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CURSO DE ORATÓRIA
AULA 01
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 1
CURSO DE ORATÓRIA
AMBIENTAÇÃO À PLATAFORMA
1- INTRODUÇÃO
Hoje, iniciamos com vocês, a matéria que intitulamos de “ambientação à 
plataforma”.
Em verdade, pretendemos dentro desta matéria, mais do que a simples 
ambientação à plataforma e aqui, entendemos como “plataforma”, àquele 
espaço onde se movimenta o ORADOR frente a seus OUVINTES. 
Entretanto, neste trabalho específico, realmente, visamos apenas sua 
familiarização ao grupo, e o início de sua desinibição, quando na plataforma.
Você vai perceber, depois de alguns exercícios, que dentro do seu grupo, 
há afinal, apenas elementos humanos que como você, sofre das mesmas 
inibições, e que têm os mesmo problemas que você, apesar de manifestarem 
suas dificuldades de maneiras diferentes, isto porque, sendo o ser humano um 
ser altamente complexo, cada um em particular, tem formas próprias de reagir 
a situações idênticas. 
De qualquer forma, o nosso processo de ambientação à plataforma, nos 
seus vários TTRABALHOS PRÁTICOS, obterá de você, bem como de todos os 
demais componentes do grupo, a estimulação da autoconfiança, com a qual 
vencerão a timidez inicial que é natural e que todos nós sentimos quando 
somos solicitados a falar em público, especialmente quando não se tem o 
hábito de fazê-lo. 
2 – DESENVOLVIMENTO
Você já deve estar percebendo que esta nossa apostila é completamente 
informal, diferente de todas as outras que já viu o que é feito propositalmente. 
Assim serão também os nossos exercícios em classe. 10% de teoria e 90% de 
prática. MUITA PRÁTICA!!
Estamos abandonando as normas didáticas convencionais, em atenção à 
didática moderna, que nos aconselha estimular nesta fase, toda a intimidade e 
informalismo entre Instrutor e Alunos. Escrevemos esta apostila da mesma 
forma, como se estivéssemos “batendo um papo” e é assim que procederemos 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 2
CURSO DE ORATÓRIA
em classe, durante toda a fase de ambientação à plataforma que hoje 
iniciamos.
Precisamos nos conhecer melhor, para ficarmos íntimos, é claro. Por isso, 
cada um de nós, hoje, forneceu aos demais, alguns dos seus dados pessoais. 
Assim, tivemos oportunidade de iniciar um melhor conhecimento do grupo 
e iremos, aos poucos, nos pondo bem à vontade em relação aos demais, por 
conhecê-los melhor. 
Finalmente, estaremos todos à vontade e, realmente, nos sentiremos 
numa roda de amigos.
Certamente você hoje, perceberá facetas do temperamento de cada um 
dos elementos do seu grupo. Perceberá, também, certamente, algumas formas 
diferentes de manifestação de inibição dos seus colegas, quando na 
plataforma.
Alguns terão gaguejado, outros terão tido dificuldades de associar idéias 
ou de encontrar a palavra que queria dizer, outras terão evitado nossos 
olhares. 
Alguns terão demonstrado imensa tranqüilidade exterior e poderá ter 
havido até quem tenha declarado ter sido este nosso exercício simples demais 
ou até infantil; outros talvez, não terão confessado qualquer reação ou 
sensação especial de qualquer mal-estar. 
Enfim, normalmente, ninguém tem ambiente ainda neste primeiro 
exercício para confessar todas as suas emoções. 
Alguns negam qualquer sensação, outros confessam apenas algumas; as 
que julgam mais evidentes.
Mas na verdade, um eletrocardiograma, acusaria, em todos, violentas 
alterações do estado emocional. E explica-se: “havendo excessiva descarga de 
adrenalina no sangue, o metabolismo de cada um é alterado”, o que provoca 
alteração sanguínea, que, por sua vez, causa variadas manifestações, tendo 
cada um uma resposta diferente para esta alteração de estado físico e 
psíquico.
O que vai minimizar tais sensações é, justamente, a continuidade de suas 
apresentações e a intimidade que você vai tomando com o seu grupo. Suas 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 3
CURSO DE ORATÓRIA
próximas apresentações lhe darão, paulatinamente, cada vez mais 
autoconfiança já que obterá constantes sucessos.
O interessante é que sempre que você se ausentar por muito tempo de 
uma plataforma, no seu retorno sentirá algo semelhante.
Mesmo os grandes oradores, depois de longa interrupção de suas 
atividades profissionais (por motivo de saúde, viagem, cargos públicos, etc), 
ressentem-se no seu retorno.
Naturalmente suas sensações de “medo” (não exageramos, não: 
queremos dizer MEDO mesmo) da plataforma, ao primeiro contato, com nova 
turma, é menor do que de um principiante, mas sempre existe. 
O que a reduz, a um nível desprezível, é a continuidade profissional, nada 
mais. De qualquer forma, sempre lhe restará, embora em baixo nível, uma 
sensação inibidora e, em todos os seus primeiros dias de contato, para cada 
platéia.
Por isso, desde já lhe recomendamos que treine muito, por que nossos 
exercícios de plataforma, embora suficientes para a pretensão deste curso, não 
são para torná-los PhD na técnica de falar em público.
AULA 02
GESTO & GESTITULAÇÃO
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 4
CURSO DE ORATÓRIA
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
GESTO & GESTICULAÇÃO
 
A IMPORTÂNCIA DOS OLHOS
1- Olhar para o público antes de iniciar o discurso;
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 5
CURSO DE ORATÓRIA
2- O olhar exerce uma função atraente, não permite que o auditório se desvie 
do assunto.
3- O orador é o namorado e o auditório a namorada, e o orador tem que ter 
uma entrega mútua.
 
ATITUDES QUE SE DEVEM EVITAR COM OS OLHOS
1- Fugir com os olhos; é desagradável conversar com uma pessoa que não 
está olhando para você;
2- Fixar o olhar numa só pessoa, atrapalha a comunicação;
3- Olhar para um ponto fixo, (janela, lâmpada, espaço vazio, no chão, ou teto, 
etc);
4- Olhar para uma pessoa que está conversando;
5- Correr o olhar rapidamente para a esquerda e para a direita, isto se chama: 
“olhar pára-brisa”.
6- O olhar perdido, está voltado para dentro de si, só lança o olhar, mas volta 
ao papel.
 
COMO OLHAR O AUDITÓRIO
1- Quando começar a falar, encarar a última fileira para que você possa 
condicionar a voz à última fileira.
ORADOR, NÃO FAÇA...
1- Mãos atrás da costa;
2- Mãos nos bolsos;
3- Cruzar os braços: nós comunicamos muito mais pelos gestos do que as 
palavras:
7% conteúdo, 38% tom de voz e 55% gestos e expressões faciais. É a 
linguagem não verbal.
4- Não fique rígido ou imóvel, como uma estátua;
5- Não faça gestos ridículos (Gestos paralelos);
6- Não ande na plataforma com passos gigantes, nem muito curtos (use o 
passo de caranguejo);
7- Não coloque as mãos na cintura;
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 6
CURSO DE ORATÓRIA
8- Não fique abotoando e desabotoando o paletó;
9- Não fique brincando com o botão do paletó;
10- Não comece cada frase tossindo;
11- Não dê socos na mesa ou púlpito;
12- Não exagere em tirar e colocar os óculos;
13- Não fique arrumando a gravata;
14- Não fique alisando o cabelo;
15- Não fique olhando o relógio todo o tempo;
16- Não trema (na medida do possível)
GESTOS & GESTICULAÇÕES
O QUE SÃO GESTOS?
 É realçar a palavra sublinhando-lhe o sentido, esculpir no ar a imagem. 
Todo o corpo está envolvido na gesticulação, a mímica não selimita aos 
braços e sim da cabeça aos pés.
 Ao gesticular, o orador deve sempre usar de naturalidade e elegância. 
Deve sempre se lembrar de que o gesto é apenas a essência do que se quer 
exprimir.
 Deve, portanto, ter os seguintes cuidados:
 O gesto deve sempre preceder, isto é, acontecer antes, adiantar-se à 
palavra, ou então pelo menos, acompanhá-la. Nunca suceder, ou seja, 
acontecer depois.
Por que? Porque se acontecer antes, o gesto prepara o efeito da palavra: 
se acompanhá-la reforça a palavra, porém, se acontecer depois, faz a palavra 
perder a sua força.
Então, temos:
 antes – dá força, maior efeito;
 acompanhado – dá-lhe reforço;
 depois – tira a força da palavra.
 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 7
CURSO DE ORATÓRIA
POSTURA, OLHAR E MANEIRISMOS
 O orador deve sempre evitar a postura displicente, por exemplo, falar 
sentado na cadeira ou encostado em alguma coisa, bem como, jamais sentar-
se sobre a mesa. 
O olhar do expositor deve percorrer sempre a platéia inteira, não se 
circunscrevendo, ou mantendo, a sua atenção para este ou aquele lado, em 
especial. 
Deve, também, evitar os maneirismos, isto é, torcer os dedos, mexer na 
roupa, estalar os dedos, esfregar as mãos, bater palmas ou tocar amiudamente 
objetos sobre a mesa. 
O orador deve sempre agir com espontaneidade. Não deve prender as 
mãos tornando-as imóveis, lançando-as para trás, imobilizando-as, nem adotar 
gesticulação teatral exagerada. 
A melhor atitude com relação aos próprios gestos, é esquecer as mãos, 
falando com naturalidade procedendo com elas, da mesma forma como 
quando conversamos comumente. Uma boa gesticulação deve ser feita com os 
dedos unidos (evita gestos paralelos), as mãos espalmados, com a ponta dos 
dedos até a altura dos ombros.
 
