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Apostila Oratória Senac

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Prévia do material em texto

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial 
Departamento Regional de Pernambuco 
 
Josias Silva de Albuquerque 
Presidente do Conselho Regional 
 
Valéria Peregrino Fernandes 
Diretora Regional 
 
Djaira Leitão de Araújo 
Diretora de Desenvolvimento Educacional 
 
Oratória: comunicação e técnicas de apresentação 
 
 
Editor Responsável 
Diretoria de Desenvolvimento Educacional 
 
Editoração 
Recursos Didáticos 
 
Organização do Conteúdo 
Odilon Medeiros 
 
Coordenação Pedagógica 
Giovanna Gioia 
 
Revisão 
Simone Cunha 
 
Diagramação 
Simone Cunha 
 
Reprodução Gráfica 
Sandro Vieira, Jairo Cabral e Xavier Menezes 
 
SENAC Departamento Regional de Pernambuco 
Av. Visconde de Suassuna, 500 
Boa Vista – Recife – PE 
CEP 50050-54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAC – DR/PE 
 
Oratória: comunicação e técnicas de 
apresentação 
Odilon Medeiros 
Recife, 2017 
Cód. 3199 
SUMÁRIO 
 
 
1. O que é falar bem? 3 
2. Aspectos comportamentais 5 
3. Preparando-se para a apresentação 10 
Referências bibliográficas 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAC – DR/PE 
3 
 
ORATÓRIA: COMUNICAÇÃO E TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO 
 
 
 Seja bem-vindo(a)! Aqui é um ambiente de aprendizado e você está aqui 
para aprender. Portanto, não tenha medo de errar. Vamos trabalhar para 
potencializar os recursos que você já possui (e muitas vezes desconhece) e 
assim, desfrutar dos benefícios que tão importante ferramenta proporciona. 
Aproveite bastante! 
 Comunicação é uma ferramenta importantíssima e para se destacar o 
profissional precisa saber dominá-la e fazer uma apresentação de qualidade, 
sua, dos seus produtos, da sua empresa. Por essa razão, as pessoas que 
almejam o sucesso devem investir na oratória. 
 
 
1. O QUE É FALAR BEM? 
 
 Falar bem é observar todos os elementos da oratória e descobrir 
oportunidades de melhoria em cada um deles. 
 
Controle do medo 
 
Qual a origem do medo? Registra-se que o medo, ligado ao nervosismo, 
pode resultar em uma situação onde o apresentador não saiba o que falar ou 
fazer. É importante transformar o medo em energia positiva. 
Os sinais de ansiedade não são tão perceptíveis. Para combatê-los: 
 Estude bastante o assunto a ser abordado; 
 Defina objetivos; 
 Ponha-se no lugar do público - não decore, não leia apenas. Fale com 
uma pessoa de cada vez; 
 Tente não pensar em suas mãos e expressões faciais. Vá com calma. 
Fale de modo habitual. Procure conselhos e críticas. 
 
Aparência 
 
É um item de muita influência nos resultados. Transmite, acima de tudo, 
credibilidade. 
 
Postura 
 
Uma boa postura é importante porque ajuda a seu corpo a funcionar em 
harmonia. Além do mais, promove a eficiência do movimento e resistência, e 
contribui para uma sensação bem-estar. 
 
Voz 
 
A voz é o espelho sonoro do ser humano. É pessoal e intransferível. É 
única em todas as suas nuances e é um dos instrumentos de influência mais 
eficazes nas comunicações humanas, junto com os gestos. 
Através dela, pode-se reconhecer alguém, perceber mudanças 
emocionais, identificar os diferentes tipos humanos. 
SENAC – DR/PE 
4 
 
Reconhecer a própria voz, identificar seus pontos fortes e frágeis, 
aperfeiçoá-la em sua expressividade, faz parte da estruturação mais positiva da 
autoimagem. 
O que dá credibilidade à mensagem é a harmonia e a coerência entre o 
que se diz e a forma como a voz transmite a informação. 
Nos discursos, é importante identificar quais são os momentos que 
pedem maior ou menor intensidade. Eles devem ser utilizados para quebrar a 
monotonia e destacar, por meio da voz, os pontos principais. 
O orador deve interpretar o que diz, do mesmo modo que ocorre com 
uma música. Ela nunca é igual quando executada por artistas diferentes. 
O silêncio pode ser usado. Deve-se colocar ritmo no que se diz, 
distribuindo pausas em momentos estratégicos. O uso correto desse 
mecanismo possibilita o controle das ações e a reflexão constante sobre o que 
está sendo dito. 
A excelência na transmissão dos sons propicia o fortalecimento positivo 
da autoimagem. Falando bem, percebe-se que as pessoas dão mais atenção 
ao que é dito. 
 
Gestos 
 
São movimentos corporais que realçam a palavra, fortalecendo o 
sentido, esculpindo no ar uma imagem. 
 
Fisionomia 
 
É a forma que o rosto se apresenta. Mesmo que expressão facial. 
 
