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med.estrategia.com
CADERNO DE RESPOSTAS
https://med.estrategia.com/
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 2
ENAMED
CLÍNICA MÉDICA
1. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Endocrinologia - Prof. Ênio Macedo) Uma mulher de 67 anos procura a unidade básica de saúde. 
Ela está na menopausa há 17 anos, não faz uso de terapia hormonal e tem antecedente materno de fratura de quadril aos 80 anos após 
uma queda da própria altura. Relata não praticar atividade física regularmente. Nega tabagismo ou etilismo. Ao exame físico, apresenta-
se em bom estado geral, IMC de 22 kg/m², sem alterações relevantes. Qual deve ser a conduta mais apropriada para a saúde óssea dessa 
paciente?
A) Iniciar imediatamente suplementação com cálcio e vitamina D e prescrever bisfosfonato.
B) Solicitar densitometria óssea de coluna lombar e fêmur proximal.
C) Solicitar radiografia de coluna toracolombar para rastreio de fraturas vertebrais.
D) Solicitar dosagem de PTH e cálcio sérico para investigação de hiperparatireoidismo primário.
COMENTÁRIO:
A paciente apresenta fatores de risco para osteoporose: idade > 65 anos, menopausa, história familiar de fratura osteoporótica e 
sedentarismo. Segundo as diretrizes brasileiras e internacionais (como da SBD, NOF e USPSTF), a densitometria óssea (DXA) é recomendada 
para todas as mulheres ≥ 65 anos, independentemente de outros fatores de risco. Algumas diretrizes recomendam a associação desse exame 
com a solicitação de radiografia de coluna lombar e torácica, para a identificação de fraturas vertebrais assintomáticas, contudo não devemos 
usar apenas a radiografia isoladamente como método de rastreio. 
Algumas outras recomendações para o rastreio de osteoporose são:
Recomendações para o rastreamento da osteoporose
ISCD
• Mulheres > 65 anos.
• Homens > 70 anos.
• Mulheres na transição menopausal ou na pós-menopausa com menos de 65 anos e homens entre 50 e 70 
anos, na presença de, pelo menos, um fator de risco para osteoporose, tais como:
• baixo peso corporal;
• fratura anterior;
• uso de medicamentos que induzam osteoporose; e
• doença ou condição associada à perda óssea.
• Adultos com fratura por fragilidade.
• Adultos com comorbidade ou condição associada à baixa massa óssea ou perda óssea.
• Adultos em uso de medicamentos associados à baixa massa óssea ou perda óssea.
• Qualquer pessoa para a qual se considere a prescrição de terapia farmacológica para osteoporose.
• Monitorização do tratamento da osteoporose.
• Qualquer pessoa que não esteja recebendo terapia antiosteoporótica e cuja evidência de perda óssea 
levaria a tratamento.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 3
ENAMED
NOF
• Mulheres > 65 anos.
• Homens > 70 anos.
• Mulheres na transição menopausal ou na pós-menopausa com menos de 65 anos e homens entre 50 e 70 
anos, na presença de, pelo menos, um fator de risco para osteoporose.
• Adultos > 50 anos com história de fratura.
• Adultos com alguma comorbidade ou em uso de alguma medicação associada à baixa massa óssea.
NOGG • Considerar a solicitação de densitometria óssea de acordo com o cálculo de risco pela ferramenta FRAX®.
O T-score (principal medida densitometria mineral óssea) deve ser interpretado da seguinte forma:
Tabela 4
Categorias de diagnóstico para osteoporose e baixa massa óssea 
(parâmetros válidos para mulheres na pós-menopausa e homens > 50 anos)
Categoria T-score
Normal ≥ - 1.0
Baixa massa óssea (osteopenia) - 1.0 a - 2.5
Osteoporose ≤ -2.5
Osteoporose grave ou estabelecida ≤ -2.5 + fratura por fragilidade
A densitometria é um exame de alta especificidade para identificar pessoas com alto risco de fraturas. Contudo, é um exame de baixa 
sensibilidade, haja vista que, em números absolutos, há mais fraturas de fragilidade em pessoas na faixa compatível com osteopenia. Por isso, 
é encorajada a avaliação do risco de fraturas com a ferramenta FRAX-Brasil, que inclui dados de fatores de risco e densitométricos. Em linhas 
gerais, essa ferramenta é uma calculadora virtual do risco de fraturas. 
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 4
ENAMED
O diagnóstico de osteoporose é estabelecido da seguinte forma:
Diagnóstico de osteoporose conforme a faixa etária
População Critérios diagnósticos
Mulheres na pós-menopausa1
Homens > 50 anos1
Fratura por fragilidade
OU
T-score ≤ -2,5 em qualquer sítio
Mulheres na pré-menopausa
Homensfor visualizada, pode-se obter 
imagens tardias, após 3 a 4 horas, ou aplicar morfina que determina a contração do esfíncter de Oddi com consequente refluxo da bile por 
meio do colédoco. Se a vesícula biliar for preenchida após 30 minutos da aplicação da morfina, afasta-se o diagnóstico de colecistite aguda.
Figura: tomografia de abdome evidenciando litíase ureteral à direita. Figura: tomografia de abdome revelando nefrolitíase não obstrutiva à direita.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 29
ENAMED
DIVERTICULITE AGUDA: o exame considerado padrão-ouro é a tomografia de abdome e pelve com contraste endovenoso. As principais 
alterações encontradas são:
• espessamento localizado da parede intestinal do cólon sigmoide (> 4 mm);
• borramento da gordura pericolônica;
• visualização dos divertículos;
• complicações (abscesso, fístula, obstrução, líquido livre, pneumoperitônio).
SÍNDROME DE MIRIZZI: a síndrome de Mirizzi é definida como obstrução do ducto hepático comum causada por compressão extrínseca 
de uma pedra impactada no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula biliar.
Quando o diagnóstico é suspeitado antes da cirurgia, o melhor exame para sua confirmação é a colangiorressonância. Os principais 
achados são:
• dilatação da via biliar acima do colo da vesícula biliar;
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 30
ENAMED
• presença de cálculo impactado no colo/infundíbulo da vesícula biliar;
• uma mudança abrupta do diâmetro normal do colédoco abaixo do nível do cálculo.
ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA: a angiotomografia computadorizada (TC) de alta resolução (sem contraste oral) é altamente 
diagnóstica para isquemia mesentérica aguda. Além disso, com base na aparência dos vasos no abdômen, é possível diferenciar entre 
etiologias embólicas e trombóticas. Só deve ser realizada em pacientes estáveis hemodinamicamente e que não apresentem indicação 
de laparotomia imediata. Além de determinar o tipo de oclusão arterial mesentérica (ou seja, êmbolo versus trombo), a angiotomografia 
identifica a circulação colateral e potenciais fontes de influxo, além de locais com lesões ateroscleróticas extensas a serem evitados em casos 
que possam necessitar de revascularização. Em caso de achados duvidosos na angiotomografia, a angiografia por cateter (arteriografia) pode 
ser necessária.
Principais achados:
• Oclusão mesentérica embólica – a oclusão embólica frequentemente se apresenta como um trombo ovalado circundado por 
contraste em um segmento arterial não calcificado localizado na porção média e distal da artéria mesentérica superior proximal (AMS). 
A oclusão ocorre classicamente na AMS proximal, preservando os primeiros ramos jejunais.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 31
ENAMED
Dessa forma, a sequência correta é a presente na alternativa D.
Gabarito: D
• Oclusão mesentérica trombótica: a oclusão trombótica associada à aterosclerose geralmente aparece como um trombo 
sobreposto a uma lesão oclusiva fortemente calcificada no óstio da AMS. Presença de circulação colateral. 
16. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cirurgia - Prof. Renatha Paiva) Paciente feminina, 49 anos, obesa e com antecedente de diabetes 
tipo 2, com diagnóstico confirmado de colecistite aguda, com 4 dias de evolução. Durante a colecistectomia videolaparoscópica, houve 
dificuldade na dissecção e identificação das estruturas anatômicas do triângulo de Callot. Foram realizadas duas clipagens, supostamente 
o ducto cístico e artéria cística, porém havia uma terceira estrutura saindo no infundíbulo da vesícula biliar. Nesse caso, qual deve ser a 
conduta do cirurgião?
A) Ligar a terceira estrutura e realizar colecistectomia fundo-cística.
B) Realizar uma colangiografia intraoperatória e, persistindo a dúvida, conversão para via aberta tradicional.
C) Solicitar CRPE no intraoperatório para melhor visualização das vias biliares.
D) Conversão para via aberta tradicional por incisão de Kocher.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 32
ENAMED
COMENTÁRIO:
Durante uma colecistectomia, para garantir uma cirurgia segura e a clipagem correta das estruturas, evitando, assim, uma lesão 
inadvertida da via biliar, Strasberg propôs a visão crítica de segurança (critical view of safety). Nela, é necessário que apenas duas estruturas 
estejam “entrando” na vesícula biliar e que a borda inferior da vesícula biliar esteja liberada do leito hepático. Com essa medida, nós garantimos 
uma ligadura/clipagem com segurança da artéria cística e do ducto cístico. 
Na impossibilidade de se obter a visão crítica de segurança, o que geralmente ocorre nos casos de colecistite aguda com maior tempo 
de evolução e na presença de variações anatômicas, está indicada a colangiografia intraoperatória para identificação das estruturas e, 
consequentemente, menor risco de lesões iatrogênicas da via biliar.
A colangiografia não deve ser realizada em todas as colecistectomias, visto que não adiciona informações e prolonga o tempo cirúrgico, 
sendo reservada para os seguintes casos:
• caso haja dúvida quanto a anatomia da via biliar;
• suspeita de lesão da via biliar;
• suspeita de coledocolitíase, que não pode ser avaliada previamente por outros exames de imagem.
Dessa forma, no caso em questão, há indicação de colangiografia intraoperatória por dois motivos: dúvida quanto à anatomia da via 
biliar e suspeita de lesão da via biliar, já que foram ligadas duas estruturas e ainda resta uma terceira!
Agora, vamos avaliar as alternativas:
Incorreta a alternativa A: caso haja dificuldade na exposição do triângulo de Calot, uma alternativa é a dissecção fundo-cística e 
ligadura da artéria cística e ducto cístico após toda a liberação da vesícula do leito hepático. No caso em questão, há possibilidade de lesão da 
via biliar, sendo obrigatória a realização de colangiografia intraoperatória.
Correta a alternativa B: como vimos, essa é a alternativa correta. Caso seja confirmada a lesão da via biliar, essa deve ser prontamente 
reparada.
Incorreta a alternativa C: a via biliar deve ser visualizada pela colangiografia intraoperatória. 
Incorreta a alternativa D: estando estável hemodinamicamente, nada impossibilita a realização da colangiografia intra-operatória por 
laparoscopia. A conversão para cirurgia aberta deve ser considerada se, após a colangiografia, ainda persistir dúvida em relação à anatomia 
e a critério do cirurgião.
Gabarito: B
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 33
ENAMED
17. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Hepatologia - Prof. Élio Castro) Um homem de 42 anos, previamente hígido, iniciou tratamento 
com isoniazida para tuberculose latente. Após 4 semanas, procurou atendimento com astenia, náuseas e urina escurecida. Ao exame 
físico, encontrava-se ictérico, com fígado palpável a 3 cm do rebordo costal. Exames laboratoriais revelam: TGO = 890 U/L, TGP = 1120 U/L, 
FA = 220 U/L, BT = 5,2 mg/dL (direta 3,4), INR = 1,2 e sorologias virais negativas. A relação R (ALT/FA) foi calculada em 7. Nenhum outro 
medicamento foi introduzido.
Sobre esse caso, assinale a alternativa CORRETA.
A) A presença de hiperbilirrubinemia com transaminases > 3x o LSN caracteriza lesão hepática grave, indicando necessidade de transplante.
B) A reintrodução do fármaco está indicada após resolução clínica e laboratorial, para confirmar a causalidade.
C) O padrão de lesão é hepatocelular, com provável mecanismo idiossincrásico e risco aumentado de evolução para insuficiência hepática 
aguda.
D) O uso de N-acetilcisteína está formalmente indicado nesse contexto para redução de necrose hepática mediada por radicais livres.
COMENTÁRIO:
A hepatotoxicidade induzida por medicamentos, conhecida como DILI (drug-induced liver injury), é uma causa importante e 
subdiagnosticadade lesão hepática aguda, que pode mimetizar diferentes padrões clínico-laboratoriais. A chave para o raciocínio clínico 
nesses casos está em reconhecer precocemente os tipos de padrão de lesão hepática e relacioná-los com os medicamentos envolvidos. O 
padrão hepatocelular, caracterizado por elevações acentuadas das transaminases com discreta ou ausente elevação da fosfatase alcalina, 
costuma ser associado a risco maior de progressão para insuficiência hepática aguda, especialmente quando há icterícia associada. Esse risco 
é descrito na chamada lei de Hy (Hy’s law), que estabelece que pacientes com transaminases elevadas acima de três vezes o limite superior da 
normalidade (LSN), associadas à bilirrubina total acima de 2 mg/dL, sem outra causa evidente de colestase, apresentam risco de mortalidade 
superior a 10% se não houver intervenção. O cálculo da razão R — fórmula que relaciona a ALT e FA — ajuda a classificar o padrão de lesão 
em hepatocelular (R > 5), colestático (R- Prof. Antonio Rivas) Uma criança de 8 anos chega à UPA após traumatismo frontal contra a 
quina de uma mesa, há cerca de uma hora. Ao exame físico, apresenta ferida cortocontusa em região frontal direita, com 3 cm de extensão. 
Está clinicamente bem, com a vacinação atualizada. Nesse contexto, qual é a melhor escolha de fio e agulha para a sutura da lesão?
A) Poliglactina 3-0 com agulha circular.
B) Poliamida 5-0 com agulha triangular.
C) Poliamida 3-0 com agulha circular.
D) Poliglactina 5-0 com agulha triangular.
COMENTÁRIO:
Para suturas na face realizadas em pronto-socorro, habitualmente utiliza-se fio inabsorvível. Nesse contexto, o nylon (poliamida) é uma 
boa opção. Recomenda-se o tamanho 5-0 ou 6-0, a depender da região da face acometida.
A utilização de fios absorvíveis de curta duração também é permitida. Especialmente em crianças, quando há muita ansiedade no 
momento da retirada dos pontos.
A sutura pode ser feita com pontos separados ou pontos intradérmicos. Sendo a sutura intradérmica uma excelente opção para 
ferimentos lineares na face.
A despeito de tudo que foi dito, para efeito de prova, é importante frisar que, independentemente da falta de evidências, existe a cultura 
anedótica de que ferimentos de pronto-socorro sempre devem ser suturados com fio inabsorvível monofilamentar e pontos separados.
Quem argumenta a favor desse conceito diz que o espaço entre os pontos permitiria uma suposta drenagem de secreção e o fio 
inabsorvível produziria um processo inflamatório menor.
Por algum motivo inexplicável, as pessoas com esse conceito viram examinadores de prova.
Os fios de sutura são classificados da seguinte forma:
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 37
ENAMED
FIOS DE SUTURA INABSORVÍVEIS
Monofilamentar Multifilamentar Misto
Ethilon (nylon - poliamida) Seda Nurolon
Dermalon (nylon - poliamida)
Ethibond (poliéster revestido com 
polibutilato)
Prolene (polipropileno) Algodão
Novafil (polibutester) Mersilene (poliéster)
Aço
FIOS DE SUTURA ABSORVÍVEIS 
Monofilamentar Multifilamentar 
Monocryl (glicolida + épsilon - caprolactona) Catgut (fibra natural)
PDS (polidioxanona) Vicry (poliglactina)
Maxon (poligliconato) Dexon (poliglicólico)
No que diz respeito a agulhas, para a prova, você deve conhecer dois tipos: as agulhas cilíndricas, ou atraumáticas, e as agulhas 
triangulares cortantes. As agulhas triangulares cortantes estão indicadas para a sutura de pele, enquanto agulhas cilíndricas são utilizadas 
para a sutura de mucosas, subcutâneo, músculos etc.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 38
ENAMED
Portanto, para a prova, a conduta em ferimentos cortantes traumáticos é antissepsia, anestesia e fechamento com pontos separados 
de fio inabsorvível, com agulha cortante (triangular).
Vamos às alternativas.
Incorreta a alternativa A: a poliglactina 910 (Vicryl®) é um fio absorvível e multifilamentar (trançado). Embora fios absorvíveis de 
curta duração possam ser usados em crianças para evitar a ansiedade da retirada dos pontos, para ferimentos traumáticos na pele em 
contexto de prova, a orientação é por fios inabsorvíveis monofilamentares. A agulha circular é inadequada para sutura de pele, que exige 
agulhas triangulares cortantes.
Correta a alternativa B: o nylon (monofilamentar, não absorvível) é o fio de escolha para sutura da pele. O calibre 5-0 é uma boa 
escolha para suturas em face, pois oferece melhores resultados estéticos.
A agulha triangular (ou cortante) é a agulha de escolha para a sutura da pele.
Incorreta a alternativa C: embora o nylon seja apropriado, o calibre 3-0 é grosso demais para a face, sobretudo em crianças, podendo 
causar cicatrizes inestéticas. Além disso, a agulha circular não deve ser usada na pele. 
Incorreta a alternativa D: assim como na alternativa A, o uso de fio absorvível na sutura de pele (para fins de prova) não é recomendado. 
A agulha triangular está correta, mas o fio (poliglactina) está inadequado.
Gabarito: B
20. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cirurgia - Prof. Antonio Rivas) Homem de 38 anos, hipertenso, apresenta quadro de dor lombar 
intermitente à direita há cerca de 4 meses, associada a episódios esporádicos de hematúria macroscópica. Nega febre ou disúria. Refere 
três episódios semelhantes nos últimos dois anos, todos autolimitados. Ultrassonografia mostra cálculo único de 21 mm no cálice inferior 
do rim direito, de aspecto hiperecogênico e com sombra acústica posterior. A tomografia computadorizada sem contraste confirmou 
o achado, com cálculo de 1400 UH, distância pele-cálculo de 9 cm, sem dilatação do trato urinário a montante. Não há alterações do 
parênquima renal. Urina I e função renal normais. Qual é a melhor conduta nesse caso?
A) Litotripsia extracorpórea por ondas de choque.
B) Nefrolitotomia percutânea.
C) Ureteroscopia.
D) Terapia medicamentosa expulsiva com acompanhamento ambulatorial.
COMENTÁRIO:
Inicialmente, devemos decidir se o paciente é candidato à cirurgia ou à terapia medicamentosa expulsiva. Desse modo, vamos 
aproveitar a oportunidade para relembrarmos algumas situações em que há indicação de litotripsia e/ou remoção ureteroscópica na calculose 
renoureteral. São elas:
• cálculo superior a 10mm;
• dor refratária à analgesia;
• função renal limítrofe, rim único ou evidência de injúria renal aguda;
• obstrução persistente, sem progressão do cálculo com tratamento clínico;
• presença de infecção da via urinária associada à litíase obstrutiva; 
• infecção urinária de repetição associada aos cálculos. 
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 39
ENAMED
No cenário apresentado, o paciente preenche critérios para tratamento cirúrgico. O próximo passo, portanto, é selecionar a modalidade 
intervencionista mais adequada, levando em consideração fatores como localização do cálculo, seu tamanho e densidade à tomografia. Veja 
os fluxogramas a seguir.
Ureter distalUreter proximal
ou médio
UreteroscopiaLocalização
do cálculo
Localização do
cálculo ureteral
≤ 1 cm > 1 cm
Ureteroscopia
Obesidade
Gestação
Diatése hemorrágica
Densidade > 900 UH
Alteração anatômica das vias urinárias
Sim Não
Ureteroscopia Ureteroscopia
ou LEOC*
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 40
ENAMED
> 2cm 900 UH
Alteração anatômica das vias urinárias
Sim Não
Ureteroscopia LEOC* ou
Ureteroscopia
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 41
ENAMED
Considerando que se trata de um cálculo de 2,1 cm em polo inferior do rim, vamos aplicar o primeiro algoritmo (para cálculos renais) 
e, a partir daí, vamos identificar a melhor alternativa.
Incorreta a alternativa A: a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC) deve ser considerada como modalidade terapêutica 
de escolha desde que os cálculos apresentem todas as características a seguir: 
• cálculos renais com tamanho de até 2 cm; 
• cálculos ureterais com tamanho de até 1 cm; 
• cálculos fora do polo inferior do rim; 
• paciente sem alterações anatômicas do rim; 
• atenuação do cálculo à tomografia de até 900 unidades Hounsfield; 
• pacientes não obesos (distância linear da pele até o cálculoou a ureteroscopia foram malsucedidas. 
Esse procedimento consiste no acesso percutâneo da pelve renal, com a passagem de uma ótica rígida com canais de trabalho. Por 
meio desse método, os cálculos renais podem ser fragmentados e removidos com facilidade. Afinal, a NLPC é capaz de fragmentar qualquer 
cálculo renal, independentemente de seu tamanho, dureza ou localização.
Incorreta a alternativa C: a ureteroscopia é o método de escolha para cálculos localizados no ureter e tem se provado eficiente no 
tratamento de cálculos em qualquer localização da via urinária. No entanto, para cálculos renais cujo tamanho seja superior a 2 cm, pode 
haver dificuldades para fragmentação por meio da ureteroscopia. Nessa situação, a nefrolitotomia percutânea apresenta maiores taxas de 
sucesso.