 
GESTOS: COMPLEMENTO DA EXPRESSÃO VERBAL
Os gestos são o complemento da expressão verbal. Ao falar, todo o 
mundo gesticula. Na oratória o orador que não sabe gesticular torna a sua peça 
fria e inexpressiva. 
O gesto se compreende como sendo um ato ou uma ação, por meio do 
qual se procura dar força às palavras, no sentido de se influenciar pessoas. 
Pode ser produzido pelo corpo todo - veja-se, por exemplo, a mímica 
tida como arte de dar expressão ao pensamento por meio de gestos, ou seja, 
da gesticulação. 
Na oratória, eles, como já foi dito, também se reproduzem pelo corpo 
todo, porém, mais pelo movimento da cabeça, dos braços e das mãos. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 8
CURSO DE ORATÓRIA
Então temos: os olhos, as mãos, a cabeça, os braços, o modo de andar, 
enfim, movimentos gerais que também são uma forma de expressão. 
Agora, o que o orador não pode esquecer é que, ao discursar, os gestos 
devem ser extremamente comedidos, pois que, os gestos discursivos são algo 
diferente dos gestos que fazemos ao falar no nosso dia-a-dia, onde as pessoas 
não estão circunscritas às normas e regras da oratória. Isto quer dizer que se 
deve gesticular sem exageros porque em oratória os gestos devem ser, 
apenas, o esboço dos gestos reais. 
Resumo do significado do gesto em oratória:
- O gesto é a ação por meio do qual se dá força às palavras;
- Devem ser feitos sem exageros e sem excessos, isto é, com naturalidade e 
elegância;
Lembrar sempre que eles são apenas a essência tão somente do que se 
quer exprimir.
 
EXEMPLOS 
Supondo que se queira dizer: 
"E se foram para lugar distante..." 
- Estender o braço ligeiramente com o movimento da mão sendo jogada para 
frente. 
"Foi lhe dado um sinal para que parasse..." 
- Mão aberta com a palma voltada para a frente. 
"Foi lhe pedido para que não fizesse..." 
- Movimentar a cabeça para os lados ou movimentar a mão para os lados 
tendo apenas o dedo indicador apontado para cima.
 
 
 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 9
CURSO DE ORATÓRIA
 
AULA 03
 
ORATÓRIA & VOZ
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
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CURSO DE ORATÓRIA
 
 
1- O MODO COMO FALAMOS É O QUE AS PESSOAS PENSAM QUEM 
SOMOS
Cada pessoa é um “som”. Tem a voz tão peculiar quanto à fisionomia ou 
impressão digital.
Todos têm uma identidade vocal que é chamada de timbre. Você 
reconhece uma pessoa, sem vê-la, pelo seu timbre. A voz é a ligação entre 
você, suas idéias e os ouvintes. 
2- VOCÊ - VOZ - OUVINTE
A voz é o cartão de visita do orador. Os ouvintes podem reagir mais ao 
modo de como você fala do que àquilo que você diz. As pessoas nos julgam 
pelo modo como falamos. 
A voz projeta para o ambiente a personalidade do comunicador. Com a 
voz você informa, sugestiona, persuade, fascina ou desencanta os ouvintes. 
Voz de qualidade transmite: segurança, credibilidade, sentimento e 
emoção. Para educar sua voz, você precisa perceber sua “fraqueza” específica 
que pode ser uma voz fraca, rouca, fanha, estridente, infantilizada, arrastada, 
efeminada ou ríspida. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 11
CURSO DE ORATÓRIA
Estes problemas podem passar uma imagem errônea do orador, 
levando-o a ser considerado tímido, monótono, desajustado, impaciente ou 
autoritário.
 
RECURSOS DA VOZ
1. INTENSIDADE: forte ou fraca. 
A intensidade é a força com que o som é produzido. O nível da 
intensidade vocal deve variar conforme o lugar. Sua voz deve ser ouvida em 
todo o ambiente. Faça um teste depois que falou por alguns instantes. 
Pergunte: “Na última fila estão me ouvindo”? Ajuste então a intensidade da sua 
voz e a mantenha assim durante a palestra. 
Não fale forte demais o tempo todo. Poderá irritar os ouvintes ou passar 
a idéia de que é agressivo. Não fale fraco demais o tempo todo. As pessoas 
não ouvirão e deixarão de prestar atenção. 
Intensidade excessivamente forte ou fraca provoca monotonia. Voz 
baixa usada conscientemente, colocada em momentos importantes, chama a 
atenção dos ouvintes.
 
2. VELOCIDADE: rápida ou lenta.
Não fale muito depressa. Será difícil entendê-lo porque vai atropelar as 
palavras ou comer sílabas (sons). Poderá passar a mensagem de que está 
ansioso. O orador deve sentir a velocidade ideal para poder articular de forma 
clara os sons. Não fale muito devagar. Oradores lentos na fala entediam os 
ouvintes. 
Fale no ritmo certo.
 
3. PAUSA. 
Pequena parada antes ou depois de um ponto relevante. É um dos mais 
importantes recursos da voz. A pausa dá tempo ao público para refletir e 
compreender melhor a mensagem e tempo ao orador para olhar para a platéia. 
Cria expectativas nos ouvintes. Permite o controle da respiração. Voz de 
qualidade é voz produzida por boa respiração. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 12
CURSO DE ORATÓRIA
As pausas oferecem oportunidade de ganhar domínio sobre si nos 
pontos difíceis do discurso. Pausa não é silêncio sem significado. Bem 
aplicada, mexerá com os sentimentos dos ouvintes. 
O silêncio planejado é mais eloqüente do que as palavras soltas sem 
sentido.
 
CUIDADOS AO USAR AS PAUSAS.
Evite fazer pausas longas demais, muitas pausas ou não fazer pausa 
nenhuma. Importante: durante a pausa o orador deve continuar olhando para 
os ouvintes! Pausar antes de uma idéia importante gera expectativa. Pausar 
depois, oferece a oportunidade de refletir. Pausa dramática: Pausa mais 
longa. Usada em declarações muito significativas. Vem depois deuma 
declaração enfática. Após a pausa o orador deve dizer as palavras com mais 
ênfase e energia, evidenciará aos ouvintes que não se perdeu ou esqueceu 
algo, que usou conscientemente o recurso da pausa.
 
4. SILÊNCIO. 
A audiência terá tempo para descansar a mente e “tomar fôlego” para 
assimilar novas idéias. Silêncio deliberado é um forte meio para fazer o público 
refletir. Silêncio inicial: ficar de pé diante do público, antes de começar o 
discurso. Serve para olhar a platéia, sorrir, dar um tempo para que se 
acostume com a sua presença e mostrar que você tem o controle da situação.
 
