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CADERNO TÉCNICO PROJETO INTEGRADOR DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ENIAC NOME: IVAN MELIM RA:262832023 DIMENSIONAMENTO E PROJETO DAS REDES DE ÁGUA FRIA, ESGOTO E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. NOVA ALIANÇA - SP 2024 ¹Acadêmico do curso de Engenharia Civil, Centro Universitário ENIAC. e-mail: ivan_melim@hotmail.com ²Professor M. Allan Miranda Pereira do curso de Engenharia Civil, Centro Universitário ENIAC mailto:ivan_melim@hotmail.com CADERNO TÉCNICO Sumário SPRINT 01 1. RESUMO 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................................................................................. 3 3. OBJETIVO ........................................................................................................................................................................................................................................ 4 a. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................................................................................................................................. 4 4. PLANTA BAIXA DO PRÉDIO DE 2 PAVIMENTOS. ........................................................................................................................................................................ 4 5. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA ...................................................................................................................................................................................................... 7 6. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RESERVAÇÃO ............................................................................................................................................................... 9 7. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ......................................................................................................................................................................................................... 10 8. FATOR DE POTÊNCIA .................................................................................................................................................................................................................. 13 9. RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTO (DIMENCIONAMENTO) DA CARGA DE ILUMINAÇÃO ......................................................... 14 10. RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTO DA CARGA DE TOMADAS .................................................................................................. 15 SPRINT 02 11. DIMENSIONAMENTO E PROJETO DO BARRILETE DE ÁGUA FRIA ...................................................................................................................................... 21 REDE DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................................................................................................................... 21 BARRILETE ......................................................................................................................................................................................................................................... 21 12. DIMENSIONAMENTO E PROJETO DAS COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA; ..................................................................................................... 22 13. MEMORIAIS DE CALCULO DAS COZINHAS E AREAS DE SERVIÇO AP. 01 E 02 ................................................................................................................. 28 14. MEMORIAL DE CALCULO DOS BANHEIROS .......................................................................................................................................................................... 32 15. DIMENSIONAMENTOEPROJETO DOS RAMAIS E SUB-RAMAIS DE ÁGUA FRIA ................................................................................................................. 41 16. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................................................................................................. 