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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DISCIPLINA: ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS ALUNO: ERINALDA ROCHA DA COSTA RA: 2348359 UNIP SWIFT 2025 AULA 1- ROTEIRO 2 ANATOMIA, FISIOLOGIA E ECOLOGIA DE TESTUDÍNEOS Materiais Vídeos/documentários: • Autopsia animal: tartaruga de couro (natgeo, 2011) • Projeto Tamar: Muito mais que tartarugas • A incrível viagem da tartaruga • A tartaruga verde de Bermudas • Tartarugas marinhas (Sea Turtles Documentary HD) • Quelônios da Amazônia • Anatomia de um quelônio • Tartarugas da Amazônia (Partes 1 e 2) Características Externas • Carapaça (dorso): formada pela fusão de ossos das costelas, vértebras e placas dérmicas; recoberta por escudos de queratina (exceto na tartaruga-de-couro, que possui carapaça flexível e sem escudos). • Plastrão (ventre): estrutura óssea ventral que protege a parte inferior do corpo. • Cabeça: não possui dentes, mas sim um bico córneo afiado que corta e raspa o alimento. • Patas: Tartarugas marinhas → nadadeiras em forma de remo, adaptadas para natação. Tartarugas terrestres (jabutis) → patas robustas, com unhas fortes, adaptadas para caminhar em solo firme. Tartarugas de água doce → patas com membranas interdigitais. • Cauda: pequena; nos machos geralmente mais longa e grossa (diferença sexual). • Olhos e narinas: adaptados para visão aquática e respiração em superfície. Características Internas • Esqueleto: Costelas e vértebras torácicas fundidas à carapaça → estrutura rígida que impede a expansão do tórax (influencia na respiração). Coluna vertebral parcialmente rígida. • Sistema Respiratório: Pulmões dorsais, presos sob a carapaça. Respiração auxiliada por movimentos musculares da cintura pélvica e escapular (já que não expandem as costelas). Algumas espécies aquáticas complementam a respiração com trocas gasosas pela cloaca e pela mucosa da faringe. • Sistema Digestório: Boca sem dentes, mas com bico córneo. Estômago e intestinos longos, especialmente em herbívoras (jabutis e tartaruga-verde adulta). Fígado volumoso, associado à digestão de lipídios. • Sistema Circulatório: Coração com 3 cavidades (2 átrios e 1 ventrículo parcialmente dividido). Mistura parcial de sangue venoso e arterial, mas com mecanismos que permitem eficiência em mergulhos prolongados. • Sistema Nervoso e Sensorial: Boa visão dentro e fora da água. Olfato apurado, importante para localizar alimento e orientação. Sensibilidade tátil na carapaça, apesar da rigidez. • Sistema Reprodutor: Fecundação interna. Ovos com casca rígida ou coriácea, sempre depositados em ninhos escavados na areia ou terra. Não há cuidado parental (com exceção indireta de projetos de conservação como o Tamar). Conclusão: A anatomia dos testudíneos está intimamente ligada à sua fisiologia, garantindo a sobrevivência do grupo em diferentes ambientes e evidenciando a eficiência evolutiva dessas adaptações estruturais. Fisiologia x Ecologia em Testudíneos Circulação • Fisiologia: coração com 3 cavidades e capacidade de desviar o fluxo sanguíneo (shunt), garantindo resistência em mergulhos longos. • Ecologia: permite que tartarugas marinhas explorem habitats oceânicos profundos e realizem migrações transoceânicas, ficando longos períodos sem respirar. Respiração • Fisiologia: pulmões grandes + respiração complementar pela cloaca/faringe em algumas espécies. • Ecologia: Favorece ocupação de ambientes variados: oceano aberto, rios amazônicos de águas turvas ou até áreas alagadas com pouco oxigênio. Tartarugas podem se manter ativas em ambientes com baixa disponibilidade de oxigênio, como lagos e igarapés durante cheias. Digestão • Fisiologia: Bico córneo adaptado à dieta. Intestino longo nas herbívoras; sistema eficiente para lipídios nas carnívoras. • Ecologia: Dieta varia conforme o nicho ecológico: Tartaruga-verde adulta → herbívora, controla crescimento de algas e mantém equilíbrio nos recifes. Tartaruga-de-couro → especializada em águas-vivas, regulando populações desses cnidários. Quelônios amazônicos → consomem frutos, atuando na dispersão de sementes nas