Dicção/expressão 
 
A dicção, que consiste na maneira de dizer ou falar com a articulação e 
modulação corretas, é algo que deve receber especial dedicação por parte 
daqueles que desejam se expressar melhor, pois a dicção, quando alcançada 
pelo orador, torna a sua expressão oral mais compreensível e: 
a) Aumenta a eficiência da argumentação do orador (pelo simples fato de 
que ele será bem mais compreendido); 
b) Cansa menos a plateia; 
c) Melhora a imagem do orador perante seus ouvintes. 
 
Erros mais comuns: 
a) Troca de “pr” por “p + vogal + r”. Ex.: precisa por “percisa”; 
b) Omissão do “r” final ou vogal final. Ex.: ao invés de vou buscar, usar “vô 
buscá”; 
c) Supressão de vogais internas: Ex.: leiteiro por “leitero”; 
d) Erro de colocação de consoantes. Ex.: iogurte por “iorgute”; 
e) Troca de consoantes. Ex.: salsicha por “chalsicha” ou “chalchicha”. 
 
Vícios: 
a) Uso de palavrão ou gíria: Um dos mais tolos enganos que um orador 
pode cometer é imaginar que, ao usar gírias ou palavrões, irá se 
aproximar, ganhar intimidade com seus ouvintes. Pelo contrário, a 
SENAC – DR/PE 
5 
 
experiência demonstra que o uso de tal “recurso” apenas diminui o 
respeito e a credibilidade em relação ao orador; 
b) Obscuridade: Trata-se do uso inapropriado de termos (geralmente por 
não se saber o real significado da palavra empregada) ou má colocação 
das palavras; 
c) Cacofonia: Diz respeito à construção frasal de má sonoridade. Ex.: 
“...uma por cada...”, “...na boca dela”, “...uma mão”; 
d) Pleonasmo: É a redundância dos termos. Ex.: “subir para cima”, “descer 
para baixo”; 
e) Chavões: O uso de chavões serve apenas como indicativo da falta de 
preparo do orador. É necessário evitá-los ao máximo. Ex.: “...dispensa 
apresentações”, “fechou o evento com chave de ouro...”, etc. 
 
Ritmo 
 
O termo é usual também para se referir à variação da frequência de 
repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons. 
O orador não deve ter ansiedade, que causa um ritmo mais acelerado na 
sua fala, e, com isso, pode gerar dificuldades no entendimento das suas 
palavras. 
 
Interpretação/emoção 
 
O orador deve falar com entusiasmo, vibrando com a sua mensagem, 
demonstrando emoção e interesse nas suas palavras e ações. Assim, terá 
autoridade para interessar e envolver os seus ouvintes. 
 
Vocabulário/domínio da língua 
 
O vocabulário deve estar em sintonia com o nível de esclarecimento do 
ouvinte. Por esta razão, o orador deve ter um amplo vocabulário. 
 
2. ASPECTOS COMPORTAMENTAIS 
 
Timidez atrapalha mesmo? 
 
 O profissional deve estar atento ao número de pessoas com as quais 
fala por dia. Se for um número pequeno, pode ser um sinal de timidez. 
 Neste caso, essa pessoa pode passar a vida tentando evitar 
as interações sociais, se escondendo quando vê alguém conhecido para não 
ter que cumprimentar e tem dificuldade de olhar nos olhos das pessoas com 
quem fala. Em alguns casos, qualquer coisa pequena pode tornar-se um 
pesadelo para um tímido. 
 Embora seja verdade que a timidez pode ser originada por fatores 
genéticos, o nível de autoestima ou a formação da personalidade durante a 
infância e a adolescência, a causa principal é a falta da prática das habilidades 
sociais. 
 Para superar essa desvantagem, alguns exercícios podem ser 
realizados. O profissional deverá persistir, pois a ação para redução da timidez 
é lenta e começa com objetivos modestos, conforme seu grau de timidez. O 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varia%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Som
http://oratoriaelideranca.blogspot.com/2010/06/seis-maneiras-de-otimizar-suas.htmlhttp://oratoriaelideranca.blogspot.com/2010/06/o-preco-dos-nossos-habitos.html
http://oratoriaelideranca.blogspot.com/2010/06/o-preco-dos-nossos-habitos.html
http://oratoriaelideranca.blogspot.com/2010/06/conselhos-para-alcancar-metas.html
SENAC – DR/PE 
6 
 
