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SEMIOLOGIA VETERINÁRIA Introdução ao sistema tegumentar A pele trata-se de uma barreira anatômica e fisiológica entre o organismo e o ambiente, promovendo proteção contra lesões físicas, químicas e microbiológicas. Laura e Gustavo a pele reflete o estado da saúde do animal funções da pele Impede a perda de água, eletrólitos e macromoléculas, mantendo o meio interno adequado para o funcionamento dos órgãos. proteção contra perdas proteção contra lesões externas Defende o corpo de agressões químicas, físicas e microbiológicas, com auxílio da flora normal funções da pele Forma pelos, unhas e camada córnea, que protegem contra lesões, frio e auxiliam na movimentação e alimentação. Produção de estruturas queratinizada Flexibilidade Permite ampla variedade de movimentos. Secreção Glândulas sudoríparas e sebáceas lubrificam, regulam a temperatura e produzem odores. Termorregulação Mantém a temperatura corporal por meio da pelagem, vasos sanguíneos e glândulas. Reservatório Armazena água, eletrólitos, vitaminas, lipídios, carboidratos e proteínas. Pigmentação A melanina define a cor da pele e dos pelos, protegendo contra radiação ultravioleta. Imunorregulação Controla infecções e inibe o desenvolvimento de neoplasias. Produção de vitamina D A pele ativa a vitamina D para uso pelo organismo. Identificação O espelho nasal tem padrões únicos usados na identificação animal. Percepção A rede nervosa cutânea capta calor, frio, dor e tato. Camada superior; Estratificada. Epiderme Vascularizada; Duas camadas. Derme Tecido adiposo. Hipoderme Anatomofisiologia do sistema tegumentar Fonte: Pinterest. • CAMADAS: Basal; Espinhosa; Granulosa; Lúcida; Córnea. EPIDERME • CÉLULAS: Queratinócitos; Melanócitos; Langerhans; Merkel. Fonte: Biomedicina online. CAMADAS: • Superficial • Profunda DERME CÉLULAS: Fribroblastos; Mastócitos; Macrófagos (histiocitários); Langerhans dérmicas; Inflamatórias transitórias. Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema Tegumentar. Histologia Texto e Atlas UFPR, [S. l.], 2021. Colágenas FIBRAS: DERME Reticulares Elásticas Fonte das imagens 1, 2, e 3: LARIVET. Combo B – Fisiologia, Histologia, Embriologia e Parasitologia: Resumos. [S. l.: s. n.], 2024. Material didático. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO: Tec. conjutivo frouxo; Tec. adiposo (branco ou marrom) HIPODERME CÉLULAS: Adipócitos; Fribroblastos; Macrófagos (histiocitários); Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA. Tecido Adiposo. Atlas de Histologia Digital – UNEB, 1ª versão, 11 jan. 2021. INERVAÇÃO DÉRMICA Os receptores cutâneos incluem: • Merkel e Meissner → toque e vibração leve •Pacini → pressão profunda •Ruffini → estiramento •Terminações livres → dor, temperatura e prurido Fibras: Aβ, Aδ e C transmitem diferentes tipos de estímulos ao SN, permitindo reflexos protetores e percepção sensorial. A pele é intensamente inervada por ramos sensitivos dos nervos, formando dermátomos responsáveis pela sensibilidade tátil, térmica e dolorosa. Fonte: Jeannete Fischer. PLEXO SUBPAPILAR: Abaixo da junção dermoepidérmica; Forma alças capilares que penetram nas papilas dérmicas; PLEXO INTERMEDIÁRIO: Situa-se entre as glândulas sebáceas e folículos pilosos. Distribui ramificações ascendentes para o plexo subpapilar. PLEXO PROFUNDO: Entre a derme profunda e a hipoderme. Contém artérias e veias de maior calibre; Irriga glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos pilosos e músculos eretores. Vital para a sobrevivência da pele VASCULARIZAÇÃO Pelos e Anexos Cutâneos Formados por células queratinizadas produzidas nos folículos pilosos. Dividem-se em: Haste: parte visível, externa à pele. Raiz: parte intradérmica. Associam-se ao folículo piloso: Glândula sebácea Músculo eretor do pelo Estrutura dos Pelos Têm glândula sebácea e músculo eretor; emergem por poros individuais. Pelo Primário Possuem apenas glândula sebácea; emergem em grupos (5 a 20 por poro). Pelo Secundário Tipos de Pelo Pelos primários e secundários. Felinos, caninos, caprinos, suínos e ovinos Apenas pelos primários. Bovinos e Equinos Diferença entre Espécies Composição do Pelo Cutícula: células cornificadas e anucleadas. Córtex: pigmentado, define a cor do pelo. Medula: estrutura central, menos compacta; pode conter pigmento. Pelos secundários: medula pouco desenvolvida e cutícula mais proeminente. Lanugo: sem medula. Principal componente: queratina (cerca de 20 aminoácidos). Funções do Pelo Termorregulação Proteção contra raios solares e agentes externos Percepção sensorial