têm como referência o território onde as pessoas moram, 
considerando suas demandas e necessidades.
 Programas, projetos, serviços e benefícios devem ter a família 
como foco de atenção, seus membros e indivíduos e o 
território como base de organização.
Política Nacional de Assistência Social (Pnas) 
 As ações da assistência social são organizadas em dois tipos de proteção social: básica e 
especial, que podem se subdividir em média e alta complexidade.
 Proteção social básica: fortalecimento de grupos em situação de risco social e a inserção 
nas políticas públicas, no mercado de trabalho e na vida em comunidade.
 Na proteção social básica os programas, os projetos e os serviços são desenvolvidos e 
coordenados pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras).
 Na proteção social especial, tanto na média como na alta 
complexidade, os serviços são desenvolvidos e coordenados 
pelo Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (Creas).
Proteção Social
 A proteção social especial tem dimensão mais complexa, devido às fragilidades dos 
vínculos sociais e familiares.
A proteção social especial de média complexidade atende famílias e indivíduos com 
seus direitos violados:
 serviço de orientação e apoio sociofamiliar;
 plantão social;
 abordagem de rua;
 cuidado no domicílio;
 serviço de habilitação e reabilitação na comunidade das 
pessoas com deficiência;
 medidas socioeducativas em meio aberto, que envolvem a 
prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida.
Proteção Social
 A proteção social especial de alta complexidade atende famílias e indivíduos em situação 
de abandono, pessoas em situação de rua, ou seja, sem referência familiar, bem como 
indivíduos em situação de ameaça, que precisam ser afastados de seu núcleo familiar
e comunitário.
 República, Casa Lar, Casa de Passagem e albergue; 
 família substituta; 
 família acolhedora; 
 atendimento integral institucional;
 medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade 
(semiliberdade, internação provisória e sentenciada);
 trabalho protegido.
Proteção Social
 Unidade pública localizada em áreas de vulnerabilidade social.
 Programa de Atenção Integral à Família.
 Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento à pobreza.
 Centros de convivência para pessoas idosas.
 Serviços para crianças de 0 a 6 anos que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares, ao 
direito de brincar, a ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos
das crianças.
 Serviços socioeducativos para crianças, adolescentes e jovens 
de 6 a 24 anos, visando à sua proteção, socialização e ao 
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
 Centros de informação e de educação para o trabalho voltados 
para jovens e adultos.
Centro de Referência da Assistência Social (Cras)
 Cadastro de famílias em situação de vulnerabilidade social.
 Por meio das escolas, dos Cras e por mecanismos de busca ativa.
 Informações de cadastro: características da residência, identificação de cada pessoa, 
escolaridade, situação de trabalho e renda, entre outras.
 Para cadastro: renda de até meio salário mínimo por pessoa.
 Seleção e a inclusão de famílias nos programas federais, sendo usado para a concessão dos 
benefícios de transferência de renda.
Cadastro Único (CadÚnico)
Fonte: https://tabelainss2024.inf.br/cadunico-2024/
 Lei Federal n. 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamentado pelo Decreto n. 5.209, de 
17 de setembro de 2004.
 Programa de transferência condicionada de renda, voltado à população em situação
de pobreza.
 Fusão: Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás.
 Em agosto de 2017, o CadÚnico começou a ser utilizado para inclusão de beneficiários.
 Condicionalidades: reforçar o acesso à educação, à saúde e 
à assistência social.
 Em 2024, estabeleceu-se que a renda familiar mensal para 
inserção no programa era, no mínimo, R$ 218,00 per capita.
Programa Bolsa Família (PBF) 
 Toda família beneficiáriarecebe, no mínimo, R$ 600,00 por mês.
Programa Bolsa Família (PBF)
Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt-
br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/03/tem-
duvidas-sobre-o-bolsa-familia-confira-
perguntas-e-respostas-sobre-o-programa
Renda Cidadã
R$ 142,00 per capital/mês
Benefício Primeira
Infância – famílias com
crianças de 0 a 6 anos
R$ 150,00 criança/mês
Benefício variável
familiar: gestantes,
nutrizes e famílias com
crianças e adolescentes
(7 a 18 anos)
R$ 50,00 per capital/mês
Benefício complementar
Valor complementar até
R$ 600,00 para beneficiários
que não atinjam esse valor
mínimo mensal de repasse
pela renda cidadã
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Condicionalidades:
 Crianças ≤ 7 anos: cumprir calendário vacinal e acompanhamento do crescimento
e do desenvolvimento.
 Gestantes: realização de pré-natal.
 Educação: crianças (4 a 5 anos): frequência
escolar mínima de 60% e crianças e
adolescentes (6 a 17 anos): frequência
escolar mínima de 75%.
Programa Bolsa Família (PBF)
Garantia
da segurança
alimentar
nutricional
Combate
à pobreza
Alívio imediato
da fome
Acesso
a serviços
públicos
Emancipação
social
Intersetorialidade
de ações
PBF
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
A Política Nacional de Assistência Social (Pnas) foi instituída em 2005 com o objetivo de 
organizar a assistência social no Brasil em um sistema descentralizado e participativo, 
chamado Sistema Único de Assistência Social (Suas). Qual das seguintes afirmações descreve 
corretamente o Suas?
a) É um sistema de seguridade privada.
b) É uma rede de proteção social com gestão compartilhada entre União, estados
e municípios.
c) É um programa exclusivo para pessoas idosas.
d) É uma iniciativa para privatizar os serviços sociais.
e) É um sistema voltado apenas para a classe média.