Incorreta a alternativa D: a conduta expectante pode ser considerada para cálculos pequenos (Doença valvular complicada com hipertensão pulmonar, FA ou endocardite
Tabagismo (>15 cigarros/dia + idade > 35 anos)
Enxaqueca com aura
Doença cardíaca isquêmica atual ou pregressa
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 46
ENAMED
Acidente vascular cerebral (atual ou pregresso)
Hipertensão arterial sistêmica descompensada (sistólica > 160 ou diastólica > 100 mmHg)
Hipertensão arterial sistêmica associada à doença vascular
Múltiplos fatores de risco para DCV (idade avançada, tabagismo, DM, HAS)
Diabetes com nefropatia, retinopatia ou neuropatia, ou diabetes há mais de 20 anos
Câncer de mama atual
Adenoma hepatocelular e tumores hepáticos malignos
Cirrose descompensada ou hepatite aguda
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS (CATEGORIA 3) AOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS COMBINADOS, DE ACORDO 
COM OS CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DA OMS
≥ 6 semanas e 35 anos)
Hipertensão controlada
Hipertensão arterial sistêmica descompensada (sistólica entre 140-159 ou diastólica entre 90-99 mmHg)
Enxaqueca sem aura (> 35 anos)
Câncer de mama prévio sem evidência da doença nos últimos 5 anos 
Passado de colestase
Alguns anticonvulsivantes, rifampicina e rifabutina (veja na tabela de interações medicamentosas)
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 47
ENAMED
Agora, vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A, porque o anel vaginal é um anticoncepcional hormonal combinado, composto de etinilestradiol e etonogestrel.
Incorreta a alternativa B, porque a paciente está puérpera de 2 semanas e essa é uma contraindicação para a inserção do DIU de cobre 
devido ao risco aumentado de expulsão. 
Veja a tabela a seguir:
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS (CATEGORIA 4) AO DIU DE COBRE
Gravidez
Sepse puerperal
Imediatamente após aborto séptico
Sangramento vaginal inexplicado 
Doença trofoblástica gestacional com níveis elevados de beta-hCG ou com malignidade
Câncer de colo uterino
Câncer de endométrio
Anormalidades que distorcem a cavidade uterina
Doença inflamatória pélvica (DIP) ativa
Cervicite purulenta ou infecção ativa por clamídia ou gonococo
Tuberculose pélvica
Alergia ao cobre
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 48
ENAMED
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS (CATEGORIA 3) AO DIU DE COBRE
48 horas a 4 semanas pós-parto (pelo aumento do risco de expulsão)
Trombocitopenia severa
Câncer de ovário
HIV avançado 
Doença trofoblástica gestacional com níveis de beta-hCG decrescentes ou indetectáveis
Correta a alternativa C: a paciente não tem contraindicação para o uso de implante de etonogestrel. 
Veja, na tabela a seguir, as contraindicações para o uso de progestágeno exclusivo:
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS (CATEGORIA 4) AOS ANTICONCEPCIONAIS CONTENDO APENAS PROGESTERONA
Câncer de mama atual
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS (CATEGORIA 3) AOS ANTICONCEPCIONAIS CONTENDO APENAS PROGESTERONA
Câncer de mama prévio sem evidência de doença nos últimos cinco anos
TVP/TEP agudo
Cirrose descompensada
Adenoma hepatocelular
Tumor hepático maligno
Lúpus com anticorpos antifosfolipídeos positivos ou desconhecidos
AVC (para AMP e continuação de POP e implantes) 
Doença cardíaca isquêmica atual ou prévia (para AMP e continuação de POP e implantes)
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 49
ENAMED
Hipertensão descompensada (sistólica ≥ 160 e/ou diastólica ≥ 100 mmHg) (para AMP)
a impossibilidade de 
visão da JEC e excluída lesão vaginal, é recomendada a excisão tipo 3. Nesses casos, se a JEC for visível, é recomendável a revisão das lâminas 
iniciais. Caso esse diagnóstico seja mantido ou mais grave, é recomendável a excisão tipo 3. Caso a revisão não mantenha esse diagnóstico, 
seguir conduta específica. Caso não seja possível a revisão, uma nova citologia deve ser realizada em seis meses. Caso a nova citologia mostre 
um novo resultado alterado, deve-se seguir conduta específica.
O fluxograma a seguir é um breve resumo:
COLPOSCOPIA
Biopsiar os achados 
anormais.
NIC 1 ou negativo -
repetir citologia e colposcopia 
em seis meses
NIC II ou maior -
conduta específica.
Repetir citologia e colposcopia 
em seis meses
Manteve ASC-H ->
excisão tipo 3.**
Avaliar canal endocervical 
se JEC não visível ou 
parcialmente visível.
Colposcopia normal.
ASC-H
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* Em casos de achados anormais maiores e ZT tipo 1 ou 2, a excisão tipo 1 ou 2 é aceitável. 
Situações especiais:
• Mulheres até 24 anos: existem evidências de regressão de lesões pré-invasivas nessa faixa etária, por isso uma conduta mais 
conservadora pode ser tomada.
Recomendação: todas serão encaminhadas para a colposcopia, mas só será realizada biópsia em caso de achados anormais maiores. 
Em caso de achados anormais menores ou colposcopia normal, repetir citologia em 12 meses.
• Gestantes: todas serão encaminhadas para colposcopia. A biópsia só deve ser feita em caso de suspeita de invasão (lembre-se 
desse detalhe!). A paciente deverá ser reavaliada 90 dias pós-parto. O tratamento da lesão pré-invasiva durante a gestação pode ser 
adiado com segurança até o puerpério.
• Imunossuprimidas: a conduta não deve ser diferente das demais.
• Mulheres na pós-menopausa: lembre-se deque a atrofia pode mimetizar alteração citológica.
Recomendação: realizar estrogenização antes da colposcopia.
Agora, vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A, porque essa seria a conduta caso a colpocitologia apresentasse resultado de lesão de baixo grau. 
Incorreta a alternativa B, porque essa seria a conduta caso a colpocitologia apresentasse resultado de ASC-US.
Correta a alternativa C: essa é a conduta indicada diante do resultado de ASC-H.
Incorreta a alternativa D, porque essa é a conduta recomendada caso seja confirmada, na colposcopia, a existência de uma lesão de 
alto grau.
Gabarito: C
26. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Obstetrícia - Prof. Natália Carvalho) Secundigesta, 38 anos, com idade gestacional de 14 semanas, 
comparece à consulta na unidade básica de saúde (UBS) trazendo exames solicitados na primeira consulta de pré-natal. Está assintomática e, 
ao exame clínico, não são identificadas alterações. A paciente refere que, na gestação anterior, há 4 anos, apresentou diabetes gestacional, 
mas não precisou usar insulina. A glicemia de jejum, realizada há 2 semanas, apresentou o seguinte resultado: 128 mg/dL. Restante dos 
exames sem alterações. Considerando o caso descrito, a conduta preconizada é: 
A) solicitar teste oral de tolerância à glicose.
B) introduzir inicialmente dieta, exercício físico e controle glicêmico.
C) introduzir insulina, além do tratamento não medicamentoso e controle glicêmico.
D) introduzir hipoglicemiante oral, dieta, exercício físico e controle glicêmico.
Citologia 1 ano
Exerese ZT
Citologia 6 meses
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COMENTÁRIO:
O que o examinador quer saber: sobre diabetes na gestação. 
O diagnóstico de diabetes na gestação é feito conforme o organograma a seguir. 
Glicemia de jejum (início do pré-natal)
crescendo em todo seu potencial devido a algum processo patológico. 
Para a definição correta de RCF, é necessário avaliar o peso fetal, a circunferência abdominal fetal e a Dopplervelocimetria obstétrica. 
Quando o peso fetal está abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, podemos estar diante de um feto pequeno para idade 
gestacional (PIG) constitucional ou de um feto com restrição de crescimento. 
O que ajuda nessa diferenciação é a presença de alterações do Doppler, circunferência abdominal abaixo do percentil 10 para a idade 
gestacional e diminuição da velocidade de crescimento fetal nos fetos com restrição de crescimento. 
Fetos PIG geralmente apresentam peso entre o percentil 3 e 10, velocidade de crescimento normal, líquido amniótico normal, 
Dopplervelocimetria normal e tamanho compatível com as características maternas, como peso, altura e etnia. Por outro lado, fetos com 
restrição de crescimento podem apresentar alteração na velocidade de crescimento, no volume de líquido amniótico e na Dopplervelocimetria 
obstétrica. 
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Diante de alguma situação que leve à insuficiência placentária, ocorre deficiência crônica de nutrientes e oxigênio maternos fornecidos 
pela placenta, evento conhecido como hipóxia fetal crônica. 
Na presença de hipóxia fetal crônica, o feto desenvolve respostas adaptativas na tentativa de sobreviver ao ambiente com menos 
nutrientes e oxigênio. A primeira resposta adaptativa diante de uma hipóxia fetal crônica é a diminuição das taxas de crescimento fetal e da 
circunferência abdominal, em decorrência da redução do crescimento do fígado, ocasionando a RCF. 
Em seguida, ocorre uma segunda resposta adaptativa que tem como objetivo a preservação de energia fetal e a priorização de órgãos 
vitais (coração, cérebro e adrenal). Para preservar energia, ocorre diminuição da movimentação fetal, da frequência cardíaca fetal e da 
reatividade cardíaca. A priorização dos órgãos nobres dá-se pela redistribuição de fluxo sanguíneo fetal, também conhecida como centralização 
de fluxo fetal, caracterizada pela diminuição da resistência dos vasos cerebrais e aumento da resistência dos vasos umbilicais e aórtico. 
Com o tempo, começa a ocorrer uma descompensação progressiva das respostas adaptativas e os órgãos vitais passam a sofrer com a 
hipóxia crônica, ocasionando acidose fetal. Ocorre, então, diminuição do líquido amniótico por hipoperfusão renal, ausência de movimentação 
fetal, ausência de reatividade cardíaca e desacelerações cardíacas que culminam na morte fetal. 
O intervalo de acompanhamento dos fetos com restrição de crescimento varia de acordo com a situação da Dopplervelocimetria 
obstétrica. O momento ideal do parto depende da combinação de diversos fatores, como a idade gestacional, a Dopplervelocimetria da 
artéria umbilical e do ducto venoso e o perfil biofísico fetal. Existem diversos protocolos de conduta para fetos com RCF. O protocolo a seguir 
segue o preconizado pelo Ministério da Saúde, 2022, que é semelhante ao de Gratacós, com algumas modificações:
Gestante de baixo
risco para RCF
Pré-natal de rotina
Altura Uterina
 PFE PFE p95
Baixo
- Vitalidade (com Doppler) 
quinzenalmente até 34 
semanas -
- Vitalidade (com Doppler) 
semanal a partir de 34 
semanas
- Parto entre 37 (PFE 
 P95,
ACM p95
Deterioração 
fetal 
avançada
- Internação
- Vitalidade fetal diária
- Avaliar corticoterapia: se 
for aguardar corticoterapia 
para o parto, realizar 
Doppler, cardiotocografia 
computadorizada e PBF 
diários.
- Parto com 26 
semanas.
- Cesárea eletiva
Alguns protocolos 
orientam parto 
a partir de 30 
semanas.
Estágio 5
DV onda a zero ou 
reversa ou STV na 
CTG computestão resumidas na tabela a seguir: 
Sangramento Colo uterino Ultrassonografia Conduta
Ameaça de aborto Discreto Fechado Embrião vivo Expectante
ABORTAMENTO INEVITÁVEL 
OU EM CURSO
Moderado 
ou intenso
Pérvio
Hematoma 
subcoriônico
Saco gestacional baixo
Internação e 
esvaziamento 
uterino
ABORTAMENTO COMPLETO
Discreto ou 
ausente
Fechado
Endométrio fino 
(eco endometrial de 
até 15 mm)
Alta
ABORTAMENTO 
INCOMPLETO
Moderado 
ou intenso
Geralmente 
pérvio
Material amorfo e 
heterogêneo
(eco endometrial > 15 
mm)
Internação e 
esvaziamento 
uterino
ABORTAMENTO RETIDO
Discreto ou 
ausente
Fechado
Embrião ≥ 7 mm sem 
vitalidade ou diâmetro 
do saco gestacional ≥ 
25 mm sem embrião 
ou vesícula vitelínica
Expectante por 
até 4 semanas 
ou ativa com 
esvaziamento 
uterino 
(misoprostol/
AMIU/curetagem)
ABORTAMENTO INFECTADO
Variável, 
febre e 
secreção 
fétida
Pérvio e 
doloroso à 
mobilização
Restos ovulares, 
endométrio 
heterogêneo
Antibiótico de 
amplo espectro 
(clindamicina + 
gentamicina) e 
esvaziamento 
uterino
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Diante de uma gestante com sangramento vaginal no primeiro trimestre, a primeira hipótese diagnóstica deve ser a de um aborto. 
Para diferenciar as diferentes formas clínicas de aborto, devemos avaliar a quantidade de sangramento, o colo uterino e a ultrassonografia. 
Se o sangramento é discreto com colo impérvio, até realizar a ultrassonografia, estamos diante de uma ameaça de aborto. Confirma-
se esse diagnóstico com a ultrassonografia mostrando gestação tópica com embrião vivo. Se a ultrassonografia mostrar eco endometrial 
menor do que 15 mm, podemos estar diante de um aborto completo ou até de uma gestação ectópica. O que ajuda na diferenciação 
desse diagnóstico é a quantidade de sangramento que a paciente apresentou antes de ser avaliada, uma vez que, no aborto completo, o 
sangramento vaginal no início é intenso e melhora após a saída completa dos restos ovulares e, na gestação ectópica, o sangramento vaginal 
geralmente é pequeno. 
Quando o sangramento é maior e o colo uterino é pérvio, as hipóteses são aborto em curso (aborto inevitável) ou aborto incompleto. 
O que vai diferenciar é a história clínica e a ultrassonografia. Se a paciente refere saída de material sugestivo de saco gestacional ou embrião, 
o diagnóstico é aborto incompleto. Na ultrassonografia, observa-se ausência de saco gestacional e embrião, com eco endometrial > 15 mm. 
No aborto em curso, o saco gestacional e o embrião ainda não foram eliminados e, inclusive, o embrião ainda pode estar vivo.
No aborto retido, a paciente, na maioria das vezes, é assintomática e o diagnóstico é ultrassonográfico, com confirmação de uma 
gestação não evolutiva (saco gestacional ≥ 25 mm ou embrião ≥ 7 mm sem batimento). 
No aborto infectado, a paciente apresenta febre, dor à mobilização do colo uterino, que na maioria das vezes está pérvio, e sangramento 
com odor fétido. 
A conduta no aborto completo é dar alta para a paciente; na ameaça de aborto, é expectante, somente com sintomáticos. No aborto 
incompleto e no aborto em curso, a conduta pode ser ativa com AMIU ou curetagem ou, ainda, expectante, se a gestante estiver estável e 
com sangramento controlado. No aborto retido, a conduta pode ser expectante por até 4 semanas ou ativa com uso de misoprostol, AMIU 
ou curetagem. No aborto infectado, deve-se fazer antibioticoterapia de amplo espectro (clindamicina + gentamicina) e esvaziamento uterino. 
Incorreta a alternativa A: na ameaça de aborto, temos uma gestação que está evoluindo adequadamente. No caso apresentado, temos 
uma gestação não evolutiva. 
Correta a alternativa B: temos uma gestante com atraso menstrual para 8 semanas, com sangramento e cólica leve. A ultrassonografia 
mostra embrião de 9 mm, sem batimento cardíaco, o que configura uma gestação não evolutiva, uma vez que é obrigatória a presença 
de batimentos cardíacos fetais com CCN ≥ 7 mm. Como o colo está fechado e o sangramento é leve, temos um aborto retido e a conduta 
preconizada é a expectante por até 4 semanas. 
Incorreta a alternativa C: no aborto incompleto, já tivemos a eliminação do saco gestacional e do embrião, mas ainda há restos 
ovulares intrauterino. No caso apresentado, não ocorreu eliminação do saco gestacional e do embrião. 
Incorreta a alternativa D: no aborto em curso, o sangramento é em moderada a grande quantidade e o colo está pérvio. No caso 
apresentado, o colo está impérvio e o sangramento é leve. 
Gabarito: B
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29. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Obstetrícia - Prof. Natália Carvalho) Tercigesta, com dois partos vaginais anteriores, 30 semanas de 
gestação, sem intercorrências até o momento, vem à consulta de pré-natal de rotina. Ao exame obstétrico, durante a palpação do abdome 
materno, o médico identifica, nas manobras obstétricas, que o fundo uterino está vazio, o dorso está anterior, não é possível sentir a cabeça 
fetal na manobra de Leopold e a escava está desocupada. Considerando o caso apresentado, indique a apresentação fetal e a região do 
abdome materno em que se devem auscultar os batimentos cardíacos fetais. 
A) Pélvica, à direita acima da cicatriz umbilical.
B) Pélvica, anterior acima da cicatriz umbilical.
C) Cefálica, à esquerda abaixo da cicatriz umbilical.
D) Córmica, anterior periumbilical.
COMENTÁRIO:
O que o examinador quer saber: sobre o exame físico obstétrico. 
As manobras obstétricas são manobras de palpação abdominal divididas em quatro tempos e que têm o intuito de definir parâmetros 
da estática fetal.
A primeira manobra, ou primeiro tempo, caracteriza-se pela palpação do fundo uterino com as bordas cubitais das duas mãos 
procurando perceber, com as faces, palmares qual é a porção fetal que ocupa essa região. O polo cefálico é mais irredutível ao toque em 
comparação com o polo pélvico, assim como tende a ser menor do que ele.
A segunda manobra, ou segundo tempo, também chamada de manobra de Budin, é realizada deslizando-se as mãos para as laterais do 
útero na intenção de perceber para que lado materno o dorso fetal está voltado. A porção referente ao dorso do feto será sentida à palpação 
como uma superfície mais contínua e densa, enquanto, na porção contralateral, que contém as partes e os membros fetais, a sensação será 
oposta.
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A terceira manobra, ou terceiro tempo, é também chamada de manobra de Leopold e dedica-se a investigar se o polo fetal que se 
apresenta ao estreito superior da pelve materna está móvel ou não. É realizada apreendendo-se o polo fetal presente na porção inferior do 
útero com a mão em formato de “C”, isto é, entre o dedo médio e o polegar da mão direita, e realizando movimentos de lateralização que 
tentam movimentar de um lado para o outro o polo cefálico apreendido. Caso o polo fetal realize o movimento, isso demonstra que ainda não 
penetrou na pelve materna, o que denominamos, na prática clínica, de “estar alto e móvel”.
A quarta e última manobra, ou quarto tempo, tem o intuito de avaliar a escava. Nesse momento, é necessário que o examinador fique 
de costas para a gestante e posicione cada uma de suas mãos nas fossas ilíacas, projetando-as em direção ao hipogástrio da grávida, na 
tentativa de penetrar na pelve materna. A percepção de polo fetal liso e irredutível revela tratar-se de apresentação cefálica; já a percepção 
de polo fetal irregular e deprimível caracteriza o polo pélvico.
Ainda com relação à quarta manobra, a descrição da escava pode remeter à definição da apresentação fetal. Essa informação pode 
eventualmente ser utilizada na descrição do exame físico da gestante no enunciado da questão.
Além de saber realizar os quatro tempos das manobras obstétricas, o examinadorespera que você consiga relacionar cada uma delas 
a um dos parâmetros da estática fetal também. 
Primeiro tempo – situação fetal, isto é, ao perceber qual é a porção fetal que ocupa o fundo uterino, é possível definir a relação entre 
os maiores eixos do feto e do útero entre si. Lembre-se de que a situação pode ser longitudinal, oblíqua ou transversal.
Segundo tempo – posição fetal, ou seja, ao perceber para que lado do corpo materno o dorso fetal está voltado, define-se a posição 
fetal caracterizada por ser a relação do dorso fetal com o corpo materno. Pode ser esquerda, direita, anterior ou posterior. 
Terceiro tempo – apresentação fetal, isto é, ao apreender o polo cefálico que está próximo da pelve materna, é possível determinar 
qual é a porção fetal que se relaciona com o estreito superior da bacia materna e que nele vai se insinuar. O feto pode estar em apresentação 
cefálica, pélvica ou córmica.
Quarto tempo – insinuação fetal, que, embora seja uma avaliação relacionada ao toque vaginal, quando se percebe o feto ocupando 
a escava materna, infere-se que esteja insinuado, isto é, que seu maior diâmetro transverso da apresentação atravessou o estreito superior 
da pelve materna. Essa é a forma como o tema aparece nas provas, então é importante que você o conheça assim, mas não “bagunce” os 
critérios para que se considere que um feto está insinuado, combinado? 
A ausculta dos batimentos cardíacos fetais é muito importante na avaliação obstétrica porque permite analisar a vitalidade fetal, 
primordialmente identificando se o feto está vivo, e, quando realizada de forma mais prolongada e em idades gestacionais mais avançadas, 
ainda permite identificar sinais de sofrimento fetal. 
Os batimentos cardíacos fetais (BCF) são considerados normais no intervalo de variação entre 110 e 160 bpm no terceiro 
trimestre.
 Entre as ferramentas que podem ser utilizadas para a ausculta dos batimentos cardíacos fetais, estão:
• ultrassonografia;
• sonar;
• estetoscópio de Pinard;
• cardiotocografia.
A ultrassonografia Modo-M é o método que permite identificar mais precocemente os batimentos cardíacos do embrião, podendo ser 
visualizados por volta da quinta semana de gestação. 
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A ultrassonografia obstétrica será o método de escolha quando os batimentos cardíacos do feto não são identificados pelos 
outros métodos de ausculta.
Por volta da 9ª e da 12ª semana de gestação, a ausculta dos batimentos cardíacos fetais passa a ser possível utilizando-se o sonar 
Doppler, método mais amplamente utilizado na prática clínica atual.