importante é que, a cada dia, se obrigue a fazer algo que o incomode, mas que 
se sinta capaz de fazer. Dessa maneira, cada vez que superar 
um desafio, haverá subido um pouco a dificuldade e terá mais confiança para 
tentar algo mais ousado da próxima vez. 
 As vantagens de ser mais extrovertido fazem com que valha a pena o 
esforço, já que tanto na sua vida pessoal como profissional surgirão resultados 
positivos. 
 Eis alguns exercícios que poderão ser realizados: 
 Naturalmente olhe nos olhos de quem estiver falando com você com 
intervalos. Acostume-se a sorrir e olhar para as pessoas que cruzam por 
você na rua. Se as circunstâncias são propícias e não resulta forçado, 
cumprimente-as. 
 Não deixe passar nenhuma oportunidade para iniciar uma conversação. 
Pode conversar com a senhora que aguarda o ônibus, com o rapaz da 
banca que lhe vende jornal, com o porteiro do seu prédio, enquanto 
estiver na fila de algum lugar, qualquer contexto servirá. 
 Aprenda a tomar a iniciativa na hora de falar com desconhecidos, faça 
um comentário sobre o tempo, pergunte a alguma pessoa sobre o livro 
que leva entre as mãos, comente um incidente que acaba de presenciar. 
Não tenha vergonha, os extrovertidos fazem essas coisas o tempo todo 
sem se dar conta, preste atenção e aprenda com eles. 
 Quando falar com desconhecidos, tente não pensar em sua aparência 
ou na impressão que lhe está causando. Isso fará com que se sinta 
nervoso e deixe de ser natural. Não dê mil voltas a cada interação e, ao 
chegar em casa, não se envergonhe de ter dito isto ou aquilo. Lembre 
que a outra pessoa não estará pensando na impressão que você causou 
a ela, e sim a que ela causou a você. 
 O tato é a forma natural de comunicação, inclusive necessitamos dele 
para nos sentirmos bem, mas por convenções sociais, cada vez nos 
tocamos menos. Quando estiver falando com alguém experimente tocar-
lhe, mas observe se esse movimento foi bem aceito e respeite a vontade 
do outro. 
 Solte-se com as pessoas que o rodeiam. Se você se sente incômodo na 
hora de expressar seus sentimentos, é hora de começar a 
cumprimentar, a repartir abraços ou a caminhar segurando pelo braço 
ou de mãos dadas. Comece pelos seus familiares, companheiro(a), 
amigos(as) e colegas de trabalho. 
 Não adianta realizar cada exercício uma vez e riscá-lo da lista: trata-se 
de hábitos diários que deverão incorporar a seu repertório. 
 
As aparências não enganam – Seu corpo fala por você 
 
 A comunicação não verbal corresponde a mais de 90% da comunicação 
interpessoal. Ou seja, o que se diz representa menos de 10%! Ou seja, fatores 
como postura, gestos das mãos e do corpo e expressões faciais demonstram 
melhor o que se quer dizer do que a própria fala. 
 Serão apresentadas agora dicas simples e úteis de linguagem corporal. 
 Tenha controle dos seus movimentos. Pessoas nervosas estão sempre 
inquietas e agitadas. Ande devagar, mas sempre com passos firmes. 
Desacelere os seus movimentos. 
http://oratoriaelideranca.blogspot.com.br/2010/06/conselhos-para-superar-timidez.html
http://oratoriaelideranca.blogspot.com.br/2010/06/conselhos-para-superar-timidez.html
SENAC – DR/PE 
7 
 
 Relaxe. Se estiver sentado, evite ficar inclinado para frente com os 
braços cruzados. Encoste-se bem na cadeira, estique as pernas e 
relaxe. 
 Ocupe espaço. Não fique retraído, apertado e totalmente desconfortável 
quando estiver sentado no meio de duas pessoas, por exemplo. Tome 
seu espaço. 
 Mantenha uma postura ereta. Cabeça erguida, costas eretas e ombros 
um pouquinho para trás. Evite caminhar cabisbaixo, inclinado para 
frente. Também não exagere, estufando o peito. 
 Tente não cruzar os braços. Cruzar os braços pode demonstrar que 
você está se defendendo, que não quer estar onde está no momento ou 
que não está gostando da conversa. 
 Mantenha a calma e pratique a indiferença. Reaja da mesma forma a 
elogios e críticas, vitórias e derrotas. 
 Fale apenas o necessário. Não fale muito rápido e não fale muita coisa. 
Fale calmamente, mais devagar. Use pausas entre as frases, use um 
bom tom de voz (alto o suficiente para te escutarem claramente e baixo 
o bastante para não parecer gritar). Controle o que você diz. Não se 
precipite falando coisas que não deveria. 
 