NECESSIDADE DE SE EDUCAR A VOZ
O mérito de um orador não está, como geralmente se pensa, apenas no 
texto dos seus discursos, ou então, apenas nas palavras, mas, também, na 
sua voz. 
Por isso mesmo, todo o orador tem que ter em mente que precisa 
procurar melhorar sempre a sua voz. 
Entre os homens, por exemplo, uma voz mal trabalhada, mal exercitada, 
colocada num resmungo, ou num murmúrio, ou então, colocada com 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 13
CURSO DE ORATÓRIA
estridência (alta demais), na maioria das vezes põe a perder o brilho de textos 
bem estruturados e repletos de informações e citações educativas. 
Entre as mulheres dá-se o mesmo quando, desavisadas e até por 
hábito, fala em tom choroso com voz esganiçada (aguda). Geralmente a 
mulher coloca a sua voz em tom nasal, o que a torna quase inaudível. 
A BASE DA VOZ: A RESPIRAÇÃO
A respiração correta é aquela que enche os pulmões de ar permitindo 
que uma pessoa, dado certo de exercícios, aumenta o fôlego1. 
Isto dá ao expositor maior alcance de voz. Porém, é necessário que 
saiba educar a saída do ar: a garganta e a boca devem se abrir de forma farta 
e tranquila ao falar. Contudo, de forma discreta, delicada e sem exagero. 
Todos os músculos faciais e o aparelho de fonação2 precisam estar 
relaxados ou afrouxados para evitar as mudanças da tonalidade de voz, o 
que acontece com muita freqüência, principalmente com os novatos, devido 
ao nervosismo. 
Tentar também evitar o defeito da hipertonia3 ou a hipotonia vocal4. 
Por isso mesmo é muito importante que o orador não somente conheça 
a sua própria voz, em matéria de tonalidade e timbre, como também saiba 
mantê-la sob controle, consciente de que somente assim estará dando força 
às suas expressões verbais. 
Ademais, terá meios de considerar melhor as dimensões do auditório 
onde fará o seu discurso, quer dizer, projetará a sua voz o suficiente para 
apenas preencher os espaços ambientais, sem risco de saturá-lo. 
Exemplo: os cantores profissionais aprendem a manter a língua encostada na 
parte inferior da boca para que ela não estorve a saída do som. 
AULA 04
 
1 Fôlego - Sopro; vento que se faz impelindo o ar com a boca; ação de expelir o ar 
aspirado.
2 Fonação - Aparelho responsável pela produção fisiológica da voz.
3 Hipertonia vocal - Falar alto em demasia. 
4 Hipotonia vocal - Falar muito baixo. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 14
CURSO DE ORATÓRIA
ORATÓRIA - APRESENTAÇÃO PESSOAL
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 15
CURSO DE ORATÓRIA
Sabemos que a comunicação é importante, sempre foi e sempre será. É 
através da comunicação verbal que mantemos um número maior de contatos 
diários: palestras, cursos, reuniões, recados, bate-papo, ordens etc. 
Muitas pessoas são peritas em seus ramos de trabalho, algumas 
possuem até especializações, mestrado e doutorado. Mas quando necessitam 
expor seus conhecimentos, agem com tanta timidez e insegurança, que o 
público ouvinte fica literalmente decepcionado.
Para alguns até pode ser fácil falar em público, mas para a grande 
maioria não é. Muitos se comunicam razoavelmente bem entre um e dois 
companheiros, mas quando é necessário falar oficialmente, com seriedade e 
em pé, para um público maior, seja ele conhecido ou não, se complica.
Vocês sabiam que tem gente que tem mais medo de falar em público do 
que de morrer?. É verdade: uma pesquisa feita pelo Jornal Sunday Times, 
chegou a esta espantosa conclusão. Segundo os dados do estudo, 41% dos 
entrevistados disseram ter horror de fazer um discurso. Outra pesquisa feita 
com 10.000 australianos mostrou que um terço deles preferiria morrer a ter de 
abrir a boca diante de uma platéia.
O problema é que esse fantasma ronda a vida de todo mundo, e mais 
dia, menos dia, também vai bater à sua porta. 
Você vai ter de dar uma aula, fazer uma palestra ou simplesmente 
apresentar os resultados de seu departamento na reunião da diretoria. Seja lá 
qual for a situação, terá de falar em público.
A oratória não se resume em falar, oratória é comunicação, e para 
comunicar há uma necessidade de um conjunto de elementos: a forma como a 
pessoa chega ao recinto, o jeito como se acomoda em uma cadeira, a maneira 
que caminha para a tribuna, a postura que tem em relação aos demais 
participantes e a sua apresentação pessoal.
A roupa é a embalagem da pessoa, o orador não pode descuidar desse 
aspecto. Sua apresentação pessoal terá reflexo na receptividade e na 
avaliação da platéia. Este é ponto que trataremos hoje neste artigo.
A apresentação pessoal é o primeiro elemento que devemos observar, 
numa palestra, por exemplo. O palestrante deverá vestir-se bem, com 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 16
CURSO DE ORATÓRIA
elegância e de acordo com o ambiente em que irá apresentar-se. Ou seja, é 
preciso compatibilizar a roupa com o local, o público e a oportunidade. 
Mesmo fora do tribunal, o advogado deve vestir-se e apresentar-se de 
forma ajustada ao ambiente, mas sem perder a dignidade do seu ofício. A 
mulher, igualmente, deve ter cuidados. As pernas e o decote não podem ser 
atrativos. Precisa vestir-se com elegância e discrição, para sobressair a 
capacidade da oratória. 
O orador que for para a tribuna com o paletó terá que suportar até o 
final. Tirar o paletó, desabotoá-lo, arregaçar as mangas ou soltar a gravata 
durante um discurso são procedimentos deselegantes. Ele deve estar sempre 
fechado, apenas o último botão de baixo fica livre. Não se usa paletó aberto em 
situação formal. E o discurso é a palavra posta em formalidade. 
A gravata deve combinar, em cores, em padrão, com a camisa e o 
paletó.Gravatas de cores escandalosas, com gravuras dos personagens de 
desenhos animados também não podem fazer parte do estilo de um 
profissional do Direito. O laço precisa ser bem formatado, ajustado e no lugar 
certo. Nunca, gravatas com o nó solto, passa uma aparência de bêbado, de 
boêmio. O comprimento certo da gravata é na altura do cinto. Nem mais, nem 
menos. 
Os sapatos são referenciais valiosos da personalidade da pessoa. Há 
mulheres que, ao conhecerem um homem, primeiro olham os sapatos. Elas 
pensam: se ele cuida dos sapatos, saberá cuidar da amada. Parece que 
ninguém vê, mas, ao contrário, os sapatos estão sendo observados por muitos. 
Por isso, mantenha-os sempre amarrados (se de cadarço) e limpos. 
Para apresentar-se bem não se esqueça também das unhas bem 
aparadas (para homens) e cabelos alinhados (para homens e mulheres). 
O orador não brilha apenas no púlpito. Antes, ele já estará a despertar 
atenção. Será observado por muitos nos momentos que antecedem o evento. 
Logo, sua postura, a sua forma de andar, os seus trejeitos, tudo será analisado. 
E, dependendodo que as pessoas perceberem, haverá uma prévia aceitação 
ou uma reação adversa mesmo antes de pronunciar a primeira palavra. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 17
CURSO DE ORATÓRIA
Concluindo, seja fino, educado e elegante. São valores que estão 
ficando esquecidos e as pessoas valorizam estes aspectos.
DICAS PARA AS MULHERES
• Barriga à mostra, tatuagens e piercings em evidência, 
calças com a cintura baixa demais -- tudo perfeito para seu fim de semana, 
mas absolutamente inadequado para usar em uma solenidade em que você 
precisará fazer uso da palavra.
• Blusas sem mangas? Nem pensar em trajar-se desse modo em uma 
solenidade ou compromisso social em que você tenha de falar. Fuja sempre 
das transparências e dos decotes avassaladores.
• O branco é pouco prático porque é uma cor extremamente sensível a 
qualquer mancha. Bege, cru e manteiga são opções mais acertadas. Mas 
se mesmo assim você preferir o branco, providencie um conjunto de lingerie 
nos tons uva ou chocolate, cores à prova de transparência. E você se 
sentirá mais à vontade.
DICAS PARA OS HOMENS
• Se a empresa exige que você use gravata, faça a coisa certa: gravatas 
são acessórios formais e pedem uma camisa social de mangas longas. Em 
vez de tentar adaptar o uso da gravata às camisas de mangas curtas, o 
mais coerente è discutir o assunto com o chefe. Porque não sugerir a ele 
que o pessoal do escritório adote, durante o verão, um estilo mais casual?
• Vestir uma camiseta de algodão sob a camisa é a solução perfeita para 
quem transpira demais. Prefira camisas confeccionadas em puro algodão, 
que são mais confortáveis.
 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 18
CURSO DE ORATÓRIA
AULA 05
 
