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DOI: 10.55905/cuadv16n7-071 Originals received: 06/07/2024 Acceptance for publication: 06/28/2024 1 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Óbitos por intoxicação no Brasil nos anos de 2013 a 2023 Death from intoxication in Brazil from 2013 to 2023 Muerte por intoxicación en Brasil de 2013 a 2023 Mateus Rodrigues Luz Graduado em Enfermagem Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: mateus6rodrigues@gmail.com Gabriel Araujo de Miranda Graduado em Enfermagem Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: gdemiranda180@gmail.com Denise Soares de Alcântara Mestre em Enfermagem Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: denises@unirg.edu.br Regiane Cristina Neto Okochi Doutora em Ciências do Ambiente Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: regianeokochi@unirg.edu.br Márllos Peres de Melo Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: marllosperes@unirg.edu.br 2 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Naiana Mota Buges Mestre em Ciências da Saúde Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: naiana_mota@yahoo.com.br Kleverson Wessel de Oliveira Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: oliwessil@uft.edu.br Claudia Christina Ribeiro Guimarães Neri de Magalhães Mestre em Enfermagem Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: claudianeri@unirg.edu.br Alessandra Renata Salvate Felipe Santos Graduada em Enfermagem Instituição: Universidade de Gurupi (UNIRG) Endereço: Avenida Guanabara, Rua 09 e 10, Gurupi, TO, Brasil, CEP: 77435-100 E-mail: enfalessandrarenata@gmail.com RESUMO Óbitos por intoxicação é uma realidade preocupante que impacta diversos segmentos da sociedade, manifestando-se como um obstáculo multifacetado e em constante mudança. Diante disto, o objetivo deste estudo foi analisar e apresentar o perfil dos óbitos por intoxicações no Brasil durante o período de 2013 a 2023, determinando as porcentagens e coeficientes de mortalidade para cada variável demostrada no estudo. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, de abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a março de 2024 na base de dados do Governo Federal DATASUS. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Constatados 13.511 casos de óbitos por intoxicação no Brasil no período definido. Dentre os óbitos, a população mais acometida foi da região Sudeste liderando as ocorrências, com a tentativa de suicídio por intoxicação medicamentosa a causa mais comum, identificando o sexo masculino com a faixa etária entre 20 a 39 anos como o principal grupo de risco. Palavras-chave: óbitos, epidemiologia, intoxicação, mortalidade, saúde pública. 3 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 ABSTRACT Deaths due to poisoning are a worrying reality that impacts various segments of society, manifesting itself as a multifaceted and constantly changing obstacle. In view of this, the aim of this study was to analyze and present the profile of deaths from poisoning in Brazil between 2013 and 2023, determining the percentages and mortality coefficients for each variable shown in the study. This is a retrospective epidemiological study with a quantitative approach. Data was collected from February to March 2024 from the Federal Government's DATASUS database. The data was analyzed using descriptive statistics. A total of 13,511 cases of poisoning-related deaths were recorded in Brazil during the period in question. Among the deaths, the most affected population was in the Southeast region, leading the way, with attempted suicide due to drug poisoning the most common cause, identifying males aged between 20 and 39 as the main risk group. Keywords: deaths, epidemiology, poisoning, mortality, public health. RESUMEN Las muertes por envenenamiento son una realidad preocupante que impacta en diversos segmentos de la sociedad, manifestándose como un obstáculo multifacético y en constante evolución. En vista de ello, el objetivo de este estudio fue analizar y presentar el perfil de las muertes por