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UNIDADE 1 - FILOSOFIA (2)

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FILOSOFIA
Unidade I
MAS, O QUE É FILOSOFIA
 O homem é naturalmente filósofo – pois, frequentemente qualquer pessoa se questiona a respeito de várias coisas como por exemplo sobre a sua existência e a existência do mundo.
O homem possui consciência – pois, os homens pensam para agir; já os animais agem por instinto;
Atitude Filosófica – querer saber o porque das coisas.
A Filosofia surgiu na Grécia por volta do século V a.c.O homem deixou de lado as explicações mitológicas e passou a explicar tudo através da razão afim de contemplar a verdade.Tales de Mileto: 1º filósofo.
MAS, O QUE É FILOSOFIA
É a investigação crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem.Ágora: espaço público de debates para os cidadãos gregos. A ferramenta da Filosofia é o pensamento, a razão.
A filosofia procura fazer uma análise racional sobre as coisas, problematizando e buscando respostas para as questões.
Surge quando deixamos de lado a confiança nas crenças às quais estamos acostumados e começamos a indagar e a buscar uma explicação mais real sobre as coisas, pois o filósofo é aquele que utiliza o raciocínio na busca do conhecimento verdadeiro, deixando de lado a opinião e a crença.
A Filosofia é importante e pode oferecer grande contribuição para a sociedade. Pois é por meio dela que se pode desenvolver a reflexão critica.Sem o exercício do filosofar o homem fica a mercê da opinião alheia.
MAS, O QUE É FILOSOFIA
A filosofia serve para desenvolver a criticidade e a autonomia de pensamento. Ela contribui para a formação integral da pessoa que se torna capaz de compreender a si mesmo e ao mundo a sua volta.É por meio dela que o homem busca a verdade.
“Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil;se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil;se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil;se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes”.Marilena Chauí
O que vocês vêem nesta foto?
O MITO DA CAVERNA - PLATÃO
Imaginem pessoas acorrentadas, sem se poderem mover, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprios. 
Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam "homens e outras coisas viventes". 
As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e vêem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. 
Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade
Agora, imaginem que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade, um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.
O MITO DA CAVERNA
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, os seus olhos, agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. 
Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Afinal, se é tão bom lá fora, porque voltou?
Se o pudessem fazer, matariam quem tentasse tirá-los da caverna.
O MITO DA CAVERNA
Platão sob a influência de Sócrates, buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, corre como Sócrates, o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente.
Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo e, então. vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta lhe mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. 
Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades. 
REFLEXÕES SOBRE O MITO DA CAVERNA -PLATÃO
A metáfora proposta pela Alegoria da Caverna pode ser interpretada da seguinte maneira:
Os prisioneiros: os prisioneiros da caverna são os homens comuns, ou seja, somos nós mesmos, que vivemos em nosso mundo limitado, presos em nossas crenças costumeiras.
A caverna: a caverna é o nosso corpo e os nossos sentidos, fonte de um conhecimento que, segundo Platão, é errôneo e enganoso.
As sombras na parede e os ecos na caverna: sombras e ecos nunca são projetados exatamente do modo como os objetos que os ocasionam são. As sombras são distorções das imagens e os ecos são distorções sonoras. Por isso, esses elementos simbolizam as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso do senso comum que julgamos ser verdadeiro.
A saída da caverna: sair da caverna significa buscar o conhecimento verdadeiro.
A luz solar: a luz, que ofusca a visão do prisioneiro liberto e o coloca em uma situação de desconforto, é o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia.
REFLEXÕES SOBRE O MITO DA CAVERNA -PLATÃO
Mito da Caverna visto nos dias de hoje
Trazendo a Alegoria da Caverna para o nosso tempo, podemos dizer que o ser humano tem regredido constantemente, a ponto de estar, cada vez mais, vivendo como um prisioneiro da caverna, apesar de toda a informação e todo o conhecimento que temos a nossa disposição.