ORATÓRIA – APRENDER A LER EM PÚBLICO
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 19
CURSO DE ORATÓRIA
APRENDA A LER EM PÚBLICO
Muitas pessoas acham que ler em público é simples, já que basta 
transmitir o texto que está pronto no papel. Posso garantir, entretanto, que a 
leitura se constitui na técnica mais difícil e complexa para o orador comunicar 
uma mensagem. 
Ao longo dos últimos 30 anos, tenho treinado pessoas das mais 
diferentes atividades para falar com desembaraço e confiança diante da 
platéia. Essa experiência me permitiu constatar que é muito raro encontrar 
alguém que saiba ler em público de maneira correta e eficiente. 
A maioria não se dá conta de como deverá se dedicar para ter o domínio 
total da técnica da leitura. A não ser que você já tenha alguma experiência, 
precisará de pelo menos cinco horas de exercícios para desenvolver uma 
leitura de boa qualidade. 
Ao pesquisar os motivos que levam as pessoas a ter tanta dificuldade 
com essa técnica de comunicação, entre as causas mais relevantes pude 
observar duas que se destacam:
• A primeira é que a maioria teve poucas chances de ler em público. Se 
você pensar bem, vai concluir que falamos de improviso desde o 
primeiro ano de vida. Entretanto, as chances de ler em voz alta diante de 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 20
CURSO DE ORATÓRIA
um grupo de ouvintes são bem mais reduzidas. Alguns passam a vida 
toda sem nenhuma oportunidade de ler em público. 
• A outra causa é que além de, normalmente, as pessoas não terem 
experiência suficiente para ler em público, quando precisam recorrer a 
esse recurso de comunicação se apresentam sem critérios técnicos 
adequados.
Embora a técnica seja complexa e exija treinamento, as orientações que 
você deve seguir para aprender a ler bem em público são bastante simples.
Cuidado - comece agora mesmo a se aprimorar na leitura em público. Se você 
esperar o momento em que tenha necessidade de ler, talvez a circunstância 
impeça que se prepare de forma conveniente.
Observe quais os pontos mais importantes para tornar a leitura em 
público eficiente:
Mantenha contato visual com os ouvintes
Tenha em mente que a mensagem deve ser transmitida para os 
ouvintes. Por isso, não fique olhando para o texto o tempo todo, como se 
estivesse conversando com o papel. Durante as pausas prolongadas e nos 
finais de frases, olhe para os ouvintes e demonstre com essa atitude que as 
informações estão sendo transmitidas para eles. 
Cuidado também para não olhar sempre para as mesmas pessoas. 
Distribua a comunicação visual olhando ora para um lado, ora para outro. 
Assim, todos se sentirão incluídos no ambiente.
Uma boa dica para você não se perder, enquanto olha para os ouvintes, 
é marcar a linha de leitura com o dedo polegar, pois ao voltar para o texto 
saberá exatamente onde parou. 
Outro defeito que aparece com freqüência é o de tirar os olhos do texto, 
mas em vez de olhar para os ouvintes o orador olha para o teto, revirando os 
olhos como se estivesse em transe.
Mantenha o papel na altura correta
Se você deixar o papel muito baixo, terá dificuldade para enxergar o 
texto. Se, entretanto, deixar muito alto, esconderá seu rosto da platéia. Por 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 21
CURSO DE ORATÓRIA
isso, procure deixar a folha na parte superior do peito, para ler com mais 
facilidade e não se esconder do público. 
Considere também que, se o papel estiver muito baixo, você terá que 
abaixar muito a cabeça para ler e levará muito tempo para retornar, olhar e ver 
as pessoas. Deixando a folha na parte superior do peito, bastará levantar um 
pouco a cabeça para tirar os olhos do texto e já estará mantendo a 
comunicação visual com os ouvintes.
Falando em não abaixar a cabeça, ao digitar o texto procure usar 
apenas os dois terços superiores da página, deixando o terço inferior em 
branco. Esse cuidado permitirá um contato visual mais tranqüilo e suave, já que 
para ver as pessoas bastará apenas levantar os olhos, sem movimentar muito 
a cabeça.
Faça poucos gestos
Se a gesticulação na fala de improviso, sem papel nas mãos, deve ser 
moderada, na leitura, essa moderação dos gestos deve ser ainda maior.
Exceto nos casos em que a mensagem exigir expressão corporal mais 
ativa, como nas circunstâncias de grande emoção, ao ler uma página, de 
maneira geral, você poderá se limitar a meia dúzia de gestos. 
É melhor que você faça poucos gestos, que destaquem as informações 
mais relevantes com convicção e firmeza, do que demonstrar hesitação e 
insegurança soltando repetidamente a mão do papel e retornando depressa, 
como se estivesse arrependido de ter feito aquele gesto. 
Como a falta dos gestos não trará tanto prejuízo ao resultado da 
apresentação, se você for muito inexperiente e encontrar dificuldade para 
gesticular, será melhor que não gesticule. Fique o tempo todo segurando a 
folha com as duas mãos.
Aqui você poderia perguntar: mas, se a falta do gesto não prejudica 
tanto o resultado da leitura, por que gesticular? A falta do gesto não prejudica a 
apresentação a ponto de comprometer o objetivo da mensagem, mas é 
evidente que gestos harmoniosos, coerentes e expressivos serão importantes 
para tornar a leitura ainda mais eficiente. 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 22
CURSO DE ORATÓRIA
Em outras palavras. A gesticulação na leitura é boa. Mas, enquanto você 
não souber gesticular, é melhor não correr riscos.
Faça marcações
Pequenas marcações no texto podem facilitar a interpretaçãoda 
mensagem. Use, por exemplo, traços verticais antes das palavras para indicar 
o momento de fazer pausas mais expressivas, e traços horizontais embaixo 
das palavras que mereçam maior destaque.
Observe que essas marcações não coincidirão necessariamente com a 
pontuação gramatical. Por exemplo, nessa frase que você acabou de ler, se 
você fizesse uma pausa depois da palavra "marcações", poderia dar mais 
expressividade à leitura.
E se você tremer?
Até oradores muito experientes chegam a temer quando precisam ler 
diante do público. Se você também costuma sentir tremores nas mãos, uma 
boa saída é usar folhas de gramatura mais encorpada. Somente pelo fato de 
saber que, com as folhas mais grossas os pequenos tremores não serão 
percebidos, você irá se comportar com mais tranqüilidade e, provavelmente, 
não tremerá. 
Não se canse de treinar
Você não pode ter preguiça para treinar. Para exercitar, selecione textos 
de jornais ou de revistas, faça marcações para ajudar na interpretação e treine 
com auxílio de uma câmera de vídeo - na falta desse equipamento, faça os 
exercícios na frente de um espelho. Dê atenção especial às pausas 
expressivas, à comunicação visual e aos gestos.
Um texto para ser bem lido e interpretado necessita de pelo menos 
quinze ensaios, pois somente aí é que conseguirá soltar-se do papel com 
tranqüilidade e se comunicar de forma eficiente com os ouvintes. Não se 
esqueça, entretanto, de que para você ter domínio total da técnica precisará 
daquelas cinco horas que comentei no início.
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 23
CURSO DE ORATÓRIA
Cuidado também para não ensaiar muito a ponto de decorar a 
mensagem e se esquecer de olhar para o papel. Se este fato ocorrer, diante da 
platéia, pelo menos finja que está lendo.
Situações em que a leitura é recomendável
A leitura deve ser reservada para circunstâncias especiais como:
 Pronunciamentos oficiais
 Textos muito técnicos que não possam conter erros 
 Discursos de posse de presidentes de entidades, pois esse é o momento em 
que apresentam as bases da sua administração e não devem, portanto, 
improvisar
 Discursos de despedida de presidentes de entidades, pois ao deixar o cargo, 
de maneira geral, fazem um levantamento das suas realizações
 Agradecimentos de homenagens feitas a grupos, especialmente quando a 
mensagem representar a filosofia das pessoas, ou o discurso tiver de ser 
distribuído para a imprensa
 Discursos de oradores de turma, pois nesse momento estão representando a 
vontade de todos os colegas formandos
Além dessas situações e de uma ou outra que poderia ser acrescentada, 
a leitura deveria ser substituída por outros recursos, que tratarei nesta coluna 
em outra oportunidade. 
DICAS
 Para facilitar a identificação de cifras, misture números com palavras. Por 
exemplo, fica mais fácil ler 38 milhões, do que 38.000.000, ou trinta e oito 
milhões
 Encerre sempre a página com ponto final. Frases incompletas no final da 
página o obrigarão a se apressar na busca do complemento da informação na 
página seguinte
 Numere as folhas com números bem visíveis para não se perder
 Deixe as folhas soltas, sem clipes ou grampos
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CURSO DE ORATÓRIA
 Use um corpo de letra de acordo com sua capacidade de enxergar, mesmo 
que para isso seja obrigado a usar muitas folhas 
 A tipologia minúscula de letras possui desenhos mais fáceis de ler do que a 
maiúscula. Por isso, use corpo de letra grande com tipologia minúscula
AULA 06
 