intoxicación en Brasil entre 2013 y 2023, determinando los porcentajes y coeficientes de mortalidad para cada variable mostrada en el estudio. Se trata de un estudio epidemiológico retrospectivo con enfoque cuantitativo. Los datos fueron recogidos de febrero a marzo de 2024 de la base de datos DATASUS del Gobierno Federal. Los datos se analizaron mediante estadística descriptiva. Hubo 13.511 casos de muertes relacionadas con envenenamiento en Brasil durante el período definido. Entre las muertes, la población más afectada fue la de la región Sudeste, a la cabeza, siendo el intento de suicidio por intoxicación de drogas la causa más común, identificando a los varones de entre 20 y 39 años como el principal grupo de riesgo. Palabras clave: muertes, epidemiología, envenenamiento, mortalidad, salud pública. 1 INTRODUÇÃO A intoxicação é uma condição patológica que surge quando qualquer substância tóxica entra em contato com o organismo provocando manifestações clínicas ou laboratoriais negativas, podendo ser introduzida por diversas vias, como: ingestão, inalação e contato com a pele. Os sintomas de uma intoxicação 4 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 variam de acordo com a substância tóxica, a dose e a via de entrada no organismo, sendo os mais comuns as náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal (Moraes et al, 2021). Historicamente, os agentes causadores de mortes por intoxicação têm sido principalmente medicamentos em tentativas de suicídio, especialmente nos grandes centros urbanos brasileiros. Diversos motivos como desemprego, pobreza, luto, problemas familiares e legais, são apontados como responsáveis para esses cenários, contribuindo para a consolidação de um grave problema de saúde pública nos dias de hoje (Frazão et al, 2023; Werneck et al, 2006). Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde volume 54, Nº 12 em 2023, foram notificados 215.611 casos de intoxicação exógena no Brasil em 2022, desses casos, 3.942 resultaram em óbito, o que representa uma taxa de letalidade de 1,83% e um aumento de 2,2% em relação a 2021. Nesse contexto, as intoxicações se mostram relevantes na sociedade, reconhecidas como um problema de saúde pública pela sua frequência e complexidade devido a vários tipos de agentes tóxicos e suas reações variadas (Souto et al, 2023; Maia et al, 2019). Diante disto, o objetivo deste estudo foi apresentar o perfil dos óbitos por intoxicações no Brasil durante a última década, determinando as porcentagens e coeficientes de mortalidade para cada variável demostrada no estudo. 2 METODOLOGIA Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, de abordagem quantitativa a respeito dos casos de óbitos ocorridos no Brasil, por intoxicação no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2023. Foram utilizados dados secundários obtidos do banco de dados do Departamento de Informáticado Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram coletados nos meses de fevereiro a maio de 2024. Para análise dos dados foram utilizadas as variáveis: Região (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste), sexo, faixa etária, cor/raça, 5 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 escolaridade, exposição no trabalho. Foram utilizados os bancos de dados do sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) em conjunto com o Sistema de Informações em Saúde (TABNET) na seção “Intoxicação Exógena - Notificações Registradas - Brasil” abrindo todas elas, no período de 2013 a 2023. Os dados foram compilados para o Software Microsoft Excel 365, calculados os coeficientes por meio da razão entre o número de obitos pela média em 10 anos da população multiplicados por 100 mil habitantes, organizados em tabela e posteriormente, apresentados em formato de gráfico para discussão. Este estudo não foi submetido a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), em conformidade com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde uma vez que utilizou dados secundários sem identificação de sujeitos, provenientes de sites oficiais do Ministério da Saúde. 