56 1. RESUMO Palavras-Chave: 2. INTRODUÇÃO O trabalho tem como acompanhar PI (Projeto Integrador), fazendo a montagem de um determinado projeto da do pelo professor. O PI une a maioria das disciplinas do módulo, seu objetivo é agregar ainda mais a aprendizagem prática dos alunos durante o semestre e também mostrar como interagir com as pesquisas para realizar diversos trabalhos, assim se familiarizando com tarefas propostas. Tendo as disciplinas neste semestre, sendo uma elas sobre o projeto, todas auxiliando a progressão do mesmo. Temos o estudo geral sobre as estruturas, cálculos, desenhos e materiais usados para uma melhor projeção do que nos foi pedido. Por fim, o trabalho e o PI, além de nos auxiliar a interagir com diversas matérias citadas, faz com tenhamos a ideia de como é realizar um projeto real e quais são os procedimentos corretos a seguir para obter sucesso no mesmo, juntamente com isso temos o aprendizado do trabalho individual de um projetista, sempre dividindo seu tempo e tarefas conforme a facilidade e/ou dificuldade de cada uma das situações, sempre tendo auxílios para nos ajudar a superar nossas dificuldades. 3. OBJETIVO Como dito acima, o objetivo do projeto é agregar ainda mais a aprendizagem prática durante o semestre e também mostrar como é realizar um projeto real e quais são os procedimentos corretos a seguir para obter sucesso no mesmo. O objetivo em relação ao projeto consiste basicamente em criar a planta e dimensionar tanto a parte elétrica, quanto a parte hidráulica do projeto. a. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Desenhar os croquis, cortes e perspectivas da planta; ● Escolha do projeto que servirá de base para o dimensionamento e projeto das instalações hidrossanitárias e elétricas; ● Cálculo de demanda de usuários das redes hidrossanitárias e elétricas; ● Dimensionamento do reservatório de água fria. ● Dimensionamento e projeto do barrilete de água fria; ● Dimensionamento e projeto das colunas de distribuição de água fria; ● Dimensionamento e projeto dos ramais e sub-ramais de água fria. ● Dimensionamento e projeto da rede de esgoto sanitário; ● Dimensionamento e projeto das instalações elétricas. 4. PLANTA BAIXA DO PRÉDIO DE 2 PAVIMENTOS. Uma planta baixa é um desenho de uma construção, no projeto em questão a planta elaborada é a do prédio de uma residência de 04 apartamentos sendo: 02 apartamentos térreo e 02 superiores: Figura 01 – Planta baixa do pavimento inferior Figura 02 – Planta baixa do pavimento superior 5. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA Nesta etapa do trabalho foi feito o dimensionamento das instalações de água fria de uma edificação residencial multifamiliar. Calcula-se o consumo diário de acordo com os dados tabela 02 encontra-se o número de pessoas a considerar em cada quarto para um prédio de apartamentos. Como há dois quartos por apartamento e um total de quatro apartamentos chega-se ao valor de oito quartos, logo estima-se uma população de 16 pessoas para a edificação. Com a Tabela 1 encontra-se o consumo per capita, 200 Litros por dia e utilizando a Equação encontra-se o consumo diário. Tabela 01 – Estimativa de consumo diário de água Tabela 02 –Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local Com o valor do consumo diário determina-se o diâmetro mínimo do ramal predial e por consequência o cavalete do hidrômetro e alimentador predial. Por se tratar de uma edificação pequena pode-se adotar o valor de ¾ ”, mas por meio dos cálculos de estimativa do consumo mensal é possível determinar o diâmetro consultando a Tabela 3 . Tabela 03 – Determinação da capacidade do hidrômetro 𝐶𝑀 = 30 dias × 𝐶𝐷 Onde: 𝐶𝑀 – Consumo mensal, em Litros; 𝐶𝑀 = 30 × 𝐶𝐷 𝐶𝑀 = 30 × 3.200 = 96.000 𝐿 = 96 𝑚³ Consultando a Tabela 03 conclui-se que o ramal predial, o cavalete e o alimentador predial terão o diâmetro de ¾ ” e a descarga característica do hidrômetro será de 3 m³/h. 6. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RESERVAÇÃO A reservação de água fria deve ser o suficiente para 24 horas de consumo normal de uma edificação, sem considerar a reserva de incêndio. Com o consumo diário é possível calcular a capacidade do reservatório. O volume total reservado varia de 1 a 3 vezes o consumo diário. 