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1 1 ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - 2013/2 REDES DE COMPUTADORES I - Introdução Profª Karen Campos Kock São Mateus/ES, 05 de agosto de 2013 Redes de Computadores I - Introdução Tópicos: 1. Conceitos Básicos 2. Fundamentos de Frequência Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Redes de Computadores - Introdução Objetivo: Permitir aos alunos o conhecimento e a compreensão acerca dos conceitos básicos e gerais sobre Redes, dos quais depende o bom aprendizado das tecnologias estudadas no decorrer do semestre. 3 3 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 1. Conceitos Básicos 1.1 Introdução a Redes de computadores Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é Rede de Computadores? Uma rede de computadores é o compartilhamento de recursos entre computadores autônomos, interligados por meio de um sistema de comunicação. Por sistema de comunicação entendemos os meios físicos de transmissão (enlaces físicos) e os protocolos, ou regras de comunicação. 5 5 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é Rede de Computadores? Quando falamos em “Rede”, a ideia central é que os computadores troquem informações entre si. O compartilhamento de recursos pode ser compreendido como uma forma de troca de informações. Recursos: Impressão Acesso à internet Acesso à banco de dados etc. 6 6 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é Rede de Computadores? Considere-se que neste cenário os computadores não apresentam nenhuma relação mestre-escravo, ou se dispõem sob algum controle centralizado, possuindo, assim, autonomia até mesmo para desconectar-se da própria rede – e mesmo assim, continuar funcionando. 7 7 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A EVOLUÇÃO – ANOS 70 1. Grandes computadores – Mainfraimes; 2. Processamento em batch; 3. Circuitos dedicados analógicos (ARPANET; X.25); 4. Salas de terminais; 5. Especialistas; 6. Digitação e resposta em terminal-texto; 7. Aplicações de baixo tráfego. 8 8 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A EVOLUÇÃO – ANOS 80 1. Redes locais; 2. Circuitos dedicados digitais (Frame Relay; ATM); 3. Mesa de trabalho; 4. Terminal gráfico / microcomputadores; 5. Direção do usuário; 6. Aumento do tráfego das aplicações. 9 9 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A EVOLUÇÃO – ANOS 90 1. Microcomputadores / Internet / Intranet’s / Extranet’s 2. Comércio eletrônico – e-business; e-commerce; 3. Interconexão de sistemas heterogêneos; 4. Interoperabilidade; 5. Alto desempenho dos microcomputadores; 6. Acesso transparente aos recursos distribuídos; 7. Integração LAN / MAN / WAN (interconexão de redes); 8. O usuário delega poderes. 10 10 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock AGORA...E FUTURAMENTE... 1. Internet é o principal veículo de comunicação de massa no mundo (blogs, facebook, videoconferências, Skype);, 2. Integração de serviços e redes em nível mundial; 3. Conexões a partir de várias tecnologias (celulares, notebooks, tablets, ...); 4. Interligação de redes fixas e móveis; 5. Crescente preocupação com segurança e privacidade; 6. Demanda crescente por maior largura de banda (conexões de banda larga estão mais acessíveis); 7. Demanda crescente por Qualidade de serviço (QoS); 8. Interfaces intuitivas, facilidade de uso. 11 11 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Mainfraimes Em um sistema de computação envolvendo mainfraimes, terminais “burros” conectam-se ao computador central, sem possuir qualquer autonomia de processamento. Essa relação pode ser considerada como uma “rede” – já que rede pressupõe troca. Os computadores devem possuir independência para processar as informações e, então, trocá-las. Porém, a partir dos anos 60, com o surgimento das primeiras conexões entre mainfraimes, é que surgiram, de fato, as redes de dados. 12 12 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Mainfraimes 13 13 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Rede Distribuída Utiliza vários computadores menores para obter os resultados de processamento e armazenamento de informações. 14 14 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Rede Colaborativa 15 15 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Este modelo considera o processamento distribuído entre os computadores da rede. Sendo assim, ocorre o compartilhamento da capacidade de processamento. O que é um SISTEMA OPERACIONAL? Sua principal função é tornar transparente toda a complexidade que existe na máquina, e disponibilizar os recursos existentes para o usuário final. Para as redes de computadores usamos os Sistemas Operacionais de Redes, ou NOS (Networking Operating System) – ou simplesmente, SERVIDORES. 