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Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 1 SUMÁRIO GERAL RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO – SUBPRODUTO 3.2 VOLUME I TEMA – INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS REGIONAIS SUBTEMA 1 - SANEAMENTO AMBIENTAL APRESENTAÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO 1.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1.2.1 Análise da prestação dos serviços 1.2.2 Sistemas produtores de abastecimento de água 1.2.3 Situação das bacias hidrográficas e da qualidade da água dos mananciais 1.2.4 Conclusões sobre o abastecimento de água 1.2.5 Ações previstas para o Sistema de Abastecimento de Água do Distrito Federal 1.2.6 Novos sistemas produtores de água 1.3 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1.3.1 Análise da prestação dos serviços de esgotamento sanitário 1.3.2 Sistema de Esgotamento Sanitário 1.3.3 Sistemas de Esgotamento Sanitário da Bacia do Lago Paranoá 1.3.4 Sistemas de Esgotamento Sanitário da Bacia do São Bartolomeu 1.3.5 Sistemas de Esgotamento Sanitário da Bacia do Alagado 1.3.6 Sistemas de Esgotamento Sanitário da Bacia do Melchior/ Descoberto 1.3.7 Conclusões sobre os sistemas de esgotamento sanitário 1.3.8 Ações propostas para o sistema de esgotamento sanitário do Distrito Federal 1.3.9 Configuração final do Plano Diretor de Esgotos-2000 1.3.10 Situação dos corpos receptores das ETEs do Distrito Federal 1.4 RESÍDUOS SÓLIDOS 1.4.1 Análise preliminar da prestação dos serviços 1.4.2 Sistema de manejo 1.4.3 Gestão dos serviços 1.4.4 Modelo de Gestão Pública 1.4.5 Modelo de Gestão Privada 1.4.6 Conclusões e ações previstas 1.5 DRENAGEM URBANA 1.5.1 Informações gerais 1.5.2 Caracterização do sistema de drenagem urbana 1.5.3 Problemas na drenagem urbana no DF 1.5.4 Limitações atuais na gestão do manejo de águas pluviais 1.5.5 Avaliações realizadas no âmbito do PDDU, considerando a situação atual e futura 1.5.6 Conclusões gerais sobre o manejo das águas pluviais 1.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O SANEAMENTO BÁSICO NO DF SUBTEMA 2 – ENERGIA 2.1 ELETRICIDADE 2.1.1 Introdução 2.1.2 Caracterização do consumo 2.1.3 Descrição geral do sistema elétrico da CEB 2.1.4 Análise do sistema CEB 2.1.5 Previsão de demanda de energia elétrica para o Distrito Federal Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 2 2.1.6 Intervenções previstas pela CEB 2.1.7 Conclusões gerais 2.2 COMBUSTÍVEIS SUBTEMA 3 – TRANSPORTES 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 TRANSPORTE URBANO 3.2.1 Caracterização da rede viária 3.2.2 Caracterização das redes metroviária e ferroviária 3.2.3 Caracterização dos sistemas de transportes 3.2.4 Características das viagens por sistema de transporte 3.2.5 Principais equipamentos e deficiências dos sistemas de transporte urbano 3.2.6 Melhorias previstas para os sistemas de transportes 3.3 TRANSPORTE INTERESTADUAL 3.3.1 Modo rodoviário e ferroviário 3.3.2 Modo aeroviário 3.4 BIBLIOGRAFIA SUBTEMA 4 – COMUNICAÇÕES 4.1 COMUNICAÇÕES 4.2 CONCLUSÕES TEMA TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES 4.3 BIBLIOGRAFIA SUBTEMA 5 – EQUIPAMENTOS REGIONAIS 5.1 INTRODUÇÃO 5.2 ÁREA DE EDUCAÇÃO 5.3 ÁREA DE SAÚDE 5.4 ÁREA DE SEGURANÇA 5.5 OUTRAS ÁREAS 5.6 BIBLIOGRAFIA VOLUME II TEMA - SOCIOECONOMIA SUBTEMA 1 – POPULAÇÃO APRESENTAÇÃO 1.1 POPULAÇÃO 1.1.1 Introdução 1.1.2 Dinâmica e Estrutura Populacional 1.1.3 Distribuição Espacial da População 1.1.4 Fecundidade, Natalidade e Mortalidade 1.2 PROJEÇÕES POPULACIONAIS 1.3 POPULAÇÃO RESIDENTE POR COR OU RAÇA E PIRÂMIDES ETÁRIAS 1.3.1 Distrito Federal 1.3.2 Brasília (2000 e 2004)(aquí) 1.3.3 Gama 1.3.4 Taguatinga 1.3.5 Brazlândia 1.3.6 Sobradinho 1.3.7 Planaltina Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 3 1.3.8 Paranoá 1.3.9 Núcleo Bandeirante 1.3.10 Ceilândia 1.3.11 Guará 1.3.12 Cruzeiro 1.3.13 Samambaia 1.3.14 Santa Maria 1.3.15 São Sebastião 1.3.16 Recanto das Emas 1.3.17 Lago Sul 1.3.18 Riacho Fundo 1.3.19 Lago Norte 1.3.20 Candangolândia SUBTEMA 2 – CONDIÇÕES DE VIDA 2.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH 2.2 GRAU DE INSTRUÇÃO 2.3 SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS 2.3.1 Necessidades habitacionais 2.3.2 Acesso ao saneamento básico 2.4 INFRAESTRUTURA SOCIAL 2.4.1 Infraestrutura de Ensino 2.4.2 Infraestrutura de Saúde SUBTEMA 3 – ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF 3.2.1 Caracterização geral das atividades econômicas 3.2.2 Caracterização Setorial e Espacial da Economia SUBTEMA 4 – EMPREGO E RENDA 4.1 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DO EMPREGO 4.2 TAXA DE DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL 4.3 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DA RENDA 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: SUBSÍDIOS PARA O ZEE 4.5 BIBLIOGRAFIA SUBTEMA 5 – PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL 5.1 INTRODUÇÃO 5.2 SUBSISTEMA: PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL 5.2.1 Plano Urbanístico de Brasília 5.2.2 Sítios Arqueológicos 5.3 IDENTIFICAÇÃO DOS BENS DE VALOR HISTÓRICO ARTÍSTICO E CULTURAL 5.4 BENS REGISTRADOS (IMATERIAIS) 5.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO NA RIDE 5.6 PAISAGENS 5.7 POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO: ANÁLISE CRÍTICA 5.8 SITUAÇÕES DE RISCO, VULNERABILIDADES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.9 BIBLIOGRAFIA Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 4 VOLUME III TEMA - USO DA TERRA SUBTEMA 1 – SITUAÇÃO FUNDIÁRIA 1.1 INTRODUÇÃO 1.2 CONFLITOS FUNDIÁRIOS NO DISTRITO FEDERAL 1.2.1 Conflitos fundiários urbanos 1.2.2 Conflitos fundiários rurais 1.3 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NO DISTRITO FEDERAL 1.3.1 Regularização de ocupações urbanas 1.3.2 Regularização de ocupações rurais 1.4 BIBLIOGRAFIA SUBTEMA 2 - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 2.1 INTRODUÇÃO 2.2 PADRÕES DE USO DO SOLO 2.2.1 Padrões urbanos de uso do solo e da densidade 2.2.2 Padrões de uso do solo rural 2.3 PROCESSO E TENDÊNCIAS DE OCUPAÇÃO URBANA NO DISTRITO FEDERAL 2.3.1 A dinâmica da ocupação urbana 2.3.2 Tendências e planos de ocupação urbana 2.3.3 Centralidade urbana e regional do Distrito Federal 2.4 BIBLIOGRAFIA SUBTEMA 3 - PARCELAMENTO DO SOLO 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 PARCELAMENTO DO SOLO RURAL 3.3 PARCELAMENTO DO SOLO URBANO 3.4 CONCLUSÕES SOBRE O USO DA TERRA NO DISTRITO FEDERAL 3.5 BIBLIOGRAFIA TEMA – JURÍDICO-INSTITUCIONAL SUBTEMA 4 – ASPECTOS JURÍDICOS-INSTITUCIONAIS 4.1 INTRODUÇÃO 4.2 A CONTEXTUALIZAÇÃO NORMATIVA DO ZEE 4.2.1 Antecedentes 4.2.2 O marco normativo do zoneamento ambiental no Distrito Federal 4.2.3 Objetivos, diretrizes, pressupostos e conteúdo do ZEE/DF 4.3 ASPECTOS INSTITUCIONAIS DO ZEE/DF 4.3.1 Esferas de poder e o ZEE/DF 4.3.2 Identificação das principais instituições vinculadas ao ZEE/DF 4.4 POLÍTICAS, PLANOS E PROJETOS COM IMPACTOS NO ZEE 4.5 CONCLUSÕES DE ORDEM JURÍDICO-INSTITUCIONAL 4.6 BIBLIOGRAFIA TEMA - ARTICULAÇÕES COM A RIDE SUBTEMA 5 – ARTICULAÇÕES COM A RIDE DF-ENTORNO 5.1 INTRODUÇÃO 5.2 A RIDE DF-ENTORNO Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 5 5.2.1 A estruturação regional de Brasília 5.2.2 A criação da RIDE DF-ENTORNO 5.3 O DISTRITO FEDERAL E SUAS ARTICULAÇÕES COM A RIDE 5.3.1 Articulações socioeconômicas 5.3.2 Articulações da infraestrutura 5.3.3 Articulações espaciais 5.3.4 Articulações ambientais 5.3.5 Articulações institucionais 5.4 CONCLUSÕES SOBRE AS ARTICULAÇÕES DO DISTRITO FEDERAL COM A RIDE 5.5 BIBLIOGRAFIA Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 6 SUMÁRIO – VOLUME II TEMA - SOCIOECONOMIA ....................................................................................................... 15 SUBTEMA 1 – POPULAÇÃO ...................................................................................................... 15 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 16 1.1 POPULAÇÃO .....................................................................................................................no Distrito Federal ainda é predominantemente constituída por imigrantes originados de outras regiões brasileiras. Informações censitárias sugerem que 51,4% da população total do Distrito Federal vieram de outras unidades da Federação. As regiões brasileiras que mais contribuíram para o contingente populacional do Distrito Federal são a Nordeste e a Sudeste, com 25,4% e 14,2%, respectivamente, ainda de acordo com informações censitárias. De acordo com a Tabela 7, Ceilândia (152.709 habitantes), Taguatinga (130.518 habitantes) e Brasília (118.388 habitantes) são as cidades que mais contribuíram para a migração intraurbana dentro do Distrito Federal. Vale ressaltar que a maioria relativa (686.851 habitantes) apontou nunca ter mudado de localidade. Os migrantes provenientes de outros Estados da Federação constituem a maioria, com 561.582 habitantes nessas condições. O fluxo de migrantes com residência anterior no Distrito Federal cresceu significativamente, no período 1970-2000, passando de 49 mil, entre 1970 e 1980, para 121,6 mil pessoas, de 1981 a 1991, e para 136,7 mil, entre 1990 e 2000, denotando ampliação do fluxo migratório intrametropolitano. Na Tabela 8 estão os dados sobre a Taxa Média Anual de Migração para o período 1990-2000. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 26 Tabela7- População urbana, segundo o último local de moradia no Distrito Federal (dados de 2004) Regiões Administrativas População Percentual Brasília 118.388 15,2 Gama 67.975 8,8 Taguatinga 130.518 16,7 Brazlândia 11.113 1,4 Sobradinho 43.690 5,6 Planaltina 17.668 2,3 Paranoá 10.017 1,3 Núcleo Bandeirante 41.043 5,6 Ceilândia 152.709 19,3 Guará 47.908 6,1 Cruzeiro 23.713 3,1 Samambaia 32.129 4,1 Santa Maria 11.726 1,5 São Sebastião 7.180 0,9 Recanto das Emas 9.111 1,2 Lago Sul 12.706 1,6 Riacho Fundo 5.785 0,7 Lago Norte 5.373 0,7 Candangolândia 9.060 1,2 Águas Claras 2.052 0,3 Riacho Fundo II 3.093 0,3 Sudoeste/Octogonal 5.316 0,7 Varjão 1.170 0,2 Park Way 4.681 0,6 SCIA (Estrutural) 1.982 0,3 Sobradinho II 1.185 0,1 Itapoã - - Total 777.293 100 Nunca Mudou 1 686.851 - Entorno 2 65.094 - Outras Unidades da Federação 3 561.582 - Exterior 5.715 - Total Geral 2.096.534 - Fonte: SEPLAN/CODEPLAN. Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD 1 - Refere-se às pessoas nascidas no Distrito Federal e àquelas cujo único local de moradia, no Distrito Federal, foi a Região Administrativa em estudo. 2 - Abadiânia; Águas Lindas; Alexânia; Buritis; Cabeceiras; Cidade Ocidental; Cocalzinho de Goiás; Corumbá de Goiás e Luziânia. 3 - Acre; Amapá; Amazonas; Pará; Rondônia; Roraima; Tocantins; Alagoas; Bahia; Ceará; Maranhão; Paraíba; Pernambuco; Piauí; Rio Grande do Norte; Sergipe; Espírito Santo; Minas Gerais; Rio de Janeiro; São Paulo; Paraná; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso Sul. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 27 Tabela 8 - Volume e taxa média anual de migração, segundo local da residência anterior para a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE (dados 1990-2000) Origem Volume populacional Taxa (%) Goiás 60.248 0,24 Outros do Centro-Oeste 7.680 0,03 Minas Gerais 65.307 0,26 Rio de Janeiro 21.559 0,09 Outros do Sudeste 27.301 0,11 MA/PI/CE/BA 213.052 0,86 Outros do Nordeste 45.182 0,18 Região Norte 29.671 0,12 Região Sul 13.873 0,06 Outros 23.694 010 Total 507.567 2,60 Fonte: IBGE. Censos Demográficos 1991 e 2000 (tabulações especiais). http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol22_n1_2005/vol22_n1_2005_5artigo_p55a88.pdf. Como corretamente destaca o IBGE, quando se analisa com mais detalhe o período 1990-2000, percebe-se que os fluxos migratórios originários nos demais estados diminuíram e os de Minas Gerais, Goiás e do Sudeste, bastante importantes no início, perderam intensidade. O fluxo advindo do Rio de Janeiro, com impacto significativo devido à transferência de funcionários públicos no início, perdeu em peso relativo. Dessa forma, os fluxos vindos do Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia), assim como os do próprio DF, consolidaram-se como principais contingentes de migração para o total. No período mais recente (1991-2000), o volume de migrantes nordestinos apresentou elevação. O entorno do Distrito Federal passou a ser o destino de um contingente crescente de nordestinos. Essa nova tendência sobre a migração está associada à formação de redes sociais de migração. No período 1991-2000, o volume dos fluxos em direção ao DF se manteve praticamente com a mesma intensidade, enquanto aqueles em direção aos municípios goianos periféricos se elevaram de 1991 a 2000. 1.1.4 Fecundidade, Natalidade e Mortalidade A Taxa de Fecundidade pode ser definida como o número médio de filhos por mulher em idade de procriar (15 a 49 anos). Ela também pode ser caracterizada como uma estimativa do número médio de filhos que cada mulher teria até o fim do seu período reprodutivo. O declínio nos níveis de fecundidade é um fenômeno que implica uma mudança estrutural significativa, pois causa sensíveis alterações no ritmo de crescimento total da população, assim como na sua composição etária. A redução do ritmo de crescimento da população do DF ao longo dos anos reflete o comportamento da taxa de fecundidade, que segue a tendência de declínio nos níveis nacional e regional. Esta tendência ampliou-se no curso das duas últimas décadas, atingindo todas as regiões e camadas da sociedade. Para efeito de comparação, a taxa de fecundidade total no Brasil, em 1991, era de, aproximadamente, 2,5 filhos por mulher; a taxa média de crescimento anual passou, no mesmo período, de 2,48% para 1,89%. No mesmo período (1970-1991), o Distrito Federal registrou um declínio na taxa de fecundidade de 5,5 filhos em média, para 2,3 filhos por mulher, ficando abaixo da taxa verificada no País. A Tabela 9 apresenta os indicadores de Fecundidade Total e da Taxa Bruta de Natalidade, entre outros. A Taxa de Fecundidade Total vem caindo desde 1991. Neste ano, a razão encontrada foi 2,34. Já no ano de 2005, essa razão chegou a 1,87. A idade média de fecundação também foi reduzida em 1 ano no mesmo período, passando de 27 para 26 anos. A http://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/rev_inf/vol22_n1_2005/vol22_n1_2005_5artigo_p55a88.pdf Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 28 Participação Relativa das Mulheres de 15 a 49 anos manteve-se no patamar próximo aos 60% em todas as averiguações. Também é importante asseverar que a Taxa Bruta de Natalidade, ou seja, o número bruto de crianças que nascem vivas anualmente por cada mil habitantes, em uma respectiva localidade, vem caindo significativamente de 24,2, em 1991, para 18,8, em 2005. Tabela9 - Indicadores de fecundidade – 1991-2005 Indicadores 1991 1995 2000 2005 Taxa de Fecundidade Total 2,34 2,16 1,99 1,87 Idade Média da Fecundidade 27 26,8 26,6 26 Particip. Rel. Mulheres15 a 49 anos (%) 57,9 59,6 60,3 59,7 Concentração de Fecundidade 20-24 anos 0,1328 0,1206 0,1094 0,1125 25-29 anos 0,1307 0,1124 0,0958 0,0903 Nascimentos Ambos os Sexos 38.692 40.702 43.090 44.312 Homens 19.818 20.847 22.071 22.696 Mulheres 18.874 19.885 21.020 21.616 Taxa Bruta de Natalidade 24,2 22,7 20,8 18,8 Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CODEPLAN. http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000335.pdf. Dentro da Distribuição Relativa das Taxas de Fecundidade (Tabela 10) o grupo que mais contribuiu desde 1991 é aquele representado pelas mulheres de 20 a 24 anos, com uma contribuição que variou entre 27,5% em 2000 e 30,1% no ano de 2005. O grupo constituído pelasmulheres de 15 a 19 anos vem crescendo significativamente, passando de 14,4% em 1991 para 19,6% em 2005. As duas últimas faixas, que representam 40 a 44 anos e 45 a 49 anos, respectivamente, tiveram os seus percentuais diminuídos ao longo do mesmo período. Conjuntamente à queda das taxas de fecundidade, os dados indicam uma tendência de rejuvenescimento do padrão de fecundidade, pela diminuição na idade média da fecundidade das mulheres. Tabela10 - Distribuição relativa das taxas específicas de fecundidade, Distrito Federal – 1991-2005 Grupos de Idade\Ano 1991 1995 2000 2005 15-19 14,4 16,1 18 19,6 20-24 28,3 27,9 27,5 30,1 25-29 27,9 26 24 24,1 30-34 17,7 18,2 18,7 16,4 35-39 7,4 8,2 8,9 7,5 40-44 3,7 3,1 2,6 2,1 45-49 0,6 0,5 0,3 0,2 Total 100 100 100 100 Fontes: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal. http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000335.pdf A Taxa de Mortalidade consiste no número de óbitos por mil habitantes em uma dada área em um período específico de tempo. A Taxa de Mortalidade representa um indicador social importante, na medida em que contribui para averiguar as condições de vida da população. À época da construção de Brasília, mais precisamente a partir do final de 1956, a mortalidade infantil no Distrito Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 29 Federal registrava elevados índices, fato este que se estendeu, ainda, por algumas décadas. Muitos fatores contribuíram sobremaneira para esta situação. Um interior se desbravava, as condições naturais eram inóspitas, os recursos de saúde limitados e as dificuldades de acesso quase intransponíveis. Nos anos que se seguiram, o reforço nas áreas de medicina preventiva, vacinação infantil maciça, programas de reidratação oral e aleitamento materno aliados à decisão governamental de investimentos na área de saneamento básico, promoveram a redução desses níveis. No Distrito Federal, a taxa de mortalidade geral vem se mantendo próxima a 4 por mil habitantes nos últimos anos, inferior à do Brasil, situada em torno de 7 por mil habitantes (ver Tabela 11). Verificando a série histórica da mortalidade infantil desde a década de 80, no Distrito Federal, constata-se que ela também vem declinando. Em 1993, foram registrados 22 óbitos por mil nativivos, menos da metade da taxa verificada no País, que se situa em torno de 57 por mil, entretanto, considerada elevada se comparada a padrões de países desenvolvidos, como o Japão, a Suécia, que se situam em torno de 8 por mil. Constata-se ainda, que algumas localidades, como Samambaia, Planaltina e Paranoá, vêm apresentando, nos últimos anos, as taxas mais elevadas de mortalidade infantil no DF. Em 1990, foi registrada, em Samambaia, uma taxa de 42,3 óbitos por mil nativivos, passando para 26,2, em 1993, a mais alta registrada nesse ano no DF, contra 13,2, a mais baixa, registrada no Plano Piloto. A Taxa de Mortalidade para ambos os sexos caiu expressivamente, passando de 27,5, em 1991, para 17,8, no ano de 2005. A Taxa de Mortalidade de menores de 5 anos para ambos os sexos também sofreu uma queda constante, passando de 16,7, em 1991, para 9,3, em 2005. A taxa bruta de mortalidade também caiu de 4,9 para 4,3, no mesmo período, assim como o total de óbitos em menores de 1 ano de idade. Os resultados relativamente positivos evidenciados por esses dados ficam mais consistentes quando se verifica um aumento bastante significativo na Esperança de Vida ao Nascer, que subiu de 68,7 em 1991 para 75,1em 2005. A esperança de vida para as mulheres foi expressivamente melhor do que para os homens em todos os períodos. A esperança de vida aos 60 anos também cresceu de maneira consistente, passando de 18,6 para 22,3 no mesmo período. No entanto, cabe ressaltar o impacto negativo do aumento da Sobremortalidade Masculina. Este aumento para todos os grupos etários analisados demonstra que fatores socioeconômicos, como a violência, devem ter crescido, sobretudo entre a população jovem do sexo masculino, dentro do Distrito Federal. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 30 Tabela11 - Indicadores de mortalidade implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 1991- 2005 Indicadores 1991 1995 2000 2005 Taxa de Mortalidade Infantil (%) Ambos os Sexos 27,5 24,1 20,7 17,8 Homens 28,7 25,7 22,6 19,7 Mulheres 26,2 22,4 18,7 15,9 Taxa de Mortalidade de1,7 1,3 0,9 0,5 65 anos e mais 5,4 5,2 5,1 4,4 4,5 Razão de Dependência (%) Total 43,5 41,8 41 40,9 42 Jovens 36,6 33,6 31,1 29,1 27,8 Idosos 6,9 8,2 9,9 11,7 14,2 Idade Média da População 29,5 31 32,5 33,9 35,3 Idade Mediana da População 28,3 30 31,5 33,1 34,7 Índice de Envelhecimento 18,9 24,4 31,8 40,2 51,1 Fontes: Projeções Populacionais - Brasil e Grandes Regiões – IBGE e Censo Demográfico - IBGE Dados elaborados pela SEPLAN e pela CODEPLAN. Projeção da População das Regiões Administrativas do Distrito Federal - SEDUH/CODEPLAN. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 32 Em termos de gênero, em 1991, o contingente da população feminina representava 52% da população total, equivalente à relação de 92,3 homens para cada grupo de 100 mulheres. De acordo com a projeção da população do Distrito Federal, deve ocorrer uma estabilização a partir de 2015, no patamar de 91,2 homens para cada grupo de 100 mulheres. Para a população com 60 anos ou mais, a projeção também indica uma prevalência feminina. Nestes casos, a razão de sexo diminuirá de 80,2 para 70,4 homens para cada grupo de 100 mulheres dessa faixa etária, até o ano de 2030. O índice de envelhecimento consiste na relação entre o número de idosos e jovens com menos de 15 anos. Em outras palavras, ele expressa o número de residentes com 65 ou mais anos por 100 residentes com menos de 15 anos. Atualmente (2010) a estimativa indica que existem 18,9 idosos para cada grupo de 100 jovens com 14 anos ou menos. Para o ano de 2030, projeta-se que o número de idosos nesta proporção cresça 170% e chegue a 51,1. Como destacado anteriormente, a migração para o Distrito Federal nos últimos anos possui características bastante distintas do fluxo proveniente do período de construção da Capital. No início (décadas de 1950 e 1960), a migração tinha um contingente preponderantemente do sexo masculino em idade produtiva, em busca de emprego na construção civil. Ao longo dos anos 60, os setores secundário e terciário tornaram-se os maiores responsáveis pela afluência de migrantes, sobretudo pela transferência dos servidores públicos e pela construção civil. O Censo Demográfico de 1970 indicou o aumento substancial de mulheres interessadas em ingressar no setor serviços. Este processo permanece até hoje, com a participação efetiva e crescente do sexo feminino nos Censos e nas projeções para 2030. De acordo com a Tabela 13, a migração vem contribuindo com menor intensidade a cada projeção até 2030. Esta taxa, que em 2010 chega ao patamar de 8,1, regride para 5,0, em 2030. Muito embora as taxas permaneçam positivas, a trajetória é de declínio. Os jovens entre 15 e 29 anos migram com mais intensidade, tendo maior participação aqueles na faixa de idade entre 15 e 24 anos. Em relação às Taxas de Fecundidade e de Natalidade, a primeira, projetada para os próximos anos, segue uma tendência de queda, passando de 1,79, em 2010, para 1,63, em 2030. A idade média de fecundidade, por sua vez, deve diminuir em aproximadamente um ano, de 25,5 para 24,4, no mesmo período. A participação relativa das mulheres de 15 a 49 anos deve diminuir significativamente, assim como a taxa bruta de natalidade, denotando uma queda significativa no crescimento populacional, concomitantemente ao envelhecimento da população. (Tabela 14) De acordo com a Tabela 15, a Taxa de Mortalidade Infantil cai significativamente no período estudado, passando de 15,4, em 2010, para 8,8, em 2030. A taxa de Mortalidade para Menores de 5 anos segue a mesma tendência, caindo de 7,8 para 4,3. No entanto, a Taxa Bruta de Mortalidade aumenta de 4,4% para 5,7% no mesmo período. Isto pode ser explicado pelo incremento da população idosa. O total de óbitos previstos quase que dobra, passando de 11.547, em 2010, para 20.695, em 2030. Há uma projeção de redução significativa quanto aos óbitos de menores de 1 ano. Ademais, a esperança de vida ao nascer também cresce, passando de 76,3 anos, em 2010, para 79,9 anos, em 2030. A Esperança de Vida ao nascer também segue uma tendência ascendente. A Taxa Bruta de Mortalidade no DF aponta, para os anos vindouros, indícios de alta, uma vez que ela é bastante influenciada pela estrutura etária da população.Tal tendência de elevação futura pode estar associada à crescente proporção de pessoas com idades acima de 60 anos, na população total, decorrente do aumento na expectativa de vida. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 33 Tabela13 - Indicadores de migração implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 1991- 2030 Indicadores\ Anos 2010 2015 2020 2025 2030 Taxas Líquidas de Migração Ambos os Sexos 8,1 7,1 6,3 5,6 5 Homens 7,4 6,5 5,7 5,1 4,6 Mulheres 8,7 7,6 6,7 6 5,4 Saldo Líquido Migratório Ambos os Sexos 21.261 20.509 19.758 19.007 18.255 Homens 9.286 8.958 8.630 8.302 7.973 Mulheres 11.975 11.551 11.128 10.705 10.282 Incremento Populacional Ambos os Sexos 54.609 52.648 50.225 47.450 43.872 Homens 25.854 24.968 23.853 22.596 20.951 Mulheres 28.755 27.680 26.373 24.853 22.921 Concentração da Migração 15-19 anos 5.530 5.334 5.139 4.946 4.749 20-24 anos 4.489 4.329 4.170 4.011 3.854 25-29 anos 2.083 2.011 1.937 1.863 1.789 Fontes: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal. Tabela14 - Taxas de fecundidade e natalidade implícitos na projeção populacional, DF – 2010-2030 Indicadores 2010 2015 2020 2025 2030 Taxa de Fecundidade Total 1,79 1,73 1,68 1,65 1,63 Idade Média da Fecundidade 25,5 25,1 24,8 24,6 24,4 Particip. Rel.:Mulheres15 a 49 anos (%) 59,2 58,1 56,4 54,4 52,1 Concentração de Fecundidade 20-24 anos 0,1145 0,116 0,1173 0,118 0,1185 25-29 anos 0,0867 0,084 0,0818 0,0804 0,0796 Nascimentos Ambos os Sexos 44.895 45.402 45.800 46.210 46.312 Homens 22.995 23.255 23.459 23.668 23.721 Mulheres 21.900 22.147 22.342 22.541 22.591 Taxa Bruta de Natalidade 17,0 15,6 14,5 13,6 12,7 Fontes: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 34 Tabela15 - Indicadores de mortalidade implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 2010- 2030 Indicadores 2010 2015 2020 2025 2030 Taxa de Mortalidade Infantil (%) Ambos os Sexos 15,4 13,3 11,5 10 8,8 Homens 17,1 14,8 12,9 11,3 10 Mulheres 13,6 11,6 10 8,7 7,6 Taxa de Mortalidade depardos, 40% brancos, 4% pretos e 2% amarelos. Dentre as dezenove RAs para as quais as informações estavam disponíveis para 2000 e 2004,a que apresenta a maior proporção de pardos é o Guará, a de brancos é o Lago Sul e a de pretos é o Riacho Fundo. A análise etária da população do Distrito Federal revela uma população típica de países desenvolvidos, base e topo estreitos, com maior concentração de adultos. Há, entretanto, no caso do DF, uma recuperação da taxa de natalidade da população, o que junto com o aumento da expectativa de vida favorece o crescimento vegetativo da população residente. Dentre as cidades,registra-se destaque para a grande proporção de idosos do Lago Sul e pela de jovens no Recanto das Emas. Figura1 - População residente no DF por cor ou raça declarada. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura 2– Pirâmide etária geral do DF. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 40% Preta 4% Amarela 2% Parda/mulata 48% Indígena 0% Não definida 6% -150000 -100000 -50000 0 50000 100000 150000 0 - 4 10_14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 >80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 36 1.3.2 Brasília A RA Brasília apresenta uma população predominantemente branca (69%). A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos, base estreita e corpo e topo mais acentuados. Percebe-se pelos gráficos referentes a 2000 e 2004 que a taxa de natalidade na cidade apresenta decréscimo enquanto a expectativa de vida aumenta.Desta forma, há uma redução do crescimento natural. Há de se destacar ainda que a maior parte da população, em todas as faixas etárias, é do sexo feminino. Figura3 - População residente na RA Brasília por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 69% Preta 3% Amarela 4% Parda/mulata 22% Indígena 0% Não definida 2% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 37 Figura4 - Pirâmide etária Brasília, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura5 - Pirâmide etária Brasília, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 38 1.3.3 Gama A RA Gama apresenta uma população predominantemente parda (50%), seguida de 31% de brancos na região. A análise demográfica da RA mostra uma população jovem com envelhecimento da base. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento: zona central tão larga quanto a base e topo ainda reduzido. Percebe-se pelos gráficos referentes a 2000 e 2004que a taxa de natalidade na cidade apresenta tímido decréscimo, enquanto a expectativa de vida aumenta, também lentamente.Desta forma, há uma redução do crescimento natural. Destaca-se o equilíbrio percebido entre os sexos na RA, havendo uma quantidade proporcional de homens e mulheres. Figura6 - População residente na RA Gama por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 31% Preta 5% Amarela 0% Parda/mulata 50% Indígena 0% Não definida 14% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 39 Figura7 - Pirâmide etária, Gama. 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura8 - Pirâmide etária do Gama, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 40 1.3.4 Taguatinga A RA Taguatinga, uma das maiores do DF, apresenta sua população basicamente dividida entre pardos (47%) e brancos (46%). A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta ou em transição. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento, base discretamente mais estreita que o corpo, mas ainda apresenta topo reduzido. Percebe-se pelos gráficos referentes a 2000 e 2004 que a taxa de natalidade na cidade apresenta decréscimo enquanto a expectativa de vida aumenta.Desta forma, há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção de homens e mulheres nessa sociedade, percebe-se haver um leve destaque para o sexo feminino, principalmente na fase adulta. Figura9 - População residente na RA Taguatinga por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 46% Preta 4% Amarela 3% Parda/mulata 47% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 41 Figura10 - Pirâmide etária de Taguatinga, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura11–Pirâmide etária de Taguatinga, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 20.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 20.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 42 1.3.5 Brazlândia A RA Brazlândia apresenta uma população predominantemente parda (68%), com pequena participação de pretos e amarelos. A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem, com tendência a envelhecer. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países pouco desenvolvidos, base larga e topo estreito, mas já se destaca um aumento do corpo da pirâmide. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade não apresenta decréscimo e que o mesmo se percebe na expectativa de vida.Desta forma, não há uma redução do crescimento natural da região. No que se refere à divisão entre sexos, percebe-se certa harmonia, com preponderância do sexo masculino em algumas faixas etárias. Figura12 - População residente na RA Brazlândia por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 27% Preta 3% Amarela 2% Parda/mulata 68% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2– Relatório do Diagnóstico 43 Figura13 - Pirâmide etária de Brazlândia, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura14–Pirâmide etária de Brazlândia, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -4.000 -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 4.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 44 1.3.6 Sobradinho A RA Sobradinho tem população basicamente composta por brancos (48%) e pardos (47%). A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem, com tendência a envelhecimento acentuada. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em processo de desenvolvimento,base larga e topo estreito, mas no caso de Sobradinho há um alargamento acentuado do corpo, o que indica envelhecimento da população. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade se mantém alta, mas há aumento na expectativa de vida. Considerando essas informações, conclui-se que a cidade apresenta crescimento natural positivo. Evidencia-se que a maior parte da população é do sexo feminino, com maior participação entre os idosos. Figura15 - População residente na RA Sobradinho por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 48% Preta 3% Amarela 2% Parda/mulata 47% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 45 Figura16–Pirâmide etária de Sobradinho, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura17 - Pirâmide etária de Sobradinho, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 46 1.3.7 Planaltina A RA Planaltina possui população dividida ente pardos (65%), brancos (32%) e pretos (3%). A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem em processo de envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países de baixa renda (em níveis iniciais de desenvolvimento); ou seja, base bastante larga e topo estreito, com elevado alargamento do corpo, o que mostra o envelhecimento da população. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade não apresenta decréscimo, enquanto que a expectativa de vida aumenta. Desta forma, não há, até o momento, uma redução do crescimento natural. No que se refere à participação de homens e mulheres nessa população, é interessante observar que, entre os anos 2000 e 2004, houve redução significativa da participação dos homens na região. A julgar pela faixa etária na qual ocorreu a modificação, pode-se considerar a ocorrência de migrações. Figura18 - População residente na RA Planaltina por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 32% Preta 3% Amarela 0% Parda/mulata 65% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 47 Figura19–Pirâmide etária de Planaltina, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura20 - Pirâmide etária de Planaltina, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -20.000 -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 48 1.3.8 Paranoá A RA Paranoá apresenta uma população predominantemente parda (54%), mas destaca-se a grande proporção de população que se declara com raça não definida (30%). A análise demográfica da RA evidencia uma população em processo de envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países de renda pouco elevada: base larga, topo estreito, mas corpo bastante alargado. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresenta decréscimo, enquanto que a expectativa de vida aumenta. Desta forma, há uma redução do crescimento natural, ainda que pequena. Há de se destacar que, a exemplo do observado na RA Planaltina, observa-se uma redução da participação dos homens na estratificação dessa sociedade. Em cinco anos, o sexo masculino deixou de ser o mais representativo na RA em questão. Figura21 - População residente na RA Paranoá por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 12% Preta 2% Amarela 1% Parda/mulata 54%Indígena 1% Não definida 30% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 49 Figura22– Pirâmide etária do Paranoá, 2000 Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura23– Pirâmide etária do Paranoá, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 50 1.3.9 Núcleo Bandeirante A RA Núcleo Bandeirante apresenta população de raça ou etnia indefinida, pois 33% da população não souberam definir a raça. Desta forma, dos que responderam objetivamente, 35% são brancos, 26% pardos e percebe-se a participação de 2% de indígenas. A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos, base estreita e corpo e topo mais acentuados. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que houve pouca mudança entre os dois anos, exceto por um pequeno incremento na expectativa de vida da população local. Há de se destacar ainda que a maior parte da população, em todas as faixas etárias, é do sexo feminino. Figura24 - População residente na RA Núcleo Bandeirante por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 35% Preta 2% Amarela 2% Parda/mulata 26% Indígena 2% Não definida 33% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 –Relatório do Diagnóstico 51 Figura25–Pirâmide etária do Núcleo Bandeirante, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura26–Pirâmide etária do Núcleo Bandeirante, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 52 1.3.10 Ceilândia A RA Ceilândia tem população segmentada da seguinte forma: 49% são pardos, 34% brancos, 5% pretos e 3% amarelos. A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em vias de desenvolvimento:base em início de estreitamento e topo estreito, com uma maior proporção de adultos. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, mas voltou a aumentar nos últimos períodos, enquanto que a expectativa de vida aumentou. Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, percebe-se uma mudança de cenário. Os homens que eram a maioria da população da RA em 2000 tiveram sua participação proporcional reduzida já em 2004. Figura27 - População residente na RA Ceilândia por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 34% Preta 5% Amarela 3% Parda/mulata 49% Indígena 0% Não definida 9% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 53 Figura28–Pirâmide etária de Ceilândia, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura29 - Pirâmide etária de Ceilândia, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -60.000 -40.000 -20.000 0 20.000 40.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -30.000 -20.000 -10.000 0 10.000 20.000 30.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 54 1.3.11 Guará A RA Guará tem população formada por pardos (48%) e brancos (44%) em sua maioria. A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos, base estreita e topo estreito, com uma maior proporção de adultos. Percebe-, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, mas voltou a aumentar nos últimos períodos, enquanto que a expectativa de vida aumentou, especialmente entre as mulheres. Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, percebe-se uma maior proporção de mulheres em todas as faixas etárias. Figura30 - População residente na RA Guará por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 44% Preta 4% Amarela 1% Parda/mulata 48% Indígena 0% Não definida 3% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 55 Figura31–Pirâmide etária de Guará, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura32–Pirâmide etária de Guará, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 MULHERES Homens -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 56 1.3.12 Cruzeiro A RA Cruzeiro conta com 45% de sua população de pardos e 47% de brancos, 5% de pretos e outros 2% de amarelos. A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos, base estreita e topo estreito, com uma maior proporção de adultos. Percebe-se pelos gráficos referentes a 2000 e 2004 que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, mas voltou a aumentar nos últimos períodos, enquanto que a expectativa de vida aumentou. Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, percebe-se uma mudança de cenário, passando de uma situação de predominância feminina para uma de equilíbrio entre as proporções. Figura33 - População residente na RA Cruzeiro por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 47% Preta 5% Amarela 2% Parda/mulata 45% Indígena 0% Não definida 1% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 57 Figura34–Pirâmide etária de Cruzeiro, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura35–Pirâmide etária de Cruzeiro, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 58 1.3.13 Samambaia A RA Samambaia apresenta 44% da população composta por pardos, 26% por brancos e outros 26% que indicaram não saber definir a etnia a qual pertencem. A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem com tendência ao envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento:topo estreito e base e corpo bastante semelhantes. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, mas voltou a aumentar nos últimos períodos, enquanto que a expectativa de vida, para as mulheres, aumentou. Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Com relação à proporção entre os sexos, destaca-se a participação feminina desta RA. Figura36 - População residente na RA Samambaia por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 26% Preta 3% Amarela 1%Parda/mulata 44% Indígena 0% Não definida 26% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 59 Figura37–Pirâmide etária de Samambaia, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura38–Pirâmide etária de Samambaia, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenaçãoe Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -15.000 -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 15.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 60 1.3.14 Santa Maria A RA Santa Maria é composta primordialmente por pardos (46%) e brancos (37%), com destaque para seus 6% de pretos. A análise demográfica da RA evidencia uma população de jovens em processo de envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento:topo estreito, com uma maior proporção de adultos e jovens. Percebe-se pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade não apresentou decréscimo enquanto a expectativa de vida aumentou, mas ainda se mantém baixa. Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, é apresentado um equilíbrio com viés de crescimento entre as mulheres. Figura39 - População residente na RA Santa Maria por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 37% Preta 6%Amarela 0% Parda/mulata 46% Indígena 0% Não definida 11% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 61 Figura40–Pirâmide etária de Santa Maria, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura41–Pirâmide etária de Santa Maria, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 8.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 62 1.3.15 São Sebastião A RA São Sebastião tem população segmentada da seguinte forma: 63% são pardos, 27% brancos, 5% pretos e 2% amarelos. A análise demográfica da RA evidencia uma população predominantemente adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento em processo de aceleração do crescimento: base estreita e topo estreito, com uma maior proporção de adultos. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou crescimento nos anos analisados,ao mesmo tempo em que a expectativa de vida aumentou. Desta forma, há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, percebe-se uma mudança de cenário. A composição referente ao sexo dos habitantes é bastante equilibrada 4 . Figura42 - População residente na RA São Sebastião por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. 4É importante destacar que fazem parte desta RA o Núcleo Urbano de São Sebastião e a região dos condomínios de média e alta renda do Jardim Botânico. Branca 27% Preta 5% Amarela 2% Parda/mulata 63% Indígena 0% Não definida 3% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 63 Figura43–Pirâmide etária de São Sebastião, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura44–Pirâmide etária de São Sebastião, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -8.000 -6.000 -4.000 -2.000 0 2.000 4.000 6.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 64 1.3.16 Recanto das Emas A RA Recanto das Emas tem a maior parte de sua população composta por pardos (68%). A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem, que ainda apresenta altas taxas de natalidade. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países pouco desenvolvidos, base muito larga e topo estreito, com aumento relativo da participação de adultos. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou acréscimo considerável períodos enquanto a expectativa de vida aumentou, Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, percebe-se leve prevalência do sexo feminino. Figura45 - População residente na RA Recanto das Emas por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 25% Preta 5% Amarela 2% Parda/mulata 68% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 65 Figura46–Pirâmide etária do Recanto das Emas, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura47–Pirâmide etária do Recanto das Emas, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -10.000 -5.000 0 5.000 10.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 66 1.3.17 Lago Sul A RA Lago Sul revela a maior proporção de brancos entre as RAs do DF, 79%. A análise demográfica da RA evidencia uma população idosa. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos, base estreita e topo largo, típica de países com baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida. Quanto à proporção entre homens e mulheres, identifica-se uma maior proporção de mulheres. Figura48 - População residente na RA Lago Sul por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 79% Preta 4% Amarela 1% Parda/mulata 16% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 67 Figura49–Pirâmide etária do Lago Sul, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura50–Pirâmide etária do Lago Sul, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -2000 -1000 0 1000 2000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -2000 -1000 0 1000 2000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 68 1.3.18 Riacho Fundo A RA Riacho Fundo é formada por 52% de pardose 40% de brancos, destacando-se aí a maior proporção de pretos do DF (8%). A análise demográfica da RA evidencia uma população jovem em processo de envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países em desenvolvimento: base larga e topo estreito, com grande proporção de adultos. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, enquanto que a expectativa de vida aumentou.Desta forma, constata-se uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, há equilíbrio, mas com maior expectativa de vida para elas. Figura51 - População residente na RA Riacho Fundo por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 40% Preta 8% Amarela 0% Parda/mulata 52% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 69 Figura52–Pirâmide etária do Riacho Fundo, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura53–Pirâmide etária do Riacho Fundo, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -4.000 -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 4.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 70 1.3.19 Lago Norte A RA Lago Norte, a exemplo da do Lago Sul, tem população predominantemente branca (76%). A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta com grande taxa de envelhecimento. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países desenvolvidos: base, topo e corpo com pequena diferença. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou pequeno acréscimo acompanhado de aumento da expectativa de vida. Desta forma,não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, há uma maior quantidade de mulheres, principalmente acima de 50 anos. Figura54 - População residente na RA Lago Norte por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 76% Preta 2% Amarela 2% Parda/mulata 13% Indígena 0% Não definida 7% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 71 Figura55–Pirâmide etária do Lago Norte, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura56–Pirâmide etária do Lago Norte, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -3.000 -2.000 -1.000 0 1.000 2.000 3.000 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 72 1.3.20 Candangolândia A RA Candangolândia é composta por: 55% de pardos, 39% brancos, 4% pretos e 4% amarelos. A análise demográfica da RA evidencia uma população adulta. As pirâmides etárias para esta região são semelhantes às observadas em países de baixa para média renda, base ainda larga, mas em processo de estreitamento, e topo estreito, com uma maior proporção de adultos. Percebe-se, pelos gráficos referentes a 2000 e 2004, que a taxa de natalidade na cidade apresentou decréscimo, mas voltou a aumentar nos últimos períodos enquanto a expectativa de vida aumentou, Desta forma, não há uma redução do crescimento natural. Quanto à proporção entre homens e mulheres, observa- se um equilíbrio. Figura57 - População residente na RA Candangolândia por cor ou raça declarada, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Branca 39% Preta 4%Amarela 4% Parda/mulata 53% Indígena 0% Não definida 0% Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 73 Figura58–Pirâmide etária da Candangolândia, 2000. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. Figura59–Pirâmide etária da Candangolândia, 2004. Fonte: Dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD. -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 0-4 10-14 20-24 30-34 40-44 50-54 60-64 70-74 > 80 Mulheres Homens Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 74 Tema - SOCIOECONOMIA 2 Subtema 2 – CONDIÇÕES DE VIDA Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 75 2.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH constitui-se num indicador-síntese das condições de vida de uma população, a partir da utilização de três variáveis: anos de escolaridade, renda per capita e expectativa de vida. Este indicador, desenvolvido pela ONU, vem sendo adotado para comparar o padrão de vida entre todos os países e, dentro de cada um deles, entre regiões, estados e municípios. Para o Distrito Federal como um todo, o IDH, em 2003, último ano com cálculo elaborado, é de 0,849, sendo que, nos itens Educação, Renda e Longevidade, o valor atinge a 0,938, 0,795 e 0,813, respectivamente. De acordo com as medições elaboradas pela ONU, desde 1991, o Distrito Federal tem o IDH mais elevado dentre os 27 estados brasileiros: passou de 0,799, em 1991, para 0,849, em 2003, bem acima do patamar brasileiro (0,766), para o mesmo período. O índice de escolarização é o maior do Brasil. O número de crianças e adolescentes (entre 7 e 14 anos) matriculados chegou a 98,7%. Há postos de saúde, coleta de lixo, água potável e esgoto sanitário para quase 100% da população do DF, incluindo as cidades-satélites mais pobres. A renda, impulsionada pelos altos salários do serviço público, também contribui para manter o IDH do Distrito Federal em nível bastante elevado. No entanto, em termos territoriais, esses valores mostram as desigualdades sociais no Distrito Federal. Em 2003, o Lago Sul tinha um índice melhor do que a Noruega – melhor IDH no Mundo – conforme a ONU, e Brazlândia, a somente 47 quilômetros do Plano Piloto, tinha o 90º lugar, atrás da Tailândia. O Lago Sul, a RA mais bem avaliada, tinha um IDH de 0,945, seguido pela RA de Brasília, com o índice de 0,936. Ambas chegam perto ou até superam os melhores índices encontrados no Mundo. Em contrapartida, Brazlândia apresentou o índice mais baixo (0,761) que, não obstante, supera a média nacional (Tabela 16). Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 76 Tabela16 - Índice de desenvolvimento humano, Distrito Federal e Regiões Administrativas – 2003 Região Administrativa IDH - Educação IDH - Renda IDH - Longevidade IDH Geral Brasília0,991 0,948 0,870 0,936 Gama 0,942 0,720 0,784 0,815 Taguatinga 0,944 0,806 0,816 0,856 Brazlândia 0,906 0,642 0,734 0,761 Sobradinho 0,923 0,763 0,824 0,837 Planaltina 0,872 0,652 0,769 0,764 Paranoá 0,948 0,612 0,800 0,785 N. Bandeirante 0,972 0,896 0,811 0,853 Ceilândia 0,910 0,670 0,773 0,784 Guará 0,944 0,831 0,826 0,867 Cruzeiro 0,992 0,934 0,857 0,928 Samambaia 0,921 0,629 0,791 0,781 Santa Maria 0,934 0,627 0,820 0,794 São Sebastião 0,944 0,714 0,804 0,820 Recanto das Emas 0,937 0,598 0,791 0,775 Lago Sul 0,982 1,000 0,854 0,945 Riacho Fundo 0,958 0,706 0,815 0,826 Lago Norte 0,958 0,978 0,864 0,933 Candangolândia 0,947 0,761 0,850 0,853 Distrito Federal 0,938 0,795 0,813 0,849 Fonte: http://www.seplan.df.gov.br/ Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 77 2.2 GRAU DE INSTRUÇÃO Uma avaliação da SEPLAN/CODEPLAN aponta que a população do Distrito Federal possui um nível de instrução elevado comparativamente ao resto do País. Cabe destacar que cerca de um terço desta população tem formação de primeiro grau incompleto. A faixa daqueles que atingiram o nível superior completo atinge quase 10%. Em contrapartida, o percentual de analfabetos não alcança 3%. Todas essas informações são relativas ao ano de 2004 e estão resumidas na Tabela 17. À guisa de comparação, em pesquisa elaborada pelo PNAD/IBGE, o índice de analfabetismo no Brasil caiu significativamente nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o total de analfabetos correspondia a 16,4% do contingente populacional. Esse percentual foi reduzido para 10,9%, no ano de 2002. Apesar dessa redução, o percentual em 2002 ainda era muito superior ao do Distrito Federal. Neste contexto, é possível afirmar que no que diz respeito ao analfabetismo, o Distrito Federal apresenta um quadro bastante distinto ao do brasileiro. Tabela17 - Níveis de escolaridade da população do Distrito Federal. Valores absolutos e percentuais (dados de 2004) Escolaridade População Valores absolutos Percentual Total 2.096.534 100,0 Analfabeto 54.247 2,6 Alfabetização de adultos 4.422 0,2 Pré-Escolar 81.091 3,9 1º Grau Incompleto 634.026 30,2 1º Grau Completo 194.745 9,3 2º Grau Incompleto 150.093 7,2 2º Grau Completo 474.649 22,6 Superior Completo 124.325 5,9 Mestrado 14.059 0,7 Doutorado 4.669 0,2 Menor de 7 anos fora da escola 154.944 7,4 Fonte: SEPLAN/CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD – 2004. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 78 Tabela18 - Nível de escolaridade e evasão escolar das Regiões Administrativas do DF – 2004 Regiões Administrativas Crianças de 7 a 14 fora da escola Analfabetos1 1º Grau Completo2 3º Grau Completo3 Ranking % I Brasília 21 1,3 0,5 79,8 29,4 II Gama 20 1,4 4,5 64,6 5,2 III Taguatinga 22 1,3 1,9 53,3 10,1 IV Brazlândia 9 3,0 7,7 41,0 1,7 V Sobradinho 26 1,0 2,3 63,8 9,4 VI Planaltina 3 4,1 5,3 39,3 1,8 VII Paranoá 13 2,1 5,9 36,4 3,5 VIII Núcleo Bandeirante 14 2,0 0,9 67,7 11,0 IX Ceilândia 6 3,6 4,2 47,3 1,9 X Guará 17 1,6 1,3 69,3 14,0 XI Cruzeiro 4 4,0 0,7 70,6 14,3 XII Samambaia 10 2,9 5,6 43,3 1,0 XIII Santa Maria 8 3,0 4,3 46,7 1,5 XIV São Sebastião 18 1,6 3,1 38,4 3,3 XV Recanto das Emas 11 2,5 4,7 34,5 0,6 XVI Lago Sul 5 3,8 0,3 82,9 49,2 XVII Riacho Fundo 16 1,6 2,6 52,1 4,4 XVIII Lago Norte 23 1,1 0,7 82,7 42,0 XIX Candangolândia 19 1,4 4,8 55,7 4,5 XX Águas Claras 7 3,4 2,3 57,4 15,5 XXI Riacho Fundo II 24 1,0 4,1 44,2 0,9 XXII Sudoeste/Octogonal 12 2,4 0,2 82,9 49,2 XXIII Varjão 1 7,3 4,4 34,3 0,6 XXIV Park Way 27 0,7 1,2 69,4 29,9 XXV SCIA (Estrutural) 25 1,0 6,7 21,1 0,0 XXVI Sobradinho II 15 1,7 3,2 54,2 6,0 XXVIII Itapoã 2 7,1 8,1 18,9 0,2 DISTRITO FEDERAL - 2,6 3,3 54,3 9,3 Fonte: SEPLAN/CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD – 2004. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 79 Como será destacado na sequência deste Diagnóstico, essa elevada escolaridade apresenta significativa correlação com as ocupações produtivas e com o perfil das atividades econômicas do Distrito Federal. O tripé escolaridade-ocupação-atividade econômica será avaliado com o devido cuidado na próxima etapa de prognóstico e de estabelecimentos de zonas no contexto do ZEE-DF. 2.3 SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS 2.3.1 Necessidades habitacionais Em 2007, havia no Distrito Federal um total de 733.292 mil domicílios particulares, dos quais 694.988 eram urbanos. Diretamente associada ao poder aquisitivo das famílias, a condição de ocupação dos domicílios no DF mostra que 60,5% deles enquadram-se na categoria de próprios,e29, 9% pertencem à categoria de alugados (Tabela 19). Tabela19 - Distribuição dos domicílios, segundo o tipo e a condição de ocupação – 2007 Tipo de domicílio Total de domicílios (em mil) % Total 733 100,0 Apartamento 186 25,4 Casa 535 73,0 Cômodo 12 1,6 Condição de ocupação Total 733 100,0 Próprio 444 60,5 Alugado 212 29,9 Cedido 71 9,6 Outra 7 1 Fonte: IBGE: PNAD 2007. Esses números, no entanto, não escondem um quadro de necessidades habitacionais. Estas são entendidas como o somatório de dois tipos de carência: o déficit habitacional e a inadequação das moradias. Como déficit habitacional, entendem-se as deficiências no estoque de moradias. O déficit habitacional engloba: (i) a reposição do estoque das moradias sem condições de habitabilidade, devido à precariedade das construções ou em virtude de desgaste da estrutura física; e (ii) o incremento do estoque de moradias, devido à coabitação forçada, alta relação aluguel/renda e densidade domiciliar elevada. Por outro lado, o conceito de inadequação de moradias refere-se a problemas na qualidade de vida dos moradores, decorrentes de lacunas e deficiências nas condições do imóvel, que, no entanto, não exigem a sua reposição e sim melhoramentos ou arranjos institucionais. São cinco os critérios de inadequação dos domicílios: precariedade na titulação fundiária, adensamento excessivo de moradores, cobertura inadequada, inexistência de unidade sanitária domiciliar e carência de infraestrutura urbana (i.e. ausência de pelo menos um dos seguintes serviços básicos: rede geral de Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 80 abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, coleta de lixo e instalação elétrica) (Ministério das Cidades, 2009). Ainda segundo o Ministério das Cidades, o déficit habitacional para o Distrito Federal, em 2007, era estimado em 107.248 unidades, das quais mais de 105.202 concentradas nas áreas urbanas. Relativamente, corresponde a 14,6% do estoque total de domicílios particulares permanentes do DF. O trabalho mostra, ainda, que este déficit é maior na faixa populacional de menor renda familiar: 53,5% para os 10% mais pobres, sendo 84,5% nas famílias com renda média mensal até 3 salários mínimos. Quanto ao outro componente das necessidades habitacionais no Distrito Federal – a inadequação dos domicílios –, a situação em 2007 mostrava carências em pouco mais de 108 mil unidades, correspondendo a 15,5% do estoque total de domicílios urbanos, com destaque para as carências em infraestrutura urbana, com 8,9% do total (Ministério das Cidades, 2009). Tabela20 - Distrito Federal: domicílios com inadequação – 2007 Tipo de Carência Nº de domicílios % domicílios urbanos Precariedade fundiária 20.462 2,9 Adensamento excessivo 11.965 1,7 Cobertura inadequada 7.834 1,1 Inexistência de unidade sanitária 6.090 0,9 Carência de infraestrutura urbana 62.217 8,9 Total 108.568 15,5 Fonte: Ministério das Cidades: Déficit habitacionalno Brasil-2007. Essas carências, como era de se esperar, atingem principalmente a população mais pobre. Do total de domicílios com inadequações e com renda até três salários mínimos, 83,0% apresentavam adensamento excessivo, 50,0% apresentavam deficiências na cobertura, 92,9% não dispunham de sanitário interno e 44,1% apresentavam carências na infraestrutura urbana. A exceção fica por conta do primeiro tipo de carência, a precariedade fundiária, com um percentual de 10,3% do total concentrado nos domicílios com renda até três salários mínimos. Esse baixo percentual se deve ao crescimento na outra ponta da estrutura social: o grande número de domicílios das classes média e alta, localizados em assentamentos irregulares por todo o Distrito Federal. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 81 2.3.2 Acesso ao saneamento básico O saneamento básico compreende os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de resíduos sólidos a nível domiciliar. De um modo geral, a situação do saneamento atinge um alto padrão de desenvolvimento, garantindo o acesso a praticamente 100% da população. 2.3.2.1 Abastecimento de Água Potável Segundo a CAESB, o número de hidrômetros instalados é utilizado como indicador de cobertura da rede. (Figura60) Figura60 - Número de hidrômetros instalados no Distrito federal, 1996 - 2008. Fonte: CAESB, 2008. Em termos de população, a percentagem com acesso a esse tipo de serviço tem crescido, atingindo, em 2008, 99,45% da população do Distrito Federal. Nesta figura, é possível observar dois períodos de queda do percentual da população abastecida. É de se destacar que esses anos são marcados por movimentos migratórios intensos, fato que gerou uma rápida expansão da população, sem que ocorresse acréscimo na infraestrutura com a mesma velocidade. (Figura 61) Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 82 Figura61 - Histórico dos níveis de abastecimento de água no DF(%). Fonte: CAESB, 2008. Já por Regiões Administrativas, observa-se que há uma heterogeneidade no atendimento domiciliar de água, com o Recanto das Emas (RA XV) apresentando a menor cobertura dentre as unidades. (Figura 62) Figura62 - Nível de atendimento por RA (%). Fonte: CAESB, 2008. 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 93 97 97 99 88 91 92 92,22 90,38 98,59 98,8799,2 99,4 99,45 92,0% 93,0% 94,0% 95,0% 96,0% 97,0% 98,0% 99,0% 100,0% 101,0% I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 83 Quando se compara o índice de atendimente de água da população do DF com os níveis médios do Brasil e demais países da América Latina, percebe-se que,aqui, apesar de ainda haver deficiências, a situação, na média, é melhor que a do Brasil. Esse quadro, no entanto, esconde um desquilíbrio socioespacial no consumo domiciliar de água no Distrito Federal. A RA de maior consumo de água é Brasilia (RA- I), seguida por Ceilandia e Taguatinga. Essa situação reflete o impacto da renda no consumo de água nas diversas regiões. Por exemplo, ao se comparar as RAs XVII (Riacho Fundo) e XVIII (Lago Norte), a primeira, com quase o dobro de habitantes atendidos (62.180), tem seu nível de consumo 21% menor que a segunda (33.686 consumidores). A Tabela 21 resume a situação geral do serviço de abastecimento de água no Distrito Federal. Tabela21 - Situaçao atual do sistema de água do Distrito Federal, 2008 RA SETOR POPULAÇÃO TOTAL POPULAÇÃO ABASTECIDA POPULAÇÃO ATENDIDA (%) VOLUME DISTRIBUÍDO (m³/mês) PERDAS (%) I Brasília 199.459 199.459 100 3.035.389 18,40 II Gama Central, Norte, Sul, Oeste, Leste, industrial, rural 142.673 142.256 99,7 854.445 31,50 III Taguatinga 265.857 265.613 99,9 2.051.535 18,20 IV Brazlândia 58.393 58.393 100 288.023 41,70 V Sobradinho, Sobradinho II, III e IV e área rural 115.863 113.207 97,71 780.508 35,80 VI Planaltina, Vale do Amanhecer e área rural 147.769 145.182 98,25 860.457 37,80 VII Paranoá, Itapuã e Varjão 66.047 66.047 100 368.831 33,60 VIII Núcleo Bandeirante 44.098 44.098 100 516.212 41,30 IX Ceilândia 351.370 351.370 100 2.820.439 50,00 X Guará I , Estrutural, Sia, Guará II, Lúcio Costa e SIA 131.862 131.862 100 1.169.412 25,30 XI Cruzeiro Novo, Cruzeiro Velho e Sudoeste 75.812 75.812 100 1.151.355 18,40 XII Samambaia 179.184 179.184 100 1.096.158 36,10 XIII Santa Maria 113.672 113.672 100 660.962 33,20 XIV São Sebastião 84.323 83.034 98,47 399.380 35,40 XV Recanto das Emas 132.716 126.325 95,18 564.824 40,00 XVI Lago Sul 27.324 27.324 100 771.421 41,20 XVII Riacho Fundo 59.734 59.734 100 315.444 16,40 XVIII Lago Norte 33.297 33.297 100 583.351 42,90 XIX Candangolândia 17.998 17.998 100 102.621 32,60 Fonte: CAESB, 2008. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 84 2.3.2.2 Esgotamento Sanitário A CAESB disponibiliza dados históricos para o sistema de esgotamento sanitário, a partir de 1997. Esses dados, agregados, mostram que houve, no período, uma expansão de 32% na extensão da rede coletora. Na comparação entre o volume de esgoto produzido com o coletado e tratado, no Distrito Federal, observa-se que, entre 1997 e 2007, houve um aumento de 35%. Quando considerada a evolução do volume de resíduos produzidos e tratados, constata-se que este variou 37% no período, tratando 87% de todo o esgoto produzido no DF. (Figura 63) Figura 63 - Evolução entre esgoto produzido, coletado e tratado, 1997- 2007. É importante ressaltar que o sistema de coleta não é homogêneo. A coleta de esgoto, apesar de bem desenvolvida, é ainda deficitária em algumas RAs, principalmente em localidades ocupadas de forma irregular, onde a solução de esgotamento,em geral, é o sistema de fossa e sumidouro. A Tabela 22 apresentada a seguir aponta que todo o volume de esgoto coletado é tratado no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 85 Tabela 22 - Esgoto coletado e tratado por RA (m 3 /mês) Localidade Volume de Esgoto Coletado (m3/mês) Volume de Esgoto Tratado (m3/mês) Brasília 2.646.856 2.646.856 Gama 493.415 493.415 Taguatinga 1.215.756 1.215.756 Brazlândia 109.539 109.539 Sobradinho 268.016 268.016 Planaltina 207.491 207.491 Paranoá 84.454 84.454 Núcleo Bandeirante 127.433 127.433 Ceilândia 1.130.745 1.130.745 Guará 651.911 651.911 Cruzeiro 179.068 179.068 Samambaia 609.147 609.147 Santa Maria 256.746 256.746 São Sebastião 224.601 224.601 Recanto das Emas 239.256 239.256 Lago Sul 197.955 197.955 Riacho Fundo 212.692 212.692 Lago Norte 178.161 178.161 Candangolândia 68.466 68.466 Total 9.101.708 9.101.708 Fonte: CAESB, 2007. A Tabela 23 mostra a situação geral do esgotamento sanitário no Distrito Federal. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 86 Tabela 23- Resumo da Situação Atual do Sistema de Esgotamento Sanitário do DF Fonte: CAESB, 2007 2.3.2.3 Resíduos Sólidos A população do Distrito Federal, com acesso ao serviço de coleta domiciliar de lixo, representa 93% do total, segundo dados do SNIS, com um aumento de 11%, entre 2003 e 2007. Como se percebe na Figura 64, houve, em 2004, um aumento expressivo no percentual da população urbana atendida com frequência diária pelo sistema de coleta de lixo domiciliar do Distrito Federal. Percebe- se ainda que,desde o ano de 2004 praticamente 100% da população do Distrito Federal conta com os serviços de coleta de resíduos domiciliares com freqüência de pelo menos 2 ou 3 vezes por17 1.1.1 Introdução ................................................................................................................... 17 1.1.2 Dinâmica e Estrutura Populacional .............................................................................. 17 1.1.3 Distribuição Espacial da População ............................................................................. 22 1.1.4 Fecundidade, Natalidade e Mortalidade ....................................................................... 27 1.2 PROJEÇÕES POPULACIONAIS ....................................................................................... 30 1.3 POPULAÇÃO RESIDENTE POR COR OU RAÇA E PIRÂMIDES ETÁRIAS ................... 35 1.3.1 Distrito Federal ............................................................................................................ 35 1.3.2 Brasília ........................................................................................................................ 36 1.3.3 Gama ........................................................................................................................... 38 1.3.4 Taguatinga ................................................................................................................... 40 1.3.5 Brazlândia ................................................................................................................... 42 1.3.6 Sobradinho .................................................................................................................. 44 1.3.7 Planaltina ..................................................................................................................... 46 1.3.8 Paranoá ........................................................................................................................ 48 1.3.9 Núcleo Bandeirante ..................................................................................................... 50 1.3.10 Ceilândia ................................................................................................................. 52 1.3.11 Guará ....................................................................................................................... 54 1.3.12 Cruzeiro ................................................................................................................... 56 1.3.13 Samambaia .............................................................................................................. 58 1.3.14 Santa Maria ............................................................................................................. 60 1.3.15 São Sebastião ........................................................................................................... 62 1.3.16 Recanto das Emas .................................................................................................... 64 1.3.17 Lago Sul .................................................................................................................. 66 1.3.18 Riacho Fundo .......................................................................................................... 68 1.3.19 Lago Norte............................................................................................................... 70 1.3.20 Candangolândia ....................................................................................................... 72 SUBTEMA 2 – CONDIÇÕES DE VIDA ...................................................................................... 74 2.1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH ...................................................... 75 2.2 GRAU DE INSTRUÇÃO .................................................................................................... 77 2.3 SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS ........................................................................................ 79 2.3.1 Necessidadeshabitacionais ........................................................................................... 79 2.3.2 Acessoaosaneamento básico ........................................................................................ 81 2.4 INFRAESTRUTURA SOCIAL ........................................................................................... 87 2.4.1 Infraestrutura de Ensino ............................................................................................... 87 2.4.2 Infraestrutura de Saúde ................................................................................................ 88 SUBTEMA3 – ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF ................................................................... 94 3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 95 3.2 ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF .................................................................................. 95 3.2.1 Caracterização geral das atividades econômicas ........................................................... 95 3.2.2 Caracterização Setorial e Espacial da Economia .......................................................... 97 TEMA – SOCIOECONOMIA .................................................................................................... 134 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 7 SUBTEMA 4 – EMPREGO E RENDA ...................................................................................... 134 4.1 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DO EMPREGO............................................ 135 4.2 TAXA DE DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL .................................................... 148 4.3 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DA RENDA ................................................. 149 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: SUBSÍDIOS PARA O ZEE ................................................. 153 4.5 BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 155 TEMA – SOCIOECONOMIA .................................................................................................... 157 SUBTEMA 5 – PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL ..................................................... 157 5.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 158 5.2 SUBSISTEMA: PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL .............................................. 158 5.2.1 Plano Urbanístico de Brasília ..................................................................................... 158 5.2.2 Sítios Arqueológicos .................................................................................................. 159 5.3 IDENTIFICAÇÃO DOS BENS DE VALOR HISTÓRICO ARTÍSTICO E CULTURAL ... 161 5.4 BENS REGISTRADOS (IMATERIAIS) ........................................................................... 174 5.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO NA RIDE ............................................................................ 175 5.6 PAISAGENS..................................................................................................................... 177 5.7 POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO: ANÁLISE CRÍTICA .................... 183 5.8 SITUAÇÕES DE RISCO, VULNERABILIDADES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ......... 186 5.9 BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 188 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 8 Lista de Figuras Figura 1 - População residente no DF por cor ou raça declarada. ..................................................... 35 Figura 2 - População residente na RA Brasília por cor ou raça declarada, 2004. .............................. 36 Figura 3 - Pirâmide etária Brasília, 2000. ........................................................................................ 37 Figura 4 - Pirâmide etária Brasília, 2004. ........................................................................................semana, acompanhando a tendência de crescimento populacional. Região Administrativa População Volumes de Esgotos Consumo de Água Nº de Ligações e Economias Comprimento de Rede (m) Atual Atendida Volume de Esgoto Coletado (m3/mês) Volume de Esgoto Tratado (m3/mês) Consumo de Água (m3/mês) População Abastecid a (Hab.) Ligaçõe s Economi as Projeto Concluído Em Execução Implantado Brasília 199.433 199.433 2.892.707 2.892.707 2.794.927 199.433 20.089 97.122 17.589 - 547.149 Gama 142.418 139.940 519.636 519.636 584.739 142.133 24.139 38.637 22.480 1.620 256.514 Taguatinga 265.417 264.534 875.264 875.264 1.676.231 265.284 43.393 94.700 485.464 66.014 458.599 Brazlândia 58.283 53.597 106.247 106.247 167.722 58.263 9.417 12.688 6.780 - 132.205 Sobradinho 114.441 99.678 192.338 192.338 501.052 112.839 14.921 22.206 5.550 108.505 204.224 Planaltina 146.281 110.881 196.766 196.766 534.362 142.917 19.916 24.055 6.720 160.189 239.636 Paranoá 65.801 48.890 80.698 80.698 244.643 65.801 8.142 12.091 44.900 - 94.795 Núcleo Bandeirante 43.930 34.872 141.219 141.219 302.547 43.930 4.591 9.021 12.733 - 55.388 Ceilândia 351.196 351.196 1.027.484 1.027.484 1.410.026 351.196 66.184 105.892 311.171 - 533.498 Guará 131.526 127.607 660.360 660.360 873.409 131.526 20.277 39.455 576 - 280.843 Cruzeiro 75.551 75.551 170.561 170.561 621.033 75.551 6.775 37.055 19.991 - 93.145 Samambaia 178.883 178.883 595.903 595.903 700.075 178.883 41.240 53.286 76.185 - 650.384 Santa Maria 113.349 110.079 249.821 249.821 440.957 113.349 22.666 26.983 2.400 22.145 334.658 São Sebastião 83.349 55.010 240.665 240.665 257.733 74.431 10.767 14.063 25.854 54.436 156.230 Recanto das Emas 131.723 124.188 216.610 216.610 336.448 128.562 24.753 28.907 18.065 - 319.969 Lago Sul 27.348 15.748 200.520 200.520 452.832 27.348 4.291 4.438 1.055 62.740 175.337 Riacho Fundo 59.256 58.444 211.105 211.105 263.533 59.256 13.421 18.260 6.030 - 166.679 Lago Norte 33.220 27.752 167.968 167.968 332.917 33.220 3.990 6.031 66.353 106.665 139.751 Candangolândi a 17.949 17.949 69.353 69.353 69.066 17.949 3.385 4.693 - - 31.504 T O T A L 2.239.354 2.094.232 8.815.224 8.815.224 12.564.25 2 2.221.870 362.357 649.583 1.129.896 582.314 4.870.508 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 87 Figura 64 - Atendimento da população pelos sistemas de coleta (%) Fonte: Ministério das Cidades/SNIS. 2.4 INFRAESTRUTURA SOCIAL 2.4.1 Infraestrutura de Ensino Em 2007, havia 617 unidades escolares na rede pública, 456 escolas da rede particular conveniada e duas na rede federal, para atender ao Ensino Regular, Pré-escolar, Especial, Fundamental e Médio. Ainda em relação à infraestrutura física, o número de salas de aula existente no mesmo ano era de 8.232 na área pública urbana, 6.456 na rede privada e 91 na rede federal. O número de professores no mesmo ano era da ordem de 20.343 na rede pública, 11.251 na particular e 260 na federal. No mesmo ano de 2007, estavam matriculados 689.291 alunos – Ensino Especial, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Supletivo – sendo 512.460 na rede pública, 170.853 na rede particular e 3.478 na rede federal. Os alunos matriculados na rede pública urbana representam 95,5% do total. Estes números determinam um coeficiente médio de 24 alunos por professor na pública, 15 na privada e 13 na federal. No ensino profissionalizante, foram contemplados 31.867 alunos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC e 45.345 alunos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI (dados para o ano de 2004). No ensino superior, existem 75 instituições, dentre elas, duas universidades, quatro centros universitários, quatro faculdades integradas e 65 instituições de ensino superior (faculdades, escolas e institutos). Os estabelecimentos de ensino superior contam com um corpo docente de 8.637 professores, sendo 1.742 na área pública e 6.895 na particular (MEC). No segundo semestre de 2006, havia 122.853 alunos matriculados no ensino superior de graduação, o que equivale a dizer que, de toda população do DF, cerca de 5% são universitários. No entanto, o abandono escolar ainda é uma realidade na esfera pública de ensino do DF. As taxas de abandono nas séries iniciais são mais baixas do que no ensino médio. Nesta fase, a taxa de abandono permaneceu relativamente estável, acima de 10% nos anos de 2004 a 2007, baixando deste patamar em 2008 (Tabelas 24 e 25). