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Manoel Padeiro capa e miolo

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Era uma vez um vovô chamado João, que tinha um netinho 
esperto chamado Akin. Seu nome, na língua africana, significava 
“guerreiro, herói”. Vovô João adorava contar histórias sobre 
o Rio Grande do Sul, sobre seus antepassados e os tempos 
dos quilombos.
Numa bela tarde, sob a sombra de uma grande árvore, ele 
reuniu Akin e seus amiguinhos para contar uma história muito 
especial. — Hoje vou lhes contar sobre um herói de verdade, 
o General Manoel Padeiro! — anunciou vovô, com um sorriso.
— Ele era um escravizado que lutou bravamente pela liberdade 
dos negros no Rio Grande do Sul! Assim como Zumbi dos 
Palmares no Nordeste, Manoel Padeiro foi um grande líder 
aqui nos Pampas!
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Akin arregalou os olhos e perguntou: — Vovô, o que é um 
quilombo?
Vovô João ajeitou os óculos e explicou: — Quilombo era 
um lugar seguro, onde os negros que fugiam da escravidão 
podiam viver em liberdade. Eles trabalhavam juntos, dividiam 
tarefas e ensinavam seus filhos sobre suas origens, 
mantendo vivas suas tradições.
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Vovô João continuou: — Com o tempo, Manoel Padeiro 
se tornou líder dos quilombos no Rio Grande do Sul. 
Ele era respeitado por sua sabedoria e coragem, sendo 
chamado de “Zumbi dos Pampas” e “Enviado de Oxalá”. 
Seu nome virou símbolo de resistência, assim como o 
Quilombo dos Palmares, lá em Alagoas!
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— Vovô, como era a vida nos quilombos? — quis saber Akin.
— Ah, era uma vida de muito trabalho e cooperação! — 
explicou vovô. — Os homens e mulheres
plantavam, construíam casas, cuidavam
dos animais e ensinavam as crianças.
Todos ajudavam a comunidade a
crescer forte!
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— Que legal, vovô! Mas eles tinham desafios? — perguntou 
Akin.
Vovô suspirou: — Sim, meu pequeno. Os fazendeiros e 
soldados não aceitavam os quilombos. Muitas vezes, eles 
tentavam capturar de volta os negros que haviam fugido...
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No quilombo, a solidariedade era muito importante. Todos 
se ajudavam, compartilhavam o que tinham e cuidavam uns 
dos outros como uma grande família! — disse vovô.
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— E as crianças? Elas estudavam? — perguntou Akin, 
curioso.
— Sim! Elas aprendiam sobre a história dos seus 
antepassados e como contribuir para a comunidade. Até 
hoje, há quilombos no Brasil! — respondeu vovô.
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Mas nem tudo foi fácil para Manoel Padeiro. Dizem que, em 
1848, soldados atacaram o quilombo onde ele vivia. Muitos 
dizem que ele morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. 
Alguns acreditam que ele fugiu para o Uruguai ou que se 
tornou um orixá protetor...
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Vovô olhou para Akin e disse: — Essa história nos ensina a 
respeitar as diferenças e a lutar por justiça. Hoje, Manoel 
Padeiro é reconhecido como um herói gaúcho!
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— Sabem qual dia celebramos sua história? 16 de junho! 
— contou vovô. — Essa data é reconhecida por lei e 
sancionada pelo Governo do Estado em dezembro de 
2023!
Akin sorriu e disse: — Vovô,quero aprender mais sobre 
os quilombos!
Vovô abraçou o netinho e respondeu: — Isso é muito bom! 
Porque conhecer nossa história é um jeito de honrar 
aqueles que lutaram pela liberdade!
E assim, sob a sombra da árvore, a história de Manoel 
Padeiro continuou viva no coração de cada criança que 
a ouviu.
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