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� � � Racionamento O que é: Revezamento de distribuição de água na cidade. Prós: Diminui muito o consumo e, ao ter horários fixos de distribuição, permite programar o uso. Contras: Prejudica moradores de regiões mais altas e distantes. Impacta na qualidade da água, uma vez que o esvaziamento temporário da rede facilita a entrada de poluentes. Onde existe e funciona: Austrália. Sofre com a escassez hídrica. Prazo: Imediato. Custo: Baixo. Não exige grandes verbas, só com a divulgação. Dessalinização O que é: Uso de processos físicos/químicos para a remoção de minerais na água do mar, tornando-a potável. Prós: Há grande oferta de água salgada e tecnologia já existente. Contras: Consome muita energia e pode trazer danos ambientais. Bombear água para cidades acima do nível do mar traria custo extra. Onde existe e funciona: Austrália e no Brasil (60% da água que chega a Fernando de Noronha é dessalinizada). Prazo: Demorado. A implantação do sistema em grande escala pode levar anos. Custo: Alto. Custa cinco vezes mais do que produzir água tratada. Transposição de Rios O que é: Deslocamento de parte de rios de uma região para outra por meio de canais de concreto. Prós: Regiões afetadas cronicamente pela seca são abastecidas de forma constante. Contras: Além do alto custo, exige relocar parte da população e pode causar danos ambientais graves. Onde existe e funciona: China. Criou canais para desviar água do sul para o norte e abastecer principalmente Pequim. Prazo: Demorado. Custo: Alto. A transposição do Rio São Francisco tem valor estimado de R$ 8,2 bilhões. Começou em 2007 e deve ser concluído só em 2016. Mudar Hábitos O que é: Criar programas de conscientização. Prós: Tem efeitos duradouros e contribuição imediata na recuperação dos reservatórios. Contras: A resistência inicial é grande e há um custo político para os gestores. Onde existe e funciona: Zaragoza - Espanha. Envolveu escolas, espaços públicos e imprensa. Prazo: De um a seis meses até que a campanha comece a ter efeito sobre hábitos de consumo. Custo: Baixo. Gastos com a campanha. Menos Desperdício O que é: Evitar que a água tratada seja perdida em vazamentos ou ligações irregulares na rede (no Brasil 37% da água tratada é perdida antes de chegar às torneiras). Prós: A economia seria maior, pois aumenta o aproveitamento da água tratada disponível. Contras: Boa parte da tubulação brasileira é velha e precisa de reparos. Onde existe e funciona: Japão. Lá o desperdício é da ordem de 3%. Prazo: Demorado. Exige diagnóstico dos problemas e obras em grande escala. Custo: Alto. Grande investimento para substituir tubulações. Armazenar Chuva O que é: Usar água da chuva para fins domésticos e industriais. Prós: Não gasta energia nem é tão caro. Não exige muita manutenção e reduz a dependência do sistema convencional. Contras: Falta de incentivo e desconhecimento sobre como funciona o sistema. Onde existe e funciona: Japão. Utilizam água captada em estádio, por exemplo. No Brasil, no programa Um Milhão de Cisternas, ajuda com a construção de cisternas que a população do nordeste garanta água para cinco pessoas por até oito meses. Prazo: Curto. Cisternas de menor porte são feitas em poucos meses. Custo: Moderado. Depende do tamanho da cisterna. Descontos e Punições O que é: Aplicação de dedução ou multa, conforme o consumo de água do usuário. Prós: A medida costuma ter efeito rápido e acelera a mudança de hábitos da população. Contras: A restência inicial é grande e tem um custo político para os gestores. Onde existe e funciona: Estados Unidos. Na Califórnia dão descontos na conta se há economia e dão multa para quem lavar calçada ou o carro com mangueira. No Brasil cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, estão com medidas semelhantes. Prazo: Imediato. Custo: Baixo. Só divulgação. Despoluição de Mananciais O que é: Despoluir fontes naturais por meio de tratamento e redução de despejo de esgoto. Prós: É eficaz até em rios muito poluídos. Contras: Além do preço alto, há desconfiança da população sobre a qualidade da água. Onde existe e funciona: Coreia do Sul. Despoluiu o Rio Han em menos de 10 anos. Prazo: Demorado. Pode ser necessário a retirada de moradores das margens para recompor a vegetação. Custo: Alto. Quanto mais poluído mais caro fica. Fonte: Jornal Diário Catarinense – 1º de fevereiro de 2015
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