Influenciam: Temperatura corporal (espessura, densidade e comprimento); Reflexão de luz solar (cor e brilho); Crescem inclinados entre 30° e 60°. Direção: craniocaudal e dorsoventral. Favorece: Movimento dos animais Escoamento da água e secagem rápida Orientações do Pelo Ciclo do Pelo Intensa atividade mitótica e produção do pelo. Anágena (Crescimento) Redução do folículo; cessa a melanogênese e a proliferação celular. Catágena (Regressão) Pelo em clava prestes a cair; folículo inativo. Telógena (Repouso) Duração das Fases Varia conforme idade, raça, sexo, região corporal e fatores ambientais. Influenciada por: Fotoperíodo Temperatura Nutrição Hormônios e genética Citocinas e fatores de crescimento Diferença entre Raças Pelos longos (ex: Poodle): Ciclo anágeno prolongado Menor queda de pelos Recuperação após tosa: 18 a 24 meses Pelos curtos (ex: Boxer, Beagle): Maioria dos pelos em fase telógena (≈70%) Maior queda de pelos Recuperação após tosa: 4 a 8 semanas ANEXOS CUTÂNEOS Anexos cutâneos são as estruturas derivadas da epiderme que compõem o sistema tegumentar, incluindo pelos, unhas, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e glândulas acessórias. Eles desempenham funções vitais como proteção, regulação da temperatura corporal, e auxílio na percepção sensorial. Glândulas sebáceas Presentes em quase toda a pele, exceto coxims e plano nasal. Sempre associadas aos folículos pilosos → formam a unidade pilossebácea. Mais concentradas em regiões: junções mucocutâneas, espaço interdigital, região cervical dorsal, mentoniana e dorsal da cauda (carnívoros). Tipo de Secreção: Holócrina: células inteiras se desintegram liberando o sebo. Sebo: mistura oleosa que lubrifica e protege a pele e os pelos. Funções Principais: Hidratação: forma película sobre a camada córnea, reduzindo perda de água. Lubrificação e brilho dos pelos. Proteção físico-química: barreira contra patógenos. Controle Hormonal: Andrógenos: estimulam hipertrofia e hiperplasia. Estrógenos e glicocorticoides: causam involução. Influência Nutricional: Dietas deficientes em ácidos graxos essenciais podem comprometer qualidade do sebo e saúde da pele. Glândulas sudoríparas Dividem-se em glândulas epitriquiais e atriquiais (antigamente chamadas apócrinas e écrinas). Glândulas Epitriquiais Localização: na pele com pelame. Estrutura: geralmente tubulares e espiraladas, situadas abaixo das glândulas sebáceas; o ducto se abre acima da abertura sebácea. Distribuição: mais numerosas nas junções mucocutâneas, região cervical dorsal e espaço interdigital. Inervação: não são inervadas. Funções: Produção de secreção com ação antimicrobiana. Participação na liberação de feromônios (comunicação química). Presença: caninos, felinos, suínos, caprinos, ovinos, equinos e bovinos. Glândulas sudoríparas Glândulas Atriquiais Exclusivas dos coxins palmoplantares (patas). Estrutura: levemente espiraladas, situadas na derme profunda ou subcutâneo. Inervação: fortemente inervadas, controladas por estímulos nervosos e térmicos. Função: Responsáveis pela sudorese nas patas, importante em termorregulação local e tração. Presença: carnívoros domésticos (cães e gatos). SUDORESE Caninos e Felinos: Sudorese discreta ou ausente; ocorre principalmente nos coxims, e possivelmente em axilas, virilha e abdômen ventral em situações de calor ou excitação.Equinos: Intensa produção de suor — principal mecanismo de termorregulação. Bovinos: Também utilizam sudorese para perder calor, mas varia entre raças. Ovinos e Caprinos: Sudorese discreta e intermitente; glândulas podem entrar em fadiga após períodos prolongados de calor. Glândulas especializadas (carnívoros doméstico) Glândulas perianais (circumanais) Sacos anais Glândulas da cauda (supracaudais) Glândulas das orelhas Glândulas Perianais (Circumanais) Glândulas sudoríparas modificadas. Localização: ao redor do ânus (face interna e externa), podendo ocorrer também no prepúcio e nas faces dorsal e ventral da cauda. Função: secreção com função olfatória e de marcação territorial. Histologia: compostas por células hepatoides (semelhantes a hepatócitos). Controle hormonal: estimuladas por testosterona, por isso mais ativas em machos. Glândulas especializadas (carnívoros doméstico) Glândulas Auriculares Tipo: glândulas sebáceas e ceruminosas combinadas. Localização: conduto auditivo externo. Função: produzem o cerúmen (cera), que protege o ouvido, mantendo a umidade e função antimicrobiana. Glândulas especializadas (carnívoros doméstico) Glândulas Supracaudais (da Cauda) Localização: na face dorsal da cauda, entre