Interatividade
A Política Nacional de Assistência Social (Pnas) foi instituída em 2005 com o objetivo de 
organizar a assistência social no Brasil em um sistema descentralizado e participativo, 
chamado Sistema Único de Assistência Social (Suas). Qual das seguintes afirmações descreve 
corretamente o Suas?
a) É um sistema de seguridade privada.
b) É uma rede de proteção social com gestão compartilhada entre União, estados
e municípios.
c) É um programa exclusivo para pessoas idosas.
d) É uma iniciativa para privatizar os serviços sociais.
e) É um sistema voltado apenas para a classe média.
Resposta
 Em junho de 2011, foi lançado o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM).
 Objetivo: erradicar a extrema pobreza da população brasileira (renda per capita mensal 
inferior a R$ 70,00).
 Camadas mais vulneráveis da população ainda tinham dificuldade de acesso aos programas 
governamentais e os valores transferidos pelos programas não eram suficientes para retirar 
a população da condição de extrema pobreza.
O plano foi estruturado em três eixos:
 Primeiro eixo: garantia de renda, relativo aos programas e às ações de transferência de 
renda para alívio imediato da condição de extrema pobreza: Programa Bolsa Família.
 Segundo eixo: inclusão produtiva, com oferta de 
oportunidades de qualificação profissional, ocupação e renda, 
por meio de estratégias específicas para o campo e para
a cidade.
 Terceiro eixo: acesso a serviços públicos, de modo a 
melhorar as condições de vida, saúde e assistência social.
Plano Brasil Sem Miséria (PBSM)
No terceiro eixo de atuação do plano, ampliação da oferta de serviços públicos – Ações do 
Ministério da Saúde:
 Estratégia Saúde da Família: ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das 
pessoas de forma integral e contínua.
 Brasil Sorridente: ações em saúde bucal.
 Olhar Brasil: identificar problemas visuais em alunos matriculados na rede pública de Ensino 
Fundamental (1ª a 8ª série). 
 Rede Cegonha: implementar rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao 
planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério.
Plano Brasil Sem Miséria (PBSM)
Fontes: 
https://www.pradopolis.sp.leg.br/imagens/i
magens-noticias/logo-saude-da-
familia.jpg/image_view_fullscreen
https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/view.php
?modo=link2&idnoticia2=35113
https://cdentista.com/brasil-sorridente-um-
sorriso-para-625-dos-brasileiros-em-2024/
https://www.pastoraldacrianca.org.br/noticia
s2/3841-rede-cegonha
 Retorno do Brasil ao Mapa da Fome em 2021/2022: 2023 foi estabelecido como prioridade 
– Decreto n. 11.679/23 – metas até 2030.
 O plano de ação foi baseado em estratégias já implantadas no país: Programa Fome Zero e 
Brasil Sem Miséria.
 O Comitê Gestor do Brasil Sem Fome está instituído no âmbito do Caisan.
Eixos:
 Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania.
 Alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo.
 Mobilização de combate à fome.
 Maior integração entre SUS, Suas e Sisan para identificação e 
acolhimento de indivíduos em situações de insegurança 
alimentar e nutricional.
Plano Brasil sem Fome
 A agricultura familiar é um segmento que foi ignorado até o final do século XX pelas
políticas públicas.
 O Pronaf foi criado pelo governo federal para promover o desenvolvimento rural e a 
segurança alimentar em 1996: desenvolvimento rural sustentável, estimular a pesquisa 
para o desenvolvimento, difundir tecnologias adequadas, proporcionar incentivo ao 
aprimoramento profissional, à atuação das demandas locais dos agricultores e de
suas organizações.
 Pronaf: crédito rural aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária, com taxas 
de juros prefixadas e garantia de valor mínimo no mercado.
 O Censo Agropecuário 2017 apontou que 77% dos 
estabelecimentos agrícolas eram de agricultura familiar e 
ocupavam 23% da área total dos estabelecimentos 
agropecuários brasileiros.
Políticas de incentivo à agricultura familiar 
 Lei da Agricultura Familiar (n. 11.326), que regulamenta a Política Nacional de 
Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
 Programa Fomento Rural foi criado pela Lei n. 12.512/2011 e regulamentado pelo 
Decreto n. 9.221 de 2017: acompanhamento social e produtivo das famílias participantes e a 
transferência direta de recursos financeiros às famílias para investimento em projeto 
produtivo, no valor de R$ 4,6 mil, divididos em duas parcelas (início e após três meses): 
estruturação produtiva das famílias rurais mais pobres e o desenvolvimento de
projetos produtivos.
Políticas de incentivo à agricultura familiar
Fonte: 
https://catalogo.ipea.gov.br/politica/355/program
a-de-fomento-as-atividades-produtivas-rurais
 Em 2012 foi instituída a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), 
por meio do Decreto n. 7.794.
 O principal instrumento dessa política é o Plano Nacional de Agroecologia e Produção 
Orgânica (Planapo), lançado em 2013.
 Para atingir um de seus objetivos, foi criado o Programa Nacional para Redução do Uso 
de Agrotóxicos (Pronara).