Emoção, silêncio e humor: formas de usar 
 
 Anteriormente já foi falado sobre a importância da emoção. Já o silêncio 
é, aparentemente, o contrário da comunicação. Ele guarda o imaginário, a 
conotação de repressão imposta sobre a voz ou a sua expressão livre. O 
silêncio oculta apenas o que seja da ordem do audível e não do visível. 
 Além do mais, pode indicar várias situações, como: "fez-se um silêncio". 
Este "fazer" denota até uma intencionalidade na ação. Pode até ser da ordem 
da agressão como quando se decide "não dirigir a palavra" a alguém. Dirigir a 
palavra a alguém constitui um ato de reconhecimento animado de alguma 
intencionalidade. 
 Segundo especialistas, o humor tem como função diminuir o impacto de 
informações pesadas. Eles afirmam ainda que não há um só tema, nem 
mesmo a morte, que não seja passível de humor. 
 Nas apresentações, desde que não seja um programa cômico, o humor 
deve ser usado de forma moderada. Além do mais, deve respeitar algumas 
regras, como não ser preconceituoso, evitar citações de cunho religioso, que 
afetem a integridade das pessoas presentes, etc. 
 Outras dicas importantes: 
1. Não se limite apenas às palavras. Use todos os recursos de que puder 
dispor, como a expressão corporal, a inflexão da voz e, principalmente, a 
pausa. 
2. Evite sempre a vulgaridade. Mesmo que as pessoas possam rir, resista. 
A médio e longo prazo, sua imagem irá se deteriorando e você perderá 
credibilidade. 
3. História boa é história nova, fresquinha, colhida no pé. Só narre um fato 
antigo ou conhecido se puder dar a ele uma roupagem tão nova que o 
faça parecer inédito. 
4. Procure só usar o humor que esteja diretamente ligado ao assunto que 
aborda, a não ser que seu objetivo seja o de reconquistar a atenção do 
SENAC – DR/PE 
8 
 
ouvinte, pois, neste caso, excepcionalmente, não precisará estar 
relacionado ao tema. 
5. Faça com que o humor pareça estar sempre nascendo no momento da 
sua apresentação, fruto da sua presença de espírito. Assim, terá mais 
graça e valorizará ainda mais a sua imagem. 
6. Prefira fazer humor a partir da circunstância da apresentação, usando 
fatos ou pessoas do próprio ambiente. 
7. Histórias longas são o maior veneno para o humor. Quanto mais breve 
puder ser, melhor. Treine essa qualidade no dia a dia, fazendo tiradas 
bem humoradas, rápidas, brevíssimas. 
8. Cuidado para não parecer pretensioso. Ao usar o humor, não demonstre 
estar se vangloriando do seu feito. Ria como se estivesse surpreso com 
a própria graça. 
9. Graça por graça, uma vez só basta - portanto, nada de querer bancar o 
engraçadinho o tempo todo. Lembre-se de que tem uma mensagem 
para transmitir e que o humor o está ajudando nesta tarefa. A não ser 
que o objetivo seja só o de entreter as pessoas. 
10. Nem sempre o humor dá resultado. Assim, esteja preparado com um 
plano B. Se não der certo, faça uma autogozação, dizendo, por exemplo, 
que essa foi muito ruim, que não teve mesmo muita graça. Quase 
sempre funciona. 
 
Lapsos de memória e ruídos: como lidar com eles na hora da 
apresentação 
 
 Praticamente todas as pessoas já passaram por um lapso de memória, 
ficaram um certo tempo tentando encontrar uma palavra no seu acervo 
linguístico pessoal, a palavra adequada para o contexto desejado ou 
simplesmente esqueceram o que iriam dizer ao seu interlocutor. Na maioria das 
vezes, a origem de tudo isso está relacionada ao estresse ou à falta de foco. 
 Os efeitos negativos costumamser reversíveis quando a resposta ao 
estímulo estressor é controlada. Portanto, a primeira dica para evitar lapsos de 
memória é saber lidar com o estresse. Ninguém está livre do estresse, apenas 
precisa desenvolver mecanismos adaptativos que façam com que os efeitos 
nocivos dele sejam os menores possíveis. 
 Se durante uma apresentação ocorrer um lapso de memória, o orador 
não deve se desesperar, pois isso só atrapalharia. Neste momento, ele deve 
fazer uma rápida pausa, respirar e, enquanto isso, pensar na elaboração de 
uma pergunta sobre o tema que está sendo discutido para ser respondida pela 
plateia. 
 Os ruídos, por sua vez, são interferências que dificultam a escuta e/ou a 
compreensão da mensagem. 
 
Canais da comunicação 
 
 Eles podem ser formais ou informais. 
 Os canais formais de comunicação são os caminhos oficiais para o envio 
de informações dentro e fora da organização. São também meios de se enviar 
mensagens: publicações como boletins e jornais, reuniões, memorandos 
escritos, correio eletrônico, quadros de avisos tradicionais e informativos mais 
SENAC – DR/PE 
9 
 
elevados. As mensagens nas organizações viajam em quatro direções: para 
cima, para baixo, horizontal e diagonalmente. 
 A comunicação descendente é do superior para o subordinado. Ela 
envolve relatórios administrativos, manuais de políticas e de procedimentos, 
jornais internos da empresa, cartas e circulares aos empregados, relatórios 
escritos sobre desempenho, manuais de empregados, etc. 
 Já a comunicação ascendente é a que ocorre do subordinado para o 
superior. Envolve memorandos escritos, relatórios, reuniões grupais 
planejadas, conversas informais com o superior. Apresenta um propósito 
informativo, auxiliando na tomada de decisões. 
 A comunicação horizontal é a troca de mensagens entre funcionários do 
mesmo nível organizacional, na forma oral e/ou escrita. 
 Finalmente, a comunicação diagonal diz respeito à transmissão de 
mensagens de níveis organizacionais, mais altos ou mais baixos, em diferentes 
departamentos, buscando dinamismo no tocante às direções de comunicação. 
 