a 5ª e 7ª vértebras coccígeas. Presença: visível em cerca de 5% dos cães machos; comum também em cães selvagens e felinos. Função: reconhecimento olfatório e comunicação social. Disfunções: podem causar oleosidade excessiva e aspecto graxento dos pelos da região. Glândulas especializadas (produção e esporte) Região Nasolabial (bovinos, ovinos e caprinos) Tipo: glândulas seromucoides. Função: lubrificação contínua da região nasolabial; mantém umidade e proteção contra atrito. Particularidade: secreção é abundante em bovinos e constante. Glândulas especializadas (produção e esporte) Órgão Mandibular (suínos) • Composição: aglomerado de glândulas sebáceas e sudoríparas + pelos espessos e sensitivos. • Localização: região mentual (abaixo da mandíbula). • Função: secreção oleosa e odorífera usada na comunicação e comportamento social. ALTERAÇÕES/ LESÕES DERMATOLÓGICAS Fonte: https://vet.ufmg.br/wp-content/uploads/2019/06/Caderno-T%C3%A9cnico-71.pdf As lesões dermatológicas podem ser classificadas quanto a sua: Distribuição: localizada, disseminada ou generalizada Topografia: lesões simétricas ou assimétricas Profundidade: superficiais ou profundas Configuração: circular, puntiforme, linear... Morfologia*: organiza as lesões em grupos de acordo com as suas características. ALTERAÇÕES DE COR Ocorrem por vasodilatação ou por extravasamento de hemácias. São representadas por manchas ou máculas planas - sem relevo ou depressão. MANCHAS VASCULONOSSANGUÍNEAS A) ERITEMA: coloração avermelhada da pele decorrente da vasodilatação Ocorre em dermatopatias inflamatórias, associadas a quadros pruriginosos. O eritema volta a coloração normal quando submetido à pressão. Classificações do eritema: Cianose: eritema arroxeado por congestão passiva ou venosa Enantema: eritema de mucosas Exantema: eritema disseminado Manchas lívidas: cor cinza-azulada, fria, por isquemia. Eritrodermia: eritema crônico Mancha anêmica: mancha branca permanente por agenesia vascular. Cão, Dálmata, fêmea de 11 meses de idade, com eritema generalizado. Caso de demodicidose Ceratose actínica. Eritema, alopecia e crostas em região abdominal ventral. Fêmea, 4 anos, Pit Bull americano. ALTERAÇÕES DE COR Ocorrem por vasodilatação ou por extravasamento de hemácias. São representadas por manchas ou máculas planas - sem relevo ou depressão. MANCHAS VASCULONOSSANGUÍNEAS A) PÚRPURA: coloração avermelhada da pele decorrente do extravasamento de hemácias. Ocorrem por rupturas traumática de pequenos vasos ou por coagulopatias. Evolutivamente assumem a coloração arroxeada e depois verde- amarelada. A púrpura não volta a coloração normal quando submetida à pressão (diferença de eritema e púrpura) Classificações da púrpura: Petéquias: púrpura de até 1 cm de diâmetro Equimose: púrpura maior que 1 cm de diâmetro Víbice: púrpura de formato linear Cão, sem raça definida, 5 anos de idade, com púrpuras. Caso de intoxicação por dicumarínico Petéquias na pele e na mucosa bucal de um Podengo Português de 10 anos de idade, morto em consequência de febre da carraça. ALTERAÇÕES DE COR Ocorrem por vasodilatação ou por extravasamento de hemácias. São representadas por manchas ou máculas planas - sem relevo ou depressão. MANCHAS VASCULONOSSANGUÍNEAS A) TELANGIECTASIA: evidênciação dos vasos cutâneos através da pele, decorrente do seu adelgaçamento. Indica atrofia cutânea Ocorre frequentemente em casos de hiperadrenocorticismo e cicatrização atrófica. Pacientes com hiperadrenocorticismo: a) Evidencia-se obesidade central, decorrente do hiperadrenocorticismo; b) Telangiectasia intensa e calcinose cutânea em região abdominal; c) Hipotonia cutânea abdominal ; d) Eritema, telangiectasia e calcinose cutânea em abdômen Cão, Yorkshire, fêmea de 8 anos de idade, com telangiectasia decorrente de hiperadrenocorticismo. Manchas pigmentares ou discrômica ALTERAÇÕES DE COR Ocorrem por aumento ou diminuição da melanina ou pelo depósito de outros pigmentos na derme (naturais ou artificiais) São representadas por manchas ou máculas planas - sem relevo ou depressão. MANCHAS PIGMENTARES HIPOCROMIA/ HIPOPIGMENTAÇÃO ANACROMIA HIPOCROMIA/ HIPOPIGMENTAÇÃO É o aumento de pigmentos de qualquer natureza na pele que causam o escurecimento. Os pigmentos podem ter diferentes origens, como: hemossiderina, bilirrubina, carotenos e tatuagens No caso da melanodermia, a área efetada assume a coloração castanho claro ou escuro Ausência do pigmento melânico em uma área de pele ou pelos Não há melanina ali e a pele fica com manchas brancas Diminuição do pigmento melânico na pele e pelos Pele/ pelos ficam