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PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DO 
TREINAMENTO
É necessário aumentar
progressivamente a sobrecarga para que
o organismo continue apresentando
respostas adaptativas.
A intensidade e o volume do
treinamento são as duas principais
variáveis que podemos manipular em um
programa para torná-lo mais exigente ao
organismo.
Princípio da sobrecarga progressiva
Princípio da individualidade biológica
Esse princípio estabelece que, se dois indivíduos 
forem submetidos a um regime de treinamento 
idêntico, eles apresentarão respostas adaptativas em 
diferentes ritmos e magnitudes. Isso quer dizer que 
um terá melhoras mais rápido no desempenho que 
do outro indivíduo. Esse fenômeno está relacionado 
com as diferenças genéticas existentes entre as 
pessoas, suas experiências prévias, bem como seu 
perfil psicológico, porque pessoas com maior 
capacidade de tolerar o estresse suportam cargas 
maiores de treinamento. 
Princípio da especificidade
Segundo o princípio da especificidade, as adaptações observadas no organismo são
diretamente associadas ao volume, à intensidade e ao tipo de atividade realizada, ou seja, as
adaptações irão variar em função da quantidade/duração dos exercícios, do grau de esforço durante
a sua realização, bem como de acordo com a atividade realizada.
A especificidade no treinamento pode ser garantida escolhendo práticas que envolvam os
mesmos grupos musculares solicitados na atividade que se deseja melhorar o desempenho, o tipo
de ação muscular, a velocidade de execução dos movimentos, o grau de esforço realizado e o
sistema energético solicitado.
Princípio da reversibilidade
Necessidade de dar continuidade ao treinamento para
que se possa manter as adaptações que seu corpo sofreu ao
longo do treinamento. Porém, nenhuma redução acontece
durante alguns dias após a última sessão de treinamento.
Podemos, estrategicamente, dar mais tempo, do que
normalmente fazemos, entre duas sessões de treinamento, sem
que tenhamos prejuízos significativos no desempenho. Isso pode
ser feito para permitir um período maior de descanso e, assim,
obter uma recuperação mais completa entre sessões. E também
pode ser feito como um recurso para conseguirmos dedicar mais
tempo a outros conteúdos de treinamento
HABILIDADES MOTORAS
Magill (2004) define uma habilidade motora como uma aptidão que requer a coordenação de 
movimentos do corpo e/ou dos membros com o intuito de atingir um objetivo.
Não estamos dizendo que uma habilidade motora representa o nível mais alto de eficiência na 
realização de uma atividade. Cumprir o objetivo de uma tarefa motora representa uma habilidade 
motora. 
Uma habilidade motora reflete a eficiência para realizarmos uma tarefa motora. Uma habilidade 
precisa ser aprendida para ser executada, e sua melhora é conseguida pela repetição. 
CAPACIDADES MOTORAS 
Um traço geral de um indivíduo, que sustenta a 
realização de uma variedade de habilidades 
motoras. As capacidades motoras podem ser 
classificadas, como: coordenativas e 
condicionais.
Coordenativas são aquelas que dependem dos processos de organização, controle e regulação
dos movimentos. São exemplos de seus componentes: o equilíbrio, a reação simples e complexa,
o ritmo, a orientação espacial/temporal.
Condicionais são aquelas que dependem dos processos de produção e utilização de energia,
como a força, a velocidade, a resistência e a flexibilidade (BARBANTI, 2010).
METODOLOGIA DO TREINAMENTO FÍSICO
Força motora
Força é o agente físico capaz de alterar o estado de repouso ou de movimento uniforme de
um corpo material.
A relação do corpo humano com o ambiente e outros objetos se dá pela interação entre
forças.
A força, como capacidade física, representa a tensão gerada por um músculo ou grupo de
músculos.
A força muscular é referida como força interna, enquanto a força dos objetos com os quais
interagimos é denominada força externa (gravidade, atrito, força de resistência do ar, massa corporal
de um adversário ou de um implemento de treinamento etc.).
• Força máxima
• Força rápida
• Força de resistência ou resistência de força.
Cada uma dessas manifestações pode acontecer em um regime 
especifico de ação muscular, ou seja, numa ação muscular concêntrica, 
excêntrica ou isométrica.
Força Dinâmica
Força produzida em ações musculares puramente 
concêntricas ou excêntricas, ou que combinem 
esses dois tipos de ações, como no caso das ações 
do ciclo alongamento-encurtamento (CAE). 
Força estática é utilizado para diferenciar a produção de força quando os músculos são ativados
numa ação isométrica. Repare que os termos força dinâmica e força estática não se referem a
manifestações da força, mas refletem o regime de ação muscular responsável por gerar tensão.
força isocinética, isotônica e hipertrófica?
