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RESUMO SIMULADO 2 - BIOQUÍMICA CLÍNICA 
 ● Lipidograma (valores de referência) 
 ● Doenças cardíacas (CK total, CK-MB - fração cardíaca e troponina) 
 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre inicialmente com a necrose 
 irreversível do músculo cardíaco, resultando em isquemia (perda do suprimento do 
 sangue). A placa é rompida, gerando trombose no local da lesão vascular e 
 formação de êmbolos com a oclusão total do vaso, levando ao infarto ou falência do 
 miocárdio. 
 Creatinoquinase total (CK total) e CK-MB: CKs são marcadores clássicos do 
 IAM (enzimas). A sua fração CK-MB é a mais comum no coração/miocárdio. 
 Aumenta em casos de IAM. 
 Ou seja, CK total mostra lesão muscular em geral e CK-MB indica possível 
 origem cardíaca. Fração cardíaca confirma se o aumento é mesmo do 
 coração.Troponina confirma com mais precisão o dano no músculo cardíaco. 
 CK-MM: Creatinoquinase músculo-músculo (músculo esquelético -> quando 
 aumenta: lesões musculares, exercícios intensos, traumas). 
 CK-MB: Creatinoquinase músculo-coração (coração/miocárdio -> quando 
 aumenta: IAM) 
 CK-BB: Creatinoquinase cérebro-cérebro (cérebro e tecidos lisos, como 
 intestino e bexiga -> quando aumenta: traumatismo craniano, AVC, doenças 
 neurológicas graves, tumores). 
 Fração cardíaca: É o percentual da CK-MB em relação à CK total. Se 
 CK-MB>5% da CK total, isso sugere origem cardíaca (como infarto). 
 A CK-MB tem elevação média após o infarto de 10 a 20 vezes o limite 
 superior da normalidade e, devido à curta meia-vida, retorna rapidamente aos 
 valores de normalidade. Apresenta alta especificidade , principalmente se há 
 suspeita de IAM e se os valores começam a aumentar de 4 a 8 horas após a dor 
 precordial, com pico máximo entre 12 e 24 horas. 
 Troponina: Proteínas. Marcador mais específico e sensível de lesão cardíaca. 
 Quando o coração sofre uma lesão (como o infarto), as células cardíacas se 
 rompem e liberam troponina I e T no sangue. 
 A troponina I (TnI) é específica do músculo cardíaco (só existe no 
 coração). Quando há lesão nas células do coração, como num infarto, ela escapa 
 para o sangue. É altamente específica, ou seja, se ela estiver aumentada, significa 
 dano cardíaco. Sobe cedo, logo nas primeiras horas após o início dos 
 sintomas. O pico é entre 36 e 72 horas e volta ao normal entre 5 e 14 dias. 
 A troponina T (TnT) também vem do coração, mas pode aparecer um 
 pouquinho em outros músculos. É muito sensível (detecta até lesões pequenas). 
 Ela sobe entre 4 e 6 horas após o infarto e permanece aumentada por 6 a 10 
 dias após o infarto. 
 ● Características dos métodos analíticos: 
 Nefelometria: Medir partículas “suspensas” na água ou líquido usando luz, 
 mede quanta luz é desviada em um líquido com partículas pequenas (tipo proteína 
 que não se dissolve totalmente). 
 Eletroforese: Separa moléculas carregadas (como proteínas ou DNA) usando 
 corrente elétrica. Separação por carga elétrica de gel -> por carga elétrica e peso 
 molecular 
 Fotometria: Medição de parâmetros da luz correlacionados à emissão, 
 dispersão, absorção, transmissão e reflexão. Medem a concentração de substâncias 
 em amostras biológicas, baseados na interação da luz com a matéria. Usar luz para 
 medir quanto de uma substância tem numa amostra (sangue, urina, etc). 
 Espectrofotometria: Mede quanta luz uma substância absorve, determina a 
 concentração de espécies químicas mediante a absorção de luz. 
 ● Marcadores hepáticos 
 TGO (AST): enzima presente no fígado, coração e músculos, indica lesão 
 celular, mas não é específica do fígado, mas de outros tecidos. 
 TGP (ALT): enzima quase exclusiva do fígado, indica lesão específica no 
 fígado. 
 Fosfatase alcalina (FA): relacionada aos ductos biliares, aumenta em 
 obstrução biliar. 