 Pronara estabelece princípios e diretrizes para diminuir a 
utilização de agrotóxicos que possam causar prejuízos à 
saúde humana e ao meio ambiente: registros, obrigando 
controle e monitoramento de toda a cadeia produtiva. Também 
impõe medidas para desenvolvimento de alternativas viáveis 
que protejam a produção agroecológica e orgânica – foi 
suspenso pelo Ministério da Agricultura.
Política Nacional de Redução de Agrotóxicos
 Decreto n. 11.820, de 12 de dezembro de 2023.
 Sistema integrado de abastecimento alimentar (produção, beneficiamento, armazenagem, 
transporte, distribuição, comercialização e consumo de alimentos) que promova soberania 
alimentar e segurança alimentar e nutricional.
 Prevê a elaboração de um Plano Nacional de Abastecimento Alimentar como instrumento de 
concretização dessa política, revisado a cada quatro anos, construído pelo Caisan, com a 
participação e o controle social.
 Até o início de 2024, o plano estava em fase de elaboração.
PolíticaNacional de Abastecimento Alimentar (Pnaab)
Fonte: https://www.gov.br/secretariageral/pt-
br/noticias/2023/setembro/consea-lanca-a-
plataforma-digital-da-6a-conferencia-nacional-
de-seguranca-alimentar-e-nutricional
 O acesso à água potável para o consumo humano faz parte de uma alimentação adequada
e saudável.
 No Brasil, ainda existem regiões sem abastecimento de água pela rede pública ou com 
acesso precário à água potável.
Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva (Programa Cisternas):
 água captada é utilizada para o consumo humano, criação de animais e produção de 
alimentos. A tecnologia necessária para o alcance do objetivo proposto é simples e de
baixo custo.
 A seleção dos beneficiados é feita pela entidade executora 
(órgãos públicos municipais/estaduais ou entidades privadas 
sem fins lucrativos) com a participação de instituições 
representativas da comunidade.
Programa Cisternas
 Cisterna familiar: água para consumo humano (primeira água), instalada ao lado dos 
domicílios e com capacidade de armazenamento de 16 mil litros; 
 Cisterna escolar: água para consumo humano (primeira água), instalada em escolas do 
meio rural e com capacidade de armazenamento de 52 mil litros; 
 Cisterna para produção: água direcionada para a produção agropecuária (segunda água), 
com capacidade de armazenamento de 52 mil litros e é de uso coletivo ou individual.
 Em 2023, o governo federal retoma o fortalecimento desse 
programa, com maior investimento para a construção de 
cisternas, além da capacitação e da assistência técnica às 
famílias em Minas Gerais, Região Amazônica e nove estados 
da região Nordeste.
Programa Cisternas
Fonte: https://fgm-go.org.br/ministerio-da-
cidadania-altera-modelo-a-tecnologia-social-
de-acesso-a-agua-do-programa-cisternas/
 O PAA foi instituído em 2003 pela Lei n. 10.696, no âmbito do programa Fome Zero, 
alterada pela Lei n. 14.628, de 20 de julho de 2023 – integra o Sisan e a Pnsan, auxiliando 
na garantia do DHAA. 
 Possui dois objetivos principais: promover alimentação adequada e saudável e gerar 
renda aos pequenos produtores da agropecuária contemplados pelo Pronaf. 
 Compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais que vão para 
pessoas em vulnerabilidade alimentar atendidas pela rede assistencial, equipamentos 
públicos de SAN, escolas da rede pública ou filantrópicas e estoques públicos de alimentos 
para situações emergenciais.
 Beneficiários: fornecedores e os consumidores.
 Os fornecedores são os agricultores familiares, assentados da 
reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, 
pescadores artesanais, indígenas, remanescentes das 
comunidades quilombolas e demais comunidades tradicionais.
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
 Os consumidores são pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
A compra é feita após assinatura de termo de adesão e os alimentos podem ser adquiridos por 
modalidades diferentes: 
 Compra com doação simultânea: compra e doação imediata de alimentos às unidades 
receptoras ou diretamente aos beneficiários consumidores.
 Compra institucional: para instituições de administração 
pública direta ou indireta, tais como hospitais, quartéis, 
presídios, restaurantes universitários e escolas.
 Do total de recursos destinados ao PAA, no mínimo 30% deve 
ser utilizado para essa modalidade de compra.
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
 PAA leite: compra de leite destinado às unidades receptoras ou diretamente
aos consumidores.
 Compra direta: sustentar preços, formar estoques e propiciar a intervenção emergencial 
como em calamidades públicas e outras demandas específicas. 
 Formação de estoques: os fornecedores recebem apoio financeiro para a produção de 
alimentos da safra e, após a venda, o valor investido será devolvido ao poder público.
 A instância de controle social do PAA é o Consea.
 O PAA é considerado uma política estruturante, pois além 
de doar alimentos para indivíduos em risco de insegurança 
alimentar, usa o poder de compra do governo para fomentar a 
agricultura familiar, apoiando a cadeia alimentar para a 
promoção de uma alimentação mais saudável e o 
desenvolvimento rural.
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
 Criada em 2003 e consiste na distribuição de alimentos básicos em forma de cesta
de alimentos.
 Para a plena garantia universal do DHAA. 