florestas. Excreção • Fisiologia: excreção de ácido úrico (uricotélicos), reduzindo perda de água. • Ecologia: Permite sobrevivência em ambientes áridos (jabutis) e resistência em longas viagens oceânicas sem acesso a água doce (tartarugas marinhas). Adaptação essencial em ecossistemas onde a água potável é limitada ou salobra. Reprodução • Fisiologia: fecundação interna, ovos com casca resistente, embrião nutrido por vitelo. • Ecologia: Necessidade de praias arenosas para postura → conecta a ecologia marinha e terrestre. Estratégia de postura em massa (como os quelônios amazônicos) → reduz a predação pela sincronização (efeito de saturação). O ciclo reprodutivo longo e a maturidade tardia influenciam na vulnerabilidade ecológica das espécies. A fisiologia das tartarugas é um reflexo direto de suas pressões ecológicas: • O sistema circulatório e respiratório garante mergulhos longos → exploram vastos ecossistemas aquáticos. • O sistema digestório diversificado → conecta cada espécie a um papel ecológico específico (controladoras de populações, dispersoras de sementes, mantenedoras de recifes). • A reprodução com ovos resistentes → conecta ambientes marinhos e terrestres, tornando as tartarugas espécies-chave nos dois sistemas. Respondendo o questionário sobre Ordem Testudines 1- Quais animais fazem parte dessa ordem? Pertencem à ordem Testudines;as tartarugas marinhas, os cágados (de água doce) e os jabutis (terrestres). Todos são répteis conhecidos por possuírem um casco rígido que protege seu corpo. 2- Existe um padrão morfológico nesses animais? Explique. Sim. Todos os testudines apresentam um corpo envolto por um casco ósseo, dividido em carapaça (parte dorsal) e plastrão (parte ventral). Esse casco é formado por placas dérmicas ossificadas e recoberto por escamas de queratina. Além disso, possuem ausência de dentes (boca em forma de bico córneo) e membros adaptados conforme o habitat (patas com garras nos terrestres e nadadeiras nos aquáticos). 3- Caracterize esses animais externamente. Externamente, possuem: • Corpo coberto pelo casco rígido; • Cabeça, patas e cauda que podem ser retraídas no casco (em várias espécies); • Boca em forma de bico; • Pele seca e recoberta por escamas; • Olhos laterais e narinas posicionadas na parte anterior da cabeça; • Dimorfismo sexual discreto, sendo os machos geralmente menores e com plastrão côncavo. 4- Quais aspectos da anatomia interna foram observados? Descreva-os. Na anatomia interna, observam-se: • Sistema respiratório pulmonar, sem diafragma (a respiração depende dos movimentos do corpo e músculos abdominais); • Coração com três cavidades (dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido); • Sistema digestório completo, adaptado à dieta variada (herbívora, carnívora ou onívora, conforme a espécie); • Sistema excretor com rins e cloaca; • Sistema nervoso simples, mas com boa percepção visual e olfativa; • Ausência de dentes, substituídos por bico córneo cortante. 5- Quais hábitos de vida podem ser atribuídos a esses animais? Existem outros hábitos de vida dentro dessa ordem? Os hábitos variam conforme o ambiente: • Tartarugas marinhas: vivem no mar, são nadadoras e realizam longas migrações. • Cágados: vivem em ambientes de água doce, como rios e lagoas. • Jabutis: são terrestres, lentos e vivem em florestas e cerrados. Em geral, são animais de sangue frio (ectotérmicos), de hábitos tranquilos, e podem ser herbívoros, carnívoros ou onívoros. 6- Discuta como ocorre a reprodução desses animais. A reprodução é sexuada e com fecundação interna. São ovíparos, depositando ovos com casca dura em ninhos escavados na areiaou no solo. O desenvolvimento é direto, ou seja, não há fase larval. Em muitas espécies, a temperatura de incubação determina o sexo dos filhotes (temperaturas mais altas tendem a produzir fêmeas, e mais baixas, machos). 