 Gama GT (GTT): também relacionada às vias biliares, aumenta em 
 obstrução biliar e em uso de álcool ou medicamentos. 
 Bilirruina: capacidade de metabolizar e excretar bile, problema na eliminação 
 da bile -> icterícia 
 Albumina/TP: função de produção do fígado, se baixa o fígado está com 
 função comprometida. 
 ● Gama GT para obstrução vesicular 
 A Gama GT é uma enzima que fica dentro das células do fígado e vias 
 biliares. Quando há obstrução vesicular (como uma pedra que bloqueia a saída da 
 bile), essas células ficam irritadas e danificadas. Então, elas liberam a Gama GT 
 para o sangue, e é por isso que no exame ela aparece alta, u m valor elevado indica 
 que algo está errado no fígado ou nas vias biliares . GGT alta pode ser obstrução da 
 bile ou sobrecarga/dano do fígado por álcool bebido de forma crônica ou 
 medicamentos. 
 ● Hormônios que regulam cálcio e fosfato 
 Os hormônios que estão envolvidos na regulação de cálcio e fosfato são os 
 paratormônios (produzidos pelas paratireoides, aumenta o cálcio no sangue, diminui 
 o fosfato, estimula liberação de cálcio dos ossos reabsorção dos rins e ativa a 
 vitamina D), calcitonina (produzida pela tireóide, diminui o cálcio no sangue, inibe a 
 retirada de cálcio dos ossos), hormônios tireoidianos (T3 e T4 -> tireoide, aceleram o 
 metabolismo, podem aumentar a liberação de cálcio dos ossos quando estão em 
 excesso) e vitamina D (aumenta cálcio e fosfato no sangue, contribui para a saúde 
 dos ossos), ou 1,25-di-hidroxicolecalciferol , nome químico da forma ativa da vitamina 
 D. 
 ● Metabolismo da vitamina D 
 Ela inicia com colecalciferol, que é produzido na pele pela ação do sol ou 
 obtido pela alimentação/suplementos. O percurso do colecalciferol é: assim que 
 entra no sangue, ele liga a proteína transportadora (DBP) à vitamina D, vai para o 
 fígado (passa por uma transformação chamada hidroxilação e ganha um grupo 
 químico -OH, virando 25-hidroxicolecalciferol, que é a forma de armazenamento da 
 vitamina D que fica circulando no sangue e serve como reserva dela), depois para o 
 rim (passa por outra hidroxilação, ganhando mais um -OH e vira 
 1,25-di-hidroxicolecalciferol, que é a forma ativa da vitamina D que atua como 
 hormônio, ajudando a aumentar o cálcio e o fósforo no sangue e fortalecer os 
 ossos). É no rim que ele transforma a vitamina D em ativa. 
 ● Tireóide 
 Regula o metabolismo pelos hormônios T3 e T4, controlada pela hipófise via 
 TSH (hormônio estimulante da tireoide). T4 mede a quantidade de hormônio 
 circulante e T3 é o hormônio ativo que age no metabolismo. TSH indica se a hipófise 
 está estimulando a tireoide corretamente. 
 Alterações no exame: 
 Hipotireoidismo: TSH aumenta, T3/T4 diminui 
 Hipertireoidismo: TSH diminui e T3/T4 aumenta 
 ● Ferro - dieta, vegetal, animal, ferro livre na circulação (ferro + transferrina) 
 Ferro da dieta, veio dos alimentos: Animal -> carne, fígado -> absorção mais 
 fácil; Vegetal -> feijão, espinafre -> absorção menor, depende de vitamina C para 
 melhorar. 
 No sangue, o ferro não circula “livre” , porque é tóxico se solto. Ele se liga à 
 transferrina, uma proteína que transporta o ferro para onde o corpo precisa . 
 O corpo não joga ferro fora, ele mantém reservas em ferritina (no fígado, 
 baço e medula). A ferritina funciona como caixa de emergência
: ferro só sai de lá se 
 o organismo precisar. 
 Todo dia morrem hemácias, e o ferro da hemoglobina é recuperado e 
 reciclado. O ferro absorvido da dieta serve principalmente para repor pequenas 
 perdas e manter os estoques . Se faltar ferro na dieta ou houver aumento da 
 necessidade, o intestino absorve mais ferro para equilibrar. 
 Há um balanço: a quantidade de destruído é a quantidade suficiente para ser 
 reposta. Se houver necessidade, você consegue aumentar um pouquinho a 
 absorção.

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