As pessoas têm preguiça de pensar. A preguiça tornou-se um elemento comum em nossa sociedade, estimulada pela facilidade que as tecnologias nos proporcionam. A preguiça intelectual tem sido, talvez, a mais forte característica de nosso tempo. A dúvida socrática, o questionamento, a não aceitação das afirmações sem antes analisá-las (elementos que custaram a vida de Sócrates na antiguidade) são hoje desprezados.
A política, a sociedade e a vida comum deixaram de ser interessantes para os cidadãos do século XXI que apenas vivem como se a própria vida tivesse importância maior que a preservação da sociedade. As notícias falsas estão enganando cada vez mais pessoas que não se prestam ao trabalho de checar a veracidade e a confiabilidade da fonte que divulga as informações.
As redes sociais viraram verdadeiras vitrines do ego, que divulgam a falsa propaganda de vidas felizes, mas que, superficialmente, sequer sabem o peso que a sua existência traz para o mundo. A ignorância, em nossos tempos, é cultivada e celebrada.
Quem ousa opor-se a esse tipo de vida vulgar, soterrada na ignorância, presa na caverna como estavam os prisioneiros de Platão, é considerado louco. Os escravos presos no interior da caverna não percebem que são prisioneiros, assim como as pessoas que estão presas na mídia, nas redes sociais e no mar de informações, muitas vezes desinformantes, da internet, não percebem que são enganadas.
Vivemos na época do predomínio da opinião rasa, do conhecimento superficial, da informação inútil eda prisão cotidiana que arrasta as pessoas, cada vez mais, para a caverna da ignorância.
TÓPICO 1 – A ORIGEM DA FILOSOFIA
O PENSAMENTO MÍTICO:
Uma das primeiras formas que o ser humano encontrou para explicar a origem do Universo e das demais coisas, sejam elas físicas ou não, foi por meio do mito. Assim, é fundamental que compreendamos o que é o mito e de que maneira o conceito é entendido ao longo do tempo.
Há certa confusão quando se fala do mito na antiguidade, pois muitos imaginam que seja uma maneira não convencional para explicar os fenômenos naturais e a própria existência. Todavia, vale ressaltar que o mito fazia parte do cotidiano das pessoas, inclusive “durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilham compartilharam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracteriza a filosofia” (COTRIM, 2000, p. 73). Assim, mito não é uma narrativa destituída de racionalidade, muito pelo contrário, a narrativa mítica possuía uma lógica que pretendia responder às questões existenciais.
TÓPICO 1 – A ORIGEM DA FILOSOFIA
O pensamento mítico, portanto, consiste na maneira que o ser humano encontrou para explicar aspectos da sua realidade. Explicações míticas podem ser encontrados em narrativas sobre a origem do mundo, sobre os fenômenos naturais, sobre as origens de um povo, suas crenças, tradições e seus valores básicos comuns ou não em cotidiano.
O termo grego mythos significa um tipo de discurso fictício ou imaginário. O discurso imaginário não é o mesmo que uma mentira, embora em alguns momentos o mito possa ter sido um sinônimo de mentira. Entretanto, tem sua origem na capacidade humana de raciocinar e buscar uma explicação diante daquilo que causa espanto. Assim, o mito é concebido como uma narrativa que pretende dar uma direção para aquilo que parece confuso e fora de lugar.
O mito é, portanto, uma intuição compreensiva da realidade, é uma forma espontânea de o homem situar-se no mundo. E as raízes do mito não se acham nas explicações exclusivamente racionais, mas na realidade vivida, portanto pré-reflexiva, das emoções e da afetividade(ARANHA; MARTINS, 1993, p. 55).
TÓPICO 1 – A ORIGEM DA FILOSOFIA
ENFIM .............
A transição do pensamento mítico para a razão é um marco para a história da humanidade e para a evolução do conhecimento. Este processo mudou a maneira como os seres humanos passaram a compreender o universo, nossa existência e os fenômenos naturais. Deste modo as explicações já não se fundamentam apenas nos mitos, mas resultam de um pensamento reflexivo(“a espécie de pensamento que consiste em examinar mentalmente o assunto e dar a ele consideração séria e consecutiva”) que procura explicar as coisas a partir da razão. 