16 16 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock NOS – Network Operating System Erroneamente chamados computadores (hardwares) de “servidores”, mas na verdade, não o são. São apenas máquinas especialmente projetadas e fabricadas para suportar toda a carga de trabalho (processamento e armazenamento) e de recepção e transmissão de dados, típicas de um Servidor. Um Servidor é, portanto, um software de rede. 17 17 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock NOS – Network Operating System Existem vários tipos de servidores: - Servidores de Diretório (ou de Domínio). Ex.: Windows Server 2008. - Servidor de Email. Ex.: MS-Exchange, Merak, etc. - Servidor Web. Ex.: IIS, Apache. - Servidor de Internet. Ex.: Wingate, Winconnection, etc. - Servidor de impressão. Ex.: CUPS. - Servidor de Banco de Dados. Ex.: MySQL, SQL-Server. - Servidor de aplicativos. Ex.: Novell Netware. - Servidor de arquivos; e outros. 18 18 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é INTERCONEXÃO? Isto nada mais é que a interligação entre duas ou mais redes. Os principais objetivos para isso, são: - Troca de informações; - Criação de um ambiente de trabalho cooperativo; - Compartilhamento de recursos (Software, Hardware e Dados); - Economia de recursos; - Escalabilidade (possibilidade de crescimento). 19 19 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock VANTAGENS da Interconexão Com as interligações inter-redes temos como principais vantagens: EXTENSÃO DA REDE LOCAL Pode ter atingido o comprimento máximo e o número de estações, e então, faz-se necessária uma expansão. FORNECIMENTO DE MAIS BANDA PARA AS ESTAÇÕES As novas aplicações exigem maiores níveis de carga. CONEXÃO A REDES DISTINTAS / REMOTAS Redes que nasceram isoladas e com tecnologias diferentes precisam ser interconectadas em função dos negócios da empresa. 20 20 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SUB-REDES Muitas vezes é necessário dividir uma rede em sub-redes (sub- divisões da rede principal) para: - Amenizar o tráfego broadcast. - Consequentemente, minimizar os problemas de colisão; - Melhorar a segurança e a disponibilidade dos serviços; - Separar os tipos de tráfegos. 21 21 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A Razão principal de haver uma Rede Vimos até agora que a evolução das redes ocorreu, principalmente, para permitir e facilitar a troca de informações ( e nisso inclui-se o compartilhamento de recursos) entre os usuários finais. A informação deve estaronde houver uma pessoa precisando estudar, trabalhar, produzir, comercializar... Cabe às tecnologias de redes prover os meios e técnicas para levar essa informação onde ela se fizer necessária! 22 22 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é INFORMAÇÃO? É a comunicação propriamente dita; a instrução, o ensinamento. É a transmissão de conhecimentos entre as pessoas. Este é o bem mais precioso da humanidade: a capacidade de trocar experiências e conhecimento! Isso se da por meio da informação! Nós, humanos, somos a origem e a razão de existir da informação. Ela é criada por nós, para nos servir. 23 23 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que são DADOS? O dado é o formato assumido pela informação. A informação torna-se dado de modo que possa ser convenientemente armazenada e processada. O dado por sua vez, pode ser ANALÓGICO ou DIGITAL. 24 24 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O FORMATO DOS DADOS Os dados analógicos possuem variação contínua de intensidade e sua semântica é determinada pela passagem do tempo. Exemplos: temperatura, pressão, áudio, vídeo, etc. Os dados digitais assumem valores discretos, que podem ser representados pelos símbolos binários 0 e 1. 25 25 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que são SINAIS? Os dados são transmitidos, de um dispositivo ao outro, em forma de sinais. Os sinais são a codificação elétrica/eletromagnética dos dados. A codificação se traduz como o processo de transformação de um dado analógico ou digital em sinal elétrico/eletromagnético, sendo este, por sua vez, também analógico ou digital, para fins de transmissão. 26 26 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SINAIS SINAL CONTÍNUO ou ANALÓGICO – tipo de sinal que pode assumir qualquer amplitude dentro de um certo intervalo possível. Ou seja, sua intensidade varia, sem qualquer descontinuidade. A variação ocorre em na proporção tempo x segundo. 27 27 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SINAIS ANALÓGICOS O sinal elétrico de telefonia, por exemplo, copia as variações do sinal de pressão acústica. O sinal elétrico de vídeo, por sua vez, copia as variações do sinal óptico de luminância; O resultado é um sinal contínuo, mas por reduzir as variações do sinal original é chamado de sinal analógico. 