7- Há alguma ameaça ecológica associada a esse animal? Em caso positivo, identifique qual é. Sim. Diversas espécies da ordem Testudines estão ameaçadas de extinção devido a: • Destruição de habitats (poluição, desmatamento e urbanização); • Caça e coleta de ovos; • Pesca acidental (tartarugas presas em redes); • Tráfego de embarcações e plástico nos oceanos, que causam ferimentos e morte. • A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), por exemplo, é uma das mais ameaçadas por causa da exploração de seu casco. AULA 2 ROTEIRO 1- ANATOMIA, FISIOLOGIA E ECOLOGIA DE LAGARTOS E SERPENTES Materiais Materiais biológicos preservados de serpentes e cobra cega Documentários: • Dragão de komodo • Biologia dos lagartos (Wild life of the reptiles lizards –BBC). • Iguana. • Píton. • Sucuri. • As cobras mais mortais do mundo (Indo-pacífico) (Natgeo). • Biologia de serpentes: identificação básica, manejo e primeiros socorros. JARARACA COBRA-CEGA JIBOIA Animal Movimentaç ão Hábitos alimentares e tipo de forrageamento Tipo de predação Origem e evolução / Modificações morfológicas Jararaca (Bothrops jararaca) Movimenta- se por ondulações laterais do corpo (locomoção serpentina), eficiente em terrenos irregulares. Carnívora; alimenta- se de pequenos mamíferos, anfíbios e aves. É uma caçadora de emboscada: permanece imóvel aguardando a aproximação da presa. Predadora ativa e venenosa; utiliza o veneno injetado por presas ocas para imobilizar e iniciar a digestão da presa. Pertence à família Viperidae. Evoluiu com presas especializadas e glândulas de veneno; apresenta corpo robusto e cabeça triangular adaptada à predação. Jiboia (Boa constrictor ) Locomoção por movimentos lentos e musculares; usa ondulações e tração do corpo. Pode subir em árvores e nadar. Carnívora; caça por constrição (aperta a presa até a asfixia). Forrageamento ativo — procura a presa usando o olfato e sensores térmicos. Predadora constritora; mata por sufocamento, sem veneno. Pertence à família Boidae. Evoluiu com corpo musculoso e mandíbulas móveis para engolir grandes presas; apresenta vestígios de membros pélvicos (esporões). Cobra- cega (Siphonop s annulatus) Movimenta- se por ondulação e escavação do solo, adaptada à vida subterrânea. Carnívora; alimenta- se de minhocas, insetos e pequenos invertebrados. Forrageamento ativo sob o solo, detectando presas pelo olfato e vibrações. Predadora de pequenos invertebrados; captura por sucção ou engolimento direto. Não é uma serpente, mas um anfíbio gimnofíone (ordem Gymnophiona). Evoluiu para vida fossorial, com corpo alongado, ausência de membros e olhos reduzidos. AULA 3 ROTEIRO1- CLASSE AVES- DISSECAÇÃO DE GALINHA As aves são vertebrados da classe Aves, caracterizados por adaptações exclusivas ao voo e à vida terrestre ou arborícola. Entre essas adaptações estão: corpo aerodinâmico, ossos pneumáticos, penas, temperatura corporal constante (endotermia) e um sistema respiratório altamente eficiente. A dissecação permite compreender a integração entre forma e função desses animais, revelando como sua estrutura anatômica sustenta as atividades vitais. Objetivo Observar e identificar as principais estruturas da anatomia externa e interna de uma ave, analisando como essas características morfológicas se relacionam com a fisiologia dos sistemas respiratório, digestório, excretório e reprodutivo, além de discutir aspectos ecológicos ligados à locomoção, alimentação e reprodução. Resultados e Discussão a) Anatomia Externa A galinha apresenta corpo coberto por penas, que auxiliam na manutenção da temperatura corporal e na proteção. O bico córneo substitui os dentes e é adaptado à alimentação baseada em grãos e insetos. As patas possuem garras e escamas, indicando adaptação ao solo e ao ciscar em busca de alimento. As asas, embora reduzidas em capacidade de voo, mantêm a estrutura típica das aves. Os olhos grandes e laterais garantem amplo campo visual, importante para detectar predadores. Anatomia Interna e Fisiologia Sistema Respiratório O sistema respiratório é formado por pulmões pequenos e rígidos e por sacos aéreos, que permitem fluxo contínuo de ar nos pulmões, garantindo alta eficiência na oxigenação — essencial para a alta taxa metabólica das aves. Sistema Digestório A galinha possui um tubo digestório adaptado à alimentação granívora: • Bico e esôfago conduzem o alimento até o papo, onde ocorre o