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 2003 2004 2005 2006 2007 Percentual da população urbana atendida com freqüência diária pelo serviço de coleta de rdo [%] Percentual da população urbana atendida com freqüência de 2 ou 3 vezes por semana pelo serviço de coleta de rdo [%] Percentual da população urbana atendida com freqüência de 1 vez por semana pelo serviço de coleta de rdo [%] Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 88 Tabela 24- Matrículas totais e abandono no Distrito Federal, 2008. Matr. Abandono % Educação Infantil – Rede Pública 32437 955 2,94 Educação Infantil – Rede Particular conveniada 2398 146 6,09 Ensino Fundamental (9 anos) – Rede Pública 60751 786 1,29 Ensino Fundamental (9 anos) – Rede Particular conveniada 382 11 3,04 Ensino Médio – Rede Pública 63312 4954 7,82 Fonte: Secretaria de Educação - Censo Escolar 2009. Tabela 25 - Evolução da evasão escolar no Ensino Médio do DF, Rede Pública e Particular Conveniada, 2004-2008. Ano Matriculados Abandono Taxa de abandono (%) 2004 93977 12006 (12,78) 2005 84647 11190 13,22 2006 79180 10722 13,54 2007 73981 7956 10,75 2008 63312 4954 7,82 Fonte: Secretaria de Educação - Censo Escolar 2009. 2.4.2 Infraestrutura de Saúde A rede hospitalar do Distrito Federal conta com 55 hospitais particulares, 15 públicos, da Secretaria de Estado de Saúde, e 4 militares. Além dos hospitais, existem 62 centros e 44 postos de saúde. Esses hospitais oferecem um total de 6.785 leitos, dos quais 4.088 concernem à rede pública (Tabela 26). O DF dispõe, ainda, do Hemocentro de Brasília. Em Brasília está também localizado o Hospital de Reabilitação Sarah Kubitschek, criado em 1960, pertencente à Fundação das Pioneiras Sociais, entidade sujeita à supervisão direta do Ministério da Saúde, especializado no tratamento das doenças do aparelho locomotor, de origem congênita ou adquirida, que abrange as patologias do sistema nervoso central. O Hospital Sarah atende pacientes de todo o Brasil. Em 2007, as unidades apresentaram uma taxa média de ocupação hospitalar da ordem de 72,4%. O atendimento de pacientes para internação é expressivo na rede pública do Distrito Federal (Tabela 28). Cerca de 20,6% (21.713) do total de internações nos hospitais locais são preenchidos por pacientes residentes em outras Unidades da Federação, especialmente de Goiás. Esses pacientes, usualmente, são oriundos da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, a RIDE, e utilizam diversos equipamentos públicos, bem como outros serviços. Tabela 26 - Hospitais e Leitos – Distrito Federal – 2004. Especificação Total Públicos (SES) Particulares Militares Hospitais 72 15 55 2 Leitos 6.785 4.088 2.239 458 Fonte: SEPLAN – Anuário Estatístico Distrito Federal 2005. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 89 Tabela 27 - Unidades de saúde em funcionamento da Secretaria de Estado de Saúde - Distrito Federal - 2004-2008 Tipo de Unidade ANOS 2004 2005 2006 2007 2008 Hospitais 15 15 15 15 ... Centros de Saúde 61 61 60 61 ... Postos de Saúde 10 10 9 9 ... Diretoria de Saúde do Trabalhador – DISAT 1 1 1 1 ... Unidades Mistas de Saúde 3 3 3 3 ... Centro de Orientação Médico Psicopedagógico – COMPP 1 1 1 1 ... Centro de Atenção Psicossocial– CAPS 1 1 3 4 ... Central radiológica 1 1 1 1 ... Núcleos de inspeção 21 21 21 21 ... Laboratórios regionais 2 2 2 2 ... Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal – LACEN 1 1 1 1 ... Adolescentro - - 1 - ... Policlínica - - 1 1 ... Fonte: Secretaria de Estado de Saúde - Subsecretaria de Planejamento e Política de Saúde - SUPLAN - Núcleo de Documentação e Informação - Relatório Estatístico. Tabela 28 - Quantitativo, média mensal e percentual de internações de pacientes residentes dentro e fora do DF, de janeiro a dezembro de 2008 Unidade da Federação Quantitativo Média mensal Goiás 19.227 1.602 Minas Gerais 1.396 116 Bahia 796 66 Outros estados 294 25 Total de internações dos pacientes não residentes no DF 21.713 1.809 Total de internações nas unidades do DF 105.397 8.783 % internações de pacientes não residentes no DF 20,60% Fonte: Secretaria de Estado de Saúde - SUPRAC – Relatórios estatísticos mensais das Dras. Ao avaliarmos o número de registros de agravos gerados por zoonoses dentro do DF, verifica-se que as Regiões Administrativas de Ceilândia, Planaltina, Taguatinga, Samambaia e São Sebastião apresentam o maior número de agravos registrados, o que pode indicar maior vulnerabilidade a que estão sujeitas as populações residentes nestas localidades. Com relação à dengue, os maiores coeficientes de incidência, no ano de 2007, ocorreram nas seguintes localidades: São Sebastião, SCIA (Estrutural) e Candangolândia, respectivamente com 186,8, 130,7, e 50,4 casos por 100.000 habitantes. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 90 Ao avaliarmos a contaminação por esquistossomose no Distrito Federal, no ano de 2007,foi verificado que as localidades com os maiores coeficientes de incidência,em ordem decrescente,foram: Sobradinho II, São Sebastião e Samambaia. Com relação à hantavirose foi observado pela Secretaria de Saúde que,em 2004, o maior número de casos foi registrado em São Sebastião.Em 2005 e em 2007, em Planaltina, e, em 2006, em Brazlândia, provavelmente em virtude das atividades agropecuárias e pela vegetação constituída de capim braquiária nessas localidades, que favorecem a proliferação do roedor-reservatório. Ao avaliarmos a contaminação por leishmaniose tegumentar americana, verificou-se que a região administrativa de São Sebastião apresentou os maiores coeficientes de incidência em 2003, em 2006 e em 2007. Candangolândia apresentou a maior incidência, em 2004, e o Lago Norte (incluindo o Varjão), em 2005. No caso da leishmaniose visceral, no ano de 2005, 2006 e 2007, foram registrados, respectivamente, 2, 6 e 5 casos autóctones, sendo que todos os casos tiveram como local de infecção as regiões de Sobradinho ou Sobradinho II. Com relação à leptospirose, no ano de 2007, Taguatinga representou o local com maior número de casos em residentes. Todavia, o maior coeficiente de incidência foi registrado no Riacho Fundo II. Taguatinga foi a localidade da provável fonte de infecção do maior número de casos autóctones registrados em 2007.De 2003 a 2007, as infecções por leptospirose ocorreram mais freqüentemente em áreas urbanas, exceto em 2004, quando o predomínio de ocorrência foi em área rural. A Tabela 29 e a Figura 65apresentam o número de agravos registrados por zoonoses no DF, por Região Administrativa. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 91 Tabela 29 – Número de agravos registrados por zoonoses no DF Região Administrativa Leptospirose 2003 a 2007 Leishmaniose Tegumentar 2003 a 2007 Leishmaniose Visceral 2004 a 2007 Hantavirose 2004 a 2007 Esquistossomose 2007 Dengue 2003 a 2007 Águas Claras 1 0 0 0 0 10 Asa Norte 6 4 2 0 0 74 Asa Sul 1 6 1 1 1 36 Brazlândia 4 5 1 6 0 17 Candangolândia 2 4 1 0 0 30 Ceilândia 20 34 6 2 0 220 Cruzeiro 1 6 1 0 0 39 Gama 4 9 1 3 0 99 Guará 18 8 3 2 0 150 Itapoã 1 1 0 0 0 5 Jardim Botânico 0 0 0 0 0 0 Lago Norte 3 4 1 0 0 15 Lago Sul 0 0 1 1 0 14 N. Bandeirante 5 4 1 0 0 53 Paranoá 5 9 1 4 0 48 Park Way 0 0 0 0 0 2 Planaltina 14 23 7 10 3 296 Recanto das Emas 3 4 3 2 1 70 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 92 Tabela 29 – Número de agravos registrados por zoonoses no DF Região Administrativa Leptospirose 2003 a 2007 Leishmaniose Tegumentar 2003 a 2007 Leishmaniose Visceral 2004 a 2007 Hantavirose 2004 a 2007 Esquistossomose 2007 Dengue 2003 a 2007 Riacho Fundo I 5 3 0 0 0 33 Riacho Fundo II 1 1 0 0 0 8 Samambaia 12 7 0 0 4 126 Santa Maria 1 4 2 0 1 43 São Sebastião 5 31 1 17 2 171 SCIA - Estrutural 0 0 1 0 0 22 SIAA 0 0 0 0 0 1 Sobradinho 17 23 10 5 1 153 Sobradinho II 0 0 3 0 3 23 Sudoeste/Octogonal 0 1 0 0 0 1 Taguatinga 20 14 4 3 2 215 Varjão 0 0 0 0 0 3 Total DF 149 205 51 56 18 1977 Fonte: Secretaria de Saúde - Diretoria de Vigilância Epidemiológica.(Relatório Epidemiológico de Agravos de Notificação Compulsória - Distrito Federal 2007) Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 93 Figura 65 – Distribuição da ocorrência de zoonoses e doenças de veiculação hídrica por Região Administrativa do DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 94 Tema – SOCIOECONOMIA 3 Subtema3 – ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 95 3.1 INTRODUÇÃO As atividades econômicas do Distrito Federal podem ser genericamente caracterizadas como concentradas no setor de serviços públicos, com uma pequena participação das atividades industriais e uma ainda menor, quase insignificante, contribuição das atividades agropecuárias. A Capital Federal desempenha principalmente as funções político-administrativas e, por isso, suas atividades econômicas encontram-se concentradas na prestação de serviços, nas atividades de administração pública federal e local. Como em toda generalização, nessa podem ser encontrados aspectos que refletem a realidade, assim como caricaturas do atual quadro da economia do Distrito Federal. Ficarão evidentes, neste diagnóstico, as mudanças que têm ocorrido ao longo das cinco décadas da Capital da República e diferenças significativas existentes entre diferentes espaços geográficos dentro do território do Distrito Federal. Essas especificidades temporais e espaciais precisam ser evidenciadas em qualquer diagnóstico que vise a subsidiar um zoneamento ecológico e econômico. 3.2 ESTRUTURA PRODUTIVA DO DF 3.2.1 Caracterização geral das atividades econômicas Ao longo das últimas cinco décadas, o desenvolvimento econômico do DF ocorreu em três estágios distintos. O primeiro estágio foi caracterizado pelo período da inauguração da Capital Federal, onde a construção civil foi o principal setor de absorção de mão-de-obra local. O segundo estágio foi o da consolidação do Governo Federal na década de 1980, permitindo ao setor público maior parcela na composição do PIB regional. O terceiro período, composto pela década de 1990 e o início do novo milênio, tem se sustentado na construção civil, no comércio, no setor público e, principalmente, nos serviços em geral. Percebe-se uma lenta, mas efetiva, diversificação das atividades econômicas do Distrito Federal. Um indicador usualmente utilizado por economistas para resumir o desempenho econômico de um espaço geográfico é o produto interno bruto – PIB: somatório do valor monetário de todos os bens e serviços produzidos por unidade de tempo, em geral um ano. O PIB do Distrito Federal, em 2007, atingiu o valor de R$ 99,9 milhões (Tabela 30). Em termos agregados, oSetor de Serviços contribuiu com 93,16% do PIB, o Setor Industrial com 8,17% e o Agropecuário com 0,58%. Ainda de acordo com a Tabela 30, podemos perceber, de forma um pouco mais desagregada, que merecem destaque os subsetores de Administração Pública, Serviços de Intermediação Financeira e Atividade Imobiliária e de Aluguéis com 53,76%,10,00% e 6,43%, respectivamente. Se considerarmos o valor do PIB do DF dividido pela sua população, chegamos a outro indicador: o PIB per capita. Com esse cálculo, chegamos a um PIB per capita que é o mais elevado entre os de todas as unidades da Federação brasileira. Como pode ser visto na Tabela 31, o PIB per capita do Distrito Federal para o ano de 2007(R$ 40.690,00) é superior ao de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores PIB brasileiros (Tabela 31). Não se pode esquecer, no entanto, que o indicador PIB per capita é uma média. Ele está sujeito a variações significativas entre o seu valor mínimo e seu valor máximo, em uma sociedade onde a distribuição de renda é desigual. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 96 Tabela 30 - Produto Interno Bruto a Preços de Mercado - Distrito Federal – 2007 Setores PIB Em Milhões de R$ % Agropecuária 262 0,29 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 193 0,21 Pecuária e Pesca 69 0,08 Indústria 5.879 6,55 Indústria Extrativa Mineral 9 0,01 Indústria de Transformação 1.366 1,52 Construção Civil 3.230 3,60 Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza 1.274 1,42 Serviços 83.658 93,16 Comércio e serviços de manutenção e reparação 5.959 6,64 Alojamento e Alimentação 1.139 1,27 Transportes, Armazenagem e Correio 2.024 2,25 Serviços de informação 3.105 3,46 Intermediação Financeira, seguros e previdência complementar 8.983 10,00 Serviços prestados às famílias e associativos 2.156 2,40 Serviços prestados as empresas 3.099 3,45 Atividade Imobiliária. Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 5.772 6,43 Administração, saúde e educação públicas 48.272 53,76 Saúde e Educação Mercantis 2.547 2,84 Serviços Domésticos 602 0,67 Valor Adicionado Bruto a preços básicos 89.799 --- (+) Impostos sobre produtos, líquidos de Subsídios 10.146 --- PIB a Preços de Mercado 99.946 --- Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e Companhia de Planejamento do Distrito Federal - CODEPLAN. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 97 Tabela 31- Produto Interno Bruto per capita - Ranking por Estado – 2007 Estado PIB Em R$1,00 Ranking Distrito Federal 40.696 1º São Paulo 22.667 2º Rio de Janeiro 19.245 3º Espírito Santo 18.003 4º Santa Catarina 17.834 5º Rio Grande do Sul 16.689 6º Paraná 15.711 7º Mato Grosso 14.954 8º Fonte: Secretaria de Estado de Planejamento, Coordenação e Parcerias. 3.2.2 Caracterização Setorial e Espacial da Economia Antes de detalhar diferenças espaciais nas atividades econômicas do Distrito Federal, é relevante aprofundar nosso conhecimento sobre as especificidades de cada um dos seus setores econômicos. 3.2.2.1 Setor Agropecuário Segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA existem no DF 17.915 imóveis rurais que ocupam uma área de aproximadamente 245.000 hectares. Aproximadamente metade das propriedades rurais possui área variando entre 2 a 5 hectares e aproximadamente 81% das propriedades rurais possuem área variando entre 2 a 25 hectares, ou seja, apresentando um perfil predominantemente formado por pequenas e médias propriedades, conforme pode ser observado na Tabela 32. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 98 Tabela 32 - Distribuição do número de propriedades rurais por classes de área (ha) Localidade Estratificação Até 2 ha 2 a 5 ha 5 a 20 ha 20 a 75 ha 75 a 100 ha 100 a 300 ha 300 a 500 ha >500 ha Totais Alex. Gusmão 158 473 209 44 3 0 0 0 887 Brasília 400 1908 91 8 3 3 0 0 2413 Brazlândia 28 763 362 138 40 5 1 5 1342 Ceilândia 206 503 370 79 12 16 1 1 1188 Gama 0 1343 277 280 34 14 4 1 1953 Jardim 13 68 46 37 7 32 8 7 218 Pad-Df 0 248 58 6 0 8 5 3 328 Paranoá 343 1.145 275 80 28 19 6 5 1901 Pipiripau 0 108 18 56 8 15 4 5 214 Planaltina 15 800 283 176 48 18 9 5 1354 Rio Preto 3 32 53 61 101 96 6 8 360 São Sebastião 380 2.115 117 48 5 15 6 11 2697 Sobradinho 533 727 371 267 80 32 5 5 2020 Tabatinga 1 4 61 183 3 8 5 6 271 Taquara 9 18 144 83 26 21 12 5 318 Vargem Bonita 198 89 162 2 0 0 0 0 451 Total 2287 10344 2897 1548 398 302 72 67 17915 Fonte: EMATER/DF - Gerência de Programação e Orçamento - GEPRO A participação do Distrito Federal no PIB agrícola nacional é bastante reduzida. Segundo dados do IBGE o Distrito Federal participa com apenas 0,3% da produção agrícola nacional, quando considerada a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (Figura 66). Em volume as culturas produzidas localmente com maior importância são milho e soja. Figura 66 - Participação dos estados brasileiros na produção agrícola nacional Fonte: IBGE, Indicadores da Produção Agrícola – junho de 2010. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 99 Todavia ao analisarmos a produtividade média por hectare, verifica-se que o Distrito Federal fica em segundo lugar no cenário nacional, registrando produtividades médias de 4.531 toneladas por hectare, atrás somente da produtividade registrada no Estado de Santa Catarina (Figura 67). O ótimo desempenho das produtividades agrícolas do DF pode ser atribuído aos seguintes aspectos: Difusão de tecnologias inovadoras apropriadas e adotadas, tais como, introdução de novas cultivares/híbridos, manejo correto dos solos e água, adubação de plantio e cobertura, manejo integrado de pragas e doenças, irrigação, inoculação de sementes de soja e feijão controle biológico, cultivos de safrinhas, plantio direto, sistemas de cultivos protegidos, mecanização com plantadeiras de alta precisão, melhoria de comercialização através da padronização e classificação, manejo pós- colheita, exportação, etc.; Uso racional dos recursos naturais; Assistência Técnica e Extensão Rural em todo o território do Distrito Federal; Ensino (Universidade Nacional de Brasília e várias faculdades ligadas ao setor), e Pesquisa Oficial (EMBRAPA Cerrados, Cenargen e CNPH); Políticas governamentais (no âmbito federal e estadual, como, por exemplo, Plano de Desenvolvimento Rural - Pró-Rural), Empresas Privadas, Crédito Rural através de Bancos Oficiais (BRB, BB) e privados; Exigência de mercado local e nacional; Capacitação da mão-de-obra (em culturas, gerenciamento, máquinas e equipamentos agrícolas, etc.); Profissionalização dos produtores rurais e das cooperativas; Microclima seco que dificulta o aparecimento de doenças no período de inverno; Fatores climáticos favoráveis durante as safras. Desta forma, o Distrito Federal pode ser considerado um exemplo aos demais estados, no que diz respeito à difusão de tecnologias inovadoras, uso racional dos recursos naturais, assistência técnica e extensão rural, pesquisas, e capacitação e profissionalização dos produtores rurais. Desta forma, tornando a produtividade das maiorias das culturas no Distrito Federal acima a da média nacional. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 100 Figura 67 – Produtividade agrícola média nos Estados da Federação- em julho de 2010 No Distrito Federal a prática agropecuária represente somente 0,7% do valortotal da produção de todas as atividades econômicas do Distrito Federal, gerado por um número limitado de empreendimentos produtivos, conforme apresentado na Tabela 33. De acordo com o anuário estatístico do DF as principais Regiões Administrativas envolvidas com o desenvolvimento das atividades agropecuárias são: Planaltina, Paranoá, Brazlândia, Sobradinho e São Sebastião. È importante destacar que atividades não propriamente agropecuárias podem estar sendo desenvolvidas no meio rural do Distrito Federal, com certa relevância econômica. Infelizmente, não há dados sistematizados que permitam maiores detalhamentos sobre a relevância dessas atividades. Nesse contexto, deve-se referenciar que Lima (2004) menciona um estudo realizado pelo SEBRAE/DF que indica a existência de 65 (sessenta e cinco) propriedades que atuam em diferentes atividades como pesque-pagues, restaurantes rurais que servem comidas típicas, chácaras de lazer, hotéis - fazendas, casas de chá colonial e sítios pedagógicos que desenvolvem projetos de educação ambiental e preservação da natureza. São empresas que podem ser definidas como prestadoras de serviços de turismo em espaço rural, com administração familiar, de pequeno porte e totalmente dependentes de turistas de final de semana. Poucas são as que conseguem manter alguma atividade durante a semana. Atuam em uma atividade econômica em desenvolvimento e ainda não estratificada economicamente. Para desenvolver suas atividades agropecuárias, o Distrito Federal conta com ajuda a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER responsável pelas atividades de extensão rural, a EMBRAPA Cerrados que desenvolve pesquisas na área de produção rural e a Central de 2,287 1,655 2,180 3,983 2,192 0,993 2,863 1,711 1,435 0,341 0,695 0,502 0,603 0,738 3,512 2,296 3,583 1,674 2,158 3,305 3,695 4,664 3,445 3,264 3,117 3,435 4,531 0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 4,000 4,500 5,000 t/ h a R o n d o n ia A c re A m a z o n a s R o ra im a P a rá A m a p á T o c a n ti n s M a ra n h ã o P ia u í C e a rá R io G ra n d e d o N o rt e P a ra íb a P e rn a m b u c o A la g o a s S e rg ip e B a h ia M in a s G e ra is E s p ír it o S a n to R io d e J a n e ir o S ã o P a u lo P a ra n á S a n ta C a ta ri n a R io G ra n d e d o S u l M a to G ro s s o d o S u l M a to G ro s s o G o iá s D is tr it o F e d e ra l Produtividade Média em Julho de 2010 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 101 Abastecimento – CEASA. Além disso, o programa Pró - Rural/DF – RIDE oferece aos produtores um conjunto de incentivos que objetivam o aumento da renda e a geração de empregos por meio da implantação, modernização, ampliação e reativação de estabelecimentos produtivos. A Tabela 33 aponta o número de empreendedores da área rural do DF por tipo de atividade, ou seja, de natureza familiar ou patronal. Tabela 33 - Número de empreendedores da área rural do DF por tipo de atividade Localidade Número de Empreendedores Atividade predominantemente agropecuária Familiar Patronal Alex. Gusmão 486 410 Brasília 235 435 Brazlândia 771 358 Ceilândia 356 447 Gama 348 757 Jardim 174 57 PAD-DF 232 152 Paranoá 181 518 Pipiripau 216 62 Planaltina 578 381 Rio Preto 307 112 São Sebastião 484 324 Sobradinho 427 343 Tabatinga 136 106 Taquara 402 62 Vargem Bonita 172 243 Total 5505 4767 Fonte: EMATER/DF - Gerência de Programação e Orçamento - GEPRO A pequena participação do PIB agropecuário no PIB total do Distrito Federal não significa que problemas ambientais (potenciais ou efetivos) relacionados ao setor agropecuário sejam inexistentes. Neste sentido, merecem ser destacadas a ocorrência de processos erosivos, a elevada demanda hídrica para as culturas irrigadas (maior ênfase na bacia do rio Preto), a contaminação dos recursos hídricos por defensivos e fertilizantes e a questão do desmatamento da cobertura vegetal de Cerrado provocando a perda de biodiversidade. As tabelas 34 a 43 apresentam os dados de produção agropecuária no Distrito Federal no período entre 2004 a 2008. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 102 Tabela 34 - Área e produção de grandes culturas no Distrito Federal – 2004-2008 Grandes Culturas Ano / Safra 2004 (2003/2004) 2005 (2004/2005) 2006 (2005/2006) 2007 (2006/2007) 2008 (2007/2008) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) DISTRITO FEDERAL Produção 112.758,50 404.539,60 126.270,60 522.340,80 126.212,20 490.349,31 126.145,22 540.659,98 129.831,64 632.685,15 Formação 13,00 - 13,00 - 6,00 - 14,50 - 81,50 - Arroz 100,45 198,36 149,85 500,02 38,00 38,00 216,25 789,38 - - Feijão 14.619,10 18.488,21 14.578,00 36.798,65 17.962,00 34.210,10 18.532,50 45.369,65 18.578,13 45.972,82 Milho 33.117,00 187.667,64 36.699,46 226.952,80 39.509,00 234.256,88 41.355,97 264.424,02 48.535,46 325.707,00 Soja 50.383,70 134.639,00 59.017,00 188.721,00 53.979,00 146.569,07 52.606,00 142.737,80 48.711,50 153.296,70 Trigo 2.158,49 10.973,71 1.130,00 6.189,50 1.470,00 7.650,00 2.737,00 14.479,10 2.048,00 6.980,00 Café - - Produção 917,50 1.806,44 933,05 1.828,84 1.415,35 1.831,05 941,35 1.876,83 1.253,90 1.954,68 Formação 13,00 - 13,00 - 6,00 - 14,50 - 81,50 - Outras 11.462,30 50.766,24 13.763,24 61.349,99 11.838,85 65.794,21 9.733,05 70.983,20 10.704,65 98.773,95 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 103 Tabela 35- Área e produção de hortaliças no Distrito Federal – 2004-2008 Hortaliças Ano / Safra 2004 (2003/2004) 2005 (2004/2005) 2006 (2005/2006) 2007 (2006/2007) 2008 (2007/2008) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) DISTRITO FEDERAL 6785,35 165882,21 7259,96 157265,49 7590,73 196058,20 7145,36 183335,30 6540,74 170399,56 Alface 574,74 11332,25 749,69 14430,35 890,00 17835,30 782,64 14508,50 743,13 14315,35 Batata 25,35 650,30 215,25 5408,30 212,00 5307,00 2,00 60,00 136,60 4866,00 Beterraba 421,18 8967,00 440,35 9569,48 434,10 9184,73 417,40 8981,90 369,45 7799,40 Cenoura 968,85 24927,50 952,50 25190,70 914,40 23924,44 738,35 18797,40 512,23 13213,89 Milho Verde 764,15 10594,98 694,15 9115,43 705,50 9556,50 655,00 6597,86 316,99 3181,76 Pimentão 212,36 11494,46 215,84 12647,85 218,89 14526,53 213,80 15184,26 205,01 15814,85 Repolho 253,07 8407,60 271,67 9363,99 273,92 9694,03 180,16 7971,05 170,62 7619,76 Tomate 228,68 14706,72 280,68 18977,60 279,22 18537,11 382,86 25803,51 267,81 17810,90 Outras 3336,97 74801,40 3439,83 77752,49 3663,62 87491,96 3773,15 85430,82 3818,90 85777,65 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 104 Tabela 36 - Área e produção de frutíferas no Distrito Federal – 2004-2008 Frutíferas Ano / Safra 2004 (2003/2004) 2005 (2004/2005) 2006 (2005 / 2006) 2007 (2006 / 2007) 2008 (2007/ 2008) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) Área (ha) Produção (t) DISTRITO FEDERAL 1.929,35 35.552,17 1.796,45 36.216,48 1.811,19 35.614,50 1.439,49 32.614,22 1.506,36 34.854,96 Banana 130,30 1.957,16 142,32 2.153,99 151,83 2.232,13 200,85 3.858,05 211.44 4.271,65 Goiaba 227,458.229,70 251,80 8.856,70 257,40 9.513,23 252,60 9.693,60 274.82 9.938,25 Laranja 411,00 12.469,33 409,68 11.213,64 409,50 11.252,80 182,00 4.209,20 182,20 4.214,20 Limão 288,80 3.228,72 237,40 2.698,40 222,70 2.729,10 223,01 4.324,92 216,87 4.884,00 Maracujá 121,53 1.866,59 112,02 1.762,01 100,17 1.554,04 129,05 2.267,75 142,86 2.664,15 Manga 370,00 2.250,95 256,80 1.936,36 272,79 1.630,78 73,45 818,50 76,45 926,50 Tangerina 142,75 2.479,33 142,75 2.465,08 139,25 2.257,68 139,61 2.806,70 122,80 2.536,80 Outras 237,52 3.070,39 243,68 5.140,30 257,55 4.444,74 238,92 4.635,50 278,92 5.419,41 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 105 Tabela 37- Efetivo de rebanho bovino, produção de carne e leite no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Rebanho Bovino Produção de Carne (kg) Produção de Leite (litros) 2004 114.685 5.166.305 38.887.750 2005 100.900 4.549.620 33.466.820 2006 98.736 4.510.995 34.122.020 2007 101.593 4.681.450 35.635.900 2008 102.481 3.163.945 36.426.840 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Tabela 38 - Efetivo do rebanho suíno e produção de carne no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Rebanho Suíno Produção de Carne (kg) 2004 119.953 10.640.775 2005 112.719 10.336.860 2006 136.254 10.989.960 2007 145.114 13.680.680 2008 155.183 12.285.753 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Tabela 39 - Efetivo do rebanho ovino e produção de carne no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Rebanho Ovino Produção de Carne (kg) 2004 17.504 98.518 2005 16.024 80.626 2006 19.027 99.498 2007 20.390 101.794 2008 20.930 71.946 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Tabela 40- Efetivo do rebanho caprino, produção de carne e produção de leite no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Rebanho Caprino Produção de Carne (kg) Produção de Leite (litros) 2004 2.561 12.754 178.650 2005 2.542 13.454 134.750 2006 2.580 14.742 81.675 2007 2.140 10.934 85.014 2008 1.899 6.258 91.556 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 106 Tabela 41 - Efetivo das aves, produção de carne e ovos no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Efetivo de Aves Produção de Carne (kg) Produção de Ovos (dz) 2004 10.542.475 91.244.554 39.589.149 2005 9.909.681 110.507.079 35.028.525 2006 10.722.663 118.183.103 44.227.718 2007 12.382.889 123.550.407 39.772.404 2008 12.119.972 126.816.524 28.841.652 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Tabela 42 - Área inundada e produção de carne na piscicultura no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Lâmina d'Água (ha) Produção de Pescado (kg) 2004 136,21 484.440 2005 151,08 536.630 2006 155,38 787.530 2007 152,62 815.834 2008 139,55 727.464 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Tabela 43 - Número de colmeias e produção de mel no Distrito Federal – 2004-2008 Distrito Federal Nº de Colmeias Produção de Mel (kg) 2004 1.357 26.428 2005 1.395 27.479 2006 1.514 31.478 2007 1.658 30.605 2008 1.529 36.084 Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Gerência de Programação e Orçamento. Com relação à dominialidade das terras, a área rural do DF é marcada pela coexistência de três situações de propriedade ou de acesso a terra. A primeira é configurada pelas terras que estão sob propriedade pública, desapropriadas ao longo dos anos e que são dedicadas a atividades agropecuárias via áreas arrendadas ou concessão de uso. A segunda situação é a que comporta as terras que estão com o setor privado. A terceira comporta as ocupações irregulares e posses, concentradas nas áreas de domínio público. A Figura 68 representa a distribuição das unidades produtivas segundo a condição legal do produtor. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 107 Figura 68 - Número de empreendimentos agropecuários por condição legal do produtor. Fonte: IBGE. PAM/ 2007 - Produção agrícola municipal 2007 - Culturas temporárias e permanentes As áreas sob controle público que são arrendadas funcionam basicamente como parte da estrutura de produção agropecuária da região centro-oeste, enquanto as outras áreas exercem fundamentalmente a função de moradia. Não obstante, a reduzida dimensão da área rural do Distrito Federal e a inexistência de uma política agropecuária distrital, dentre outras razões, fazem com que a prática agropecuária represente somente, 0,7% do valor da produção das 33 atividades econômicas do Distrito Federal. Quanto ao uso da terra nas áreas rurais do Distrito Federal é possível, segundo dados do IBGE (2007), identificar 15 classes de utilização dos recursos naturais disponíveis. A Figura 69 apresenta a distribuição das propriedades rurais quanto ao uso que essas fazem. 3407 426 3 93 5 7 14 Proprietário individual Cooperativa Insituição de utilidade pública Governo (federal, estadual ou municipal) Outra condição quanti… Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 108 Figura 69 - Número de estabelecimentos agropecuários por uso da terra. Fonte: IBGE. PAM/ 2007 - Produção agrícola municipal 2007 - Culturas temporárias e permanentes 1858 3105 3385 101 1386 244 1262 2086 511 116 64 500 3632 58 332 Lavouras - permanentes Lavouras - temporárias Lavouras - área plantada com forrageiras para corte Pastagens - naturais Pastagens - plantadas degradadas Pastagens - plantadas em boas condições Matas e/ou florestas - naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legal Matas e/ou florestas - florestas plantadas com essências florestais Tanques, lagos, açudes e/ou área de águas públicas para exploração da aquicultura Construções, benfeitorias ou caminhos Terras degradadas (erodidas, desertificadas, salinizadas, etc.) Terras inaproveitáveis para agricultura ou pecuária (pântanos, areais, pedreiras, etc.) Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 109 Dentre as áreas produtivas 1.738 unidades usam o cultivo convencional como sistema de preparo do solo. Segundo a EMBRAPA O preparo primário no sistema convencional consiste em operações que visam principalmente à eliminação e/ou enterrio da cobertura vegetal, normalmente realizadas com arados de disco ou de aiveca e grade aradora. Este sistema deixa o solo com boa aeração na camada arável, facilitando o plantio de sementes e também facilita o controle de pragas, porém apresenta varias desvantagens: aumenta a erosão, maior perda de água do solo, maiores amplitude térmica e demanda de mão-de-obra e equipamentos. Já o sistema de plantio direto na palha é o menos utilizado na região do DistritoFederal, devido a seu custo mais elevado, porém é aquele que apresenta menores perdas econômicas e maior eficiência no processo produtivo. A Figura 70 evidencia a alocação das unidades produtoras do DF conforme o sistema de preparo do solo adotado. Figura 70 - Número de empreendimentos por sistema de preparo do solo. Fonte: IBGE. PAM/ 2007 - Produção agrícola municipal 2007 - Culturas temporárias e permanentes As principais culturas da lavoura temporária no Distrito Federal são a cana-de-açúcar, o feijão de cor em grão, feijão fradinho em grão, mandioca, milho em grão, soja e trigo em grãos. A produção total dessas culturas no ano de 2007 (IBGE) foi de R$ 106.786.000,00, merece destaque a produção de soja que gerou R$ 45.047.000,00 com a produção de 110.173 toneladas do grão no período em questão. Apesar de em termos financeiros a soja ser a maior cultura da região, em volume o milho é o principal grão com 122.092 toneladas produzidas. A Figura 71 destaca o produto gerado pela lavoura temporária no DF segundo suas principais culturas. 1738 1266 533 Cultivo convencional (aração mais gradagem) ou gradagem profunda Cultivo mínimo (só gradagem) Plantio direto na palha Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 110 Figura 71 - Produção – lavoura temporária – em mil reais. Fonte: Dados: IBGE. PAM/ 2007 - Produção agrícola municipal 2007 - Culturas temporárias e permanentes Quanto à lavoura permanente o destaque é da produção de laranja que com 10.117 toneladas gera R$ 3.446.000,00. Pela Figura 72 percebe-se a pequena variedade de culturas permanentes na cesta de produção agrícola do DF. Figura 72 - Produção – lavoura permanente – em mil reais. Fonte: IBGE. PAM/ 2007 - Produção agrícola municipal 2007 - Culturas temporárias e permanentes. No Anexo C deste Diagnóstico encontram-se 7 (sete) tabelas fornecidas pela EMATER / DF. Os dados nelas apresentados reafirmam alguns dos resultados já destacados anteriormente no texto sobre a importância e o desempenho da agropecuária do Distrito Federal, onde cabem os seguintes comentários: a) Com relação ao número de pessoas empregadas nas atividades rurais no ano de 2009, foi contabilizado um total de 34.449indivíduos empregados, o que corresponde 3,4% do total de pessoas ocupadas no DF, com destaque para os empregos gerados a cultura de 1396 23324 1433 3230 30577 45047 1779 Cana-de-açúcar Feijão de cor em grão Feijão fradinho em grão Mandioca (aipim, macaxeira) Milho em grão Soja em grão Trigo em grão 640 2825 334 3446 banana café arábica em grãos (verde) Café canephora (robusta, conilon) em grão (verde) laranja Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 111 hortaliças que empregam o maior número de pessoas, seguido das grandes culturas, da pecuária de bovinos e suínos (Tabela C.1); b) Com relação ao uso das terras rurais destacam-se as áreas ocupadas por culturas de inverno/verão, grandes culturas e áreas ocupadas por pastagens, totalizando 375.868 hectares, o que corresponde a aproximadamente 90% das áreas rurais existentes no DF (Tabela C.2); c) O Distrito Federal destaca-se na produção de grãos, hortaliças e frutíferas, que ocupam respectivamente 92,22 %, 5,45 % e 1,17 % da área cultivada e 62,53 %, 25,09 % e 4,18 % da produção obtida na safra de 2008/2009. Na produção de grãos as culturas da soja, milho e feijão são as culturas de maior expressão, e respondem por 83,74 % da área cultivada e 58,42 % da produção obtida. A produção de hortaliças, na safra de 2009, respondeu por 5,45 % da área cultivada e 25,09 % da produção colhida, com destaque para as culturas da cenoura, beterraba, mandioca-de-mesa, milho verde, alface e tomate. A fruticultura tem como maior expressão as culturas da banana, laranja, limão tahiti, goiaba, tangerina e maracujá (Tabela C.3); d) A população rural existente no DF de 127.570 habitantes resulta em uma densidade populacional da área rural de 0,3 habitantes/hectare, ressaltando a concentração populacional do DF nas áreas urbanas. As maiores concentrações observadas na população rural encontram-se nas Regiões Administrativas de Sobradinho, São Sebastião, Brazlândia e Paranoá (Tabela C.4); e) Com relação a comercialização / armazenamento ressalta-se a boa estrutura disponível, contando atualmente com 238 estruturas de armazenamento com capacidade para armazenar 553.782 toneladas, e 116 estruturas de comercialização envolvendo o mercado produtor, varejista e feiras livres (Tabela C.5); f) A agricultura orgânica começa a ter destaque no processo de produção rural, onde o DF conta atualmente com 180 produtores orgânicos e mais 450 produtores em processo de transição para a agricultura orgânica, que ocupam 430 hectares destinados a prática agrícola e 594 hectares destinados a pastagem, totalizando 1.024 hectares sob regime de práticas orgânicas (Tabela C.6); g) Com relação à prática de culturas irrigadas o DF conta com um total de 22.188 hectares irrigados, que se encontram distribuídos entre culturas permanentes e temporárias, esta última com maior significância em termos de área plantada (20.327 ha), com destaque para a fruticultura, hortaliças e grãos (feijão, milho, soja e trigo) (Tabela C.7). 3.2.2.2 Setor Industrial O setor industrial do Distrito Federal desenvolveu-se no sentido de atender à demanda dos órgãos governamentais, com algumas empresas, no entanto, voltadas para as demandas da população, em geral, em particular em termos de atividades de construção civil. A Tabela 44 apresenta informações pormenorizadas sobre os tipos de atividade econômica desempenhados pela indústria no Distrito Federal, assim como o total de empreendimentos e o porte. O setor industrial é, atualmente, composto predominantemente por microempresas voltadas para a produção de bens de consumo. Não obstante, o reduzido nível de absorção da mão-de-obra (aproximadamente 3,5% do total) denota o papel secundário que o setor ainda desempenha na economia do Distrito Federal. Apesar da escassez de informações detalhadas, podemos identificar algumas tendências nas atividades industriais entre Regiões Administrativas do Distrito Federal. A Tabela 45 evidencia uma Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 112 clara tendência de crescimento no número de empresas industriais em todas as RAs, entre 1994 e 1996. Essa tendência é alterada em 1998quando cai o número de empresas industriais. Apesar desta inflexão no ritmo de crescimento do número de empresas, as RAs em questão concentram quase 40% das empresas industriais existentes no Distrito Federal. Taguatinga e Ceilândia merecem destaque. Essa é uma informação relevante, pois sugere que a embrionária dinâmica industrial do Distrito Federal deverá envolver as RAs da bacia hidrográfica do Rio Descoberto. Isso, sem dúvida, terá consequências para a demanda futura de água na área. O Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial 2006 - 2015, elaborado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal – FIBRA, aponta que o futuro desejado pelos empresários para o setor combina a expansão e a diversificação da base industrial do DF, por meio do aumento da sua competitividade e produtividade. A viabilização do cenário desejado pelo Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial - PDI/DF reforça a necessidade de consolidação das atividades industriais instaladas nas Áreas de Desenvolvimento Econômico e do adensamento das principais cadeias produtivas, de modo a favorecer o aproveitamento do potencial de consumo do mercado interno e das oportunidades de inserção dos produtos do DF nos comércios nacional e internacional. O Plano Estratégico de Desenvolvimento Industrial – PDI/DF tem como meta a elevação da participação da atividade industrialno PIB do DF, passando de 7,7% registrado em 2003 para 14,1% em 2015, respeitando-se as vocações industriais do DF para indústrias limpas, serviços industriais e atividades intensivas em inovação e tecnologia. Os segmentos industriais considerados prioritários pelo PDI/DF são: alimentos e bebidas, construção civil, editorial e gráfica, eletroeletrônicos, grãos, lavanderia e tinturaria, madeira e mobiliário, metal mecânico, reparação, tecnologia da informação e comunicação, e por fim têxtil e vestuário. A Tabela 44 apresenta o número de empresas do setor industrial no ano de 2002, onde se verifica o predomínio das microempresas, destacando a importância deste segmento no contexto industrial local. A Tabela 45 apresenta as informações do Cadastro Industrial do DF para o ano de 2010, onde verifica-se um total de 4.794 empresas industriais de pequeno, médio e grande porte; que estão distribuídas por todas as regiões administrativas do Distrito Federal, com destaque para Brasília, Taguatinga, Ceilândia e Guará. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 113 Tabela 44 - Empresas de Indústria Extrativa Mineral e de Transformação por Atividade Econômica, segundo o Porte – Distrito Federal – 2002. Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte * Microempresa* Total 2.337 727 123 1.487 Gráfica 606 205 55 346 Produtos Agroindustriais e Alimentícios 226 76 8 142 Metalúrgica 308 67 16 225 Utilidade Pública e Outras 77 55 - 22 Vestuário, Calçado e Têxtil 417 47 12 358 Minerais não Metálicos 88 40 4 44 Extração e Tratamento de Minerais 41 39 2 - Mobiliário 183 35 8 140 Bebidas e Gelo 22 22 - - Madeira 137 21 8 108 Perfumaria, Higiene e Limpeza 19 - 2 17 Material Plástico 17 - 2 15 Outras 196 120 6 70 Fonte: SEF – Cadastro Fiscal do Distrito Federal – Dados elaborados pela SDE. – O estatuto das micro e pequenas empresas (lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999) define como Microempresa a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual de igual ou inferior a R$244.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte é definida como a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual superior a R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. Tabela 45 - Empresas industriais segundo Regiões Administrativas – Ano 2010 RA Nome Nº Empresas RA I Brasília 1185 RA II Gama 199 RA III Taguatinga 727 RA IV Brazlândia 48 RA IX Ceilândia 517 RA IX Taguatinga 4 RA V Sobradinho 151 RA VI Planaltina 172 RA VII Paranoá 68 RA VIII N Bandeirante 154 RA X Guará 403 RA XI Cruzeiro 28 RA XII Samambaia 188 RA XIII Santa Maria 113 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 114 Tabela 45 - Empresas industriais segundo Regiões Administrativas – Ano 2010 RA Nome Nº Empresas RA XIV São Sebastião 3 RA XIX Candangolândia 54 RA XIX Cruzeiro 9 RA XV R Das Emas 115 RA XVI Lago Sul 34 RA XVII Riacho Fundo 34 RA XVII Riacho Fundo Ii 1 RA XVIII Lago Norte 33 RA XVIII Lago Sul 2 RA XX Águas Claras 171 RA XXI Riacho Fundo Ii 14 RA XXII Octogonal 16 RA XXII Sudoeste 110 RA XXIV Park Way 1 RA XXIX SIA 107 RA XXV SCIA 91 RA XXVI Sobradinho II 17 RA XXX Vicente Pires 25 Total 4794 Fonte: FIBRA - Cadastro Industrial do Distrito Federal 2010 3.2.2.3 Setor de Serviços O setor de serviços tem, como já destacado, o maior peso no PIB do Distrito Federal, com uma participação de 91,6% em 2003. No que diz respeito à absorção de mão-de-obra, este setor é também o grande empregador no Distrito Federal, sendo responsável, no ano de 2005, por mais de 90% do total da mão-de-obra empregada. No entanto, dentro da categoria “serviços” há um conjunto bastante heterogêneo de atividades econômicas. Isso exige um maior nível de desagregação da análise. A Tabela 46 apresenta informações pormenorizadas sobre os tipos de atividade econômica existentes no Setor de Serviços no Distrito Federal, por número de estabelecimentos existentes e pelo tamanho desses estabelecimentos. Tabela 46 - Empresas de prestação de serviços por atividade econômica, segundo o porte – Distrito Federal – 2002 Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Total 38.039 24.408 974 12.657 Administração, Consultoria, Representação, Informática e Segurança 7.923 7.553 48 322 Saúde e Veterinária 3.054 3.054 - - Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 115 Tabela 46 - Empresas de prestação de serviços por atividade econômica, segundo o porte – Distrito Federal – 2002 Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Manutenção e Assistência Técnica 5.915 3.441 320 2.154 Serviços Diversos 5.100 1.939 230 2.931 Educação, Ensino e Cultura 1.335 1.335 - - Comunicação, Publicidade e Difusão 1.214 1.214 - - Conservação, Reparação e Instalação 3.624 909 166 2.549 Transporte Urbano 897 897 - - Turismo, Hospedagem e Diversões 1.622 774 27 821 Serviços Pessoais 1.993 - 36 1.957 Locação de Bens Móveis 636 - 36 600 Fotografia e Cinematografia 265 - 34 231 Serviços Técnicos em Geral 245 - 33 212 Reprodução, Restauração e Plastificação de Documentos 267 - - 267 Outras 3.949 3.292 44 613 Fonte: SEF – Cadastro Fiscal do Distrito Federal – Dados elaborados pela SDE. * – O estatuto das micro e pequenas empresas (lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999) define como Microempresa a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual de igual ou inferior a R$244.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte é definida como a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual superior a R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. Fica evidente a diversidade de atividades econômicas que aparecem sob a denominação genérica de serviços. Também merecedor de destaque é o grande número de empreendimentos classificados como de médio e grande porte, indicando um número significativo de empregados por cada estabelecimento. Informações mais desagregadas são apresentadas na sequência deste Diagnóstico. Finalmente, os serviços de turismo, hospedagem e diversões são sempre apontados como uma das potencialidades econômicas do Distrito Federal. O número de estabelecimentos dedicados a essas atividades não é desprezível, principalmente os de médio e grande portes. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 116 Entre os diferentes tipos de turismo existentes, o turismo de eventos é uma atividade recente, mas de crescente importância, na economia e para a sociedade de Brasília. Na ausência de atrativos naturais únicos, restavam à Capital Federal algumas alternativas para atrair um fluxo significativo de visitantes. Uma primeira opção poderia ser a visita com caráter cívico, para conhecer a sede do governo central, porém, o brasiliense descobriu que não bastava ser a capital do Brasil para atrair visitantes em número significativo. A visita a negócios parece ser relevante; no entanto é concentrada em períodos bem específicos da semana e do ano. Isso cria “baixas estações” também bastante significativas: de sexta a segunda toda a semana e de dezembro a março todo ano. Era necessário despertar para outro segmento como alternativa para seu desenvolvimento turístico, econômico e social. Diante disso, empresários de Brasília que compõem o trade turístico e o próprio setor público passaram a ser empenhar em transformar a cidade em um centro de eventos. Para eles, explorar o mercado significa buscar organizar eventos das mais variadas tipologias, não se atendo a um único objetivo. Pois assim será possível trazerpara a capital, pessoas com diferentes objetivos e aspirações, aproveitando a capacidade instalada já existente, por exemplo, de restaurantes e hotéis, na cidade para o seu próprio desenvolvimento. Brasília possui diversas potencialidades que podem servir como diferencial no segmento do turismo de eventos, como por exemplo 5 : Possui o terceiro maior aeroporto do país, o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek; Localização geográfica privilegiada, posicionando-se na rota de voos das Regiões Norte e Nordeste para as Regiões Sudeste e Sul e vice-versa; Terceiro polo gastronômico do Brasil, a capital brasileira dispõe de mais de três mil e quinhentos estabelecimentos entre bares, restaurantes, churrascarias, lanchonetes, cyber cafés, pubs e similares. Por ser uma cidade planejada, com traçado criado pelo urbanista Lúcio Costa, Brasília oferece grandes vantagens aos organizadores de eventos e a seus participantes: longas pistas, largas e retas criam um trânsito fluente; Os principais hotéis estão a 15 minutos do aeroporto, a 10 minutos do Setor de Embaixadas e a 5 minutos do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, sede do poder Executivo; A cidade conta com uma rede hoteleira de qualidade, composta por hotéis administrados por bandeiras nacionais e internacionais. O Plano Piloto dispõe de 47 hotéis, que, juntos, perfazem 8 718 apartamentos, ou seja, 27 mil unidades hoteleiras (leitos); e ocupam uma área construída de 900 mil metros quadrados. O patrimônio imobiliário é estimado em R$ 1,2 bilhão. São hotéis cuja classificação varia de duas a cinco estrelas, faturamento anual na casa dos R$ 265 milhões, o que dá pouco mais de R$ 20 milhões/mês e uma contribuição anual de ISS da ordem de R$ 20 milhões: A cidade oferece dezenas de opções, entre auditórios, salas de conferências e áreas de exposição e um Centro de Convenções recém reformado; Brasília tem um dos maiores pavilhões de feiras e exposições do país, o Expocenter, com 58.000m 2 , localizado no Parque da Cidade. Brasília já se destaca como um importante polo turístico de eventos e negócios, faturando cerca de R$ 1 bilhão ao ano com turistas desse novo segmento 6 . Cálculos do SEBRAE (2001) indicam que esse turista de eventos gasta, em média, R$ 300,00 ao dia. Juntos, locais e visitantes, somam 2 5In: http://www.brasiliaconvention.com.br/. Acessado em: janeiro, 2010. 6 SEBRAE. Estudo de mercado do setor de turismo de eventos e negócios do Distrito Federal. SEBRAE/DF, 2005. http://www.brasiliaconvention.com.br/ Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 117 milhões de pessoas que participam dos encontros e consomem R$ 60 milhões ao ano, em alimentação, compras e hospedagem. O setor hoteleiro captura cerca de 31,14% desse total. 7 7 CAMPBELL, Felipe e GROSSMANN, Luís O. In: CORREIO BRAZILIENSE. Caderno ECONOMIA. p. 12. Domingo 28 de setembro 2003. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 118 3.2.2.4 Setor Comercial A participação do Comércio no Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal é de, aproximadamente, 3,7%. Ademais, ele emprega algo em torno de 16,9% da mão-de-obra. O comércio atende às necessidades do consumidor local, sobretudo em Taguatinga e Ceilândia, além de Brasília, com shoppings, feiras e lojas. Os ramos mais importantes são os de fornecimento de Alimentos e de Tecidos, Roupas e Calçados. Vale ressaltar também a Cidade do Automóvel, pólo especializado no setor. As Tabelas 47 e 48 apresentam informações sobre os tipos de atividade econômica desempenhada pelo Setor de Comércio no Distrito Federal, assim como o total de empreendimentos e o porte. Por outro lado, ao se observar a Tabela 47, mais uma vez fica evidenciado a importância relativa das RA da bacia do rio Descoberto para a economia do Distrito Federal. Um terço, aproximadamente, de todas as empresas comerciais e de serviços do Distrito Federal está localizado nessas RA, em particular em Taguatinga, Ceilândia e Gama. Deve-se destacar, ainda, que essa diferenciação de atividades produtivas entre regiões administrativas indica que, na verdade, o Distrito Federal se caracteriza por “diversas economias”, claramente diferenciadas no espaço geográfico. Um diagnóstico socioeconômico do Distrito Federal precisa destacar essa importância da diferenciação espacial das atividades produtivas nesta unidade da Federação. Tabela47 - Empresas de Comércio Atacadista por Atividade Econômica, segundo o Porte – Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12.) Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Total 2.106 1.514 87 505 Alimentos em Geral 336 281 8 47 Máquinas e Aparelhos Diversos 203 177 10 16 Produtos Agrícolas 180 160 5 15 Produtos Diversos 176 142 11 23 Material de Construção 146 131 5 10 Material Elétrico, Hidráulico e Metalúrgico 6 - 6 - Produtos Químicos, Médico- Hospitalares, Farmacêuticos e Veterinários 112 112 - - Livros e Artigos de Papelaria e Escritório 75 63 3 9 Bebidas 93 58 3 32 Animais e Carnes 57 57 - - Tecidos, Calçados e Artigos do Vestuário 341 51 8 282 Móveis e Utilidades 7 - 7 - Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 119 Tabela47 - Empresas de Comércio Atacadista por Atividade Econômica, segundo o Porte – Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12.) Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Domésticas Produtos de Beleza, Higiene e Limpeza 13 - - 13 Artigos de Joalheria, Relojoaria, Bijuteria e Ótica 10 - - 10 Outras 351 282 21 48 Fonte: SEF – Cadastro Fiscal do Distrito Federal – Dados elaborados pela SDE. * – O estatuto das micro e pequenas empresas (lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999) define como Microempresa a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual de igual ou inferior a R$244.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte é definida como a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual superior a R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. Tabela48- Empresas de Comércio Varejista por Atividade Econômica, segundo o Porte - Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12). Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Total 36.457 9.551 1.934 24.972 Máquinas e Aparelhos Diversos 2.833 1.258 223 1.352 Fornecimento de Alimentos Preparados 6.660 1.101 177 5.382 Veículos, Peças e Acessórios 2.843 1.060 178 1.605 Materiais para Construção e Ferragens 2.126 804 159 1.163 Tecidos, Roupas e Calçados 5.050 765 331 3.954 Artigos Diversos 3.096 719 101 2.276 Produtos Químicos, Médico- Hospitalares, Farmacêuticos e Veterinários 594 594 - - Livros e Artigos de Papelaria e Escritório 638 553 85 - Combustíveis e Derivados de Petróleo 407 407 - - Móveis e Artigos para Habitação 1.590 401 149 1.040 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 120 Tabela48- Empresas de Comércio Varejista por Atividade Econômica, segundo o Porte - Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12). Atividade Econômica Total Médio e Grande Porte Pequeno Porte* Microempresa* Mercados, Supermercados, Lojas de Departamento e Cooperativas 1.756 - 83 1.673 Produtos Alimentícios 1.360 - 75 1.285 Produtos de Beleza, Higiene e Limpeza 1.049 - - 1.049 Outras 6.455 1.889 373 4.193 Fonte: SEF – Cadastro Fiscal do Distrito Federal – Dados elaborados pela SDE. * – O estatuto das micro e pequenas empresas (lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999) define como Microempresa apessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual de igual ou inferior a R$244.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte é definida como a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual superior a R$244.000,00 e igual ou inferior a R$1.200.000,00. Tabela49- Número de Empresas Comerciais e de Serviços segundo Região Administrativa – 1998 Região Administrativa Número de empresas Participação relativa Gama 2.494 4,85 Taguatinga 6.643 12,93 Brazlândia 649 1,26 Ceilândia 4.130 8,04 Samambaia 1.101 2,14 Recanto das Emas 240 0,47 TOTAL 51.376 100,00 Fonte: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, revista Economia de Brasília, set.98, ano I, nº 7. 3.2.2.5 Economia Informal O conhecimento do setor informal da economia é de fundamental importância para entender as possíveis questões relacionadas à vulnerabilidade socioeconômica da população e, a partir daí, lançar ações positivas no intuito de enfrentar importantes desafios associados ao combate da pobreza, à exclusão social e à desigualdade na distribuição de renda. Nesse contexto, importante parcela da população encontra-se envolvida como empreendedores em pequenos negócios que, na maioria das vezes, geram o sustento de famílias inteiras, possibilitando, em última instância, condições mínimas de dignidade e cidadania. A inexistência de empregos formais e de políticas eficazes de geração de empregos e qualificação profissional, em conjunto com a ineficiência dos serviços de saúde e segurança, incapazes de atender às demandas provenientes das Regiões Administrativas e municípios do Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 121 Entorno, torna o Distrito Federal uma região de grandes desigualdades, com sérias consequências para a qualidade de vida da população. A medição realizada pela Pesquisa Economia Urbana Informal (ECINF), realizada pelo IBGE, no ano de 2003, apontou a existência de 95.720 empreendimentos informais no DF, nos quais 138.993 pessoas encontram-se diretamente envolvidas. Ao avaliarmos a relação de dependência das pessoas envolvidas nos empreendimentos informais no DF com o grupo familiar, levando-se em consideração 3 pessoas por família, obtém-se um total de 416.979 pessoas que dependiam social e economicamente das receitas obtidas das atividades desenvolvidas no setor informal da economia. Não temos dados sobre a economia informal para período mais recente. Se assumirmos, por hipótese, que o crescimento da população na informalidade foi semelhante ao crescimento da população total do DF, pode-se afirmar que aproximadamente 17,0% da população do DF dependem das atividades informais para obtenção de sua renda. A Tabela 50 apresentada a seguir caracteriza as empresas do setor informal da economia do DF segundo diferentes grupos de atividades, onde se observa a maior representatividade das atividades associadas ao comércio, serviços, construção civil e indústria de transformação. Tabela50 - Empresas do setor informal da economia, por tipo de empresa, segundo os grupos de atividade - Distrito Federal - 2003 Grupos de atividade Empresas do setor informal Total Tipo de empresa Conta própria Empregador Total 95 720 79 143 16 577 Indústrias de Transformação e Extrativa 14 919 12 776 2 142 Construção Civil 18 000 14 777 3 223 Comércio e Reparação 28 142 23 197 4 945 Serviços de Alojamento e Alimentação 5 366 4 112 1 253 Transporte, Armazenagem e Comunicações 6 374 5 136 1 238 Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 8 008 6 911 1 097 Educação, Saúde e Serviços Sociais 4 580 3 374 1 206 Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 8 817 7 516 1 301 Outras Atividades 285 232 52 Atividades mal definidas 1 229 1 110 119 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Economia Informal Urbana 2003. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 122 Já a Tabela 51, a seguir, aponta o número de pessoas ocupadas por cada tipo de empresa do setor informal da economia do DF. Tabela51 – Número de pessoas ocupadas em cada segmento de empresas do setor informal da economia no DF em 2003 Grupos de atividade Empresas do setor informal Total(1) Número de pessoas ocupadas 1 2 3 ou mais Total 95 720 72 075 13 984 9 662 Indústrias de Transformação e Extrativa 14 919 11 856 1 831 1 231 Construção Civil 18 000 14 189 2 864 947 Comércio e Reparação 28 142 20 284 4 314 3 543 Serviços de Alojamento e Alimentação 5 366 3 046 1 093 1 227 Transporte, Armazenagem e Comunicações 6 374 5 014 868 492 Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 8 008 6 191 1 262 555 Educação, Saúde e Serviços Sociais 4 580 3 061 936 583 Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 8 817 7 090 760 967 Outras Atividades 285 232 - 52 Atividades mal definidas 1 229 1 110 54 65 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Economia Informal Urbana 2003. A Tabela 52, a seguir, aponta os locais de funcionamento das empresas do setor informal da economia com destaque para o número significativo de empresas que funcionam fora das residências. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 123 Tabela52 – Local de funcionamento das empresas do setor informal da economia no DF em 2003 Local de funcionamento Empresas do setor informal Total Tipo de empresa Conta própria Empregador Total 95 720 79 143 16 577 Só no domicílio 25 313 22 233 3 080 Local exclusivo 14 385 11 669 2 716 Não tem local exclusivo 10 928 10 564 364 Sem declaração - - - Só fora do domicílio 62 496 49 839 12 658 Loja, oficina 18 571 11 257 7 314 Domicílio de cliente 28 892 25 389 3 502 Veículo 5 093 4 134 959 Via pública 7 581 7 139 442 Outros 2 313 1 872 441 Sem declaração 47 47 - No domicílio e fora do domicílio 7 911 7 071 839 Loja, oficina 735 504 231 Domicílio de cliente 5 011 4 678 333 Veículo 164 56 108 Via pública 984 900 83 Outros 1 016 933 83 Sem declaração - - - Sem declaração - - - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Economia Informal Urbana 2003. A tabela 53 apresenta as classes de valores de receitas das empresas do setor informal da economia do DF por tipo de empreendimento e grupo de atividade, onde se destaca que a maior parte dos empreendimentos pesquisados fatura entre R$ 500 a R$ 1000 por mês. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 124 Tabela53 – Classes de valores de receita por tipo de empreendimento e grupo de atividade do setor informal da economia no DF em 2003 Tipo de empresa e grupos de atividade Empresas do setor informal Total Classes de valores da receita (R$) - em outubro de 2003 1 a 100 101 a 200 201 a 300 301 a 500 501 a 1000 1001 a 2000 2001 a 5000 5001 ou mais Sem receita Sem declaração Total 95 720 4 246 8 159 9 575 14 115 21 270 14 820 13 332 6 219 1 370 2 613 Tipo de empresa Conta própria 79 143 4 246 7 962 9 335 13 303 18 599 12 168 8 216 1 781 1 311 2 222 Empregador 16 577 - 197 240 812 2 672 2 652 5 116 4 438 59 391 Grupos de atividade Indústrias de Transformação e Extrativa 14 919 817 2 012 1 400 2 672 3 129 1 813 1 441 761 402 471 Construção Civil 18 000 452 1 479 2 818 4 831 5 079 1 246 819 242 406 630 Comércio e Reparação 28 142 1 679 2 002 2 632 3 116 5 194 5 603 4 260 2 724 - 931 Serviços de Alojamento e Alimentação 5 366 259 292 401 680 1 148 1 014 937 470 - 166 Transporte, Armazenagem e Comunicações 6 374 338 331 245 4081 467 1 795 1 531 238 - 22 Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 8 008 134 264 359 485 1 595 1 649 2 321 729 318 155 Educação, Saúde e Serviços Sociais 4 580 163 480 443 86 894 672 959 762 - 122 Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais 8 817 405 1 005 919 1 580 2 409 1 029 966 229 159 115 Outras Atividades 285 - - - - 187 - 45 52 - - Atividades mal definidas 1 229 - 295 360 257 168 - 54 11 85 - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Economia Informal Urbana 2003. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 125 Estudo do SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO, denominado Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF, realizado entre outubro e dezembro de 2009, junto a 5.119 empreendedores individuais, em 18 Regiões Administrativas, levantou o perfil atualizado dos empreendedores e da economia informal no DF. As Regiões Administrativas que tiveram seus perfis levantados foram: Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, Gama, Sobradinho I, São Sebastião, Santa Maria, Sobradinho II, Paranoá, Guará, Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Cruzeiro, Riacho Fundo I, Planaltina, Riacho Fundo II e Itapoã. A Tabela 54, a seguir, apresenta o enquadramento dos empreendimentos pesquisados de acordo com o tipo de Atividades Econômicas. Tabela54 – Enquadramento das Atividades Econômicas Pesquisadas no CNAE Enquadramento no CNAE Qtd % Cabeleireiro(a) / Barbeiro 904 17,7% Comerciante de Artigos do Vestuário e Acessórios 745 14,6% Vendedor Ambulante de Produtos Alimentícios/Churrasqueiro 381 7,4% Depiladora/Manicure/Pedicure/Massagista 355 6,9% Costureira 144 2,8% Mecânico de Veículos / Capoteiro 143 2,8% Verdureiro 95 1,9% Técnico de Manutenção de Eletrodoméstico 92 1,8% Pedreiro 83 1,6% Pintor de Automóveis 82 1,6% Comerciante de Cosméticos e Artigos de Perfumaria 82 1,6% Artesão em Materiais Diversos 79 1,5% Proprietário de Lanchonete 75 1,5% Serralheiro 67 1,3% Chaveiro 66 1,3% Proprietário de bar 65 1,3% Salgadeira/Marmiteiro/Doceiro 61 1,2% Comerciante de Calçados 59 1,2% Comerciante de Bijuterias e Artesanatos 56 1,1% Marceneiro 53 1,0% Comércio de Artigos para Habitação,Artigos de Cutelaria 53 1,0% Proprietário de Sala de Acesso a Internet 51 1,0% Lavador de Carro 51 1,0% Borracheiro 51 1,0% Técnico de Manutenção de Computador 50 1,0% Outras categorias profissionais 1176 23,0% Total 5.119 100,0% Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 126 A referida pesquisa revelou, ainda, que os menores índices de formalização de empreendimentos individuais estão nas Regiões Administrativas com contingente populacional acima de 100.000 habitantes: Ceilândia (10,8%), Taguatinga (7,7%), Samambaia (5,2%), Recanto das Emas (5,1%) e Guará (4,4%). Os maiores índices de formalização de empreendimentos individuais estão nas regiões com populações abaixo de 100.000 habitantes, com destaque para São Sebastião (23,9%), Santa Maria (22,7%) e Brazlândia (22,7%). Com relação à análise dos resultados da renda bruta média mensal, a Tabela 55 aponta que 31,3%, ou seja, 1.604 dos entrevistados, têm renda bruta mensal de até dois salários mínimos; 79,6% ganham até três salários mínimos, ou seja, auferem uma renda mensal de R$ 1.395,00. A renda mensal bruta estimada dos empreendedores pesquisados é de R$ 940,26, o que lhes confere aproximadamente R$ 31,00 por dia. Tabela55 – Renda mensal bruta dos empreendedores informais da economia Renda Mensal Bruta Quant. % 1 a 2 S.M 1.604 31,3 Até 1 S.M 1.444 28,2 2 a 3 S.M 1.029 20,1 3 a 4 S.M 490 9,6 5 a 7 S.M 301 5,9 4 a 5 S.M 251 4,9 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação à quantidade de pessoas que trabalham nos empreendimentos pesquisados, 59,8% conduzem seus pequenos negócios ou desenvolvem suas atividades de prestação de serviços sem a participação de nenhum colaborador e 24,3% contam com a ajuda de uma pessoa, ou seja, têm um trabalhador no seu negócio. Desta forma, o total de potenciais empreendedores individuais que conduzem seus negócios sem nenhum empregado ou ajudante, mais o total dos que têm um trabalhador, representam 84,1% dos 5.119 entrevistados, conforme pode ser verificado na Tabela 56. Tabela56 – Quantidade de pessoas que trabalham nos negócios informais Quant. de pessoas que trabalham Quant. % Nenhuma pessoa 3.063 59,8 Uma pessoa 1.245 24,3 Mais de uma pessoa 811 15,9 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 127 Com relação à faixa etária de quem está à frente dos negócios informais, destaca-se o grupo etário de menos de 30 anos, que concentra 1.845 potenciais empreendedores individuais, o que representa 36,0% do total entrevistado. A faixa etária de 31 a 40 anos apresenta o percentual de 31,0%, ou seja, concentra uma força de trabalho constituída por 1.589 potenciais empreendedores individuais, conforme pode ser observado na Tabela 57. Tabela57 – Faixa etária dos empreendedores informais Faixa etária Quant % Menos de 30 anos 1.845 36,0 De 31 a 40 anos 1.589 31,0 De 41 a 50 anos 1.024 20,0 De 51 a 60 anos 497 9,7 Mais de 60 anos 164 3,2 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. A Tabela 58 expressa a importância da renda auferida pelos empreendimentos informais na manutenção de sua família, onde 3.761 pequenos donos de negócios, que representam 73,5% dos empreendimentos entrevistados, mantêm, como dependentes diretos, de uma a quatro pessoas do grupo familiar. A distribuição dos quantitativos de familiares dependentes da renda do negócio informal demonstra a relevância do papel desse segmento no planejamento doméstico de milhares de famílias no Distrito Federal. Tabela58- Quantidade de pessoas que dependem da renda gerada pelos empreendimentos informais Quant. Pessoas que dependem da renda Quant. % Duas pessoas 1.070 20,9 Três pessoas 1.032 20,2 Uma pessoa 1.003 19,6 Nenhuma pessoa 796 15,5 Quatro pessoas 656 12,8 Cinco ou mais pessoas 562 11,0 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Os empreendimentos informais levantados nas Regiões Administrativas apontaram que 2.680 pequenos negócios informais, ou seja, 52,4% do total, são conduzidos por mulheres. Os homens gerenciam 2.439 pequenos negócios, ou seja, 47,6% do total dos empreendimentos (Tabela 59). A pesquisa aponta que o aumento do envolvimento das mulheres na condução de pequenos negócios ou Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 128 atividades no setor informal da economia ocorre em função da necessidade de complementação da renda domiciliar, bem como pela busca da autorrealização profissional. Tabela59 – Distribuição dos dirigentes dos empreendimentos informais por sexo Dirigente do negócio por sexo Quant % Feminino 2.680 52,4 Masculino 2.439 47,6 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação escolaridade dos empreendedores informais, merece ser destacado o elevado percentual de 37,7% dos potenciais empreendedores individuais que possuem o37 Figura 5 - População residente na RA Gama por cor ou raça declarada, 2004. ................................. 38 Figura 6 - Pirâmide etária, Gama. 2000. .......................................................................................... 39 Figura 7 - Pirâmide etária do Gama, 2004. ...................................................................................... 39 Figura 8 - População residente na RA Taguatinga por cor ou raça declarada, 2004. ......................... 40 Figura 9 - Pirâmide etária de Taguatinga, 2000. .............................................................................. 41 Figura 10–Pirâmide etária de Taguatinga, 2004. .............................................................................. 41 Figura 11 - População residente na RA Brazlândia por cor ou raça declarada, 2004. ....................... 42 Figura 12 - Pirâmide etária de Brazlândia, 2004. ............................................................................. 43 Figura 13 – Pirâmide etária de Brazlândia, 2004. ............................................................................ 43 Figura 14 - População residente na RA Sobradinho por cor ou raça declarada, 2004. ...................... 44 Figura 15–Pirâmide etária de Sobradinho, 2000. ............................................................................. 45 Figura 16 - Pirâmide etária de Sobradinho, 2004. ............................................................................ 45 Figura 17 - População residente na RA Planaltina por cor ou raça declarada, 2004. ......................... 46 Figura 18–Pirâmide etária de Planaltina, 2000................................................................................. 47 Figura 19 - Pirâmide etária de Planaltina, 2004. .............................................................................. 47 Figura 20 - População residente na RA Paranoá por cor ou raça declarada, 2004. ............................ 48 Figura 21– Pirâmide etária do Paranoá, 2000 .................................................................................. 49 Figura 22– Pirâmide etária do Paranoá, 2004. ................................................................................. 49 Figura 23 - População residente na RA Núcleo Bandeirante por cor ou raça declarada, 2004. ........ 50 Figura 24–Pirâmide etária do Núcleo Bandeirante, 2000. ................................................................ 51 Figura 25–Pirâmide etária do Núcleo Bandeirante, 2004. ................................................................ 51 Figura 26 - População residente na RA Ceilândia por cor ou raça declarada, 2004. ......................... 52 Figura 27–Pirâmide etária de Ceilândia, 2000. ................................................................................ 53 Figura 28 - Pirâmide etária de Ceilândia, 2004. ............................................................................... 53 Figura 29 - População residente na RA Guará por cor ou raça declarada, 2004. ............................... 54 Figura 30–Pirâmide etária de Guará, 2000....................................................................................... 55 Figura 31–Pirâmide etária de Guará, 2004....................................................................................... 55 Figura 32 - População residente na RA Cruzeiro por cor ou raça declarada, 2004. ........................... 56 Figura 33–Pirâmide etária de Cruzeiro, 2000. ................................................................................. 57 Figura 34–Pirâmide etária de Cruzeiro, 2004. ................................................................................. 57 Figura 35 - População residente na RA Samambaia por cor ou raça declarada, 2004. ...................... 58 Figura 36–Pirâmide etária de Samambaia, 2000. ............................................................................. 59 Figura 37–Pirâmide etária de Samambaia, 2004. ............................................................................. 59 Figura 38 - População residente na RA Santa Maria por cor ou raça declarada, 2004. ..................... 60 Figura 39–Pirâmide etária de Santa Maria, 2000. ............................................................................ 61 Figura 40 – Pirâmide etária de Santa Maria, 2004. .......................................................................... 61 Figura 41 - População residente na RA São Sebastião por cor ou raça declarada, 2004. ................... 62 Figura 42–Pirâmide etária de São Sebastião, 2000. ......................................................................... 63 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 9 Figura 43–Pirâmide etária de São Sebastião, 2004. ......................................................................... 63 Figura 44 - População residente na RA Recanto das Emas por cor ou raça declarada, 2004. ............ 64 Figura 45–Pirâmide etária do Recanto das Emas, 2000. ................................................................... 65 Figura 46–Pirâmide etária do Recanto das Emas, 2004. ................................................................... 65 Figura 47 - População residente na RA Lago Sul por cor ou raça declarada, 2004. .......................... 66 Figura 48–Pirâmide etária do Lago Sul, 2000. ................................................................................. 67 Figura 49–Pirâmide etária do Lago Sul, 2004. ................................................................................. 67 Figura 50 - População residente na RA Riacho Fundo por cor ou raça declarada, 2004. .................. 68 Figura 51–Pirâmide etária do Riacho Fundo, 2000. ......................................................................... 69 Figura 52–Pirâmide etária do Riacho Fundo, 2004. ......................................................................... 69 Figura 53 - População residente na RA Lago Norte por cor ou raça declarada, 2004. ...................... 70 Figura 54–Pirâmide etária do Lago Norte, 2000. ............................................................................. 71 Figura 55–Pirâmide etária do Lago Norte, 2004. ............................................................................. 71 Figura 56 - População residente na RA Candangolândia por cor ou raça declarada, 2004. ............... 72 Figura 57–Pirâmide etária da Candangolândia, 2000. ...................................................................... 73 Figura 58–Pirâmide etária da Candangolândia, 2004. ...................................................................... 73 Figura 59 - Número de hidrômetros instalados no Distrito federal, 1996 - 2008. ............................. 81 Figura 60 - Histórico dos níveis de abastecimento de água no DF (%). ............................................ 82 Figura 61 - Nível de atendimento por RA (%). ................................................................................ 82 Figura 62 - Evolução entre esgoto produzido, coletado e tratado, 1997- 2007. ................................. 84 Figura 63 - Atendimento da população pelos sistemas de coleta (%) ............................................... 87 Figura 64 – Distribuição da ocorrência de zoonosese doenças de veiculação hídrica por Região Administrativa do DF...................................................................................................................... 93 Figura 65 - Participação dos estados e regiões socioeconômicas na produção agrícola nacional ...... 98 Figura 66 – Produtividade agrícola média nos Estados da Federação- em julho de 2010 ................ 100 Figura 67 - Número de empreendimentos agropecuários por condição legal do produtor. .............. 107 Figura 68 - Número de estabelecimentos agropecuários por uso da terra. ...................................... 108Ensino Médio completo, que, somados aos 17,7% dos que têm o Ensino Médio incompleto, totalizam 55,4% dos 5.119 entrevistados. O significado desses percentuais ganha importância quando comparado com o percentual de 43,8% dos empresários de microempresas e pequenas empresas formais no país que possuem o mesmo grau de escolaridade, segundo o Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2008 – SEBRAE / DIEESE – 2ª edição. Tabela60 – Distribuição dos empreendedores informais por nível de escolaridade Formação Quant % Ensino médio completo 1.932 37,7 Ensino fundamental incompleto 1.338 26,1 Ensino médio incompleto 904 17,7 Ensino fundamental completo 572 11,2 Superior incompleto 224 4,4 Superior completo 79 1,5 Analfabeto 38 0,7 Curso técnico 22 0,4 Pós-graduação 10 0,2 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação à naturalidade dos empreendedores informais entrevistados, destaca-se a Região Nordeste, com 45,3% do total de entrevistados, seguida pela Região Centro-Oeste com 22,2% (1.137 potenciais empreendedores individuais) do total de entrevistados. A Região Sudeste participa desse processo com 8,3% (427 potenciais empreendedores individuais) do total. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 129 Tabela61- Distribuição da naturalidade dos empreendedores informais no DF Naturalidade Quant % Região Nordeste 2.319 45,3 Região Centro-Oeste 1.137 22,2 Brasília 895 17,5 Região Sudeste 427 8,3 Região Norte 224 4,4 Entorno 64 1,3 Região Sul 47 0,9 Exterior 6 0,1 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. O levantamento pelo SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO apontou, também, que apenas 209 potenciais empreendedores individuais, que correspondem a um percentual de 4,1% do total de entrevistados, participam de algum tipo de associação de classe. A constatação dessa tendência reforça o entendimento quanto ao desconhecimento dos potenciais empreendedores individuais das vantagens e dos benefícios do associativismo no desenvolvimento sustentável e na competitividade dos seus pequenos negócios. Tabela62 - Participação dos empreendedores informais em associação, cooperativa, sindicato ou de algum movimento empresarial Instituição de Apoio Quant. % Não participa 4.910 95,9 Associação 134 2,6 Sindicato 62 1,2 Cooperativa 13 0,3 Total 5.119 100,0 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Na mesma pesquisa, percebe-se que o Setor Serviço predomina com relação ao total de empreendimentos levantados, com 2.479 negócios, o que representa 48,4% do total. Os empreendimentos informais no Setor do Comércio representam 47,9% do universo pesquisado, totalizando 2.450 pequenos negócios. Em relação ao Setor de Indústria, apenas 3,7%, ou seja, 190 empreendimentos, se enquadraram neste tipo de atividade econômica. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 130 Tabela63- Tipo de atividade econômica que participa Tipo de Atividade que participa Quant % Serviço 2.479 48,4 Comércio 2.450 47,9 Indústria 190 3,7 Total 5.119 100,0 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. A avaliação do tempo de existência de cada setor da economia informal aponta que os mesmos possuem uma sobrevida aos fatores condicionantes e às elevadas taxas de mortalidade que afetam as micro e pequenas empresas brasileiras nos seus primeiros anos de funcionamento. A Tabela 64 apresenta os valores encontrados para o tempo de existência de cada atividade. Tabela64 – Tempo de atividade no ramo Setor de Atividade Tempo de Atividade Indústria 12 anos e 9 meses Comércio 7 anos e 2 meses Serviço 24 anos e 8 meses Total 15 anos e 10 meses Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação ao local de trabalho onde são desenvolvidas as atividades informais da economia, percebe-se que a maioria dos empreendimentos funciona fora do ambiente domiciliar, mais especificamente em feiras, praças, ruas, entre outros. O significativo percentual de empreendedores individuais que trabalham fora do ambiente domiciliar confirma, segundo a pesquisa, a natureza nômade dos empreendimentos informais no DF, com destaque para os que comercializam ou prestam serviços diretos no modelo de marketing conhecido como cliente a cliente ou porta a porta. Tabela65 – Local onde desenvolve seu negócio ou atividade Local Quant % Em outro local 4.266 83,3 Em sua residência 853 16,7 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 131 Com relação à qualificação profissional, a pesquisa identificou 87 profissões ou atividades de trabalho admitidas para o empreendedor individual, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (ANEXO IV - Qualificação Profissional dos Potenciais Empreendedores Individuais). A Tabela 66 apresentada a seguir aponta que dezoito atividades concentram o trabalho de 2.450 potenciais empreendedores individuais, o que representa 47,9% do total de entrevistados. Dentre as atividades profissionais, destacam-se: (a) cabeleireiro/barbeiro, com o percentual de 11,4%, envolvendo 585 empreendedores individuais do total; (b) vendedor, que atinge o percentual de 7,5%, com 387 pessoas trabalhando na área de negócios/vendas; e técnico em informática, com o percentual de 6,9% por meio do trabalho de 355 profissionais autônomos. As três categorias profissionais representam 25,8% das profissões identificadas. Um dado relevante encontrado foi o elevado percentual dos empreendedores informais que afirmaram não ter nenhuma qualificação profissional: 41,6% dos entrevistados, envolvendo 2.132 pessoas. A correlação desse indicador com o percentual de 38% dos potenciais empreendedores individuais que cursaram apenas as primeiras séries do Ensino Fundamental aponta para a necessidade de promoção de ações voltadas para a capacitação desses empreendedores. Tabela66 – Qualificação profissional dos empreendedores informais Qualificação Profissional Quant % Não Tem Nenhuma Qualificação Profissional 2.132 41,6 Cabeleireiro / Barbeiro 585 11,4 Vendedor 387 7,6 Técnico em Informática 355 6,9 Auxiliar Administrativo 141 2,8 Manicure 130 2,5 Costureira / Alfaiate 109 2,1 Segurança / Vigia 101 2,0 Qualificação em Alimentação (cozinheira) 96 1,9 Mecânico 89 1,7 Técnico Eletrônico 76 1,5 Professor 71 1,4 Motorista 63 1,2 Artesã 58 1,1 Técnico em Enfermagem 50 1,0 Estudante 43 0,8 Recepcionista 39 0,8 Eletricista 29 0,6 Secretária 28 0,5 Outros 537 10,5 Total 5.119 100,0 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 132 Com relação à forma de aprendizagem do empreendedor informal, percebe-se que duas situações se destacam: (i) o desenvolvimento de competências por meio da observação de trabalhos realizados por outros profissionais e (ii) a aprendizagem sistemática por meio da participação em cursos e treinamentos (Tabela 67). Tabela67 – Local onde os empreendedores informais aprenderam suas profissões Local onde aprendeu a profissão Quant % Observando o trabalho dos outros 2.89746,2 Através de cursos e treinamentos 1.760 28,1 Em empregos anteriores 928 14,8 Com familiares 689 11,0 Total 6.274 100,0 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação às principais dificuldades encontradas para a condução dos negócios informais na economia do DF, a pesquisa SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO apontou que a dificuldade para conseguir empréstimos, a concorrência com pequenas e médias empresas e a deficiência em infraestrutura correspondem aos principais empecilhos para a condução de suas atividades (Tabela 68). Tabela68 – Principais dificuldades encontradas para a condução dos negócios informais Quais as principais dificuldades encontradas na condução do negócio Quant % Dificuldades para conseguir empréstimos 2.888 20,5 Concorrências de pequenas e médias empresas 1.887 13,4 Infraestrutura deficiente (matéria-prima, maquinários e equipamentos) 1.727 12,3 Falta de clientes 1.322 9,4 Qualificação profissional deficiente para o exercício do trabalho 1.317 9,4 Local de trabalho inadequado 1.212 8,6 Dificuldades de crédito junto aos fornecedores 1.087 7,7 Inadimplências dos clientes 971 6,9 Desconhecimentos de técnicas para gerenciar o negócio 798 5,7 Outros 300 2,1 NS/NR 546 3,9 Total 14.055 100,0 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 133 A pesquisa SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO deu especial atenção às questões relacionadas às impressões, desejos e expectativas dos empreendedores informais com relação à Lei Complementar nº 128, de 2008, que criou a figura jurídica do Empreendedor Individual. Neste contexto verifica-se na Tabela 69, que 94,7% dos potenciais empreendedores individuais entrevistados demonstraram interesse na formalização dos seus negócios, o que indica a expectativa do setor informal da economia no aprimoramento e no fortalecimento de seus empreendimentos. Tabela69 – Desejo de formalização do seu negócio Interesse em formalizar o seu negócio Quant % Sim 4.846 94,7 Não 273 5,3 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF Com relação ao conhecimento da Lei Complementar nº 128, de 2008, a maioria dos entrevistados na pesquisa tem conhecimento deste dispositivo legal, o que demonstra um crescimento expressivo no grau de conhecimento dos benefícios oferecidos para formalização dos seus pequenos negócios e atividades. Tabela70 – Grau de conhecimento da Lei Complementar nº 128, de 2008 Conhece a Lei? Quant % Sim 3.504 68,5 Não 1.615 31,5 Total 5.119 100 Fonte: SEBRAE/DF e FECOMÉRCIO. Pesquisa Socioeconômica de Empreendedores Individuais no DF. Com relação ao conhecimento da Lei Complementar nº 128, de 2008, a maioria dos entrevistados na pesquisa tem conhecimento deste dispositivo legal, o que demonstra um crescimento expressivo no grau de conhecimento dos benefícios oferecidos para formalização dos seus pequenos negócios e atividades. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 134 Tema – SOCIOECONOMIA 4 Subtema 4 – EMPREGO E RENDA Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 135 4.1 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DO EMPREGO Dois aspectos caracterizam o emprego e a renda da população do Distrito Federal. Em primeiro lugar, a predominância das ocupações no setor de prestação de serviços: como visto anteriormente, em 2008, concentrava 49,7% da população ocupada, seguidas pelas ocupações no comércio (16,1%) e na administração pública, com 15,8%, no mesmo ano. Vale lembrar que, para o ano de 2008, os serviços domésticos foram alocados na faixa intitulada outros, algo que afeta significativamente o conjunto das informações. O segundo aspecto refere-se à grande desigualdade familiar e espacial da renda, em patamares que colocam o Distrito Federal como apresentando o pior índice de Gini no cenário brasileiro. Apesar do alto valor da renda média no Distrito Federal – o maior do Brasil – observa-se grandes desigualdades sociais e espaciais na sua distribuição, com um quadro bastante diferenciado entre RAs. Por exemplo, a renda média mensal domiciliar do Lago Sul é de 43,4 salários mínimos, enquanto que a do Itapoã não passa de 1,6. Essas disparidades representam um desafio a ser considerado na elaboração do ZEE/DF. As Tabelas 71 a 73, a seguir, mostram o perfil setorial e espacial da população ocupada no Distrito Federal. Tabela71- Perfil Ocupacional da População Ocupada segundo os Setores de Atividades - Distrito Federal - Dezembro – 2005 e 2008. Setores de Atividades 2005 2008 Ocupados (em mil) (%) Ocupados (em mil) (%) Ind. de Transformação 35,6 3,5 44 3,9 Construção Civil 36,4 3,6 50 4,4 Comércio 171,1 16,9 182 16,1 Serviços 564,8 55,8 561 49,7 Administração Pública(1) 195,3 19,3 178 15,8 Outros (2) 8,8 0,9 114 10,1 Total 1.012,0 100,0 1.129 100,0 Fonte: PED/DF (Convênio: TEM/FAT, STb/GDF, DIEESE e SEADE/SP). Dados elaborados pela STb/DIP/GEPES (1) Administração Pública Direta e Indireta (2) (2) Inclui os trabalhadores do Setor agropecuário, de embaixadas, consulados e representações políticas. Para o ano de 2008, inclui os serviços domésticos. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 136 Tabela72- População Economicamente Ativa, Número de Ocupados, Desempregados e Taxa de Desemprego - Distrito Federal, 2005 e 2007. Indicadores 2005 2007 População Economicamente Ativa (em mil) 1.230,9 1.341 Ocupados (em mil) 1.012,0 1.129 Desempregados (em mil) 218,9 212 - Aberto (em mil) 146,7 134 - Oculto pelo Trabalho Precário (em mil) 39,4 42 - Oculto pelo Desalento (em mil) 32,8 36 Taxa de Desemprego Total (%) 17,8 15,8 - Aberto (%) 11,9 10 - Oculto pelo Trabalho Precário (%) 3,2 3,1 - Oculto pelo Desalento (%) 2,7 2,7 Fonte: DIEESE/SEADE-SP/MT E-FAT/STb-GDF - PED-DF – Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal. Tabela73- Estimativa da população ocupada por setor de atividade econômica e sexo – Distrito Federal - 2002-2006. ANO Pessoas ocupadas (Em 1.000) Indústria Construção Civil Comércio Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 2002 224,6 99,4 125,1 140,5 67 73,4 62,6 67,4 58,7 2003 223,2 99,5 123,7 139,2 67,8 71,4 62,4 68,2 57,7 2004 221,4 96,6 124,8 138,1 65,1 73,1 62,4 67,4 58,5 2005 219,3 96,4 123 137,7 65 72,8 62,8 67,4 59,2 2006 211,8 94,6 116,9 135,4 65,8 69,5 63,9 69,4 59,5 ANO Pessoas ocupadas (Em 1.000) Serviços Administração pública Outras (2) Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 2002 497,2 222 275,1 158 97 61 10,4 5,2 5,2 2003 498,9 224,5 274,4 162,8 101,2 61,7 8,4 - - 2004 532,3 238,3 294 168,6 102,5 66,1 8,8 - - 2005 557,9 246,2 311,7 178,7 110 68,7 8,7 - - 2006 588,6 260,8 327,7 175,6 111,3 64,2 12,8 5,1 7,7 Fonte: Secretaria de Estado de Trabalho – Coordenação Técnica – Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 137 Taxa de participação é a proporção de pessoas com 10 anos ou mais, incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas sobre o total de população com mais de 10 anos. Os valores constantes desta tabela são resultados de médias anuais. As informações primárias obtidas pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 8 foram tabeladas para avaliar diferenças espaciais – entre regiões administrativas – em termos daimportância de setores produtivos para a geração de emprego e renda no Distrito Federal. Inicialmente foram estruturadas as Tabelas 74 e 75. Na verdade, a primeira dessas tabelas é derivada das informações detalhadas na Tabela 75 que apresenta os dados desagregados para aquelas RAs para as quais informações estão disponíveis no banco de dados da RAIS. Na Tabela 75 foram listados os três setores que mais empregam em cada uma das RAs (para onze regiões administrativas informações não estão disponíveis para 2008) e para o conjunto do Distrito Federal. Alguns resultados devem ser destacados: a. O setor que mais emprega no Distrito Federal ainda é a administração pública (397 566 empregados), seguido de perto pelo setor de serviços (365 019 empregados); b. Apenas a RAI (Brasília) repete a ordem de importância setorial existente para o Distrito Federal considerado em seu conjunto – o setor que mais emprega (1) é a administração pública, seguida pelo setor de serviços (2) e pelo de comércio (3); c. O setor de serviços é o maior empregador em 10 RAs entre as 20 RAs para as quais as informações estão disponíveis; d. Para as demais 10 RAs o setor comércio é o maior empregador em nove dessas RAs; e. Portanto, em apenas uma RAs (RAI – Brasília) a administração pública é o principal setor empregador; f. As atividades industriais são empregadores relevantes em seis RAs, apesar de não ser a principal empregadora em RA alguma; g. Apenas Planaltina (RA VI) tem o setor agropecuário com um empregador de destaque (terceiro mais importante); h. A construção civil encontra-se em as três principais empregadores em 6 das 20 RAs para as quais informações estão disponíveis. Essas informações são suficientes para permitir uma afirmação: as atividades econômicas do Distrito Federal são mais diversificadas do que análises agregadas permitem perceber. Cada vez mais as RAs dependem de atividades econômicas privadas para a geração de seus empregos, em especial dos serviços, do comércio, da construção civil e da indústria. Isso tem consequências muito relevantes para decisões de planejamento econômico do Distrito Federal e, em particular, para o Zoneamento Ecológico e Econômico. A representação da distribuição do emprego e a identificação da principal atividade econômica por Região Administrativa encontram-se apresentado na Figura73. 8A equipe deste Diagnóstico agradece a Cláudia Cavalcante a sugestão de utilizar os dados da RAIS para evidenciar a diferenciação espacial das atividades econômicas do Distrito Federal. A sua dissertação de 2009, Formação e transformação da centralidade intraurbana em Brasília (Universidade de Brasília) também fornece evidências dessas diferenciações espaciais, com base nos dados da RAIS. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 138 Tabela74– Os três setores mais empregadores por Regiões Administrativas - Distrito Federal – 2008 Distrito Federal e Regiões Administrativas Extrativa mineral Indústria de transformação Serviço de utilidade pública Construção civil Comércio Serviços Administração pública Agropec., extr. veg., caça e pesca Outros/ig norado Distrito Federal 3 2 1 RA I - Brasília 3 2 1 RA II - Gama 1 2 3 RA III - Taguatinga 3 2 1 RA IV – Brazlândia 3 1 2 RA V - Sobradinho 3 2 1 RA VI- Planaltina 2 1 3 RA VII - Paranoá 3 1 2 RA VIII - Núcleo Bandeirante 3 2 1 RA IX - Ceilândia 3 2 1 RA X - Guará 3 2 1 RA XI - Cruzeiro 3 1 2 RA XII - Samambaia 2 1 3 RA XIII - Santa Maria 1 2 3 RA XIV - São Sebastião 1 2 3 RA XV - Recanto das Emas 3 1 2 RA XVI - Lago Sul 3 1 2 RA XVII - Riacho Fundo 3 1 2 RA XVIII - Lago Norte 2 1 3 RA XIX - Candangolândia 3 2 1 RA XX - Águas Claras - - - - - - - - - RA XXI - Riacho Fundo II 3 1 2 RA XXII - Sudoeste/Octogonal - - - - - - - - - RA XXIII - Varjão - - - - - - - - - RA XXIV - Park Way - - - - - - - - - RA XXV - SCIA (Estrutural) - - - - - - - - - RA XXVI - Sobradinho II - - - - - - - - - RA XXVII –Itapoá - - - - - - - - - Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 139 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Brasília Extrativa mineral 0 9 34 31 37 34 2 147 Indústria de transformação 137 1.508 1.891 2.912 1.440 602 32 8.522 Serviços industriais de utilidade pública 1 293 654 1.070 1.013 939 25 3.995 Construção civil 65 1.891 2.301 4.559 3.364 2.471 122 14.773 Comércio 250 10.887 9.518 10.736 4.052 1.530 72 37.045 Serviços 997 33.248 43.922 65.363 43.255 22.706 1.256 210.749 Administração pública 33 58.207 39.931 99.807 104.341 60.142 3.850 366.311 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 3 201 159 318 478 389 25 1.573 Outros/ignorado 0 0 3 8 1 1 0 13 Total 1.486 106.244 98.413 184.804 157.981 88.814 5.384 643.128 Cruzeiro Indústria de transformação 5 280 257 250 108 25 3 928 Serviços indust.de utilidade pública 0 9 14 16 6 2 0 47 Construção civil 0 145 154 275 176 106 3 859 Comércio 41 1.172 903 889 286 106 5 3.402 Serviços 42 1.440 2.091 3.079 1.457 706 46 8.861 Administração pública 0 100 430 717 971 1.330 78 3.626 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 1 5 7 5 4 0 22 Outros/ignorado 0 1 0 1 0 0 0 2 Total 88 3.148 3.854 5.234 3.009 2.279 135 17.747 Guará Extrativa mineral 2 5 11 23 27 26 0 94 Indústria de transformação 29 662 825 1.336 688 319 24 3.883 Serviços indust.de utilidade pública 2 4 22 154 356 195 0 733 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 140 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Guará Construção civil 60 1.577 2.391 4.909 3.334 2.299 177 14.747 Comércio 180 5.858 6.028 7.205 3.016 1.177 64 23.528 Serviços 211 7.247 10.267 20.639 13.762 6.278 337 58.741 Administração pública 0 104 691 1.559 1.851 1.235 66 5.506 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 11 166 152 269 126 85 12 821 Outros/ignorado 0 0 1 0 0 0 0 1 Total 495 15623 20388 36094 23160 11614 680 108054 Lago Norte Indústria de transformação 6 93 91 108 28 6 1 333 Serviços indust.de utilidade pública 1 0 1 0 0 0 0 2 Construção civil 0 31 24 42 25 10 1 133 Comércio 15 442 391 427 132 50 4 1.461 Serviços 23 493 563 919 499 221 5 2.723 Administração pública 0 11 61 213 269 244 8 806 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 1 18 14 19 12 5 0 69 Outros/ignorado 0 1 0 0 0 0 0 1 Total 46 1089 1145 1728 965 536 19 5528 Paranoá Indústria de transformação 0 31 24 39 12 4 0 110 Construção civil 0 7 5 10 8 5 0 35 Comércio 5 402 347 335 113 47 3 1.252 Serviços 3 156 163 176 80 28 1 607 Administração pública 0 24 174 421 197 88 4 908 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 8 66 55 85 49 15 0 278 Total 16 686 768 1066 459 187 8 3190 Lago Sul Indústria de transformação 0 75 90 107 41 26 0 339 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 141 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Lago Sul Construção civil 4 201 224 459 282 191 14 1.375 Comércio 28 1.446 1.244 1.310 459 159 7 4.653 Serviços 31 2.054 2.748 3.899 2.021 1.148 61 11.962 Administração pública0 2.004 543 982 1.082 335 21 4.967 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 11 10 30 15 6 2 74 Total 63 5791 4859 6787 3900 1865 105 23370 São Sebastião Extrativa mineral 0 0 1 0 0 0 0 1 Indústria de transformação 5 78 80 103 45 18 4 333 Servicosindúst. de utilidade pública 0 0 0 2 0 0 0 2 Construção civil 0 17 12 26 10 4 0 69 Comércio 31 546 318 329 129 47 0 1.400 Serviços 2 159 192 183 77 17 0 630 Administração pública 0 20 79 228 104 46 3 480 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 2 1 8 6 2 1 20 Total 38 822 683 879 371 134 8 2935 Núcleo Bandeirante Extrativa mineral 0 1 0 0 0 1 0 2 Indústria de transformação 7 169 215 264 147 61 1 864 Serviços indústria.de utilidade pública 0 4 4 6 1 2 0 17 Construção civil 2 182 176 337 210 118 13 1.038 Comércio 44 1.536 1.429 1.952 1.068 407 29 6.465 Serviços 575 2.338 2.091 3.095 1.584 622 18 10.323 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 8 12 20 17 7 0 64 Total 628 4.238 3.927 5.674 3.027 1.218 61 18.773 Candangolândia Indústria de transformação 0 42 44 57 17 12 0 172 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 142 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Candangolândia Construção civil 0 6 0 7 3 0 0 16 Comércio 4 98 71 96 38 19 1 327 Serviços 2 57 87 111 87 43 2 389 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 0 0 0 0 1 0 1 Total 6 203 202 271 145 75 3 905 Riacho Fundo Extrativa mineral 1 11 9 10 3 3 0 37 Indústria de transformação 0 46 44 35 21 10 1 157 Construção civil 0 49 47 94 61 28 1 280 Comércio 10 355 235 258 115 55 0 1.028 Serviços 3 178 188 259 125 40 3 796 Administração pública 0 0 11 36 47 25 0 119 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 5 4 3 4 2 1 19 Total 14 644 538 695 376 163 6 2436 Taguatinga Extrativa mineral 0 0 0 1 0 0 0 1 Indústria de transformação 72 1.549 1.486 1.782 766 325 15 5.995 Serviços indústria de utilidade pública 25 113 200 556 914 608 24 2.440 Construção civil 47 1.611 2.146 3.918 2.275 1.242 39 11.278 Comércio 233 7.895 7.269 8.474 3.375 1.303 47 28.596 Serviços 114 5.528 6.703 9.380 4.586 1.848 107 28.266 Administração pública 0 237 630 1.622 1.844 1.147 56 5.536 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 1 49 52 78 35 22 2 239 Outros/ignorado 0 0 1 3 2 2 0 8 Total 492 16982 18487 25814 13797 6497 290 82359 Ceilândia Indústria de transformação 11 536 520 747 336 154 6 2.310 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 143 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Ceilândia Serviços indústria de utilidade pública 0 7 8 18 13 5 0 51 Construção civil 5 104 133 242 127 89 3 703 Comércio 152 2.833 2.535 3.063 1.127 539 24 10.273 Serviços 1.434 1.392 1.871 2.977 1.855 754 22 10.305 Administração pública 0 35 197 564 804 667 18 2.285 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 19 14 28 14 6 2 83 Total 1602 4926 5278 7639 4276 2214 75 26010 Samambaia Extrativa mineral 0 0 2 7 0 0 0 9 Indústria de transformação 13 996 929 946 373 134 6 3.397 Serviços indústria de utilidade pública 4 6 23 44 52 53 2 184 Construção civil 0 66 71 112 53 40 1 343 Comércio 55 1.626 1.238 1.301 551 257 9 5.037 Serviços 85 562 623 840 410 203 11 2.734 Administração pública 0 21 154 403 231 99 2 910 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 1 30 32 62 42 23 1 191 Total 158 3307 3072 3715 1712 809 32 12805 Gama Extrativa mineral 0 2 2 4 2 4 0 14 Indústria de transformação 18 297 389 616 257 89 4 1.670 Serviços indústria de utilidade pública 0 1 0 0 1 0 0 2 Construção civil 0 58 52 133 70 35 2 350 Comércio 27 1.405 1.283 1.374 598 193 12 4.892 Serviços 19 772 1.006 1.633 888 370 32 4.720 Administração pública 0 22 146 607 1.021 623 20 2.439 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 144 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Gama Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 34 36 75 35 19 0 199 Total 64 2591 2914 4442 2872 1333 70 14286 Santa Maria Extrativa mineral 0 0 1 4 1 0 0 6 Indústria de transformação 1 159 146 203 88 44 1 642 Construção civil 0 5 6 3 4 4 0 22 Comércio 29 438 355 373 149 64 4 1.412 Serviços 1 171 173 234 112 59 2 752 Administração pública 0 12 83 220 227 168 4 714 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 3 102 78 126 62 26 0 397 Total 34 887 842 1163 643 365 11 3945 Recanto das Emas Extrativa mineral 0 1 0 2 0 0 0 3 Indústria de transformação 4 257 392 541 232 98 4 1.528 Serviços indústria de utilidade pública 0 0 0 1 0 0 0 1 Construção civil 0 27 27 34 26 16 0 130 Comércio 18 775 638 713 285 112 2 2.543 Serviços 6 345 373 439 203 72 1 1.439 Administração pública 0 10 63 79 40 17 1 210 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 1 8 12 0 0 0 21 Total 28 1416 1501 1821 786 315 8 5875 Brazlândia Extrativa mineral 0 0 0 0 0 1 0 1 Indústria de transformação 0 70 69 69 38 19 0 265 Construção civil 0 29 27 72 26 12 1 167 Comércio 26 676 477 550 237 83 1 2.050 Serviços 7 227 265 423 293 137 10 1.362 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 0 45 40 74 30 6 1 196 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 145 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Total 33 1047 878 1188 624 258 13 4041 Sobradinho Extrativa mineral 0 21 23 44 28 15 0 131 Indústria de transformação 14 370 381 488 267 93 3 1.616 Serviços indústria de utilidade pública 0 1 8 8 5 0 0 22 Construção civil 0 36 47 73 41 20 0 217 Comércio 53 1.386 1.171 1.207 515 191 10 4.533 Serviços 510 1.189 1.148 1.869 1.053 427 24 6.220 Administração pública 0 17 116 414 572 425 15 1.559 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 2 74 78 127 63 25 2 371 Total 579 3094 2972 4230 2544 1196 54 14669 Planaltina Extrativa mineral 0 4 2 5 4 0 0 15 Indústria de transformação 7 187 187 270 98 37 1 787 Serviços indústria de utilidade pública 0 2 5 15 17 11 0 50 Construção civil 0 9 9 14 8 5 0 45 Comércio 40 1.106 891 1.030 348 133 5 3.553 Serviços 8 517 662 1.146 726 371 9 3.439 Administração pública 0 34 135 353 408 245 15 1.190 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 8 333 327 412 234 105 2 1.421 Total 63 2192 2218 3245 1843 907 32 10500 Fora do Distrito Federal Comércio 0 0 0 1 0 0 0 1 Serviços 0 1 0 0 0 0 0 1 Total 0 1 0 1 0 0 0 2 Ignorado Construção civil 0 36 74 149 109 146 11 525 Total 0 36 74 149 109 146 11 525 Total Extrativa mineral 3 54 85 131 102 84 2 461 Indústria de transformação 329 7.405 8.060 10.873 5.002 2.076 106 33.851 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 146 Tabela75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. REGIÃO ADMINISTRATIVA SETOR ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Serviços indústria de utilidade pública 33 440 939 1.890 2.378 1.815 51 7.546 Construção civil 183 6.087 7.926 15.468 10.212 6.841 388 47.105 Comércio 1.241 40.882 36.341 41.623 16.593 6.472 299 143.451 Serviços 4.073 58.074 75.136 116.664 73.073 36.050 1.947 365.019 Administraçãopública 33 60.858 43.444 108.225 114.009 66.836 4.161 397.566 Agropecuária, extr. vegetal, caca e pesca 38 1.165 1.077 1.753 1.227 748 51 6.059 Outros/ignorado 0 2 5 12 3 3 0 25 Total 5.933 174.967 173.013 296.639 222.599 120.925 7.005 1.001.083 Fonte: RAIS - Decreto nº 76.900/1975 - CGET/DES/SPPE/MTE. Obs.: No total estão incluídos os outros/ignorados. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 147 Figura73 – Indicação dos setores mais empregadores e distribuição do número de empregos por Região Administrativa do DF Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 148 4.2 TAXA DE DESEMPREGO NO DISTRITO FEDERAL A Pesquisa Distrital por Amostragem de Domicílio realizada em 2004 (PDAD 2004) apresentou um levantamento relacionado à questão do desemprego no Distrito Federal, no qual apontava, naquele momento, uma taxa de desemprego de 18,2%, onde as situações mais críticas foram apontadas nas Regiões Administrativas de Planaltina, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Estrutural e Itapoã. A Tabela 76 apresenta os resultados de percentagem de empregados sem carteira assinada e da taxa de desemprego e encontrados pela PDAD 2004 para as regiões Administrativas do DF. Tabela76 – Número de empregados sem carteira assinada e taxa de desemprego em 2004 Regiões Administrativas Empregados sem Carteira Assinada (%) Taxa de Desemprego (%) I Brasília 8,4 7,1 II Gama 11,7 22,0 III Taguatinga 11,3 16,7 IV Brazlândia 16,0 26,1 V Sobradinho 11,9 22,0 VI Planaltina 19,4 27,7 VII Paranoá 18,2 26,8 VIII Núcleo Bandeirante 15,6 18,0 IX Ceilândia 12,9 17,2 X Guará 10,2 14,8 XI Cruzeiro 6,0 11,1 XII Samambaia 13,4 23,3 XIII Santa Maria 18,4 25,7 XIV São Sebastião 18,6 16,5 XV Recanto das Emas 8,4 20,6 XVI Lago Sul 5,4 2,2 XVII Riacho Fundo 17,1 17,1 XVIII Lago Norte 3,8 7,5 XIX Candangolândia 8,8 17,9 XX Águas Claras 5,0 13,0 XXI Riacho Fundo II 15,0 19,5 XXII Sudoeste/Octogonal 2,3 2,2 XXIII Varjão 14,0 23,1 XXIV Park Way 7,9 10,0 XXV SCIA (Estrutural) 22,9 29,8 XXVI Sobradinho II 9,6 18,1 XXVII Itapoã 30,7 29,2 DISTRITO FEDERAL 25,6 18,2 Fonte: Pesquisa Distrital por Amostragem de Domicílio - 2004 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 149 A Pesquisa de Emprego e Desemprego da Secretaria de Trabalho e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou o menor índice de desemprego dos últimos 18 anos em março 2010. A taxa de desemprego variou de 14,1%, em fevereiro, para 14,7%, em março. Em contrapartida, a População Economicamente Ativa permaneceu estável. Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego total no DF caiu de 17,2% para 14,7%. A Administração Pública registrou a maior redução nos postos de trabalho e extinguiu nove mil vagas, totalizando uma diminuição de 4,5%. Os setores de Comércio, com três mil novas vagas, e a Construção Civil, com cinco mil contratações, ampliaram seus postos de emprego em 1,6% e 7,9%, respectivamente. Essa situação contrasta marcadamente com a de meados dos anos 1990s. O Distrito Federal apresentava elevação na taxa de desemprego desde 1994. A taxa média anual apurada naquele ano situava-se em 14,5% da PEA; em 1995 subiu para 15,7%; em 1996, para 16,8%; em 1997 elevou-se para 18,1%; em 1998 atingiu 19,4%; mantendo-se em 21,6% da PEA em 1999. O contingente de desempregados em 1999 atingiu a média de 189,4 mil pessoas. Quanto ao nível ocupacional, a quantidade de pessoas ocupadas atingiu a média de 686,5 mil pessoas, mostrando redução de 0,8% frente à média de 1998. O atual perfil do desempregado no Distrito Federal se apresenta da seguinte forma: a maior parte dos desempregados concentra-se na faixa etária de 18 a 24 anos, salientando-se que o desemprego cresce em todas as faixas; há predominância de baixa escolaridade entre os desempregados (a maior parte com primeiro grau incompleto), mas ocorrendo crescimento para todos os níveis de escolaridade; o crescimento do desemprego é maior para as mulheres; aumenta o número de pessoas desempregadas em todos os grupos de Regiões Administrativas, sendo mais intenso nas RAs de renda média mais baixa. 4.3 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL E ESPACIAL DA RENDA Seria a capital da República uma sociedade com desigual distribuição de renda entre seus habitantes? Na busca de respostas para essas perguntas, utilizou-se de dois indicadores: renda média mensal domiciliar e renda média mensal por habitante, ambos indicadores desagregados por região administrativa. Os números revelam um quadro bastante diferenciado entre RAs. Por exemplo, a renda média mensal domiciliar do Lago Sul é de 43,4 salários mínimos, a de Brasília é de 19,3, enquanto que a de Santa Maria é de 3,7, a do Varjão de 2,8 e a do Itapoã de 1,6. Já em termos de renda média mensal por residente, os números são: Lago Sul – 10,8 salários mínimos; Brasília – 6,8; Santa Maria – 0,9; Varjão – 0,8; e Itapoã – 0,4. Fica evidente mais uma característica da capital brasileira: uma significativa diferença em níveis de renda entre as suas diferentes regiões administrativas. Isso tem, sem dúvida, consequências para as atividades econômicas predominantes em cada uma delas, como será detalhado adiante neste documento. Renda é usualmente expressa como o somatório de recebimentos compostos por aluguéis, lucros, salários e juros. Na Tabela 77 são apresentados os dados sobre a Renda Média Domiciliar Mensal e sobre a Renda Domiciliar Per Capita Mensal nas Regiões Administrativas do Distrito Federal. Esses dados possibilitam a visualização das regiões administrativas com os maiores rendimentos mensais, assim como as de menores rendimentos e, por conseguinte, aquelas comunidade mais suscetíveis aos problemas socieconômicos. De acordo com as informações obtidas no ano de 2004 pela SEPLAN\CODEPLAN, a renda média domiciliar bruta mensal no Distrito Federal era da ordem de 9,0 salários mínimos. As quatro maiores rendas (em salários mínimos) Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 150 foram encontradas no Lago Sul (43,4), Lago Norte (34,3), Sudoeste/Octogonal (24,1) e Brasília (19,3). Em contrapartida, as três menores rendas mensais (em termos de salários mínimos) estão em Itapoã (1,6), na Estrutural (1,9) e no Varjão (2,8). Tabela77- Renda Média Domiciliar Mensal e Renda Domiciliar Per Capita Mensal, segundo as Regiões Administrativas - Distrito Federal – 2004 (renda em salários mínimos). Distrito Federal e Regiões Administrativas Renda Domiciliar Mensal Renda Per Capita Mensal Distrito Federal 9,0 2,4 RA I - Brasília 19,3 6,8 RA II - Gama 6,0 1,6 RA III - Taguatinga 9,6 2,5 RA IV - Brazlândia 3,4 0,8 RA V - Sobradinho 9,2 2,4 RA VI- Planaltina 3,2 0,8 RA VII - Paranoá 5,2 1,2 RA VIII - Núcleo Bandeirante 8,3 2,4 RA IX - Ceilândia 4,7 1,2 RA X - Guará 12,3 3,3 RA XI - Cruzeiro 12,1 3,1 RA XII – Samambaia 4,0 1,0 RA XIII - Santa Maria 3,7 0,9 RA XIV - São Sebastião 5,2 1,4 RA XV - Recanto das Emas 3,9 0,9 RA XVI - Lago Sul 43,4 10,8 RA XVII - Riacho Fundo 5,9 1,5 RA XVIII - Lago Norte 34,3 7,8 RA XIX - Candangolândia 8,3 2,2 RA XX - Águas Claras 12,4 3,3 RA XXI - Riacho Fundo II 3,3 0,9 RA XXII - Sudoeste/Octogonal 24,1 8,6 RA XIII - Varjão 2,8 0,8 RA XXIV - Park Way 19,6 4,9 RA XXV - SCIA (Estrutural) 1,9 0,4 RA XXVI - Sobradinho II 6,5 1,7 RA XXVIII - Itapoã 1,6 0,4 Fonte: SEPLAN/CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD, 2004. (1) Para a Região Administrativa XXVII Jardim Botânico, não existem informações por ela ter sido criada após o término da pesquisa, O MESMO OCORRE COM A REGIÃO ADMINISTRATIVA XXX VICENTE PIRES. (2) A RegiãoAdministrativa XXIX SIA foi criada em 2005 e não possui unidades residenciais. A Figura74 apresenta a distribuição espacial da renda média domiciliar mensal nas Regiões Administrativas do DF, de acordo com os dados disponibilizados na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios realizada em 2004. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 151 Figura74 – Distribuição Espacial da Renda Média Domiciliar Mensal segundo as Regiões Administrativas do DF – PDAD 2004. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 152 Essa desigual distribuição de renda mensal entre regiões administrativas tem claro rebatimento em termos de atividades econômicas predominantes, nos diferentes espaços regionais dentro do Distrito Federal. Por outro lado, as interfaces entre população e ambiente são também diferenciadas espacialmente. Preocupações ambientais que tendem a predominar em comunidades de alta renda (tais como manutenção e ampliação de áreas verdes) tendem a receber menor prioridade em comunidades de baixo nível de renda média. Nessas comunidades, preocupações com disposição de lixo residencial, acesso à água encanada e ao saneamento básico ainda resumem as grandes preocupações ambientais da comunidade. Assim, tal distância entre prioridades ambientais é um desafio significativo para o desenvolvimento de um ZEE. Essa significativa variação em nível de renda domiciliar entre regiões administrativas reside, ainda, no fato de a grande maioria dos funcionários públicos graduados, profissionais liberais, comerciantes e demais membros da sociedade que percebem rendimentos mais elevados residirem nestas regiões administrativas. Já as regiões administrativas que apresentam menores rendas domiciliares mensais foram criadas a partir das chamadas invasões e assentamentos, onde a população apresenta diversas vulnerabilidades socioeconômicas, como também baixo nível de escolaridade e qualificação profissional. Os dados anteriores parecem indicar uma característica marcante do Distrito Federal, que será mais bem evidenciada na continuação deste Relatório: um desempenho positivo de certos indicadores socioeconômicos, quando considerados em seu conjunto e relativamente à média brasileira e a de outras unidades da Federação. No entanto, esse desempenho apresenta variações significativas quando considerado por suas subáreas (Regiões Administrativas). Em outras palavras, o Distrito Federal parece ser um mosaico socioeconômico, mais do que um todo uniforme. Esse mosaico fica mais uma vez evidenciado, quando se observa que as maiores rendas domiciliares por residente também apresentam características semelhantes em sua distribuição entre as RAs. Lago Sul (10,8), Lago Norte (7,8), Sudoeste/Octogonal (8,6) e Brasília (6,8) apresentam as maiores. Já as menores rendas são aquelas do Itapoã e da Estrutural (0,4). Analisando a distribuição da renda domiciliar mensal segundo as classes, as mais significativas são as classes de renda de 2 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos, com 20,1% e 23,7% dos domicílios, respectivamente. Outra consequência importante da diversidade espacial das atividades econômicas é a desigual distribuição de renda que, como já foi destacado, caracteriza o espaço geográfico da Capital Federal. A Tabela B.3, no Anexo B, mostra que as remunerações médias superiores da administração pública elevam a renda média da RA onde essas atividades predominam (RA-I Brasília) relativamente à renda média das RAs onde outras atividades econômicas são dominantes. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 153 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: SUBSÍDIOS PARA O ZEE Inúmeras informações e análises apresentadas neste Diagnóstico Socioeconômico do Distrito Federal serão úteis nas próximas etapas de elaboração do Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE, do Distrito Federal. À guisa de conclusão, destacamos algumas das características socioeconômicas marcantes da capital do Brasil. Esse destaque não deve ser interpretado como uma antecipação de conclusões futuras, mas sim como pontos centrais, que serão, sem dúvida, analisados e avaliados nas próximas etapas de execução deste ZEE-DF. 1. A taxa de crescimento atual da população ainda é superior à taxa média de crescimento anual da população brasileira, o que indica que a Capital da República continua atraindo pessoas para o seu território.Tal fato representa um desafio em termos de ocupação e uso do espaço geográfico desta unidade da Federação, pois, sendo a densidade demográfica já elevada, uma mudança na sua distribuição nas diferentes áreas implica mudanças significativas em termos de emprego, habitação e transporte no Distrito Federal. 2. A redução na participação dos jovens e o aumento no número de idosos indicam o surgimento de novas demandas sociais.Entre essas demandas podem ser mencionadas as por estabelecimentos de repouso e de assistência médica para idosos, por facilidades para locomoção e para acesso de pessoas com maiores limitações físicas, por opções de lazer e para socialização distintas das opções ofertadas para uma população jovem. E novas demandas tendem a estimular novas ofertas por empreendedores motivados, o que resulta em rebatimentos em termos de ocupação do espaço geográfico. 3. Apesar da importância de Ceilândia, Taguatinga e de Brasília como regiões administrativas concentradoras dos maiores contingentes populacionais do Distrito Federal, essas três RAs contam com pouco menos de 40% de toda a sua população aqui residente.Não obstante, a população dessas RAs apresenta tendência à estabilidade tanto em termos absolutos quanto em termos relativos. Por outro lado, destacam-se o Itapuã, que já conta com 2,2% da população para o ano de 2004, superando a do Paranoá, que atingiu 1,9% no mesmo ano, e Recanto das Emas com quase 5% de toda a população residente no Distrito Federal. Essas RAs, em situação oposta às três mencionadas acima, deverão ainda aumentar o número absoluto de seus residentes, assim como suas participações relativas na população total do DF. O ZEE do DF deverá contemplar essas diferenças quando da avaliação das vulnerabilidades e das potencialidades desse espaço geográfico. 4. Uma característica marcante do Distrito Federal é um desempenho positivo de certos indicadores socioeconômicos do DF, quando considerados em seu conjunto e relativamente à média brasileira e a de outras unidades da Federação.Um exemplo de tais indicadores é o nível de instrução da população, muito elevado comparativamente ao resto do País. No entanto, esse desempenho apresenta variações significativas entre suas subáreas (Regiões Administrativas). Em outras palavras, o Distrito Federal parece ser um mosaico socioeconômico, mais do que um todo uniforme. 5. Outro exemplo desse mosaico é o PIB per capita do Distrito Federal, o mais elevado entre os de todas as unidades da Federação brasileira. Essa desigual distribuição de renda mensal entre regiões administrativas tem claro rebatimento em termos de atividades econômicas predominantes nos diferentes espaços regionais dentro do Distrito Federal. Por outro lado, as interfaces entre população e ambiente são também diferenciadas espacialmente. Preocupações ambientais que tendem a predominar em comunidades de alta renda (tais como, manutenção e ampliação de áreas verdes)recebem, em geral, menor prioridade em comunidades de baixo nível de renda média. Nessas comunidades, preocupações com disposição de lixo residencial, acesso à água encanada e a saneamento básico ainda resumem as grandes preocupações ambientais da comunidade. Essa distância entre prioridades ambientais é um desafio significativo para o desenvolvimento de um ZEE. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 154 6. Apesar daimportância da administração pública para a geração de emprego e renda no Distrito Federal, cada vez mais as RAs dependem de atividades econômicas privadas para a geração de empregos, em especial dos serviços, do comércio, da construção civil e da indústria. Quanto ao setor agropecuário do Distrito Federal, é pequena a participação do seu PIB no PIB total, além de o setor apresentar impactos ambientais potenciais significativos, em especial em termos de demanda de água para irrigação.Por outro lado, as atividades econômicas do Distrito Federal são mais diversificadas do que análises agregadas permitem perceber e isso tem consequências muito relevantes para decisões de planejamento econômico do Distrito Federal e, em particular, para o Zoneamento Ecológico e Econômico do Distrito Federal. 7. Em termos de infraestruturas social e econômica, a situação do DF parece ser privilegiada neste momento.Não obstante, uma avaliação criteriosa deve ser feita em termos das pressões sobre essas infraestruturas em relação às mudanças previstas na socioeconomia distrital nos próximos anos.Dessa forma, é importante avaliar, por exemplo, quais serão as consequências dessas mudanças para a gestão de resíduos sólidos no Distrito Federal. Por outro lado, as boas condições infraestruturais do DF representam um dos principais contrastes (longe de ser o único) entre a Capital da República e a região circunvizinha. É bastante visível o quanto a prosperidade do Distrito Federal contrasta com condições de pobreza dos municípios que o cercam. O ZEE do DF não pode desconsiderar tais contrastes. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 155 4.5 BIBLIOGRAFIA ADH.Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - 2000. Brasília: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Disponível em: . Último acesso em 30 de agosto de 2004. BNDES. Rio de Janeiro: BNDES. Disponível em Último acesso em 30 de agosto de 2004. BOCCUCCI, Ana Maria Peres França e LEONCY, Carla Andréa. Algumas Características Migratórias do Distrito Federal e Entorno. Brasília: NEP/CODEPLAN, Distrito Federal, 2000. CODEPLAN.Regiões Administrativas do Distrito Federal. Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central. Disponível em Último acesso em 30 de agosto de 2004. CORDEIRO NETTO, Oscar, BALTAR, A.M. e PIMENTEL, C.E. B. Critérios para Outorga de Uso da Água para Irrigação: o Caso da Bacia do Rio Preto no Distrito Federal. In: Anais do I Simpósio de Recursos Hídricos do Centro Oeste, Brasília, artigo 442, 2000. ESTADO DE GOIÁS. Entorno do DF – Especiais - Planejamento do Desenvolvimento Regional. Goiânia: Governo do Estado de Goiás, setembro 1990. FECOMÉRCIO-SEBRAE/DF. 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Neste documento, são tratados aqueles de natureza material (igrejas, casas, palácios, etc.) e imaterial (atividades culturais, por exemplo) no Distrito Federal e Entorno que são considerados bens culturais e, mais especificamente, aqueles protegidos através do tombamento, que é, na realidade, um Ato Administrativo do Poder Público. No caso de Brasília, a superfície abrangida pelo tombamento é delimitada a leste pela orla do lago Paranoá (inclusive o espelho do Lago!), a oeste pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento – EPIA, ao sul pelo córrego Vicente Pires e ao norte pelo córrego Bananal. Neste contexto, uma característica marcante de Brasília é o conjunto arquitetônico de edifícios projetados por Oscar Niemeyer, na Esplanada dos Ministérios; a Rodoviária e a Torre de TV,por Lúcio Costa; e demais edifícios projetados por outros arquitetos que deixaram nesta cidade um grande legado arquitetônico, fortemente relacionado à nossa identidade cultural. O conjunto urbanístico de Brasília está legalmente protegido na esfera Federal pelo Livro do Tombo Histórico, inscrição nº 532, e regulamentado pela Portaria nº 314/92 IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Na esfera do Distrito Federal, pelo Decreto nº 10.829, de 14 de outubro de 1987. Em nível internacional, pela Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, inscrição nº 445, de 7 de dezembro de 1987. Na visão de Ramos (2005), o conceito atual de patrimônio cultural resulta de um longo processo de construção que trabalha com as perspectivas internacional, nacional e local. Nestes termos, tanto no Brasil quanto em outros países, ocorreram mudanças bastante significativas na concepção do patrimônio histórico. Estas modificações resultaram em importantes alterações na prática da preservação. Este autor procura, em seu trabalho, avaliar até que ponto esta perspectiva tridimensional de formação do conceito de patrimônio cultural foi, de fato, incorporada institucionalmente e influencia na preservação de Brasília. Para isso utilizou-se a análise de documentos diversos, entre eles, leis e projetos de lei referentes à Capital. Segundo o autor acima citado, as modificações na prática de preservação foram influenciadas, sobretudo, pelas alterações conceituais, mais especificamente pelo novo conceito – mais abrangente – de patrimônio cultural que deu fundamento às práticas atuais. A seu ver, no caso de Brasília, as alterações ainda não foram totalmente assimiladas, resultando em embates na política de preservação, com consequências que se propagam, até o momento atual. 5.2 SUBSISTEMA: PATRIMÔNIO CULTURAL MATERIAL 5.2.1 Plano Urbanístico de Brasília A cidade de Brasília faz parte de um programa arquitetônico de conceito modernista, cuja implantação atingiu uma escala inédita, tornando-se, por esta razão, um ícone importante da história da humanidade (Leitão, 2009). O Plano Urbanístico de Brasília foi elaborado por Lúcio Costa e sua fundamentação está baseada no Relatório do Plano Piloto do ano de 1957. As escalas utilizadas para a organização do Plano Piloto foram então apresentadas no relatório de nome Brasília Revisitada. Portanto, as qualidades urbanas encontradas na cidade de Brasília estão baseadas nos conceitos destas quatro escalas específicas: Monumental, Residencial, Bucólica e Gregária. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 159 Cada escala caracteriza e determina quais os tipos de usos e de atividades poderão ser desempenhadas, definindo os aspectos correlacionais entre as diversas dimensões e funções adequadas para os outros ordenamentos espaciais que caracterizam as áreas e setores. Ademais, as quatro escalas são percebidas em todas as localidades do Plano Piloto. Muito embora ocorra o predomínio de uma destas escalas em cada área, as outras estão sempre presentes. Segue abaixo uma breve descrição, ainda de acordo com o IPHAN. Monumental: A escala monumental é representada pelo Eixo Monumental, onde se encontra o poder político do País. De acordo com Lúcio Costa, a escala monumental representa uma expressão palpável e consciente, de valor e significado. As características dos monumentos teriam, neste contexto, a função de distinguir os espaços de celebração, poder e socialização, entre outros. Outras características seriam as apresentações de grandes espaços, de arquiteturas em destaque e a ausência de restrições à visualização. O objetivo desta escala, na visão de seu idealizador, era imprimir na cidade desde o início um traço inquestionável de efetiva Capital do Brasil. Gregária: A escala gregária compreende as áreas de convergência da população, representada, principalmente, pela Rodoviária do Plano Piloto, representação simbólica da união do Distrito Federal com as outras cidades. Ela representa, portanto, os espaços e arquiteturas cuja destinação remete à convivência de funções e atividades de maior intensidade. Embora essa escala seja encontrada em maior proporção no centro da cidade, também está presente nos setores residencial e monumental. Seu principal aspecto intencional foi o de criar um espaço urbano que propiciasse o encontro entre os seus membros. Residencial: A base dessa escala é a superquadra, de função residencial, considerada inovadora. Representa o sentido mais amplo de moradia, atrelando-a à família e à sociedade. Ademais, o uso de pilotis propõe a plena acessibilidade aos pedestres, enquanto o contato direto com amplos espaços de natureza propõe uma nova relação com este meio, bem diversa daquelas encontradas em outros centros urbanos brasileiros. Este novo modo de morar está baseado na sequência contínua de quadras residenciais que dialogam com áreas verdes densamente arborizadas e com os demais equipamentos públicos e privados (comércio, igrejas, bibliotecas, etc.) que atendem às necessidades básicas dos habitantes. Bucólica: O termo em questão remete ao ambiente visto nas áreas campestres do interior, composto por uma grande extensão de espaços livres e densamente arborizados que preservam, na medida do possível, a cobertura vegetal do cerrado pré-existente, fazendo fronteira com as áreas compostas pelos edifícios. Dentre estas áreas estão os jardins, Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e, também, as áreas internas e terrenos isolados dos setores e quadras. Vale ressaltar que Brasília procura harmonizar as edificações de grande porte, as vias de acesso automotivo e os monumentos com esta cobertura vegetal natural. 5.2.2 Sítios Arqueológicos Os sítios arqueológicos e paleontológicos fazem parte do patrimônio cultural material nacional, de modo que a competência para legislar é da União, e a gestão deste patrimônio está a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A região do Distrito Federal é considerada pela comunidade científica uma área com grande potencial de ocorrência de povoamentos pré-históricos, uma vez que a sua localização centralizada confere à região uma qualidade para a instalação de caminhos possivelmente utilizados pelos habitantes do passado remoto. Ao avaliarmos a disponibilidade de acervos bibliográficos pertinentes à pré-história da região do DistritoFederal, verifica-se uma grande carência de informações disponíveis sobre o tema. Neste Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 160 contexto, merece destaque os estudos realizados pelo arqueólogo Eurico Teófilo Miller, que encontrou em 1991 dois sítios pré-históricos localizados na região do Gama, mais precisamente nas cabeceiras do córrego Ipê, hoje Universidade Holística e Cidade da Paz.Neles foram encontrados restos de cerâmica e artefatos de pedra(líticos), espalhados em uma área de quase 3.000m 2 . Em 1993 o mesmo pesquisador descobriu em Taguatinga, cinco sítios pré-cerâmicos, na área do córrego Melchior, e, durante o ano de 1994, mais 16 sítios arqueológicos foram encontrados na área do rio Descoberto, dos quais nove eram de grupos pré-cerâmicos, dois de cerâmicos e cinco taperas de fazendas coloniais. Cabe destacar que, antes das pesquisas pioneiras realizadas pelo Dr. Miller no Distrito Federal, foram registrados grandes progressos na pesquisa arqueológica de sítios e abrigos pré- históricos no vizinho município de Formosa, com destaque para o Sítio do Bisnau, que é um grande lagedo situado numa fazenda, com centenas de desenhos misteriosos cavados na pedra calcária. Estima-se que o local tenha servido de pouso para tribos de caçadores nômades num passado remoto. O Distrito Federal possui atualmente 18 sítios arqueológicos catalogados pelo IPHAN, que nunca foram escavados, não permitindo, neste momento, confirmações científicas mais precisas.São eles: Sítio arqueológico situado no Parque Nacional de Brasília; Sítio arqueológico Amarelinho,situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Caboclo,situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Cantinho, situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Marica, situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Retiro, situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Zico, situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Gama; Sítio arqueológico Capoeira, situado próximo ao córrego Capoeira, na cidade de Brazlândia; Sítio arqueológico Capão da Onça, situado próximo ao córrego do Capão da Onça, na cidade de Brazlândia; Sítio arqueológico Melchior, situado próximo ao rio Melchior, na cidade de Ceilândia; Sítio arqueológico São Francisco situado próximo ao rio Melchior na cidade de Ceilândia. Sítio arqueológico DF-CA-013, DF-PA-13, situado próximo ao rio Melchior, na cidade de Ceilândia; Sítio arqueológico Ipê situado próximo ao córrego do Ipê na cidade do Núcleo Bandeirante; Sítio arqueológico Mineiro, situado próximo ao córrego do Ipê, na cidade do Núcleo Bandeirante; Sítio arqueológico Taguatinga, situado próximo ao ribeirão Taguatinga, na cidade de Samambaia; Sítio arqueológico DF-CA-012, DF-PA-12, situado próximo ao ribeirão Taguatinga, na cidade de Samambaia; Sítio arqueológico DF-CA-015, DF-PA-15, situado próximo ao ribeirão Taguatinga, na cidade de Samambaia; Sítio arqueológico Recanto, situado próximo ao ribeirão Ponte Alta, na cidade do Recanto das Emas. Em caráter de hipótese, alguns desses sítios pré-cerâmicos encontrados no DF poderiam datar de 7.000 a 7.500 anos de idade, data que coincide com a instauração do atual ótimo climático da Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 161 região. Outra hipótese muito aceita é que poderiam ter convivido no Distrito Federal duas culturas indígenas distintas, uma mais antiga formada por caçadores pré-cerâmicos, e outra, de apenas mil anos, e ambas chegando até a invasão colonizadora. Dentre os dispositivos legais que tratam do assunto merece destaque a Lei nº 3.924, de 1961, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos, e a Lei nº 9.605, de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e ao patrimônio arqueológico. Os sítios arqueológicos representam um recurso cultural frágil e não renovável, de forma que a política de proteção do patrimônio arqueológico deve ser sistematicamente integrada às demais políticas setoriais, em especial àquelas relacionadas ao uso e ocupação do solo, cultura, meio ambiente e educação. Desta forma, todos os projetos de desenvolvimento econômico e social a serem implantados na área do DF, na atualidade e no futuro, e que possam impactar o solo e o subsolo necessitam atender à atual legislação de Proteção e de Preservação do Patrimônio Arqueológico e Cultural, tais como: DL nº 25, de 30 de novembro de 1937, do IPHAN; Portaria nº 7, de lº de dezembro de 1988; Portaria nº 230, de 17 de dezembro de 2002, e a Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986. Tais instrumentos regem o gerenciamento do Patrimônio Arqueológico e Cultural sob a responsabilidade do Centro Nacional de Arqueologia do IPHAN. De forma complementar, o documento técnico do PDOT aponta alguns mecanismos que deverão ser observados para promover a conservação do patrimônio cultural, dentre eles, a necessidade de identificar, registrar e preservar os bens de natureza material; a importância de unificar acervos e de estimular a participação da comunidade na preservação do patrimônio; a necessidade de avaliar as interferências nas áreas de vizinhança a bens protegidos; de revitalizar as áreas degradadas e de potencializar as áreas de interesse; e a necessidade de instituir instrumentos econômicos e incentivos fiscais, como a criação do Fundo de Promoção do Patrimônio Cultural do Distrito Federal. 5.3 IDENTIFICAÇÃO DOS BENS DE VALOR HISTÓRICO ARTÍSTICO E CULTURAL Até o ano de 2007, o Distrito Federal possuía três bens tombados individualmente na esfera federal: o Catetinho, a Catedral Metropolitana de Brasília e a Placa de Rui Barbosa. Ademais, tinha o próprio Plano Piloto como conjunto urbano tombado. Neste ano, foi realizado o tombamento federal de várias das obras de Oscar Niemeyer: Tabela78 - Conjunto de bens tombados pelo IPHAN no ano de 2007 Palácio da Alvorada Palácio do Jaburu Palácio do Planalto Supremo Tribunal Federal Congresso Nacional Praça dos Três Poderes (projeto de Lúcio Costa) Museu da Cidade Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 162 Tabela78 - Conjunto de bens tombados pelo IPHAN no ano de 2007 Casa de Chá Espaço Lúcio Costa Pombal Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves Palácio da Justiça Palácio do Itamaraty e anexos Blocos Ministeriais e anexos Teatro Nacional Cláudio Santoro Conjunto Cultural Sul (Museu da República Honestino Guimarães, Biblioteca Nacional Leonel Brizola e a praça que integra esses edifícios) Touring Club do Brasil Memorial JK Memorial dos Povos Indígenas Complexo Cultural Funarte Igrejinha (Capela Nossa Senhora de Fátima) Espaço Oscar Niemeyer Quartel General do Exército No entanto, além dos bens patrimoniais da lista anterior, informados em fontes secundárias do IPHAN/DF, o patrimônio cultural material do Distrito Federal e Entorno não se limita às obras de Oscar Niemeyer. A história de Brasília tem sido parcialmente reconhecida e preservada em vários outros monumentos e bens. Segue abaixo a lista do patrimônio cultural material, onde são apresentadas outras edificações tombadas como bens materiais anteriormente ou posteriormente às homenagens feitas ao arquiteto Niemeyer. a. Acervo do Arquivo Público: Acervo alocado em instituição arquivística pública do Poder Executivo, caracterizada como órgão central do Sistema de Arquivos do Distrito Federal – SIARDF. Este acervo é fruto da elaboração de estudos sobre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e foi criado em 14 de março de 1985,pelo Decreto Federal nº 8.530. b. Árvore do Buriti: Localizada na Praça dos Poderes Públicos do DF – Praça do Buriti – Brasília, RA I. Palmeira gigantesca de espique ereto, cilíndrico, inerme e glabro, até 50m de altura e 50 cm de diâmetro, nativa nos estados do Pará, Ceará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás, continuando até a Bolívia e Peru. Durante a construção, a palmeira do buriti foi escolhida como símbolo da cidade e, no ano de 1970, foi tombada. c. Biblioteca Nacional (Leonel Brizola): Parte do Conjunto Cultural da República, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, composto por prédios nos Setores Culturais Sul e Norte. A Biblioteca Nacional localiza-se na altura do que foi anteriormente o Gran-Circo-Lar. Na ala Norte, onde se encontra o Teatro Nacional, haverá Centro Musical, Conjunto Multiplex de Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 163 Cinemas e Lojas, e Cinema 180º. A Biblioteca Nacional de Brasília possui atualmente um acervo estimado em cerca de 100 mil livros. d. Blocos Ministeriais e Anexos: São os 17 prédios uniformemente distribuídos ao longo de duas vias que abrigam os Ministérios do Poder Executivo. e. Casa da Fazenda Gama: Localizada na Rodovia BR – 40, Saída Sul, Km 0, SAIS,no Park Way, DF. Exemplar da arquitetura vernácula existente na atual área do DF, referente aos séculos XVIII e XIX, com traços arquitetônicos do período colonial brasileiro. A Casa Fazenda Gama, residência onde o presidente Juscelino Kubitscheck ficou hospedado durante sua primeira visita ao Planalto Central, em 2 de outubro de 1956, foi tombada como patrimônio histórico e cultural do DF e está sob a proteção do GDF. f. Casa de Chá: Estrutura em meio subsolo, localizada na Praça dos Três Poderes, que atualmente passa por um processo de revitalização. g. Casa do Cantador: Inaugurada em 9 de novembro de 1986 e localizada em Ceilândia, a Casa do Cantador é considerada o Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel no Distrito Federal. O local é palco de apresentações de grandes nomes da cultura nordestina. Conta também com a biblioteca batizada de Patativa do Assaré, na qual é possível encontrar um grande acervo de cordéis. É uma edificação moderna, criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para homenagear a comunidade nordestina que habita o Distrito Federal. A Casa é a sede de artistas representantes da cultura popular nordestina. Ela também tem sido palco de grandes manifestações culturais, a exemplo dos Festivais Nacionais. h. Catedral Metropolitana de Brasília: Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi inaugurada em maio de 1970. Na praça de acesso, encontram-se quatro esculturas em bronze representando os evangelistas. No seu interior, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço. O batistério, em forma ovoide, possui um painel em lajotas cerâmicas pintadas por AthosBulcão. O campanário composto por quatro grandes sinos completa a obra arquitetônica. A cobertura tem um vitral composto por 16 peças em fibra de vidro inseridas entre os pilares de concreto, pintados por Marianne Peretti, em 1990. A imagem da padroeira Nossa Senhora Aparecida é uma réplica da original vista em Aparecida, SP. A Via Sacra é uma obra de Di Cavalcanti. Na entrada da catedral, encontra-se um pilar com passagens da vida de Maria, mãe de Jesus, pintados por Athos Bulcão. i. Catetinho: Primeiro imóvel tombado individualmente pelo IPHAN no Distrito Federal. Edifício de madeira com dois pavimentos, foi construído em dez dias e inaugurado em 10 de novembro de 1956.Servia como residência e sede do Governo Federal. Em 21 de julho de 1959, a pedido do então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, o Catetinho foi inscrito no Livro do Tombo Histórico do IPHAN, tombado pelo seu valor histórico, visto que foi a primeira construção edificada na área da Nova Capital e também a primeira sede administrativa pública no local. O projeto museo gráfico procura retomar as referências de época, preservando-se alguns objetos e o mobiliário original. Imagens fotográficas, bem como outros objetos, complementam as ambientações com o objetivo de propiciar ao público um testemunho vivo da grande aventura que foi a construção de Brasília. j. Centro de Ensino Metropolitano: Esta escola está localizada junto à Praça da Igreja Nossa Senhora Aparecida. A praça, a igreja, a escola e o campo de futebol contíguo constituem os últimos remanescentes do acampamento pioneiro da Vila Metropolitana. Esse conjunto Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 164 histórico configura um local de destaque no espaço urbano. A atual escola é formada por dois blocos remanescentes da construção original e por outros blocos acrescidos, quando da reforma e ampliação, executadas em 1990. k. Centro de Ensino Médio – EIT: Colégio localizado em Taguatinga. Antiga Escola Industrial de Taguatinga, possui dois espaços culturais e de socialização importantes para a comunidade de Taguatinga. São eles: Teatro da Praça e a Biblioteca Machado de Assis. l. Centro de Ensino Metropolitana: Colégio localizado no Núcleo Bandeirante. Os dois barracões da escola, construídos em madeira, no estilo rústico típico da época, são considerados, pela comunidade, um dos últimos e principais testemunhos históricos e simbólicos desse acampamento pioneiro, como também o são a Igreja Nossa Senhora Aparecida, o Campo de Futebol e a Praça da Igreja. m. Cine Brasília: Palco do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, resultado do desenho original de Oscar Niemeyer, o Cine Brasília foi inaugurado em 1960, quando a cidade contava apenas com duas salas de cinema no Núcleo Bandeirante. Desde sua inauguração, o cinema incorporou-se ao lazer, oferecendo conforto e novas oportunidades de entretenimento. É o único cinema público do DF. n. Complexo Cultural Funarte: Inaugurado em 13 de março de 1991 como Casa do Teatro Amador, o atual Teatro Funarte Plínio Marcos (artes cênicas) foi projetado por Oscar Niemeyer e faz parte do Complexo Cultural da Funarte em Brasília, juntamente com a Sala Funarte Cássia Eller (música). o. Concha Acústica: Projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela TERRACAP à Secretaria de Cultura, destinada a espetáculos ao ar livre. Localizada às margens do lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), a Concha Acústica do DF foi o primeiro grande palco de Brasília. O projeto de linhas arrojadas teve como objetivo a integração da arquitetura com a natureza. p. Congresso Nacional: O edifício do Congresso foi projetado por Oscar Niemeyer, seguindo o estilo da arquitetura moderna. O congresso ocupa também outros edifícios vizinhos, alguns deles interconectados por um túnel. O edifício é situado no meio do eixo monumental, a principal avenida da capital brasileira. A semiesfera à esquerda é o assento do Senado, e o hemisfério à direita é o assento da Câmara dos Deputados. Entre eles, há duas torres dos escritórios. Na frente, há um gramado. Na parte de trás, encontra-se a Praça dos Três Poderes, onde estão o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. O prédio está compreendido no patrimônio da UNESCO, como peça urbanística do Plano Piloto de Brasília, desde 1987. q. Conjunto Urbanístico do Plano Piloto: O primeiro núcleo urbano contemporâneo a ser inscrito na lista dos bens de valor universal, pelo Comitê do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da UNESCO em 1990. Foi tombado devido à importância das quatro escalas que caracterizam o projeto urbanístico, a saber: a escala monumental – marca de efetiva capital do País; a escala residencial – proporcionando novas concepções de vida; escala gregária – concepção do centro de Brasília, em torno daFigura 69 - Número de empreendimentos por sistema de preparo do solo. ..................................... 109 Figura 70 - Produção – lavoura temporária – em mil reais. ............................................................ 110 Figura 71 - Produção – lavoura permanente – em mil reais............................................................ 110 Figura 72 – Indicação dos setores mais empregadores e distribuição do número de empregos por Região Administrativa do DF ........................................................................................................ 147 Figura 73 – Distribuição Espacial da Renda Média Domiciliar Mensal segundo as Regiões Administrativas do DF – PDAD 2004. .......................................................................................... 151 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 10 Lista de Tabelas Tabela 1- Evolução da população do Distrito Federal, TMGCA e densidade demográfica – 1957- 2007................................................................................................................................................ 18 Tabela 2 - Indicadores demográficos, Distrito Federal – 1991-2005 ................................................ 20 Tabela 3 - Distribuição etária dos grandes grupos populacionais (%), DF – 1960-1991 ................... 21 Tabela 4 - Indicadores demográficos Distrito Federal – 1991-2005 ................................................. 21 Tabela 5 - População total e taxa média geométrica de crescimento anual, segundo as Regiões Administrativas, Distrito Federal – 1996-2000 ................................................................................ 23 Tabela 6 - População urbana do Distrito Federal segundo as Regiões Administrativas – 2004 ......... 24 Tabela 7- População urbana, segundo o último local de moradia no Distrito Federal (dados de 2004) ....................................................................................................................................................... 26 Tabela 8- Volume e taxa média anual de migração, segundo local da residência anterior para a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE (dados 1990-2000) ... 27 Tabela 9 - Indicadores de fecundidade – 1991-2005 ........................................................................ 28 Tabela 10 - Distribuição relativa das taxas específicas de fecundidade, Distrito Federal – 1991-2005 ....................................................................................................................................................... 28 Tabela 11 - Indicadores de mortalidade implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 1991-2005....................................................................................................................................... 30 Tabela 12 - Indicadores demográficos implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 2010- 2030................................................................................................................................................ 31 Tabela 13 - Indicadores de migração implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 1991- 2030................................................................................................................................................ 33 Tabela 14 - Taxas de fecundidade e natalidade implícitos na projeção populacional, DF – 2010-2030 ....................................................................................................................................................... 33 Tabela 15 - Indicadores de mortalidade implícitos na projeção populacional, Distrito Federal – 2010- 2030................................................................................................................................................ 34 Tabela 16 - Índice de desenvolvimento humano, Distrito Federal e Regiões Administrativas – 2003 ....................................................................................................................................................... 76 Tabela 17 - Níveis de escolaridade da população do Distrito Federal. Valores absolutos e percentuais (dados de 2004) .............................................................................................................................. 77 Tabela 18 - Nível de escolaridade e evasão escolar das Regiões Administrativas do DF – 2004 ...... 78 Tabela 19 - Distribuição dos domicílios, segundo o tipo e a condição de ocupação – 2007 .............. 79 Tabela 20 - Distrito Federal: domicílios com inadequação – 2007 ................................................... 80 Tabela 21 - Situaçao atual do sistema de água do Distrito Federal, 2008 ......................................... 83 Tabela 22 - Esgoto coletado e tratado por RA (m 3 /mês) .................................................................. 85 Tabela 23- Resumo da Situação Atual do Sistema de Esgotamento Sanitário do DF ........................ 86 Tabela 24- Matrículas totais e abandono no Distrito Federal, 2008. ................................................. 88 Tabela 25 - Evolução da evasão escolar no Ensino Médio do DF, Rede Pública e Particular Conveniada, 2004-2008. ................................................................................................................. 88 Tabela 26 - Hospitais e Leitos – Distrito Federal – 2004. ................................................................ 88 Tabela 27 - Unidades de saúde em funcionamento da Secretaria de Estado de Saúde - Distrito Federal - 2004-2008 ........................................................................................................................ 89 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 11 Tabela 28 - Quantitativo, média mensal e percentual de internações de pacientes residentes dentro e fora do DF, de janeiro a dezembro de 2008 ..................................................................................... 89 Tabela 29 – Número de agravos registrados por zoonoses no DF .................................................... 91 Tabela 30- Produto Interno Bruto a Preços de Mercado - Distrito Federal – 2003 ............................ 96 Tabela 31- Produto Interno Bruto per capita - Ranking por Estado – 2007 ...................................... 97 Tabela 32 - Distribuição do número de propriedades rurais por classes de área (ha) ........................ 98 Tabela 33 - Número de empreendedores da área rural do DF por tipo de atividade ........................ 101 Tabela 34 - Área e produção de grandes culturas no Distrito Federal – 2004-2008 ........................ 102 Tabela 35- Área e produção de hortaliças no Distrito Federal – 2004-2008 ................................... 103 Tabela 36 - Área e produção de frutíferas no Distrito Federal – 2004-2008 ................................... 104 Tabela 37- Efetivo de rebanho bovino, produção de carne e leite no Distrito Federal – 2004-2008 105 Tabela 38 - Efetivo do rebanho suíno e produção de carne no Distrito Federal – 2004-2008 .......... 105 Tabela 39 - Efetivo do rebanho ovino e produção de carne no Distrito Federal – 2004-2008 ......... 105 Tabela 40- Efetivo do rebanho caprino, produção de carne e produção de leite no Distrito Federal – 2004-2008..................................................................................................................................... 105 Tabela 41 - Efetivo das aves, produção de carne e ovos no Distrito Federal – 2004-2008 .............. 106 Tabela 42 - Área inundada e produção de carne na piscicultura no Distrito Federal – 2004-2008 .. 106 Tabela 43 - Número de colmeias e produção de mel no Distrito Federal – 2004-2008 ................... 106 Tabela 44 - Empresas de Indústria Extrativaintersecção dos eixos monumental e rodoviário; escala bucólica – confere caráter de cidade-parque, configurada em todas as áreas livres. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 165 r. Ermida Dom Bosco: A primeira edificação de alvenaria de Brasília, tem a forma de uma pequena pirâmide com base triangular bastante inclinada, revestida em mármore branco com uma cruz em metal no seu topo. Está construída sobre uma plataforma de lajes, em uma elevação às margens do lago Paranoá, com abertura triangular voltada para a cidade. O projeto arquitetônico é de Oscar Niemeyer. s. Escola Parque 308 Sul: Conjunto de quatro pavilhões com salas de aula ambientadas para as práticas artísticas, área desportiva com duas quadras poliesportivas, pista de saltos, quadra de vôlei, quadra de basquete, quadra de tênis, quadra de futsal, duas miniquadras de futsal, parque infantil, duas piscinas, jardins e estacionamentos. Em 1957, com o objetivo de preparar crianças para o Brasil do futuro, foi elaborado o Plano Escolar de Brasília, que serviu como orientação para a construção dos prédios. A Escola Classe 308 Sul foi a primeira desse modelo a ser instalada em Brasília. t. Espaço Cultural Renato Russo: O complexo arquitetônico do Espaço Cultural 508 Sul foi inaugurado em 13 de setembro de 1993. O primeiro edifício que deu origem ao complexo cultural que começou a se estabelecer na década de 70 situava-se num setor destinado ao comércio, com galpões de estocagem de materiais de um lado, pela W2, e área de comércio, atendimento e administração voltada para a W3. Hoje, o espaço está situado no meio da Asa Sul, numa das quadras que formam o quadrilátero da primeira Unidade de Vizinhança, prevista no Plano Piloto do arquiteto e urbanista Lúcio Costa. u. Espaço Lúcio Costa: Localizado na Praça dos Três Poderes, trata-se de uma construção subterrânea que abriga no seu interior a Maquete de Brasília, a Maquete Tátil do Plano (concebida para atender aos deficientes visuais, pois possui legendas em Braille com informações diversas sobre a cidade), painéis com cópias do projeto do Plano Piloto e fotos históricas da época da construção e inauguração da cidade. É uma justa homenagem de Brasília e do arquiteto Oscar Niemeyer ao urbanista criador do Plano Piloto de Brasília, Lúcio Costa. Possui como peça permanente, a Maquete de Brasília, de autoria de Antônio José, de 13 por 13 metros, que já esteve exposta em diversos países, além de textos e croquis, elaborados por Lúcio Costa. v. Espaço Oscar Niemeyer: Integra o complexo arquitetônico e cultural da Praça dos Três Poderes. Projetado por Oscar Niemeyer em 1988, foi construído e equipado. Em 2002 o prédio foi reformado, assim como a exposição, que foi atualizada e modernizada, incorporando novas tecnologias multimídias. Com uma área de 433,26 metros quadrados, apresenta mostra permanente da obra do arquiteto, que inclui maquetes, desenhos, painéis fotográficos, audiovisual, programa multimídia e o catálogo digital de sua obra. Possui uma biblioteca especializada aberta a pesquisadores, profissionais e estudantes. w. Igreja São Geraldo: Localizada no Parque Ecológico Vivencial do Paranoá. Edificação simples, em madeira, cobertura em duas águas e área aproximada de 160m², formada pela nave e capela central (altar) e duas salas laterais. Espaço único, sem paredes divisórias, existindo apenas um semiarco entre o espaço da nave e o altar. No final dos anos 70, a construção inicial sofreu acréscimo de duas outras construções precárias, que serviram para abrigar as funções paroquiais. Essa intervenção alterou a forma original e não compõe o volume do bem tombado. x. Igreja São José Operário: Localizada na Avenida dos Buritis do Recanto das Emas. Modelo típico arquitetônico da fase de construção de Brasília, esta igreja foi integralmente construída Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 166 em madeira. O sistema construtivo estrutural se caracteriza pelo emprego de pilares esbeltos, situados ao longo das paredes externas que suporta também as tesouras que vencem os dois vãos laterais e o vão central, destinado a suportar a cobertura. As paredes laterais são constituídas por tábuas de 2 cm de espessura e 30 cm de largura, dispostas horizontalmente e com transpasse das extremidades das peças de 3cm. As paredes internas são revestidas por lambris em madeira. y. Igreja São Sebastião: Apresenta forma arquitetônica e tecnologia construtiva, que a identifica com outros exemplares datados do mesmo período e existentes no Centro-Oeste, principalmente no estado de Goiás. O monumento é formado pelo corpo da capela (capela- mor, salas laterais e nave). Não existem paredes seccionando o espaço entre a capela e salas, mas dois pilares de madeira de cada lado. A igreja foi tombada pelo GDF em 1982 e em 1984 foi restaurada por meio de convênio entre a Administração Regional de Planaltina, Pró- Memória e a extinta Secretaria de Educação e Cultura do DF. z. Igrejinha ( Capela Nossa Senhora de Fátima): Monumento localizado na EQS 108/308. Inaugurada em 28 de maio de 1958. A capela foi projetada por Oscar Niemeyer e sua arquitetura faz referência a um chapéu de freiras. Em seu interior e na fachada, encontram-se azulejos de AthosBulcão. Os afrescos com bandeirolas e anjos de Alfredo Volpi foram cobertos por tinta em uma reforma ocorrida na década de 60. aa. Memorial dos Povos Indígenas: Construído em 1987, o Memorial dos Povos Indígenas foi projetado por Niemeyer em espiral que remete a uma morada Ianomâmi. O espaço de 2.984,08 metros quadrados situado no Eixo Monumental Leste, em frente ao Palácio do Buriti, tem por finalidade divulgar a diversidade e riqueza da cultura indígena. Com esse intento, promove eventos com a participação de representantes indígenas de diferentes regiões. Em seu acervo, existem peças representativas de várias tribos, incluindo máscaras e instrumentos musicais das regiões do Alto Xingu e Amazonas, entre outros. bb. Memorial JK: Museu projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 12 de setembro de 1981e dedicado ao ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek, fundador