28 28 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SINAIS SINAL DISCRETO ou DIGITAL – tipo de sinal que assume finito de amplitudes possíveis. Nesse caso, a intensidade mantém- se constante por um certo intervalo de tempo e depois varia bruscamente, para outro nível constante, que irá perdurar outro intervalo de tempo. 29 29 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SINAIS DIGITAIS Sendo finitos os níveis do sinal discreto, a cada um dos níveis possíveis pode-se fazer corresponder um código numérico (formado por dígitos). Por isto, o sinal discreto é frequentemente referido como sinal digital; O sinal digital de dados é um sinal discreto que evolui sob a cadência de um relógio (é discreto em amplitudes e discreto em tempo). 30 30 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock VANTAGENS DOS SINAIS DIGITAIS Podem ser usados circuitos digitais relativamente baratos; A segurança dos dados é garantido pela criptografia; Podem ser transmitidos dados, voz e imagens por um mesmo sistema de transmissão digital; Em transmissões de longas distâncias o ruído não é acumulado entre os repetidores; Poucos erros de bits são descobertos, mesmo quando há uma quantidade considerável de ruído no sinal recebido; Frequentemente os erros podem ser corrigidos por uso de codificação. 31 31 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock DESVANTAGENS DOS SINAIS DIGITAIS Maior largura de banda requerida quando comparados aos sistemas analógicos; Necessita de mecanismos complexos de sincronismo. Observe-se que há mais vantagens do que desvantagens no uso dos sinais digitais. É justamente por isso é que sua utilização, pelas mais variadas aplicações tecnológicas, é praticamente unânime. 32 32 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock MODELO DE TRANSMISSÃO 33 33 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SISTEMA DE TRANSMISSÃO 34 34 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SISTEMA DE TRANSMISSÃO O sistema de Comunicação é um arranjo topológico, interligando vários equipamentos através de enlaces físicos (link’s), elementos de interconexão (ex.: roteadores) e de um conjunto de regras e padrões com o objetivo de sistematizar a comunicação (protocolos); Simbolicamente é representado pelo desenho de uma NUVEM. 35 35 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SISTEMA DE TRANSMISSÃO 36 36 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock TAREFAS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Endereçamento Necessário quando a facilidade de transmissão é compartilhada por vários dispositivos; Roteamento Exigido quando o sistema de transmissão é uma coleção de redes (por exemplo, a Internet). 37 37 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock TAREFAS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Utilização eficiente do sistema de transmissão • Diluição dos custos entre os usuários • Uso de técnicas de multiplexação • Uso de técnicas de controle de congestionamento Interfaceamento • Interface físico om o meio de transmissão • Formas de sinalização 38 38 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock TAREFAS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Controle de Fluxo Garante que a origem não sobrecarregue o destino. Detecção e Correção de Erros Requerido em situações onde erros não podem ser tolerados. Sincronização Sincronização de bit, de caractere e de frame. 39 39 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock TAREFAS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Formatação de mensagens Acordo quanto ao formato dos dados Gerência do sistema É uma necessidade óbvia, dada a complexidade do sistema. Dela fazem parte: a configuração, o monitoramento, a expansão e o controle de falhas. Utiliza os padrões de gerência SNMP, TINA, TMN. 40 40 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock EM RESUMO... Para viabilizar a comunicação é preciso haver um alto grau de cooperação entre os sistemas comunicantes. Ou seja, há a necessidade de se organizar a tarefa de comunicação. É preciso haver uma... ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO 41 41 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ARQUITETURA DE COMUNICAÇÃO Define o modus operandi, ou seja, o comportamento funcional do sistema de comunicação. Estipula seu modo de funcionamento, os protocolos, os serviços, e como eles são executados. Leva em conta apenas os aspectos relativos à comunicação entre os hospedeiros, ou hosts. Aspectos pertinentes a cada host em particular, como arquitetura de hardware e o SO local, não são considerados. 