amolecimento. • O estômago químico (proventrículo) secreta enzimas digestivas. • A moela (estômago mecânico) tritura o alimento com auxílio de pedrinhas ingeridas. • O intestino realiza a absorção dos nutrientes, e a cloaca é o ponto final do trato digestivo. • Sistema Excretório Apresenta rins lobulados, que excretam ácido úrico (forma sólida de excreta nitrogenada), reduzindo a perda de água — uma adaptação ao ambiente terrestre. A excreção ocorre pela cloaca, compartilhada com os sistemas digestório e reprodutivo. Sistema Reprodutivo Nas fêmeas, observa-se apenas o ovário e o oviduto esquerdo funcionais, uma adaptação que reduz o peso corporal. Os ovos possuem casca calcária, garantindo proteção ao embrião e desenvolvimento fora do corpo materno (oviparidade). Relação entre Morfologia, Fisiologia e Ecologia • A estrutura leve e aerodinâmica (penas, ossos pneumáticos) está associada à locomoção eficiente, mesmo em aves que não voam, como a galinha. • O bico adaptado reflete o tipo de alimentação e o nicho ecológico da espécie. • O sistema respiratório eficiente sustenta o metabolismo elevado e a termorregulação. • A reprodução ovípara com casca rígida permite a ocupação de ambientes terrestres secos. Essas características mostram a interdependência entre anatomia, fisiologia e ecologia, reforçando a ideia de que cada estrutura evoluiu para otimizar a sobrevivência da ave em seu ambiente. Conclusão A dissecação da galinha permitiu compreender a integração entre a morfologia e a fisiologia das aves, revelando como as adaptações anatômicas — como penas, sacos aéreos, moela e cloaca — estão diretamente relacionadas à alimentação, respiração, excreção e reprodução. Esses aspectos refletem o sucesso evolutivo das aves, que se adaptaram a diferentes ambientes e modos de vida, mantendo uma organização corporal altamente especializada. AULA 4 ROTEIRO 1- INVESTIGAÇÃO DO VOO Origem e contexto evolutivo • Os pterossauros surgiram há cerca de 220 milhões de anos, no período Triássico, e dominaram os céus por mais de 150 milhões de anos, até o fim do Cretáceo. • Pertencem ao grupo dos arquossauros, os mesmos ancestrais dos dinossauros e crocodilos. • Foram os primeiros vertebrados a desenvolver o voo ativo, muito antes das aves. Estrutura do esqueleto O documentário destaca as principais características que tornaram o voo possível: 🦴 a) Ossos leves e ocos • O esqueleto era formado por ossos pneumáticos (ocos e cheios de ar), reduzindo o peso corporal sem perder resistência. • Essa adaptação é semelhante à encontrada nas aves modernas. 🦴 b) Asas formadas por uma membrana • O quarto dedo da mão era extremamente alongado e sustentava uma membrana de pele (patágio) que se estendia até o corpo e, em alguns casos, até as pernas. • Essa estrutura funcionava como uma asa flexível e controlável, ideal para planeio e manobras. 🦴 c) Cintura escapular e esterno • O esterno (osso do peito) era desenvolvido e possuía uma cristaóssea para fixação de músculos poderosos de voo. • As clavículas fundidas formavam o que se chama de fúrcula, ajudando na sustentação das asas. 🦴 d) Crânio e pescoço • O crânio era grande, com mandíbula alongada e muitas vezes com cristas ósseas que ajudavam na estabilidade durante o voo ou na exibição. • O pescoço longo e flexível ajudava a equilibrar o corpo durante o voo e a capturar presas. Diversidade e adaptação • Existiam pterossauros de vários tamanhos — desde pequenos, como Nemicolopterus, até gigantes como Quetzalcoatlus, com envergadura de 10 a 12 metros. • Alguns viviam próximos a lagos e mares, alimentando-se de peixes; outros caçavam pequenos vertebrados em terra. • O documentário mostra fósseis bem preservados com impressões de tecidos moles, revelando que muitos pterossauros tinham pelos finos (pycnofibras), ajudando na termorregulação — uma evidência de sangue quente (endotermia). Importância científica • A análise do esqueleto dos pterossauros ajuda os cientistas a compreender como o voo evoluiu independentemente em diferentes grupos de vertebrados (pterossauros, aves e morcegos). • Mostra também como a evolução experimentou várias soluções