ORATÓRIA – COMO USAR O MICROFONE
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 25
CURSO DE ORATÓRIA
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves
 
COMO USAR O MICROFONE
Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do microfone. Sua 
utilidade é incontestável. Ele permite que a comunicação do orador seja mais 
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CURSO DE ORATÓRIA
natural e espontânea, possibilitando falar a grandes platéias da mesma forma 
como se conversa com uma ou duas pessoas. 
Mesmo possuindo todas essas qualidades, o microfone, muitas vezes, é 
visto como um terrível inimigo, chegando a provocar pânico em determinados 
oradores, principalmente naqueles menos habituados com a tribuna. 
Isso ocorre por não se observar certos procedimentos elementares, mas 
de capital importância a uma boa apresentação. Vejamos, de forma resumida, 
o que deve ser feito para o bom uso do microfone:
1. Microfone de lapela Este tipo de microfone praticamente não apresenta 
grandes problemas quanto à sua utilização; ele é preso na roupa por uma 
presilha tipo "jacaré", de fácil manuseio. É muito útil quando se pretende 
liberdade de movimentos na tribuna. Para usá-lo bem, basta atentar aos itens 
que passaremos a comentar.
a. Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-lo na altura da 
parte superior do peito, pois ele possui boa sensibilidade e a essa distância 
poderá captar a voz com perfeição.
b. Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar oradores 
segurando, enrolando, ou torcendo o fio do microfone. Já presenciamos casos 
que se mostraram cômicos; em um deles, sem perceber, o orador começou a 
enrolar o fio do microfone e, quando chegou ao final da apresentação, 
assustou-se ao verificar que esta com mais de dois metros de fio nas mãos.
c. Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de lapela é a 
de não bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao microfone, 
enquanto estiver falando, porque esses ruídos também são ampliados, 
prejudicando a concentração e o entendimento dos ouvintes.
d. É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer 
microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone de 
lapela o problema passa a ser muito mais grave por causa da sua alta 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 27
CURSO DE ORATÓRIA
sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma considerável distância. Isto sem 
conta que, preso na roupa, sempre o acompanhará.
e. Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já 
presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador 
para que não se esqueça de retirar o microfone quando terminar de falar e for 
sair da tribuna. 
2. Microfone de pedestal Este tipo de microfone exige maiores cuidados para 
sua melhor utilização. É um microfone mais comum e encontrável na maioria 
dos auditórios. Veja agora o que deverá fazer para evitar problemas e melhorar 
as condições de sua apresentação.
a. Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste onde o 
microfone se sustenta e se existe regulagem na parte superior onde ele é 
fixado. Treine esses movimentos, abaixando e levantando várias vezes a 
haste, observando atentamente todas as suas peculiaridades. Evidentemente 
essa tarefa deverá ser realizada bem antes do momento de se apresentar, de 
preferência sem a presença de nenhum ouvinte. Se isto não for possível, 
verifique a atuação dos outros oradores mais habituados com o local e como se 
comportam com o microfone que irá usar.
b. Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura, teste a 
sensibilidade do microfone para saber a que distância deverá falar. 
Normalmente a distância indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada 
microfone possui características distintas e é prudenteconhecê-las 
antecipadamente. Se durante o teste estiver acompanhado de um amigo ou 
conhecido, peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a melhor distância e 
qual a altura ideal da sua voz.
c. Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente do rosto, 
permitindo que o auditório veja o seu semblante. Deixe-o a um ou dois 
centímetros abaixo do queixo.
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CURSO DE ORATÓRIA
d. Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o microfone; 
dessa forma o jato da voz será sempre captado: assim, quando falar com as 
pessoas localizadas nas extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige 
a reunião, normalmente posicionada no sentido lateral, gire o corpo de tal 
maneira que possa sempre continuar falando com os olhos sobre o microfone.
e. Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando com um 
pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, sem 
energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com vibração, 
mas sem gritar.
f. Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na 
tribuna, o cuidado com o jato de voz deverá ser o mesmo; nesse caso não 
movimente a mão que segura o microfone e deixe-o sempre à mesma 
distância.
3. Microfone de mesa 
O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já mencionados, com a 
diferença de normalmente ser apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a 
altura não vacile, faça-o com firmeza e só comece a falar quando tiver 
posicionado da maneira desejada.
Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar 
ou recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os outros falaram sem 
microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue até os 
últimos ouvinte, sem dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores se 
apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a 
acústica impedirão sua voz de chegar bem até os últimos elementos da platéia, 
aceite-o.
Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles 
persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre 
essa atitude. A apresentação é sua e você é o responsável pelo seu bom 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 29
CURSO DE ORATÓRIA
desempenho. O microfone deve ajudar a exposição. Se, ao contrário, 
atrapalhar, é preferível ficar sem ele. 
AULA 07
 
ORATÓRIA – USO DO VOCATIVO
 
Ministrado pelo
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CURSO DE ORATÓRIA
Professor Ivanildo Alves 
VOCATIVO
O vocativo é o cumprimento ao público, uma forma educada de você se 
dirigir a ele chamando a atenção para sua presença ali na frente das pessoas.
Deverá ser adequado à circunstancia em que você se apresenta, 
principalmente quanto ao grau de formalidade. Diante de ouvintes estranhos ou 
com posições hierárquicas importantes, os cumprimentos devem ser mais 
formais e cerimoniosos; já as platéias constituídas de pessoas conhecidas ou 
de seu relacionamento social ou profissional permitem vocativos mais 
informais.
O vocativo “senhoras e senhores” resolve a maioria das situações, pois 
é respeitoso para qualquer tipo de público, evita a quebra do ritmo e não cansa 
o auditório com os intermináveis cumprimentos.
Já para um grupo de subordinados ou colegas da mesma empresa, com 
quem você se relaciona há muitos anos, dificilmente seria indicado um 
cumprimento que se aproximasse da formalidade, mais apropriado poderia ser, 
por exemplo: “Alô, pessoal!” ou “Bom dia a todos!”.
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CURSO DE ORATÓRIA
Existindo uma mesa composta por pessoas que dirigem a reunião ou a 
solenidade, cumprimente-as e, em seguida, os demais ouvintes. Os 
cumprimentos devem seguir uma ordem decrescente de importância, por isso o 
cuidado de confirmar o nome correto dos que serão mencionados, a função de 
cada um e a ordem hierárquica precisa estar sempre entre as suas 
preocupações. Se a mesa for numerosa e não existir um protocolo rigoroso que 
obrigue o cumprimento a todos os seus componentes, você poderá utilizar 
alguns recursos que sempre são úteis nessa circunstancia. Veja dois dos mais 
eficientes:
- Cumprimentar todas as pessoas da mesa ao mesmo tempo:
“Autoridades que compõem a mesa de honra, senhoras e senhores...”;
“componentes da mesa que dirige esta reunião, senhoras e senhores...”.
- Eleger uma pessoa representativa da mesa ou o presidente da reunião, 
saudá-lo e estender o cumprimento aos demais componentes:
“Excelentíssimo Senhor Governador Roberto Andrade da Silva, muita 
boa noite, e, ao cumprimentá-lo, estendo meus cumprimentos a todos os 
demais componentes da mesa. Senhoras, senhores...”
Há ocasiões, entretanto, em que as pessoas se reúnem sem a mínima 
preocupação com o tipo de mensagem a ser transmitida; o único objetivo da 
maioria é estar naquele ambiente devido ao interesse pessoal, e importa muito 
ouvir seu nome ser pronunciado diante da platéia.
Independentemente do esforço que você deva fazer para conquistar o 
auditório e envolve-lo com sua mensagem, essa aspiração do público não 
poderá ser desprezada e, em uma circunstancia dessa natureza, você deverá 
cumprimentar e fazer referência a todos os ouvintes de destaque daquele 
ambiente.
O vocativo deve ser uma espécie de abraço que você dará no auditório, 
mais ou menos o mesmo comportamento caloroso que tem quando 
cumprimenta um amigo. Lembre-se de que ele faz parte da introdução, cujo 
objetivo é conquistar a platéia, e a maneira como você a saúda poderá ter 
influência decisiva na aceitação da mensagem.
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 32
CURSO DE ORATÓRIA
Quando um aluno do nosso curso de oratória, ao fazer o seu exercício 
na tribuna, inicia a apresentação cumprimentando o público de forma 
mecânica, pedimos que ele reinicie uma ou mais vezes até que o contato inicial 
seja mais espontâneo e envolvente.
Quando o discurso é lido, percebe-se que alguns oradores, mesmo 
sabendo bem o nome das pessoas que irão cumprimentar, recorrem ao que 
está escrito como se não as conhecessem. Verifique se esse fato acontece nas 
suas apresentações e só leia os nomes se tiver dúvida ou não souber quem 
são.
Nas cerimônias oficiais, onde a precedência deve ser cumprida 
rigorosamente, siga a ordem estabelecida pelas recomendações oficiais.
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CURSO DE ORATÓRIA
AULA 08
 