O que é filosofia e qual seu papel na formação humana?
A filosofia é o instrumento da reflexão crítica, que permite ao ser humano explorar sua capacidade de pensar, questionar sua realidade e construir sua história com autonomia e liberdade.
O papel da filosofia na formação humana consiste em instrumentalizá-lo com os conceitos necessários para fundamentar suas reflexões a partir da sua razão. 
PORQUE O INDIVIDUO ESTA ACORRENTADO
 A UM PESO??
O que é filosofia e qual seu papel na formação humana?
A tarefa da filosofia é entender o que é, pois o que é a razão. No que diz respeito ao indivíduo, cada um é, por outra parte, filho de seu tempo; do mesmo modo, a filosofia é seu tempo apreendido em pensamentos
É igualmente insensato crer que uma filosofia pode ir além de seu tempo presente como que um indivíduo que possa saltar por cima de seu tempo. Mas se sua teoria vai na realidade além e constrói um mundo tal como deve ser, este existirá por certo, mas somente em sua opinião, elemento maleável no que se pode plasmar qualquer coisa [...].
Segundo René Descartes..... Filosofia é uma palavra que:
Significa o estudo da sabedoria, e por sabedoria não se entende somente a prudência nas coisas, mas um perfeito conhecimento de todas as coisas que o homem pode conhecer, tanto para a conduta de sua vida, quanto para a conservação de sua saúde e a invenção de todas as artes.
Tópico 2 – Principais Períodos da Filosofia Antiga e Clássica
A Filosofia Antiga também denominado de Período pré-socrático(são os pensadores da Grécia antiga que precederam Sócrates, tb chamados de filósofos da natureza (physis) ou naturalistas) ou cosmológico se caracteriza basicamente pelas discussões em torno physis (natureza material do universo). O intuito fundamental dos pensadores deste período era encontrar um elemento básico de onde as coisas se originam e do qual o universo é constituído em sua totalidade. 
Filosofia Clássica
A filosofia clássica marca um período em que a filosofia passa por um amadurecimento, e se destacam três pensadores fundamentais para a filosofia grega e geral como um todo: SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES.
Estes filósofos foram os responsáveis por sistematizar as discussões filosóficas, ou seja, dividiram a filosofia em diferentes campos que contribuiu diretamente para a organização dos conhecimentos produzidos até aquele momento. 
Infelizmente, a arte de argumentar não é um talento que todos possuem. Assim, muitos vão buscar uma forma de melhorar seus argumentos e a maneira como apresentam suas ideias. Na Grécia antiga não era diferente, pois muitos cidadãos queriam melhorar sua retórica para poderem participar das discussões na Ágora. Os sofistas enxergaram nisso uma oportunidade de se sustentarem, pois ensinavam para seus alunos a arte de argumentarem bem.
Aristóteles adota um método dialético que consiste em duas fazes: a ironia e a maiêutica. Na primeira fase o interlocutor é levado a rever seus argumentos e opiniões. Na segunda fase o interlocutor é conduzido a dar a luz à suas próprias ideias. 
Platão formula uma teoria do conhecimento a partir da ideia de que há um mundo sensível, que é o mundo dos fenômenos; e um mundo inteligível, que é o mundo das ideias onde reside o conhecimento verdadeiro.
Aristóteles faz uma clara distinção entre ato e potência. O ato consiste na forma assumida por um ser em um determinado momento. A potência é a capacidade que um ser possui para tornar-se uma determinada coisa. 
Sócrates - Um dos aspectos que caracteriza a filosofia de Sócrates é o seu estilo de vida compatível com seu pensamento. Embora tivesse um estilo de vida semelhante aos sofistas e focasse em suas reflexões em torno dos problemas humanos, há pelo menos duas características que o distingue deles: primeiro, Sócrates não vendia seus conhecimentos ou mesmo cobrava por qualquer aula; segundo, Sócrates não aderiu e nem mesmo aceitava as ideias relativistas dos sofistas, pois ele “procurava um fundamento último para as interrogações humanas (O que é o bem? O que é a virtude? O que é a justiça?)” (COTRIM, 2000, p. 94). Apesar de não ter deixado nenhum escrito, seus diálogos foram compilados pelo seu fiel discípulo Platão.