anatômicas para o mesmo desafio: voar. Conclusão O estudo do esqueleto dos pterossauros revela: • Como a morfologia e a fisiologia estão intimamente ligadas à função ecológica; • Que a evolução convergente levou diferentes grupos a desenvolver o voo de maneiras únicas; • E que os pterossauros representam um marco essencial na história da vida animal, abrindo caminho para o sucesso posterior das aves e morcegos. AULA 5 ROTEIRO 1- ORIGEM E CARACTERIZAÇÃO DOS MAMÍFEROS Material: Documentário; O Triunfo dos Vertebrados – Episódio 1: Do Mar à Terra Explica como os primeiros vertebrados — que surgiram nos oceanos há mais de 500 milhões de anos — desenvolveram estruturas que possibilitaram a transição da água para a terra. • Origem dos vertebrados: os primeiros peixes possuíam coluna vertebral e crânio, o que deu mais estabilidade e proteção ao sistema nervoso. • A evolução dos peixes ósseos e com nadadeiras lobadas (como o Tiktaalik), cujas nadadeiras serviram de base para o surgimento dos membros dos tetrápodes (anfíbios, répteis, aves e mamíferos). • Conquista do ambiente terrestre: exigiu adaptações como pulmões, patas articuladas, pele resistente à dessecação e sistemas de reprodução fora da água (ovo amniótico). • Mostra fósseis importantes e espécies atuais que ajudam a entender essa transição, como celacantos, anfíbios e peixes pulmonados. O episódio demonstra como a inovação anatômica e fisiológica (coluna vertebral, pulmões, membros) foi fundamental para a expansão dos vertebrados para todos os ambientes terrestres. É uma celebração da adaptação evolutiva e da diversificação biológica que começou no mar. O Triunfo dos Vertebrados – Episódio 2: Adoção do Ar Mostra como alguns grupos de vertebrados desenvolveram a capacidade de voar, explorando o ar como novo ambiente ecológico. • O episódio foca nos répteis alados (pterossauros), nas aves e nos morcegos, revelando múltiplas origens independentes do voo. • Pterossauros foram os primeiros vertebrados a dominar o ar, com asas formadas por uma membrana de pele esticada sobre o quarto dedo. • As aves, descendentes dos dinossauros terópodes, desenvolveram penas — inicialmente para isolamento térmico, depois para voo — e ossos pneumáticos, leves mas resistentes. • Os mamíferos voadores (morcegos) surgiram depois, com asas formadas pela membrana entre os dedos alongados. • Também se discute a visão e o controle corporal necessários ao voo, além das mudanças metabólicas que exigem alta eficiência energética e respiratória. O voo representa um dos ápices da evolução dos vertebrados, permitindo migração, fuga de predadores e exploração de novos nichos. Demonstra a convergência evolutiva — diferentes linhagens desenvolveram soluções anatômicas distintas para o mesmo desafio: voar. Ou seja: Os dois primeiros episódios revelam que: • A evolução dos vertebrados é marcada por inovações estruturais (coluna, membros, asas, pulmões). • A adaptação ao meio ambiente foi o motor da diversificação: do mar → terra → ar. • As mudanças não ocorreram de forma linear, mas por experimentos evolutivos bem- sucedidos que se perpetuaram. Após assistir a documentários sobre o tema e pesquisas mais detalhadas sobre os mamíferos, entramos na seguinte discussão e conclusão: 1. Discuta como variações comportamentais e fisiológicas podem atenuar ou agravar os impactos do aquecimento global em populações naturais de mamíferos. Em que condições a plasticidade é suficiente para evitar rupturas no match ecológico entre recursos e demandas metabólicas? Os mamíferos possuem uma alta capacidade de plasticidade fenotípica — podem ajustar comportamento (mudança de horário de atividade, migração altitudinal) e fisiologia (alterações metabólicas, pelagem, taxa de evaporação) diante de variações térmicas. Essas variações atenuam os impactos do aquecimento global quando permitem manter o equilíbrio entre demanda metabólica e disponibilidade de recursos (ex.: alimento e abrigo). A plasticidade é suficiente quando as mudanças ambientais ocorrem lentamente e dentro dos limites fisiológicos da espécie. Contudo, quando as variações climáticas ultrapassam esses limites (mudanças bruscas ou falta de habitat), ocorre descompasso ecológico (“ecological mismatch”), afetando reprodução, alimentação e sobrevivência. 