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Estagio 2 - Alegações Finais

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AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
ARAGUAÍNA – ESTADO DO TOCANTINS 
 
 
 
LEUDE FARIAS PEREIRA DA SILVA, já devidamente qualificada nos autos em 
epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus 
advogados que subscrevem a presente, apresentar: 
 
 
 
ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS 
 
 
o que faz com supedâneo nos termos do Código de Processo Civil, nos fundamentos 
fáticos e jurídicos a seguir articulados. 
 
DA SÍNTESE FÁTICA 
A narrativa apresenta a Autora como única filha de Tarquina Farias Pereira, uma 
brasileira aposentada. Tarquina possui um único patrimônio, uma casa residencial 
construída sobre o lote nº 16, quadra nº 18, localizada na rua 13 de agosto, com área 
de 223,00m2, onde reside desde 1994. Seu sobrinho, Raimundo Farias Pereira, 
morava com ela sem pagar aluguel, mas com complicações de saúde, em 2017, 
Tarquina foi morar com a Autora em Trindade, GO, ficando sob seus cuidados, 
deixando Raimundo na casa. No ano de 2019, a Autora decidiu vender a casa para 
custear os cuidados de sua mãe, mas descobriu que, em 2014, Tarquina havia doado 
a propriedade para Raimundo sem seu conhecimento. Essa doação foi considerada 
ilegal, pois era o único bem de Tarquina. 
Com o passar dos anos, a saúde de Tarquina começou a apresentar complicações, 
especialmente devido à depressão e ao alcoolismo. Em 2017, sua condição tornou-
se tão delicada que a Autora decidiu levá-la consigo para morar em Trindade, GO, 
onde poderia cuidar dela de perto. Enquanto isso, Raimundo permaneceu na casa da 
família, cuidando do lugar. 
Entretanto, em 2019, quando a Autora decidiu vender a casa para garantir os cuidados 
médicos e a qualidade de vida de sua mãe, descobriu algo chocante. A propriedade, 
que pensava ser de sua mãe, na verdade havia sido doada para Raimundo em 2014, 
sem seu conhecimento ou consentimento. Essa revelação deixou a Autora indignada 
e determinada a reverter essa situação injusta. 
 
DO DIREITO 
O artigo 538 do Código Civil define doação como o ato pelo qual alguém, por sua 
vontade, transfere parte de seus bens para outra pessoa. O direito da Autora encontra 
respaldo nesse código, que estabelece as condições para validade de um negócio 
jurídico. 
Um ponto essencial a ser considerado na doação é o princípio da liberalidade, ou 
animus donandi, que significa que o ato deve ser realizado de forma livre, sem 
coerção. No entanto, a lei impõe algumas restrições ao doador, como a proibição de 
doar todos os seus bens sem reservar parte para sua própria subsistência, conforme 
os artigos 548 e 549 do Código Civil. 
No caso em questão, a doação realizada pela doadora ao seu sobrinho é considerada 
nula, pois ela transferiu todos os seus bens sem reservar nada para sua subsistência, 
em desacordo com a lei. Essa ação vai contra os princípios legais estabelecidos, 
prejudicando a doadora, que se encontra em uma situação de extrema necessidade. 
 
DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto requer: 
• A total procedência da ação para anular a doação ilegal do bem imóvel LOTE 
Nº 16, QUADRA Nº 18, SITUADO NA RUA 13 DE AGOSTO, COM ÁREA DE 
223,00m2 , registrado no Registro de Imóveis da Comarca de Araguaína, 
Tocantins, sob a MATRÍCULA Nº M-2.259 R-4, visto que é o único bem da 
doadora que hoje conta com idade avançada e complicações de saúde e por 
isso necessita do bem para prover a sua subsistência digna. 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento 
 
Araguaína, data de protocolo no sistema 
 
ADV 
OAB

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