 O público-alvo são famílias vulneráveis para insegurança alimentar, como indígenas e 
remanescentes dos quilombolas, e as atingidas por situações de emergência ou calamidade 
pública reconhecidas pela Defesa Civil Nacional. 
 O Decreto n. 11.936/24 e a Portaria n. 966/24 tratam sobre o conjunto de alimentos que 
deve compor a cesta básica.
Ação de Distribuição de Alimentos (ADA)
Fonte: https://www.gov.br/casacivil/pt-
br/assuntos/noticias/2021/marco/governo-federal-
garante-aquisicao-e-doacao-de-alimentos-a-
localidades-em-situacao-de-emergencia
 Portaria MDS N. 966, de 6 de março de 2024.
 Alimentos in natura e minimamente processados:
feijões (leguminosas), cereais, raízes e tubérculos,
legumes e verduras, frutas, castanhas e nozes
(oleaginosas), carnes e ovos, leites e queijos, açúcares,
sal, óleo e gorduras, café, chá, mate e especiarias.
Cesta Básica
Fonte: 
https://bvsms.sau
de.gov.br/bvs/publ
icacoes/guia_alim
entar_populacao_
brasileira_2ed.pdf
 São espaços destinados para abastecimento, distribuição e/ou comercialização a preços 
acessíveis de refeições e/ou alimentos. 
 O governo federal financia a construção desses locais, assim como reformas e adaptações 
de instalações prediais.
 Estados e municípios assumem a responsabilidade pela gestão e pela manutenção dessas 
unidades, podendo ter parcerias com organizações comunitárias ou instituições privadas sem 
fins lucrativos. 
 Exemplos: restaurantes populares, as cozinhas comunitárias e o banco de alimentos, 
parcialmente abastecidos por alimentos provenientes do PAA.
Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan)
Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Politicas-
do-Estado-ampliam-acesso-alimentacao-
saudavel-no-combate-obesidade
 São estruturas de médio e grande portes instaladas nos centros urbanos, com capacidade 
para produção e distribuição de refeições diariamente.
 Municípios com mais de 100 mil habitantes aproximadamente, mil refeições de alto valor 
nutricional por dia, no mínimo cinco vezes na semana.
 Abrangência universal: especialmente pessoas em situação de rua, indivíduos de baixo 
poder aquisitivo que se alimentam fora do lar e pessoas idosas vulneráveis.
 Cardápios são elaborados por nutricionista, que também assume a responsabilidade técnica 
da produção.
 O programa de restaurantes populares tem importante 
contribuição para a superação da insegurança alimentar em 
grupos mais vulneráveis residentes em grandes cidades.
Restaurantes populares
Cozinhas comunitárias são semelhantes aos restaurantes comunitários, porém:
 porte menor e distribuem, no mínimo, cem refeições por dia em pelo menos cinco dias
na semana.
 municípios com mais de 50 mil habitantes, nas regiões periféricas. 
 Após o fim da emergência sanitária (Covid-19), o governo federal lançou o Programa 
Cozinha Solidária.
 As unidades devem ser geridas por instituições privadas sem 
fins lucrativos, em funcionamento há, no mínimo, seis meses e 
atendimento do público em vulnerabilidade social.
 Após chamada pública, recebem auxílio financeiro, 
fornecimento de alimentos in natura provenientes do PAA e/ou 
assistência técnica para a formação de colaboradores.
Cozinhas comunitárias e cozinhas solidárias
 Estão em centros urbanos e têm como responsabilidade selecionar, processar e embalar 
gêneros alimentícios doados que estejam fora dos padrões de comercialização, que seriam 
desperdiçados, mas com características nutricionais e sanitárias inalteradas. Realizam captação (ou recepção) e distribuição gratuita de alimentos.
 Também podem ser responsáveis pela distribuição de alimentos provenientes do PAA a 
entidades assistenciais, restaurantes populares e cozinhas comunitárias. 
 Em 2016, foi publicada a Portaria n. 17, que criou a Rede Brasileira de Bancos de 
Alimentos, para fortalecer e integrar os bancos de alimentos, visando à redução
de desperdício.
Bancos de alimentos
Fonte: https://crn5.org.br/mds-
oficializa-rede-brasileira-de-
bancos-de-alimentos/
Os Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan) são iniciativas 
voltadas para garantir o DHAA e promover a SAN. Escolha a alternativa que indica uma das 
funções dos restaurantes populares.
a) Selecionar, processar e embalar gêneros alimentícios doados que estejam fora dos 
padrões de comercialização.
b) Fornecer refeições saudáveis e de baixo custo para pessoas em situação de 
vulnerabilidade social.
c) Realizar a compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais.
d) Distribuição de alimentos básicos em forma de cesta
de alimentos.
e) Substituir supermercados na venda de alimentos.
Interatividade
Os Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (Epsan) são iniciativas 
voltadas para garantir o DHAA e promover a SAN. Escolha a alternativa que indica uma das 
funções dos restaurantes populares.
a) Selecionar, processar e embalar gêneros alimentícios doados que estejam fora dos 
padrões de comercialização.
b) Fornecer refeições saudáveis e de baixo custo para pessoas em situação de 
vulnerabilidade social.
c) Realizar a compra de alimentos com dispensa de licitação de pequenos produtores locais.
d) Distribuição de alimentos básicos em forma de cesta
de alimentos.
e) Substituir supermercados na venda de alimentos.