O legado de Sócrates ao desenvolver seu método dialético é, sem dúvida, seu empenho em construir uma sociedade composta de pessoas críticas e autocríticas, indivíduos que desenvolvam seus próprios conhecimentos, submetendo-os ao crivo da razão, avaliando suas contradições e reconhecendo suas ignorâncias.
Quando uma pessoa está disposta a se auto avaliar de maneira crítica, construir seus valores e conhecimentos por meio de uma autorreflexão, esse indivíduo está indo na direção de uma vida mais autônoma e crítica, qualidades necessárias para autorrealização.
A maiêutica, portanto, é a segunda etapa do método socrático. Se na primeira o indivíduo é levado a reconhecer sua ignorância, na segunda etapa ele é conduzido a buscar o conhecimento que está dentro de si. O próprio termo “maiêutica” significa arte de trazer à luz.
Assim como a parteira não gerava o bebê, mas apenas auxiliava para que ele viesse ao mundo, Sócrates não se colocava como o ‘gerador’ do conhecimento, mas apenas aquele que auxiliava as pessoas a exteriorizarem o conhecimentoque estava dentro deles. Sócrates acreditava que cada ser humano é dotado de razão e, portanto
FIGURA 11 – APRENDER A PENSAR. (Mafalda pensa: será que aqui cabe o que vão meter na cabeça?)
REFLEXÕES SOBRE O MITO DA CAVERNA
Segundo a alegoria, alguns prisioneiros são mantidos desde a infância em uma caverna, no seu nível mais profundo, onde estão acorrentados e virados de costas para uma pequena parede com uma fogueira acesa e, por detrás dela, está a saída. Por ali passam homens transportando objetos que se tranformam em sombras projetadas na parede em frente aos prisioneiros, que sequer têm noção de sua condição de confinamento. Estas sombras e o eco dos sons produzidos pelas pessoas de cima são todo o conhecimento que eles têm do mundo.
O caminho natural seria ali permanecerem por toda a vida. Porém existem coisas dentro de nós que ultrapassam a razão e isso é um mistério da condição humana. Lá pelas tantas, algo dentro de um dos prisioneiros começa a dizer que a vida não pode ser só aquilo. “Intuo que deve ter algo mais profundo para fazermos na vida”. É um “clique interno” que não tem explicação, mas pelo qual todos nós já passamos. Então certo dia ele se liberta.
Quando esse jovem arrebenta a corrente e olha para trás, percebe que tudo o que ele até então havia tomado como realidade eram sombras, uma mentira. Ao olhar para cima, ele vê uma luz lá no fundo, pequenina, muito mais forte que a fogueira. Pensa: “Se a luz dessa fogueira provocou tudo isso, aquela ali é que deve ter a verdade”. Não desiste até chegar lá. Cai mil vezes, levanta mil e uma e consegue sair com muito sacrifício e esforço. Ele se libertou por mérito próprio.
Acostumado com a escuridão, a luz do sol não o permite enxergar num primeiro momento.  Mas à medida em que vai se acostumando com a luminosidade, ele começa a perceber a natureza e a infinidade do mundo exterior. Esse homem não tinha tudo para ser feliz? Porém ele não pode usufruir dessa felicidade sabendo que toda a humanidade sofre e ele não fez nada. Ele é um homem e a virtude fundamental do ser humano é a fraternidade. Ele retorna.
REFLEXÕES SOBRE O MITO DA CAVERNA
O percurso íngreme faz com que ele caia várias vezes até chegar novamente ao estágio inicial, todo arranhado e machucado. Ao contar aos seus parceiros de uma vida toda o que havia acontecido e o que ele encontrara fora da caverna, ninguém acredita. “Se você voltou de lá assim, eu é que não quero conhecer esse lugar. Você só pode estar louco!”.