42 42 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock EXEMPLOS Arquitetura OSI Arquitetura TCP/IP Arquitetura Ethernet Arquitetura SNA (IBM) etc. 43 43 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ESTRUTURAÇÃO EM CAMADAS Em geral a arquitetura de comunicação é estruturada como um conjunto de camadas sobrepostas (lógica não-monolítica). Essas camadas podem ser compreendidas como blocos funcionais interligados. A cada camada é associado umnível. A ideia é que cada camada ofereça serviços à camada imediatamente superior, ocultando a complexidade da execução desses serviços. 44 44 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ESTRUTURAÇÃO EM CAMADAS As vantagens do uso desse sistema em camadas, são: • Modularização do softwares de comunicação • Preservação da tecnologia • Independência em pesquisa e desenvolvimento E as desvantagens: • Overhead de implantação • Duplicação de funcionalidades. 45 45 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 2. Fundamentos de Frequência 2.1 Conceitos básicos sobre Frequência Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Frequência é o número de ciclos que a onda completa em 1 segundo. 47 47 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A unidade de medida é HERTZ, ou Hz, em homenagem ao físico alemão Heinrich Hertz, que descobriu o rádio. 1 Hertz equivale a 1 ciclo por segundo. A fórmula da frequência é: f = 1/t Onde: t é o tempo em segundos. 48 48 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Um ciclo é a menor parte da forma de onda. A repetição do ciclo representa a forma de onda inteira. As propriedades da forma de onda são:... 49 49 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock a = amplitude: é a altura da onda, medida a partir do eixo até o pico. Representa a força de transmissão ou o seu volume. Em ondas eletromagnéticas é medida em volts ou Watts. v = velocidade de propagação: velocidade com que a onda se propaga pelo meio. Essa grandeza é dada em metros por segundo (m/s). A velocidade da onda eletromagnética é relativamente constante. Para efeitos práticos equivale à velocidade da luz no vácuo (3,0 x 108 m/s). - No estudo da Luz a velocidade é representada pela letra C. t = período: tempo que a onda gasta para completar um ciclo. A grandeza é dada em segundos. 50 50 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 51 51 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock λ = comprimento de onda: é a distância que a onda percorre em um ciclo. Ou seja, é a distância entre os picos (ou máximos) das ondas sequenciais. Fazendo uma comparação com o conceito de Período (T), entendemos que o comprimento de onda está relacionado ao tamanho (em metros) de um ciclo da onda que se forma no espaço, enquanto que o período diz respeito ao tempo que esse mesmo ciclo leva para se formar. 52 52 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock λ = comprimento de onda (continuação): Como o período T é o intervalo de tempo que o ciclo leva para se formar, podemos dizer que no período T a onda terá se deslocado exatamente seu comprimento. Se a velocidade de propagação da onda é dada pela distância percorrida no intervalo de tempo, teremos: v = distância percorrida / tempo gasto → v = λ / t 53 53 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock λ = comprimento de onda (continuação): Como a frequência é o inverso do período (f = 1/t), temos: v = λ . f Concluímos, então, que o comprimento de onda é dado por: v = λ = v / f 54 54 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock λ = comprimento de onda (continuação): Para relação vemos que o comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência. Ou seja: quanto maior a frequência, menor será o comprimento de onda. Quanto menor a frequência, maior será o comprimento de onda. 55 55 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 56 56 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock λ = v / t Comprimento de onda: 2. Fundamentos de Frequência 2.2 Conceitos básicos sobre Ondas e Espectros de Frequência Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O que é uma onda? Em física, uma onda é uma perturbação oscilante no espaço, e periódica no tempo. Uma onda é um pulso energético que se propaga através de um meio, o qual pode ser sólido, líquido ou gasoso. Uma onda pode ser longitudinal quando a oscilação ocorre na direção da propagação, ou transversal quando a oscilação ocorre na direção perpendicular à direção de propagação da onda. 58 58 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock As ondas eletromagnéticas são geradas sempre que a carga elétrica em movimento é acelerada, o que significa uma mudança de velocidade ou direção. Elas possuem um campo elétrico (E) e um campo magnético (H), ambas variáveis no tempo e perpendiculares entre si. O transmissor de rádio funciona com a vibração de elétrons – partículas elétricas que cercam todos os átomos e que são responsáveis pela eletricidade. A frequência da onda gerada por essa vibração depende da velocidade com que elétrons estão vibrando; quanto mais rápido se moverem, maior será a frequência. 