Porém, vale lembrar que há também o estetoscópio de Pinard, que permite a ausculta dos batimentos cardíacos do feto por volta da 
16ª-20ª semana de gestação. 
Para isso, ele deve ser posicionado com a extremidade que tem abertura bem coaptada no abdômen da gestante, enquanto o examinador 
acomoda seu pavilhão auricular na extremidade contrária do estetoscópio e faz uma leve pressão com a cabeça. No posicionamento correto, 
é essencial que o examinador não segure o estetoscópio com as mãos, a fim de não interferir na ausculta. Observe a figura a seguir, que 
demonstra como o estetoscópio de Pinard deve ser usado.
É importante salientar que, tanto na ausculta com o sonar Doppler quanto com o estetoscópio de Pinard, os batimentos do feto são 
audíveis com mais facilidade onde se percebeu o dorso fetal durante a palpação obstétrica e na topografia mais próxima ao coração fetal, isto 
é, próximo de onde estima-se estar a quarta vértebra dorsal do feto.
Simplificando: a partir da segunda metade da gestação, quando o feto estiver em apresentação cefálica, o ponto mais fácil de ausculta 
fetal será na região central do quadrante inferior do abdômen, compatível com o lado para o qual o feto está voltado. Caso a apresentação 
seja pélvica, há maiores chances de a ausculta fetal ser facilitada nos quadrantes superiores do abdômen materno na lateralidade compatível 
com a posição fetal. 
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COMENTÁRIO:
Incorreta a alternativa A: como o fundo uterino está vazio, o feto está em situação transversa. Na apresentação pélvica, a situação é 
longitudinal. 
Incorreta a alternativa B: como o fundo uterino está vazio, o feto está em situação transversa. Na apresentação pélvica, a situação é 
longitudinal.
Incorreta a alternativa C: como o fundo uterino está vazio, o feto está em situação transversa. Na apresentação cefálica, a situação é 
longitudinal.
Correta a alternativa D: durante as manobras obstétricas, foi identificado fundo uterino vazio, indicando que a situação fetal é 
transversa, dorso anterior, indicando posição anterior e, no terceiro tempo, não foi palpada a apresentação fetal na região suprapúbica, 
confirmando uma situação transversa e apresentação córmica. Na apresentação córmica, a ausculta dos batimentos fetais é melhor audível 
na região periumbilical. 
Gabarito: D
30. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Obstetrícia - Prof. Natália Carvalho) Secundigesta, 22 anos, usuária de drogas, moradora de rua, 
ausência de pré-natal, vem à maternidade trazida pelo SAMU em trabalho de parto. Não sabe a data da última menstruação, não realizou 
ultrassonografia durante a gestação. Ao exame, apresenta pressão arterial de 130 x 80 mmHg, frequência cardíaca de 90 bpm, dinâmica 
uterina presente com 3 contrações de 40 segundos em 10 minutos, altura uterina de 34 cm, toque vaginal com colo fino, medianizado, 8 cm 
de dilatação, cefálico, bolsa íntegra. Realizado teste rápido de sífilis e HIV, sendo esse último reagente. Considerando o quadro apresentado, 
a conduta preconizada é: 
A) acompanhamento do trabalho de parto e aplicação de zidovudina endovenosa até o clampeamento do cordão umbilical
B) inibição do trabalho de parto, confirmação do HIV com um segundo exame, solicitação de ultrassonografia obstetrícia para datar a 
gestação. 
C) inibição do trabalho de parto para realização de zidovudina endovenosa por pelo menos 4 horas.
D) cesariana de urgência e zidovudina endovenosa até o clampeamento do cordão. 
COMENTÁRIO:
O que o examinador quer saber: HIV na gestação. 
A gestação é um momento oportuno para identificar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A gestante deve ser 
orientada sobre os benefícios do diagnóstico precoce, tanto para o controle da infecção materna como para a prevenção da transmissão 
vertical. 
As principais medidas para reduzir a transmissão vertical do HIV são: 
• uso de terapia antirretroviral ao longo da gestação;
• zidovudina parenteral anteparto em pacientes com carga viral detectável;
• zidovudina xarope para o recém-nascido;
• contraindicação à lactação, independentemente da carga viral. 
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 64
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Todas as gestantes vivendo com HIV devem fazer uso de TARV durante toda a gestação e puerpério. A TARV deve ser iniciada na 
gestante o mais rápido possível, antes do resultados dos exames LT-CD4, CV-HIV e genotipagem.
O esquema preferencial para gestantes em início de TARV durante a gestação, sem uso prévio de TARV, independentemente da idade 
gestacional, é feito com dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN) e um terceiro ARV.
TARV 1ª escolha gestação: TENOFOVIR + LAMIVUDINA + DOLUTEGRAVIR
Gestantes já em uso de TARV com CV indetectável devem manter o mesmo esquema ARV, desde que não haja contraindicação na 
gestação. Se a gestante já está em uso de TARV e apresenta CV detectável, deve-se avaliar adesão ao tratamento e interação medicamentosa.
A indicação da via de parto dependerá da CV detectada na 34ª semana. A cesariana eletiva após 38 semanas ou se a gestante entrar em 
trabalho de parto está indicada nos casos de carga viral maior do que 1000 cópias ou desconhecida.Gestante com carga viral desconhecida ou 
detectável, independentemente dos valores, deve receber zidovudina endovenosa durante o trabalho de parto ou pelo menos 3 horas antes 
da cesariana até a ligadura do cordão umbilical. Gestantes com carga viral indetectável, mas com má adesão ao uso de TARV, também devem 
receber zidovudina endovenosa intraparto. 
CV > 1000 cópias
ou desconhecida
AZT EV Cesárea eletiva após
38 semanas
CV detectável
 5,0: realizar reposição de insulina isoladamente e monitorar os níveis séricos de potássio. 
Em pediatria, evitamos a prescrição de bólus de insulina e de bicarbonato de sódio. O motivo é que a rápida redução da glicemia pode 
aumentar o risco de edema cerebral, complicação que é mais comum nessa faixa etária. 
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Incorreta a alternativa A. O uso de bólus de insulina não é recomendado em crianças, pois aumenta o risco de edema cerebral.
Correta a alternativa B. Sem ressalvas.
Incorreta a alternativa C. A administração de bicarbonato não é recomendada em crianças, pois aumenta o risco de edema cerebral.
Incorreta a alternativa D. Paciente apresenta uma urgência pediátrica (CAD), sendo, portanto, necessário o manejo em pronto-
atendimento antes do encaminhamento à Unidade Básica de Saúde. Caso essa criança tivesse alta sem esse manejo, ela correria sérios riscos 
de vida. 
Gabarito: B
+
Manejo da 
cetoacidose diabética
- Crianças e Adolescentes -
Hidratação venosa
Após a ressuscitação volêmica inicial, programar a hidratação
das próximas 24 - 48 horas para cobrir o déficit hídrico 
residual e as necessidades hídricas basais com
salina 0,45% ou 0,9%
Acrescentar soro glicosado 5% se:
- Glicemia ≤ 250 - 300 mg/dL 
- Queda brusca de glicemia (>90 mg/dL/hora)
• É uma conduta de exceção na Pediatria
• Pode ser considerado na vigência de instabilidade
 hemodinâmica relacionada às seguintes situações:
- pH arterial 7,3 ou Bicarbonato 
 sérico > 18mEq/L
• Ânion gap normal 
 (12 ± 2 mEq/L) ou 
 ß-hidroxibutirato ≤ 1 mmol/L
Critérios para desligar a BIC:
• CAD resolvida
• Paciente apto a se alimentar
• Primeira dose de insulina 
 prandial ter sido aplicada 
 há 2 – 4 horas
Taxa de infusão inicial: 0,05 – 0,1 UI/kg/h
Não aplicar bólus 
Choque 
hipovolêmico ou Nível 
de consciência alterado
SF 0,9%
20 ml/kg 
em bólus
SF 0,9%
10 - 20 ml/kg
em 30 min 
 
Demais casos
 5,5 
mEq/L
K+
+
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32. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Durante atendimento em uma Unidade Básica de Saúde, uma 
enfermeira avalia o cartão vacinal de um menino de 12 anos, semos antimicrobianos de maior risco. Outros fatores de risco incluem: idade avançada, hospitalização, 
cirurgia gastrointestinal, obesidade, quimioterapia.
O quadro clínico característico inclui várias evacuações diárias (frequentemente com presença de muco e/ou sangue nas fezes), dor 
abdominal e febre.
Veja, a seguir, os principais exames disponíveis para diagnóstico dessa doença.
• Pesquisa de toxina A e B: é exame de execução rápida e barata e que apresenta alta especificidade, mas o resultado falso-negativo 
não é incomum, pois sua sensibilidade é relativamente baixa (recomenda-se que seja utilizado com outro teste, como pesquisa de GDH).
• Pesquisa de glutamato desidrogenase (GDH): é um teste de elevada sensibilidade, mas incapaz de diferenciar entre cepas 
toxigênicas e não toxigênicas (deve ser utilizado em associação com outro teste, como pesquisa de toxina A e B).
• Testes de biologia molecular (NAAT ou PCR): são testes que apresentam alta sensibilidade e especificidade, mas menos 
disponíveis devido ao custo elevado de execução.
Incorreta a alternativa A. A pesquisa de sangue oculto nas fezes não tem papel na confirmação diagnóstica da colite por C. difficile. Esse 
exame pode ser útil para investigação de sangramento digestivo, mas não identifica infecção por esse agente.
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Incorreta a alternativa B. A coprocultura tradicional é utilizada para pesquisa de patógenos entéricos comuns (Salmonella, Shigella, 
Campylobacter e E. coli), mas não é o método de escolha para diagnóstico de C. difficile, pois esse microrganismo exige técnicas específicas 
e pouco utilizadas na prática clínica. Além disso, a detecção do C. difficile por cultura não necessariamente indica doença, pois pode haver 
colonização assintomática.
Correta a alternativa C. A pesquisa de toxinas A e B de Clostridioides difficile nas fezes é um dos principais exames para confirmação 
diagnóstica da infecção. A detecção das toxinas confirma a presença do agente patogênico ativo, o que demonstra a infecção por cepa 
toxigênica.
Incorreta a alternativa D. A colonoscopia com biópsia pode mostrar placas esbranquiçadas características (membranas 
pseudomembranosas), mas não é indicada de rotina devido ao risco de complicações, especialmente em pacientes com colite grave. 
Gabarito: C
3. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pneumologia - Prof. Juan Demolinari) Um paciente de 62 anos, tabagista com histórico de 45 maços/
ano, apresenta-se ao ambulatório de pneumologia com queixa de dor persistente no ombro direito, irradiando para a região medial do 
braço e mão. A dor tem piorado progressivamente nos últimos três meses, sem melhora significativa com analgésicos convencionais. Além 
disso, o paciente relata fraqueza muscular na mão direita, com dificuldade para segurar objetos e perda de força. Ele também apresenta 
tosse seca há cerca de um mês, sem expectoração. Ao exame físico, observa-se atrofia dos músculos da mão direita e presença de síndrome 
de Horner (ptose palpebral e miose) no lado direito. Na radiografia de tórax, observa-se uma massa no ápice pulmonar direito, com bordas 
irregulares. A tomografia computadorizada de tórax confirma uma massa no ápice pulmonar direito. 
Com base no quadro clínico e nos exames realizados, qual é a hipótese diagnóstica mais provável?
A) Síndrome de Pancoast-Tobias.
B) Neoplasia pulmonar com metástase em nível cervical.
C) Dissecção de aorta torácica com comprometimento do plexo braquial.
D) Síndrome do desfiladeiro torácico. 
COMENTÁRIO:
O paciente de 62 anos, com um histórico significativo de tabagismo (45 maços/ano), apresenta uma combinação de sintomas que 
são típicos de uma síndrome de Pancoast-Tobias, ou seja, um tumor localizado no ápice pulmonar, geralmente um adenocarcinoma do 
pulmão, que está invadindo estruturas adjacentes. A síndrome de Pancoast-Tobias ocorre quando uma massa pulmonar no ápice do pulmão 
comprime ou invade nervos e vasos sanguíneos próximos, incluindo o plexo braquial, o gânglio simpático cervical e outras estruturas 
anatômicas da região superior do tórax. O quadro clínico do paciente — dor no ombro irradiando para o braço, fraqueza muscular, atrofia da 
mão e a presença da síndrome de Horner (ptose palpebral e miose) no lado direito — é clássico de um tumor no ápice pulmonar que está 
comprimindo o plexo braquial e as estruturas simpáticas.
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Figura. Ilustração demonstrando tumor de Pancoast-Tobias e sua íntima relação 
com as estruturas anatômicas. Adaptado, Netter.
Figura. Radiografia de tórax demonstrando tumor em sulco superior. Adaptado, 
Netter.
A síndrome de Horner, que é caracterizada por ptose (queda da pálpebra), miose (contração da pupila) e anidrose (diminuição da 
transpiração) no lado afetado, ocorre devido à compressão do simpático cervical, que controla essas funções. Além disso, a atrofia muscular 
na mão direita e a dor irradiada para o braço, associada à fraqueza muscular, indicam o envolvimento do plexo braquial, responsável pela 
inervação do membro superior.
Figura . Ptose ipsilateral à dor e atrofia de membro superior direito em paciente com síndrome de Pancoast-Tobias. Adaptado, Netter.
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Na radiografia de tórax, a presença de uma massa no ápice pulmonar direito com bordas irregulares e a tomografia computadorizada 
(TC) confirmando a massa no mesmo local são compatíveis com a localização típica de tumores que causam a síndrome de Pancoast-Tobias. 
Esses tumores, além de invadirem os nervos e vasos sanguíneos da região, podem atingir as costelas superiores e as estruturas da parede 
torácica superior, o que contribui para os sintomas do paciente.
Correta a alternativa A. A síndrome de Pancoast-Tobias é a hipótese mais provável devido à combinação dos achados clínicos e de 
imagem. 
Incorreta a alternativa B. A hipótese de neoplasia pulmonar com metástase cervical é menos provável, pois o quadro clínico do 
paciente, incluindo a síndrome de Horner e a dor irradiada com fraqueza muscular, é mais sugestivo de um tumor primário no ápice pulmonar 
que está invadindo o plexo braquial e as estruturas adjacentes. Isso não é metástase, e sim invasão local. 
Incorreta a alternativa C. Um aneurisma com dissecção de aorta torácica com comprometimento do plexo braquial poderia causar dor 
no tórax e irradiar para o braço, mas não está associado à síndrome de Horner nem à atrofia muscular nas mãos. Além disso, na tomografia 
de tórax, esperaria-se observar sinais de dissecção da aorta, como dilatação, o que não é mencionado nesse caso.
Incorreta a alternativa D. A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) é um conjunto de sinais e sintomas resultantes da compressão 
dos nervos e vasos sanguíneos no desfiladeiro torácico, que é o espaço estreito entre a clavícula e a primeira costela, na região superior do 
tórax., geralmente associada a sintomas como dor no pescoço, ombro e braço, além de alterações de pulsos. Contudo, é um diagnóstico que 
não explica a presença de uma massa no ápice pulmonar nem a síndrome de Horner. Pode ser causada por vários fatores, incluindo:
• anomalias anatômicas — como uma costela cervical extra ou uma primeira costela anormalmente grande;
• postura inadequada — como no caso de pessoas que mantêm uma postura curvada por longos períodos, o que pode aumentar a 
compressão no desfiladeiro torácico;
• traumas — como lesões no pescoço e ombro;
• atividades repetitivas — atividades que envolvem levantamento de peso ou manter o braço levantado por longos períodos, como 
em certos esportes ou profissões (p. ex., nadadores, músicos de instrumentos de corda).
Gabarito: A
4. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Hematologia - Prof. Thiago Peixoto) Homem de 68 anos é trazido à consultacomorbidades, acompanhado por sua mãe. A profissional orienta a 
aplicação da vacina contra HPV, mas a mãe questiona se esse imunizante é indicado para meninos, já que acreditava que só era oferecido 
para meninas.
Com base no Programa Nacional de Imunizações, a conduta correta é:
A) adiar a vacinação, pois a vacina contra HPV só é recomendada para meninos de 13 e 14 anos.
B) administrar a vacina contra HPV, já que é recomendada em dose única para meninos e meninas de 9 a 14 anos.
C) informar que a vacina contra HPV não está disponível para meninos na rede pública.
D) aplicar a vacina somente se houver história de atividade sexual.
COMENTÁRIO: 
A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é uma das estratégias centrais do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para 
prevenção de cânceres associados ao HPV, como os de colo do útero, orofaringe, canal anal e pênis. Até 2023, o esquema vacinal era de duas 
doses com intervalo de 6 meses. Contudo, em março de 2024, o Ministério da Saúde atualizou o esquema para dose única, com base em 
evidências de eficácia imunológica sustentada nessa população. A vacina é oferecida de forma gratuita para meninas e meninos de 9 a 14 anos 
e deve ser aplicada independentemente da atividade sexual prévia.
Incorreta a alternativa A. A faixa etária preconizada pelo PNI para vacinação de meninos é de 9 a 14 anos. Adiar a vacinação seria uma 
perda de oportunidade vacinal.
Correta a alternativa B. Desde março de 2024, o esquema vacinal contra HPV passou a ser de dose única para imunocompetentes entre 
9 e 14 anos, independentemente do sexo. 
Incorreta a alternativa C. A vacina contra HPV está disponível para meninos no SUS desde 2017. A ampliação da cobertura para o sexo 
masculino visa aumentar a proteção coletiva e reduzir a circulação do vírus.
Incorreta a alternativa D. A vacina contra o HPV é profilática e tem eficácia máxima quando administrada antes do início da vida 
sexual. A atividade sexual anterior não contraindica a vacinação, mas não é um critério obrigatório para sua indicação. O que determina a 
elegibilidade é a faixa etária e o estado imunológico.
Gabarito: B
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33. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Uma lactente de 4 meses é levada à consulta de rotina em UBS. Está 
em bom estado geral, com crescimento e desenvolvimento adequados, sem contraindicações vacinais. O cartão vacinal contém as vacinas 
obrigatórias que foram realizadas ao nascimento, 2 meses e 3 meses. Considerando o calendário nacional vigente, que vacinas devem ser 
administradas nessa consulta?
A) Pentavalente, VIP, rotavírus e pneumocócica 10.
B) Pentavalente, VOP e meningocócica C.
C) Pentavalente, VIP e pneumocócica 13.
D) Pneumocócica 10, meningocócica C e influenza.
COMENTÁRIO: 
O calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê um esquema rigoroso de imunização nos primeiros meses de 
vida, com reforços e doses sequenciais fundamentais para proteção contra doenças imunopreveníveis. A consulta de rotina aos 4 meses é 
uma das mais importantes da puericultura, pois compreende a segunda dose de múltiplas vacinas.
Correta a alternativa A. Segundo o Calendário Nacional de Vacinação de 2024, aos 4 meses, a criança deve receber as segundas 
doses das seguintes vacinas: pentavalente (DTP-Hib-Hep B), VIP (vacina inativada poliomielite), rotavírus humano (2ª dose) e pneumocócica 
10-valente (2ª dose). Todas essas vacinas devem ser administradas, já que as primeiras doses foram corretamente aplicadas previamente.
Incorreta a alternativa B. A vacina contra poliomielite aos 4 meses deve ser VIP (inativada), não VOP (oral). Além disso, a vacina 
meningocócica C conjugada é administrada somente aos 3 e 5 meses; portanto não está prevista para os 4 meses.
Incorreta a alternativa C. O SUS ainda utiliza a vacina pneumocócica 10-valente no calendário básico, não a 13-valente.
Incorreta a alternativa D. Embora a pneumocócica 10 esteja corretamente indicada, influenza só é administrada a partir dos 6 meses 
de idade, e a meningocócica C não está prevista para os 4 meses, mas, sim, aos 3 e 5 meses.
Gabarito: A
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34. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Em consulta de puericultura, um lactente de 2 meses, nascido a 
termo e saudável, sem fatores de risco, apresenta hemoglobina de 10,2 g/dL. Está em aleitamento materno exclusivo, com bom ganho de 
peso. A mãe demonstra preocupação com a possibilidade de anemia devido ao resultado do exame. Considerando os dados apresentados, 
o valor da hemoglobina pode ser explicado por:
A) Anemia carencial por deficiência de ferro e necessidade de suplementação imediata.
B) Anemia fisiológica do lactente, sem necessidade de intervenção específica.
C) Talassemia menor, sugestiva pela queda precoce da hemoglobina.
D) Sinais precoces de doença crônica, exigindo investigação complementar.
COMENTÁRIO: 
Nos primeiros meses de vida, o lactente apresenta uma queda fisiológica nos níveis de hemoglobina, fenômeno denominado anemia 
fisiológica do lactente. Essa redução é esperada, autolimitada e não implica deficiência de ferro em crianças saudáveis, nascidas a termo e 
bem nutridas. 
Incorreta a alternativa A. Lactentes a termo, em aleitamento materno exclusivo, não apresentam deficiência de ferro nos primeiros 4 a 
6 meses, salvo em situações de risco (baixo peso, prematuridade, hemorragias perinatais etc.). A hemoglobina de 10,2 g/dL aos 2 meses está 
dentro do esperado para a anemia fisiológica e não caracteriza anemia ferropriva.
Correta a alternativa B. A chamada anemia fisiológica ocorre entre 6 e 12 semanas de vida e pode reduzir a hemoglobina para valores 
entre 9,5 e 11 g/dL. Trata-se de uma adaptação ao ambiente extrauterino, onde há redução do estímulo eritropoiético. Em um lactente 
saudável, sem fatores de risco e com bom crescimento, nenhuma intervenção é necessária nesse momento.
Incorreta a alternativa C. Embora talassemias possam cursar com anemia microcítica desde os primeiros meses, a hemoglobina de 
10,2 g/dL isoladamente, sem microcitose ou história familiar, não é suficiente para sugerir esse diagnóstico. Além disso, a queda precoce 
esperada nesse caso é fisiológica.
Incorreta a alternativa D. Não há nenhum indicativo clínico de doença crônica nesse cenário. A criança é saudável, com ganho ponderal 
adequado e a queda da hemoglobina está dentro do padrão fisiológico. Investigações complementares não estão indicadas nesse contexto.
Gabarito: B
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35. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Mãe de um bebê de 3 meses comparece à UBS para retorno de 
rotina e refere que voltará a trabalhar em 10 dias. Questiona a profissional de saúde sobre como proceder com a ordenha e a conservação 
do leite.
A orientação correta é:
A) o leite ordenhado deve ser fervido antes de ser oferecido ao bebê.
B) pode-se armazenar o leite na geladeira por até 12 horas e, no freezer, por até 15 dias.
C) a ordenha deve ser feita com bomba elétrica exclusiva e o leite oferecido em mamadeira.
D) O leite ordenhado deve ser descartado após 2 horas em temperatura ambiente, mesmo refrigerado.
COMENTÁRIO:
Com o retorno ao trabalho materno, é essencial orientar adequadamente sobre a ordenha, armazenamento e oferta do leite materno 
ordenhado, garantindo a continuidade do aleitamento exclusivo até os 6 meses. A manutenção do aleitamento mesmo à distância protege o 
lactente contra infecções, promove vínculo afetivo e evita desmame precoce.
Incorreta a alternativa A. O leite materno nunca deve ser fervido, pois o calor excessivo destrói enzimas e anticorpos importantes. O 
aquecimento deve ser em banho-maria fora do fogo.Correta a alternativa B. O leite materno pode ser armazenado em geladeira por até 12 horas e armazenado em freezer ou congelador 
por até 15 dias. É importante que o armazenamento seja feito em recipientes esterilizados.
Incorreta a alternativa C. A ordenha pode ser feita manualmente ou com bomba (manual ou elétrica), desde que higienizadas. Além 
disso, o Ministério da Saúde desestimula o uso de mamadeiras, por risco de desmame precoce e confusão de bicos. O leite ordenhado deve 
ser preferencialmente oferecido em copinho, colher ou copo dosador.
Incorreta a alternativa D. Essa afirmação mistura informações. O leite materno pode ficar em temperatura ambiente (até 25 °C) por até 
2 horas, mas, se refrigerado, pode ser mantido por até 12 horas, como mencionado na alternativa B. 
Gabarito: B
36. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Menina de 6 anos e 8 meses é levada à Unidade Básica de Saúde por 
sua mãe, que notou aumento das mamas há cerca de 4 meses. A criança apresenta crescimento acelerado, com estatura acima do percentil 
97 e estadiamento puberal M2P1. Ao exame, não há sinais de hiperandrogenismo. Foi solicitada radiografia de punho, que revelou idade 
óssea compatível com 9 anos.
Considerando os achados clínicos e complementares, a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta inicial são:
A) telarca precoce isolada; apenas observação sem exames adicionais.
B) puberdade precoce central; encaminhamento para endocrinologia pediátrica.
C) puberdade precoce periférica; iniciar tratamento com análogo de GnRH.
D) puberdade normal; manter acompanhamento sem necessidade de investigação.
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COMENTÁRIO: 
A puberdade precoce é definida como o aparecimento de caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos 
em meninos. Pode ser central (dependente de GnRH) ou periférica (independente de GnRH). O diagnóstico precoce é importante porque o 
avanço puberal pode causar baixa estatura final, além de impactos psicossociais. A avaliação da idade óssea, do ritmo de progressão clínica e 
do estadiamento puberal é essencial para definir a conduta. 
Incorreta a alternativa A. A telarca precoce isolada é caracterizada por aumento mamário sem outros sinais de progressão puberal, 
com idade óssea compatível com a cronológica e ritmo de crescimento normal. Nesse caso, há crescimento acelerado e idade óssea avançada 
(≈2 anos acima da cronológica), sugerindo ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada e afastando o diagnóstico de telarca isolada.
Correta a alternativa B. A paciente tem menos de 8 anos, apresenta telarca, crescimento acelerado e idade óssea avançada, todos 
indicativos de puberdade precoce central (GnRH-dependente). O encaminhamento à endocrinologia é necessário para confirmação diagnóstica 
(com dosagem de LH basal/estimulada e, se indicado, imagem de sistema nervoso central) e definição da necessidade de tratamento com 
análogos de GnRH.
Incorreta a alternativa C. A puberdade periférica decorre de produção autônoma de esteroides sexuais (ex.: tumores ovarianos, 
hiperplasia adrenal etc.), não havendo ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada. O tratamento com análogo de GnRH não é eficaz na 
forma periférica, sendo essa uma alternativa terapêutica da forma central.
Incorreta a alternativa D. A idade da paciente é inferior a 8 anos. Portanto, mesmo que os achados fossem leves, o início da puberdade 
nessa faixa etária não é considerado normal. A presença de crescimento acelerado e idade óssea avançada reforça a necessidade de 
investigação. Observar sem investigação representaria atraso no diagnóstico.
Gabarito: B
37. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Lactente de 4 meses é levado à emergência com quadro de tosse 
e coriza iniciado há 3 dias e piora do padrão respiratório há 1 dia. Ao exame, FR de 58 irpm, sibilos difusos e saturação de 92% em ar 
ambiente. Apresenta dificuldade para mamar e tiragem subcostal moderada.
Qual é a conduta inicial mais adequada?
A) Internação hospitalar para hidratação e oxigenoterapia se necessário.
B) Iniciar corticoide e broncodilatador por 5 dias.
C) Solicitar radiografia de tórax e iniciar antibiótico empírico.
D) Prescrever salbutamol e liberar para casa.
COMENTÁRIO:
A bronquiolite viral aguda é a principal causa de hospitalização respiratória em lactentes no Brasil, especialmente nos menores de 
12 meses. O agente etiológico mais frequente é o vírus sincicial respiratório (VSR). O manejo clínico é suporte ventilatório, hidratação e 
oxigenioterapia, quando indicada. Não se recomendam rotineiramente corticoides, broncodilatadores ou antibióticos. Saber identificar sinais 
de gravidade e os critérios de internação é fundamental para atuação em pronto atendimento.
Correta a alternativa A. O lactente apresenta taquipneia importante (FR 58 irpm), sibilância difusa, tiragem subcostal moderada, 
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dificuldade alimentar e saturação limítrofe (92%), o que configura quadro de bronquiolite moderada a grave, com indicação de internação 
hospitalar para suporte clínico. O manejo da bronquiolite deve ser baseado em suporte (hidratação e suporte ventilatório, se necessário).
Incorreta a alternativa B. Estudos clínicos controlados demonstraram ausência de benefício com uso de broncodilatadores ou 
corticoides em casos típicos de bronquiolite, especialmente em lactentes sem história prévia de sibilância ou atopia. O uso desses fármacos 
é desencorajado nas diretrizes brasileiras.
Incorreta a alternativa C. A bronquiolite é, por definição, uma infecção viral e não há indicação rotineira de radiografia ou 
antibioticoterapia. A radiografia pode gerar diagnósticos excessivos de pneumonia bacteriana, levando a prescrições desnecessárias. Exames 
de imagem são reservados para casos atípicos, com piora inesperada, sinais de complicações ou falha terapêutica.
Incorreta a alternativa D. Além da ineficácia comprovada do salbutamol em lactentes com bronquiolite, o quadro clínico descrito 
requer internação. Alta hospitalar estaria indicada apenas se a criança estivesse mamando bem, sem desconforto respiratório significativo. 
Gabarito: A
38. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Menino de 9 anos é levado à UBS com queixa de ganho ponderal 
excessivo nos últimos anos. Apresenta IMC acima do percentil 97 para idade, com acantose nigricans em região cervical. Nega comorbidades. 
A mãe questiona sobre o início de medicação para emagrecer.
A conduta inicial mais apropriada nesse momento é:
A) iniciar análogo de GLP-1 e dieta hipocalórica.
B) prescrever metformina e atividade física supervisionada.
C) encaminhar para endocrinologia pediátrica para iniciar orlistate.
D) implementar mudanças de estilo de vida com acompanhamento multiprofissional.
COMENTÁRIO:
A obesidade infantil é uma condição multifatorial, de base inflamatória crônica, associada a fatores genéticos, ambientais e 
comportamentais. No Brasil, afeta de forma crescente crianças e adolescentes, exigindo abordagem precoce e multidisciplinar. O Ministério 
da Saúde e a SBP orientam que a conduta inicial deve sempre focar a modificação do estilo de vida, sendo o tratamento medicamentoso 
reservado a casos refratários, com comorbidades significativas ou falha comprovada das medidas comportamentais.
Incorreta a alternativa A. Apesar de análogos do GLP-1 (como liraglutida e semaglutida) estarem sendo estudados e aprovados para 
obesidade em adolescentes em alguns países, não fazem parte do protocolo de tratamento inicial no Brasil para crianças. São indicados apenas 
em contexto de obesidade grave com falha terapêutica comprovada e devem ser prescritos exclusivamente em ambiente especializado. 
Incorreta a alternativa B. A metformina pode ser considerada emcasos de resistência insulínica com comprometimento laboratorial 
evidente (ex.: pré-diabetes ou hiperinsulinemia significativa). Não há indicação de iniciar tratamento farmacológico apenas com base em 
obesidade e acantose nigricans, sem comorbidades confirmadas.
Incorreta a alternativa C. O uso de orlistate exige prescrição e seguimento em centro especializado. Ele não é indicado como primeira 
linha em nenhuma faixa etária pediátrica, sendo considerado apenas após falha prolongada das medidas comportamentais e presença de 
comorbidades.
Correta a alternativa D. A conduta inicial diante de uma criança com obesidade e sinais clínicos de resistência insulínica (como 
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acantose nigricans), mas sem comorbidades diagnosticadas, é a abordagem não medicamentosa estruturada, envolvendo: aconselhamento 
nutricional, promoção de atividade física regular, redução de sedentarismo e intervenções familiares. O acompanhamento deve ser contínuo 
e multiprofissional (incluindo pediatria, nutrição e psicologia, se possível). A intervenção precoce e educativa melhora os desfechos a longo 
prazo e evita medicalização desnecessária.
Gabarito: D
39. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Pediatria - Prof. Joshua Viana) Menina de 2 anos é levada à UBS com quadro de coriza e febre alta 
há 4 dias e exantema que começou na face e se espalhou para o tronco. Apresenta manchas de Koplik na mucosa oral. Está com vacinação 
incompleta. A mãe relata que outras crianças da creche apresentaram quadro semelhante.
A principal hipótese diagnóstica e a conduta são:
A) escarlatina; iniciar penicilina benzatina.
B) exantema súbito; liberar para creche após 24h sem febre.
C) rubéola; notificação compulsória e isolamento.
D) sarampo; notificar o caso e iniciar bloqueio vacinal.
COMENTÁRIO:
O sarampo é uma doença exantemática viral altamente contagiosa, com potencial de surtos, principalmente em populações com baixa 
cobertura vacinal. Após ser considerado eliminado no Brasil em 2016, casos voltaram a ocorrer devido à queda nas coberturas vacinais. Os 
sinais clínicos clássicos, como febre alta, exantema maculopapular e manchas de Koplik, somados ao histórico de vacinação incompleta e 
contato com outros casos, são suficientes para indicar notificação imediata e ação de bloqueio vacinal. 
Incorreta a alternativa A. A escarlatina é causada por estreptococo do grupo A e manifesta-se com exantema em “lixa”, palidez perioral 
e, frequentemente, faringite purulenta (achados não presentes nesse caso). 
Incorreta a alternativa B. A roséola ou exantema súbito ocorre tipicamente em lactentes menores, com febre alta por volta de 3 dias 
que cede abruptamente antes do surgimento do exantema. No quadro clínico, o exantema surgiu em vigência da febre, o que fala contra o 
diagnóstico de exantema súbito.
Incorreta a alternativa C. Embora a rubéola seja também de notificação obrigatória, o quadro clínico não é compatível. A rubéola 
geralmente cursa com febre baixa, exantema maculopapular e linfadenopatia retroauricular. 
Correta a alternativa D. O caso é altamente sugestivo de sarampo. Diante de caso suspeito, mesmo sem confirmação laboratorial, 
a conduta correta inclui notificação imediata do caso suspeito, coleta de amostras para diagnóstico, isolamento domiciliar até 4 dias após 
início do exantema e início de bloqueio vacinal em contatos suscetíveis (vacinação em até 72h para maiores de 6 meses imunocompetentes 
e imunoglobulina em até 6 dias, no caso de menores de 6 meses, gestantes e imunodeprimidos).
Gabarito: D
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40. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Otorrinolaringologia - Prof. Diógenes Paiva) Bernardo, de 7 anos, vem novamente com seu pai 
ao pronto-socorro nos últimos 7 dias. Iniciou o quadro com tosse, obstrução nasal, febre moderada e dor de garganta, quando foram 
prescritos amoxicilina e ibuprofeno. No momento, ocorreu desenvolvimento de manchas avermelhadas na pele e “caroços” nos pescoço 
que levaram o pai a fazer uma nova avaliação. Ao exame: temperatura de 38,5 ºC, orofaringe com placas branco acinzentadas nas tonsilas, 
otoscopia com hiperemia da membrana timpânica, ausculta pulmonar com roncos, pescoço com linfonodomegalia cervical fibroelástica 
anterior e posterior.
Considerando o quadro acima, assinale a alternativa correta.
A) Estamos com uma suspeita de infecção de vias aéreas superiores, sendo importante a realização de exames laboratoriais e de imagem 
para orientar a conduta
B) Orientar que se trata de evolução natural de infecção viral, sendo indicada a suspensão do antibiótico e sintomáticos.
C) O paciente apresenta infecção bacteriana nas vias aéreas superiores com resistência ao antibiótico prévio, sendo necessário novo 
antimicrobiano de maior espectro.
D) Trata-se de infecção de vias aéreas superiores e inferiores com reação alérgica, sendo necessário suspensão do antibiótico e antialérgicos.
COMENTÁRIO:
Caro Estrategista, nessa questão, trouxe uma apresentação bem típica e com vários sintomas da famosa mononucleose infecciosa, 
assunto comum nas provas no INEP para o revalida e boa aposta para a prova do ENAMED.
O causador é o vírus Epstein-Barr (EBV), da família Herpesviridae (HHV tipo 4), portanto é um vírus formado por uma molécula de DNA.
Adolescentes e adultos jovens são a faixa etária mais acometida e apresentam mais frequentemente o quadro clínico completo.
Os sintomas iniciam-se frequentemente de forma inespecífica com: febre baixa, cefaleia leve e mal-estar. Em seguida, geralmente 
se apresentam seus sinais e sintomas mais clássicos, que estão ilustrados na figura abaixo: amigdalite + linfonodomegalia generalizada (e 
cervical posterior) + hepatoesplenomegalia.
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ENAMED
No exame físico, a orofaringe apresenta-se classicamente com uma hipertrofia e hiperemia de tonsilas palatinas (amígdalas) associada 
a um exsudato esbranquiçado ou branco acinzentado.
Na cavidade oral, podem ser vistas petéquias no palato, em semelhança à faringite estreptocócica. Mas o edema de úvula, que também 
é comum nas faringites estreptocócicas, é menos frequente nos casos de mononucleose.
Linfonodomegalia é o sinal clínico mais frequente dessa doença, sendo dolorosa e apresentando duas características clínicas que a 
diferenciam do aumento de linfonodos pelos outros agentes causadores de faringite.
Na mononucleose infecciosa, a adenomegalia pode se apresentar de forma generalizada, não apenas na região cervical. Além disso, 
essa é a única faringite infecciosa a apresentar linfonodomegalia cervical posterior, pois as outras apresentam apenas linfonodos cervicais 
anteriores.
Outra característica marcante do exame físico, e que será o principal fator para diferenciar a associação faringite + linfonodomegalia 
do Epstein-Barr da causada pelos outros agentes, é a hepato e/ou esplenomegalia. 
O exantema é variável, apresentando-se mais frequentemente como maculopapular, em tronco e raízes de membros, ocorrendo em 
apenas 10 a 15% dos casos. 
Muito importante para a vida de médico e, por isso, bastante cobrado em provas é o conhecimento de que: em caso de uso de 
antibióticos na mononucleose (que é contraindicado) o exantema exacerba-se e torna-se mais frequente. 
As bancas frequentemente colocam entre as alternativas “alergia à amoxicilina”, ou descrevem entre os tratamentos possíveis 
antialérgicos ou corticoides. 
Assim, fique atento aos casos de faringites associadas aos sintomas descritos, que também vieram associados ao “rash 
cutâneo”. O diagnóstico, na grande maioria das questões, será mononucleose infecciosa.
As infecções primárias pelo Epstein-Barr raramente requerem mais do que terapia de suporte. Como possibilidades farmacológicas, o 
acetaminofeno ou anti-inflamatóriosnão esteróides são recomendados para o tratamento da febre, do desconforto na faringe e do mal-estar. 
O aciclovir não apresentou benefício clínico significativo em pacientes com infecção aguda pelo Epstein-Barr, não sendo indicada sua 
utilização para o tratamento da fase aguda!
Correta a alternativa B.
Incorreta a alternativa A. Fique atento, pois, na maioria das infecções de vias aéreas superiores, o diagnóstico é feito por meio da 
anamnese e exame físico, sem a necessidade de exames complementares. Aqui na mononucleose, a suspeita também é clínica, sendo 
indicados exames complementares em casos mais graves que necessitem de confirmação.
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ENAMED
O exame mais cobrado nas provas de Residência é o hemograma, que apresenta leucocitose às custas de linfocitose com > 10% 
de linfócitos atípicos.
Esse conhecimento é importante, pois várias doenças linfoproliferativas podem ser descritas entre as alternativas como 
diagnósticos diferenciais, querendo “pegar carona” nessa atipia linfocitária.
A sorologia (IgM e IgG), para detecção dos anticorpos específicos contra o EBV, dá a certeza diagnóstica. 
Testes rápidos para a detecção de anticorpos heterófilos e/ou de anticorpos específicos para o vírus Epstein-Barr também são viáveis 
para o diagnóstico e podem ser utilizados. Um exemplo é a reação de Paul Bunnell. 
Incorreta a alternativa C. Não estamos diante de resistência ao antibiótico, pois é uma infecção viral apresentando sua evolução 
natural.
Incorreta a alternativa D. O exantema ocorreu por uma prescrição inapropriada de amoxicilina em um quadro viral, não por uma 
reação alérgica à amoxicilina.
Gabarito: B
MEDICINA PREVENTIVA
41. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Dermatologia - Prof. Bruno Souza) Homem de 34 anos, trabalhador rural, procura a unidade básica 
de saúde com queixa de dor intensa em “ferroada” no ombro esquerdo há 1 semana. Ao exame, observa-se uma lesão eritematosa, 
nodular, com orifício central e saída intermitente de secreção serossanguinolenta. À compressão lateral da lesão, o paciente refere dor 
aguda e discreta movimentação no interior do nódulo.
Com base no quadro clínico, quais são o diagnóstico mais provável e a conduta adequada?
A) Furúnculo – iniciar antibiótico sistêmico e drenagem cirúrgica imediata.
B) Picada de aranha – prescrever anti-inflamatório e acompanhar evolução da lesão.
C) Miíase primária – realizar oclusão do orifício com vaselina para extrusão da larva.
D) Hidrosadenite supurativa – iniciar antibiótico tópico e orientar higiene local.
COMENTÁRIO:
Estrategista, atenção para essa descrição, pois ela é clássica de miíase primária ou furunculoide. É causada pela larva da mosca 
Dermatobia hominis. Clinicamente, há lesão nodular com orifício central e saída de secreção serossanguinolenta. Por vezes, é possível ver a 
larva movimentando-se. O paciente tipicamente descreve dor em “ferroada”.
Incorreta a alternativa A. O principal diagnóstico diferencial de miíase primária é o furúnculo. Daí chamarmos miíase primária de 
miíase furunculoide. Porém, no furúnculo, há uma necrose na região central e saída de secreção purulenta. Não há essa dor em “ferroada” 
nem orifício aberto constantemente liberando secreção serossanguinolenta.
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 78
ENAMED
Incorreta a alternativa B. As picadas de aranha, como as do gênero Loxosceles, causam lesões necróticas e dolorosas, mas não têm 
orifício central com saída de secreção
Correta a alternativa C. Essa é a conduta clássica para miíase furunculoide: ocluir o orifício respiratório da larva, levando-a a sair 
espontaneamente ou facilitando a extração com pinça.
Incorreta a alternativa D. Hidrosadenite é uma condição inflamatória crônica, que acomete áreas intertriginosas, com abscessos 
recidivantes, fístulas e cicatrizes.
Gabarito: C
42. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Medicina Preventiva - Prof. Laís Parada) Uma mulher transexual de 28 anos procura uma unidade de 
saúde para atendimento de rotina. Ao preencher sua ficha de cadastro, a profissional da recepção recusa-se a chamá-la pelo nome social, 
argumentando que somente o nome civil pode ser utilizado nos documentos oficiais do serviço. A paciente, visivelmente constrangida, 
menciona que já passou por esse tipo de situação diversas vezes, inclusive durante consultas médicas, e questiona seus direitos como 
usuária do SUS.
Considerando a Política Nacional de Saúde Integral LGBT e as normativas vigentes, assinale a alternativa correta.