ORATÓRIA – DICAS PARA FALAR MELHOR EM PÚBLICO
 
Ministrado pelo
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CURSO DE ORATÓRIA
DICAS PARA FALAR MELHOR EM PÚBLICO
1. Seja Você Mesmo
Essa é a primeira e maior "dica" de como falar melhor: a naturalidade 
acima de tudo. Nenhuma técnica poderá ser mais importante que a sua 
naturalidade. Aprenda, aperfeiçoe, progrida, mas ao falar seja sempre natural.
2. Pronuncie Bem as Palavras
Pronuncie completamente todas as palavras. Principalmente não omita a 
pronúncia dos "s" e "r" finais e dos "i" intermediários. Por exemplo, fale primeiro 
janeiro, terceiro, precisar, trazer, levamos e não janero, tercero, precisá, trazê, 
levamo. 
Pronunciando todos os sons corretamente, a mensagem será melhor 
compreendida pelos ouvintes e haverá maior valorização da imagem dequem 
fala. Faça exercícios para melhorar a dicção lendo qualquer texto.
 
3. Fale com Boa Intensidade
Se falar muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não 
entenderão suas palavras e deixarão de prestar atenção. Também não deverá 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 35
CURSO DE ORATÓRIA
falar muito alto porque, além de se cansar rapidamente, poderá irritar os 
ouvintes. Fale numa altura adequada para cada ambiente. 
Nunca deixe, entretanto, de falar com entusiasmo e vibração. Se não 
demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá também 
interessar sua platéia. 
4. Fale com Boa Velocidade
Não fale rápido demais. Se sua dicção for deficiente será ainda mais 
grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Também não fale 
muito lentamente, com pausas prolongadas, para não entediar os ouvintes. 
Use um aparelho gravador para conhecer melhor a velocidade de sua fala e 
decidir-se pelo melhor estilo. 
5. Fale com Bom Ritmo
Alterne a altura e a velocidade da fala para construir um ritmo agradável 
de comunicação. Quem se expressa com velocidade e altura constantes acaba 
por desinteressar os ouvintes, não pela falta de conteúdo, mas pela maneira 
"descolorida" como se apresenta. 
6. Tenha um Vocabulário Adequado
Um bom vocabulário tem de estar isento do excesso de termos pobres e 
vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um 
vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre incompreensíveis. 
Evite também o vocabulário específico da sua profissão diante de pessoas não 
familiarizadas com esse tipo de palavreado. 
Evitando o vocabulário pobre e vulgar, não tendo a preocupação de se 
expressar com palavras difíceis e reservando o vocabulário profissional apenas 
para aqueles que atuam dentro da mesma área, você estará desenvolvendo 
um vocabulário simples, objetivo e suficiente para identificar todas as suas 
idéias e pensamentos. 
7. Cuide da Gramática
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 36
CURSO DE ORATÓRIA
Um erro gramatical, dependendo da sua gravidade, poderá atrapalhar a 
apresentação e até mesmo destruir sua imagem. Toda a gramática precisa ser 
correta, mas principalmente faça uma revisão de concordância e conjugação 
dos verbos. 
Muitos hesitam na construção das frases porque têm duvidas sobre a 
concordância a fazer ou o verbo a conjugar. Além disso, aumente suas leituras 
de livros de bons autores e observe atentamente a construção das suas frases. 
A leitura é uma das melhores fontes de aprendizado. 
8. Tenha Postura Correta
Fique sempre bem posicionado. Ao falar procure não colocar as mãos 
nos bolsos, nas costas, cruzar os braços, nem se debruce sobre a mesa, 
cadeira ou tribuna. Deixe os braços naturalmente ao longo do corpo ou acima 
da linha da cintura e gesticule com moderação. O excesso de gesticulação é 
mais prejudicial que a falta.
Distribua o peso do corpo sobre as duas pernas, evitando o apoio ora 
sobre uma perna, ora sobre a outra. Essa atitude torna a postura deselegante. 
Também não fique se movimentando desordenadamente de um lado para 
outro e quando estiver parado não abra demasiadamente as pernas. Só se 
movimente se pretender se aproximar dos ouvintes, ou dar ênfase a 
determinada informação. 
Não relaxe a postura do tronco com os ombros caídos. 
Poderá passar uma imagem negligente, ou de excesso de humildade. 
Cuidado também para não agir de forma contrária não levantando 
demasiadamente a cabeça nem mantendo rígida a posição do tórax. Poderá 
passar uma imagem arrogante e prepotente. 
Deixe o semblante sempre descontraído e, sendo possível, sorridente. 
Não fale em alegria com a fisionomia fechada nem em tristeza com a face 
alegre. Lembre-se sempre que é preciso existir coerência entre o que falamos 
e o que demonstramos na fisionomia.
Ao falar olhe para todas as pessoas para Ter certeza de que estão 
ouvindo e prestando atenção nas suas palavras. Principalmente ao ler, este 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 37
CURSO DE ORATÓRIA
cuidado tem de ser redobrado, pois existe sempre a tendência de olhar o 
tempo todo para o texto, esquecendo a presença dos ouvintes. 
9. Tenha Início, Meio e Fim
Toda fala, seja simples conversa ou numa apresentação para uma grande 
platéia, precisa Ter início, meio e fim.
9.1. O Início
No início procure conquistar os ouvintes desarmando suas resistências e 
conquistando seu interesse e atenção. Para isso poderá usar algumas das 
seguintes "dicas":
· Conte uma pequena história que tenha estreita relação com o conteúdo da 
sua mensagem. Histórias normalmente despertam o interesse
· Elogie sinceramente os ouvintes 
· Use uma frase que provoque impacto
· Diga que não irá consumir muito tempo
· Faça uma citação de autor respeitado pelos ouvintes
· Use um fato bem humorado. Entretanto, evite piadas
· Levante uma reflexão
· Demonstre sutilmente que conhece o assunto e possui experiência
· Aproveite uma circunstância fazendo um comentário sobre alguém presente 
ou que tenha falado há pouco, ou ainda sobre um acontecimento conhecido 
dos ouvintes
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 38
CURSO DE ORATÓRIA
No início você não deverá:
· Pedir desculpas por estar com problemas físicos (gripes, resfriados, dor de 
cabeça, etc.) ou por não estar devidamente preparado para falar
· Contar piadas
· Tomar partido sobre assuntos polêmicos
· Começar com "chavões" ou frases muito usadas. Por exemplo: A união faz a 
força, uma andorinha só não faz verão, etc.
· Fazer citações de autores muito polêmicos
Saiba ainda que o início deverá ser breve, neutro e guardar 
interdependência com o restante da fala.
9.2. O Meio
Na primeira parte do meio, prepare o tema a ser abordado:
· Conte numa única frase sobre a matéria que irá abordar. Por exemplo: “Vou 
falar sobre o lazer do homem moderno" 
· Em seguida, faça um relato histórico do tema, ou levante um problema para o 
qual dará solução
· Finalmente, fale sobre as etapas do assunto que irá desenvolver. Por 
exemplo: se o tema fosse lazer, as etapas poderiam ser: o lazer no campo, o 
lazer na praia e o lazer no clube. 
Na Segunda parte, desenvolva o assunto principal atendendo ao que foi 
preparado. Se fez um relato histórico, agora fale do presente; se levantou um 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 39
CURSO DE ORATÓRIA
problema, agora dê a solução; se dividiu o tema, agora cumpra as etapas 
prometidas. 
Use comparações, exemplos, estatísticas, testemunho, enfim, tudo que 
puder para confirmar o conteúdo da sua exposição. Se sentir que alguém 
poderia fazer alguma objeção às suas afirmações, este é o momento de refutá-
la.
9.3. O Fim
No final, faça uma breve recapitulação. Em apenas uma ou duas frases, 
faça um resumo do que apresentou. 
Em seguida, para encerrar, use os mesmos recursos sugeridos para 
iniciar: elogiar o auditório, fazer uma citação, aproveitar uma circunstância, um 
fato bem-humorado, levantar uma reflexão, etc. Além disso, poderá pedir que 
ajam de acordo com suas propostas. Não encerre dizendo "era isso que eu 
tinha para falar" ou outras formas vazias, sem objetividade.
10. Fale com Emoção
Fale com entusiasmo, vibre com a sua mensagem, demonstre emoção e 
interesse nas suas palavras e ações. Assim, terá autoridade para interessar e 
envolver os seus ouvintes.
AULA 09
 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas nestecurso 40
CURSO DE ORATÓRIA
LOCAL E CIRCUNSTÂNCIA DA APRESENTAÇÃO
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
VERIFIQUE O LOCAL E AS CIRCUNSTÂNCIAS DA 
APRESENTAÇÃO
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 41
CURSO DE ORATÓRIA
Alguns cuidados com o local e com as circunstancias que cercam a 
apresentação ajudam a indicar o melhor caminho para você alcançar um bom 
resultado diante do público. São observações que fazem naturalmente, até de 
maneira intuitiva, mas, se não se disciplinar com uma lista de itens a serem 
verificados, correrá o risco de negligenciar o levantamento de informações que, 
talvez, tenham influência decisiva na qualidade da exposição.
Por estranho que possa parecer, oradores com maior experiência são os 
mais vulneráveis à ocorrência de fatos inesperados. Julgam, geralmente, que 
por estarem acostumados a fazer apresentações não encontrarão problemas e 
imaginam que, se eles surgirem, saberão como contorná-los.
Esse comportamento poderá trazer resultados desastrosos. Primeiro 
porque obstáculos aparecem com mais freqüência do que normalmente se 
supõe; depois, de nada adiantará ser experiente se a solução depender de 
fatores alheios a sua ação.
Portanto – não importa se você é iniciante ou traquejado no uso da 
palavra em público -, fique sempre atento a todos estes itens que iremos 
analisar:
O tamanho do auditório;
O local;
Os recursos disponíveis;
O apoio da apresentação;
Os ambientes abertos;
 As últimas observações
1. O tamanho do auditório
Será que você falará para um auditório numeroso, com mais de duzentas 
pessoas, ou para um público pequeno, de dez ou quinze ouvintes?
Imagine ima circunstancia em que você, despretensiosamente, se dirigisse 
a uma reunião informal para falar com uma dúzia de pessoas e, então, 
descobrisse que, na verdade, a exposição seria para uma platéia bastante 
numerosa, com centenas de ouvintes.
Talvez essa surpresa causasse desconforto, porque exigiria um grande 
esforço de concentração a fim de se adaptar à nova realidade.
É provável, também, que os recursos visuais fossem inadequados, pois o 
uso de um flip chart, que atenderia às necessidades de um pequeno auditório, 
Pratique todos os dias as técnicas desenvolvidas neste curso 42
CURSO DE ORATÓRIA
não seria próprio para uma grande platéia, e a quantidade de folhetos 
destinados a um pequeno grupo se tornaria suficiente para um público 
numeroso.
O auditório numeroso permite, e em determinadas circunstancias até exige, 
gesticulação mais abrangente e volume de voz mais intenso. A platéia pequena 
possibilita uma comunicação mais informal e intimista, podendo você falar em 
volume mais baixo de voz e gesticulação mais moderada.
2. O local
Faz parte do preparo de uma apresentação saber onde ela será realizada.
Descubra se o local é de fácil acesso, se no caminho encontrará transito 
pesado e vagaroso, quanto tempo será necessário para chegar, se há 
estacionamento próprio ou não.
Se precisar falar em outra cidade, sendo possível, chegue no período 
anterior ao da apresentação, isto é, se for à tarde, chegue pela manhã; se fora 
noite, chegue à tarde e, dependendo da distancia, talvez até seja necessário 
chegar um dia antes do evento.
Ainda com relação ao local, você precisará conhecer em que circunstancias 
a apresentação ocorrerá. Será prudente observar se as cadeiras são 
confortáveis, como estão dispostas e se o número é suficiente para o público 
esperado.
Quando os ouvintes estão bem acomodados e tendo boa visibilidade do 
orador, mostram-se mais dóceis e receptivos. Se, ao contrário, precisarem ficar 
em pé ou sentados em cadeiras desconfortáveis, em salas pouco ventiladas ou 
com iluminação deficiente, podem se tornar ansiosos, com vontade de sair e 
até desenvolver algum tipo de hostilidade com relação ao orador ou às idéias 
apresentadas. Se não puder influir na melhoria das acomodações, a solução é 
falar o mais rápido possível.
Se o auditório for maior do que seria necessário para a quantidade de 
pessoas presentes, convém colocá-las próximas umas das outras nas 
primeiras fileiras. Se os ouvintes ficarem distantes, afastados uns dos outros, 
talvez se sintam alheios ao ambiente e desmotivados a se envolverem com a 
apresentação.
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Se julgar conveniente fazer com que os ouvintes mudem mais para a frente 
da sala, evite assumir essa tarefa. É preferível pedir ao responsável pelo 
evento que tome a iniciativa, pois, estando as pessoas já acomodadas, 
poderão irritar-se por ter de sair das suas cadeiras. É obvio que, se existe o 
risco de contrariar a platéia, você - que fará a apresentação com a incumbência 
de conquistar o público – deverá evitar ser o causador do aborrecimento.
Por sua vez, para alimentar um provável nervosismo, é prudente não deixar 
os primeiros ouvintes muito próximos a você, especialmente se estiver atuando 
ainda como principiante. Posicione-se de três a cinco metros das primeiras 
cadeiras. Em ambientes grandes, com público numeroso, a distancia pode ser 
ainda maior. À medida que você for se sentindo mais à vontade, desde que a 
circunstancia permita, poderá se aproximar mais do público. Entretanto, há 
pessoas que ficam mais inseguras quando se distanciam da platéia, por se 
sentirem alvo das atenções. Caberá a você decidir que distancia do público o 
deixa mais à vontade.
3. Os recursos disponíveis
Tudo precisa ser verificado nos menores detalhes para evitar, ao máximo, 
que algo possa sair errado e atrapalhar o evento. Confira com antecedência os 
tipos e o funcionamento dos microfones disponíveis; a qualidade do som e a 
acústica da sala; os projetores multimídia, os aparelhos de retro-projeção, 
projetores de slides, vídeos e áudios; o local das tomadas, a necessidade de 
fios de extensão ou lâmpadas de reserva; a existência ou não, na sala, de 
telefones que poderiam tocar durante a exposição; as folhas de papel do flip 
chart; os pinceis e o giz; o lugar ideal para a lousa, o quadro magnético ou a 
tela para projeção.
Provavelmente, você nem sempre terá condições de fazer todas essas 
verificações com muita antecedência. Por isso, ao chegar ao local da 
apresentação. Peça para falar com o responsável pelo som e pelos 
equipamentos de projeção e faça com eles os testes para o uso de CDs, DVDs, 
fita de vídeo e outros recursos que pretenda utilizar.
4. O apoio da apresentação
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Se a apresentação for num hotel, saiba quem é a pessoa responsável pela 
sala que irá ocupar, se possuem um técnico de manutenção e quais os ramais 
telefônicos que deverão ser acionados no caso de uma emergência.
Mesmo que uma pessoa especializada faça a instalação do equipamento a 
ser utilizado faça a instalação do equipamento a ser utilizado, procure testá-lo 
pessoalmente e verifique se está de acordo com suas necessidades e 
apropriado para aquele ambiente.
E aqui vai um conselho baseado na minha experiência pessoal: faça tudo o 
que puder para que o som seja da melhor qualidade possível. 
Quando o som é de boa qualidade, nós nos sentimos abraçados pela 
própria voz e falamos com ritmo e cadencia agradáveis, sem esforço. Quando, 
entretanto, o som é deficiente, nós nos sentimos desamparados, temos que 
fazer esforço com a voz, deixamos de alternar o volume e a velocidade, e o 
resultado da apresentação,de maneira geral, é prejudicado.
Se você faz apresentações com freqüência e utiliza, na maioria das vezes, 
os mesmos recursos, como microfones sem fio, câmeras de vídeo, projetores 
multimídia, computadores, analise a possibilidade de ter os seus próprios 
equipamentos. Além de nominar com mais segurança os seus instrumentos de 
apoio, evitará o risco de receber dos organizadores do evento aparelhos 
defeituosos ou sem condições apropriadas ou sem condições apropriadas para 
funcionar.
5. Os ambientes abertos
São muitos os detalhes que você precisa verificar antes de uma 
apresentação ser realizada num ambiente aberto. Desde a consulta ao serviço 
ao serviço de meteorologia, para saber se há previsão de chuvas – e, nesse 
caso, providenciar um local coberto para proteger as pessoas que compõem a 
assistência -, até a posição do sol e o sentido do vento, para escolher o melhor 
lugar para a tribuna. 
Mas, de todos os cuidados, nessas circunstancias, o mais importante diz 
respeito à qualidade do som. Em ambientes abertos, se você falar sem 
microfone, a voz não alcançará mais do que alguns poucos metros, e o público 
não conseguirá ouvir a mensagem.
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Em geral, nessas ocasiões, a platéia é numerosa e permanece em pé, 
numa posição desconfortável, o que o deixa sem condições para ouvir por 
tempo prolongado.
Também nessa circunstancia, provavelmente, nem sempre você terá 
condições de verificar pessoalmente todos os detalhes. Entretanto, saiba que a 
responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso da apresentação será sempre 
sua. Por isso, encarregue alguém de sua confiança para observar se todas as 
providencias foram tomadas.
6. As últimas observações
Ao chegar ao local, você deve tomar algumas providencias importantes 
para o sucesso da apresentação. Estes são alguns dos dados mais 
importantes que precisam ser confirmados:
 O nome correto e o cargo ou a posição hierárquica das pessoas a serem 
mencionadas ou que irão compor a mesa diretora (convém orientar o 
responsável pelo evento para que avise de imediato a ocorrência de 
qualquer alteração);
 Se algum fato relevante ocorreu antes de sua chegada;
 Se algum fato ou informação deveriam ser evitados, devido à presença de 
uma pessoa ou de um grupo delas;
 Quem falará antes e depois;
 Quais os assuntos sobre os quais as outras pessoas irão discorrer, para ter 
certeza de que o programa inicialmente proposto não foi alterado;
 Se irá falar em pé ou sentado, ou se terá liberdade de escolher a maneira 
de se apresentar;
 Se usará uma tribuna e, em caso afirmativo, se ela é adequada à sua 
estatura. No caso no caso de você ser baixo, talvez seja necessário um 
pequeno tablado (imperceptível aos ouvintes) para não ficar escondido, so 
com a cabeça aparecendo.
Quando a rainha Elizabeth II visitou os EUA, os responsáveis pelo 
cerimonial negligenciaram esse detalhe e ela praticamente desapareceu atrás 
da tribuna, preparada para o Presidente Bush, muito mais alto. Sua fala ficou 
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conhecida como o discurso do chapéu listrado foi a única parte visível da 
Rainha.
AULA 10
 