1 × 𝐶𝐷 ≤ 𝑉 ≤ 3 × 𝐶𝐷 Onde: 𝐶𝐷 – Consumo diário, em Litros por dia; 𝑉 – Volume total reservado Encontra-se o volume do reservatório utilizando a Equação com o valor igual a 1,5 vezes o consumo diário, logo mantendo a edificação por um dia e meio sem abastecimento público. 𝑉 = 1,5 × 𝐶𝐷 = 1,5 × 3200 = 4.800 𝐿 O reservatório adotado foi de 5.000 L e como o alimentador é de ¾”, foi adotado um extravasor com uma bitola comercial acima, logo de 1”. 7. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Instalações elétricas são um subsistema de componentes elétricos e não elétricos conjugados e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico, trabalhando de forma harmônica para um mesmo fim. Instalações elétricas prediais são feitas em edificações, como residências, comércios, indústrias, utilizando esquemas elétricos em plantas baixas, além de ferramentas e equipamentos de medição apropriados. Os materiais e equipamentos utilizados, como cabos flexíveis, cabos rígidos, disjuntores unipolares, disjuntores bipolares, interruptores, tomadas, eletrodutos e outros equipamentos devem contar com certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Os projetos de instalações elétricas devem ser desenvolvidos por profissionais especializados, pois requerem responsabilidade técnica para projeto e execução. Fica a cargo do designer de interiores alocar os novos pontos ou relocar os pontos existentes em relação à concepção do projeto. As instalações elétricas das edificações são compostas basicamente por entrada de energia, quadros elétricos, dispositivos de proteção, como disjuntores, circuitos compostos por fios e cabos e a distribuição dos pontos de elétrica onde serão conectadas, por exemplo, as tomadas de força ou os soquetes para os pontos de luz. FIGURA 01: REDE PÚBLICA DE BAIXA TENSÃO Circuito O circuito elétrico é a interligação de componentes elétricos que ofereçam ao menos um caminho fechado. Esses circuitos têm a tensão definida e podem ter de 1 a 3 fases, 1 neutro e 1 terra. Por exemplo: circuito 110 V tem 1 fase, 1 neutro e 1 terra; circuito 220 V tem 2 fases e 1 terra; circuitos 220 V trifásicos têm 3 fases e 1 terra. O quadro geral deve conter um barramento terra, que, por sua vez, é ligado a um sistema de aterramento, de forma a propiciar que todos os circuitos tenham um fio ou cabo terra para atender ao ponto de energia considerado, seja ele de força ou de iluminação. Entrada de energia As entradas de energia são a interface entre as instalações da concessionária de energia e as instalações da edificação. Elas são feitas de acordo com os padrões fixados pela concessionária local e normalmente contêm o relógio de medição de consumo (kWh - quilowatt x hora) e os disjuntores de proteção. Por exemplo, nas ligações mais comuns há a entrada de três cabos, sendo dois deles as fases e um deles o neutro, os quais propiciam as tensões de 110 V e 220 V. O neutro sempre deve ser aterrado na entrada de energia. Circuito de alimentação Os cabos que saem dos disjuntores da entrada de energia e vão alimentar o quadro geral de distribuição da edificação damos o nome de circuito de alimentação. Esse circuito leva a energia elétrica até o disjuntor ou chave geral do quadro geral de distribuição. Quadros elétricos Quadros elétricos (Figura 4) são receptáculos normalmente de forma retangular com profundidade variável (normalmente sendo esta a menor dimensão) e construídos de material metálico ou plástico, apto a receber suportes, disjuntores, chaves seccionadoras, barramentos e outros dispositivos de conexão e de proteção dos circuitos. Podem conter apenas circuitos de força, de luz ou ambos. Devem conter as identificações de todos os circuitos, indicando os equipamentos e/ou os espaços que são atendidos por cada um dos circuitos. Quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica de uma residência. 