Logo Passei Direto
Buscar

Dosimetria da Pena

User badge image
Adelina Souza

em

Material

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Aula 9:
4- Dosimetria de Pena
4.1 Considerações Gerais
Ela não é fixada pelo código igual para todos os casos, há uma margem relativamente ampla, ou até amplíssima. Há uma margem de decisão muito ampla para o juiz definir a quantidade da pena privativa de liberdade a ser aplicada em caso concreto. A partir de agora estudaremos o procedimento por meio do qual o juiz dosa a quantidade da ppv a ser aplicada. Envolve calculo expresso e também retórica, porque os fatores do calculo são apontados e justificados pelo juiz na sentença. O juiz deve expor da forma mais clara possível todos os critérios e elementos que ele levou em consideração para fixar a pena e qual o peso que ele atribuiu a cada um deles, justificando o peso e a valoração que ele deu pra cada circunstância relevante de dosagem da pena. É um procedimento aritmético e argumentativo. A argumentação é orientada de uma maneira geral pelos princípios regentes.
· Princípios regentes:
· Proporcionalidade
· Necessidade – Não mais que o necessário
· Suficiência – Tem que ser suficiente
· Culpabilidade
4.2 – Critérios
a) Circunstâncias judiciais[footnoteRef:1] [1: Art. 59, CP/40] 
b) Circunstâncias legais; agravantes e atenuante[footnoteRef:2] [2: Arts. 61-66, CP/40] 
c) Causas legais de aumento e diminuição da pena (majorantes e minurantes) (não é a mesma coisa que atenuantes e agravantes, porque elas não estão concentradas na parte geral do código penal ou em leis especiais, elas ficam espalhadas. Por exemplo: “aplica a pena pro crime tentado a pena do crime consumado menos 2/3”. A maioria está na parte especial, então vale para um crime específico ou para um grupo de crimes específicos. Outra diferença é que os agravantes e atenuantes não podem ultrapassar o limite mínimo e nem o máximo, enquanto os majorantes e minorantes podem porque tem um limite pré-estabelecido em lei.
4.3 – Método
· Roberto Lyra: Método bifásico
· 1ª Fase: Circunstância judiciais + agravantes e atenuantes = Pena Base
· 2ª Majorante e minorantes = Pena definitiva
· Nelson Hungria: Método Trifásico (para dar a transparência dos agravantes e atenuantes). Ao criar uma fase a mais, dá ao promotor e advogado a questionar a importância dada a cada agravante e atenuante.
· 1ª Fase: Circunstâncias judicias = Pena base
· 2ª Fase: Agravantes e atenuantes = Pena provisória
· 3ª Fase: Majorantes e Minorantes (sobre a pena provisória) = Pena definitiva 
4.4 O princípio “non bis in idem” na dosimetria da pena
“Não duas vezes pelo mesmo”. Ninguém deve ser punido duas vezes pelo mesmo crime, decorre naturalmente do Princípio da legalidade dos delitos e das penas. Vemos isso em diversos pontos no Direito Penal, como no concurso aparente de normas solucionado pelo princípio da especialidade, ou da consunção. Aparece, especialmente, na dosimetria da pena. Uma mesma agravante e atenuante não deve ser levada em consideração duas vezes. No caso de a mesma circunstância aparecer mais de uma vez, ocorre o concurso aparente de normas relativas a dosimetria de pena. Nesse caso, vale o princípio da lei específica. A terceira fase vale sobre a segunda e a segunda sobre a primeira.
 
Não é só isso que cai na prova. É toda a matéria do semestre. Vai cair PRD e seus requisitos.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina