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Iris Alagoense

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES - ICHCA 
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 
 
 
 ABIDIAS MARTINS 
ISIS MALTA 
LUAN CELI 
MONNY CARVALHO 
 
 
 
 
 
IRIS ALAGOENSE – O PRIMEIRO JORNAL IMPRESSO DE ALAGOAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Maceió 
2013 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES - ICHCA 
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
IRIS ALAGOENSE – O PRIMEIRO JORNAL IMPRESSO DE ALAGOAS 
 
Trabalho em grupo para obtenção da 
AB1, na disciplina de Histórias dos 
Meios de Comunicação, do 2º período 
do curso de Comunicação Social. 
Professor Orientador: Régis Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 Maceió 
2013 
Iris Alagoense – O primeiro jornal impresso de Alagoas 
 
Antes da chegada do Iris Alagoense, a publicação de jornais, em Alagoas, era 
proibida pelo Império. Foram feitas duas tentativas de implantação da imprensa, a 
primeira, no dia 06/05/1822, em ofício da Junta do Governo das Alagoas ao Ministro e 
Secretario de Estado dos Negócios do Reino, em Lisboa. A segunda, no dia 09/02/1826, 
onde foi enviada uma petição ao imperador Pedro I, depois de apresentada e aprovada 
em sessão do Conselho da Província, pelo vice-presidente Miguel Veloso da Silveira 
Nóbrega de Vasconcelos. Ambas não obtiveram resposta positiva. 
Apenas em 1831, o marco inicial da evolução política e da formação da 
intelectualidade chegou em terras alagoanas. Vindo de Recife, onde era o redator do 
Espelho das Brasileiras, Adolphe Emile De Bois Garin foi incentivado pelo governo da 
província para fundar o Iris Alagoense, se tornando seu redator, administrador e 
compositor. 
O jornal, pertencente a Sociedade Patriótica e Defensora da Independência, teve 
sua primeira edição impressa na Bahia, devido à inexistência de tipógrafos em Alagoas 
– raros até mesmo no resto do Brasil – para a oficina tipográfica. Esta primeira edição 
tem sua data desconhecida. 
Só a partir da segunda edição, no dia 17/08/1831 é que passou a ser impresso na 
oficina instalada em Maceió, com a tipografia adquirida em Pernambuco. 
Medindo 31,5 x 21,5 centímetros, apresentava-se em quatro páginas de papel 
almaço, em duas colunas de impressão, estampando, no alto da primeira página e no 
rodapé da última página, o nome do estabelecimento onde era impresso: Typografia 
Patriótica, estabelecida no prédio nº 3, da rua do Livramento, atual Senador Mendonça, 
e onde saía duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados, custando sua 
assinatura, por trimestre, 2$000 rs. (dois mil réis) e a folha avulsa, $80 rs. (oitenta réis). 
Surgiu em época de efervescência política, dizendo-se um “jornal político, 
literário e mercantil”, mas foi a política o fator primordial de sua criação. Circulava 
numa conjuntura histórica marcada pelas tensões entre a nova elite brasileira e os 
núcleos hegemônicos de portugueses remanescentes em todas as cidades do país. O 
jornal chegava a Alagoas com as mesmas características de outros jornais do país, era 
notável seu inconformismo e a crítica a todas as formas de poder absoluto. 
 
O primeiro atentado da história do jornalismo alagoano aconteceu em 
24/01/1832, onde Adolphe Emile De Bois Garin foi atingido, em sua porta, por vários 
tiros, disparados por quatro homens montados a cavalo, por volta de 8 horas da noite. 
Fato este que foi relatado e comunicado pelo Juíz de Paz de Maceió, Ignacio Francisco 
da Fonseca Calaça Galvão ao presidente da Província. A violência aconteceu 
possivelmente por pessoas incomodadas com correspondências publicadas no jornal. 
O francês Bois Garin resolve abandonar Maceió e voltar ao Recife. Com o 
exemplar n. 50, de 18/02/1832, o Iris Alagoense suspende sua publicação. Porém, antes 
de abandonar a província, o jornalista escreve aos assinantes do jornal, explicando 
porque vacila em dar continuidade: 
“O acontecimento funesto da noite de 23 de janeiro, sem diminuir o entusiasmo que me 
anima a favor do Liberalismo, sempre me deixou uma espécie de indecisão a respeito da 
linha de conduta que pelo futuro me era prudente adotar, a minoria da Sociedade 
desejava o meu regresso e acelerou a minha resignação do honroso cargo que me fora 
confiado, minha resolução era tomada e os preparativos da minha viagem eram feitos, 
quando vários membros da mesma que me julgaram sempre digno da contemplação dos 
Liberais, aprovando a doutrina política que professo, me manifestaram o desejo da 
maioria dos Patriotas de me ver permanecer nesta vila, e continuar a redigir o periódico 
da Província. No mesmo dia fui chamado pelo Sr. Presidente, que me tendo lido uma 
proposta feita pelo sobredito Conselheiro e aprovada depois de algumas modificações, 
me perguntou se, fiado na proteção da Sociedade quanto à minha segurança individual, 
eu me determinava a aceitar as condições propostas, redigindo a gazeta da província e 
dirigindo os trabalhos tipográficos. Sensível às provas numerosas de estima e amizade 
que me manifestaram os membros presentes, mudei a minha determinação, decidi-me a 
não desamparar o meu posto, porquanto meus escritos merecessem a aprovação dos 
verdadeiros amantes da Liberade. 
Antes, porém, de continuar a publicação do Iris Alagoense, julgo do meu dever advertir 
aos assinantes a leitura deste periódico, que se eles examinarem com atenção os escritos 
que me são pessoais reconhecerão que nunca me desviei do fim que me tinha proposto, 
e refletindo que não convém um escritor liberal transigir com opiniões contrárias 
disfarçadas sob o véu especiozo da Moderação – pregada com virulência – Obediência 
exigida por mandões que nunca souberam obedecer, e – Leis, que livres do freio salutar 
da imprensa, seus mesmos órgãos seriam os primeiros a violar, convencer-se-ão que é 
de absoluta necessidade refutar os sofismas manhosos de inimigos ocultos que entre nós 
residem, e luta com a energia e força de raciocínio que me obrigam os mesmos fingidos 
Liberais a reconhecer que nenhum proveito podem derivar de escritos insidiosos (...)”. 
 
Fonte: SANT’ANA, Moacir Medeiros de. História da imprensa em alagoas (1831-1981). Maceió: 
Arquivo Público de Alagoas, 1987, pags. 22-23. 
 
Mesmo tendo proposto, em sua carta, a ficar em Maceió, pelo apoio que teve dos 
companheiros, Bois Garin temia novos ataques. Desistiu de correr novos riscos e 
acabou voltando para Recife. 
No dia 22/02/1832, apenas quatro dia após a suspensão do Iris Alagoense, o 
jornal retoma suas atividades, passando a denominar-se O Federalista Alagoense, pois 
mudara o nome da organização política que o apoiara, agora denominada “Sociedade 
Patriótica Federal”. 
 
 
Seus redatores nesta segunda fase são o padre Afonso de Albuquerque Melo -
razão para ser considerado o primeiro jornalista alagoano - e o advogado pernambucano 
Félix José de Melo e Silva. Numa terceira fase, agora dirigido pelo padre Francisco do 
Rego Baldaia, abandona a posição exaltada, seguindo, então, a opinião do governo, 
tendo permanecido até o nº 149. O jornal, em 1836, deixou de ser publicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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