8. FATOR DE POTÊNCIA Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da potência aparente foi transformada em potência ativa, aplica-se os seguintes valores de fator de potência: A esta porcentagem dá-se o nome de fator de potência. FIGURA 02: FATOR DE POTENCIA Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada em potência ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência, tais como: chuveiro elétrico, torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico, etc. O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências (cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial. 9. RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTO (DIMENCIONAMENTO) DA CARGA DE ILUMINAÇÃO 9.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz. - Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede; - Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60cm do limite do boxe; 9.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação. A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência FIGURA 03: POTENCIA DE ILUMINAÇÃO A NBR 5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente. Prevendo a carga de iluminação da planta residencial utilizada para o exemplo, temos o dimencionamento: Dependencia Dimenções área (m²) Potencia de iluminação (VA) Sala (estar social) A = 3,25 x 3,05 = 9,91 9,91m² = 6m² + 3,91m² 100VA 100VA Cozinha A = 3,75 x 3,05 = 11,43 11,43m² =6m² + 4m² + 1,43m² 100VA + 60VA 160 VA Àrea de serviço A = 1,75 x 3,40 = 5,95 5,95m² => 100VA 100VA Dormitório 1 A = 3,25 x 3,40 = 11,05 11,05m² = 6m² + 4m² + 1,05m² 100VA + 60V 160 VA Dormitório 2 A = 3,25 x 3,40 = 11,05 11,05m² = 6m² + 4m² + 1,05m² 100VA + 60V 160 VA Banho 1 A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14m² => 100VA 100VA Banho 02 (suite) A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14m² => 100VA 100VA Hall de entrada A = 1,80 x 1,00 = 1,80 1,80m² => 100VA 100VA Àrea externa 100VA TABELA 04: CARGA DE ILUMINAÇÃO 10. RECOMENDAÇÕES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTO DA CARGA DE TOMADAS 10.1 Condições para se estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso geral (TUG’s). FIGURA 04: LEVANTAMENTODA CARGA DE TOMADAS NOTA: em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de tomadas de uso geral maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem energia, podem comprometer a segurança da instalação. TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S) Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: aparelhos móveis ou aparelhos portáteis. 10.2 Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral (TUG’s). FIGURA 05: LEVANTAMENTO DE POTENCIA MINIMA DE TOMADAS 10.3 Condições para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso específico (TUE’s). A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente, tais como: - Chuveiro; - Torneira elétrica; - Maquina e secadora de rouopa; NOTA: quando usamos o termo “tomada” de uso específico, não necessariamente queremos dizer que a ligação do equipamento à instalação elétrica irá utilizar uma tomada. Em alguns casos, a ligação poderá ser feita, por exemplo, por ligação direta (emenda) de fios ou por uso de conectores. Estabelecendo a quantidade mínima de tomadas de uso geral e específico: Dependencia Dimensões Quantidade minima Area (m²) Perimetro (m) TUG’s TUE’s SALA 9,91 3,25x2 + 3,05x2 = 12,6 5 + 5 + 2,6 (1 1 1)=3 COZINHA 11,43 3,75x2 + 3,05x2 = 13,6 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,1 (1 1 1 1) = 4 1 torneira elétr. 1 geladeira DORMITORIO 01 11,05 3,25x2 + 3,40x2 = 13,3 5 + 5 + 3,3 (1 1 1) - DORMITORIO 02 11,05 3,25x2 + 3,40x2 = 13,3 5 + 5 + 3,3 (1 1 1) - BANHO 01 4,14 OBSERVAÇÃO Área inferior a 6m² : não interessa o perímetro 1 1 chuveiro elétr BANHO 02 (SUITE) 4,14 1 1 chuveiro elétr ÁERA DE SERVIÇO 5,95 2 1 máquina lavar roupa HALL 1,80 - - ÁREA EXTERNA - TABELA 05: QUANTIDADE MINIMA TOMADAS DE USO GERAL Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e específico. Obs.: (*) nesses cômodos, optou-se por instalar uma quantidade de TUG’s maior do que a quantidade mínima calculada anteriormente Dependencia Dimensões Quantidade minima Previsão de Carga Area (m²) Perimetro (m) TUG’s TUE’s TUG’s TUE’s SALA 9,91 12,6 4* - 4x100VA - COZINHA 11,43 13,6 4 - 3x600VA 1x100VA 1x5000W (torneira) 1x500W (geladeira) DORMITORIO 01 11,05 13,3 4* 2 4x100VA - DORMITORIO 02 11,05 13,3 4* - 4x100VA - BANHO 01 4,14 - 1 - 1x600VA 1x5600W (chuveiro) BANHO 02 (SUITE) 4,14 - 1 1 1x600VA 1x5600W (chuveiro) ÁERA DE SERVIÇO 5,95 - 2 1 2x600VA 1x1000W (máq.lavar) HALL 1,80 - 1 - 1x100VA - ÁREA EXTERNA - - - - - TABELA 06: CARGAS E TOMADAS DE USO GERAL Reunidos todos os dados obtidos, tem-se o seguinte quadro: Dependencia Dimensões Potência de iluminação (VA) TUG’s TUE’s Area (m²) Perimetro (m) Quantidade Potencia (VA) Discriminação Potência (W) SALA 9,91 12,6 100 4 400 - - COZINHA 11,43 13,6 160 4 1900 Torneira Geladeira 5000 500 DORMITORIO 01 11,05 13,3 160 4 400 - - DORMITORIO 02 11,05 13,3 160 4 400 - - BANHO 01 4,14 - 100 1 600 chuveiro 5600 BANHO 02 (SUITE) 4,14 - 100 1 600 chuveiro 5600 ÁERA DE SERVIÇO 5,95 - 100 2 1200 Maq. De lavar 1000 HALL 1,80 - 100 1 100 - - ÁREA EXTERNA - - 1080VA - 6900VA - 12100W Potência aparente Potência ativa TABELA 07: RESULTADO OBTIDOS Para obter a potência total da instalação, faz-se necessário: a) calcular a potência ativa; b) somar as potências ativas. 11. DIMENSIONAMENTO E PROJETO DO BARRILETE DE ÁGUA FRIA REDE DE DISTRIBUIÇÃO A rede de distribuição de água fria é constituída pelo conjunto de canalizações que interligam os pontos de consumo ao reservatório da edificação. Para traçar uma rede de distribuição, é sempre aconselhável fazer uma divisão dos pontos de consumo. Dessa forma, os pontos de consumo do banheiro devem ser alimentados por uma cana lização, e os pontos de consumo da cozinha e da área de serviço por outra. Tal fato se justifica por dois motivos: canalização mais econômica e uso não simultâneo. Quanto menor for o número de pontos de consumo de uma canalização, tanto menor será seu diâmetro e, consequentemente, seu custo. BARRILETE Barrilete é o conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição. O barrilete pode ser: concentrado ou ramificado. O tipo concentrado tem a vantagem de abrigar os registros de operação em uma área restrita, facilitando a segurança e o controle do sistema, possibilitando a criação de um local fechado, embora de maiores dimensões. O tipo ramificado é mais econômico, possibilita uma quantidade menor de tubulações junto ao reservatório, os registros são mais espaçados e colocados antes do início das colunas de distribuição. Para o dimensionamento das tubulações é necessário apresentar os isométricos da rede interna de distribuição. Após estudos de trajetos chegou-se a uma configuração de um barrilete ramificado com um total de sete prumadas que alimentará as cozinhas, áreas de serviços e os banheiros, conforme Figura 06. FIGURA 06: PROJETO BARRILETE E COLUNAS DE ÁGUA FRIA 12. DIMENSIONAMENTO E PROJETO DAS COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA; Foi calculado os pesos da cozinha e área de serviços, pois compartilham a mesma prumada de água fria, e dos banheiros. Com o projeto arquitetônico da cozinha/área de serviços (Figura 07) identifica-se as seguintes peças de utilização: pia da cozinha, tanque da área de serviços e a máquina de lavar roupas. Assim, apresenta-se o isométrico das tubulações de água fria (Figura 08). FIGURA 07: PLANTA BAIXA DA COZINHA E ÁREA DE SERVIÇOS AP. 101 FIGURA 08: ISOMÉTRICO DA COZINHA/ÁREA DE SERVIÇOS AP. 101 Com o isométrico da cozinha/área de serviços, consulta-se a Tabela 08 para obter os pesos das peças de utilização (segunda coluna da Tabela 12), e realiza-se o somatório de pesos relativos. Com a Equação: Q =0,3×√∑P, que relaciona os pesos com a vazão necessária para o bom funcionamento das peças de utilização, calcula-se a vazão (terceira coluna da Tabela 12). Com a vazão consulta-se na Tabela 09 TABELA 09: Vazões máximas para as bitolas comerciais da tubulação Tigre e adota-se o diâmetro do tubo (quarta coluna da Tabela 12). Em seguida a velocidade da água na tubulação é calculada com a Equação: (quinta coluna da Tabela 12). A perda de carga unitária foi calculada com a Equação: , por se tratar de uma tubulação de PVC (sexta coluna da Tabela 12). Para o cálculo da perda de carga total de cada trecho é necessário o comprimento da tubulação de cada trecho (sétima coluna da Tabela 12) e a identificação das singularidades (oitava coluna da Tabela 12). Com a Tabela 10 TABELA 10: PERDA DE CARGA EM CONEXÕES – COMPRIMENTO EQUIVALENTE PARA TUBO LISO foi identificado e somado os comprimentos equivalentes das singularidades (nona coluna da Tabela 12). Com os comprimentos e as