A) O principal princípio doutrinário do SUS quebrado nessa situação é a universalidade. O reconhecimento do nome social nos serviços de 
saúde depende de autorização judicial, por tratar-se de dado sensível, vinculado à identidade de gênero e orientação sexual.
B) O principal princípio doutrinário do SUS quebrado nessa situação é o acesso. O direito ao uso do nome social é garantido por portaria 
ministerial e integra os direitos dos usuários da saúde, devendo ser respeitado por todos os profissionais do SUS.
C) O principal princípio doutrinário do SUS quebrado nessa situação é a integralidade. O atendimento à população trans deve ocorrer, 
preferencialmente, em unidades de referência específicas, sendo permitido o uso do nome civil apenas nesses serviços.
D) O principal princípio doutrinário do SUS quebrado nessa situação é a equidade. A população trans encontra-se em vulnerabilidade e, na 
UBS, recebe outra barreira de acesso. O nome social é garantido por lei e deve ser respeitado independentemente do juízo de valor dos 
profissionais. 
COMENTÁRIO:
Tema: Sistema Único de Saúde (SUS) -> Políticas de Saúde do Sistema Único de Saúde (Políticas de Saúde para Populações Específicas)
Estrategista, 
Questões da banca ENARE e INEP contêm Políticas Nacionais de Saúde para populações específicas. 
A Portaria nº 2.836/2011, que institui a Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT, estabelece o uso do nome social como 
um dos direitos fundamentais das pessoas travestis e transexuais no SUS. Esse direito é reforçado pela Portaria nº 1.820/2009, que trata da 
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, garantindo respeito à identidade de gênero e ao nome social em todos os níveis de atendimento.
A violação desse direito configura discriminação institucional, contrariando os princípios de integralidade, equidade e universalidade 
preconizados pelo SUS. Todos os princípios são impactados, mas o que foi diretamente violado e que responde corretamente à questão é a 
equidade, como bem afirmado na justificativa posterior.
A questão também exige um entendimento dos princípios do SUS, vamos relembrar os doutrinários: 
São PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS do SUS:
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ENAMED
- Universalidade: todos têm direito à saúde, independentemente de cor, raça, classe social, sexo ou qualquer outro fator. A saúde é 
um direito de todos e dever do Estado. Nas questões, aparece com a pessoa conseguindo acesso à saúde, tendo o atendimento que precisa. 
Muitas vezes, toca no tema de que não é necessário ser do país para conseguir atendimento. 
- Integralidade: o cuidado deve ser completo, considerando o ser humano em sua totalidade — biológica, psicológica e social. Envolve 
ações de promoção, prevenção, exames, tratamentos e reabilitação. Nas questões, aparece como conseguir uma medicação cara, ou um 
tratamento diferente, conseguir as terapêuticas necessárias para sua questão de saúde. 
- Equidade: trata-se de oferecer mais a quem mais precisa, ou seja, reduzir desigualdades no acesso e nas condições de saúde. Não é 
tratar todos iguais, mas tratar com justiça. Nas questões, muitas vezes relacionadas a pessoas, que tendem a não ter acesso fácil, conseguindo 
o acesso. Por exemplo, territórios mais distantes tendo atendimento noterritório, ações para evitar racismo, atendimentos mais graves serem 
atendidos mais rapidamente, entre outros exemplos.
Entretanto, há questões em que esses princípios são quebrados em relação a essa população, como falta de acesso a tratamento 
transexualizador para pessoas travestis e transexuais, não utilização do nome social dessa população pelos funcionários da UBS, falta de 
oferta de serviços e/ou ações voltados para a saúde mental dessa população. Essas barreiras que a população LGBT tem para o acesso à saúde 
estão relacionadas principalmente à equidade. Medidas que podemos sugerir são serviços e ações para promoção de saúde e educação 
permanente dos profissionais em relação à saúde da população trans.
Incorreta a alternativa A: o uso do nome social não é opcional, mas, sim, um direito garantido à população travesti e transexual 
pelo Ministério da Saúde. A Portaria nº 1.820/2009 assegura que todos os usuários têm o direito de serem chamados e identificados pelo 
nome social, sempre que solicitarem, inclusive em documentos internos e de atendimento. A recusa ou omissão é discriminatória e fere os 
princípios da humanização, acolhimento e respeito à dignidade da pessoa humana. Não compromete a padronização documental, pois o 
nome civil pode constar nos registros formais, mas o social deve ser respeitado no contato com o paciente.
Incorreta a alternativa B: acesso não é um princípio doutrinário do SUS. Lembrando, são eles: universalidade, equidade e integralidade. 
A segunda afirmação está correta, o direito ao uso do nome social é garantido por portaria ministerial e integra os direitos dos usuários da 
saúde, devendo ser respeitado por todos os profissionais do SUS.
Incorreta a alternativa C: não há, na Política Nacional de Saúde Integral LGBT, nenhuma determinação que restrinja o atendimento 
da população trans a unidades específicas. Pelo contrário, a política visa garantir o acesso universal e equânime aos serviços de saúde em 
qualquer nível de atenção, com acolhimento livre de discriminação, inclusive intitulando a atenção primária como serviço responsável 
pela coordenação do cuidado. O uso do nome social deve ser respeitado em todos os serviços do SUS, independentemente do nível de 
especialização da unidade. A integralidade poderia ser um dos principais princípios do SUS sendo quebrado nessa situação, por não atender 
a todas as demandas. 
Correta a alternativa D: equidade é um princípio doutrinário do SUS e corresponde a reduzir desigualdades no acesso e nas condições 
de saúde. Não é tratar todos iguais, mas tratar com justiça. Justamente, a população trans é uma população marginalizada socialmente e 
ações de equidade para garantir o acesso das pessoas trans são importantes. 
Gabarito: D
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43. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Medicina Preventiva - Prof. Laís Parada) Em uma cidade de médio porte com 90 mil habitantes, 
o gestor municipal de saúde identifica grande tempo de espera em serviços de pronto atendimento (UPA e hospital municipal), grande 
parte dos casos é relacionado à hipertensão crônica mal controlada, diabetes mellitus do tipo II mal controlada, dor crônica em membros 
e lombalgia mecânica crônica, entre outras condições crônicas com demandas relacionadas ao acompanhamento, além de infecções 
respiratórias leves e cefaleias crônicas primárias e leves, assim como de gestantes e crianças com cuidado de pré-natal e puericultura 
atrasados. 
Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta a ação mais adequada para reorganizar o sistema de saúde no município.
A) Investigar como os médicos estão conduzindo os casos dentro dos prontos atendimentos, e ampliar o horário de funcionamento das 
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com contratação de novos médicos de acordo com as necessidades em saúde da população. 
B) Investigar como está o fluxo de atendimento dentro dos prontos atendimentos para achar pontos de melhorias, como: criar um programa 
de capacitação hospitalar para os profissionais da urgência e emergência, visando qualificar o atendimento dos casos clínicos de baixa 
complexidade que chegam aos serviços de alta demanda, criar novas especialidades ambulatoriais nas policlínicas para absorver a 
demanda espontânea e melhorar o acesso da população.
C) Investigar como está a cobertura e qualidade da atenção primária e avaliar possibilidades a depender dos problemas vistos: expandir a 
cobertura da Estratégia Saúde da Família, investir em capacitação dos profissionais na atenção primária, fortalecer a atuação dos Agentes 
Comunitários de Saúde.
D) Investigar as possibilidades de aumento de financiamento do SUS, contratar clínicas privadas conveniadas para desafogar o sistema 
público e garantir o acesso da população aos serviços ambulatoriais básicos e especializados com mais rapidez.
COMENTÁRIO:
Tema: Sistema Único de Saúde (SUS) -> Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil (Política Nacional de Atenção Básica. 
Estrategista, diante da situação de saúde apresentada pela população de um município, a questão solicita-nos as melhores medidas 
visando um planejamento em saúde eficaz e que atenda as demandas da população.
Para definirmos esse planejamento, é de suma importância listarmos os problemas detectados.
1. Questões crônicas estão sendo “acompanhadas” em unidades de pronto atendimento.
2. Má gestão em puericultura e pré-natal.
Primeiro, é importante identificar qual seria o problema, e todas as alternativas induzem para uma investigação inicial. Entretanto, 
tendo o padrão exposto, parece que há uma falha no acompanhamento longitudinal de condições crônicas muito prevalentes. E qual é o local 
que tem o maior papel nessa questão? A Atenção Primária à Saúde. O enunciado ainda fortalece essa hipótese quando coloca sobre o atraso 
em puericultura e pré-natal. 
Veja que o enunciado ainda aponta como “MAIS adequada”, embora outras propostas também possam ter um papel. Entretanto, a 
questão leva-nos a tentar achar e resolver a causa do problema, não apenas remediar, que seriam as ações de melhorar apenas os serviços 
de pronto atendimento para atuar nessas questões.
A PNAB (Portaria nº 2.488/2011) reconhece a Atenção Básica como a porta de entrada prioritária do SUS e tem como principal função 
a promoção, prevenção e tratamento de problemas de saúde, com foco em ações individuais, familiares e coletivas. Ela deve resolver até 80% 
dos problemas de saúde da população. A Atenção Básica (Atenção Primária à Saúde) é responsável por:
• identificar e acompanhar doenças crônicas como hipertensão, diabetes, dor crônica e cefaleia leve;
• oferecer cuidado contínuo e resolutivo, inclusive com pré-natal e puericultura;
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 81
ENAMED
• atuar de forma territorializada, com apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS);
• reduzir a demanda desnecessária por atendimentos em serviços de urgência e emergência, garantindo vínculo e 
longitudinalidade do cuidado .
A proposta da alternativa C alinha-se diretamente às funções da Atenção Básica descritas na política.
Incorreta a alternativa A: essa alternativa foca os sintomas do problema (superlotação), mas não sua causa raiz (baixa cobertura e 
fragilidade da atenção primária). A PNAB estabelece que a Atenção Básica deve resolver a maioria dos problemas de saúde da população, 
reduzindo a sobrecarga nas urgências. Assim, investir exclusivamente na UPA pode agravar a fragmentação do cuidado, já que não atua na 
prevenção nem no acompanhamento longitudinal, fundamentais para o manejo de doenças crônicas, puericultura e pré-natal.
Incorreta a alternativa B: assim como a alternativa A, não atua na base do problema.
A PNAB enfatiza que o cuidado deve começar na atenção primária, que coordena o cuidado e evita encaminhamentos desnecessários 
. Especialidades ambulatoriais podemser necessárias, mas não substituem a porta de entrada adequada, que é a Unidade Básica de Saúde 
(UBS).
Correta a alternativa C: o padrão apresentado sugere que há uma falha no acompanhamento longitudinal de condições crônicas muito 
prevalentes. E qual é o local que tem o maior papel nessa questão? A Atenção Primária à Saúde. O enunciado ainda coloca para fortalecer 
essa hipótese quando coloca sobre o atraso em puericultura e pré-natal. A alternativa coloca como importante ver como está a cobertura e 
qualidade da APS e, depois, sugere possíveis intervenções a depender das questões encontradas.
Incorreta a alternativa D: assim como as alternativas A e B, não atua na base do problema. Embora o SUS permita a contratação 
complementar de serviços privados, a PNAB estabelece que o foco deve ser na qualificação e ampliação da rede pública e da atenção básica 
como coordenadora do cuidado . Contratar serviços privados não garante vínculo, continuidade nem organização territorial do cuidado. Essa 
alternativa não resolve o problema estrutural, que é a baixa resolutividade da atenção primária e o não acompanhamento das condições 
crônicas.
Gabarito: C
44. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Medicina Preventiva - Prof. Laís Parada) Em um estudo sobre um novo teste diagnóstico para 
hanseníase, havia 500 pessoas sem hanseníase e 400 com diagnóstico de hanseníase por clínica e conjunto de métodos atuais. Daquelas 
sem hanseníase, 50 testaram positivo e 450 testaram negativo no novo teste. Daquelas com hanseníase, 340 testaram positivo e 60 
testaram negativo. Qual é a especificidade?
A) 85%
B) 90%
C) 15%
D) 10%
COMENTÁRIO:
Tema: Epidemiologia -> Testes Diagnósticos (Medidas de Desempenho de Testes Diagnósticos) 
Estrategista, 
Medidas de desempenho de testes diagnósticos é um tema quente para a prova do ENAMED. 
Vamos utilizar para relembrar sobre especificidade e sensibilidade. 
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ENAMED
De forma geral, definimos a especificidade da seguinte forma: 
É a capacidade do teste de detectar a ausência de doença quando ela realmente não existe.
Do ponto de vista matemático, a especificidade pode ser definida como a proporção de verdadeiro-negativos (VN) em relação ao total 
de indivíduos saudáveis (VN + FP). Logo: 
O motivo de estudarmos essa proporção, embora ela não seja cobrada, é para que você entenda que o aumento da especificidade 
implica a diminuição do número de falso-positivos.
De forma geral, definimos sensibilidade da seguinte forma: 
É a capacidade do teste em detectar a presença da doença quando ela realmente existe.
Do ponto de vista matemático, pode ser definida como a proporção de verdadeiro-positivos (VP) em relação ao total de indivíduos 
doentes (VP + FN). Logo: 
Por isso, quanto maior for a sensibilidade, menor será o número de falso-negativos!
Na questão, especificidade = VN / (VN + FP), mas aqui: VN = 450; total sem doença = 500 → 450/500 = 90% .
Incorreta a alternativa A: valor do cálculo da sensibilidade — VP/(VP+FN) = 340/400 = 85%.
Correta a alternativa B: correto. Especificidade = VN / (VN + FP), mas aqui: VN = 450; total sem doença = 500 → 450/500 = 90% .
Incorreta a alternativa C: valor incorreto. Especificidade = VN / (VN + FP), mas aqui: VN = 450; total sem doença = 500 → 450/500 = 
90% .
Incorreta a alternativa D: valor incorreto. Especificidade = VN / (VN + FP), mas aqui: VN = 450; total sem doença = 500 → 450/500 = 
90% .
Gabarito: B
45. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Medicina Preventiva - Prof. Laís Parada) Durante consulta de rotina na Unidade Básica de Saúde 
(UBS), uma mulher de 29 anos, assintomática e sem fatores de risco pessoais ou familiares relevantes, solicita ao médico exames “de check-
up completo”, incluindo mamografia, colonoscopia e ultrassonografia transvaginal, que viu recomendados em uma matéria de revista.
Após a anamnese e exame físico, o médico explica que, no seu caso, em sua idade, não há indicação clínica para a realização desses exames.
Com base nas boas práticas clínicas do SUS e nos princípios da comunicação centrada na paciente, qual deve ser a conduta mais adequada?
A) Oferecer apenas colpocitologia oncótica, sorologias, ultrassonografia de mama e transvaginal, sem indicação de colonoscopia e 
mamografia ainda. 
B) Explicar que, de acordo com as diretrizes nacionais, a realização dos exames solicitados pela paciente não traria benefícios e poderia 
causar danos, buscando corresponsabilização na decisão.
C) Se, mesmo após conversa, a paciente insistir, solicitar os exames para atender à vontade da paciente, pois a autonomia dela deve 
prevalecer, acrescentando, além dos solicitados, colpocitologia oncótica e sorologias. 
D) Negar de forma objetiva os exames, alegando que eles são desnecessários e geram custos para o sistema de saúde.
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ENAMED
COMENTÁRIO:
Tema: Epidemiologia -> Processo saúde-doença (Prevenção em Saúde)
Estrategista, 
Prevenção em saúde é outro tema muito quente para a prova do ENAMED. 
É importante saber as indicações de alguns rastreamentos de acordo com o Ministério da Saúde. Segue uma tabela simplificada. 
Cuidado que, ao longo dos anos, eles podem se alterar! Os rastreamentos clássicos que aparecem em provas como errôneos são PSA, 
ultrassonografia transvaginal, ultrassonografia de tireoide, ou outros rastreamentos fora da idade correta. 
Tabela 1 – Rastreamento recomendado no SUS para a população geral
Doença Exame recomendado Faixa etária/condição Periodicidade
Câncer de colo do 
útero
Citopatológico 
(Papanicolau)
Mulheres de 25 a 64 anos 
com vida sexual ativa
A cada 3 anos após 2 
exames anuais normais 
consecutivos
Câncer de mama Mamografia Mulheres de 50 a 69 anos A cada 2 anos
Câncer colorretal
Pesquisa de sangue 
oculto nas fezes (PSOF) 
(ou colonoscopia)
Adultos de 50 a 75 anos Anual
Hipertensão 
arterial sistêmica
Aferição de pressão 
arterial
População ≥ 18 anos Anual
Diabetes mellitus 
tipo 2
Glicemia de jejum
Adultos ≥ 45 anos ou com 
fatores de risco
A cada 3 anos
Dislipidemias Perfil lipídico
Adultos ≥ 20 anos com risco 
cardiovascular
A cada 5 anos (ou conforme 
risco)
Sífilis/HIV Testes rápidos
População sexualmente 
ativa, gestantes
Conforme avaliação clínica 
e risco
Hepatites B e C Testes rápidos
Adultos ≥ 20 anos com 
fatores de risco ou nunca 
testados
Uma vez ou conforme risco
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ENAMED
Assim, na questão, uma mulher de 29 anos, sexualmente ativa, teria indicação apenas de colpocitologia oncótica, sorologias, se desejar, 
e aferição de PA. Não há indicações de obesidade ou outros fatores de risco para outras doenças. 
Incorreta a alternativa A: não há indicação de ultrassonografia de mamas e transvaginal.
Correta a alternativa B: o Ministério da Saúde e sociedades médicas orientam o rastreio com base em critérios de idade, risco e 
evidência científica. Nesse caso:
• mamografia — indicada apenas a partir dos 50 anos para mulheres sem fatores de risco;
• colonoscopia — indicada para rastreio de câncer colorretal a partir dos 50 anos em algumas sociedades;
• ultrassonografia transvaginal — não é recomendada para rastreamento de câncer de ovário em mulheres assintomáticas.
Incorreta a alternativa C: a autonomia é um princípio ético, mas deve estar fundamentada em informação clara e científica. Atender 
automaticamente a pedidos de exames sem indicação fere os princípios da integralidade e da racionalidade do SUS. Fere também a não 
maleficência caso ocorram malefícios.
Incorreta a alternativa D: a negativa pura e simples pode parecer autoritária. O ideal é uma postura acolhedora, com explicação sobre 
os potenciais danos do rastreamento excessivo, como falso-positivos, ansiedade, exames invasivos desnecessários e medicalização excessiva.Gabarito: B
46. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Medicina Preventiva - Prof. Laís Parada) Em um município da região Centro-Oeste, uma equipe 
da Estratégia Saúde da Família observou aumento de casos de diarreia aguda em diversas pessoas de uma microárea da UBS. Os casos 
estavam concentrados em uma região com abastecimento irregular de água, presença de esgoto a céu aberto. Em algumas dessas pessoas, 
foi realizado o diagnóstico de cólera. A equipe notificou os casos ao setor de vigilância do município, que passou a investigar o evento. 
Durante a investigação, identificou-se que a água consumida vinha de poços artesianos contaminados.
Diante do exposto, assinale a alternativa correta sobre a atuação das vigilâncias no SUS.
A) A situação descrita é de competência exclusiva da Vigilância Epidemiológica, pois envolve uma doença de notificação compulsória. A 
vigilância ambiental atua apenas em desastres naturais ou exposição química.
B) A Vigilância em Saúde, nesse contexto, deve restringir-se à vigilância sanitária, pois não há agravo de alta letalidade ou surto oficial 
decretado. 
C) A atuação conjunta da Vigilância Ambiental e Epidemiológica é essencial, pois a situação envolve investigação do agravo, identificação de 
fatores ambientais de risco, notificação compulsória e articulação intersetorial para controle.
D) A Vigilância Sanitária e a Epidemiológica devem agir em conjunto por se tratar de um problema de contaminação de água e uma doença 
de notificação compulsória. A vigilância ambiental atua apenas em desastres naturais ou exposição química.
COMENTÁRIO:
Tema: Epidemiologia -> Vigilância em Saúde (Vigilância Ambiental)
Estrategista, 
Questão direta sobre Vigilância em Saúde. O primeiro conceito necessário é que cólera é uma doença de notificação compulsória 
imediata e aconteceu um surto em uma microárea, dessa forma, a vigilância epidemiológica é necessária para o caso. Por fim, envolve 
contaminação de água, em uma região com irregularidade de abastecimento de água e esgoto a céu aberto, portanto a vigilância ambiental 
é necessária no caso. 
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 85
ENAMED
Agora, vamos revisar a Vigilância em Saúde. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Foco: pessoas doentes e o comportamento das doenças e agravos.
Funções principais:
• detectar, monitorar e controlar doenças transmissíveis e não transmissíveis, doenças que podem afetar a população;
• investigar surtos, epidemias e eventos de importância em saúde pública;
• coletar, analisar e divulgar dados epidemiológicos;
• “conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da 
saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e 
não-transmissíveis, e agravos à saúde”.
Exemplos de atuação:
• monitoramento da dengue, covid-19, sarampo, tuberculose, sífilis, câncer;
• investigação de surtos de doenças diarreicas ou respiratórias.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Foco: bens, produtos e serviços que possam afetar a saúde humana.
Funções principais:
• regulação, fiscalização e controle sanitário de estabelecimentos de saúde, alimentos, cosméticos, medicamentos, vacinas, 
insumos e saneantes;
• atuar com poder de polícia sanitária: autuar, interditar, multar, apreensão;
• “conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes 
do ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. Abrange a prestação de serviços e o 
controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da 
produção ao consumo e descarte”.
Exemplos de atuação:
• fiscalização de restaurantes, farmácias, hospitais, clínicas de estética;
• recolhimento de alimentos contaminados ou medicamentos irregulares.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
Foco: fatores ambientais que interferem na saúde humana.