2. Analise como o forrageamento, a movimentação sazonal e a redistribuição de nutrientes por mamíferos herbívoros influenciam a heterogeneidade espacial da vegetação, a ciclagem biogeoquímica e a diversidade de outras guildas. Qual o risco de simplificação funcional em ecossistemas submetidos à defaunação? Mamíferos herbívoros, como cervos e roedores, influenciam a paisagem ao selecionar plantas durante o forrageamento, dispersar sementes e redistribuir nutrientes por fezes e urina. Essas ações criam heterogeneidade espacial da vegetação, afetam a ciclagem biogeoquímica (nitrogênio, fósforo) e promovem diversidade de outras guildas (insetos, aves, microrganismos). A defaunação — redução de grandes herbívoros — causa simplificação funcional, resultando em vegetação homogênea, menor reciclagem de nutrientes e perda de interações ecológicas complexas. 3. Explique como a perda ou introdução de mamíferos predadores pode desencadear efeitos indiretos em múltiplos níveis tróficos — incluindo alterações em interações mutualísticas, pressão de herbivoria e regeneração de habitats. A perda de predadores (ex.: lobos, onças) leva à liberação de presas (aumento populacional de herbívoros), elevando a pressão de herbivoria e comprometendo a regeneração da vegetação. Isso repercute nos níveis inferiores (plantas, decompositores) e também em interações mutualísticas (dispersão de sementes, polinização). Por outro lado, a introdução de predadores não nativos pode causar colapsos tróficos, alterando a estrutura e função de ecossistemas inteiros. Esses efeitos em cascata são exemplos de efeitos tróficos indiretos. 4. Analise os impactos bioturbadores (escavação, construção de tocas, biodeposição) sobre propriedades físicas, químicas e biológicas do habitat. Quando essas modificações aumentam a heterogeneidade ecológica — e quando desencadeiam processos de degradação irreversível? Mamíferos escavadores (ex.: tatus, roedores, lebres) revolvem o solo, aeram e misturam matéria orgânica, alterando propriedades físicas (porosidade), químicas (disponibilidade de nutrientes) e biológicas (atividade microbiana). Essas atividades geralmente aumentam a heterogeneidade ecológica, criando micro-hábitats e promovendo biodiversidade. Entretanto, quando a escavação é excessiva ou ocorre em solosfrágeis, pode desencadear erosão, compactação e degradação irreversível, especialmente em ambientes áridos ou sob pressão antrópica. 5. Explique como a fragmentação do habitat, interfaces urbano-rurais e comércio ilegal alteram a transmissão de patógenos, a virulência e a evolução de resistência imunológica. A fragmentação do habitat e as interfaces urbano-rurais aproximam humanos, animais domésticos e silvestres, facilitando a transmissão de patógenos zoonóticos (como vírus e parasitas). Essas condições alteram a virulência e favorecem a seleção de cepas mais resistentes. Além disso, o comércio ilegal de fauna transporta indivíduos entre regiões, misturando populações e patógenos, acelerando a evolução de resistência imunológica em algumas espécies e aumentando o risco de spillover (transbordamento de doenças). 6. Discuta as hipóteses principais (ex.: aerobic capacity model, parental care model) para explicar como e por que a termorregulação endotérmica foi selecionada no clado dos sinapsídeos. Quais adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamentais coevoluíram com a endotermia? Duas hipóteses principais explicam a seleção da endotermia nos sinapsídeos (ancestrais dos mamíferos): • Modelo da Capacidade Aeróbica (Aerobic Capacity Model): a endotermia surgiu como consequência do aumento da atividade locomotora e da capacidade respiratória/cardiovascular. • Modelo do Cuidado Parental (Parental Care Model): o controle térmico favoreceu o desenvolvimento embrionário e a sobrevivência da prole, reforçando a seleção por indivíduos capazes de manter temperatura corporal estável. As adaptações que coevoluíram com a endotermia incluem: • Coração tetracavitário e alta taxa metabólica; • Pulmões altamente vascularizados; • Pelos e glândulas para isolamento e termorregulação; • Comportamentos sociais e parentais complexos. 