mais claros do que o normal daquele animal Cão, Rottweiler, macho de 2 anos de idade com lesões de hipocromia e acromia. Caso de vitiligo Cão, sem raça definida, macho de 7 anos de idade, com lesão alopécica e hiperpigmentada em caso de dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (DAPE). Formações sólidas Resultam de processos inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos, atingindo isolada ou conjuntamente as camadas da pele. A) PÁPULA: São pequenas lesões sólidas, que ficam elevadas na pele e têm até 1 cm de diâmetro, ocupando área delimitada B) PLACAS: Áreas elevadas da pele com mais de 2 cm de diâmetro, geralmente pela junção de pápulas C) NÓDULOS: Lesões sólidas com bordam delimitadas, saliente ou não, de 1 a 3 cm de diâmetro. Pápulas em região torácica de cão com foliculite. Cão, SRD, macho com 5 meses, com pápulas múltiplas, com foliculite. Placa em abdome de cão.Cão, SRD, macho de 11 meses, com lesões papulares e eritematosas coalescendo e formando placas. Formações sólidas D) TÚBERCULO: (Designação em desuso) É uma pápula ou nódulo que evoluiu, deixando cicatriz; E) TUMOR OU NODOSIDADE: Lesão circunscrita, saliente ou não, de mais de 3cm. o tumor deve ser utilizado preferencialmente para neoplasias; F) GOMA: Nódulo ou nodosidade que sofre depressão ou ulceração na região central e elimina material necrótico. pode haver envolvimento de agentes etiológicos no desenvolvimento desse tipo de lesão; Cão, SRD, fêmea de 13 anos, com lesão em goma. Felino, SRD, macho de 4 anos, com lesão nodular e outra lesão tumoral. Cão, Pastor-alemão, macho de 7 anos, com lesão tumoral. Formações sólidas G) VEGETAÇÃO: Lesão exofítica (com crescimento para fora, formando uma “elevação” ou “protuberância”), avermelhada e brilhante, que pode ocorrer pelo aumento da camada espinhosa; H) VERRUCOSIDADE: Lesão exofítica, acinzentada, áspera, dura e inelástica, que ocorre pelo aumento da camada córnea. Cão, SRD, macho de 8 meses, com lesões verrucosas. Felino, SRD, fêmea com 5 anos, com lesão vegetante. COLEÇÕES LÍQUIDAS Incluem-se as lesões com conteúdo seroso, sanguinolento ou purulento A) VESÍCULAS:Elevação com bordas delimitadas de até 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. Esse conteúdo começa como conteúdo seroso e pode evoluir para purulento ou hemorrágico. B) BOLHAS: Elevação com bordas delimitadas maiores que 1 cm de diâmetro contendo líquido de cor clara. C) PÚSTULAS: Elevação com bordas delimitadas com até 1 cm de diâmetro contendo pus. Para o diagnóstico deve-se considerar: lesões caústicas, farmacodermicas, doenças autoimunes e piodermatites. Vesícula em pele de cão com farmacodermia Cão, Dobermann, fêmea de 2 anos, com vesículas e bolhas. Caso de queimadura. Cão, Yorkshire, fêmea com 6 meses, com pústulas. COLEÇÕES LÍQUIDAS D) CISTO: Formação elevada ou não, constituída por cavidade fechada envolta por epitélio e contendo líquido ou substância semissólida. E) FLEGMÃO Aumento do volume, de consistência flutuante, não encapsulado, de tamanho variável, proeminente ou não, contendo líquido purulento na pele e/ou em tecidos subjacentes. Há dor e calor F) ABCESSO Formação com bordas delimitadas, de tamanho variável, encapsulado, proeminente ou não, contendo líquido purulento na pele e/ou em tecidos adjacentes. Há dor, calor e flutuação Cisto sebáceo em cão Felino, macho de 5 meses de idade, com flegmão, apresentando pontos de supuração. Abcesso em coelhos COLEÇÕES LÍQUIDAS G) HEMATOMA Formação com bordas delimitadas, de tamanho variável, proeminente ou não, decorrente do derramamento sanguíneo na pele ou em tecidos subjacentes O hematoma mais comum é o oto-hematoma, causado por trauma físico por prurido. Cão, sem raça definida, macho de 3 anos de idade, com oto-hematoma. Cão, raça Yorkshire, 6 anos com hematoma em região abdominal ventral e bolsa escrotal, face medial e caudal de membro pélvico esquerdo, um dia após o procedimento cirúrgico de artroplastia. Manchas violáceas na pele de um canídeo com hematomas subcutâneos múltiplos. O pêlo foi rapado, permitindo observar melhor as lesões. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA A) HIPERQUERATOSE OU QUERATOSE: Espessamento de pele decorrente do aumento da camada córnea. Denominada leucoplasia quando ocorre em mucosas. A pele torna-se áspera, inelástica, dura e acinzentada. B) LIQUENIFICAÇÃO OU LIGNIFICAÇÃO: Espessamento da pele decorrente do aumento da camada malpighiana com acentuação dos sulcos cutâneos. Cão, SRD, macho com 3 anos, com hiperqueratose de pavilhão auricular. Liquenificação em lábio inferior de cão com atopia. As alterações de espessura correspondem a modificações na quantidade de tecido cutâneo. Ocorrem principalmente como resposta a processos inflamatórios crônicos, traumas repetidos, distúrbios de queratinização ou alterações circulatórias. C) EDEMA: Aumento da espessura, depressível (sinal de Godet), sem alterações de coloração, decorrente do extravasamento de plasma na derme e/ou hipoderme. Indica qualquer condição que altere o equilíbrio de líquidos entre vasos e tecidos, como inflamação, falha na drenagem linfática, hipoproteinemia ou cardiopatias. D) ESCLERIOSE: Aumento da consistência da pele, que se torna lardácea (aspecto semelhante à banha ou gordura) ou coriácea (aspecto semelhante a couro), não é depressível, e o pregueamento é difícil ou impossível. Pode se apresentar hipo ou hipercrômica, decorrente de fibrose do colágeno. F) CICATRIZ: Lesão de aspecto variável, saliente ou deprimida, móvel, retrátil ou aderente. Não apresenta estruturas foliculares nem sulcos cutâneos, sendo decorrente de processo destrutivo da pele. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA Edema de úbere, com sinal de Godet positivo. Equino, macho de 12 anos, com cicatriz em pós- operatório de crioterapia. PERDAS TECIDUAIS E REPARAÇÕES São lesões decorrentes de eliminação ou destruição patológica do tecido cutâneo. A) ESCAMA: Placas de células da camada córnea que se desprendem da superfície cutânea por alterações da queratinização. Indicam queratinização precoce ou aumento da epidermopoese, decorrentes de fatores genéticos, processos inflamatórios ou metabólicos. Podem ser classificadas em: farinácea. furfurácea ou micócea B) ESCORIAÇÃO Erosão linear geralmente decorrente de lesões autotraumáticas pruriginosas C) EROSÃO OU EXULCERAÇÃO: Perda superficial da epiderme ou de camadas da epiderme Cão, fêmea de 7 anos de idade, com descamação. Caso de disqueratinização (“seborreia seca”). Cão, macho de 1 ano de idade, com escoriação. Caso de escabiose. Cão, macho de 2 anos de idade, com exulceração. Caso de lúpus eritematoso discoide (LED) PERDAS TECIDUAIS E REPARAÇÕES D) ULCERAÇÃO: Perda circunscrita da epiderme e derme, podendo atingir a hipoderme e os tecidos subjacentes. E) ÚLCERA: Sinônimo de ulceração crônica. Denomina-se de úlcera terebrante (de dor aguda e penetrante) aquela muito profunda. F) AFTA: Pequena ulceração em mucosa. G) COLARINHO EPIDÉRMICO: Fragmento de epiderme circular que resta aderido à pele após a ruptura de vesículas, bolhas ou pústulas. Cão, Yorkshire, macho de 6 anos de idade, com colarinho epidérmico. Caso de foliculite superficial. Cão, Pastor-alemão, macho de 5 anos de idade, com úlcera. Caso de reação à injeção de enrofloxacino. Gato com estomatite. PERDAS TECIDUAIS E REPARAÇÕES São lesões decorrentes de eliminação ou destruição patológica do tecido cutâneo. A)FISSURA: Perda linear da epiderme ao redor de orifícios naturais ou em áreas de prega ou dobras. B) CROSTA: Concentração amarelo-clara, esverdeada ou vermelho escuro, que se forma em área de perda tecidual, decorrente do dessecamento de serosidade, pus ou sangue, além de restos epiteliais. C) ESCARA: Área de cor lívida ou preta, limitada por necrose tecidual. Indica morte tecidual por reação alérgica a injeções, crioterapia ou decúbito prolongado D) FÍSTULAS: Canal com abertura na pele, que drena foco de supuração ou necrose e elimina material purulento ou sanguinolento. Indica a existência de foco infeccioso ou corpo estranho em tecidos adjacentes. Bovino, fêmea de 6 anos de idade, com escaras e úlcera em pós-operatório de crioterapia Cão, Pastor-alemão, macho de 7 anos de idade, com fístulas perianais. Cão, sem raça definida, fêmea de 14 anos de idade, com crostas hemorrágicas. Caso de metástase cutâ nea de adenocarcinoma mamário Fissuras (setas) em pele de cão com demodicose LESÕES PARTICULARES Existem algumas lesões que acabam por não pertencer a nenhum dos cinco grupos lesionais e são tidas como lesões especiais ou sinais específicos. A) CELULITE: Inflamação da derme e/ou tecido subcutâneo. B) COMEDÃO: Acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo branco) ou de queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto). C) CORNO: Crescimento cutâneo delimitado e elevado, formado por queratina; é o grau máximo de hiperqueratose. D) MILIUM (MÍLIO): Pequeno cisto de queratina branco- amarelado na superfície da pele. Canino, Schnauzer, fêmea, 6 anos de idade, com síndrome do comedão do Schnauzer. Celulitis juvenil canina Felino, fêmea de 9 anos de idade, com chifre cutâ neo. Caso de carcinoma