Resistência de força. Força hipertrófica não existe!
Fatores fisiológicos que determinam a produção de força 
A produção da força muscular, em suas diferentes manifestações, é influenciada por diversos fatores. 
Todavia, a área de secção transversal dos músculos (ASTM) é o fator principal que determina o 
quanto de tensão um músculo é capaz de produzir. A ASTM se refere ao corte imaginário do músculo 
feito no sentido perpendicular ao seu eixo longitudinal. Ela representa o diâmetro do músculo, ou seja, 
quanto maior o diâmetro do músculo, maior é a capacidade desse músculo produzir tensão. 
Aumentar a força máxima!!
O que você precisa saber é se esse aumento vai refletir numa melhora no desempenho de um 
gesto específico dentro do esporte ou de uma atividade da vida diária. 
Eficiência do sistema neural em ativar os músculos.
Para entender ao que isso se refere, lembre-se de que, numa ação muscular voluntária, o
comando para ativar os músculos é proveniente da área motora localizada no encéfalo. Esse
comando é enviado na forma de impulsos nervosos, (denominados potenciais de ação – PA), os
quais viajam pelos neurônios motores até chegarem às fibras musculares inervadas por eles. Ao
atingi-las, os PA ativam o mecanismo contrátil muscular, e então o músculo desenvolve tensão.
Portanto, a capacidade de o músculo gerar tensão depende da ativação do conjunto formado pelo
neurônio motor e pelas fibras musculares que ele inerva denomina-se unidade motora (UM). Uma
UM produz níveis diferentes de tensão, conforme a quantidade de PA que dispara em um segundo.
Logo, um músculo será capaz de produzir um nível mais alto de tensão se tiver unidades motoras 
capazes de disparar PA em frequências mais elevadas. 
Observação: Um neurônio motor inerva múltiplas fibras musculares, mas cada uma delas é inervada
por um único neurônio motor. 42 Unidade II As UM presentes nos músculos de indivíduos
destreinados disparam PA em frequências baixas, por isso essas pessoas produzem níveis baixos de
força. Quando começamos a praticar alguma forma de treinamento de força, as UM gradativamente
passam a disparar em frequências mais altas, elevando a capacidade de produção de força após um
período curto de treinamento. Outro fator neural que interfere na eficiência da ativação dos músculos
e, como consequência, na produção de força, é a quantidade de UM recrutadas em uma ação. Para
compreender isso, basta recordar que um músculo é formado por centenas a milhares de UM. Quanto
maior o número de UM ativadas, maior a tensão produzida pelo músculo, ou grupo de músculos, num
dado movimento. Assim, quando intencionamos produzir nossa força máxima, realizamos o maior
esforço com o intuito de ativar todas as UM que compõem os músculos. No entanto, em um esforço
voluntário, nunca somos capazes de ativar todas elas, ou seja, sempre resta um conjunto de UM que
não são ativadas. Essas são chamadas de reserva de ativação.
O treinamento de força pode ser feito com o propósito de induzir essas duas formas de 
adaptação neural sem que sejam induzidos ganhos de massa muscular. Isso pode 
representar uma vantagem interessante para atletasque precisam aumentar sua força, mas 
não podem ficar mais pesados!
METODOLOGIA DO TREINAMENTO FÍSICO esportes de combate, em que existe um limite de
peso para a categoria, aqueles que precisam se deslocar em alta velocidade, como os velocistas,
ou se sustentar e projetar seu corpo no ar, como os ginastas. Curva força-tempo A chamada
curva força-tempo (f-t) nada mais é que um gráfico que nos mostra que a magnitude da força que
somos capazes de produzir depende do tempo disponível para os músculos se manterem
ativados. A curva ilustrada a seguir reflete uma série de avaliações da força muscular isométrica,
no exercício de extensão do joelho. Note que, ao comando do avaliador, o indivíduo realiza o
maior esforço com intensão de produzir o maior valor possível de força, no entanto demora um
certo tempo para ele atingir sua expressão máxima de força (tensão). Isso varia de exercício para
exercício, mas nesse exemplo a força máxima isométrica foi atingida depois de 1-2 segundos.
Outra informação importante que essa curva nos dá é a respeito do percentual da força que
conseguimos produzir quando há uma restrição de tempo para o movimento. Repare no exemplo
ilustrado que, para tarefas com duração de 200 ms, o sujeito avaliado conseguiu produzir 60% da
sua força máxima. Esses dados são muito úteis para a programação e a avaliação do
treinamento, bem como para diferenciar os atletas. O treinamento para melhora do desempenho

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