7. Analise como pelos, glândulas (sebáceas, sudoríparas, mamárias, odoríferas), pigmentação e camadas epidérmicas/dermais contribuem simultaneamente para termorregulação, comunicação química, camuflagem, defesa mecânica e reprodução. Os pelos atuam no isolamento térmico, camuflagem e comunicação visual. As glândulas sebáceas impermeabilizam a pele e mantêm o pelo flexível; as sudoríparas permitem resfriamento evaporativo; as mamárias possibilitam nutrição da prole; e as odoríferas são usadas em marcação territorial e comunicação química. A pigmentação (melanina) auxilia na camuflagem, proteção UV e sinalização sexual. Assim, o tegumento integra funções fisiológicas, comportamentais e ecológicas, refletindo a complexa adaptação dos mamíferos ao ambiente. 8. Compare como diferentes modalidades (visão em baixa luminosidade, audição ultrassônica, ecolocalização, olfação macrosmática, eletropercepção) são estruturadas anatomicamente (ex.: cóclea alongada, bulbo olfatório expandido, córtex auditivo diferenciado) e reguladas plasticamente. Em que medida a especialização sensorial implica trade-offs funcionais (ex.: acuidade visual × sensibilidade olfatória)? Mamíferos desenvolveram diversos sistemas sensoriais adaptativos: • Visão noturna: retina rica em bastonetes, pupila ampla; • Audição ultrassônica: cóclea alongada e córtex auditivo desenvolvido (morcegos, roedores); • Ecolocalização: emissão e recepção de ecos para navegação; • Olfação macrosmática: bulbo olfatório expandido, epitélio nasal especializado; • Eletropercepção: rara, presente em espécies aquáticas como o ornitorrinco. Essas especializações implicam trade-offs funcionais: espécies com alta sensibilidade olfatória tendem a ter visão menos aguçada, e vice-versa, devido à limitação de espaço e energia neural.A plasticidade sensorial permite ajustes conforme o ambiente (ex.: adaptação à vida noturna ou subterrânea). Referências • HICKMAN, C. P. et al. Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. • PUGH, D. G. Veterinary Anatomy of Birds. Elsevier, 2020. • ZOOLOGIA, Portal Educação. Anatomia e fisiologia das aves. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/. Acesso em: //____. https://www.portaleducacao.com.br/ • https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5G8QAAAAAB_8uC4mL5Jf jpotqoiufdBQ • https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5F8QAAAAAB83RUi- RrNldr8CE2DzCZqg • https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI6y9wAAAAABahWzP4ZH6 mn8y45w7vQ1DA • https://1drv.ms/b/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI4SBQEAAAABHuekVQkQj P9HA6_orHU-tw https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5G8QAAAAAB_8uC4mL5JfjpotqoiufdBQ https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5G8QAAAAAB_8uC4mL5JfjpotqoiufdBQ https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5F8QAAAAAB83RUi-RrNldr8CE2DzCZqg https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI5F8QAAAAAB83RUi-RrNldr8CE2DzCZqg https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI6y9wAAAAABahWzP4ZH6mn8y45w7vQ1DA https://1drv.ms/v/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI6y9wAAAAABahWzP4ZH6mn8y45w7vQ1DA https://1drv.ms/b/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI4SBQEAAAABHuekVQkQjP9HA6_orHU-tw https://1drv.ms/b/c/8ef20e03ea8e4f3b/ETtPjuoDDvIggI4SBQEAAAABHuekVQkQjP9HA6_orHU-tw Características Externas Características Internas Respiração Digestão Excreção Reprodução Objetivo Resultados e Discussão a) Anatomia Externa Anatomia Interna e Fisiologia Sistema Respiratório Sistema Digestório Sistema Reprodutivo Relação entre Morfologia, Fisiologia e Ecologia Conclusão AULA 4 ROTEIRO 1- INVESTIGAÇÃO DO VOO Origem e contexto evolutivo Estrutura do esqueleto 🦴 a) Ossos leves e ocos 🦴 b) Asas formadas por uma membrana 🦴 c) Cintura escapular e esterno 🦴 d) Crânio e pescoço Diversidade e adaptação Importância científica Conclusão Referências