espinocelular Dermatite miliar felina LESÕES ASSOCIADAS As lesões elementares anteriormente descritas podem ocorrer isoladamente ou associadas. Alguns termos utilizados: A) PAPULOCROSTOSA: Pápula com crosta. B) ULCEROERITEMATOSA: Úlcera que apresenta eritema ao redor. C) ULCEROCROSTOSA: Úlcera com crosta. Lesão ulcerativa e crostosa comprometendo todo o plano nasal, se estendendo da ponte ao espelho nasal. Placas ulceradas, bem circunscritas, eritematosas, circulares a ovaladas e úmidas (exsudato), localizadas na borda lateral e na base medial da orelha, e na lateral da face. Alterações Patológicas Frequentes Atopia (Dermatite atópica) Eritema Hiperpigmentação Prurido intenso Alopecia por lambedura Liquenificação Alterações Patológicas Frequentes Demodicidose (Demodicose) Eritema CrostaPústulas Alopecia focal ou generalizada Alterações Patológicas Frequentes Hipotireoidismo Alopecia bilateral simétrica HiperpigmentaçãoSeborreia seca HiperqueratoseAlterações Patológicas Frequentes Otite externa Eritema Secreção ceruminosa Prurido auricular Alterações Patológicas Frequentes Hiperadrenocorticismo (Cushing) Comedões Alopecia bilateral Alterações Patológicas Frequentes Dermatofitose (Tinha) Crosta Descamação Alopecia circular Sinais clínicos na pele Vai ocorrer depois da identificação e da anamnese ocorre em quatro etapas 1- Palpação 2- Olfação 3- Inspeção direta 4- Inspeção indireta Fonte: Google. Palpação Na palpação vai ser determinado os aspectos de sensibilidade das lesões, volume, espessura, elasticidade, temperatura, consistência e características como umidade e untuosidade (presença excessiva de gordura- sebo- na superfície cutânea) da pele Em relação ao aumento de volume, deve ser avaliada a consistência e investigadas causas como edema (líquido intersticial) ou enfisema (acúmulo de ar ou gases). Edema generalizado • Ocorre quando há acúmulo de líquido em várias partes do corpo, afetando extensas regiões da pele e tecidos subcutâneos. • Geralmente indica doenças sistêmicas, ou seja, que afetam o organismo como um todo. Cardiopatias (problemas no coração) Hipoproteinemia (baixa de proteínas no sangue, especialmente albumina) Doenças renais ou hepáticas Edema localizado Definição: O acúmulo de líquido ocorre em uma área restrita do corpo. Significado clínico: Indica geralmente um problema dermatológico ou regional, sem envolvimento sistêmico. Inflamações locais (ex.: abscessos, picadas de insetos, reações alérgicas). Traumas (batidas, mordidas ou cirurgias). Infecções cutâneas (como piodermites ou dermatites infecciosas). O aumento de volume é delimitado, quente e doloroso à palpação quando há inflamação. Edemas Enfisemia aspirador e autóctone Enfisema aspirado (traumático/ mecânico)- O ar vem das vias respiratórias, ou seja, é ar atmosférico que escapou dos pulmões, traqueia ou brônquios devido a: ·Ruptura pulmonar (por trauma torácico ou bronquite intensa) ·Perfuração de traqueia ou brônquios (por acidentes, intubação mal executada, fraturas cervicais ou feridas penetrantes no pescoço); ·Ferimentos torácicos abertos, que permitem a entrada de ar e a sua difusão pelo subcutâneo. Enfisema autóctone (ou infeccioso / gasoso) Aqui, o gás não vem das vias aéreas, mas é produzido dentro dos tecidos, por bactérias anaeróbias fermentadoras, principalmente do gênero Clostridium Essas bactérias decompõem tecidos e produzem gases (CO₂, H₂ e N₂), que se acumulam no subcutâneo e nos músculos. Por isso, o termo “autóctone” significa que o gás se forma no próprio local da lesão. Olfação Método semiológico útil, mas dependente da experiência do profissional. O olfato pode auxiliar na identificação de doenças dermatológicas específicas. O treinamento e a prática aprimoram a percepção dos odores característicos. Pode orientar o diagnóstico diferencial com base no odor da enfermidade. Odor exalado: Ar expirado (uremia, acetonemia, halitose); Transpirações/secreções cutâneas; Urina; Fezes; Outros. Acetonemia bovina Inspeção direta e indireta Direta= É a observação feita a olho nu, sem o uso de instrumentos. O examinador utiliza apenas a visão natural, sob boa iluminação, para avaliar a aparência geral e os detalhes visíveis da pele e anexos. Por último na inspeção direta e indireta o animal vai ter a avaliação completa Indireta= É a observação realizada com auxílio de instrumentos ou métodos complementares, que ampliam, revelam ou evidenciam detalhes não visíveis a olho nu. Classificações das lesões cutâneas As lesões de pele podem ser classificadas quanto a distribuição, configuração, topografia, profundidade