59 59 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Onda Eletromagnética 60 60 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Rádio é o nome atribuído aos tipos de ondas que podem ser utilizadas com o propósito de comunicação. Os sinais de rádio são um tipo de radiação eletromagnética, uma categoria que também inclui a LUZ, o RAIO INFRAVERMELHO, e outros tipos de raios. Por possuírem comprimento de onda e frequência, os sinais de rádio são considerados “ondas transversas”. Em rádio, a frequência das ondas é chamada de Radiofrequência (RF). 61 61 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A área completa de alcance da radiação eletromagnética é conhecida como “espectro”. O espectro é um continuum; ou seja; os limites entre os tipos diferentes não existem naturalmente, tendo sido inventados pelos cientistas na tentativa de classificá-los. Esses limites são chamados de “faixas de ondas” ou “bandas”. A onda de rádio é apenas uma das várias bandas eletromagnéticas existentes no espectro de frequência. 62 62 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 63 63 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock O espectro de rádio é dividido em várias regiões, conhecidas como bandas ou faixas de ondas, como já mencionado. A frequência é medida em escala logarítmica, e assim, cada banda contém 10 vezes o espectro da banda imediatamente anterior a ela. Por exemplo, o espectro do UHF (transmissões de TV) é 1000 vezes maior que o espectro de banda VHF (Medium Frequency), das rádios AM. 64 64 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock A largura de banda do espectro não é a única diferença entre as bandas. Os sinais de alta frequência possuem uma faixa muito menor do que os de baixa frequência, porque os comprimentos de onda menores sofrem maior atenuação. Como as frequências de radiação são altas, mais coisas podem ocorrer para bloqueá-las. Assim: • Luz de alta frequência não atravessa paredes; • Rádio de baixa frequência atravessa! 65 65 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Transmissão de dados em Altas Frequências As bandas de alta frequência, justamente por serem de alta frequência, e também por seu largo espectro, são utilizadas para transmissões de dados “velozes” (bits por segundo – bps) 66 66 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Atividade: - Pesquisar e descrever os padrões de gerência de Rede: SNMP, TINA e TMN. - Pesquisar no site do ISM – Industrial, Scientific and Medical as faixas e taxas de transmissão para cada uma das tecnologias abaixo: WLAN 802.11b WLAN 802.11a WLAN 802.11g WiMAX 802.16a Celular GSM - Consultar ainda as faixas que estãolicenciadas - Consultar a faixa reservada para uso militar. 67 67 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 2. Fundamentos de Frequência 2.3 Conceitos básicos sobre Interferências Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock SINAL é a forma como os dados são transmitidos de um dispositivo a outro. Os sinais são a codificação elétrica/eletromagnética dos dados. A codificação, por sua vez, é o processo de transformação de um dado (que pode ser analógico ou digital), com o intuito de transmití-lo. Os sinais podem ser analisados no domínio do tempo ou no domínio da frequência (Fourier). 69 69 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock No caso do domínio da frequência, o sinal pode ser formado, ou constituído, por várias frequências. Esta afirmação é resultado do trabalho realizado pelo matemático Jean Fourier. 70 70 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Duas ondas de rádio viajando em direções diferentes podem se propagar uma através da outra, sem que haja interferências. Entretanto, se um receptor selecionar dois ou mais sinais de mesma frequência, não haverá como distinguir um do outro. Sinais indesejados são chamados de INTERFERÊNCIA e podem limitar seriamente a eficiência do sinal de rádio. 71 71 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Algumas interferências são mais altas que o sinal verdadeiro, sobrepondo-se a ele totalmente. Um exemplo é quando um satélite alinha-se com o sol. Sendo o sol uma poderosa fonte de radiação, a interferência causada por ele pode anular completamente o sinal do satélite (mas somente enquanto durar o alinhamento, o que são poucos minutos). O caso mais comum de interferência é o encontro de dois sinais de comunicação semelhantes, um reforçando ou cancelando o outro. 