O DISCURSO EMOTIVO: A SENSIBILIZAÇÃO DO OUVINTE
 
Ministrado pelo
Professor Ivanildo Alves 
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 O DISCURSO EMOTIVO: A SENSIBILIZAÇÃO DO OUVINTE 
As reações de ordem emotiva, sentimental ou de prazer proporcionadas 
pelas palavras em um discurso não dependem apenas dos diferentes sentidos 
que elas evocam; também se originam no inusitado, na musicalidade, na 
agradabilidade que proporcionam e, em consequência, um discurso 
impressionará mais ou menos, de acordo com sua capacidade de atingir (e 
ativar) as paixões do auditório, atraindo seu interesse, prolongando a sua 
atenção e motivando-o para a adesão. 
A expressividade, assim, é vista da perspectiva do auditório e não como 
manifestação da interioridade (da subjetividade) do orador, tal como 
predominava no espírito romântico. A conquista (pela expressividade) como 
recurso argumentativo parece estar, duplamente, a serviço do raciocínio: por 
um lado, prepara o espírito do auditório para que, pelo menos, se disponha 
positivamente a acompanhar a argumentação desenvolvida e, por outro, 
procura sensibilizá-lo, convencê-lo, ou para a atitude que o orador pretende 
alcançar por meio da argumentação, tecnicamente desenvolvida. 
Assim, para não comprometer o caráter artístico da argumentação, do 
ponto de vista retórico, as tradicionais figuras da linguagem deixam de ser 
interpretadas, apenas, como mecanismos que tornam o discurso elegante ou 
bonito; exercem papel emotivo na medida em que impressionam e se colocam, 
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também, como condensadoras de determinados valores ao redor dos quais se 
estabelece a argumentação. 
Mesmo que a Estilística designe pelo nome de figura "uma maneira de 
falar mais viva que a linguagem comum e destinada a tornar sensível a 
audiência por meio de uma imagem, uma comparação ou a chamar melhor a 
atenção pela sua justeza e originalidade" (GUIRAUD, 1970, p.30), o papel 
retórico da figura não pode ficar reduzido a isso: também apresenta potencial 
argumentativo enquanto construção dos sentidos. Seu uso, portanto, vai além 
do expressar a subjetividade. 
A estática da comunicação (PARRET, 1997) pode contribuir para a 
compreensão do papel afetivo que a linguagem verbal e, mais especificamente, 
determinadas expressões nominais desempenham. 
Não significa que, necessariamente, fragilizem o interlocutor na sua 
capacidade intelectual; apenas que lhe solicitam raciocinar com "as razões da 
paixão", por sua natureza diferentes daquelas que iluminam o raciocínio 
objetivo, frio, calculista, quase lógico; mas nem por isso, irracionais.
Se o ser humano é um misto de razão e de emoção, sua racionalidade 
não se poderia resumir apenas a primeira, tal como o entendiam os 
cartesianos. Não parece, portanto, contraditório falar de uma racionalidade 
emotiva, a qual se dirige o discurso enquanto organização e unidade de 
sentido, ao mesmo tempo amparado por uma linguagem tecnicamente precisa 
e pragmaticamente adequada. 
ALGUMAS EMOÇÕES QUE PODEM SER PROVOCADAS PELO 
ORADOR NA PLATÉIA:
-Piedade, dó, pena (o enterro do vovô Ariosvaldo).
-Raiva, indignação (A morte de uma criança vítima de bala perdida)
-Alegria, felicidade (O nascimento da pequena Jéssica, filha do casal Arnaldo e 
Melisse)
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-Tristeza, melancolia (A despedida do padre Luciano Alves de nossa paróquia 
onde deixa muitos amigos)
-Confiança, entusiasmo, otimismo (com o novo governo que se instala).
-Desencanto, pessimismo, desconfiança (idem).
-Temor, medo.
ÚLTIMAS OBSERVAÇÕES:
1-Surgem muitas oportunidades na vida para treinar o ato de falar em público 
tais como: cultos religiosos, missas, leituras em sala de aula, discursar em 
festas familiares, reuniões de trabalho ou associações, congressos estudantis, 
seminários e encontros de trabalho ou de estudantes, discursos de boas-
vindas, um brinde a alguém. NÃO PERCA ESSAS OPORTUNIDADES!! FALE, 
PEÇA A PALAVRA!!!
2-FALAR NÃO É UM DOM. É UMA ARTE QUESE APRENDE.
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