3 RESULTADOS De 2013 a 2023, o banco de dados do SUS, conhecido como DATASUS, registrou um total de 13.511 mortes causadas por intoxicação no Brasil. A Figura 1 expressa os números absolutos dessas mortes por regiões brasileiras no decorrer dos 10 anos estudados. 6 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Figura 1. Distribuição dos óbitos por intoxicação segundo regiões do Brasil, 2013 a 2023. Fonte: Sistema De Informações Hospitalares Do Sus (Sih/Sus) - Ministério Da Saúde. Na Figura 2 observa-se a porcentagem dos óbitos por ano em cada região do Brasil, dessa forma permitindo uma visão abrangente da situação em todo o país ao longo do período analisado. 3 6 2 9 2 0 4 3 3 9 6 4 6 6 4 0 4 8 5 7 7 0 2 9 4 2 1 4 2 8 4 2 7 5 2 3 2 3 1 5 3 0 0 2 1 8 2 8 6 3 0 9 3 5 3 4 2 0 4 7 0 6 0 5 6 1 2 6 1 1 6 3 8 5 8 7 5 5 9 6 0 2 6 2 4 6 0 4 4 2 5 1 7 8 1 8 6 2 0 4 2 1 7 2 1 6 2 6 7 1 8 4 2 2 2 2 6 2 3 0 8 5 7 7 9 6 0 6 6 1 0 9 7 5 7 5 8 7 1 0 0 9 6 1 1 4 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8 2 0 1 9 2 0 2 0 2 0 2 1 2 0 2 2 2 0 2 3 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 7 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Figura 2. Distribuição percentual dos óbitos por intoxicação segundo regiões do Brasil, 2013 a 2023. Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Ministério da Saúde. Observa-se, no Figura 3, que a principal causa de morte por intoxicação ocorreu pelo uso de medicamentos com 31,26% dos óbitos. Cabe dizer, que é uma categoria que engloba medicamentos prescritos e vendidos sem receita, suplementos alimentares e até mesmo substâncias proibidas. 3 % 3 % 1 ,7 0 % 3 ,5 0 % 3 ,2 2 % 5 % 5 % 3 ,6 7 % 3 ,8 1 % 4 ,2 3 % 4 ,8 3 % 2 3 ,8 0 % 2 2 % 2 4 ,6 0 % 2 3 % 1 9 ,2 0 % 2 4 ,0 8 % 2 3 ,1 6 % 2 0 % 2 2 ,7 3 % 2 3 % 2 4 ,6 3 % 3 4 % 4 8 ,4 0 % 5 2 ,4 0 % 5 1 % 5 0 ,5 7 % 4 8 ,7 7 % 5 4 ,3 2 % 5 1 ,3 7 % 4 7 ,8 5 % 4 6 ,3 0 % 4 1 ,7 0 % 3 4 ,5 0 % 1 8 ,3 0 % 1 6 ,1 0 % 1 7 % 1 8 % 1 6 ,5 1 % 2 0 ,6 1 % 1 6 ,9 1 % 1 7 ,6 4 % 1 9 ,4 3 % 2 1 ,2 5 % 4 ,6 0 % 8 ,1 0 % 5 ,1 0 % 5 ,5 0 % 9 % 5 ,7 3 % 5 ,8 0 % 8 % 8 % 7 ,1 2 % 8 % 2 013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 8 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Figura 3. Distribuição percentual dos óbitos por intoxicação no Brasil segundo causas, 2013 a 2023 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Ministério da Saúde A pesquisa revelou que as circunstâncias das mortes por intoxicação tiveram como predomínio as tentativas de suicídio, representando 56,62% dos óbitos (Figura 4). Resultado que revela uma realidade preocupante e complexa, exigindo uma análise profunda que abranja diversos aspectos sociais, psicológicos e de saúde pública a fim de prevenir este tipo de ocorrência. 4224 (31,26%) 2976 (22%) 1856 (13,73%) 1206 (8,92%) 973 (7,20%) 449 (3,32%) 328 (2,42%) 236 (1,74%) 188 (1,40%) 163 (1,20%) 912 (6,75%) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 Medicamento Drogas de abuso Agrotóxico agrícola Raticida Ign/Branco Prod. químico Prod. uso domiciliar Alimento e bebida Agrotóxico doméstico Prod. veterinário Outro Óbitos 9 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Figura 1. Distribuição percentual das circunstâncias dos óbitos por intoxicação no Brasil, 2013 a 2023 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Ministério da Saúde A intoxicação exógena é um problema de saúde pública em escala nacional que transcende barreiras regionais e socioeconômicas. Embora o envenenamento seja possível em qualquer idade, dados do Ministério da Saúde do Brasil mostram um padrão temporal preocupante nos últimos 10 anos: o número de mortes por intoxicação aumenta com a idade. Assim, por idade, são pessoas de 20 a 39 anos que têm uma maior proporção de mortes nessa categoria, sendo 41,7%. Ao longo de uma década, a região Sudeste apresentou o maior número de óbitos por intoxicação com 6.332, correspondendo a 46,86% dos incidentes registrados. Em segundo lugar ficou a região Nordeste com 3.080, contribuindo com 22,80% dos casos. Já as regiões Sul com 2669 (19,75%), Centro-Oeste com 918 (6,80%) e Norte com 512 (3,80%), respectivamente. Nesse contexto, para se obter o coeficiente de mortalidade, foi coletado a média populacional de 7650 (56,62%) 2678 (19,82%) 916 (6,77%) 677 (5%) 613 (4,53%) 221 (1,63%) 164 (1,21%) 148 (1,08) 145 (1,07%) 58 (0,43) 31 (0,23%) 210 (1,55%) 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1 Circunstâncias dos óbitos Outra Ambiental Erro de administração Ingestão de alimento Violência/homicídio Automedicação Uso terapêutico Ign/Branco Uso Habitual Acidental Abuso Tentativa de suicídio 10 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 cada região do Brasil no período de 2013 a 2023, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) multiplicado por 100 mil habitantes. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS) o sexo masculino é mais propenso a óbitos por intoxicação do que o sexo feminino. Entre 2013 e 2023, foram registradas 7.857 mortes em homens correspondendo a 58,1%, enquanto 5652 (41,8%) ocorreram em mulheres. Além disso, o sexo masculino foi o mais acometido em todas as regiões sendo a variação percentual de +19% na região Sudeste, região Nordeste (+16%), região Sul (+12,8%), região Centro-Oeste (+7,6%) e região Norte (+16,8%). A análise dos dados na última década, revelam uma disparidade racial nas ocorrências de óbitos por intoxicação no Brasil. Segundo IBGE, brancos e pardos, que representam 68,9% da população brasileira, foram responsáveis por 80,8% dos óbitos por intoxicação, enquanto pretos, amarelo e indígenas, que compõem apenas 11,4% da população, registraram 7% das mortes. Ao analisar, a escolaridade dos indivíduos falecidos por intoxicação no Brasil com base no DATASUS os maiores números foram de “ignorados/ brancos” sendo 6.545 correspondendo a 48,4% dos casos, seguida por ensino médio completo (11,2%) e 5ª e 8ª séries incompletas (10%). No tocante aos óbitos por intoxicação relacionados ao trabalho, observou- se que 11.867 dos casos foram classificados como "não relacionados ao trabalho", representando 87,8%, posteriormente os ignorados/branco (9,6%)e apenas (2,5%) foram relacionados ao trabalho. 11 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Tabela 1. Número (n) de óbitos por intoxicação, proporção (%) e coeficiente de mortalidade por 100.000 habitantes segundo sexo, faixa etária, raça/cor, ecolaridade e exposição ocupacional. Brasil, 2013 a 2023. Brasil Variáveis N % Coef. Sexo Masculino 7.857 58,1 3,77 Feminino 5.652 41,8 2,71 Ign/Branco 2 0,01 0,001 Faixa etária menor 9 anos 402 3 0,19 10 a 19 anos 1.598 11,8 0,76 20 a 39 anos 5.636 41,7 2,7 40 a 59 anos 4.110 30,4 1,97 60 a 79 anos 1.512 11,1 0,72 80 anos e mais 249 1,8 0,11 Ign/Branco 4 0,03 0,002 Raça/cor Branca 5.515 40,8 2,64 Parda 5.391 40 2,58 Preta 836 6,1 0,4 Amarela 88 0,6 0,04 Indígena 43 0,3 0,02 Ign/Branco 1.638 12,1 0,78 Escolaridade Analfabeto 198 1,4 0,1 4ª incompleta 802 6 0,38 4ª completa 505 3,7 0,24 5ª e 8ª serie 1.341 10 0,64 EF completo 849 6,2 0,4 EM incompleto 749 5,5 0,36 EM completo 1.516 11,2 0,72 ES incompleta 218 1,6 0,1 ES completa 424 3,1 0,2 Não se aplica 364 2,7 0,17 Ign/Branco 6.545 48,4 3,14 Exposição trabalho Sim 347 2,5 0,16 Não 11.867 87,8 5,7 Ign/Branco 1297 9,6 0,62 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Ministério da Saúde 12 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Tabela 2. Número (n) de óbitos por intoxicação, proporção (%) e coeficiente de mortalidade por 100.000 habitantes segundo sexo, faixa etária, raç/cor, escolaridade exposição ocupacional e região geográfica. Brasil, 2013 a 2023. Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte Variáveis N % Coef. N % Coef. N % Coef. N % Coef. N % Coef. Sexo Masculino 3.769 48 4,32 1.788 22,7 3,17 1.507 19,1 5,23 494 6,2 3,52 299 3,8 1,7 Feminino 2.561 45,3 3 1.292 22,8 2,3 1.162 20,5 4,03 424 7,5 3,02 213 3,7 1,21 Ign/Branco 2 100 0,002 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Faixa etária menor 9 anos 153 38 0,17 137 34 0,24 36 8,9 0,12 50 12,4 0,35 26 6,4 0,14 10 a 19 anos 832 52 0,95 339 21,2 0,6 264 16,5 1 93 5,8 0,66 70 4,3 0,4 20 a 39 anos 2.772 49,1 3,18 1.236 22 2,19 1.078 19,1 3,74 343 6 2,45 207 3,6 1,18 40 a 59 anos 1829 44,5 2,1 951 23,1 1,68 899 21,8 3,12 302 7,3 2,15 129 3,1 0,73 60 a 79 anos 647 42,8 0,74 356 23,5 0,63 337 22,2 1,17 107 7 0,76 65 4,3 0,37 80 anos e mais 97 39 0,11 60 24 0,1 55 22 0,2 22 8,8 0,15 15 6 0,08 Ign/Branco 2 50 0,002 1 25 0,001 0 0 0 1 25 0,001 0 0 0 Raça/cor Branca 2.791 50,6 3,2 298 5,4 0,52 2.157 39,1 7,49 199 3,6 1,42 70 1,2 0,4 Parda 2.286 42,4 2,62 1.968 36,5 3,48 270 5 0,9 479 8,8 3,42 388 7,2 2,21 Preta 520 62,2 0,6 161 19,2 0,28 102 12,2 0,35 35 4,1 0,25 18 2,1 0,1 Amarela 44 50 0,05 21 23,8 0,03 16 18,1 0,05 6 6,8 0,04 1 1,1 0 Indígena 8 18,6 0,01 16 37,2 0,02 6 14 0,02 3 7 0,02 10 23,2 0,05 Ign/Branco 683 41,7 0,78 616 37,6 1,1 118 7,2 0,41 196 12 1,4 25 1,5 0,14 Escolaridade Analfabeto 44 22,2 0,05 91 46 0,16 31 15,6 0,1 13 6,5 0,93 19 9,6 0,11 4ª incompleta 305 38 0,35 182 22,7 0,32 232 29 0,8 42 5,2 0,3 41 5,1 0,23 4ª completa 222 44 0,25 91 18 0,16 141 28 0,5 31 61 0,22 20 4 0,11 5ª e 8ª serie 644 48 0,74 214 16 0,38 331 24,6 0,11 72 5,3 0,51 80 6 0,45 EF completo 489 57,5 0,56 95 11,1 0,17 197 23,2 0,68 47 5,5 0,33 21 2,4 0,12 EM incompleto 390 52 0,44 101 13,5 0,18 165 22 0,57 56 7,4 0,4 37 5 0,21 EM completo 770 50,8 0,88 203 13,4 0,36 392 25,8 0,13 94 6,2 0,67 57 3,7 0,32 ES incompleta 80 36,7 0,09 29 13,3 0,05 86 39,4 0,3 15 6,8 0,1 8 3,6 0,04 ES completa 172 40,5 0,2 52 12,2 0,09 135 31,8 0,46 44 10,3 0,31 21 5 0,12 Não se aplica 139 38,1 0,16 121 33,2 0,21 33 9 0,11 46 12,6 0,33 25 7 0,14 Ign/Branco 3.077 47 3,53 1.901 29 3,37 926 14,1 0,32 458 7 3,27 183 2,7 1,04 Exposição trabalho Sim 113 32,5 0,1 86 24,7 0,15 77 22,2 0,13 42 12,1 0,3 29 8,3 0,16 Não 5.618 47,3 6,45 2.586 21,8 4,58 2.450 20,6 4,34 761 6,4 5,43 452 3,8 2,58 Ign/Branco 601 46,3 0,69 408 31,45 0,72 142 11 0,25 115 8,8 0,82 31 2,4 0,17 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) - Ministério da Saúde 4 DISCUSSÕES Óbitos por intoxicação é uma realidade preocupante que impacta diversos segmentos da sociedade, manifestando-se como um obstáculo multifacetado e em constante mudança. As causas relacionadas podem ser acidentais ou intencionais, como o uso de substâncias como drogas lícitas e ilícitas, alimentos, bebidas, plantas tóxicas, agrotóxicos e medicamentos (Soares et al, 2021). 13 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 Em relação aos agentes causadores de mortes por envenenamento, historicamente a maior prevalência é devido aos medicamentos, seguido por abuso de drogas, constatado nos grandes centros urbanos brasileiros, demonstrando um grave problema de saúde pública no cenário atual (Frazão et al, 2023). Sobre as circunstâncias dos casos de envenenamento, segundo a literatura e o governo brasileiro, mais da metade dos casos são por tentativas de suicídio. Segundo o Ministério da Saúde, durante o período de 2013 a 2014, houveram 1437 notificações de internações por envenenamento resultando em 1,77% por mês. Dentre os motivos para esses casos os principais apontados foram o desemprego, a pobreza, a dificuldade de perder um familiar, as relações com amigos ou familiares, ruptura de relação afetiva e questões legais ou do ambiente laboral. (Werneck et al, 2006; Lima et al, 2020; Brasil, 2023). Quanto a distribuição regional dos óbitos, o presente estudo, mostrou que a região Sudeste apresentou as maiores taxas de mortalidade por envenenamento, podendo ser em consequência de fatores como: possui o maior número de farmácias e drogarias do país, facilitando o acesso da população a medicamentos, inclusive os de venda controlada, o que pode contribuir para o uso inadequado e abusivo de fármacos, elevando o risco de intoxicações e envenenamentos. Além disso, outro ponto a se considerar é que a região Sudeste também se destaca pela maior oferta de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATs), unidades especializadas no atendimento e registro dos casos de envenenamento onde possui 14 unidades das 33 do país. Essa maior disponibilidade de serviços especializados pode levar um aumento no registro de casos, não