Resposta
Transição Nutricional
Alteração na estrutura
da dieta
Alteração na composição
corporal dos indivíduos
Fatores relacionados 
com estilo de vida
Menor consumo de alimentos básicos (in natura, 
redução na ingestão de fibras) e maior 
participação dos ultraprocessados (gordura, 
açúcar, sódio, aditivos)
Aumento do sobrepeso e da obesidade e 
redução do déficit de crescimento e desnutrição
Redução da atividade física e sedentarismo
 Mesmo com a transição nutricional, deficiências de micronutrientes ainda são identificadas 
como problema de saúde pública.
 A falta de alimentos era a origem dessas deficiências; já nos últimos anos, a alimentação 
desbalanceada e inadequada é a principal causa.
 Grupos alvo das políticas: vulneráveis – lactentes, pré-escolares, gestantes e nutrizes.
Políticas públicas de controle de deficiências de micronutrientes
Educação
alimentar e
nutricional
Suplementação
medicamentosa
Fortificação
de alimentos
Fortificação
da alimentação
infantil com compostos
de múltiplos
micronutrientes
Estratégias
Fonte: Adaptado de: Jaime 
(2019, p.136). Livro-texto.
 A primeira iniciativa do governo para o controle de deficiências de micronutrientes foi na 
década de 1950: fortificação do sal com iodo.
 A partir do final da década de 1970, ações para o combate à anemia ferropriva e 
hipovitaminose A foram realizadas, mas restritas e específicas em regiões e
grupos populacionais.
 Em 1998, foi criado o Programa de Combate às Carências
Nutricionais (PCCN) com o objetivo de controlar a anemia ferropriva. 
 As ações se tornaram mais abrangentes a partir da Pnan, em 1999.
Políticas públicas de controle de deficiências de micronutrientes 
Fonte: 
https://catalogo.ipea.gov.br/politica/569/program
a-de-combate-as-carencias-nutricionais-pccn
 A anemia ferropriva é caracterizada pela baixa quantidade de hemoglobina circulante no 
sangue, ocasionada pela carência de ferro.
 O ferro atua na síntese de hemácias e no transporte de oxigênio no organismo.
 Os grupos populacionais mais vulneráveis para a deficiência de ferro são crianças abaixo de 
5 anos, gestantes e mulheres em idade fértil (15 a 49 anos).
Em relação aos critérios para a classificação da anemia como problema de saúde pública:
Controle de deficiência do ferro
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
Prevalência de anemia Magnitude do problema de saúde pública
 40% Grave
Dados mostram (2019): 
 Estudo Nacional de Alimentação Infantil (Enani): queda significativa da anemia 
(hemoglobinade 6 a 24 meses beneficiárias de programas de transferência de 
renda e usuárias de Unidades Básicas de Saúde.
 Até 2019, as crianças recebiam o suplemento nas creches públicas ou conveniadas, 
passaram a ser distribuídos para as famílias em UBS.
 A participação no NutriSUS depende da adesão voluntária de cada município.
Estratégia NutriSUS
Fonte: https://abm.org.br/nutrisus-creches-de-1717-municipios-passam-a-receber-
suplementacao/?doing_wp_cron=1718301854.1467199325561523437500
Estratégia NutriSUS
Fonte: Adaptado 
de: Brasil (2022).
Composição Dose
Vitamina A RE 400 µg
Vitamina D 5 µg
Vitamina E 5 mg
Vitamina C 30 mg
Vitamina B1 0,5 mg
Vitamina B2 0,5 mg
Vitamina B6 0,5 mg
Vitamina B12 0,9 µg
Niacina 6 mg
Ácido fólico 150 µg
Ferro 10mg
Zinco 4,1mg
Cobre 0,56 mg
Selênio 17 µg
Iodo 90 µg
Sirva a quantidade que a criança
tem o hábito de comer.
Misture o pó do sachê em uma pequena
quantidade de comida e ofereça
primeiro essa parte para
a criança.
Em seguida, dê o restante da refeição.
Em qual tipo de alimento devo acrescentar o sachê?
Na alimentação comum da criança, podendo ser de consistência
pastosa (papas/purês de frutas ou legumes) ou no arroz com feijão.
 Não misture em líquidos
(água, leite ou sucos).
 Não coloque em alimentos duros.
 Não aqueça.
 A deficiência de vitamina A atinge a estrutura epitelial de diferentes órgãos, sendo o 
revestimento ocular o mais severamente prejudicado pela deficiência de vitamina A grave e 
crônica, causando xeroftalmia.
 A deficiência de vitamina A, mesmo que leve, aumenta a gravidade de infecções comuns, 
como diarreia, sarampo e infecções respiratórias.
 Causas: desmame precoce, alimentação com baixa quantidade de vitamina A e/ou gorduras 
e infecções frequentes.
 Vulnerabilidade: crianças.
Controle de deficiência de vitamina A
Fonte: 
https://www.genera.co
m.br/blog/vitamina-a-
funcoes-principais-
alimentos-e-genetica/
 Enani (2019) apontou que a frequência de deficiência de vitamina A foi de 6,0% em crianças 
entre 6 e 59 meses.