Canais informais 
 
 As organizações, além de funcionarem com os canais formais de 
comunicação, também utilizam os canais informais quando necessário. Eles 
são a rede de comunicação não oficial que complementa os canais formais. 
 A chamada “rádio corredor” é o canal de comunicação informal mais 
importante, pois se refere aos caminhos tortuosos que distorcem a informação. 
Às vezes, chega a ser usada propositalmente para disseminar informações ao 
longo das linhas informais. Por exemplo, a administração pode querer insinuar 
aos empregados que a empresa será fechada, a menos que estes se tornem 
mais produtivos. 
 A “rádio corredor” é o principal meio de transmissão de boatos e pode 
criar sérios problemas. Boatos falsos podem ser prejudiciais à moral e à 
produtividade. 
 Os encontros não programados entre os superiores e seus subordinados 
podem configurar um canal de comunicação informal eficiente e eficaz. 
 A comunicação espontânea pode ocorrer no bar, perto de uma praça, 
nos corredores e no elevador. Não deve haver preconceito em utilizar os canais 
informais de comunicação, pois, muitas vezes, é através deles, ou seja, da 
informalidade de um encontro, que é possível coletar valiosas informações 
sobre a equipe e a própria organização. 
 
Clareza e objetividade 
 
 A clareza e a objetividade são elementos fundamentais na transmissão 
de uma mensagem, porque vão ajudar no entendimento e na interpretação 
desta. Por isso, torna-se importante que as pessoas, antes de exporem sua 
opinião sobre determinado assunto, tenham cuidado na utilização de palavras 
ambíguas, pois podem estimular o duplo sentido, prejudicando a clareza da 
mensagem. Mas, o que fazer para ser objetivo ao transmitir uma informação? 
Procure ser sucinto, direto e nunca faça rodeios, estas dicas podem salvar-lhe 
no momento em que estiver se comunicando. 
 
 
SENAC – DR/PE 
10 
 
Os mandamentos de um bom orador 
 
1. Não tente eliminar o medo. Saiba que ele existe e se prepare para 
enfrentá-lo. 
2. Conheça bem o tema que está falando. Isso garante maior segurança ao 
palestrante. 
3. Organize as ideias que você vai apresentar em um caminho. Assim fica 
mais fácil para o público entender e você também ficará muito mais 
tranquilo. 
4. Pratique, nem que seja na frente do espelho. Se possível, grave para ver 
em que você deve melhorar a sua retórica. 
5. Sempre que estiver em grupo, tente ser participativo. Com o tempo, isso 
vai inibir seu medo de falar em público e verá que, ao falar para 200 
pessoas, será igual a falar em uma roda de amigos. 
6. Explore suas qualidades: boa entonação, postura correta, voz agradável, 
vocabulário amplo, bom entendimento, capacidade de conversar ou de 
entreter os amigos numa mesa de bar, seja qual for. 
7. Cuide da dicção. Tente abrir mais a boca do que normalmente abre para 
falar (parece piada, mas funciona!). Nada de falar madêra ou janêro – 
mas cuidado para não ficar algo artificial. 
8. Fale numa velocidade de acordo com o tema e/ou contexto que está 
explicando. Não é uma missa e nem uma narração de rádio. 
9. Seja expressivo. Gestos, caras e bocas – coerentes com o tema 
abordado – ajudam no entendimento do assunto, além de prender mais a 
atenção e não deixar cair naquela velha monotonia. 
10. Demonstre (e se necessário, só demonstre) tranquilidade. Assim você 
transmite credibilidade ao ouvinte, e isso facilita o processo de 
comunicação e entendimento. 
 
3 PREPARANDO-SE PARA A APRESENTAÇÃO 
 
A importância de conhecer o público 
 
 Para evitar surpresas, é importante que o orador tente conhecer o 
público para qual está falando, pois só assim poderá adequar a sua linguagem 
à sua plateia. 
 
Os maiores erros 
 
 Segundo informação da revista Business Week, esses são os maiores 
erros cometidos pelos oradores. 
 
 Ler as anotações: Um dos mais comuns, quem não domina o assunto 
precisa sempre ler anotações ou até mesmo o slide. Essa é a maior 
prova de que você não sabe muito sobre o que está falando. 
 Evitar contato visual: Esse é importante, para que as pessoas na 
audiência sintam que você está falando diretamente para eles. Tente 
não olhar para cima ou para o chão, isso pode passar a impressão de 
que você não está se sentindo bem, fazendo a palestra. 
 