Funções principais:
• monitorar e avaliar riscos à saúde humana oriundos de água, solo, ar, resíduos, agrotóxicos, desastres ambientais;
• investigar eventos como enchentes, contaminação por metais pesados, exposição a agrotóxicos ou produtos químicos perigosos;
• mapear populações expostas a riscos ambientais e elaborar estratégias de prevenção e promoção da saúde;
• articulação intersetorial e interinstitucional (Ministério do Meio Ambiente, o M. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o M. 
da Educação);
• “conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à 
saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde”.
Exemplos de atuação:
• investigação de doenças relacionadas à exposição à água contaminada (ex.: leptospirose);
• avaliação de impacto à saúde por poluição do ar ou resíduos industriais.
Vamos às alternativas:
Estratégia MED | Caderno de respostas | Simulado Nacional ENAMED - 100 DIAS ATÉ A PROVA 86
ENAMED
Incorreta a alternativa A: embora a Vigilância Epidemiológica seja responsável pela notificação e investigação de doenças transmissíveis, 
a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) também atua em situações de contaminação hídrica, abastecimento inadequado e análise de risco 
ambiental. É um trabalho conjunto, não exclusivo.
Incorreta a alternativa B: mesmo sem letalidade alta ou surto declarado, o aumento de casos e a relação com fatores ambientais 
justificam ação imediata e abrangente, com atuação conjunta da vigilância epidemiológica e ambiental. A vigilância sanitária está relacionada 
a bens, produtos e serviços que possam afetar a saúde humana.
Correta a alternativa C: a situação exige atuação interdisciplinar e intersetorial, envolvendo notificação compulsória dos casos, ação da 
Vigilância Epidemiológica para investigação do evento, Vigilância Ambiental para avaliação da qualidade da água, análise dos fatores de risco 
e orientação às famílias, articulação com serviços de saneamento básico, educação e meio ambiente para correção estrutural do problema, 
assim como envolve os princípios da territorialização, vigilância ativa, prevenção e controle de riscos.
Incorreta a alternativa D: segundo a legislação do Ministério da Saúde, a notificação compulsória deve ser feita inclusive para casos 
suspeitos, não sendo necessário aguardar confirmação laboratorial. A atuação precoce evita surtos e agravos.
Gabarito: C
47. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Reumatologia - Prof. Taysa Moreira) Mulher de 48 anos, artesã, procura a unidade básica de saúde 
por dor em mãos e punhos há 2 meses. Apresenta melhora temporária com uso de ibuprofeno, mas, logo que suspende a medicação, as 
queixas voltam. Nota rigidez matinal com melhora após cerca de 1 hora e meia. Tabagista 15 maços/ano. Exame físico mostra aumento de 
volume e espessamento sinovial em punhos, 2ª e 3ª metacarpofalangeanas bilateral e 4ª e 5ª interfalangeanas proximais bilateral. Exames 
laboratoriais: hemoglobina = 11,2 g/dL, leucócitos = 5.800/μL, plaquetas = 180.000/μL, proteína C reativa (PCR) = 15 mg/dL, VHS = 38 mm, 
fator reumatoide = 10 UI/mi (VRde meia-idade apresentando poliartrite (5 ou mais articulações envolvidas) crônica (6 semanas 
ou mais de duração) e simétrica de mãos e punhos associada à rigidez matinal prolongada. Diante desse padrão, nossa principal hipótese 
diagnóstica deve ser artrite reumatoide (AR), uma doença autoimune de caráter inflamatório crônico associada, primariamente, ao 
acometimento da sinóvia, mas também a diversas manifestações extra-articulares. O tabagismo, além de ser fator de risco, está associado a 
pior prognóstico, com doença, em geral, mais agressiva e menos responsiva ao tratamento. 
Note que, entre seus exames complementares, temos uma anemia discreta e elevação de PCR e VHS, que denotam inflamação sistêmica.
A primeira armadilha desse enunciado estava no fator reumatoide não reagente. Mas lembre-se de que 70 a 80% dos pacientes com 
AR possuem esse anticorpo e que ele não é específico dessa ou de qualquer outra doença. Ou seja, isoladamente sua presença não confirma 
o diagnóstico e sua ausência de modo algum o afasta. 
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A presença do FAN reagente poderia levar alguns candidatos a questionarem-se se poderíamos estar diante de um lúpus eritematoso 
sistêmico (LES), no entanto, assim como o FR, o FAN não é específico de nenhuma condição e pode estar presente em doenças autoimunes 
de diferentes etiologias, infecções, neoplasias, doenças de caráter inflamatório crônico e até em pacientes saudáveis. Além do fato de nossa 
paciente não apresentar nenhum outro achado clínico compatível com LES, o FAN pode ser positivo em cerca de 30 a 50% dos pacientes com 
AR e, em geral, com padrões inespecíficos, como o nuclear pontilhado fino. 
Por fim, a dica que mata nossa charada diagnóstica é a positividade do anti-CCP, já que esse autoanticorpo tem sensibilidade semelhante 
à do FR, mas é muito específico. Assim, sua presença associada a um quadro clínico compatível sela nosso diagnóstico. 
Dito isso, vamos às alternativas para discutir o tratamento a ser instituído nesse momento.
Correta a alternativa A: o tratamento da AR deve ser iniciado assim que feito seu diagnóstico e baseia-se em dois grupos de drogas.
• Sintomáticas: drogas que atuam no alívio dos sintomas da doença, mas que não são capazes de evitar o surgimento de erosões 
ósseas e deformidades típicas (progressão radiográfica). Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e glicocorticoides estão inclusos 
nesse grupo. 
• Drogas antirreumáticas modificadoras do curso de doença (DMARDs): drogas capazes de retardar ou prevenir progressão 
radiológica e que, por isso, devem ser iniciadas assim que estabelecido o diagnóstico da AR. Também apresentam ação sintomática, mas 
é lenta e com início, em geral, após algumas semanas de uso. São medicações com ações imunomodulatórias ou imunossupressoras 
divididas em sintéticas e biológicas de acordo com sua origem. 
O metotrexato é um DMARD sintético e a droga de escolha para o tratamento da AR. Nesse caso, como a doença está em atividade, 
devemos associá-lo a uma droga sintomática para melhora rápida das queixas decorrentes da inflamação articular. 
Incorreta a alternativa B: a osteoartrite (OA) não cursa com inflamação sistêmica, não está associada à presença do anti-CCP e, ainda que 
possa cursar com achados inflamatórios discretos locais, faz isso em interfalangeanas, principalmente distais. Não esperamos acometimento 
de metacarpofalangeanas e punhos na OA primária. No mais, os guidelines mais atuais reforçam que condroitina e glicosamina possuem ação 
muito semelhante ao placebo, por isso não são encorajados no tratamento da OA. 
Incorreta a alternativa C: como dito acima, note que não há nenhum outro achado no enunciado compatível com LES, exceto a artrite 
e a anemia. Note que temos um FAN no padrão nuclear pontilhado fino sem anticorpos anti-Ro e anti-La, o que também fala contra essa 
hipótese. No mais, o anti-CCP é altamente específico da AR.
Incorreta a alternativa D: ainda que tenhamos o FAN nuclear pontilhado fino, os anticorpos anti-Ro e anti-La são não reagentes e a 
clínica é soberana. Não há qualquer menção a sintomas secos, como xeroftalmia e xerostomia, para pensarmos em síndrome de Sjögren. 
Novamente, o anti-CCP é altamente específico de AR. 
Gabarito: A 
48. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cardiologia - Prof. Bruno Ferraz) O manejo não farmacológico da hipertensão arterial deve ser 
aplicado a todos os pacientes diagnosticados com hipertensão. Sobre essa abordagem, assinale a alternativa correta.
A) A dieta aconselhada para indivíduos hipertensos é a dieta mediterrânea.
B) O aumento da ingestão de potássio tem impacto na redução da pressão arterial.
C) Qualquer forma de atividade física reduz a pressão arterial igualmente.
D) Recomenda-se uma restrição diária de 5 g de sódio.
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COMENTÁRIO:
Caro Estrategista,
Hipertensão arterial é um tema quente nas provas do INEP! Nessa questão, iremos revisar tópicos importantes relacionados ao 
tratamento não farmacológico.
Todos os pacientes, em todos os estágios de hipertensão devem ser estimulados a implementar o tratamento não farmacológico. As 
principais medidas estão na tabela a seguir:
Recomendação Orientação Redução média da PA
Interrupção do 
tabagismo
Orientar a interrupção completa do tabagismo, incluindo a 
prescrição de fármacos que irão auxiliar nessa meta.
Sem evidências
Dieta
Dieta DASH: consumo de frutas, hortaliças e laticínios com 
baixo teor de gordura; cereais integrais, frango, peixe e 
frutas oleaginosas. Rica em potássio, cálcio, magnésio e 
fibras. Quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e 
saturada.
PAS: 11 mmHg
PAD: 7 mmHg
(em associação com 
restrição de sódio)
Restrição de 
sódio
2 g de sódio por dia ou 5 g de cloreto de sódio PAS: 5 mmHg
Aumento da 
ingesta de 
potássio
Substituir o cloreto de sódio por cloreto de potássio. Os 
alimentos ricos em potássio são: damasco, abacate, melão, 
iogurte desnatado, folhas verdes, feijão, laranja entre outros.
PAS: 5 mmHg
PAD: 4 mmHg
(substituir NaCl por KCl)
Perda de peso
Manter IMCregularmente atividade física possuem menor prevalência de HAS. Além 
disso, hipertensos que seguem as recomendações de atividade física conseguem uma redução de 27 a 50% no risco de MORTE! A atividade 
aeróbica possui mais benefícios comprovados na redução da pressão arterial, além de maior redução na PAS e PAD. A recomendação atual é 
realizar, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana (30 minutos por 5 dias).
Incorreta a alternativa D: existe uma relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. Com isso, qualquer redução 
no consumo de sódio é bem-vinda, especialmente nos hipertensos, negros e idosos, em quem a resposta é mais pronunciada. A restrição na 
ingesta de sódio para 1800 mg/dia foi capaz de reduzir em torno de 5 mmHg da PAS em indivíduos hipertensos. Com isso, a recomendação 
atual é restringir o consumo de sódio em até 2 g/dia.
Gabarito: B
49. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Psiquiatria - Prof. Thales Thaumaturgo) Paciente de 18 anos comparece à consulta acompanhado 
de sua mãe, que informa que o rapaz está há 9 meses completamente isolado em seu quarto, aparentando grande tristeza e, por vezes, 
desorganização. Esse comportamento se soma a sua tendência de isolacionismo que ocorre desde sua juventude, que se relaciona com 
ideias incipientes e vagas de niilismo e ruína, que pioraram de forma intensa recentemente. Nas últimas semanas, acredita estar sendo 
perseguido por mafiosos italianos e alega que os escuta cochichando embaixo da escada de sua casa, o que reforça sua relutância em sair 
de seu quarto. A hipótese diagnóstica mais provável é:
A) transtorno esquizoafetivo.
B) episódio maníaco com sintomas psicóticos.
C) transtorno delirante persistente.
D) transtorno psicótico breve.
COMENTÁRIO:
Estrategista, o transtorno esquizoafetivo é uma síndrome psicótica em que há uma combinação entre características esquizofrênicas, 
como delírios, alucinações, desorganização, sintomas negativos, e alterações afetivas persistentes, sejam do polo depressivo ou maníaco, que 
ocorrem na maior parte do curso do transtorno.
Os sintomas flutuam entre os psicóticos clássicos e os sintomas afetivos próprios da depressão maior ou mania bipolar. Isso pode 
acontecer no mesmo episódio ou em episódios separados por poucos dias.
Estima-se que essa síndrome atinge 0,5% da população. Seu curso e prognóstico são variados, podendo assemelhar-se à depressão 
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recorrente ou ao transtorno bipolar — nos indivíduos em que os sintomas afetivos predominam —, ou aproximar-se da esquizofrenia, nos 
pacientes em que os sintomas psicóticos são centrais.
O tratamento depende da apresentação clínica, podendo ser formulado por uma associação entre antipsicótico e estabilizador do 
humor ou antidepressivo.
Correta a alternativa A. Conforme discutido na introdução.
Incorreta a alternativa B. Para o diagnóstico da mania bipolar, é necessário um episódio intenso envolvendo sintomas, como aumento 
da energia, redução da necessidade do sono, euforia, impulsividade, pensamentos acelerados, desinibição social ou sexual, entre outros, 
por pelo menos 7 dias. O tratamento medicamentoso da bipolaridade, independentemente se na fase maníaca ou depressiva, é feito com 
estabilizadores do humor, preferencialmente lítio ou ácido valproico. Quetiapina, um antipsicótico atípico, também é indicado no tratamento 
como primeira linha. 
Incorreta a alternativa C. O transtorno delirante persistente é um transtorno psicótico em que o achado psicopatológico central é 
a ocorrência de delírios duradouros (DSM-5-TR: > 1 mês. CID-11: > 3 meses). Nesse transtorno, diferentemente da esquizofrenia, as ideias 
delirantes não costumam ter conteúdo bizarro, inclusive, podem apresentar certa organização e teor crível e guardar relação de causa e 
efeito. Além disso, nesse transtorno, raramente ocorrem alucinações, e o paciente preserva sua cognição e funcionalidade ao longo do tempo.
Mesmo com a aparente manutenção da funcionalidade, o paciente delirante não dispõe de juízo crítico adequado sobre seu adoecimento 
e o caráter patológico de suas ideias (anosognosia). Por isso, raramente procura ajuda médica e dificilmente aceita tratamento. Dessa forma, 
acredita-se que a prevalência calculada pelo DSM-5-TR em 0,2% da população esteja subestimada.
O tratamento é feito com uso de antipsicóticos e suporte psicoterápico. Contudo, não é esperada a adesão terapêutica, e cerca de 
metade dos pacientes tem resposta insatisfatória.
Incorreta a alternativa D. O transtorno psicótico breve (TPB) é caracterizado pela presença de pelo menos um sintoma psicótico, como 
delírio, alucinações, comportamento grosseiramente desorganizado ou discurso desorganizado, de início súbito, durando entre um e 30 dias. 
No TPB, ocorre uma melhora completa do indivíduo e o retorno a seu estado pré-mórbido, ou seja, seu funcionamento volta ao normal, 
sem qualquer sintoma residual. Por isso, o diagnóstico só poderá ser dado após a resolução completa do quadro, pois, caso a sintomatologia 
ultrapasse 30 dias de duração, o diagnóstico deverá ser reavaliado.
Gabarito: A
50. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Neurologia - Prof. Rodrigo Frezatti) Mulher, 30 anos, procura atendimento em PSF por queixa 
de cefaleia há 15 dias. A paciente não tem antecedente de cefaleia nem de outras patologias e faz uso apenas de anticoncepcional oral 
combinado. Refere que a cefaleia é de forte intensidade, pulsátil, unilateral, associada a foto e fonofobia, náuseas e vômitos, piora com 
o esforço e não melhora mesmo com o uso de analgésicos. Nos últimos dias, associou-se à queixa de visão embaçada. Ao exame físico, a 
paciente apresenta PA: 120 x 80 mmHg, FC: 80 bpm, FR: 18 irpm. Está consciente e orientada, apresenta baixa acuidade visual em ambos os 
olhos e, ao fundo de olho, é possível identificar edema de papila bilateralmente. Não há déficit de força ou sensibilidade, os reflexos estão 
preservados, rigidez de nuca ausente e a marcha sem alterações. Considerando o caso clínico, qual é sua principal hipótese diagnóstica e 
conduta? 
A) Enxaqueca sem aura e uso de sumatriptano. 
B) Hemorragia subaracnóidea e encaminhar para avaliação de urgência.
C) Neoplasia intracraniana e encaminhar para avaliação neurológica ambulatorial. 
D) Trombose venosa cerebral e encaminhar para serviço de urgência.
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1. VEJA O RANKING
COMENTÁRIO:
Estrategista, este é um tema recorrente em provas de Neurologia: saber identificar os sinais de alerta para uma cefaleia secundária. 
Antes de qualquer coisa, a cefaleia pode ser primária, quando não há uma causa específica (enxaqueca, cefaleia tensional) ou secundária, 
quando a cefaleia é sintoma de alguma outra doença. Nesse grupo, temos causas potencialmente graves, como a hemorragia subaracnóidea, 
a trombose venosa cerebral, meningites... 
Diante de um paciente com cefaleia, identificar os sinais de alerta para cefaleia secundária será fundamental para a elaboração da 
estratégia de investigação. Veja, a seguir, os principais sinais de alerta, agrupados no mnemônico SNOOP:
- Sistêmico: cefaleia associada a febre, rigidez de nuca, HIV, uso de medicações imunossupressoras e neoplasias.
- Neurológico: cefaleia associada a déficit neurológico focal, crises epilépticas, edema de papila. 
- Older: cefaleia que se inicia após os 50 anos de idade. 
 -Onset: cefaleia de início súbito, pior dor da vida ou que é desencadeada por esforço físico/manobra de Valsalva. 
- Pattern: cefaleia refratária, mudança de padrão prévio de dor ou caráter progressivo.
O enunciado descreve o caso de uma paciente jovem, sem antecedentes de cefaleia, em uso de anticoncepcional oral combinada. 
A dor iniciou-se há cercade 2 semanas e as características descritas são idênticas às encontradas em pacientes com migrânea. Contudo, o 
exame físico revela um sinal de alerta inequívoco: edema de papila bilateral, sinal semiológico que sugere a possibilidade de hipertensão 
intracraniana! Sendo assim, a hipótese de trombose venosa cerebral deve ser avaliada! 
Vamos às alternativas: 
Incorreta a alternativa A. Embora as características da dor sejam compatíveis com as encontradas em paciente com enxaqueca, a 
paciente tem sinais de alerta que indicam a demanda de investigação. 
Incorreta a alternativa B. O quadro clínico descrito não é de cefaleia em thunderclap, típico de HSA, portanto essa não é a principal 
hipótese diagnóstica. 
Incorreta a alternativa C. Certamente, uma lesão expansiva cerebral está entre os diagnósticos diferenciais de um quadro de cefaleia 
com hipertensão intracraniana. Contudo, a evolução aguda dos sintomas torna essa hipótese menos provável.
Correta a alternativa D. A trombose venosa cerebral (TVC) apresenta-se com cefaleia nova, refratária e associada a sinais de hipertensão 
intracraniana. Em casos mais graves, pode predispor até mesmo à ocorrência de hemorragia intracraniana pelo aumento de pressão no 
sistema venoso. O diagnóstico deve ser feito com angiotomografia venosa do crânio ou RM de encéfalo/angio-RM intracraniana. O tratamento 
é feito com anticoagulação, mesmo que o paciente tenha hemorragia intracraniana (causada pela trombose) concomitantemente! Uma 
vez que se trata de etiologia de repercussões graves, deve ser investigada e manejada o mais rapidamente possível, estando justificado o 
encaminhamento para serviço de emergência. 
Gabarito: D
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1wgnROk0oOyuKR_TdTF2MTRLG-AMklJZ0e-dIUySJdy4/
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfOuRztuH6pTsYoJEoX2Xw_o-WVy72H3PH9byncWrI7PusHig/viewform
https://t.me/estrategiamed
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1wgnROk0oOyuKR_TdTF2MTRLG-AMklJZ0e-dIUySJdy4/
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Ccom queixa de marcha 
instável, parestesias em membros inferiores e episódios de confusão mental. Refere alimentação irregular, consumo crônico de álcool e 
perda de peso nos últimos meses. Ao exame: palidez, sinal de Romberg positivo, reflexos profundos diminuídos em membros inferiores. 
Exames laboratoriais revelam: hemoglobina = 7,2 g/dL; VCM = 122 fL; leucócitos = 2.600/mm³; plaquetas = 78.000/mm³; LDH elevado; 
bilirrubina indireta aumentada. Com base no quadro clínico-laboratorial, a alternativa menos compatível com a etiologia provável é:
A) deficiência de vitamina B12 por gastrite atrófica autoimune.
B) doença de Crohn com acometimento ileal terminal.
C) cirurgia bariátrica com exclusão de íleo distal.
D) deficiência de folato por alcoolismo crônico.
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COMENTÁRIO:
Estrategista, estamos diante de um paciente masculino, de 68 anos, com reflexos profundos diminuídos em membros inferiores e 
confusão mental, associados a uma história de alimentação irregular e consumo de álcool de evolução crônica, além do laboratório que 
indica uma pancitopenia, com VCM muito elevado, LDH elevado e bilirrubina indireta aumentada. Portanto, estamos diante de uma anemia 
megaloblástica por deficiência de vitamina B12, com eritropoiese ineficaz, além de achados neurológicos típicos que corroboram com nossa 
suspeita. Vamos saber mais sobre o assunto!
As condições que podem levar à deficiência de vitamina B12 incluem:
• ingestão reduzida (por exemplo, ingestão reduzida de produtos de origem animal, dieta vegana rigorosa, amamentação por mãe 
com deficiência de vitamina B12);
• absorção diminuída (por exemplo, gastrectomia, cirurgia bariátrica, ressecção do íleo terminal, doença de Crohn, doença celíaca, 
insuficiência pancreática, crescimento excessivo de bactérias, infecção por tênia de peixe, atrofia gástrica associada ao envelhecimento);
• medicamentos e drogas que interferem na absorção ou estabilidade (por exemplo, metformina, antagonistas dos receptores de 
histamina, inibidores da bomba de prótons, óxido nitroso).