72 72 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock 73 73 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Para que uma comunicação wireless (rádio-frequência, ou RF) possa funcionar é necessário que haja um caminho entre o transmissor e o receptor, e que o sinal enviado chegue com energia suficiente para que o receptor compreenda o que foi transmitido. No entanto, existem vários fatores que podem afetar a propagação do sinal até o receptor. Alguns desses fatores são:... 74 74 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock • Absorção • Atenuação • Espalhamento • Difração • Distorção por caminhos múltiplos (“multipath”) • Reflexão • Refração • Relação Sinal-Ruído (Signal/Noise – S/N); etc... 75 75 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock Uma onda sofre diversos comportamentos quando incide sobre um obstáculo. • Absorção • Espalhamento • Reflexão • Refração • etc. 76 76 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock EFEITOS DE OBSTÁCULOS Ocorre quando o sinal de Radiofreqüência (RF) atinge um objeto e é absorvido pelo material, sem refletir, contornar ou atravessar. 77 77 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ABSORÇÃO Redução da energia (intensidade, força ou potência) do sinal ao longo do trajeto da transmissão. 78 78 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ATENUAÇÃO A atenuação ocorre em qualquer meio de transmissão (fibra óptica, RF, cabo metálico), e em cada um é causada por diferentes fatores. 79 79 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ATENUAÇÃO (continuação) Ocorre quando o meio possui obstáculos com dimensões muito menores em comparação ao comprimento de onda do sinal, e o número de obstáculos por unidade de volume é grande. É produzido por: • Superfícies ásperas • Folhagens • Postes de iluminação • Sinais de rua • Partículas suspensas • Chuvas, etc... 80 80 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock ESPALHAMENTO Desvio da onda de rádio ao redor de um obstáculo. 81 81 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock DIFRAÇÃO A difração ocorre quando uma onda eletromagnética é limitada em seu avanço por um objeto opaco que deixa passar apenas uma fração das frentes de onda, ocasionando uma deflexão. Uma nova onda é composta pelos radiadores, com características de frentes de ondas diferentes da onda original. 82 82 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock DIFRAÇÃO Distorções provocadas pela combinação de ondas refletidas. 83 83 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock DISTORÇÃO POR MÚLTIPLOS CAMINHOS A reflexão é o fenômeno que consiste no retorno das ondas ou raios incidentes para o meio de origem, após encontrar uma superfície refletora. Em Radiofrequência a reflexão pode causar grande atenuação, chegando até produzir o cancelamento do próprio sinal! Contudo, nem sempre reflexão de sinal é ruim... As fibras ópticas, por exemplo, usam a reflexão total para propagar a luz. 84 84 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock REFLEXÃO 85 85 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock REFLEXÃO A refração é o desvio sofrido por uma onda, ou raio, ao passar por meios de diferentes densidades. 86 86 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock REFRAÇÃO 87 87 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock COMPARAÇÃO: Difração, Reflexão, Refração É a relação da potência do sinal recebido em comparação à potência do ruído de fundo. Quanto maior a relação S/N, melhor é a potência do sinal. Quando a potência do sinal é muito maior que a potência do ruído, o ruído adicionado ao sinal não é percebido. Por outro lado, caso o ruído tenha potência muito próxima à potência do sinal, o sinal demodulado resultante será diferente do original, provocando a chamada “estática”. 88 88 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock RELAÇÃO SINAL-RUÍDO (Signal/Noise – S/N) 89 89 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock COMER, Douglas E. Redes de computadores e Internet. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. FOROUZAN, Behrouz A. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed. São Paulo: Bookman, 2006. KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet. 3. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2006. SCAMPINI, André L. Carvalho. Redes de Computadores. 2ed. 1997. TANENBAUM, Andrew. S. Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 90 90 Redes de Computadores I Prof ª. Karen Kock REFERÊNCIAS
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