Se uma pessoa não está nem desconfiada que o esquema da caverna é uma ilusão, nada que se fale fará com que ela acredite, porque falta esse “clique interno”, não tem como ser imposto por outra pessoa. Quem está curtindo o espetáculo é capaz de agredir e destruir quem pensa de forma diferente, como fizeram com muitos filósofos ao longo da História.
Na visão de Platão, esse homem que se libertou, quando busca a sabedoria para si, é um filósofo. Quando ele tem necessidade de trazer consigo a humanidade e deixar pegadas, ele se torna um político verdadeiro, que na expressão pura, é um homem que conquistou tal nível de consciência que, para ajudar a humanidade, ele tem que descer. E só faz isso por uma única razão: compaixão.
Tópico 3 -Os Principais Períodos Da Filosofia: Clássica E
Medieval 
A Filosofia Medieval se divide em dois períodos distintos: Patrística e Escolástica. 
A filosofia Patrística, tem como principal nome Santo Agostinho. AS principais produções filosóficas deste período se concentraram em elaborar um conjunto de doutrinas que servisse de base para a fé e prática do cristianismo.
A Filosofia Escolástica, que tem como principal nome Tomás de Aquino, se caracteriza por sua tentativa de criar um sistema que conciliasse a fé cristã com um sistema de pensamento racional. 
Tópico 4 - OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA FILOSOFIA: DA MODERNIDADE À CONTEMPORÂNEA
A filosofia Moderna se caracteriza pela busca da objetividade na elaboração do conhecimento. Para compreendermos este período é necessário compreendermos alguns movimentos filosóficos que fizeram parte deste momento: 
Iluminismo – 
Racionalismo –
 Empirismo - 
O Iluminismo, no âmbito filosófico, é o momento em que o homem passa a ser dono de si mesmo e escolher seu próprio caminho por meio da razão, sem a necessidade de ser guiado por uma autoridade arbitrária que o conduz sem que sua racionalidade seja explorada.
O racionalismo centrou na razão humana particular e na confiança ao estabelecer a crença de que é da razão que obtemos conhecimento. Nesse sentido, o racionalismo consiste numa posição epistemológica que vê o pensamento, na razão, a fonte principal do conhecimento. 
O empirismo é a corrente filosófica que parte da ideia de que nada estava no intelecto sem que antes não tivesse estado nos sentidos. Portanto, para o empirismo a fonte do conhecimento sãs as experiências sensoriais. 
FILOSOFIA CONTEMPORANEA:
Este período compreende a filosofia desenvolvida a partir do final do século XVIII, que tem como marco a Revolução Francesa, em 1789. Engloba portanto , os séculos XVIII, XIX e XX . Abaixo algumas correntes e sistemas filosóficos que surgiram e se desenvolveram neste período:
O Positivismo expressa um tom geral de confiança nos benefícios da industrialização, bem como um otimismo em relação ao progresso capitalista, guiado pela técnica e pela ciência. 
O idealismo é uma corrente filosófica que defende a existência de uma só razão, a subjetiva. O Idealismo Transcendental é a teoria do conhecimento desenvolvida por Immanuel Kant na qual defende que o sujeito possuía as condições de possibilidade de conhecer e é o sujeito que dá sentido aos objetos no mundo. O Idealismo Absoluto ou Hegeliano foi desenvolvido por Hegel e afirma que a transformação da razão e de seus conteúdos é movida pela própria razão, ou seja, a realidade é movimento e a força motriz das mudanças são as contradições e os embates, um processo que ele denominou de dialética. 
O Marxismo é composto de uma teoria científica (materialismo histórico) e uma teoria filosófica (materialismo dialético). O pensamento marxista está fundamentado no reconhecimento de um sistema de exploração da classe operária pela burguesia.
O Existencialismo designa o conjunto de tendências filosóficas que tem na existência humana o ponto de partida e objeto fundamental de reflexões.
 A Fenomenologia pretende realizar a superação da dicotomia razão-experiência no processo do conhecimento, afirmando que toda consciência é intencional. A consciência do sujeito é o ponto de partida para compreender o mundo, pois o indivíduo é constituído de uma consciência intencional, pois a consciência é fonte de significado para o mundo.

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