SENAC – DR/PE 
11 
 
 Não se vestir de maneira adequada: Antes de fazer qualquer tipo de 
palestra ou apresentação, analise o assunto e o público. Repare que as 
pessoas que falam sobre economia, dinheiro e negócios estão sempre 
de terno e gravata. Já as pessoas que falam sobre cinema ou artes 
podem se vestir de maneira mais descontraída. Estude a sua audiência! 
 Deixar transparecer tiques ou trejeitos com as mãos: Quer que as 
pessoas saibam que você está nervoso? É só gesticular sem parar com 
as mãos, colocar e tirar as mãos dos bolsos para que todos saibam que 
você está nervoso. Tente maneirar no movimento das mãos, uma boa 
técnica é segurar alguma coisa que ajude na apresentação, com uma 
caneta laser ou um controle remoto. 
 Não revisar e ensaiar antes a apresentação: Se tivéssemos que eleger 
ao menos um dos erros, esse seria o meu escolhido. Quem ensaia a 
apresentação, antes de ministrá-la, tem a chance de corrigir todos os 
erros e até mesmo planejar melhor o tempo da apresentação. 
 Ficar estático: Cuidado com os excessos de movimento, mas cuidado 
para não virar uma estátua! Os movimentos que o nosso corpo faz ao 
conversar são naturais, por isso você deve tomar cuidado também para 
não acabar ficando bitolado em ficar estático. Caminhe pelo palco, 
gesticule e saia do púlpito para se integrar com a audiência. 
 Ler os tópicos dos slides: Apesar de ser parecido com o primeiro erro, 
aqui temos o erro clássico de ler os tópicos dos slides. Nunca, mas 
nunca faça isso! 
 Não fale demais, apenas o necessário: O tempo das apresentações é 
algo que deve ser levado extremamente a sério, principalmenteem 
ambientes corporativos. Planeje bem e seja objetivo. 
 Não estimular a audiência: Se você não acredita que o assunto 
apresentado é interessante, pode ter certeza que a sua audiência não 
vai achar. Assim como um professor que dá aula sobre algum assunto 
de que não gosta, um palestrante que não consegue contagiar e 
estimular a audiência deve repensar os seus conceitos e a dinâmica da 
apresentação. 
 Não terminar a apresentação com uma mensagem ou fato inspirador: 
Muitas pessoas pensam que a parte mais importante da apresentação é 
o meio, com o conteúdo principal. Mas, a parte final da apresentação 
deve ser sempre encerrada com uma mensagem para reflexão, 
mensagem, imagem ou algo que inspire a audiência. 
 
É possível falar de improviso? 
 
 Falar de improviso não significa apenas discorrer sobre um assunto 
desconhecido, ou ser convidado de surpresa para discursar, como muitos 
imaginam. É, sim, desenvolver o raciocínio enquanto se expressa -- com ou 
sem planejamento anterior. Segundo o professor Reinaldo Polito, considerado 
um dos maiores especialistas brasileiros na arte de falar em público, existem 
quatro formas de improviso. Na primeira, que ele chama de “esquema mental”, 
o orador divide a apresentação em partes, para que os pontos sejam 
lembrados com mais facilidade. A segunda é o “improviso planejado com 
auxílio de um roteiro escrito”, em que a pessoa escreve uma sequência de 
frases, lê e comenta o assunto com o público. 
SENAC – DR/PE 
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 Também há o “improviso planejado com o auxílio do cartão de notas”. 
Nesse caso, a ideia é escrever uma série de palavras-chave em um pedaço de 
papel do tamanho da palma da mão. Assim é possível bater os olhos e ficar 
sabendo se a sequência está sendo seguida corretamente. “O roteiro escrito dá 
segurança e liberdade para que o raciocínio seja desenvolvido”, diz Polito. “O 
apresentador, no entanto, deve deixar claro para o público que está olhando as 
notas, ou poderá soar artificial”. O quarto e último tipo de improviso, o 
“inesperado” -- que geralmente acontece durante encontros informais, reuniões 
ou eventos -- é o que cria mais insegurança, de acordo com Polito. 
 A seguir, o professor dá algumas dicas de como fazer bonito diante 
dessas situações delicadas. 
 Demonstre segurança – Comece a apresentação falando sobre um 
assunto que você domina. Cite experiências, viagens, cenas de filme, 
enfim, algo que tenha a ver com o assunto que está sendo desenvolvido. 
Assim você se sentirá confortável, e mais seguro, diante da plateia. O 
objetivo é mostrar às pessoas sua familiaridade com o tema em questão. 
 Previna-se – Tenha sempre em mente pelo menos três assuntos que 
possam ser usados em qualquer ocasião. Na hora do aperto, escolha o 
que se encaixa melhor com o momento e a plateia. 
 Saiba com quem está falando – Por mais difícil que seja saber o perfil do 
público quando você é chamado para falar de surpresa, o ideal é que 
conheça pelo menos um pouco sobre aquelas pessoas. Se não, tente 
fazer uma leitura rápida da plateia e ajustar a apresentação de acordo 
com o que supostamente irá chamar mais atenção. Afinal, cada grupo 
tem suas próprias características e expectativas, que precisam ser 
consideradas. 
 Seja breve – É fato. Quanto menos você fala, menores as chances de 
você errar ou cometer gafes. 
 Relaxe – É natural ficar tenso nos momentos em que você é pego no 
contrapé. A boa notícia é que, segundo Polito, na maioria das vezes, o 
público nem percebe seu nervosismo. “Não adianta se preocupar muito 
com planejamento, postura ou conteúdo. Lembre-se de que você está ali 
para resolver um problema”, diz ele. “Apresentando-se com 
naturalidade, você irá se sentir mais confiante e certamente sua 
contribuição será mais eficiente. 
 Bata um papo com a plateia - O pior erro que os oradores costumam 
cometer diante de uma situação em que são obrigados a improvisar é 
mudar de postura e demonstrar muita formalidade. Isso acaba criando 
constrangimento e fazendo com que a plateia demonstre desinteresse. 
Polito dá algumas dicas para evitar que isso aconteça: uma delas é 
movimentar-se; outro é certificar-se de que seu semblante, um dos 
aspectos mais importantes da expressão corporal, está coerente com 
suas palavras. “Não demonstre seriedade ao falar sobre coisas alegres, 
por exemplo”, diz. 
 Seja bem-humorado – Oradores ranzinzas dificilmente conseguem 
manter a atenção dos ouvintes. Portanto, se o assunto permitir e o 
ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a 
apresentação mais leve e descontraída. Mas cuidado para não exagerar. 
“O apresentador que fica o tempo todo fazendo gracinhas pode perder a 
credibilidade”, afirma o professor. 
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 Fale com emoção – Apresentações bem-sucedidas demandam energia, 
entusiasmo e emoção. Os ouvintes não demonstrarão interesse pela 
mensagem se nem mesmo você demonstra envolvimento pelo assunto. 
 Não confie na memória – Se a ocasião permitir, organize seus 
pensamentos antes de começar a falar, nem que seja por 15 minutos. 
Durante esse período, tome nota de algumas palavras-chave. Isso evita 
que você se perca no meio do caminho e lhe dá mais segurança para 
continuar. Decorar, no entanto, só dificulta a improvisação. 
 Fale corretamente – Alguns equívocos gramaticais não chegam, é claro, 
a arruinar sua apresentação. Erros grosseiros, porém, podem prejudicar 
sua imagem e a da instituição que você representa. A plateia pode 
duvidar de sua formação, cultura e, pior, de sua competência. 
 Não fale sobre o que não sabe – Caso seja chamado para falar sobre 
algo que não conhece, que você não tem informações a respeito ou que 
esteja totalmente fora do seu campo de atuação, simplesmente recuse o 
convite. 
 