perdas de carga unitária de cada trecho foi possível calcular a perda de carga total de cada trecho (décima, décima-primeira e décima-segunda colunas da Tabela 12). Os resultados obtidos para a cozinha/área de serviços do Apartamento 101 estão expressos na Tabela12 e toda essa rotina de cálculo é baseada na rotina presente na ABNT NBR 5626:1998, conforme descrito na Tabela 11. TABELA 11: ROTINA PARA DIMENCIONAMENTO DASTUBOLAÇÕES 13. MEMORIAIS DE CALCULO DAS COZINHAS E AREAS DE SERVIÇO AP. 01 E 02 Tabela 12 – Memorial de cálculo: cozinha/área de serviços Ap. 101 O procedimento foi reproduzido para as cozinhas/áreas de serviços e banheiros de toda a edificação, onde os isométricos são apresentados pelas Figuras 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, juntamente com o seu memorial de cálculo exibido nas Tabelas 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24. Figura 09 – ISOMÉTRICO DA COZINHA/ÁREA DE SERVIÇOS AP. 102 Tabela 13 – Memorial de cálculo: cozinha/área de serviços Ap. 102 Figura 10 – Isométrico da cozinha/área de serviços Ap. 201 Tabela 14 – Memorial de cálculo: cozinha/área de serviços Ap. 201 Figura 11 – Isométrico da cozinha/área de serviços Ap. 202 Tabela 15 – Memorial de cálculo: cozinha/área de serviços Ap. 202 14. MEMORIAL DE CALCULO DOS BANHEIROS Figura 12 – Isométrico do banheiro 1 Ap. 101 Tabela 16 – Memorial de cálculo: banheiro 1 Ap. 101 Figura 13 – Isométrico do banheiro 2 Ap. 101 Tabela 17 – Memorial de cálculo: banheiro 2 Ap. 101 Figura 14 – Isométrico do banheiro 1 Ap. 102 Tabela 18 – Memorial de cálculo: banheiro 1 Ap. 102 Figura 15 – Isométrico do banheiro 2 Ap. 102 Tabela 19 – Memorial de cálculo: banheiro 2 Ap. 102 Figura 16 – Isométrico do banheiro 1 Ap. 201 Tabela 20 – Memorial de cálculo: banheiro 1 Ap. 201 Figura 17 – Isométrico do banheiro 2 Ap. 201 Tabela 21 – Memorial de cálculo: banheiro 2 Ap. 201 Figura 18 – Isométrico do banheiro 1 Ap. 202 Tabela 22 – Memorial de cálculo: banheiro 1 Ap. 202 Figura 19 – Isométrico do banheiro 2 Ap. 202 Tabela 23 – Memorial de cálculo: banheiro 2 Ap. 202 Figura 20 – Isométrico do vestiário Tabela 24 – Memorial de cálculo: vestiário 15. DIMENSIONAMENTOEPROJETO DOS RAMAIS E SUB-RAMAIS DE ÁGUA FRIA Adotou-se que as tubulações dos ramais e sub-ramais das cozinhas, áreas de serviços, banheiros e vestiário do funcionário seriam de 25 mm. O peso relativo da cozinha/área de serviço é de 6,50, do banheiro é de 2,00 e do vestiário é de 1,80. A primeira prumada, identificada como AF-1 distribui a água fria para as cozinhas/áreas de serviços dos apartamentos 101 e 201. A tabela de dimensionamento de prumada diferencia da tabela de cálculo dos ramais/sub-ramais apenas na hora de calcular os pesos, pois os pesos são acumulativos por andar, mas todo o restante da rotina de cálculos é a mesma, logo: ✓ A Equação para encontrar a vazão estimada; ✓ A Tabela 09 para encontrar o diâmetro mínimo a ser adotado para a tubulação; ✓ A Equação para verificação da velocidade da água no interior da tubulação; ✓ Equação para encontrar a perda de carga unitária; ✓ A medição dos comprimentos das tubulações, identificação das singularidades e a consulta da Tabela 10 para identificação dos comprimentos equivalentes; ✓ E, por fim, a multiplicação da perda de carga unitária pelos comprimentos das tubulações e singularidades para identificação da perda de carga em cada trecho da tubulação. As Tabelas 25, 26, 27, 28, 29, 30, e 31 apresentam o memorial de cálculo das sete prumadas de água fria da edificação, que foram identificadas com o prefixo AF e o número da prumada. As prumadas AF-1 e AF-2 alimentam as cozinhas/áreas de serviço, as prumadas AF-3, AF-4, AF 5 e AF-7 alimentam os banheiros e o vestiário dos funcionários no térreo é alimentada pela AF 6. Nas prumadas dos banheiros o diâmetro do trecho que sai do barrilete e alimenta o primeiro andar foi elevado de 25 mm para 40 mm, pois a princípio a perda de carga unitária foi maior que 0,08 m/m recomenda que a perda de carga no início da coluna não seja superior a esse valor. Tabela 25 – Memorial de cálculo: AF-1: cozinha e área de serviços dos Ap. 101 e 201 Tabela 26 – Memorial de cálculo: AF-2: cozinha e área de serviços dos Ap. 102 e 202 Tabela 27 – Memorial de cálculo: AF-3: banheiro 1 dos Ap. 101 e 201 Tabela 28 – Memorial de cálculo: AF-4: banheiro 2 dos Ap. 101 e 201 Tabela 29 – Memorial de cálculo: AF-5: banheiro 1 dos Ap. 102 e 202 Tabela 30 – Memorial de cálculo: AF-6: vestiário Tabela 31 – Memorial de cálculo: AF-7: banheiro 2 dos Ap. 102 e 202 Com os pesos acumulados de cada prumada dimensiona-se o barrilete com o mesmo roteiro de dimensionamento utilizado para as prumadas, ramais e sub-ramais, logo obteve-se a Tabela 32, a perda de carga unitária nas tubulações do barrilete não foram superiores a 0,08 m/m e a velocidade da água no interior do tubo não foi superior a 3 m/s. Tabela 32 – Memorial de cálculo: barrilete de água fria Adotou-se o diâmetro da tubulação do barrilete igual a 60 mm. Com as perdas de carga de cada trecho do sistema verifica-se a pressão disponível no ponto de utilização, observando se há pressão de 5 kPa (0,5 m.c.a.) e se nos pontos de utilização a pressão disponível é de pelo menos 10 kPa (1,0 m.c.a), visto que nos banheiros optou-se pela utilização de vaso sanitário com caixa de descarga em vez de válvula de descarga. O primeiro ponto da rede é logo após o reservatório e a pressão disponível será igual à altura do fundo do reservatório em relação ao barrilete, que para esse projeto foi estipulado em 2,50 metros de altura, conforme projeto arquitetônico. Logo tem-se que a pressão disponível no primeiro ponto da rede será de 2,50 m.c.a (25 kPa) e com a perda de carga total do trecho é possível calcular a pressão disponível no próximo ponto. Com as diferenças de cota e as perdas de carga de cada trecho é possível calcular a pressão residual de todos os pontos da rede, obtendo assim as Tabelas 32 a 53. P𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣. = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜í𝑣𝑒𝑙 𝐴 + 𝐷𝑒𝑠𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣−𝐴 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣−𝐴 Tabela 33 – Pressões disponíveis: barrilete Tabela 34 – Pressões disponíveis: coluna AF-1 Tabela 35 – Pressões disponíveis: coluna AF-2 Tabela 36 – Pressões disponíveis: coluna AF-3 Tabela 37 – Pressões disponíveis: coluna AF-4 Tabela 38 – Pressões disponíveis: coluna AF-5 Tabela 39– Pressões disponíveis: coluna AF-6 Tabela 40 – Pressões disponíveis: coluna AF-7 Tabela 41 – Pressões disponíveis: cozinha e área de serviços 201 Tabela 42 – Pressões disponíveis: cozinha e área de serviços 101 Tabela 43 – Pressões disponíveis: cozinha e área de serviços 102 Tabela 44 – Pressões disponíveis: cozinha e área de serviços 102 Tabela 45 – Pressões disponíveis: banheiro 1 201 Tabela 46 – Pressões disponíveis: banheiro 1 101 Tabela 47 – Pressões disponíveis: banheiro 2 201 Tabela 47 – Pressões disponíveis: banheiro 2 201 Tabela 48 – Pressões disponíveis: banheiro 2 101 Tabela 49– Pressões disponíveis: banheiro 1 202 Tabela 50 – Pressões disponíveis: banheiro 1 102Tabela 51 – Pressões disponíveis: vestiário dos funcionários Tabela 52 – Pressões disponíveis: banheiro 2 202 Tabela 53 – Pressões disponíveis: banheiro 2 102 Com isso observa-se que em nenhum ponto da rede a pressão foi menor que 5 kPa e em todos os pontos onde há aparelhos de utilização a pressão foi superior a 10 kPa. Por fim, concluiu-se: ✓ Diâmetro das tubulações do barrilete: 60 mm; ✓ Diâmetro das tubulações da AF-1 e AF-2: 40 mm; ✓ Diâmetro das tubulações da AF-3, AF-4, AF-5 e AF-7: primeiro trecho 40 mm e segundo trecho com 25 mm; ✓ Diâmetro das tubulações da AF-6: 25 mm; ✓ Diâmetro dos ramais e sub-ramais: 25mm. 16. REFERÊNCIAS - ABNT NBR 5626. Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998; - ABNT NBR 15704-1. Registro – Requisitos e métodos de ensaio – Parte 1: Registros de pressão. Rio de Janeiro, 2011. - Edição, Manuais de Instalações Elétricas Residenciais - 3 volumes, 1996; - NBR 7.198: projeto e execução de instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro: ABNT, 1993. - OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 01 da disciplina GCI044 (Sistemas Hidráulicos Prediais). 2018. - CATÁLOGO TIGRE. Predial – Catálogo de produtos. - OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 02 da disciplina GCI044 (Sistemas Hidráulicos Prediais). 2018.