 Os alimentos ricos em vitamina A são de origem animal (vísceras, gema de ovo, leite integral 
e seus derivados) e de origem vegetal (algumas frutas e legumes de cor amarela ou 
alaranjada e hortaliças verde-escuras).
 Atividades educativas que incentivam o consumo de alimentos fontes a partir dos 6 meses e 
a promoção do aleitamento materno exclusivo até 6 meses e sua continuidade até os 2 anos 
ou mais, são importantes iniciativas para o controle da carência.
Controle de deficiência de vitamina A
Fonte: https://crn8.org.br/wp-content/uploads/2021/01/Relatorio-preliminar-AM_ENANI-2019-1.pdf
 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído em 2005 pela 
Portaria n. 729 para crianças de 6 a 59 meses e puérperas no pós-parto imediato.
 Devido à orientação da OMS, em 2016, mulheres no pós-parto foram excluídas do programa 
por não haver evidências científicas suficientes.
 Desde 2022, houve mudança na faixa etária das crianças: Norte/Nordeste/Centro-Oeste 
de 6 a 59 meses (25 a 59 meses obrigatoriamente devem ter cadastro no CadÚnico) e 
Sul/Sudeste crianças de 6 a 24 meses cadastradas no CadÚnico.
 Populações tradicionais e originárias, de 6 a 59 meses.
 Todos os municípios das regiões Norte/Nordeste/
Centro-Oeste participam do PNSVA, enquanto que no 
Sul/Sudeste somente os mais vulneráveis para a deficiência 
de vitamina A.
Controle de deficiência de vitamina A
 Administração de megadoses na forma líquida, via oral, diluídas em óleo de soja e 
acrescidas de vitamina E, distribuídos nas UBS.
 Ainda não está em vigor, mas em discussão, a fortificação 
compulsória com vitamina A nos alimentos: leites, 
margarinas, óleos vegetais, arroz e açúcar, pois fazem parte 
do hábito brasileiro.
Controle de deficiência de vitamina A
Público Conduta Periodicidade
Crianças de 6 a 11 meses 100.000 UI Uma dose
Crianças de 12 a 24 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses
Crianças de 25 a 59 meses 200.000 UI Uma vez a cada 6 meses
Fonte: Brasil (2022).
 A deficiência de iodo altera o funcionamento da glândula tireoide, provocando o retardo do 
crescimento e do desenvolvimento infantil. O aumento da tireoide devido à escassez de iodo 
é denominado bócio endêmico.
 A consequência mais grave é o cretinismo, caracterizado por alterações neurológicas que 
causam deficiência mental grave e surdez, podendo atingir crianças, prolongando-se por 
outros ciclos de vida de forma irreversível.
 Além disso, a insuficiência de iodo está associada à queda da fertilidade em mulheres e ao 
aumento das mortalidades materna e infantil.
 As principais fontes de iodo são peixes, frutos do mar, leite e ovos.
Controle de deficiência de iodo
Fonte: 
https://nutritotal.com.br/p
ro/serie-micronutrientes-
qual-a-importancia-do-
iodo-para-a-saude/
 Fortificação do sal de cozinha com iodo de forma compulsória no Brasil desde 1953 em 
áreas endêmicas do bócio. Mas, somente em 1974, a iodação do sal foi obrigatória para todo 
o país.
 Em 1983, o Inan criou o Programa de Combate ao Bócio Endêmico e, em 1994, o Programa 
Nacional de Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo, sendo substituído pelo 
Programa Nacional de Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo 
(Pró-Iodo) em 2005.
 Em 1955, 20,7% da população possuía bócio, já em 1995,
menos de 5%.
Controle de deficiência de iodo
Fonte: 
https://catalogo.ipea.gov.br/politica/62
2/programa-nacional-de-prevencao-
e-controle-dos-disturbios-por-
deficiencia-de-iodo-ddi
 Ainda que tenhamos locais com deficiência, a maioria do estados já apresenta excesso
do nutriente.
 Isso devido ao consumo excessivo de sal pela população brasileira, o que justificou a 
diminuição da quantidade de iodo a partir de 2013.
 O sal deve conter, até o vencimento do prazo de validade, teor igual ou superior a 15 mg de 
iodo por quilograma de sal observado o limite máximo de 45 mg por quilograma de sal
desde 2013.
 A Pesquisa Nacional sobre o Impacto da Iodação do Sal 
(Pnaisal): prevalência de deficiência maior na região Norte, 
entre estudantes da rede pública da zona rural.
 Estados com maior frequência de deficiência moderada
ou grave de iodo: Amazônia (10,5%), Acre (7,1%) e
Tocantins (6,1%).
Controle de deficiência de iodo
Sobre as carências de micronutrientes, identifique a alternativa correta:
a) Participantes da Estratégia NutriSUS, que consiste na fortificação da alimentação pela 
adição de um composto em pó com micronutrientes, também podem participar do PNSVA
e PNSF.
b) A desnutrição deixou de ser considerada uma deficiência nutricional na população infantil, 
considerando o aumento da obesidade.
c) Devido às ações do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), a anemia por 
carência de ferro deixou de ser considerada um problema carencial de saúde pública.
d) O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A 
(PNSVA) foi instituído por meio da Portaria n. 729 de 2005 
com o objetivo de reduzir e controlar a deficiência nutricional 
de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade.
e) Devido ao baixo consumo de sal pela população brasileira, 
houve a diminuição da quantidade de iodo na fortificação do 
sal de cozinha a partir de 2013.