Como se preparar para um debate? 
 
 Se a intervenção for individual, deve: 
 Preparar bem o tema e a sua argumentação (desenvolvimento e 
articulação das ideias correspondentes à defesa do seu ponto de vista); 
 Escutar ativamente os outros participantes; 
 Solicitar esclarecimento(s); 
 Respeitar o moderador e aceitar ideias/argumentos dos outros 
intervenientes; 
 Aguardar a sua vez de intervir, anotando as ideias a rebater. 
 Se a intervenção for em equipe, deve-se: 
 Escolher o coordenador de todos os elementos da atividade; 
 Escolher um elemento que registre os argumentos a favor das ideias a 
defender; 
 Escolher um elemento que apresente uma contra-argumentação 
adequada; 
 Respeitar o moderador e aceitar as ideias/os argumentos dos outros 
intervenientes; 
 Aguardar a vez de intervir. 
 
Como usar o microfone? 
 
 Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do microfone. Sua 
utilidade é incontestável. Ele permite que a comunicação do orador seja mais 
natural e espontânea, possibilitando falar a grandes plateias da mesma forma 
como se conversa com uma ou duas pessoas. 
 Mesmo possuindo todas essas qualidades, o microfone, muitas vezes, é 
visto como um terrível inimigo, chegando a provocar pânico a determinados 
oradores, principalmente naqueles menos habituados com a tribuna. 
 Isso ocorre por não se observar certos procedimentos elementares, mas 
de capital importância a uma boa apresentação. O que deve ser feito para o 
bom uso do microfone? 
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Microfone de lapela 
 
 Este tipo de microfone praticamente não apresenta grandes problemas 
quanto à sua utilização; ele é preso na roupa por uma presilha tipo “jacaré”, de 
fácil manuseio. É muito útil quando se pretende liberdade de movimentos na 
tribuna. Para usá-lo bem, basta atentar aos itens que passaremos a comentar. 
a. Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-lo na 
altura da parte superior do peito, pois ele possui boa sensibilidade e a essa 
distância poderá captar a voz com perfeição. 
b. Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar 
oradores segurando, enrolando ou torcendo o fio do microfone. Já 
presenciamos casos que se mostraramcômicos: em um deles, sem perceber, 
o orador começou a enrolar o fio do microfone e, quando chegou ao final da 
apresentação, assustou-se ao verificar que estava com mais de dois metros de 
fio nas mãos. 
c. Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de 
lapela é a de não bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao 
microfone, enquanto estiver falando, porque esses ruídos também são 
ampliados, prejudicando a concentração e o entendimento dos ouvintes. 
d. É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer 
microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone de 
lapela, o problema passa a ser muito mais grave por causa da sua alta 
sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma considerável distância. Isto sem 
contar que, preso na roupa, sempre o acompanhará. 
e. Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já 
presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador 
para que não se esqueça de retirar o microfone quando terminar de falar e for 
sair da tribuna. 
 
