Buscar

Princípios Processuais Constitucionais

Prévia do material em texto

Princípios Processuais Constitucionais 
1) Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional: 
CF, 5°, XXXV: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
2) Devido processo Legal: 
CF, 5°, LIV: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
3) Isonomia: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
4) Contraditório e Ampla Defesa: 
CF, 5°, LV: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
O Princípio do Contraditório contém o enunciado de que todos os procedimentos e 
termos processuais, ou de natureza procedimental devem primar pela ciência bilateral 
das partes, e pela possibilidade de tais atos serem contrariados com alegações e provas. 
Princípio da Ampla Defesa, que traduz a liberdade inerente ao indivíduo, em defesa de 
seus interesses, alegar fatos e propor provas. Neste aspecto, mostra-se evidente a 
correlação entre a Ampla Defesa e o Princípio do Contraditório, não sendo possível 
imaginar, falar-se em um sem pressupor a existência do outro. 
5) Juiz Natural: 
CF, 5°, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
6) Publicidade: 
CF, 5, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa 
da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
7) Motivação (fundamentação): 
CF, 93, IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a 
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a 
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo 
não prejudique o interesse público à informação; 
8) Duplo grau de jurisdição: 
O duplo grau de jurisdição garante a todos os cidadãos jurisdicionados a reanálise de 
seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior. Em 
alguns casos, quando a competência originária já cabe à instância máxima, o duplo grau 
propriamente dito fica impossibilitado, mas ocorre ao menos o exame por um órgão 
colegiado (grupo de pessoas), como é o caso das decisões do Supremo Tribunal Federal. 
9) Proibição da prova ilícita: 
CF, 5°, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
10) Razoável duração do processo: 
CF, 5°, LXXVIII: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Esse princípio é meramente programático, de cunho idealista, sabido que a só inclusão 
da norma no Texto Constitucional não garante que os processos sejam encerrados em 
tempo razoável, em vista da burocracia do processo civil brasileiro, da falta de estrutura 
do Poder Judiciário, do acúmulo de processos em todas as instâncias da Justiça nacional 
etc. 
A razoável duração do processo não pode ser imposta com o sacrifício de interesses 
maiores, como a busca da verdade real, a necessidade de preservação do contraditório e 
da ampla defesa, do duplo grau de jurisdição etc.

Continue navegando