Prévia do material em texto
30/03/2025 1 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS • DOENÇA DE PARKINSON • DOENÇA DE ALZHEIMER Doenças neurodegenerativas estão associadas a dobramentos proteicos errados. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. NEURODEGENERAÇÃO Perda progressiva e irreversível dos neurônios localizados em regiões específicas do cérebro. • Excitotoxicidade ( de glutamato e de Cálcio) • Estresse oxidativo ( radicais livres) • Apoptose (morte celular com ativação de proteases) DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS 1 2 3 30/03/2025 2 Doença de Parkinson (DP) – 3% da população com mais de 65 anos Doença de Alzheimer (DA) – cerca de 5% da população aos 65 anos e cerca de 90% ou mais aos 90 anos. • Patologias crônicas de desenvolvimento lento. • Pequena pré-disposição genética. • Etiologia: erros no dobramento de proteínas fisiológicas que tendem a agregar-se no SNC formando depósitos neurotóxicos. • Terapêutica: compensação da perda neuronal. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS ➢ Encolhimento do cérebro e perda localizada de neurônios, principalmente no HIPOCAMPO E NA PARTE BASAL DO PROSENCÉFALO. ➢ Perda de NEURÔNIOS COLINÉRGICOS NO HIPOCAMPO E NO CÓRTEX FRONTAL: característica da doença (embora alterações em muitos sistemas transmissores). PATOGÊNESE DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER SADIO DA CÉREBRO PATOGÊNESE DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER • Dois aspectos microscópicos são característicos da doença: ➢ Placas amiloides extracelulares: depósitos extracelulares amorfos da proteína β- amiloide (conhecida como Aβ) ➢ Aglomerados neurofibrilares intraneuronais: filamentos de uma forma fosforilada de uma proteína associada ao microtúbulo (Tau). PLACAS SENIS Acúmulo de proteína beta (placas senis) EMARANHADOS DE NEUROFIBRILAS 4 5 6 30/03/2025 3 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER • As placas amiloides consistem em agregados de fragmentos Aβ do precursor da proteína amiloide (PPA), uma proteína normal da membrana neuronal, produzida pela ação das β e γ- secretases. • A DA está associada à formação excessiva de Aβ, resultando em neurotoxicidade. • A DA familial (rara) resulta de mutações no gene PPA ou nos genes da pré-senilina (envolvidos na função da γ-secretase), ambos causando aumento da formação de Aβ. • Mutações na lipoproteína ApoE4 aumentam o risco de desenvolvimento de DA, provavelmente por interferirem na depuração de Aβ. • Os agregados neurofibrilares compreendem agregados intracelulares de uma forma altamente fosforilada de uma proteína neuronal normal (Tau). A Tau hiperfosforilada e a Aβ atuam sinergicamente para causar a neurodegeneração. • Acredita-se que a perda de neurônios colinérgicos responda por muitas das deficiências de aprendizado e da memória na DA. Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. • Prevalência aumenta com a idade. • Prejuízo da memória recente e preservação da memória distante. • Comprometimento em utilizar objetos e instrumentos comuns. • Diminuição geral do tecido cerebral. • Morte: geralmente devido à complicações da imobilidade, como pneumonia e embolia pulmonar. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER • “A atividade da acetilcolinatransferase, o conteúdo de acetilcolina e o transporte de acetilcolinesterase e de colina no córtex e no hipocampo estão consideravelmente reduzidos na DA • A densidade dos receptores muscarínicos não está afetada, porém os receptores nicotínicos, particularmente no córtex, estão reduzidos. • A razão para a perda seletiva dos neurônios colinérgicos resultante da formação de Aβ não é conhecida. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER • Hipótese colinérgica” – perda de neurônios colinérgicos: deficiência cognitiva e perda de memória. Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. 7 8 9 30/03/2025 4 • Repetição da mesma pergunta várias vezes. • Falta de memória para acontecimentos recentes. • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos. • Irritabilidade, agressividade, passividade, tendência ao isolamento. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER • Estágio 1 (forma inicial): Alterações na memória, personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. • Estágio 2 (forma moderada): Dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia. • Estágio 3 (forma grave): Resistência à execução de tarefas diárias; incontinência urinária e fecal; dificuldade para comer; deficiência motora progressiva. • Estágio 4 (terminal): Restrição ao leito; dor à deglutição; infecções intercorrentes. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER TERAPÊUTICA INIBIDORES DA ENZIMA ACETILCOLINESTERASE (ACHE) BENEFÍCIO SINTOMÁTICO: MELHORA COGNITIVA Usados na doença de Alzheimer de leve a moderada. • TACRINA ➢ Hepatoxicidade; ➢ Cólicas abdominais, diarreia; ➢ Náuseas, vômitos; ➢ Anorexia • RIVASTIGMINA, GALANTAMINA E DONEPEZILA (T1/2 longa). ➢ efeitos colaterais menos graves e frequentes do que os observados com a Tacrina. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER 10 11 12 30/03/2025 5 RIVASTIGMINA ➢ Reações adversas •Muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): se sentir enjoado (reações gastrintestinais tais como náusea), vômito, diarreia, tontura e perda de apetite. •Comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): agitação, confusão, ansiedade, dor de cabeça, sonolência, dores de estômago, desconforto no estômago após as refeições, fraqueza, sensação de mal-estar, fadiga, transpiração, perda de peso e tremor. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER RIVASTIGMINA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER TERAPÊUTICA ANTAGONISTA DO RECEPTOR NMDA (N-METIL-D-ASPARTATO) – GLUTAMATO Usados na doença de Alzheimer de moderada a grave. MEMANTINA ➢ Inibição da excitotoxicidade: melhora cognitiva na DA moderada a grave ➢ Apresenta uma meia-vida plasmática longa. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER 13 14 15 30/03/2025 6 TERAPÊUTICA ANTAGONISTA DO RECEPTOR NMDA (N-METIL-D-ASPARTATO) - (GLUTAMATO). •Os inibidores da acetilcolinesterase e os antagonistas NMDA melhoram o comprometimento cognitivo nos ensaios clínicos, porém apresentam efeitos adversos significativos e são de uso clínico limitado. •Eles não foram capazes de retardar a neurodegeneração. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. TERAPÊUTICA ANTAGONISTA DO RECEPTOR NMDA (N-METIL-D-ASPARTATO) - (GLUTAMATO). MEMANTINA - EFEITOS ADVERSOS • Dores de cabeça; • Tonturas; • Sonolência; • Constipação; • Falta de ar; • Hipertensão. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. ❖ Diidroergotamina: vasodilatador cerebral (pouca melhora cognitiva). ❖ Fármacos Nootrópicos (Piracetam e Aniracetam) ❖ Potencializadores da cognição ??? Melhoram a memória? liberação de glutamato. Baixa eficác ia DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE ALZHEIMER TERAPÊUTICA ❖ Antipsicóticos, Antidepressivos, Ansiolíticos. 16 17 18 30/03/2025 7 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • Distúrbio progressivo dos movimentos. • Doença degenerativa que compromete os núcleos da base (via nigro estriada) - “paralisia agitante”. • Agregados de -sinucleína e parkina / corpos de Lewy. • Pode ser idiopática ou secundária (isquemias cerebrais,encefalites, induzida por fármacos). DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • A lesão neuronal na DP é causada por enoveladura proteica errada e agregação proteica • Excitotoxicidade; • Disfunção mitocondrial; • Estresse oxidativo; • Inflamação; • Apoptose. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 19 20 21 30/03/2025 8 • Associada ao desenvolvimento de agregados proteicos intracelulares, conhecidos como corpos de Lewy, em várias partes do cérebro. • Consistem, na sua maior parte, em α-sinucleína (uma proteína normalmente envolvida com a reciclagem de vesículas) , uma proteína sináptica presente em grandes quantidades nos cérebros normais. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) SINTOMAS PRINCIPAIS • BRADICINESIA (supressão dos movimentos voluntários, decorrente, em parte, da RIGIDEZ MUSCULAR e, em parte, da INÉRCIA inerente do sistema motor, o que significa que a atividade motora é difícil de parar, bem como de começar; • TREMOR EM REPOUSO, começando usualmente nas mãos (tremor do tipo “contar dinheiro”), que tende a diminuir durante a atividade voluntária; • RIGIDEZ MUSCULAR, detectável como o aumento na resistência passiva ao movimento do membro; • Grau variável de COMPROMETIMENTO COGNITIVO. • Distúrbios da marcha. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • Perda gradual de dopamina ocorre ao longo de vários anos, e os sintomas da DP aparecem apenas quando o conteúdo de dopamina do estriado caiu a 20%-40% do normal. • O estriado expressa principalmente receptores D1 (excitatórios) e D2 (inibitórios), porém poucos receptores D3 e D4 . DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 22 23 24 30/03/2025 9 DOPAMINA NO SNC Envolvida em vários distúrbios: • Doença de Parkinson; • Esquizofrenia; • Dependência aos fármacos/drogas; • Distúrbios endócrinos; • Náuseas e vômitos (zona de gatilho quimioreceptora); DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • Funções das vias dopaminérgicas no SNC: ➢ Controle motor (sistema nigroestriado); ➢ Efeitos comportamentais (sistema mesolímbico/mesocortical); ➢ Controle endócrino (sistema túbero-hipofisário). DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. FUNÇÕES DAS VIAS DOPAMINÉRGICAS NO SNC: CONTROLE MOTOR (SISTEMA NIGROESTRIADO) • A via nigroestriada, que responde por cerca de 75% da dopamina no cérebro e consiste em grande parte em corpos celulares na substância negra, cujos axônios terminam no corpo estriado. • Essas fibras dirigem-se para o feixe prosencefálico medial, juntamente com outras fibras contendo monoaminas. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 25 26 27 30/03/2025 10 SÍNTESE E METABOLISMO DE DOPAMINA OH CH2 CH NH2 COOH OH OH CH2 CH NH2 COOH OH OH CH2 CH2 NH2 Tirosina Tirosina hidroxilase DOPA DOPA Descarboxilase (DAA) Dopamina DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. FISIOPATOLOGIA DO PARKINSONISMO Desequilíbrio entre a neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica, no corpo estriado dos núcleos da base (sistema extrapiramidal), com consequente diminuição da neurotransmissão dopaminérgica neste local, que é responsável pela regulação motora. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) TERAPÊUTICA LEVODOPA • Precursor da dopamina. • Rapidamente absorvida pela V.O. • Atravessa BHE. • T1/2 curta (aproximadamente 1- 3h). •Tratamento de 1ª linha para DP. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 28 29 30 30/03/2025 11 • Geralmente é associada a CARBIDOPA/BENSERAZIDA – inibidores de ação periférica da DOPA descarboxilase. • Redução da dose de Levodopa administrada. • Redução dos efeitos colaterais oriundos da formação de dopamina periférica (naúsea, hipotensão). • No SNC é convertida em DA por descarboxilação nas terminações pré- sinápticas. LEVODOPA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • Cerca de 80% dos pacientes mostram melhora inicial: melhora do tremor, rigidez muscular e bradicinesia. • Cerca de 20% têm as funções motoras restauradas até o normal. • A efetividade da levodopa declina gradualmente. LEVODOPA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • • Efeitos agudos: maioria dos pacientes no início, porém tendem a desaparecer depois de algumas semanas. • Náusea e anorexia. • Hipotensão. • Efeitos psicológicos: aumento da atividade da dopamina no cérebro, a levopoda pode produzir uma síndrome esquizofrenia-símile com delírios e alucinações. • Cerca de 20% dos pacientes: confusão, desorientação, insônia ou pesadelos. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) LEVODOPA - EFEITOS ADVERSOS 31 32 33 30/03/2025 12 ALUCINAÇÕES E CONFUSÃO Via dopaminérgica mesolímbica ESQUIZOFRENIA-SÍMILE (AUMENTO DA ATIVIDADE DA DA) ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS (CLOZAPINA E QUETIAPINA) LEVODOPA - EFEITOS ADVERSOS DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • Uso prolongado (+ de 2 anos) – fenômeno de exaustão. • Após algum tempo da melhora, a rigidez muscular e acinesia reaparecem ao final do intervalo entre as doses (flutuações no estado clínico). FENÔMENO LIGA/DESLIGA (ON-OFF) + DISCINESIAS EFEITOS ADVERSOS LEVODOPA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • • Não aparecem inicialmente, porém desenvolvem-se na maioria dos pacientes depois de 2 anos do início do tratamento com levodopa. • Afetam usualmente a face e os membros e podem tornar-se muito graves. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) LEVODOPA - EFEITOS ADVERSOS DISCINESIA (MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS) • Ocorrem no momento do pico do efeito terapêutico, e a margem entre o benefício e o efeito discinético torna-se progressivamente mais estreita. • A levodopa é de ação curta, e a flutuação da concentração plasmática do fármaco pode favorecer o desenvolvimento das discinesias, uma vez que os agonistas da dopamina com ação mais prolongada são menos problemáticos nesse aspecto. 34 35 36 30/03/2025 13 • • Rápidas flutuações no estado clínico, em que a bradicinesia e a rigidez podem subitamente piorar por período de alguns minutos a algumas horas e, em seguida, melhorar novamente. • NÃO é visto nos pacientes com DP não tratada ou com outros fármacos anti-DP. • Pode ser tão súbito: o paciente para de andar e se sente preso no lugar ou fica incapacitado de levantar de uma cadeira, tendo se sentado normalmente alguns momentos antes. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) LEVODOPA - EFEITOS ADVERSOS “EFEITO LIGA-DESLIGA” (on-off) • • Parece refletir a flutuação da concentração plasmática da levodopa. • O uso de preparações com liberação sustentada ou a coadministração de inibidores da COMT, como a entacapona, podem ser feitos para contrabalançar as flutuações na concentração plasmática de levodopa. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) LEVODOPA - EFEITOS ADVERSOS “EFEITO LIGA-DESLIGA” (on-off) ENTACAPONA • Reduz sintomas clínicos da “exaustão”. • O uso de preparações com liberação sustentada ou a coadministração de inibidores da COMT, como a ENTACAPONA, podem ser feitos para contrabalançar as flutuações na concentração plasmática de levodopa. • Duração de ação curta. INIBIDORES DA COMT (CATECOL-O- METILTRANSFERASE) DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 37 38 39 30/03/2025 14 INIBIDORES DA COMT (CATECOL-O- METILTRANSFERASE) Levodopa 3-O-metil-DOPA DOPAMINA 3-metoxiltiramina COMT • Bloqueio do catabolismo periférico da levodopa • Aumentaquantidade que chega ao SNC. • Preservação Dopamina formada. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) AGONISTAS DE RECEPTORES DE DOPAMINA • Bem absorvidos por via oral. • T1/2: aproximadamente 6-8 h. • Eficazes em pacientes que desenvolvem o fenômeno liga/desliga • Alucinação e confusão. • Tratamento inicial: hipotensão, náuseas e fadiga. • BROMOCRIPTINA: agonista D2 e parcial D1 • PERGOLIDA: agonista D1 e D2 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) AGONISTAS DE RECEPTORES DE DOPAMINA • Inibe a liberação de prolactina pela adeno-hipófise (introduzida para o tratamento da galactorreia e da ginecomastia). • Eficaz no controle dos sintomas da DP • Sua utilidade é limitada pelos efeitos adversos: ➢ Náuseas e vômitos, ➢ Sonolência e ➢ Risco de reações fibróticas nos pulmões, retroperitônio e pericárdio. BROMOCRIPTINA: AGONISTA D2 E PARCIAL D1 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 40 41 42 30/03/2025 15 ROPINIROL PRAMIPEXOL AGONISTAS SELETIVOS DOS RECEPTORES D2/3 • Melhor tolerados. • Não mostram flutuações na eficácia associada à levodopa. • Causam sonolência, alucinações. • Evidências sugerem que eles podem levar à predisposição de comportamento compulsivo, como vício em apostas, em alimentos e excesso sexual, relacionado com a função de “recompensa” da dopamina. AGONISTAS DE RECEPTORES DE DOPAMINA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) ✓Desvantagem: curta meia-vida plasmática (6-8 horas), necessitando de dosagem três vezes por dia, embora formulações de liberação lenta diária estejam disponíveis. AGONISTAS DE RECEPTORES DE DOPAMINA DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) SELEGILINA • Inibidor irreversível da MAO-B. • Em doses baixas não inibe o metabolismo periférico das catecolaminas e retarda decomposição da dopamina no estriado. • É metabolizada a anfetamina e às vezes causa excitação, ansiedade e insônia. INIBIDORES SELETIVOS DA MAO-B • DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) 43 44 45 30/03/2025 16 AMANTADINA • Antiviral + atividade antiparkinsoniana. • Parece aumentar a liberação de dopamina no estriado • Propriedades anticolinérgicas • Bloqueio dos receptores NMDA-glutamato • A amantadina é menos eficaz que a levodopa ou a bromocriptina no tratamento da DP, mas é eficaz na redução da discinesia induzida pelo tratamento prolongado com levodopa • Efeitos colaterais brandos: tontura, letargia, efeitos anticolinérgicos, náuseas e vômitos. DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS • Raramente usados (exceto para tratar os sintomas parkinsonianos nos pacientes que recebem fármacos antipsicóticos, que são antagonistas da dopamina e, assim, anulam o efeito da L-Dopa; • Atividade antiparkinsoniana modesta; • Bases biológicas das ações terapêuticas dos agentes anticolinérgicos não totalmente esclarecidas. TRIEXIFENIDIL BENZITROPINA MESILATO BIPERIDENO DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) • A alteração bioquímica degenerativa do Parkinsonismo causa deficiência de dopamina no núcleo estriado, o que resulta num desequilíbrio funcional entre a transmissão colinérgica e dopaminérgica. • Efeitos adversos: boca seca, constipação, retenção urinária, visão embaçada ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARÍNICOS DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) TRIEXIFENIDIL BENZITROPINA MESILATO BIPERIDENO 46 47 48 30/03/2025 17 DISTÚRBIOS NEURODEGENERATIVOS – DOENÇA DE PARKINSON (DP) Fonte: Adaptado de Rang & Dale: Farmacologia / H. P. Rang ... [et. al.]. 8. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2016. 49