Na era dos hemogramas de rotina, muitas deficiências chegam ao conhecimento médico como um achado incidental de anemia e/ou 
macrocitose. Indivíduos com deficiência de vitamina B12 também podem desenvolver pancitopenia. Pode também ocorrer a eritropoiese 
ineficaz: há morte prematura (fagocitose ou apoptose) das células precursoras eritropoiéticas em desenvolvimento na medula, ficando, 
assim, com uma contagem de reticulócitos baixa.
Várias alterações megaloblásticas podem ser vistas em qualquer uma das células precursoras nucleadas na medula óssea, incluindo 
núcleos imaturos ou morfologicamente anormais em relação à maturidade citoplasmática, metamielócitos gigantes e aumento das figuras 
mitóticas. Hemácias macrocíticas (ou hemácias macro-ovalocíticas) e neutrófilos hipersegmentados são os achados clássicos no esfregaço de 
sangue periférico. 
A deficiência de vitamina B12 pode causar glossite (incluindo dor, inchaço, sensibilidade e perda de papilas e/ou hiperpigmentação da 
língua).
Os achados neurológicos mais comuns na deficiência de vitamina B12 são parestesias simétricas e alterações na marcha, além da 
redução da propriocepção, observada principalmente na redução da percepção vibratória. Embora menos comum, o achado neurológico 
clássico na deficiência de vitamina B12 é a degeneração combinada subaguda da coluna dorsal (posterior) e lateral (substância branca) 
da medula espinhal devido à desmielinização. Está associada à fraqueza progressiva, ataxia e a parestesias que podem progredir para 
espasticidade e paraplegia. Esses achados são úteis no diagnóstico, se presentes, mas podem não ocorrer em todos os casos, especialmente 
se diagnosticados precocemente no curso da deficiência.
Em indivíduos com deficiência de vitamina B12, sintomas neuropsiquiátricos podem estar presentes mesmo na ausência de anemia 
ou macrocitose, e a ausência dessas alterações hematológicas não pode ser usada para excluir a deficiência de vitamina B12 como causa de 
sintomas neuropsiquiátricos. 
Os níveis séricos típicos de vitamina B12 e sua interpretação, são:
- acima de 300 pg/mL – normal; deficiência improvável;
- 200 a 300 pg/mL – limítrofe;
- abaixo de 200 pg/mL – baixo; consistente com deficiência.
Vamos às alternativas!
Correta a alternativa A. A gastrite atrófica autoimune é uma causa de deficiência de vitamina B12 (anemia perniciosa). Essa é uma 
condição que impede a formação do complexo fator intrínseco + vitamina B12, o que, por sua vez, diminui drasticamente a absorção dessa 
vitamina.
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Correta a alternativa B. A doença de Crohn, principalmente seu acometimento de íleo terminal, está intimamente associada à 
deficiência de vitamina B12, pois é o local do intestino onde ocorre a maior absorção dessa vitamina.
Correta a alternativa C. Cirurgia bariátrica com exclusão do íleo distal afetaria a absorção da vitamina B12, pois sua absorção ocorre 
preponderantemente no íleo.
Incorreta a alternativa D. Embora seja uma causa comum de anemia megaloblástica, a deficiência de folato devido ao alcoolismo, 
que vem associado a uma ingestão alimentar pobre em alimentos fortificados com ácido fólico, não cursa com os achados neurológicos 
observados no paciente. 
Gabarito: D
5. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Reumatologia - Prof. Taysa Moreira) Homem de 29 anos procura atendimento por dor lombar há 6 
meses. Nota que a dor é pior durante a noite e que, pela manhã, tem dificuldade em movimentar a região com melhora em torno da hora 
do almoço. Desde então, apresentou dois episódios de olho vermelho com diagnóstico de uveíte e melhora após uso de colírio. Ao exame 
físico, apresenta limitação à flexão de coluna lombar e manobra de Patrick com dor em topografia de sacroilíaca. Assinale a alternativa 
correta sobre o caso clínico acima.
A) A uveíte é, classicamente, anterior e crônica. 
B) O padrão de acometimento de esqueleto periférico mais típico é a oligoartrite assimétrica de membros inferiores. 
C) Na radiografia, são esperadas esclerose subcondral e irregularidade nas sacroilíacas, além de osteófitos na coluna lombar. 
D) Caso contraindicação ou falha ao tratamento com anti-inflamatório não esteroidal, glicocorticoides de ação sistêmica são segunda linha 
de tratamento. 
COMENTÁRIO:
Nosso caso clínico envolve um paciente jovem com dor lombar inflamatória (duração superior a 3 meses, dor noturna com rigidez 
matinal prolongada) e dois episódios de uveíte. Diante desse quadro clínico, nossa principal hipótese diagnóstica deve ser espondilite 
anquilosante, também chamada atualmente de espondiloartrite axial. Para discutirmos um pouco mais sobre essa artropatia inflamatória, 
vamos às alternativas:
Incorreta a alternativa A: a manifestação extra-articular mais comum da espondilite anquilosante é a uveíte anterior aguda. Em geral, 
os pacientes apresentam queixa unilateral abrupta de dor, hiperemia e borramento visual. Os sintomas costumam melhorar em poucos dias 
ou semanas e, na maioria dos casos, evoluem sem complicações. No entanto, caso a doença não seja tratada adequadamente e os episódios 
se tornem recorrentes, complicações podem surgir. Entre as doenças reumatológicas, aquela que, classicamente, cursa com uveíte anterior 
crônica é a artrite idiopática juvenil forma oligoartrite (oligoarticular).
Correta a alternativa B: o esqueleto axial (sacroilíacas, coluna vertebral e articulações torácicas) é o acometimento padrão da espondilite 
anquilosante, no entanto, ela também pode cursar com envolvimento de articulações periféricas e, quando o faz, envolve classicamente uma 
oligoartrite assimétrica de grandes articulações de membros inferiores, como joelho e tornozelo. 
Incorreta a alternativa C: em uma sacroilíaca normal, o espaçoarticular é bem visível e as bordas tanto do sacro quanto do ilíaco são 
regulares. 
Já em casos de sacroiliíte, temos o surgimento de alterações decorrentes do processo inflamatório local, como esclerose e irregularidade 
nas bordas da articulação, além de alteração no espaço articular. O estágio final da doença é a perda completa do espaço articular ou anquilose. 
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As alterações na coluna vertebral são mais tardias e, assim como ocorre nas sacroilíacas, as lesões inflamatórias iniciais não são visualizadas 
na radiografia convencional. Os primeiros achados são decorrentes da erosão nos ângulos das vértebras seguidos por uma esclerose reativa 
que dá um aspecto de shiny corner ou canto brilhante a esses ângulos. Com a progressão da erosão e a neoformação óssea estimulada pelo 
processo inflamatório, duas alterações tornam-se mais evidentes. As vértebras assumem um formato mais quadrado e inicia-se a ossificação 
do ânulo fibroso dos discos intervertebrais e dos ligamentos longitudinais, formando os sindesmófitos que, ao unirem as vértebras, geram a 
famosa coluna em bambu. Os osteófitos são formações presentes na osteoartrite. Não confunda!
Incorreta a alternativa D: a primeira linha de tratamento medicamentoso na espondilite anquilosante é formada pelos anti-
inflamatórios não esteroidais (AINEs). Inicialmente, para controle adequado da doença, devemos prescrevê-los em dose plena e de forma 
contínua. Pacientes que mantenham atividade de doença mesmo com uso de dois AINEs diferentes por 2 a 4 semanas cada devem passar 
para a próxima etapa do tratamento, que envolve o uso de medicamentos imunobiológicos, como os antagonistas do TNF-alfa (anti-TNF) 
e os inibidores da interleucina-17, como o secuquinumabe. Glicocorticoides não possuem eficácia no controle da sacroiliíte e lombalgia 
inflamatória.
Gabarito: B
6. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cardiologia - Prof. Bruno Ferraz) Homem, 67 anos de idade, apresenta-se ao pronto-socorro com queixa 
de dor torácica retroesternal há 2 horas, irradiando para a mandíbula. Histórico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e dislipidemia, em 
uso irregular de enalapril e sinvastatina. Nega tabagismo e consumo de álcool. Exame físico revela estado geral regular, lúcido, com fácies 
de dor, frequência cardíaca (FC) de 75 bpm, pressão arterial (PA) de 140 x 90 mmHg, frequência respiratória (FR) de 22 irpm, saturação 
de oxigênio (SatO2) de 96%. Ausculta respiratória sem alterações. Ausculta cardíaca mostra ritmo regular, bulhas normofonéticas em dois 
tempos, sem sopros. Abdome sem alterações. Na admissão, foi realizado eletrocardiograma conforme imagem apresentada. Considerando 
o relato do caso, indique o tratamento apropriado para a situação aguda desse paciente.
Fonte ECG: Prova REVALIDA INEP 2021
A) AAS, clopidogrel, enoxaparina, nitrato, morfina e oxigênio.
B) AAS, prasugrel, alteplase, heparina não fracionada.
C) AAS, ticagrelor, enoxaparina, nitrato, angioplastia coronariana.
D) AAS, heparina não fracionada, morfina e oxigênio.
COMENTÁRIO:
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Caro Estrategista,
Doença coronariana é um tema quente no INEP!
A dor torácica é o principal sintoma que motiva a investigação diagnóstica de uma possível síndrome coronariana aguda. As características 
de uma dor torácica tipicamente anginosa são: dor retroesternal em aperto com irradiação para membro superior esquerdo ou mandíbula, 
precipitada por esforços e aliviada por repouso ou nitrato. Quanto maior o número de características, mais sugestivo é o quadro. O próximo 
passo é a realização do eletrocardiograma em até 10 minutos visando a identificação de alterações eletrocardiográficas que podem demandar 
conduta imediata (presença de supradesnivelamento do segmento ST). Nos pacientes sem supradesnivelamento, a dosagem sérica dos 
marcadores de necrose miocárdica (preferencialmente troponina) irá determinar a presença de infarto agudo do miocárdio. 
No paciente da questão, observamos supradesnivelamento do segmento ST em V2-V6, além de DI e aVL (parede anterior e lateral 🡪 
suspeitar de acometimento de tronco de coronária esquerda!)
O tratamento do infarto com supra de ST envolve:
• Recanalização coronariana: deve ser realizada com trombólise ou angioplastia primária. A preferência será sempre pela 
angioplastia primária. No entanto, nas primeiras horas de infarto, os fibrinolíticos também têm boa eficácia.
• AAS: prescrito em todos os casos, exceto alergia. Atua inibindo a formação do tromboxano A2, que irá inibir a formação da COX-1, 
fundamental no processo de agregação plaquetária.
• Inibidor P2Y12: antagonistas da ativação plaquetária desencadeada pelo ADP. As diretrizes atuais recomendam o uso preferencial 
de ticagrelor e prasugrel, deixando o clopidogrel para os pacientes com alto risco hemorrágico, necessidade de anticoagulação oral a 
longo prazo (fibrilação atrial, por exemplo) e com indicação de trombólise.
• Anticoagulação: inibem a formação de trombina. Devem ser iniciados no momento do diagnóstico de acordo com o risco 
isquêmico e hemorrágico. Podemos utilizar heparina (não fracionada ou fracionada), fondaparinux ou bivalirudina. Após o implante de 
stent, seu uso pode ser suspenso.
• Nitratos: promovem vasodilatação coronariana. Cautela em pacientes com infarto inferior e/ou VD. Não usar em pacientes 
hipotensos e com uso recente (24-48h) de inibidor de fosfodiesterase (sildenafil, por exemplo). Não reduzem a mortalidade.
• Betabloqueadores: reduzem o consumo miocárdico e o efeito das catecolaminas circulantes. Evitar em pacientes com sintomas 
relacionados à angina vasoespástica e uso de cocaína. Em pacientes hipotensos e com risco para evolução para choque cardiogênico 
(infarto anterior, idade elevada, FC elevada e congestão), não utilizar betabloqueador intravenoso.
• Antagonistas dos canais de cálcio: reduzem contratilidade miocárdica (não diidropiridínicos) e promovem vasodilatação 
coronariana (diidropiridínicos). Devem ser utilizados como adjuvantes ou na presença de contraindicações aos nitratos e 
betabloqueadores.
• Oxigênio: devem ser utilizados em pacientes com saturação de oxigêniomiose bilateral. Diante desse cenário, quais são o provável diagnóstico e o antídoto a ser imediatamente administrado?
A) Síndrome anticolinérgica – atropina.
B) Síndrome narcótica – naloxona.
C) Síndrome colinérgica – naloxona.
D) Síndrome colinérgica – atropina
COMENTÁRIO:
A síndrome colinérgica, também conhecida como síndrome anticolinesterásica, é causada pela inibição da acetilcolinesterase, enzima 
responsável pela degradação da acetilcolina. Com o acúmulo da acetilcolina, há o aumento do tônus colinérgico no sistema nervoso central, 
periférico e autônomo, devido à hiperestimulação dos receptores muscarínicos e nicotínicos. 
• Efeitos muscarínicos: espasmo brônquico, bradicardia, hipersecreção brônquica, sialorreia, lacrimejamento, sudorese, vômitos, 
diarreia, incontinência urinária e miose. 
• Efeitos nicotínicos: fasciculações, tremores, fraqueza muscular e taquicardia.
Os principais agentes envolvidos são os pesticidas do tipo carbamato e organofosforado (OF). Essas substâncias representam um 
grupo composto por milhares de agentes químicos distintos, estruturalmente relacionados. Além disso, também podem estar presentes em 
diversos outros produtos, como agrotóxicos, inseticidas domésticos, rodenticidas e medicações, como nas drogas donepezila, rivastigmina 
e galantamina (tratamento para Alzheimer) ou piridostigmina 
(tratamento para miastenia gravis).
Estrategista, existem pequenas diferenças entre os 
carbamatos e os organofosforados, que podem ser questionadas 
em sua prova:
• Carbamatos: inibem, de maneira temporária e reversível, 
a ação da acetilcolinesterase, com efeitos geralmente inferiores 
a 24 horas. Atravessam menos intensamente a barreira 
hematoencefálica, portanto causam menos efeitos centrais. 
• Organofosforados: estabelecem uma ligação forte e 
duradoura com a acetilcolinesterase. São extremamente 
lipossolúveis, o que permite uma rápida passagem pela barreira 
hematoencefálica, causando efeitos mais proeminentes sobre 
o sistema nervoso central. Também, pela lipossolubilidade, 
depositam-se no tecido gorduroso, causando uma intoxicação 
Fonte: Shutterstock / Artista: GoodStudio.
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prolongada, conhecida como “síndrome intermediária”.
Estrategista, para sua prova, quando o enunciado descrever um paciente “molhado e miótico”, ou seja, suando, lacrimejando, salivando, 
urinando, com diarreia e broncorreia, a banca está dizendo que o diagnóstico é esse. Caso ainda seja descrito que se trata de um trabalhador 
rural e há um “cheiro de alho”, típico de algumas substâncias dessa classe, o diagnóstico é certo.
O diagnóstico é clínico e dispensa qualquer exame complementar para o início do tratamento. A história clínica do paciente, muitas 
vezes, com origem no meio rural, é uma importante pista desse diagnóstico.
O tratamento é realizado com uso de atropina, um anticolinérgico, tendo como alternativa o uso de pralidoxima, uma reativadora da 
acetilcolinesterase.
Incorreta a alternativa A: a síndrome anticolinérgica é o resultado da intensa ação anticolinérgica muscarínica em diversos sistemas 
orgânicos, especialmente no sistema nervoso central, no sistema digestório e no sistema cardiovascular. 
Essa toxíndrome pode ser provocada por inúmeros fármacos e toxinas, com destaque para os antidepressivos tricíclicos, antialérgicos, 
anti-histamínicos, antiespasmódicos, relaxantes musculares, biperideno, prometazina e alguns antipsicóticos, como a clorpromazina, além 
de, eventualmente, plantas utilizadas em decoração de jardins.
Os principais sintomas são taquicardia, boca e pele seca, hipertermia, em geral causada pela incapacidade de dissipar o calor, constipação 
intestinal, retenção urinária e midríase bilateral. Em casos graves, ocorrem sintomas, como alucinações, delirium, convulsões, alargamento do 
intervalo QRS, arritmias cardíacas, acidose metabólica e choque. O tratamento envolve uso de benzodiazepínicos e bicarbonato. 
Incorreta a alternativa B: os opioides, também conhecidos como narcóticos, são sedativos, hipnóticos e depressores do sistema 
nervoso central. Os principais sintomas da intoxicação são letargia, sonolência, bradicardia, hipotensão, náuseas, vômitos e miose, referida 
como “cabeça de alfinete”. Em casos graves, ocorre depressão respiratória, arritmias cardíacas, choque e coma. 
O diagnóstico é baseado nos achados clínicos. A suspeita da intoxicação narcótica deve ser considerada em todos os pacientes em 
que haja depressão respiratória, sedação e miose. Histórico de uso prévio de opioides, neoplasias, condições dolorosas crônicas e marcas de 
agulha nos braços são indícios desse diagnóstico.
Lembre-se: tríade clássica, composta por depressão respiratória, rebaixamento do nível de consciência e miose bilateral. Seu antídoto 
é a naloxona ou nalmefeno.
Incorreta a alternativa C: conforme já discutido.
Correta a alternativa D: correta, conforme discutido na introdução.
Gabarito: D
8. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Gastroenterologia - Prof. Isabella Parente) Mulher de 28 anos procura atendimento por apresentar 
episódios recorrentes de dor abdominal difusa há cerca de 8 meses. Refere que a dor melhora após evacuações e que o padrão do hábito 
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intestinal oscila entre diarreia e constipação. Nega febre, perda ponderal, sangramentos ou história familiar de doenças inflamatórias 
intestinais. Ao exame físico, apresenta abdome plano, ruídos hidroaéreos normais e dor difusa à palpação superficial, sem sinais de 
irritação peritoneal. Exames laboratoriais revelaram: hemograma = Hb 13,2 g/dL (VR = 12–16), leucócitos = 6.800/mm³ (VR = 4.000–
11.000), eosinófilos = 1% (VR =por familiares que o encontraram pela manhã, por volta das 8 horas, com dificuldade em se expressar e de movimentar seu lado direito. 
O paciente dá entrada no PS às 13 horas e, segundo a família, teria ido dormir às 20 horas do dia anterior, sem queixas. Tem histórico 
de diabetes melito tipo 2 e HAS, em uso de hidroclorotiazida, anlodipino e losartana. Ao exame físico, apresenta hemiplegia e hemi-
hipoestesia à direita, além de hemianopsia homônima, também à direita, e afasia global. Apresenta PA = 170 x 100 mmHg, FC = 120 
bpm, ritmo irregular, glicemia capilar de 120 mg/dL. O paciente é imediatamente encaminhado para a realização de uma tomografia 
computadorizada de crânio sem contraste, que afasta sangramento intracraniano. A angiotomografia revela oclusão da artéria cerebral 
média direita. Considerando o exposto, que alternativa descreve uma conduta correta para esse caso? 
A) Iniciar anticoagulação plena.
B) Proceder com trombólise EV caso o estudo de RM revele mismatch FLAIR-difusão.
C) Encaminhar o paciente para trombectomia caso o estudo de perfusão seja permissivo.
D) Encaminhar o paciente para CTI para controle pressórico rigoroso e investigação da causa do AVC.
COMENTÁRIO:
Estrategista, a questão mostra um paciente que acordou com um déficit neurológico, percebido cerca de 5 horas antes da admissão no 
hospital, sendo que a última vez que foi visto sem sintomas foi cerca de 17 horas antes da admissão hospitalar.
A abordagem inicial é corretamente realizada, estando o paciente com sinais vitais estáveis, déficit neurológico confirmado e glicosimetria 
normal. Logo após, o paciente é submetido à TC de crânio, que afasta a possibilidade de um evento hemorrágico. A partir desse momento, a 
pergunta que deve ser feita é: o paciente tem indicação de recanalização? Para responder a isso, precisamos relembrar algumas coisas. 
Realizada a neuroimagem inicial, afastando sangramento, devemos analisar 3 fatores principais para a definição da estratégia de 
recanalização. A análise desses 3 fatores, somada à verificação dos critérios gerais de indicação e contraindicação, permitirão alocar o paciente 
no tratamento com trombólise, com trombectomia, com trombólise e trombectomia ou, ainda, excluí-lo do tratamento de recanalização. 
A tríade a ser analisada é composta por: 
1. Janela terapêutica: é essencial definir há quanto tempo os sintomas se iniciaram. Costumamos definir o tempo decorrido desde a 
última vez em que o paciente foi visto “bem”. Nos casos em que o paciente acorda com o déficit, tendo sido visto bem pela última vez 
na noite anterior, devemos considerar a janela como sendo o intervalo de tempo desde o último momento em que o paciente foi visto 
assintomático até a avaliação. Essa situação é conhecida como wake-up stroke.
2. Local de oclusão arterial. O ponto de oclusão arterial, eventualmente, pode não ser identificado, ou porque já houve recanalização 
espontânea ou porque se trata de oclusão distal, “invisível” ao estudo de vasos disponível. De qualquer forma, o objetivo é definir se 
estamos diante de uma oclusão proximal e anterior (artéria cerebral média e carótida) ou se outro vaso está envolvido. Como veremos à 
frente, essa definição é elementar para a escolha da terapia de recanalização. 
3. Viabilidade do tecido cerebral. Cada paciente tolera um tempo diferente de isquemia antes de apresentar necrose tecidual 
irreversível. Basicamente, o grau de circulação colateral é o determinante principal nessa equação. A depender da janela terapêutica e 
do método de recanalização escolhido, pode-se lançar mão da TC de crânio, da RM de encéfalo ou de estudos de perfusão para verificar 
se há viabilidade de parênquima cerebral. 