Microfone de pedestal 
 
 Este tipo de microfone exige maiores cuidados para sua melhor 
utilização. É um microfone mais comum e encontrável na maioria dos 
auditórios. Veja agora o que deverá fazer para evitar problemas e melhorar as 
condições de sua apresentação. 
a. Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste onde o 
microfone se sustenta e se existe regulagem na parte superior onde ele é 
fixado. Treine esses movimentos, abaixando e levantando várias vezes a 
haste, observando atentamente todas as suas peculiaridades. Evidentemente 
essa tarefa deverá ser realizada bem antes do momento de se apresentar, de 
preferência sem a presença de nenhum ouvinte. Se isso não for possível, 
verifique a atuação dos outros oradores mais habituados com o local e como se 
comportam com o microfone que irá usar. 
b. Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura, teste a 
sensibilidade do microfone para saber a que distância deverá falar. 
Normalmente a distância indicada é de dez a quinze centímetros, mas cada 
microfone possui características distintas e é prudente conhecê-las 
antecipadamente. Se durante o teste estiver acompanhado de um amigo ou 
conhecido, peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a melhor distância e 
qual a altura ideal da sua voz. 
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c. Ao acertar a altura do microfone, procure não deixar na frente do rosto, 
permitindo que o auditório veja o seu semblante. Deixe-o a um ou dois 
centímetros abaixo do queixo. 
d. Ao falar, não segure na haste e fale sempre olhando sobre o microfone; 
dessa forma, o jato da voz será sempre captado: assim, quando falar com as 
pessoas localizadas nas extremidades da sala, ou sentadas à mesa que dirige 
a reunião, normalmente posicionada no sentido lateral, gire o corpo de tal 
maneira que possa sempre continuar falando com os olhos sobre o microfone. 
e. Fale, não grite, isso mesmo, aja como se estivesse conversando com 
um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que deverá falar baixinho, 
sem energia; ao contrário, transmita sua mensagem animadamente, com 
vibração, mas sem gritar. 
f. Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na 
tribuna, o cuidado com o jato de voz deverá ser o mesmo; nesse caso, não 
movimente a mão que segura o microfone e deixe-o sempre à mesma 
distância. 
 
Microfone de mesa 
 
 O microfone de mesa requer os mesmos cuidados já mencionados, com 
a diferença de normalmente ser apoiado sobre uma haste flexível. Ao acertar a 
altura, não vacile, faça-o com firmeza e só comece a falar quando tiver 
posicionado da maneira desejada. 
 Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de aceitar 
ou recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os outros falaram sem 
microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz chegue até os 
últimos ouvintes, sem dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores se 
apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a 
acústica impedirão sua voz de chegar bem até os últimos elementos da plateia, 
aceite-o. 
 Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles 
persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre 
essa atitude. A apresentação é sua e você é o responsável pelo seu bom 
desempenho. O microfone deve ajudar a exposição. Se, ao contrário, 
atrapalhar, é preferível ficar sem ele. 
 
Contato com a imprensa 
 
 É muito comum o entrevistado se queixar de que o jornalista não 
reproduziu corretamente as informações fornecidas na entrevista. O jornalista 
normalmente relata um pouco do que ouviu e o que entendeu, mas depende de 
você buscar, durante a própria entrevista, formas de identificar se o profissional 
está captando perfeitamente as ideias e as informações relatadas. 
 Receba bem o jornalista e fale com naturalidade, converse com o 
profissional e mostre-se como você é, e não como se imagina de forma ideal. 
Prepare um roteiro das informações que deseja passar e mantenha a calma. 
Fale com entusiasmo e demonstre conhecimento. Só fale o que deseja de fato 
ver publicado. 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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dos negócios. Rio de Janeiro: Record, 1999. 
 
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fala e da voz valorizando a comunicação verbal. São Paulo: Lovise, 2000. 
 
KYRILLOS, L. R. (Org.). Expressividade: da teoria à prática. Rio de janeiro: 
Revinter, 2005. 
 
LUCAS, S. E. A arte de falar em público. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. 
 
LUZARDO, Silvio. Desmistificando a oratória. Disponível em: <http://www. 
hr.com.br/ler.php?cod=4256&org=3> 
 
NOVA, Milton Roberto Sales Lagoa. A importância de falar bem. Disponível 
em: <http://www.rh.com.br/ler.php?cod=4373&org=3> 
 
POLITO, R. Como falar corretamente e sem inibições. 111. ed. São Paulo: 
Saraiva, 1990. 
 
POLITO, R. Superdicas para falar bem: em conversas e apresentações. São 
Paulo: Saraiva, 2005. 
 
POLITO, Reinaldo. Técnicas e segredos para falar bem. São Paulo: IOB - 
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Sites consultados: 
 
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