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Estudo Básico Filosofia - 1º período PSICO Estácio

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Verificar a relação da Filosofia e da psicologia. Por que estudar Filosofia na Psicologia?
R: A relação entre elas surge desde a etimologia. O termo "psyché" significa pessoa, alma, sentimento e logos. Matéria de estudo e conversação, relato. Sendo assim, a psicologia busca estudar a pessoa humana, principalmente sua dimensão interior. Do mesmo modo que o pensamento filosófico. Expressa-se uma primeira relação entre o estudo da psicologia e o pensamento filosófico, pois aquela está em estreita relação com este, possibilitando-se assim um diálogo e um aprofundamento de temas caros à filosofia que a psicologia poderia iluminar e/ou até mesmo responder. 
Elementos do surgimento da Filosofia
R: A moeda, a vida urbana (pólis), a política (democracia), as navegações, o calendário, a escrita.
Sofistas x Sócrates x filósofos pré-socráticos
R: Os filósofos pré-socráticos preocupavam-se em descobrir como a vida na Terra se originou, questões da natureza. Buscavam o que seria a arché - o princípio que deu origem à tudo. Tales, o primeiro filósofo, acreditava que era a água. Anaximandro e Anaxímenes, seus discípulos, acreditavam, respectivamente, que era o apeiron (o infinito) e o ar. Heráclito de Éfeso acreditava que era o fogo, Xenófanes que era a terra, Demócrito que era o átomo, Empédocles que eram os quatro elementos. Sócrates foi um divisor de águas no pensamento filosófico pois levantou a questão do homem, da política, da democracia, das leis, da justiça, da moral. Os sofistas valorizavam a retórica acima de tudo. Dominavam este tipo de discurso, que tem como objetivo convencer o interlocutor, seja o que está sendo dito verdadeiro ou não. Viajavam pelas pólis, ensinando a técnica para aqueles dispostos a pagar pelo conhecimento. Contrapondo-se à maiêutica  de Sócrates, a retórica dos sofistas não se propunha a levar o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos princípios éticos ou dos sentimentos, ao contrário, a retórica busca inculcar no ouvinte ideologias que sejam aproveitáveis para manipulação do povo.
A importância da alma na civilização grega
R: Sócrates que veio com o conceito de razão. Platão, por sua vez, decidiu descobrir onde se localizava a razão dentro do corpo humano. Chamou o local de alma. E segundo sua teoria, a alma era imortal. Após a morte do corpo, ela poderia ir para outro corpo (reencarnação). A alma era ligada ao corpo através da medula espinhal. Depois, Aristóteles veio com sua própria teoria sobre a alma, dizendo que ela era mortal, o princípio ativo da vida, e que corpo e alma não podiam ser desassociados. Então, o primeiro motivo pelo qual a alma é importante para os gregos é porque ela os diferencia dos demais animais, ela que lhes dá o potencial de ser quem são. Seguindo a teoria platônica de que a alma é imortal, passaram a pensar para onde ela iria após a morte do corpo e chegaram à conclusão de que ela iria para o Hades. O Hades era, portanto, um único lugar para todas as almas. Depois, começaram a pensar que as atitudes da pessoa viva influenciariam no destino da alma, e o Hades passou a ter o Tártaro, onde ficavam as almas de pessoas más, e o Elíseo, onde ficavam as almas das pessoas boas. Este foi o primeiro conceito de paraíso e inferno, que acabou controlando as atitudes das pessoas na Terra. Então, a segunda importância da alma para os gregos era a de saber o que aconteceria com eles após a morte. O medo de acabar num lugar ruim por conta das atitudes em vida passou a controlar os atos deles, assim como ainda ocorre hoje com qualquer pessoa que acredite em paraíso e inferno.
A importância do Orfismo pro grego ocidental.
R: Quando achavam que a vida acabava com a morte do corpo, pensavam que eram apenas marionetes dos deuses, que os deuses faziam com eles o que eles queriam e depois eles morriam. Com o pensamento de que a alma era imortal e sobreviveria mesmo após a morte do corpo, passaram a ser agentes de sua própria ação, responsáveis pelas consequências de seus atos, temendo a danação eterna.
O método da Maiêutica de Sócrates
R: Maiêutica tem como significado "dar a luz", "parir", e foi inventada por Sócrates. Era um método de discurso que visava fazer o interlocutor questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos princípios éticos ou dos sentimentos. A mãe de Sócrates era parteira e ele dizia que exercia a mesma profissão da mãe, mas no lugar de dar à luz pessoas, ele dava à luz ideias.
O mito da caverna de Platão
R: A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades. Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo,com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.

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