Antes de analisarmos cada alternativa de tratamento, lembre-se de que o paciente deve ter mais do que 18 anos, adequar-se às 
demandas de janela terapêutica e avaliação de viabilidade tecidual, não possuir critérios de contraindicação (sobretudo à trombólise) além de 
apresentar déficit, de fato, limitante! Cuidado com isso! O guideline da American Heart Association (AHA), referência da maioria das bancas, 
traz a possibilidade de não trombolisar pacientes com NIHSS (Escala de AVC do National Institutes of Health) inferior a 5, contudo apenas 
caso seu déficit não seja limitante! Um paciente que apresenta NIHSS de 3, porém com alteração de fala, tem um déficit limitante e deverá ser 
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trombolisado independentemente do NIHSS! Em relação a exames pré-trombólise, apenas a glicosimetria é, de fato, necessária! Os valores 
devem estar entre 60 e 400 mg/dL e, mesmo quando fora desse intervalo, caso a correção da hipo ou hiperglicemia não corrija imediatamente 
o déficit, a recanalização deve ser buscada. Note que o valor de plaquetas não é necessário antes de uma eventual trombólise, exceto caso o 
paciente tenha histórico sugestivo de discrasia sanguínea.
Dito isso, lembremos dos critérios de contraindicação à trombólise! Perceba que não são os mesmos para a trombectomia, em geral 
muito mais permissiva. Contraindicam a trombólise: 
• uso de anticoagulantes orais com INR > 1,7;
• AVC isquêmico ou TCE grave nos últimos 3 meses;
• história pregressa de AVCh;
• TC de crânio com hipodensidade maior ou igual a um terço do território da artéria cerebral média;
• PAS ≥ 185 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg;
• melhora rápida e completa antes da trombólise;
• déficit neurológico leve e sem repercussão funcional;
• cirurgias de grande porte dentro de 2 semanas;
• endocardite infecciosa;
• suspeita de dissecção de aorta ou HSA;
• punção arterial de sítio não compressível na última semana;
• hemorragia geniturinária ou gastrintestinal nas últimas 3 semanas.
Perceba que, no paciente da questão, como há uso prévio da varfarina, o INR passa a ser necessário antes de se definir acerca da 
trombólise. 
Dito isso, vejamos as alternativas de tratamento agudo, combinando o que vimos até aqui. 
Trombólise endovenosa: deve ser feita até 4,5 horas do início dos sintomas, desde que não haja contraindicações e haja tecido cerebral 
viável. Preste atenção na palavra hipodensidade! A TC de crânio com hipodensidade extensa indica irreversibilidade da morte neuronal e 
contraindica a trombólise. Quanto ao trombolítico, o alteplase na dose de 0,9 mg/kg é a primeira droga testada e verificada para uso. O Estudo 
ENCHANTED de 2018 mostrou que a dose de 0,6 mg/kg é uma alternativa não inferior, associada a menor risco de sangramento, contudo com 
tendência a menor taxa de recanalização, sendo assim, posto que não revelou superioridade, não é a dose de escolha! Além disso, o estudo 
EXTEND-IA TNK de 2018 mostrou que o tenecteplase na dose de 0,25 mg/kg é uma alternativa. Na dose de 0,4 mg/kg, há maior risco de 
sangramento, sem maior chance de reperfusão. O protocolo da AHA mantém apenas o alteplase na dose de 0,9 mg/kg como alternativa. Em 
casos selecionados, como idosos com uso prévio de dupla antiagregação, pode-se ponderar o uso da dose de 0,6 mg/kg. O tenecteplase, por 
sua vez, acumula diversas evidências de igualdade ou superioridade em relação ao alteplase e deve figurar na próxima recomendação da AHA. 
A trombólise pode ainda ser considerada na janela desconhecida, ou seja, em casos de tempo de evolução desconhecido (como 
quando o paciente acorda com o déficit) e cujo reconhecimento dos sintomas ocorreu há menos de 4 horas e meia. Nesses casos, pode-se 
lançar mão da RNM de encéfalo para presumir o tempo da oclusão e autorizar a trombólise! Para isso, duas sequências são analisadas: difusão 
(DWI) e FLAIR. Caso haja alteração na sequência de difusão com sequência FLAIR normal, infere-se tempo de isquemia inferior a 4 horas e 
meia, definindo o que chamamos de mismatch FLAIR-difusão, e a trombólise estará autorizada. Caso a sequência FLAIR apresente alteração 
de sinal, infere-se que a isquemia se iniciou há mais de 4 horas e meia, contraindicandoo procedimento. Mas atenção! Segundo os critérios do 
estudo WAKE-Up Stroke, que definiu essa conduta, a alteração na sequência de difusão não pode ser superior a 1/3 do território de irrigação 
da artéria cerebral média nem o paciente pode ser candidato à trombectomia, definido no estudo, arbitrariamente, como pacientes com 
NIHSS > 25. Portanto, em um wake-up stroke com elegibilidade para a trombectomia, a trombólise não será uma alternativa! 
Em relação à trombectomia, o procedimento estará indicado caso o paciente apresente início dos sintomas com menos de 6 horas 
(*até 8 horas em um estudo com grande participação brasileira chamado Resilient) e caso se identifique oclusão proximal de vasos da 
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circulação anterior (artérias carótidas e cerebrais médias), além de a TC de crânio não revelar tecido cerebral irreversivelmente acometido. 
Para a trombectomia com até 6 horas, portanto, precisamos apenas da TC de crânio e da angiotomografia cervical e intracraniana. Apesar do 
supracitado estudo brasileiro ter incluído pacientes até 8 horas, a recomendação IA da AHA é até 6 horas. Quando os sintomas se iniciaram 
entre 6 e 24 horas, é possível a indicação de trombectomia com janela estendida. Nesses casos, não basta a simples avaliação da TC de 
crânio, sendo necessária a análise por meio de estudos mais avançados, com o que chamamos de estudo de perfusão, que pode ser feito a 
partir da própria TC de crânio ou da RNM e mostra a proporção de tecido irreversivelmente acometido (core isquêmico) e tecido vivo, porém 
em risco (penumbra). Assim, para a trombectomia estendida, precisamos da angiotomografia evidenciando oclusão proximal e avaliação 
de viabilidade do tecido cerebral por meio do estudo de perfusão. Como comentários finais, perceba que os estudos que avaliaram a 
trombectomia incluíram apenas pacientes com oclusão de carótida interna e cerebral média. Na prática, estendemos a indicação para outras 
oclusões proximais, incluindo a artéria basilar, vertebrais, ramos mais distais da cerebral média e até mesmo segmentos proximais da artéria 
cerebral anterior. O segundo ponto é em relação à terapia combinada entre trombólise e trombectomia em detrimento de trombectomia 
isolada nos pacientes com oclusão proximal. A recomendação, por ora, ainda é indicar ambas as terapias! Entretanto, diversos estudos 
recentes, sobretudo asiáticos, sugerem que, em casos selecionados (sobretudo com risco elevado de sangramento), a trombectomia isolada 
pode ser uma alternativa. 
Vamos às alternativas: 
Incorreta a alternativa A. Muito embora seja provável a indicação de anticoagulação para profilaxia de novos eventos, presumindo-se 
uma arritmia como causa do evento, o início da medicação não deve ser feito na fase aguda! No momento descrito no enunciado, a decisão 
deve concentrar-se na terapia de fase aguda. 
Incorreta a alternativa B. O paciente já tem 5 horas desde o reconhecimento do déficit. Sendo assim, já está excluído do racional de 
trombólise com janela estendida. Além disso, a presença de oclusão proximal e anterior também já o exclui dessa indicação, portanto não há 
sentido em indicar RM de fase aguda. 
Correta a alternativa C. De fato, como o paciente tem 17 horas desde a última vez visto bem, caso o estudo de perfusão seja permissivo, 
ainda é possível indicar a trombectomia mecânica. 
Incorreta a alternativa D. O momento descrito ainda permite terapia de recanalização. Além disso, caso a decisão fosse por manejo 
conservador, sem indicação de recanalização, o controle pressórico deveria ser permissivo, tolerando-se até 220 x 120 mmHg. 
Gabarito: C
10. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Nefrologia – Prof. Diego Ennes) Mulher de 64 anos é admitida com quadro de dor lombar à 
direita, de forte intensidade. Sem febre. Está em tratamento para neoplasia de mama. Ao exame clínico, chama atenção apenas edema 
de membros inferiores. Estava normotensa e afebril na admissão. A tomografia de rins e vias urinárias sem contraste não evidenciou 
alterações. O exame de urina tipo I mostra: proteína 3+/4+, leucócitos 4.000, hemácias 6.0000. Demais exames laboratoriais: Hb = 13,1, 
leucócitos = 6.000, plaquetas = 180.000, creatinina = 0,8, albumina = 2,4. A hipótese diagnóstica mais provável para o quadro renal de base 
da paciente, a etiologia e o quadro de admissão apresentado são:
A) síndrome nefrítica, nefropatia por IgA, obstrução tubular.
B) síndrome nefrótica, doença por lesões mínimas, pielonefrite devido à imunossupressão.
C) síndrome nefrótica, nefropatia membranosa, trombose de veia renal.
D) síndrome nefrítica, glomerulonefrite membranoproliferativa paraneoplásica, infarto renal.
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COMENTÁRIO:
A síndrome nefrótica é uma manifestação típica de doença glomerular que é caracterizada pela perda de proteínas em grande 
quantidade na urina. A tríade clássica consiste nos seguintes elementos:
• proteinúria > 3,5 g/dia em adultos ou > 50 mg/kg/dia em crianças;
• hipoalbuminemiamergulho em águas rasas. Encontra-se em prancha rígida e colar cervical e, após estabilização e reavaliação, é identificado nível 
neurológico de C6. Isso significa que o paciente apresentará:
A) reflexo bicipital ausente e reflexo tricipital ausente.
B) reflexo bicipital presente e reflexo tricipital ausente.
C) reflexo bicipital presente e reflexo tricipital presente.
D) reflexo bicipital ausente e reflexo tricipital presente.
COMENTÁRIO:
Discussão da questão
O que o examinador quer saber com essa pergunta?
Definição do nível de lesão medular. Nesse caso específico, estamos invertendo a ordem usual: normalmente, apresenta-se a alteração 
semiológica e é necessário definir o nível de lesão. 
O que você precisa saber para responder a essa pergunta?
Trauma raquimedular
A medula espinhal pode ser lesada de forma completa ou parcial, após um trauma. Quando de forma parcial, consideramos síndromes 
medulares específicas; quando de forma total, forma-se o que conhecemos como nível neurológico:
- nível neurológico: o nível neurológico, ou último nível medular em que ainda há sensibilidade e motricidade preservadas, é exclusivo 
de lesão medular completa. Não se apresenta em nenhuma outra lesão do sistema nervoso central. 
Fundamentos anatômicos
A coluna cervical apresenta 8 raízes nervosas; a primeira sai entre o occipício e a vértebra C1. A raiz C2 sai do espaço C1-C2; e assim 
sucessivamente. No nível C7-T1, sai a última raiz cervical – C8 – e, a partir daí, temos a distribuição tradicional compatível, com T1 saindo do 
espaço T1-T2. Dessa forma, o nível medular equivalente está um segmento abaixo do nível ósseo (na coluna cervical) ou sai logo abaixo do 
nível homônimo (coluna dorsal e lombar).
Confira, a seguir, o quadro resumido do exame físico neurológico dos membros superiores:
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Nível Local de Avaliação Reflexo Movimento principal
C4 Supraclavicular - -
C5 Face lateral do ombro e cotovelo Bicipital Abdução do ombro/flexão do cotovelo
C6 Face radial do polegar Braquiorradial Extensão do punho
C7 Terceiro dedo Tricipital Extensão do cotovelo
C8 Dedo mínimo - Flexão do punho
T1 Face medial do cotovelo - Extensão dos dedos
Choque medular
O trauma raquimedular é uma lesão grave devido a um trauma da coluna vertebral. É mais frequente nas zonas de transição (coluna 
cervicotorácica e toracolombar). A fratura ou luxação da vértebra pode comprimir o canal medular e provocar déficit neurológico. Não há 
tratamentos realmente efetivos para este tipo de lesão. Fragmentos ósseos dentro do canal devem ser removidos, e fraturas com indicação 
cirúrgica devem ser operadas. Contudo, ainda não temos técnicas para reestabelecer a conexão entre os nervos lesados. 
Essa perda súbita de função medular é conhecida como choque medular, que envolve arreflexia, paralisia e hipotonia nos níveis abaixo 
do nível afetado. O choque medular dura entre 24 e 48 horas, e seu fim é marcado pelo retorno dos reflexos sacrais (“piscadela” anal, reflexo 
bulbocavernoso). Sua recuperação total pode levar até 4 semanas. 
COMENTÁRIO:
Incorreta a alternativa A, pois isso indicaria um nível neurológico de C4 ou acima.
Correta a alternativa B, sem ressalvas. 
Incorreta a alternativa C, pois isso indicaria um nível neurológico de C7 ou mais baixo.
Incorreta a alternativa D, pois, nesse caso, a lesão seria específica da raiz, não da medula, não constituindo, portanto, um nível 
neurológico.
Gabarito: B
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12. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Gastroenterologia - Prof. Isabella Parente) Paciente do sexo feminino, 24 anos, previamente 
saudável, é encaminhada ao serviço de cirurgia após achado incidental de massa abdominal em exame físico durante consulta ginecológica. 
Relata discreta dor epigástrica há algumas semanas, sem irradiação ou outros sintomas. Ao exame físico, apresenta massa palpável em 
hipocôndrio esquerdo, não dolorosa.
TC de abdome com contraste revela imagem expansiva heterogênea, bem delimitada, com áreas sólidas e císticas, medindo 7,5 cm, 
localizada na cauda do pâncreas. Não há invasão de estruturas adjacentes nem linfonodomegalias.
Exames laboratoriais revelaram:
• CA 19-9: 12 U/mL (VR:um quadro de abdome agudo obstrutivo com indicação de tratamento cirúrgico 
imediato. Colonoscopia só estaria indicada na ausência de obstrução intestinal para diagnóstico anatomopatológico de neoplasia colorretal 
e programação terapêutica.
Correta a alternativa B: como vimos, o paciente tem indicação de laparotomia exploradora. Se, no inventário da cavidade, houver 
isquemia ou mesmo perfuração do ceco, deverá ser realizada colectomia total.
Incorreta a alternativa C: o paciente está obstruído e deve ser operado. Radioterapia e quimioterapia neoadjuvante estariam indicados 
nos casos de neoplasia retal baixa, sem obstrução intestinal.
Incorreta a alternativa D: transversostomia em alça estaria indicada em pacientes paliativos e sem sinais de isquemia intestinal. 
Gabarito: B
14. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cirurgia - Prof. Renatha Paiva) Paciente feminina, de 20 anos de idade, compareceu ao pronto-
socorro com queixa de dor em região interglútea, de forte intensidade, associada a abaulamento local e febre não aferida. Nega trauma ou 
episódios prévios semelhantes. Ao exame, observa-se hiperemia, hipertermia e abaulamento em região interglútea, doloroso à palpação 
local, sem ponto de flutuação. Qual é o tratamento recomendado?
A) Analgesia, antibioticoterapia e compressa morna local.
B) Analgesia, antibioticoterapia e drenagem de abscesso e curetagem local.
C) Analgesia, antibioticoterapia e excisão da lesão com fechamento primário.
D) Analgesia, antibioticoterapia e excisão da lesão com fechamento por segunda intenção.
COMENTÁRIO:
Estamos diante de uma paciente jovem com quadro clínico de cisto pilonidal complicado com abscesso.
A doença pilonidal é uma condição inflamatória crônica da pele e tecido celular subcutâneo da região da fenda glútea, sulco entre as 
nádegas que se estende logo abaixo do sacro até o períneo.
Trata-se de uma condição comum, que afeta preferencialmente adultos jovens, na segunda e terceira décadas de vida, com predileção 
pelo sexo masculino (4:1).
São fatores predisponentes a maior densidade de pelos na região e o sulco interglúteo mais profundo. História familiar, sobrepeso, 
obesidade, sedentarismo e trauma local também são considerados fatores de risco.
A doença pilonidal já foi considerada uma patologia congênita. Atualmente, a teoria mais aceita é de que se trata de afecção adquirida. 
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Ainda que sua etiopatogênese não seja completamente conhecida, 
postula-se que a doença pilonidal se relaciona à penetração de 
pelos no tecido subcutâneo da fenda interglútea, causando reação 
inflamatória de corpo estranho e potencial formação de abscesso. A 
drenagem desses abscessos evidencia frequentemente a presença 
de pelos em seu interior.
A doença pode apresentar-se na fase aguda, com abscesso, 
e na fase crônica, com orifícios assintomáticos na linha média e 
até mesmo extensos trajetos fistulosos, com saída de secreção. 
Habitualmente, a apresentação inicial é na forma de um abscesso, 
que se manifesta por dor intensa, hiperemia, edema local e 
abaulamento flutuante próximo à fenda glútea.
Quando assintomática, em alguns casos, pode não necessitar inicialmente de tratamento cirúrgico, adotando-se conduta expectante, 
particularmente em mulheres jovens. O tratamento cirúrgico torna-se a principal alternativa nos pacientes sintomáticos, com infecção 
recorrente e nos pacientes com a forma aguda da doença (abscesso).
A drenagem dos abscessos é realizada por meio de incisão sobre a área de flutuação máxima. Todos os resíduos inflamatórios e 
pelos visíveis dentro da cavidade do abscesso devem ser desbridados e a ferida operatória é deixada aberta, para cicatrização por segunda 
intenção. Aproximadamente 60% dos pacientes que se apresentam inicialmente com um abscesso agudo e são tratados com incisão e 
curetagem atingem a cicatrização sem outras intervenções. A excisão dos orifícios na linha média e curetagem dos tratos sinusais não é 
realizada no mesmo tempo cirúrgico.
Figura: Forma crônica. A típica doença pilonidal consiste em um ou múltiplos orifícios recobertos por epitélio escamoso na região interglútea, criando uma
cavidade subcutânea com tecido de granulação e pelos. A partir dessa cavidade subcutânea, surgem trajetos que se exteriorizam na pele.
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Para a doença de caráter recidivante (crônica), existem diversas opções de tratamento, como a excisão de todo o tecido acometido 
e curetagem, sem síntese primária (técnica aberta), e, em casos de lesões extensas e recorrências, a excisão e cobertura do defeito gerado 
com uma pele saudável da vizinhança, por meio da rotação de retalhos (como o retalho fasciocutâneo em V-Y, plastia em Z ou em W, retalho 
romboide e retalho miocutâneo de músculo glúteo máximo) ou da marsupialização, uma maneira de reduzir o volume da ferida por meio de 
sutura de suas margens na base da ferida, prevenindo, assim, a epitelização prematura, além do sangramento nos bordos da ferida.
Vamos analisar as alternativas:
Incorreta a alternativa A. O abscesso deve ser drenado.
Correta a alternativa B. Como vimos, essa é a conduta correta. 
Incorreta a alternativa C. A excisão da lesão (orifícios na linha média e curetagem dos tratos sinusais) não é realizada no mesmo tempo 
cirúrgico da drenagem do abscesso.
Incorreta a alternativa D. A excisão da lesão com fechamento por segunda intenção é uma opção de tratamento para doença de 
caráter recidivante (crônica).
Gabarito: B
Figura: (A) Incisão, curetagem e marsupialização das bordas da ferida operatória. (B) Excisão e fechamento com retalho fasciocutâneo V-Y bilateral.
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15. (Estratégia MED 2025 – Inédita – Cirurgia - Prof. Renatha Paiva) Diversas são as causas de abdome agudo, cirúrgico ou não. Baseado 
no quadro clínico apresentado, devemos solicitar exames considerados “padrão-ouro” para sua confirmação diagnóstica. Correlacione as 
possíveis afecções abdominais aos exames complementares para confirmação diagnóstica e escolha a alternativa que contém a sequência 
correta.
[ ] Ureterolitíase.
[ ] Colecistite aguda.
[ ] Diverticulite aguda.
[ ] Síndrome de Mirizzi.
[ ] Isquemia mesentérica aguda.
Tomografia de abdome e pelve sem contraste.
Tomografia de abdome e pelve com contraste.
Cintilografia hepatobiliar.
Angiotomografia abdominal (vasos mesentéricos).
Colangiorresonância .
A) 1, 5, 2, 3, 4
B) 2, 3, 1, 5, 4
C) 2, 5, 1, 3, 4
D) 1, 3, 2, 5, 4
COMENTÁRIO:
Vamos falar um pouco sobre cada patologia que estão nas alternativas e os exames complementares considerados “padrão-ouro” para 
confirmação diagnóstica.
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URETEROLITÍASE: a tomografia computadorizada é o padrão-ouro para a avaliação da doença litiásica. Detecta cálculos milimétricos 
em toda a topografia da via urinária, além de não depender de operador e de ter a capacidade de revelar complicações, como obstrução do 
trato urinário. Ademais, não há necessidade de infusão de contraste endovenoso no paciente com cólica renal. Os cálculos apresentam-se 
tipicamente como imagens de densidade óssea, de cor branca e limites bem definidos.
COLECISTITE AGUDA: o exame inicial de escolha para os quadros de colecistite aguda é a ultrassonografia abdominal. Nos casos em 
que a ultrassonografia é inconclusiva, podemos solicitar o exame considerado padrão-ouro, que é a cintilografia hepatobiliar com HIDA (ácido 
iminodiacético). 
Na cintilografia hepática, o HIDA é absorvido seletivamente pelos hepatócitos e excretado na bile. Geralmente, a visualização do 
contraste no ducto biliar comum, na vesícula e no duodeno ocorre dentro de 30 a 60 minutos. Se a vesícula não

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