necessariamente refletindo um aumento real do número de envenenamentos, mas sim uma melhor captura de dados (Alvim et al, 2020). Foi evidenciado uma crescente prevalência gradativa de óbitos pelos anos com a faixa etária entre 20 a 39 anos de maior ocorrência. Essa crescente pode ser explicada pela modernização das tecnologias de comunicação, facilitando a contabilização das notificações, além da oferta de uma gama de agentes tóxicos 14 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 e produtos químicos que se manipulados inadequadamente acarretam riscos à saúde e da maior acessibilidade a determinados produtos venenosos nos domicílios (Brito et al, 2015). Em relação ao sexo, a literatura explica que a tentativa de suicídio por envenenamento é mais expressiva no sexo feminino. No entanto segundo Vieira, Santana e Suchara (2015), os homens são quatro vezes mais propensos ao suicídio, usando de métodos mais agressivos, o que acarreta uma frequência três vezes maior de óbitos no sexo masculino. Diversos fatores implicam na alta taxa de suicidio no sexo masculino, como a prevalência de alcoolismo, dificuldade em reconhecer sinais de risco a saúde mental, problemas em buscar amparo familiar e profissional, entre outros. Esses fatores somados a maior intenção de suicídio, ao conhecimento sobre meios violentos e a uma menor preocupação com o corpo, esclarece os dados da pesquisa com os óbitos sendo mais predominante no sexo masculino (Vieira; Santana; Suchara, 2015;Braun et al, 2024). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021 a maior parte da população brasileira era formada por pardos e brancos e em menor número por preta, condição que talvez possa explicar o fato da maior taxa de óbitos ocorrer entre brancos e pardos no Brasil. Sobre a escolaridade dos indivíduos dos casos de óbito por intoxicação, se percebe uma alta porcentagem de ignorados/brancos, que por consequência, prejudicada a compreensão das causas de morte, bem como a seleção dos grupos de risco, sendo esta uma medida valiosa para melhorar a qualidade das informações coletadas e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes para mitigar mortes por intoxicação. Em relação aos casos de intoxicação no trabalho observou-se que 87,8% casos foram não relacionados ao trabalho, essa alta proporção levanta questões sobre a precisão das notificações e as implicações para as famílias das vítimas. O estudo aponta os agrotóxicos agrícolas como a terceira na causa de mortes (13,73%). Nesse contexto, os agrotóxicos agrícolas, que são amplamente utilizados contra pragas, podem ter consequências perigosas para a saúde 15 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 humana. As intoxicações por esses agentes causam elevada morbimortalidade, além de não estarem restritas ao trabalho rural, apesar das subnotificações (Santos et al, 2021). 5 CONCLUSÃO De acordo com o DATASUS foram registrados 13.511 óbitos por intoxicação exógena no Brasil no período de 2013 a 2023, com maior frequência na região Sudeste 46,86%. A faixa etária de maior ocorrência 41,7%, foi de 20 a 39 anos e sexo masculino mostrou maior predominância, representado por 58,1% dos casos. Alem disso o estudo ressalta a falta de informação referente a escolaridade e exposição de trabalho, o que prejudica a conclusão de tal parâmetro. Esse estudo demonstra uma importância de se elaborar projetos que promovam esforços coordenados para educar os profissionais de saúde e o público em geral, qualificando e preparando a fim de ampliar a compreensão dos incidentes de intoxicação externa em diversas regiões do Brasil. 16 CUADERNOS DE EDUCACIÓN Y DESARROLLO, Portugal, v.16, n.7, p. 01-18, 2024 REFERÊNCIAS ALVIM, A. L. S.; FRANÇA, R. O.; ASSIS, B. B. de; TAVARES, M. L. de O. Epidemiologia da intoxicação exógena no Brasil entre 2007 e 2017 / Epidemiology of exogenous intoxication in Brazil between 2007 and 2017. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 6, n. 8, p. 63915–63925, 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n8-718. 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