Interatividade
Sobre as carências de micronutrientes, identifique a alternativa correta:
a) Participantes da Estratégia NutriSUS, que consiste na fortificação da alimentação pela 
adição de um composto em pó com micronutrientes, também podem participar do PNSVA
e PNSF.
b) A desnutrição deixou de ser considerada uma deficiência nutricional na população infantil, 
considerando o aumento da obesidade.
c) Devido às ações do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), a anemia por 
carência de ferro deixou de ser considerada um problema carencial de saúde pública.
d) O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A 
(PNSVA) foi instituído por meio daPortaria n. 729 de 2005 
com o objetivo de reduzir e controlar a deficiência nutricional 
de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade.
e) Devido ao baixo consumo de sal pela população brasileira, 
houve a diminuição da quantidade de iodo na fortificação do 
sal de cozinha a partir de 2013.
Resposta
Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis
Fonte: Adaptado de: 
https://www.fsp.usp.br/sustentarea/202
0/05/26/sistemas-alimentares-e-ods-2/
CADEIA DE PRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS
– Plantação
– Colheita
– Organização
– Transporte
– Processamento
dos alimentos
1 AMBIENTES
ALIMENTARES
– mercados,
– feiras,
– sacolões,
– açougues,
– restaurantes,
– entre outros.
Locais de venda e de
consumo de alimentos como:
2 COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
Ações e hábitos de:
– compra,
– armazenamento
no lar,
– preparação,
– cozimento,
– descarte de
alimentos.
3
 Fatores culturais, políticos, econômicos, tecnológicos e ambientais influenciam a cadeia de 
produção, distribuição e consumo de alimentos.
 O uso consciente dos recursos naturais se torna emergencial para que as próximas gerações 
não sejam afetadas pela escassez de alimentos.
 Mudanças climáticas: uso de energias renováveis, preservação da biodiversidade, 
diminuição e tratamento de resíduos oriundos da produção e consumo humano.
 Meio ambiente: intensa criação de animais para o abate leva à degradação do solo, 
emissão de gases com efeito estufa e desequilíbrio da biodiversidade.
Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis
 Escolha por produtos orgânicos: não há uso de agrotóxicos ou outras substâncias que 
possam contaminar água, ar e solo.
 Alimentos transgênicos: ameaçam a sustentabilidade do sistema alimentar devido à 
diminuição da biodiversidade, alterando a dinâmica populacional ou a própria eliminação de 
espécies animais, gerando superpragas ou plantas daninhas, entre outros.
 Baixo processamento dos alimentos: poupa o uso de fontes de energias não renováveis e 
água, assim como a distribuição em cadeia curta.
 Política Nacional de Abastecimento Alimentar: tem como 
objetivos fomentar e incentivar o varejo de pequeno porte, 
como feiras livres e centros de abastecimentos 
descentralizados e populares, para que o pequeno produtor 
local possa comercializar seus produtos com mais facilidade.
Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis
 Assembleia Geral da ONU, em 2000, foi aprovada de forma unânime a Declaração do 
Milênio das Nações Unidas. A partir desse documento, surgiram os oito Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM) para atingir até 2015.
 Brasil: a fome e a pobreza extrema foram reduzidas pela metade, mais de 90% das crianças 
de 7 a 14 anos, de ambos sexos, estavam matriculadas em escolas do Ensino Fundamental, 
a taxa de mortalidade infantil reduziu e o acesso às fontes de água potável
aumentou consideravelmente.
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)
ACABAR COM A
FOME E A MISÉRIA
EDUCAÇÃO BÁSICA
DE QUALIDADE
PARA TODOS
IGUALDADE ENTRE
SEXOS E VALORIZAÇÃO
DA MULHER
REDUZIR A
MORTALIDADE INFANTIL
MELHORAR A SAÚDE
DAS GESTANTES
COMBATER A AIDS,
A MALÁRIA E
OUTRAS DOENÇAS
QUALIDADE DE VIDA
E RESPEITO AO MEIO
AMBIENTE
TODO MUNDO
TRABALHANDO PELO
DESENVOLVIMENTO
1 2 3 4
5 6 7 8
Fonte: Adaptado de: 
https://tinyurl.com/2crm6ws3. 
 Em setembro de 2015, na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, 
foi aprovada uma nova agenda mundial de compromissos a serem atingidos até 2030.
 No Brasil, em 2016, foi instituída a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (Cnods), para assessorar o governo, monitorar os indicadores e 
articular/mobilizar os órgãos federativos, da sociedade civil e do setor privado.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Erradicação
da pobreza
1 Fome zero e
agricultura
sustentável
Saúde e
bem-estar
Educação de
qualidade
Energia
acessível e limpa
Trabalho decente
e crescimento
econômico
Indústria,
inovação e
infraestrutura
Redução das
desigualdades
Igualdade
de gênero
Água potável
e saneamento
Cidades e
comunidades
sustentáveis
Consumo e
produção
sustentáveis
Ação contra
a mudança
global do clima
Vida na água Vida terrestre Paz, justiça
e instituições
eficazes
Parcerias e
meios de
implementação
2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17
Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/5y34rsrc. 