e morfologia, essa última também denominada lesões elementares. Distribuição= ela pode ser classificadas em lesões localizadas, lesões disseminadas ou generalizadas Topografia= comparar a localização e a disposição das lesões entre si — se elas aparecem de maneira igual nos dois lados do corpo (simétrica) ou desigual (assimétrica). Profundidade= o prognóstico e a gravidade do quadro podem estar ligados à profundidade da lesão. Geralmente, os quadros mais brandos são superficiais, e os mais graves, profundos Configuração= a forma ou contorno das lesões e sua caracterização, oq proporciona uma avaliação mais certeira Morfologia= permitirá ao clínico nomear as lesões sinais clinicos Manchas vasculossanguíneas Eritema- Coloração avermelhada da pele decorrente de vasodilatação -Em geral, ocorre em dermatopatias inflamatórias, estando frequentemente associado a quadros pruriginosos. Púrpura- Coloração avermelhada da pele decorrente de extravasamento de hemácias na derme Telangiectasia- É a dilatação permanente e visível de capilaresm ou arteríolas da pele ou mucosas, formando finas linhas avermelhadas ou arroxeadas visíveis a olho nu. Manchas pigmentares ou discrômicas Hipopigmentação ou hipocromia- Diminuição do pigmento melânico. Acromia- Ausência do pigmento melânico, também denominada leucodermia. Hiperpigmentação ou hipercromia- Aumento de pigmento de qualquer natureza na pele Coleções líquidas - incluem-se as lesões com conteú do seroso, sanguinolento ou purulento. Vesícula- Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. Esse conteú do inicialmente claro (seroso) pode tornar-se turvo (purulento) ou avermelhado (hemorrágico). Bolha- Elevação circunscrita maior que 1 cm de diâmetro, contendo líquido claro. Pústula- Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro, contendo pus. Alterações deespessura Hiperqueratose ou queratose- Espessamento de pele decorrente do aumento da camada córnea. A pele torna- se áspera, inelástica, dura e de coloração acinzentada (Denominada leucoplasia quando ocorre em mucosas) Liquenificação- É o espessamento crônico da pele, acompanhado de acentuação dos sulcos e cristas cutâneas, tornando a superfície grossa, rugosa e endurecida, semelhante à de um “couro” Edema- Aumento da espessura sem alterações de coloração, decorrente do extravasamento de plasma na derme e/ou hipoderme Esclerose- É o endurecimento anormal e perda da elasticidade de um tecido devido ao aumento de fibras colágenas e fibrose. Perdas teciduais e reparações -São lesões decorrentes de eliminação ou destruição patológicas do tecido cutâneo. Erosão ou exulceração- Perda superficial da epiderme ou de camadas da epiderme. Ulceração- Perda circunscrita da epiderme e derme, podendo atingir a hipoderme e os tecidos subjacentes, formando uma úlcera. Úlcera- É uma lesão que representa a perda de substância da epiderme e de parte da derme, podendo chegar até o tecido subcutâneo. Afta- Pequena ulceração em mucosa. Ajudar na identificação de doenças. Avaliar a gravidade e evolução do quadro. Orientar o tratamento adequado. OBEJETIVO São exames realizados para confirmar, complementar ou descartar hipóteses clínicas após a avaliação inicial (anamnese e exame físico). CONCEITO • Diascopia ou vitropressão • Luz de Wood • Teste da fita adesiva • Exame direto do pelame • Tricograma • Parasitológico de raspado cutâneo • Exame micológico • Teste radioalergossorvente (RAST) • Ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA) • Citologia • Biópsia e exame histopatológico PRINCIPAIS MÉTODOS: Métodos De Diagnósticos Complementares É um método diagnóstico simples usado em dermatologia para avaliar lesões cutâneas. Consiste em pressionar uma lâmina de vidro sobre a área afetada para observar alterações na coloração da pele. -Se a lesão desaparece ou empalidece com a pressão, indica vasodilatação ou eritema (lesão vascular). -Se a coloração permanece inalterada, trata-se de extravasamento de sangue (púrpura ou hemorragia). Diascopia ou vitropressão Luz de Wood É um instrumento de diagnóstico utilizado em dermatologia que emite radiação ultravioleta. Sua função é avaliar alterações pigmentares, infecções e fluorescências cutâneas invisíveis a olho nu. Certas doenças de pele e infecções fúngicas, bacterianas ou viraisemitem fluorescência característica sob essa luz, auxiliando no diagnóstico diferencial de diversas dermatopatias. Principais cores visíveis na Luz de Wood: Verde brilhante – Microsporum canis (dermatofitose) Azulada – Produtos de petróleo (falso-positivo) Alaranjada – Pseudomonas spp. (infecção