Prévia do material em texto
Pilares Como se fossem colunas de uma construção, que sustentam uma construção. Sustentam as forças recebidas. Compostas de áreas de maior resistência. · Pilar canino · Pilar zigomático · Pilar pterigoideo Pilar canino Área de resistência vertical. Se estende da eminência do canino e alvéolo, passando pela borda lateral da abertura piriforme indo até o osso frontal. Esse pilar recebe todas as forças que chegam na região dos incisivos até o primeiro molar superior. Pilar zigomático Começa a nível do primeiro molar superior e vai em direção ao osso zigomático. Quando essa força chega no osso zigomático ela se divide. Tanto ela pode subir indo em direção ao osso frontal como ela pode continuar lateralmente indo pelo arco zigomático. Esse pilar recebe todas as forças que vão chegar na região dos pré-molares e dos primeiros e segundos molares superiores. Pilar pterigoideo Também é um pilar de resistência vertical. Corresponde ao processo pterigoide do osso esfenoide. Esse pilar pterigoide vai receber todas as forças que chegam na região dos molares superiores, primeiro, segundo e terceiro molar. Sobe por esse pilar para se dissipar na base do crânio. Pilares na radiografia: linhas mais densas, volumosas Arcos Unem os pilares entre si. Como se fossem vigas de uma construção · Arco canino · Arco palatino ou palato duro Arco canino Une dois pilares, o pilar zigomático e o pilar canino supra-orbital. Recebe todas as forças que vem dos dentes (pilar canino e zigomático) masseter e temporal. Arco infra-orbital Une dois pilares, o pilar zigomático e o pilar canino infra-orbital. Recebe a força dos dentes superiores e músculo masseter durante a mastigação Arco palatino ou palato duro Conecta todos os pilares. Recebe todas as forças dos processos alveolares da maxila e une os pilares bilateralmente (zigomático e canino) dos dois lados. O crânio apresenta zonas de resistência na vertical e na horizontal neutralizando a força recebida. Trajetórias da mandíbula São linhas, caminhos em que a força recebida no processo da mastigação vai ser conduzida até ser dissipada por toda a mandíbula chegando na área mais anterior (mentual). Conduzem a força dos dentes para a cabeça como da cabeça para os dentes. Essas forças recebidas no mento, no corpo da mandíbula, nos alvéolos vão ascender para o processo coronóide, processo condilar e cabeça da mandíbula sendo dissipadas na base do crânio. Todas essas forças recebidas na mandíbula têm duas trajetórias que basicamente terminam no processo condilar e na cabeça da mandíbula. Cabeça da mandíbula pode afetar a ATM. Trajetória alveolar – formada por uma substância esponjosa bem densa e organizada. Começa no ápice dos dentes inferiores e sobe até a cabeça da mandíbula. Essa trajetória vai receber todos os impactos (energia) nos dentes e vai conduzir essas forças para a cabeça da mandíbula. E depois a cabeça da mandíbula vai transferir essa força para a ATM, onde se encontra o disco articular e vai amortecer o impacto. Trajetória marginal – cabeça da mandíbula, passa pelo ângulo da mandíbula e vai em direção ao mento. Essa trajetória vai conduzir todas as forças recebidas pelo músculo masseter e também pelo pterigóideo medial. Conduzir as forças de cima para baixo (mento). Área mentual – reforço ósseo compacto no mento. Resiste toda a tensão do m. pterigóide durante a protusão ou lateralidade Trajetória temporal – se estende do processo coronóide até o corpo da mandíbula, conduz as forças recebidas pelo m.temporal. Fraturas do esqueleto facial Apesar de existirem pilares e arcos, os ossos da face têm uma tendência de sofrerem fraturas com uma certa frequência, após lesões por agressão ou acidentes. Dentes inclusos (que não ecludiram), cistos, tumores, osteomielite, podem predispor os maxilares e as mandíbulas a fraturas, principalmente em idosos desdentados. Fraturas podem ser simples (somente um osso), composta além do osso, pele e mucosas internas. Múltipla, fratura com pequenos fragmentos de um osso só ou vários ossos. Cominutiva, arma de fogo. Osso nasal e zigomático – ossos mais proeminentes da face, mais sujeitos a fraturas. Nasal: fratura transversa. Zigomático: afundamento. Áreas de maior resistência do crânio · Osso frontal: processo zigomático. · Osso temporal: Parte petrosa e processo mastóide. · Osso esfenóide: asa maior. · Osso occipital: côndilo do occipital e protuberância occipital. Áreas de menor resistência · Frontal: parte orbital. · Etmóide: lâmina crivosa. · Paredes do seio esfenoidal. · Temporal: teto da fossa mandibular. · Occipital: fundo da fossa cerebelar. Fratura LE FORT I (horizontal) Também chamada de horizontal, ocorre logo acima dos ápices dos dentes superiores da maxila, desde a base da abertura piriforme até os processos pterigoides, envolvendo o osso vômer e palatinos. Fratura LE FORT II (piramidal) Também chamada de fratura piramidal, envolvendo bilateralmente os ossos nasais, processo frontal da maxila, lacrimal, borda medial e assoalho da cavidade orbital, processo zigomático da maxila, sutura zigomático-maxilar e processo pterigoide. Pode apresentar fratura da lâmina cribiforme do etmóide. Fratuta LE FORT III (horizontal) Também chamada de disjunção craniofacial, separação do víscero e neurocrânio. Fratura horizontal passando pela sutura fronto-nasal, fronto-maxilar, lacrimal, etmoide, fissura orbital superior, asa maior do esfenóide, sutura fronto-zigomática. Acomete a parte alta do septo nasal, processos pterigóides e o arco zigomático. Fraturas da mandíbula Áreas de fragilidade · Abaixo do canino. · Abaixo do terceiro molar. · Ângulo da mandíbula. · Processo coronóide Prevalência · Corpo 30 a 40% · Ângulo 25 a 31% (terceiro molar) · Côndilo 15 a 17% (forças recebidas no mento) · Sínfise 7 a 15% (golpes no mento) · Ramo 3 a 9% (golpes laterais) · Processo coronóide 1 a 2% (golpes laterais ou inferiores)