 A relação envolve a erradicação da pobreza extrema e da insegurança alimentar grave, 
melhores condições de saúde, educação e saneamento básico, uso de fontes de energia 
renováveis, agricultura sustentável, consumo e produção responsáveis e preservação do 
meio ambiente.
ODS e Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis 
Pessoas
Erradicar a pobreza e a
fome, com dignidade
e igualdade
Planeta
Proteger os recursos naturais
e o clima de nosso planeta
para as gerações futuras
Parcerias
Implementar a agenda
por meio de uma
parceria global sólida
Paz
Promover sociedades
pacíficas, justas
e inclusivas
Prosperidade
Garantir vidas prósperas
e plenas em harmonia
com a natureza
Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/2s47rm7a. 
 Uma das ODS refere-se ao combate às alterações climáticas, apresenta como consequência 
a redução da segurança alimentar e hídrica, desastres naturais, disseminação de doenças e 
aumento da mortalidade.
 Os sistemas alimentares são responsáveis por 20 a 30% dos GEEs.
 As tecnologias adotadas na agricultura e na indústria de alimentos, ainda muito
dependentes de fontes de
energia não renováveis.
Mudanças climáticas e sistemas alimentares sustentáveis
Erradicação
da pobreza
1 Fome zero e
agricultura
sustentável
Saúde e
bem-estar
Educação de
qualidade
Energia
acessível e limpa
Trabalho decente
e crescimento
econômico
Indústria,
inovação e
infraestrutura
Redução das
desigualdades
Igualdade
de gênero
Água potável
e saneamento
Cidades e
comunidades
sustentáveis
Consumo e
produção
sustentáveis
Ação contra
a mudança
global do clima
Vida na água Vida terrestre Paz, justiça
e instituições
eficazes
Parcerias e
meios de
implementação
2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17
Fonte: Adaptado de: https://tinyurl.com/5y34rsrc. 
É a análise de como a 
coexistência das epidemias 
(obesidade, mudanças climáticas 
e desnutrição) converge em 
agravantes para cada um
desses cenários.
Sindemia Global
Jan.2019
A SINDEMIA GLOBAL DA
OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO
E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
— relatório da Comissão The Lancet
A Sindemia Global representa o principal desafio para os seres
humanos, o meio ambiente e o nosso planeta no século 21
Fonte: Adaptado de: 
https://alimentandopoliticas.org.br/wp-
content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-
sumario_executivo-baixa.pdf
Sindemia Global
B. Uma visão da Sindemia Global
DesnutriçãoObesidade Mudanças climáticas
Saúde e
bem-estar
ecológico
Saúde e
bem-estar
humano
Sistemas Micro
Sistemas Intermediários
Sistemas Macro
Governança
Comunidades
Locais de trabalho
Economia
Sistemas naturais
Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp-
content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf
 Algumas estratégias que 
contribuem para que os ODS 
sobre alterações climáticas 
possam ser atingidos até 2030 
são excluir subsídios públicos 
para produtos alimentícios com 
alto impacto ambiental.
Sindemia Global
DesnutriçãoObesidade/DCNTs Mudanças climáticas
Dietas mais
saudáveis para a
prevenção de
câncer/obesidade
Mais terra para
uma agricultura
eficiente e
sustentável
Redução de
emissões de GEE
da agricultura
Ação de trabalho triplo
Redução do consumo de carne vermelha
Por exemplo, alteração de impostos/subsídios, rotulagem ambiental
e de saúde, marketing social
Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp-
content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf
Fonte: Adaptado de: https://alimentandopoliticas.org.br/wp-content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf
Sindemia Global
DesnutriçãoObesidade/DCNTs Mudanças climáticas
Promoção de
escolhas alimentares
mais saudáveis
e menos prejudiciais
à saúde
Melhorias no
aleitamento materno,
na educação alimentar
saudável e no
acesso a alimentos
saudáveis
Diminuição da
demanda por
escolhas alimentares
não sustentáveis
Ação de trabalho triplo
Guias alimentares sustentáveis
Por exemplo, promoção de escolhas de alimentos e bebidas para a saúde
e para a sustentabilidade
Os sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis são fundamentais para garantir a segurança 
alimentar e nutricional, promover a saúde da população e preservar o meio ambiente e estão 
alinhados com os ODS da ONU. Indique a alternativa correta sobre uma prática que contribui 
para a sustentabilidade dos sistemas alimentares.
a) Uso intensivo de pesticidas e fertilizantes químicos.
b) Desmatamento de florestas para criação de novas áreas agrícolas.
c) Implementação de técnicas de agroecologia e agricultura orgânica.
d) Produção de culturas que gerem fontes de energia não renováveis.
e) Consumo prioritário de alimentos ultraprocessados e transgênicos.
Interatividade
Os sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis são fundamentais para garantir a segurança 
alimentar e nutricional, promover a saúde da população e preservar o meio ambiente e estão 
alinhados com os ODS da ONU. Indique a alternativa correta sobre uma prática que contribui 
para a sustentabilidade dos sistemas alimentares.
a) Uso intensivo de pesticidas e fertilizantes químicos.
b) Desmatamento de florestas para criação de novas áreas agrícolas.
c) Implementação de técnicas de agroecologia e agricultura orgânica.
d) Produção de culturas que gerem fontes de energia não renováveis.
e) Consumo prioritário de alimentos ultraprocessados e transgênicos.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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