bacteriana) Amarelada – Escamas e crostas (falso-positivo) Método diagnóstico simples usado em dermatologia veterinária para avaliar alterações na pele e identificar parasitas, fungos ou bactérias. Consiste em pressionar uma fita adesiva transparente sobre a região afetada para coletar material superficial, que é posteriormente analisado em lâmina ao microscópio. Se forem observados fungos ou leveduras (ex.: Malassezia): indica dermatite fúngica. Presença de ácaros, ovos ou caspas móveis: sugere infestação por ectoparasitas, como Cheyletiella ou piolhos. Células epiteliais, bactérias e secreção: auxiliam no diagnóstico de dermatites infecciosas e inflamatórias. Teste da fita adesiva Método diagnóstico simples utilizado para avaliar a integridade dos pelos e identificar fungos, parasitas ou alterações estruturais. Consiste em remover alguns pelos da área afetada e montá-los em uma lâmina com solução apropriada para análise microscópica. Achados e interpretações: Hifas e esporos de fungos (ex.: dermatófitos): indicam dermatofitose (micose). Piolhos, lêndeas ou ácaros aderidos aos pelos: sugerem infestação por ectoparasitas. Caspas aderidas aos fios: podem indicar descamação, seborreia ou presença de parasitas como Cheyletiella. Exame direto do pelame Tricograma é um exame microscópico dos pelos utilizado para avaliar o ciclo de crescimento, estrutura e alterações patológicas dos fios. Ele consiste na retirada de pelos diretamente da pele (geralmente por tração com pinça) e análise das raízes e hastes sob o microscópio. Esse exame ajuda no diagnóstico de alopecias, infecções fúngicas, parasitárias ou metabólicas, permitindo identificar fases do ciclo piloso (anágena, catágena e telógena) e possíveis danos estruturais. Tricograma Método diagnóstico utilizado para identificar ácaros e parasitas que vivem nas camadas superficiais ou profundas da pele. Consiste em raspar suavemente a região lesionada com uma lâmina ou bisturi, coletando material epidérmico e folículos pilosos, que é posteriormente analisado ao microscópio em lâmina com óleo mineral. Achados e interpretações: Demodex spp. dentro de folículos pilosos: indica demodicose (sarna negra) – comum em lesões sem coceira intensa. Sarcoptes scabiei ou ácaros móveis em superfície: sugere sarna sarcóptica – geralmente com prurido intenso. Raspado cutâneo Exame micológico é o procedimento laboratorial usado para identificar fungos presentes em lesões de pele, pelos ou unhas.Ele é feito por meio de duas etapas principais: Exame direto – observação de amostras ao microscópio com hidróxido de potássio (KOH) para verificar a presença de hifas ou esporos. Cultura fúngica – cultivo do material em meio apropriado (como o Ágar Sabouraud) para confirmar e identificar a espécie do fungo. Principais indicações: Dermatofitose Dermatite por Malassezia Esporotricose Criptococose Exame micológico Exame sorológico utilizado para identificar alergias em cães, gatos e outros animais. Consiste na coleta de amostra de sangue, onde são pesquisados anticorpos IgE específicos contra diferentes alérgenos ambientais ou alimentares. Achados e interpretações: IgE elevado para pólen, ácaros, fungos ou poeira: sugere alergia ambiental (atopia). IgE elevado para componentes alimentares (frango, carne, leite, soja): indica possível alergia alimentar. Painel negativo: pode indicar que a causa é outra (dermatite parasitária, infecção, contato irritante). Teste radioalergossorvente Método diagnóstico utilizado para avaliar células presentes em lesões cutâneas, secreções, nódulos, massas, orelha, mucosas e cavidades. Consiste em coletar material por impressão, aspiração, punção ou swab, corar a amostra e analisar ao microscópio. Achados e interpretações: Neutrófilos degenerados + bactérias : indica infecção bacteriana. Leveduras (ex.: Malassezia) ou esporos fúngicos: sugerem dermatite ou otite fúngica. Células neoplásicas atípicas : compatível com suspeita de neoplasia. Mastócitos, eosinófilos e inflamação alérgica: indicam hipersensibilidade ou processo inflamatório alérgico. Citologia Biópsia e exame histopatológico são procedimentos diagnósticos essenciais para investigar alterações nos tecidos e identificar doenças com precisão. Biópsia: coleta de uma amostra de pele, órgão ou lesão para análise laboratorial. Exame histopatológico: estudo microscópico da amostra para avaliar alterações celulares, inflamações, infecções ou neoplasias. Esses métodos permitem diagnósticos confiáveis e orientam o tratamento mais adequado. Biopsia e exame histopatológico Obrigado pela Atenção!