da cidade de Brasília. No local, encontram-se o corpo de JK, diversos pertences, como sua biblioteca pessoal, e fotos tanto dele como de sua esposa Sarah. Apresenta obras projetadas por AthosBulcão em sua área externa, um vitral desenhado pela artista Marianne Peretti sobre a câmara mortuária e uma escultura de 4,5 metros de autoria de Honório Peçanha. O museu sofreu reformas em 2000, no seu auditório e restauração do espelho d’água e cascatas, e em 2001 foi inaugurada a nova iluminação externa. cc. Museu da Cidade: Projetado por Oscar Niemeyer com o objetivo de preservar os trabalhos relativos à história da construção de Brasília. É o museu mais antigo da Capital, integrando o Conjunto Cultural Três Poderes. Edificado em concreto armado, o monumento apresenta linhas retas e sóbrias. Formado por um bloco longitudinal, que se apoia fora do eixo sobre um cubo, sua característica principal é o fato de exibir frases históricas em suas paredes externas e internas, que são revestidas de mármore branco. Possui uma exposição permanente com inscrições históricas também transcritas em Braille. dd. Museu de Arte de Brasília – MAB: Criado em 1985 pelo Governo do Distrito Federal, por iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura. Ocupando área construída de 4.800 metros quadrados, o Museu de Arte de Brasília está situado às margens do lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, entre a Concha Acústica e o Palácio da Alvorada. É composto de três Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 167 pavimentos. O Museu reúne em suas instalações, centenas de obras significativasda produção das artes visuais moderna e contemporânea, provenientes de doações e prêmios aquisitivos de salões locais e nacionais. O acervo do MAB é formado por obras de arte moderna e contemporânea, que vão da década de 50 ao ano de 2001, caracterizadas pela diversidade de técnicas e materiais, com pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações. ee. Museu Histórico e Artístico de Planaltina: Um exemplar da arquitetura do final do século XIX, no estilo colonial rústico. Tem forma retangular e é constituído por uma casa principal, dependência, área de jardim e pátio. A construção principal compõe-se de quatorze cômodos. A cobertura é de telha de barro tipo capa e bica. ff. Museu Nacional (Honestino Guimarães): Integrante do Conjunto Cultural da República, é um espaço utilizado para exposições itinerantes de artistas renomados, palestras, mostra de filmes, seminários e eventos. Este museu, que tem a forma de cúpula, foi concebido por Oscar Niemeyer e inaugurado no dia 15 de dezembro de 2006, quando este arquiteto completou 99 anos de idade. O museu tem uma área de 14,5 mil metros quadrados e foi inaugurado com uma exposição sobre a obra de Niemeyer. Desde sua inauguração, atrai turistas de todos os lugares do País e também do Exterior. gg. Museu Vivo da Memória Candanga – MVMC: Este edifício era anteriormente o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira – HJKO. O acervo do Museu é composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção da nova Capital (exposição permanente), que narram a história de Brasília desde os primórdios de sua construção até sua inauguração em 1960. Também fazem parte do acervo peças de artesanato e arte popular. O Museu conta ainda, com oficinas, que têm a incumbência de registrar, difundir e recriar os saberes e modos de vidas diversos. hh. Palácio da Alvorada: Residência oficial do Presidente da República Federativa do Brasil, inaugurada em 30 de julho de 1958, é caracterizado pela arquitetura moderna e pela arte concreta, revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro. O espelho d'água, que reflete a imagem do edifício, cria um espaço virtual. Uma das mais importantes obras da arquitetura de Brasília, é o primeiro prédio construído em alvenaria na nova Capital. Está localizado numa península que divide o lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte. À sua frente, na margem posterior, localiza-se a Ermida Dom Bosco. Os princípios de simplicidade e de pureza orientaram o projeto de Niemeyer. As colunas lembram as redes estendidas em uma varanda. O Palácio da Alvorada tem três pisos: o subsolo, que é composto por auditório para 30 pessoas, sala de jogos, almoxarifado, despensa, cozinha, lavanderia e a administração do Palácio. O térreo se compõe de salões utilizados pelo Presidente da República para compromissos oficiais de governo. O primeiro andar constitui a parte residencial do Palácio, onde se encontram quatro suítes, dois apartamentos e sala íntima. ii. Palácio da Justiça:Projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, foi inaugurado em 3 de julho de 1972. Este prédio é caracterizado por uma arquitetura composta de arcos, marquises, pilares retangulares e lâminas de concreto. No seu interior destacam-se o Salão Negro, Sala de Retratos, Biblioteca e o jardim. A fachada principal possui cascatas artificiais, que correm por calhas de concreto, além do espelho d’água. O Palácio da Justiça foi concebido numa estrutura com abundante aplicação de revestimentos de mármore. É caracterizado por ter uma planta irregular de dois pisos e fachada principal simétrica, onde figuram janelas estreitas de ferro e vidro separadas por pilares gigantes e dois painéis artísticos embutidos na parede, que Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 168 representam a pesca e a vila cubista. Além disso, existem o brasão da Vila de Olhão da Restauração e a Coroa Real. jj. Palácio do Itamaraty e anexos: Também conhecido como Palácio dos Arcos, o Palácio do Itamaraty, inaugurado em 21 de abril de 1970, foi a sede do Ministério das Relações Exteriores, quando dos primórdios de Brasília. Atualmente, três edifícios compõem a sede do Ministério: o Palácio, o Anexo I e o Anexo II, conhecido popularmente como Bolo de Noiva.Inaugurado em 21 de abril de 1970, o Itamaraty tem uma área total construída de 75 metros quadrados. Dentro da edificação, destacam-se a escada helicoidal, que une o térreo ao segundo pavimento, as obras do Palácio que estão nas paredes,os painéis de mármore em forma de arcos de vários artistas e as pinturas históricas. É rodeado por um espelho d’água. Seus anexos foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. kk. Palácio do Jaburu: O Palácio do Jaburu, inaugurado em 1977, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para ser, exclusivamente, a residência oficial do Vice-Presidente da República, dentro da concepção urbanística proposta por Lúcio Costa para Brasília.Em seu jardim, projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx, foram mantidas várias espécies de árvores típicas do cerrado, que hoje se misturam às fruteiras e às plantas ornamentais trazidas de outras regiões do País, bem como um viveiro natural de pássaros, que, por sua vez,se juntaram às emas que circulam, com absoluta liberdade, pela imensa área gramada.Seus 4.283 metros quadrados privilegiam mais a área externa, com generosas varandas, do que as áreas comuns, como os salões, cujas dimensões se aproximam das de outras residências e não dos palácios tradicionais. ll. Palácio do Planalto: A construção do Palácio do Planalto teve início em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto elaborado por Niemeyer. Atualmente, este palácio abriga o Gabinete Presidencial do Brasil, a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e também a sede do Poder Executivo do Governo Federal brasileiro. O parlatório é o local onde o Presidente pode dirigir-se à população. Considera-se que este prédio possui uma plasticidade marcante e requintada. mm. Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves: Situado na Praça dos Três Poderes em Brasília, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1985. Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985, e sua inauguração ocorreu em 7 de setembro de 1986. O Panteão possui três pavimentos, somando área total construída 2.105 metros quadrados. Em seu interior, no Salão Vermelho, encontra- se o Mural da Liberdade, do artista plástico AthosBulcão. No terceiro pavimento, localiza-se o vitral de autoria de Marianne Peretti. Além deste vitral, destacam-se o Painel da Inconfidência Mineira, de João Câmara, e o Livro de Aço dos Heróis Nacionais. Ele consagra, também, a memória de Tiradentes, Patrono Cívico da Nação brasileira. nn. Pedra Fundamental: Localizado em Planaltina,o obelisco tem forma piramidal, de base quadrada, com 3,75m de altura, a contar das fundações. As suas faces estão orientadas pelos pontos cardeais. Na face oeste está localizada a placa comemorativa. A 7km do monumento, encontra-se o Marco Geodésico, situado a 7,5km da cidade de Planaltina e 24km a Nordeste da Estação Rodoviária de Brasília (em linha reta), em concreto, com chapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cravada no topo, numa caixa com tampa móvel e de ferro fundido. A pedra está assentada no ponto mais elevado do Morro do Centenário, proporcionando uma visão ampla em todas as direções. A praça que a circunda contribui, com passeios e bancos de concreto, para o bem estar dos visitantes. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 169 oo. Placa Comemorativa oferecida a Rui Barbosa: Placa de ouro, oferecida pelo Senado Federal,onde também estálocalizada, é uma homenagem a Rui Barbosa e foi tombada em 1986. Rui Barbosa foi homenageado pela sua participação na 2ª Conferência Internacional da Paz, realizada em 1907, com o objetivo de defender o princípio da igualdade entre Estados soberanos e a resistência à depreciação dos países latino-americanos. pp. Pombal: Escultura de Oscar Niemeyer, feita em concreto, com 25 por 2,36m, o Pombal está localizado na Praça dos Três Poderes. qq. Quartel General do Exército: Transferido para Brasília em 1972, o Quartel General do Exército foi projetado por Oscar Niemeyer e está localizado no Setor Militar Urbano. É composto por um conjunto de edifícios, juntamente com o palanque denominado Cúpula da Espada de Caxias, da Praça dos Cristais, projeto de autoria de Roberto Burle Marx considerado uma de suas obras primas, do Oratório do Soldado e de um Auditório. rr. Praça dos Três Poderes: Amplo espaço aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto(Executivo), o Supremo Tribunal Federal(Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). A praça não possui árvores ou vegetação, somente palmeiras imperiais que circundam a grande superfície de água. Durante a noite, o jogo de luzes é dirigido às colunas dos brancos palácios, sugerindo estarem eles suspensos no ar. ss. Relógio de Taguatinga: A ser descrito na lista das paisagens que compõem o Distrito Federal. tt. Supremo Tribunal Federal: A concepção do edifício-sede é do arquiteto Oscar Niemeyer. Projetado em 1958, o prédio é apoiado pelos pilares laterais e está levemente afastado do solo, o que confere leveza ao conjunto. Atualmente, o Supremo Tribunal Federal ocupa o edifício-sede e dois edifícios anexos, os Anexos I e II. uu. Teatro Dulcina de Moraes: Está localizado no Edifício Conic, Plano Piloto. Fundado pela própria atriz Dulcina de Moraes, é um dos mais antigos teatros da cidade. Posteriormente se transformou em faculdade de artes cênicas e atualmente também é um espaço para festas e eventos. vv. Teatro Nacional: Maior conjunto arquitetônico realizado por Oscar Niemeyer, em Brasília, destinado exclusivamente às artes. Apresenta a forma de uma pirâmide sem ápice, característica da arquitetura asteca. Tem 3.608 vidros nas fachadas. Nas paredes, os cubos brancos de dimensões diversas, desenhados por Athos Bulcão, passam também de centenas. Esses relevos são a maior e mais monumental obra de intervenção urbana de AthosBulcão. ww. Touring Club do Brasil:Apesar da localização privilegiada, no centro da Capital Federal, este edifício, projetado por Oscar Niemeyer, não tem uma ocupação permanente, apresentando caráter de abandono. Atualmente, o prédio abriga os serviços do Núcleo de Ação Integrada, cujo escopo é combater a criminalidade, a prostituição infantil e o tráfico de drogas na área. xx. Unidade de Vizinhança 107/108/307/308: Compreende o quadrilátero composto pelas superquadras 107, 108, 307 e 308 Sul. As unidades de vizinhança são estruturas básicas que objetivam a conformação, distribuição e desenvolvimento das áreas residenciais de Brasília. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 170 No projeto, caracterizavam-se como unidades espaciais definidas de modo a oferecer qualidade de vida e bem-estar aos habitantes da cidade. Com características funcionais e paisagísticas, capazes de proporcionar um ambiente agradável ao convívio e ao lazer, cada conjunto de quatro superquadras deveria ter estrutura que oferecesse cultura, lazer e educação aos moradores. Os equipamentos de uso mais abrangente, comuns às quatro superquadras – escola, cinema, igreja, clube e comércio – localizar-se-iam nos pontos de confluência dos núcleos habitacionais. A Unidade de Vizinhança 107/108/307/308 é o exemplo mais completo e bem acabado dessa concepção de área residencial. No que diz respeito aos projetos de preservação do patrimônio, a ação de mais impacto nos últimos anos foram aas reformas em diversos cartões postais da cidade, com vistas à comemoração dos 50 anos da Capital Federal. Entre estas obras, destacam-se a reforma do Palácio do Planalto, do Panteão da Pátria Tancredo Neves, da Catedral Metropolitana, da Torre de TV, do Clube do Choro e do Teatro Nacional, entre outros. Com base nas averiguações e consultas estabelecidas junto à Diretoria de Gestão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural – DIGEPHAC, e à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente – SEDUMA, não foram encontrados projetos amplos e abrangentes de médio e longo prazo que tratem especificamente da preservação do patrimônio, sobretudo daqueles denominados imateriais ou de monumentos, tais como, estátuas, obras de arte e símbolos vivos, a exemplo da Árvore do Buriti. Dessa forma, o patrimônio encontrado no Distrito Federal tem sido preservado a partir de ações localizadas, individualmente e de forma específica para cada bem, com base em projetos de lei encaminhados pela Câmara Legislativa ou através de parcerias estabelecidas entre o GDF, os órgãos que gerenciam o patrimônio e ONGs engajadas. Como agravante, é preciso assinalar que, na proposta de Orçamento enviada à Câmara Legislativa para 201,1 está prevista a redução das despesas inclusive para a área da cultura. Segue a Tabela 79, que indica a situação patrimonial e estado de conservação dos bens de valor cultural no DF, tombados ou em processo de tombamento. As informações foram fornecidas pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Tabela79 - Patrimônio Cultural Material do DF: Bens (ordem alfabética); Situação do Tombamento; Estado de Conservação N. Nome Loc./RA Tombamento: Entidade e Situação Estado de Conservação 01 Árvore do Buriti Brasília I SC – LH Em maio de 1992, a árvore sofreu agressão por golpes de machado, Foi recuperada e protegida. 02 Acervo da Obra Musical e Pictórica do Maestro Cláudio Santoro Brasília SC – PO Em boas condições, em propriedade da esposa, Gisele Santoro. 03 Biblioteca Nacional (Leonel Brizola) IPHAN IPHAN* Recém-construída, realiza com frequência tributos e exposições abertas ao público. 04 Casa da Fazenda Gama Park Way SC –PO Recém-restaurada pelo Brasília Country Club e com visitação pública há uns quatro anos. 05 Casa de Chá Brasília IPHAN Sem uso definido. 06 Casa do Cantador Ceilândia IPHAN Equipamento cultural, único exemplar Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 171 Tabela79 - Patrimônio Cultural Material do DF: Bens (ordem alfabética); Situação do Tombamento; Estado de Conservação N. Nome Loc./RA Tombamento: Entidade e Situação Estado de Conservação projetado por Niemeyer construído fora do perímetro da Área Tombada. 07 Catedral Metropolitana de Brasília Brasília SC – LH Em reforma, para os 50 anos de Brasília. A revitalização envolve a troca dos vidros externos e internos, a recuperação do batistério e do espelho d’água, ampliação da sala da sacristia e construção de sala de atendimento aos visitantes, recuperação das colunas e o reforço no cabo de aço que seguram os anjos. Os banheiros e o sistema hidráulico e elétrico serão consertados. 08 Catetinho Park Way SC – PO Situação precária, necessidade de amplo restauro e retorno das atividades educativas. 09 Centro de Ensino Médio EIT Taguating a SC – Tombamento Provisório Bom estado, partes reformadas, mas necessita manutenção constante. 10 Centro de Ensino Metropolitana Núcleo Bandeirant e SC – PO Em funcionamento, mas necessita de manutenção constante. 11 Cine Brasília Brasília SC – PO Fechado desde o final de dezembro de 2009 para reforma. 12 Clube de Golfe de Brasília Brasília GDF – NHP 13 Concha Acústica Brasília IPHAN Em obras para restauração e urbanização. Ascalçadas de pedras portuguesas estavam quebradas, os bancos cheios de capim e fiação elétrica destruída. Nas paredes do palco havia rachaduras e a área em volta estava abandonada. 14 Congresso Nacional Brasília IPHAN Em uso. 15 Conjunto Cultural Funarte Brasília IPHAN Necessita de manutenção constante 16 Conjunto Urbanístico do Plano Piloto de Brasília Brasília IPHAN – Tombado pelo Governo Federal Boas condições, mas necessita de manutenção constante. Tem passado por reformas pontuais, tanto pelo GDF quanto por particulares. 17 Ermida Dom Bosco Lago Sul SC – PR Em condições de uso. Mantido pela AR. 18 Escola Classe 308 Sul Brasília SC – PO Boas condições. Mantida pela AR. 19 Escola Parque 308 Sul Brasília SC – PO Boas condições. Mantida pela AR. 20 Espaço Cultural O Espaço Renato Russo (508 sul) passou por Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 172 Tabela79 - Patrimônio Cultural Material do DF: Bens (ordem alfabética); Situação do Tombamento; Estado de Conservação N. Nome Loc./RA Tombamento: Entidade e Situação Estado de Conservação Renato Russo mais de dez anos de reforma ainda sem conclusão. Atualmente em uso. 21 Espaço Lúcio Costa Brasília IPHAN Necessita de manutenção. Desde o início de 2010, ela passa por reformas e terá calçadas e infiltrações corrigidas. 22 Espaço Oscar Niemeyer Brasília IPHAN Boas condições. Mantido pela Fundação de mesmo nome. 23 Igreja Nossa Senhora de Fátima – Igrejinha Brasília SC – PR Restauração em 2009, após ter sofrido um incêndio. 24 Igreja São Geraldo (Paranoá) Paranoá SC – PR Destruída. Reconstrução depende de ferramentas que não existem mais. 25 Igreja São José Operário (Candangolândia) Candango- lândia SC – PR Em 1998, deu-se início ao processo de reconstrução, objetivando manter seus aspectos arquitetônicos originais. Restauração inacabada. 26 Igreja São Sebastião (Planaltina) Planaltina SC – LH Restaurada. Mantida pela AR. 27 Memorial dos Povos Indígenas Brasília IPHAN Reformado. Em atividade normal. 28 Memorial JK Brasília SC – NHP Bom estado e em atividade normal. Pertence à família de Kubitschek. Tem apoio da SC. 29 Ministérios e Anexos Brasília IPHAN Estados de conservação variados, tendendo a bom. 30 Museu da Cidade Brasília SC – NHP Boas condições e em atividade normal. 31 Museu de Arte de Brasília Brasília IPHAN 32 Museu Histórico e Artístico de Planaltina Planaltina SC – PR Prédio foi restaurado em 1986, mediante convênio GDF/ AR de Planaltina e a Fundação Pró-Memória. Casa antiga doada à AR, parcialmente usada por ela. 33 Museu Nacional (Honestino Guimarães) Brasília IPHAN Recém-construído e em funcionamento normal. 34 Museu Vivo da Memória Candanga Hospital JK Núcleo Bandeirant e SC – NHP Necessita de grandes reparos, manutenção constante e em atividade. 35 Obra de Athos Bulcão em Brasília Vários SC – PO Algumas precisam de manutenção. 36 Palácio da Alvorada Brasília IPHAN Reformado em 2006. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 173 Tabela79 - Patrimônio Cultural Material do DF: Bens (ordem alfabética); Situação do Tombamento; Estado de Conservação N. Nome Loc./RA Tombamento: Entidade e Situação Estado de Conservação 37 Palácio da Justiça Brasília IPHAN 38 Palácio do Itamaraty Brasília IPHAN 39 Palácio do Jaburu Brasília IPHAN 40 Palácio do Planalto Brasília IPHAN Em reforma. 41 Panteão da Pátria Brasília IPHAN Em reforma. 42 Praça dos Três Poderes Brasília IPHAN Reformada em 2010. 43 Pedra Fundamental Planaltina SC – LH Em boas condições. 44 Pombal Brasília IPHAN 45 Quartel General do Exército Brasília IPHAN Em boas condições, mantido pelo próprio Ministério. 46 Relógio de Taguatinga Taguating a SC – PR Reformado e urbanizado, em uso. 47 Revista Brasília Brasília SC – PO Documento em condições de uso cuidadoso, mantido na SC. 48 Supremo Tribunal Federal Brasília IPHAN Em bom estado de conservação e atividade normal. 49 Teatro Dulcina de Moraes e Acervos da Atriz Brasília SC – NC Processo de relação do acervo em andamento. 50 Teatro Nacional Cláudio Santoro Brasília IPHAN Necessita de manutenção ampla e constante. Terá fachadas revitalizadas. Os painéis que revestem as fachadas norte e sul do Teatro serão recolocados. As obras começaram em janeiro de 2010 e devem durar seis meses. A previsão é que ele esteja completo para a virada do ano. A reforma em questão busca resolver, sobretudo, os problemas da infiltração e das ferragens que estão enferrujadas. 51 Touring Club do Brasil Brasília IPHAN Em uso, porém necessita ampla recuperação e manutenção. 52 Unidade de Vizinhança (107/304/108/308 Sul) Brasília SC – PO Boas condições e em uso normal. 53 Vila Planalto Brasília SC – PR As casas originais foram tombadas, mas várias casas foram modificadas. Igrejinha da Vila Planalto recém-restaurada. Fonte: Secretaria de Cultura. Legenda: LH - levantamento histórico; PO – processo original; NC – não concluído; PR – processo remontado; NHP – não há processo. *IPHAN: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – sem informações sobre a situação do processo de Tombamento. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 174 5.4 BENS REGISTRADOS (IMATERIAIS) Segue descrição dos bens imateriais registrados como patrimônio cultural imaterial. Ressalta-se que, para todos eles, independente da origem do pedido de inclusão como patrimônio, o processo de tombamento encontra-se na Secretaria de Cultura do Distrito Federal. a. ARUC – Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro: Grande expoente do Carnaval do Distrito Federal, há quase cinco décadas, vem promovendo uma das mais autênticas manifestações da cultura popular – o Samba de Raiz. A ARUC ultrapassa o conceito de uma escola de samba, desempenhando o papel de espaço de interação social, de identidade e reconhecimento dos valores culturais da comunidade cruzeirense. b. Bumba Meu Boi do Seu Teodoro: Folguedo popular brasileiro, oriundo do Maranhão e adotado por Brasília, cidade multicultural, como parte de seu patrimônio. Apresentado durante o período das festas juninas, o Bumba Meu Boi tornou-se parte da cultura brasiliense, por meio de Seu Teodoro. c. Chorinho: Faz parte do patrimônio cultural e está vinculado ao Clube do Choro de Brasília, local tradicional da cidade, que promove e perpetua o Choro, gênero musical autenticamente brasileiro. O Clube do Choro de Brasília desempenha um importante papel na vida da cidade como espaço de uma das mais autênticas e democráticas manifestações culturais brasileiras, o Choro. O Governo do Distrito Federal reconheceu o Clube do Choro de Brasília, pelo excelente trabalho de difusão e formação cultural que vem realizando junto à sociedade brasiliense e de preservação desse gênero musical, como Patrimônio Cultural. d. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: Festival de cinema, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, que, desde sua criação em 1965, mantém o propósito de apresentar somente filmes brasileiros inéditos. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro teve origem na efervescência cinéfila de alunos e professores da Universidade de Brasília e de assessores da Fundação Cultural do Distrito Federal, nos primeiros anos de vida da nova capital. Em geral, fazem parte da programação de cada edição uma mostra competitiva em 35mm, com filmes de longa e curta metragem; uma mostra competitiva em 16 mm, com filmes de curta e média metragem, e outras atividades. O Cine Brasília é o local oficial e tradicional do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, juntamente com o Hotel Nacional, onde os participantes convidados ficam hospedados e se realiza a maior parteda programação diurna. Reconhecendo e valorizando essa autêntica manifestação brasiliense, o Governo do Distrito Federal registrou o Festival como patrimônio cultural. e. Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira: Projeto educacional para Brasília, visando atender às necessidades específicas de ensino e educação e à necessidade de vida e convívio social, consubstanciado no Plano de Construções Escolares de Brasília. Seu Ideário Pedagógico é tão importante e representativo, em especial para Brasília e o Distrito Federal, que abriga a materialização de seu pensamento e proposta educacional. f. Via Sacra ao Vivo de Planaltina: Manifestação religiosa e cultural popular, tradicional de Planaltina, DF. Uma das mais expressivas manifestações populares do Distrito Federal, a Via Sacra ao Vivo de Planaltina remonta a romarias que se iniciaram em 1943, a partir da construção de uma capela erguida em devoção a Nossa Senhora de Fátima. O reconhecimento público da Via Sacra aconteceu em 1986, quando os festejos da Semana Santa de Planaltina foram incluídos no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal. Mereceu o Registro, pelo Governo do Distrito Federal, como Patrimônio Cultural,por essa manifestação popular Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 175 estar inserida entre as mais expressivas tradições da vida do brasiliense, há mais de três décadas. 5.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO NA RIDE Dentre as cidades que compõem a RIDE, apenas a cidade de Pirenópolis,tombada em 1989, possui bens documentalmente tombados, de acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás. Neste contexto, cabe ressaltar a existência de uma interação entre o DF e a cidade de Pirenópolis no que diz respeito aos aspectos históricos e culturais da região.Tais aspectos potencializam alguns setores da economia, mais notadamente aqueles voltados para a atividade turística. Por outro lado, esta interaçãoentre o DF e a cidade de Pirenópolis reforça a necessidade de promover a manutenção da infraestrutura viária que faz a interligação entre as duas localidades. A seguir listam-se os bens tombados em Pirenópolis, pelo IPHAN, em 1989. • Teatro Pompeu de Pina • Cine Teatro Pireneus • Casa da Fazenda Babilônia • Igreja de Nosso Senhor do Bonfim • Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário • Museu de Arte Sacra • Ponte sobre o Rio das Almas • Centro Histórico de Pirenópolis a. Teatro Sebastião Pompeu de Pina:Teatro construído no início do século XX, apresenta estilo construtivo híbrido, luso-brasileiro, estrutura de madeira aparente e paredes de adobe. Por décadas, foi intensamente utilizado para apresentações de óperas, danças e peças teatrais. Em 1979, a Fundação Cultural do Estado de Goiás comprou o prédio e o restaurou. Tombado como patrimônio em 1988, somente em 1990 é que voltou a funcionar como teatro.Foi interditado em 1997 por perigo de desabamento, quando se iniciou um amplo trabalho de restauração e reforma. b. Cine Teatro Pirineus: Originalmente, o prédio foi construído em estilo neoclássico no ano de 1919, como teatro. Reformado em 1936, passou a se caracterizar como arte déco, começando a ser utilizado também como cinema. Na década de 1980, sofreu com o descaso e quase foi demolido. Contudo, depois de reformado, reabriu as portas e funciona atualmente como espaço teatral, cinema. O teatro também é utilizado para apresentações musicais. c. Casa da Fazenda Babilônia: Construída em fins do século XVIII, a obra se destaca pelo seu imenso valor histórico, preservado durante séculos. Tombada como Patrimônio Nacional, pelo IPHAN, conserva o extenso casarão em estilo colonial e diversos muros de pedras, construídos pelos escravos. Sua edificação é sustentada por grossos esteios e vigas de madeiras, com paredes de adobe e pau-a-pique e segue um padrão conhecido como arquitetura colonial paulista. d. Igreja do Nosso Senhor do Bonfim: Erguida a partir de 1750, foi concluída em 1754. Em 1887, foi restaurada, com a introdução do estilo neogótico, mas, em 1937, voltou à aparência Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 176 primitiva. Típica igreja colonial portuguesa, com duas torres sineiras laterais, a Igreja do Bonfim de Pirenópolis chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada. e. Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, de Pirenópolis: Primeira e maior construção religiosa do Estado de Goiás. Teve as suas obras iniciadas entre 1728 e 1732, no local que, segundo a tradição, era denominado Buritizal. A igreja foi construída de forma que, a qualquer hora do dia, o sol ilumine a sua fachada. A torre do lado do nascente foi construída em 1763. Até essa época, só existia a torre onde se encontra o sino. Em 1832, já se falava da urgência de reparos no telhado da igreja, todavia, nenhuma providência foi tomada. Seis anos depois (1838),o telhado desabou sobre a arcada do altar-mor, e sua recuperação só foi finalizada em 1842. Mais recentemente, com a verba proveniente da TELEBRÁS e por iniciativa do IPHAN e da SOAP, Sociedade dos Amigos de Pirenópolis, foi possível efetivar a Obra de Restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, de Pirenópolis. f. Museu de Arte Sacra: Originalmente, o museu foi uma igreja, construída pelos escravos em 1750 para servir como capela particular de uma família de escravocratas e grandes mineradores da região. Hoje o local onde fora construída a igreja é conhecido como o Morro do Frota e seu espaço, que ficou desativado, tornou-se o Museu de Arte Sacra. g. Ponte Sobre o Rio das Almas: Construída por Antônio Rodrigues Frota, em 1750, para ligar o centro à sua residência, no Bairro do Carmo, onde,naquela época, existia somente a Igreja do Carmo e um Castelo Assombrado. Supostamente, a ponte atual é a terceira ponte construída no local. A primeira, como reza a tradição, foi levada por uma enchente, restando ali somente uma metade dela. Pirenópolis, que até então era chamado de Meya Ponte, justamente devido a esse acontecimento, em 1890, passou a ser Pirenópolis, que significa Cidade dos Pireneus. A segunda ponte, já em péssimas condições,foi submetida a uma reforma, porém, acabou ruindo sob o peso de um caminhão cheio de madeira que estava a serviço de sua restauração. A terceira ponte, a atual, foi construída sobre base de pedra. E ainda é possível ver, no local, a base da ponte antiga. h. Centro Histórico de Pirenópolis: O centro histórico da cidade de Pirenópolis, tombada pelo IPHAN em 1989, conserva os traços urbanos e construções da arquitetura colonial, que começa a ganhar contornos mais definidos em 1800. A cidade de Pirenópolis contribui significativamente para o desenvolvimento econômico, para a difusão da história e da cultura regionais e para a preservação do meio-ambiente no âmbito do Distrito Federal e da RIDE. As atividades desenvolvidas nesta cidade contribuem, direta e indiretamente, para o sustento e melhoria da qualidade de vida de um contingente populacional considerável e resultam em impacto significativo nas áreas indicadas. Neste contexto, a cidade de Pirenópolis torna-se peça importante no desafio de atingir os objetivos propostos pelo ZEE. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 177 5.6 PAISAGENS A Tabela80, abaixo, apresenta uma lista das obras e áreas naturais que compõem a paisagem de vários pontos no Distrito Federal e representam a expressão cultural de artistas brasileiros e estrangeiros em sua identificação com o Distrito Federal. Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/ConservaçãoA Justiça Escultura Em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes Obra de Alfredo Ceschiatti, em granito de Petrópolis e pedra monolítica, com 3,30x 1,48m e 0,4m de base, instalada em 1961. Árvore do Buriti Paisagem natural Plantada em frente à sede do Governo do Distrito Federal Em 1959, a palmeira do Buriti foi escolhida durante a construção de Brasília como símbolo da cidade. As Iaras Esculturas Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República Obra de Alfredo Ceschiatti, fundida em bronze, com 1,30m x 4m. Foi colocada no espelho d’água em 1958. Bússola Monumento Esplanada dos Ministérios Monumento Decorativo da Integração Nacional: as quatro colunas da caravana se encontraram neste local, em fevereiro de 1960. Herma de Israel Pinheiro Escultura Praça dos Três Poderes Obra de Honório Peçanha, em bronze, emoldurada em mármore. Homenagem ao engenheiro Israel Pinheiro. Herma do presidente JK Escultura Praça dos Três Poderes, parede externa do Museu da Cidade Obra de José Pedrosa, em pedra-sabão. Homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek. Cruzeiro de Brasília Monumento Praça do Cruzeiro, Eixo Monumental Oeste Cruz de madeira (réplica) erigida para a primeira missa em Brasília, celebrada no dia 3 de maio de 1957. A cruz original encontra-se na Catedral Metropolitana. Dinamismo Olímpico Escultura Centro Poliesportivo Ayrton Senna, junto ao Eixo Monumental Oeste Obra de Bruno Giorgi, em bronze polido, sobre base de granito da Tijuca, com peso de 6toneladas e com 6m de altura. Representa todas as modalidades de esporte Era Espacial Escultura Torre de TV, lado leste Obra de Alexandre Wakenwith, em ferro, com 12m de altura. Dom Bosco Escultura Parque Ecológico de Uso Múltiplo Ermida Dom Bosco, Lago Sul. Obra dos Irmãos Arreghini, de Pietra Santa, Itália. Em mármore carrara, com 1,40m de altura, e 0,3m x 0,33m de base. Forma Espacial no Plano Escultura Jardins externos do Palácio do Buriti Obra de Ênio Iommi, em aço inoxidável polido e pedestal de concreto. Tem 2,75m de altura e pesa 90 kg. Doada pelo governo da Argentina em 1980. Estátua do Presidente JK Escultura Catetinho, BR-040, km zero Obra de José Pedrosa, fundida em bronze, no pátio externo do Palácio do Catetinho. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 178 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação Estátua do Presidente JK Escultura Memorial JK, Eixo Monumental Oeste Obra de Honório Pestana, em bronze. Está colocada sobre um pedestal em forma de concha e montada no topo de uma estrutura em concreto aparente. Gran Mariscal del Perú Escultura Em frente à Embaixada do Peru, Setor de Embaixadas Sul Réplica em bronze do artista David Louzane. Gran Mariscal Del Perú, Ramon Castilla y Marquesado, com 2m de altura e pedestal em mármore branco. Herma de Alberto dos Santos Dumont Escultura Praça Santos Dumont, Aeroporto Internacional de Brasília JK Obra de Dante Croce, fundida em bronze sobre pedestal de concreto. Herma de Villa- Lobos Escultura Desde 1960, em frente ao Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios Obra de Armando Sócrates Schnoor, em granito, o pedestal tem 1,85m x 0,40m e a cabeça mede 1m. Herma do Marechal Rondon Escultura Desde 1973, em frente ao Ministério das Comunicações, Esplanada dos Ministérios Obra fundida em bronze, com 0,65m x 0,47m e pedestal em concreto medindo 1,70m. Herma de Olavo Bilac Escultura Jardim do Colégio Elefante Branco, Quadra 908 Sul Trabalho em bronze de Humberto Gozzo, medindo 0,60 m x 0,40m, com pedestal de 1,10m. Herma do Presidente JK Escultura Estacionamento do Bloco E da SQS 206 Fundida em bronze, tem dimensões de 0,65m x 0,50m e pedestal em granitina. Homenagem dos funcionários do extinto IPASE ao Presidente JK, em 1960. Índia Barthira Escultura À entrada do Auditório Dois Candangos, Universidade de Brasília, desde 1962 Obra de Vítor Brecheret, em bronze, sobre pedestal de granito. Mede 2m comprimento, 0,60m de largura e 0,90m de altura. Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade Escultura Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer, inaugurada em 29 de julho de 1988 e tombada pela UNESCO em 11 de dezembro de 1987. Missão Cruls Placa Lado leste da Praça do Buriti Placa comemorativa da missão exploradora do Planalto Central. Placa em ferro fundido, medindo 1m de comprimento e 0,80m de largura. Monumento Comemorati- vo a Dwight Eisenhouwer Monumento Avenida das Nações, Quadra 801 Monumento em mármore erigido em homenagem à visita do Presidente dos EUA, Dwight Eisenhower. Medalhão da Efígide de Simon Escultura Praça do Buriti Réplica do trabalho de David Louzane, em bronze e concreto aparente. Oferta do Governo da Colômbia. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 179 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação Bolívar Meteoro Escultura Palácio do Itamaraty, na Esplanada dos Ministérios Obra de Bruno Giorgi, em mármore de Carrara. Pesa 72 toneladas e localiza-se sobre o espelho d´água que circunda o Palácio. Monumento à Cultura Escultura Universidade de Brasília, em frente à Faculdade de Educação Obra de Bruno Giorgi, em bronze, com 9m x 2,50m. Consiste em três hastes unidas por duas ordens de elementos que se compõem de arcos e triângulos. Infante Dom Henrique Escultura Praça Portugal, Setor de Embaixadas Sul Obra do artista português Barata Feyo, em bronze e pedestal de concreto. Homenagem ao pai das navegações portuguesas. Três Pontos: Projeto de Monumento à Democracia Escultura Orla do lago Paranoá, no Parque Internacional de Esculturas Obra de Franz Weissmann, em ferro, próxima à Concha Acústica. Monumento a JK Monumento Praça dos Pioneiros, Cemitério Campo da Esperança, Plano Piloto Projeto de Oscar Niemeyer, em mármore Carrara, marca o primeiro local de sepultamento do Presidente Juscelino Kubitschek, cujos restos mortais foram transferidos para o memorial JK. Sonho, Realidade, Esperança Mural Metrô, Estação Galeria, Setor Comercial Sul Obra do artista plástico Rubem Zevallos, narra a história da Capital em 42 módulos pintados em óleo acrílico. Os Anjos Esculturas Catedral Metropolitana de Brasília Obra de Alfredo Ceschiatti, em duralumínio fundido. Compõem o interior da Catedral, desde 1970, e medem: 2,22m e 100 kg, o anjo menor, 3,40m e 200 kg, o anjo médio; e 4,25m e 500 kg, o maior. O Jardineiro Escultura Parque da Cidade Sarah Kubitschek, ao lado da sede administrativa Obra de Amâncio Vasconcelos, em ferro. Homenageia os profissionais da jardinagem. Os Candangos Monumento Em frente ao Palácio do Planalto, Praça dos Três Poderes Concebida por Bruno Giorgi, em bronze, tem 8m de altura. Monumento aos Construtores de Brasília, é um dos símbolos da cidade, desde 1959. Os Sinos Fundição Artística Catedral Metropolitana de Brasília Quatro sinos de bronze, confeccionados na Itália, com os nomes Nossa Senhora Aparecida, Porto Seguro, Nossa Senhora de Santana e Nossa Senhora do Pilar. Sustentados em torre de concreto, ao lado da Catedral, pesam 3.700, 1.900, 1.000 e 700 kg, respectivamente. Palanque Monumental Monumento QG do Exército, Setor Militar Urbano Projeto de Oscar Niemeyer, estrutura em concretoaparente, com um obelisco de 35m de altura, conhecido como cúpula da espada de Caxias, inaugurado em 1973. Pavilhão Nacional Monumento Praça dos Três Poderes Criado pelo arquiteto Sérgio Bernardes. A bandeira hasteada a 100m de altura tem 286m quadrados e 90 kg,e suas hastes representam os estados brasileiros à Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 180 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação época. Fixada em 19 de novembro de 1972. Pira da Pátria Monumento Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer, em mármore e concreto, com 12m de altura x 3,50m de largura. É o louvor cívico de todos os brasileiros aos seus heróis imortais, inaugurada em 21 de abril de 1987. Pombal Escultura Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer, é um abrigo de pombos em concreto, com 25m de altura x 2,36m de largura. Relógio do Sol Monumento comemorativo Torre de TV, lado leste Homenagem do Ministério do Exército aos 20 anos de Brasília. Relógio Solar Monumento comemorativo Espelho d’água, Parque da Cidade Projeto de Oscar Niemeyer, em concreto aparente. Homenagem do Observatório Nacional ao tombamento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade, no seu 28º aniversário. Ritmo em Acoplamento Escultura Jardins da SCLN 107 Obra de Mário Cravo Júnior produzida com sucata industrial. Ritmo dos Ritmos Escultura Jardins internos do Palácio da Alvorada Obra de Maria Martins, em bronze, para Residência Oficial do Presidente da República. Sereia Escultura Espelho d´água, Ministério da Marinha na Esplanada dos Ministérios. Fundida em bronze polido, seu pedestal é em pedra, medindo 0,80m de altura. Réplica da famosa escultura na entrada do Porto de Copenhague, Dinamarca. Solarius Escultura BR-040 Obra de Angel Falchi, mede 15m de altura e 10 toneladas. Estrutura em aço e ferro, com chapas galvanizadas, lã de vidro e produtos plásticos em cores. Vitória Bahia Escultura SCLN 309, Conjunto Comercial Boulevard Obra de Mário Cravo Júnior, de sucata industrial, inaugurada em 1988. Loba Romana Escultura Em frente ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal Obra em bronze fundido, sobre coluna trabalhada em mármore. Réplica da Loba do Capitólio Romano, do século V a.C. Pertencia à coleção do Antiquarium Comunale, presente do Governo da Itália. Ermida Dom Bosco Monumento religioso Está construída em uma elevação às margens do lago Paranoá, voltada para a cidade. Projeto de Oscar Niemeyer, a Ermida Dom Bosco tem a forma de uma pequena pirâmide com base triangular, revestida em mármore branco. Inaugurada em 1957. Escola Classe 308 Sul Edifício SQS 308, Plano Piloto Inaugurada pelo Presidente Juscelino Kubitschek, em 1959. Museu Vivo da Memória Candanga Conjunto arquitetônico Via Épia Sul, na entrada do Núcleo Bandeirante Conjunto de edificações em madeira, mantém acervo da memória da cidade. Fundado em 1957, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira atendia os trabalhadores da construção de Brasília. Relógio de Taguatinga Obelisco Entrada Principal de Taguatinga (Praça do Projeto do engenheiro Adail Dalla Bernardina, doado a Taguatinga pela Citizen Watch Co. Inaugurado em Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 181 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação Relógio) 1970. Igreja Nossa Senhora de Fátima Edificação Entrequadra Sul 307/308 Projeto de Oscar Niemeyer, a Igrejinha tem suas paredes externas revestidas por azulejos desenhados por Athos Bulcão. Igreja São Geraldo Edificação Parque Vivencial do Paranoá Construída em 1957, é a segunda igreja mais antiga do DF. Durante 34 anos foi a única do Paranoá e nunca sofreu restauração. Igreja Matriz de São Sebastião Edificação Praça São Sebastião mestre D’ Armas, na cidade de Planaltina – DF As terras onde se encontra a igreja foram doadas em 1811. Inicialmente feita de adobe e palha, teve sua construção definitiva em 1880. Museu Histórico de Brasília Monumento Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer, em concreto armado e mármore. Em seu interior, paredes em mármore branco exibem 16 painéis, transcritos também em Braille, que contam a história da transferência da Capital para o Planalto Central. Museu da Cidade de Planaltina Edifício histórico Praça Salviano Monteiro, Planaltina, DF Casa residencial de estilo colonial rústico, construída em fins do século XIX. Em 1973 foi desapropriada e transformada no Museu Histórico e Artístico de Planaltina. Vila Planalto Conjunto arquitetônico Localizado entre os palácios do Planalto e da Alvorada Conjunto de casas de madeira que surgiu em 1956, constituído por seis acampamentos de trabalhadores que construíram o Palácio da Alvorada, o Eixo Monumental Leste e a Praça dos Três Poderes. Placa Comemorati- va de Rui Barbosa Placa comemorativa Subsecretaria de Arquivo do Senado Federal Placa de ouro oferecida a Rui Barbosa pelo Senado Federal, por sua participação no Congresso de Haya, em 1907. VenturisVen- tis Escultura- monumento Assentada na entrada da QL 12, Lago Sul Criação de Betty Bettiol, são 5 toneladas de aço-carbono distribuídas em dois planos retangulares de 3m de altura, que traduzem tridimensionalmente a bandeira e o brasão de Brasília. VenturisVentis é a divisa inscrita na bandeira de Brasília. Peixe Vivo Escultura Em frente à Administração Regional do Lago Sul Obra do artista plástico Marcos França, em homenagem ao centenário de nascimento de Juscelino Kubitschek. Igreja São José Operário Edifício Candangolândia Inicialmente construída em madeira, foi desativada em 1996 e reconstruída em alvenaria. Toda a área é tombada. Esferoide Millenium Escultura Canteiro central, em frente ao Pontão do Lago Sul Obra do artista plástico Darlan Rosa, em aço-carbono recortado e pintado, tem 2m de diâmetro. Representa ideias, sentimentos e sensações. Ponte Juscelino Monumento Sobre o Lago Paranoá, liga Brasília ao Lago Projeto do arquiteto e urbanista Alexandre Chan. Com 1.200m de comprimento e 26m de largura, duas pistas Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 182 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação Kubitschek Sul, de três faixas e dois passeios de pedestre, é um destaque na arquitetura de Brasília. Praça dos Orixás Esculturas Orla do lago Paranoá, ao lado da ponte Arthur da Costa e Silva (Prainha) Obra do artista plástico Tatti Moreno, 16 esculturas em resina de poliéster com armação de alumínio. Bumba-Meu- boi do Sr. Teodoro Patrimônio imaterial O Bumba-meu-Boi do Sr. Teodoro existe desde 1963. Folguedo popular brasileiro oriundo do Maranhão e adotado por Brasília, cidade multicultural, como parte de seu patrimônio. Escola Parque 307/308 Sul Edifício Entrequadra 307/308 Sul O conjunto das salas de aula ambientadas para as práticas de ensino formal, artísticas e desportivas teve como referência o projeto de educação pública idealizado por Anísio Teixeira. A Escola Parque é o sinônimo de uma educação integral para a formação da cidadania. Panteão da Pátria e da DemocraciaMonumento Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer. Em seu interior está o painel “Inconfidência Mineira”, de João Câmara e, em primeiro plano, o “Livro dos Heróis da Pátria”, confeccionados em aço. Vida Escultura Sobradinho Obra do artista plástico Emicles Nobre, confeccionada em armação de ferro e concreto com 12m de altura, pesando 25 toneladas. Segundo o autor, é uma obra de arte surrealista, de referência à natureza, feita propositalmente para ser questionada. Torre de TV Monumento Eixo Monumental Oeste. Projeto de Lúcio Costa, com 225m de altura em aço, é a quarta torre mais alta do mundo. A montagem começou em 1962, e foi finalizada em 1967. Estação Rodoviária Marco zero Cruzamento do Eixo Monumental com o Eixo Rodoviário, em Brasília. É o marco onde se cruzam o Eixo Monumental Leste/Oeste. Centro de transporte para a população Distrito Federal, é o traço de união da Capital. Palácio do Itamaraty Monumento arquitetônico Junto à Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer. Com arcos que se refletem num espelho d´água onde há ilhas de plantas tropicais. O prédio, com jardins externos projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx, é considerado uma obra- prima da arquitetura contemporânea. Centro de Ensino da Metropolita- na e Igreja Conjunto predial Núcleo Bandeirante A Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Vila Metropolitana, tem a praça e a escola como símbolo do acampamento remanescente dos pioneiros da construção de Brasília. Vitral da CEF Monumento ? Edifício-sede da Caixa Econômica Federal. A obra do artista plástico Lorenz Heilmair é composta de 24 vitrais sob espelho d´água, que representam os estados brasileiros. São iluminados pela passagem do Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 183 Tabela80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. Nome Tipo Local Descrição/Conservação sol, trazendo leveza ao projeto arquitetônico do edifício. Pedra Fundamental Obelisco Morro do Centenário, em Planaltina, DF Com uma base constituída de 33 pedras de concreto, que representam os anos da República (1889-1922), o obelisco de forma piramidal inaugurado em 7 de setembro de 1922, foi moldado em concreto, com 3,75m de altura. Monumento ao Índio Galdino Escultura Praça do Compromisso, Quadra 704/705 Sul Obra do artista plástico Siron Franco, em homenagem ao índio pataxó Hã-Hã-Hãe Galdino Jesus dos Santos foi queimado vivo em 20 de abril de 1997. Capela Ecumênica Edifício Cobertura do Anexo 4, Câmara dos Deputados. Projeto de Oscar Niemeyer, com 2,5m de diâmetro, com vitral de cor âmbar de Mariane Perreti. Palácio do Congresso Nacional Monumento Praça dos Três Poderes Projeto de Oscar Niemeyer, tem duas Torres com 28 andares cada, que sutilmente indicam a letra H. Despontam de um espelho d´água e formam o conjunto com as cúpulas invertidas, sendo uma côncava (Câmara) e outra convexa (Senado). Lago Paranoá Paisagem Natural Brasília, DF O lago artificial Paranoá tem 40 km². Foi criado para uma correção climática e integrou as condicionantes do projeto urbanístico Lúcio Costa, sendo considerado como o maior patrimônio ambiental da escala bucólica da cidade. 5.7 POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO: ANÁLISE CRÍTICA De acordo com Kohlsdorf&Kohlsdorf (2003), Brasília é o resultado da proposta de autoria de Lúcio Costa selecionada em concurso público. A despeito da organização inicial do espaço, preocupada com a civitas e com o crescimento populacional futuro, a cidade ganhou traços de um mosaico morfológico, contrastando o modernismo clássico das novas construções com traços característicos das cidades de Planaltina e Brazlândia, assim como das fazendas da região. Ao longo dos anos, alterações importantes ocorreram no projeto original, tanto no que diz respeito ao arcabouço do Plano Piloto, quanto do seu entorno, objetivando atender às demandas habitacionais não contempladas anteriormente. O Plano Piloto centralizou as oportunidades de emprego e serviços, a maior renda e os principais benefícios de urbanização. Consequentemente,afastou as camadas sociais mais pobres e carentes, elevando os custos com transportes e infraestrutura para toda a população. As cidades satélites, caracterizadas pelo modernismo periférico, refletiram uma parcela dos traços desta área, porém negando o que os autores acima chamaram de qualidades expressivas. Gradativamente, os imigrantes que não obtiveram habitação formaram invasões, enquanto a classe média pressionou pela transformação de determinadas áreas centrais, ainda desocupadas, em bairros. Concomitantemente, os condomínios fechados, os parcelamentos e a especulação imobiliária fizeram com que a parcela da população com menor poder aquisitivo fosse levada para cada vez mais longe do centro da Capital, inviabilizando a criação de alternativas eficientes de transporte público de massa e transformando esta cidade em uma metrópole polinucleada. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 184 Para Ribeiro (2005), apesar de pressões sociais terem trazido transformações na política de preservação, a lógica não mudou em sua essência. Construíram-se novos bairros, mas dentro do cordão sanitário. Os condomínios fechados ocuparam enorme parte do Distrito Federal e seus moradores dependem quase exclusivamente do carro particular para se locomover. A cultura dos shoppings amplamente defendida por setores da elite promoveu o rompimento com a proposta inicial dos idealizadores e transformou áreas centrais tombadas. Em contrapartida, os defensores da preservação da cidade como patrimônio mundial, preocupados com o crescimento das invasões de terrenos públicos no Plano Piloto, não demonstram interesse por medidas que garantissem melhor qualidade das áreas livres públicas, sobretudo no setor gregário e na arquitetura da área central. Voltando à perspectiva de Ribeiro (2005), Brasília, apesar de ser uma cidade projetada, foi gradativamente incorporando uma realidade social e heterogênea bastante complexa, similar à sociedade brasileira. Este processo foi marcado por embates simbólicos envolvendo a questão do tombamento do Plano Piloto onde, segundo esta autora, a história oficial do País – institucionalmente preservada – é caracterizada como a história dos vencedores. Esta visão primou por uma concepção patrimonialista do tombamento, embasada pelo discurso técnico e centralizador e por critérios estáticos e estilísticos determinados pelo grupo sociopolítico composto pelos detentores de capital cultural. De maneira análoga, Reis (2008) conjectura sobre o processo de preservação dos bens inseridos na lista do Patrimônio de Brasília, apontando as limitações do modelo do utilizado atualmente. Este autor parte da avaliação das políticas adotadas desde a inauguração de Brasília dentro das perspectivas Conceitual, Territorial, Legal e Institucional para chegar aos seus objetivos e faz uma leitura crítica do processo de preservação do Conjunto Urbanístico do Plano Piloto de Brasília, afirmando que a sua realização se deu de forma “confusa, descontínua, institucionalmente instável e operacionalmente precária”. Ele também ressalta que o projeto urbanístico adotado é composto por setores com extensas áreas vazias (Asa Norte e Setor de Embaixadas), locais com potencialidades esgotadas (Rodoviária) e precocemente envelhecidos (vias W3 Sul e Norte). Neste contexto, também partilha da visão de que a combinação de fatores acima resulta de um modelo de gestão caracterizado pela performance excessivamente centralizadora do Estado sem participação da sociedade civil organizada. Isso se deveao fato de a questão sobre os critérios e bens a serem inseridos na lista não ter sido amplamente discutida com a sociedade. Como agravantes, tem-se a burocratização e a instabilidade administrativa, aspectos que contribuíram para sucessivas reformas da estrutura do governo local, implicando a modificação também da estrutura que organiza os setores responsáveis pela política urbana e preservação histórica. Neste contexto, ressalta que a alternância de governos com propostas diversas contribuíram para a inexistência de uma política urbana de fato consistente. A instabilidade e a precariedade da estrutura político-institucional implicam a adoção de uma tipologia de administração considerada fragmentada, excludente e desarticulada. Sendo assim, na medida em que privilegia a especulação, deteriora o espaço urbano e coloca em risco o patrimônio histórico. Este processo, na visão de Ribeiro (2005), foi acompanhado de forma apática pela grande maioria dos moradores das áreas centrais porque, entre outras razões, simpatizaram com a proposta de uma administração considerada engajada na manutenção da qualidade de vida do Plano Piloto. Ao analisar os vínculos estabelecidos nos diversos espaços sociais, Ribeiro (2005) ressalta que o Distrito Federal radicaliza as diferenças econômicas, a disparidade em termos de condições de infraestrutura urbana e a desigualdade no acesso à cultura, características que denotam a realidade social brasileira. Este processo excludente deu origem à perfeição do Plano Piloto concomitantemente ao caos das cidades satélites, marcadas pela insegurança e pela fragilidade dos serviços públicos. Mais ainda, a autora aponta uma falsa sensação de liberdade de circulação no Plano Piloto que, em verdade, caracteriza-se como uma das áreas mais privatizadas dentre todos os centros urbanos brasileiros. Em outras palavras, o rígido controle do uso e expansão da área, Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 185 combinado com seu precoce tombamento, definiu o futuro do Plano Piloto, deixando pouca margem para a criação de novas potencialidades e para uma expansão mais espontânea. De maneira similar, Kohlsdorf& Kohlsdorf (2003) apontam que, embora tenham ocorrido ações relativamente bem sucedidas de organizar o desenho urbano, a evolução da cidade revela o agravamento de problemas já esboçados em sua concepção. Estes autores ressaltam que trabalhos recentes abordaram a estrutura global da metrópole e detectaram um sistema caracterizado por excentricidade, dispersão e segregação socioespacial (Holanda, 2001). Partindo desta base, compreenderam a configuração de Brasília como sendo caracterizada pelo agravamento dos problemas relacionados ao urbanismo moderno e à fragilização dos atributos positivos da Capital. De maneira análoga, Reis (2008) afirma que a discussão sobre a preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília apresenta não apenas problemas associados aos dilemas urbanos, mas também “crises, equívocos e anacronismos na política de preservação desenvolvida localmente”. Mais especificamente, a política de assentamentos, a especulação imobiliária e a visão elitista que permeia a concepção de patrimônio. Seguindo este raciocínio, Kohlsdorf & Kohlsdorf (2003) também asseveram que o nascimento da representação política em Brasília, na década de 1980, transformou a invasão de terras por populações carentes em um tipo de indústria movida por candidatos a cargos públicos, por exemplo, as invasões da Estrutural e de Itapoã. Nestas localidades, atores políticos ou seus correligionários comandaram grandes contingentes populacionais, que se organizaram para instalação rápida. A indústria de invasões criou os embriões de novas cidades que surgiram apoiadas em interesses privados. Continuando, Ribeiro (2005) utiliza a crítica da razão comunicativa de Habermas como instrumental para analisar as estratégicas utilizadas no processo de consagração internacional do patrimônio de Brasília. A autora afirma que tem prevalecido o discurso do conhecimento/saber técnico para definir as ações ligadas ao patrimônio. Ademais, a prática institucional é concebida por uma ideologia tecnocrática, onde regras técnicas são impostas em detrimento da politização do conjunto da sociedade. Baseada em pesquisa própria, afirma também que os critérios de interferência nos locais tombados, geralmente, não foram explicitados por meio de normas, o que abriu brechas para a ação discricionária. Partilhando a visão de outros autores já mencionados, salienta que a sociedade civil não tomou conhecimento, participou ou questionou as decisões relativas aos espaços urbanos até a publicação do seu trabalho. Para contextualizar e compreender a política de preservação do patrimônio adotada no País, esta autora desenvolveu também uma análise histórica, que traça as alterações advindas da ampliação do conceito de patrimônio cultural desde a década de 1930 até 1970, quando foi adotado o discurso de que a cultura deve receber um enfoque antropológico. No entanto, sua análise mostra que as políticas adotadas em períodos recentes não se sustentam frente aos problemas urbanos econômicos e sociais vivenciados atualmente no Distrito Federal e no Brasil. Na visão da autora supracitada, a política de patrimônio brasileira seguiu o modelo francês, onde a regulamentação das ações de proteção é marcada pelo centralismo e pelo autoritarismo. Ademais, os valores de nacionalidade e antiguidade franceses são permeados por uma concepção museológica dos bens culturais. Superando esta visão, o desenvolvimento dos conceitos e das práticas fez com que determinados países redefinissem as ações focadas no patrimônio de tal maneira a incrementar a política de planejamento urbano com as dimensões sociais, econômicas, políticas e ambientais. Em outras palavras, passaram a compor de forma mais consistente, as listas do patrimônio bens associados às esferas socioeconômica (eventos culturais e atividades de valor que também são geradoras de renda) e ambiental (áreas de preservação da fauna e flora). Ainda na visão de Ribeiro (2005), o caso brasileiro, apesar da descentralização, da ampliação do conceito de patrimônio e da integração das práticas de preservação ao planejamento urbano, o Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 186 centralismo e autoritarismo permanecem. As propostas democráticas são excessivamente pontuais, têm curta permanência e sofrem com as frequentes alterações propostas pelas diferentes gestões. Sua crítica está, fundamentalmente, no fato de que a concepção de uma política de preservação do patrimônio precisa se fundamentar não somente na continuação das características que dão identidade às cidades. Além disso, elas devem dialogar com as outras políticas públicas e, mais importante, devem proporcionar o uso social do patrimônio. Finalmente, o conjunto dos autores citados assinala que, para que se obtenha o desenvolvimento sustentável do patrimônio, os bens culturais precisam ser avaliados em termos da importância de sua permanência no tempo e no espaço, observando, conjuntamente, a preservação e os desenvolvimentos humano e urbano. Para isso, a participação da sociedade na avaliação e enfrentamento dos problemas relativos à preservação do patrimônio poderá resultar na melhoria da qualidade de vida com cidadania e democracia. Mais especificamente, Ribeiro (2005) coloca que o monitoramento do estatuto do tombamento deve inovar, definindo de maneira democrática, ou seja, através de reuniões que envolvam tanto o corpo de técnicos quanto os entes da sociedade civil interessados, os parâmetros que incentivem a criatividade e que balizem a qualidade arquitetônica de edificações. Seguindo esta linha, Reis (2008) considera que a preservação precisa deixar de ser um capricho estético voltadopara si próprio e ser concebida em termos de uma função social que funciona no sentido de garantir o ordenamento e valorização da Capital. No caso de Brasília, é preciso se desvencilhar do modelo de ação preservacionista ortodoxa, que preza um ideal legalista e formal e ignora a dinâmica da cidade. Nesse sentido, é necessária uma nova política de gestão para a área tombada, garantindo assim um procedimento mais democrático e eficiente de desenvolvimento e preservação urbanos. Como forma de aprimorar o espectro do patrimônio e promover as potencialidades da Capital nestas áreas, é preciso observar que o patrimônio cultural deve ter representatividade social. Araripe (2004) defende que é necessário incluir diferentes tipos de arte – como pintura, música, escultura, cinema – mas também objetos e práticas do cotidiano, como vestimentas, utensílios domésticos, instrumentos de trabalho, dentre outros, bem como materiais de diferentes arquivos e acervos. Sobretudo no que diz respeito à música e ao teatro popular, o Distrito Federal tem uma história que precisa ser resgatada, fortalecida e preservada de uma forma que também permita a sua dinamização. 5.8 SITUAÇÕES DE RISCO, VULNERABILIDADES E CONSIDERAÇÕES FINAIS O processo de crescimento de nossa cidade vem sendo marcado por agressões que desrespeitam os princípios de preservação do Plano Piloto, que são: Descaracterização dos pilotis: mediante fechamento de seu perímetro com cercas ou outro tipo de empecilho à livre circulação dos pedestres; Tentativas de alteração do uso dos lotes destinados para clubes de vizinhança; Invasão de área pública: quadras comerciais locais da Asa Sul e da Asa Norte; Invasão de áreas verdes: construção de estacionamentos e mesmo de pequenas edificações; Permissão de construção de coberturas sobre o sexto andar: o que configura a criação do sétimo andar nos edifícios das superquadras; Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 187 Desrespeito às normas de construção da Avenida W3 (casas e estabelecimentos comerciais que invadem áreas públicas; residências com três andares; estabelecimentos comerciais com funções diversas daquelas estipuladas para a área); Poluição visual: provocada pela utilização indiscriminada de letreiros, painéis, faixas de propaganda e placas luminosas (para todos esses casos irregulares, o GDF tem atuado, desde 2008, no sentido de retirá-los); Construção de obras que afrontam a arquitetura moderna de Brasília; Descaracterização das residências das quadras 700, Norte e Sul; Privatização da Orla do Lago Paranoá, tanto no Plano Piloto, como nos Lagos Norte e Sul. Com base na análise documental, assim como em fontes secundárias, é possível ressaltar que a falta de cuidado com os monumentos da cidade é evidente. Uma parcela significativa das quadras do Plano Piloto sofreu alterações no projeto original de Lúcio Costa, que podem ser consideradas prejudiciais nos termos do tombamento. Os monumentos tombados, muitos deles obras de Niemeyer, são vítimas do constante vandalismo. Outras instalações não receberam a atenção necessária no sentido de garantir a sua manutenção, apresentando, posteriormente, problemas graves em sua estrutura. Em virtude das comemorações dos 50 anos da Capital Federal, para este ano de 2010, foram iniciadas pelo GDF amplas reformas em quase todos os bens tombados pelo Patrimônio Histórico, salvo aqueles que já tinham passado pelas devidas reformas anteriormente. Entre os primeiros, estão o Palácio do Planalto, a Catedral Metropolitana, o Memorial dos Povos Indígenas e o Museu Vivo da Memória Candanga. Com base na avaliação da situação dos bens que compõem o patrimônio e na discussão da literatura, conclui-se que existem diversos problemas que devem ser enfrentados. Primeiramente, é preciso rediscutir de maneira ampla e aberta o conceito de patrimônio, de tal forma a chegar a uma conceitualização menos ortodoxa do termo e, assim, garantir que a lógica que permeia sua preservação, assim como o espectro dos bens a serem preservados, seja a mais democrática possível. Em segundo lugar, é preciso rediscutir o modelo de atuação dos órgãos responsáveis, tanto internamente quanto nos diversos âmbitos (estadual, federal e internacional), de tal forma a evitar a burocratização excessiva, a sobreposição desnecessária de funções e o viés político/tecnicista nas avaliações de pertinência. Terceiro, é preciso ampliar o diálogo com a sociedade no que diz respeito ao embate entre a preservação e a expansão urbana, com o objetivo de garantir a segurança do patrimônio histórico e cultural, mas sem engessar a dinâmica do desenvolvimento. Vale ressaltar, porém, que é preciso ter cuidado em não permitir o uso econômico e político dos instrumentais institucionalizados em prol de interesses específicos. Finalmente, com base nos dados obtidos sobre a situação dos bens, é necessário reavaliar o uso dos recursos destinados à manutenção do patrimônio com base nos preceitos de gestão e avaliação democráticos. A apreciação do patrimônio histórico e cultural é de suma importância para o planejamento estratégico sustentável de uma área e região, tanto no seu desenvolvimento econômico quanto social e ambiental. O patrimônio histórico, através do turismo e do estudo científico, entre outros, é responsável por uma rede de relações que sustentam e dão mais qualidade de vida para todo um conjunto de comunidades. Neste sentido, faz-se importante a análise do patrimônio nos termos do ZEE, não somente com o objetivo de preservar estes bens e as relações que deles surgem, mas também com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável das áreas e fortalecer estas comunidades. Desta forma, o ZEE servirá como referência para uma série de estudos posteriores para diversas áreas do conhecimento, inclusive a Antropologia, a Ciência Política e a Psicologia Social, dentre muitas outras. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 188 5.9 BIBLIOGRAFIA ARARIPE, F. M. A. Do patrimônio cultural e seus significados. Campinas: Transinformação, 2004. BRASIL. Decreto Lei No. 25, de 30-11-1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del0025.htm. COSTA, Lúcio. Brasília revisitada, 1985-1987: complementação, preservação, adensamento e expansão urbana. Projeto, São Paulo, n. 100, p. 115-122, jun. 1987. GDF. Documentos Técnicos do Plano Diretor de Ordenamento Territorial. 2007 HOLANDA, Frederico de. “Uma ponte para a urbanidade”. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, nº 5, novembro de 2001. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional Universidade Federal da Bahia, Salvador, p. 61-78. KOHLSDORF, Maria Elaine, KOHLSDORF, Gunter, HOLANDA, Frederico de. Brasília: permanências e metamorfoses. 2003. (mimeo) LEITÃO, Francisco (org.). Brasília 1960-2010: passado, presente e futuro. Brasília: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, 2009. 272p. RAMOS, Karina Felix. A preservação de Brasília: reflexos da formação do conceito de patrimônio cultural. 2005. 225 f. Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade de Brasília, Brasília, 2005. REIS, C. M. Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília: alguma coisa está fora da ordem. I Colóquio sobre História e Historiografia da Arquitetura Brasileira. Universidade de Brasília, FAU, 2008. RIBEIRO, Sandra B. Brasília: memória, cidadania e gestão do patrimônio cultural. São Paulo: Annablume, 2005. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 189 Anexo A Dinâmica e Estrutura Populacional Naturalidade De acordo com dados da SEPLAN\CODEPLAN e do IBGE, os imigrantes ainda constituemMineral e de Transformação por Atividade Econômica, segundo o Porte – Distrito Federal – 2002. .................................................................................... 113 Tabela45- Empresas industriais segundo Regiões Administrativas - 1994-98 ................................ 113 Tabela 46 - Empresas de prestação de serviços por atividade econômica, segundo o porte – Distrito Federal – 2002 .............................................................................................................................. 114 Tabela 47 - Empresas de Comércio Atacadista por Atividade Econômica, segundo o Porte – Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12.) .............................................................................................. 118 Tabela 48- Empresas de Comércio Varejista por Atividade Econômica, segundo o Porte - Distrito Federal – 2002 (Posição em 31/12). .............................................................................................. 119 Tabela 49- Número de Empresas Comerciais e de Serviços segundo Região Administrativa – 1998 ..................................................................................................................................................... 120 Tabela 50 - Empresas do setor informal da economia, por tipo de empresa, segundo os grupos de atividade - Distrito Federal - 2003 ................................................................................................. 121 Tabela 51 – Número de pessoas ocupadas em cada segmento de empresas do setor informal da economia no DF em 2003 ............................................................................................................. 122 Tabela 52 – Local de funcionamento das empresas do setor informal da economia no DF em 2003 ..................................................................................................................................................... 123 Tabela 53 – Classes de valores de receita por tipo de empreendimento e grupo de atividade do setor informal da economia no DF em 2003 .......................................................................................... 124 Tabela 54 – Enquadramento das Atividades Econômicas Pesquisadas no CNAE........................... 125 Tabela 55 – Renda mensal bruta dos empreendedores informais da economia ............................... 126 Tabela 56 – Quantidade de pessoas que trabalham nos negócios informais .................................... 126 Tabela 57 – Faixa etária dos empreendedores informais ................................................................ 127 Tabela 58- Quantidade de pessoas que dependem da renda gerada pelos empreendimentos informais ..................................................................................................................................................... 127 Tabela 59 – Distribuição dos dirigentes dos empreendimentos informais por sexo ........................ 128 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 12 Tabela 60 – Distribuição dos empreendedores informais por nível de escolaridade ....................... 128 Tabela 61- Distribuição da naturalidade dos empreendedores informais no DF ............................. 129 Tabela 62 - Participação dos empreendedores informais em associação, cooperativa, sindicato ou de algum movimento empresarial ...................................................................................................... 129 Tabela 63- Tipo de atividade econômica que participa .................................................................. 130 Tabela 64 – Tempo de atividade no ramo ...................................................................................... 130 Tabela 65 – Local onde desenvolve seu negócio ou atividade........................................................ 130 Tabela 66 – Qualificação profissional dos empreendedores informais ........................................... 131 Tabela 67 – Local onde os empreendedores informais aprenderam suas profissões ....................... 132 Tabela 68 – Principais dificuldades encontradas para a condução dos negócios informais ............. 132 Tabela 69 – Desejo de formalização do seu negócio ...................................................................... 133 Tabela 70 – Grau de conhecimento da Lei Complementar nº 128, de 2008 .................................... 133 Tabela 71- Perfil Ocupacional da População Ocupada segundo os Setores de Atividades - Distrito Federal - Dezembro – 2005 e 2008. ............................................................................................... 135 Tabela 72- População Economicamente Ativa, Número de Ocupados, Desempregados e Taxa de Desemprego - Distrito Federal, 2005 e 2007. ................................................................................ 136 Tabela 73- Estimativa da população ocupada por setor de atividade econômica e sexo – Distrito Federal - 2002-2006. ..................................................................................................................... 136 Tabela 74– Os três setores mais empregadores por Regiões Administrativas - Distrito Federal – 2008 ..................................................................................................................................................... 138 Tabela 75– Número de Empregados em 31 de dezembro de 2008 por faixa etária e por regiões administrativas no Distrito Federal. ............................................................................................... 139 Tabela 76 – Número de empregados sem carteira assinada e taxa de desemprego em 2004 ........... 148 Tabela 77- Renda Média Domiciliar Mensal e Renda Domiciliar Per Capita Mensal, segundo as Regiões Administrativas - Distrito Federal – 2004 (renda em salários mínimos)............................ 150 Tabela 78 - Conjunto de bens tombados pelo IPHAN no ano de 2007 ........................................... 161 Tabela 79 - Patrimônio Cultural Material do DF: Bens (ordem alfabética); Situação do Tombamento; Estado de Conservação ................................................................................................................. 170 Tabela 80 - Componentes da paisagem no Distrito Federal, com discriminação de tipo e local onde está edificada. A descrição da obra/local pode incluir itens sobre conservação, quando relevante. . 177 Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 13 Lista de Siglas ADOLESCENTRO - Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção Integral à Adolescência e Família ARUC – Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro CAESB – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal CAPS – Centro de Atenção Psicossocial Central de Abastecimento – CEASA CEF – Caixa Econômica Federal CENARGEM – Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia COMPP – Centro de Orientação Médico Psicopedagógico CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal DF - Distrito Federal DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DIGEPHAC – Diretoria de Gestão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural DIPOL – Diretoria de Política Urbana e Informação DSAT – Diretoria de Saúde do Trabalhador EIT – Escola Industrial de Taguatinga EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EQS – Entrequadra Sul FIBRA-DF – Federação das Indústrias do Distrito Federal FUNARTE – Fundação Nacional de Artes GDF – Governo do Distrito Federal GEPOP – Gerência de Estudos de Demanda Populacional GEPRO – Gerência de Programação e Orçamento HJKO – Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira IBGE - Institutoa maioria da população residente no Distrito Federal, com 51,4% do total dessa população. No entanto, essa situação vem se modificando ao longo dos anos, sobretudo em algumas Regiões Administrativas específicas. As regiões brasileiras que mais contribuíram para o contingente populacional do Distrito Federal são a Nordeste e a Sudeste, com 25,4% e 14,2%, respectivamente. Ainda de acordo com a Tabela A.1, entre 2004 e 2007, houve poucas modificações nos percentuais de contribuição de cada região do País. Vale ressaltar um pequeno aumento na contribuição da Região Centro-Oeste. Ainda para o ano de 2007, não foram apresentadas informações concernentes à participação do Entorno no quadro de naturalidade no Distrito Federal. Tabela A.1 - Naturalidade da População segundo as Grandes Regiões, Distrito Federal e Entorno – Distrito Federal – 2004 e 2007 Grandes Regiões, Distrito Federal e Entorno 2004 2007 População Percentual População Percentual Exterior 6.142 0,3 8.000 0,3 Região Norte 43.519 2,1 49.000 2,0 Região Nordeste 558.792 26,7 621.000 25,4 Região Sudeste 287.383 13,7 347.000 14,2 Região Sul 30.388 1,4 40.000 1,6 Região Centro-Oeste 136.791 6,5 192.000 7,9 Distrito Federal 1.006.689 48,0 1.187.000 48,6 Entorno 26.831 1,3 - - Total 2.096.534 100,0 2.444.000 100,0 Fontes: SEPLAN/CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio – PDAD IBGE/PNAD – 2007. Divisão da população por Gênero No que diz respeito à composição da população por sexo, o Censo de 1991 indicou, no DF, um excedente da população feminina em relação à masculina, numa razão de sexo de 92,31%, ou seja, uma proporção de 92 homens para cada 100 mulheres. Para os dados do ano 2000 em diante, a situação é diferente. De acordo com a Tabela A.2, no ano 2000, o percentual de mulheres na população do Distrito Federal estava em 52,2%. Este valor manteve-se praticamente estagnado para o ano de 2005. De acordo com esta mesma tabela, são 95.748 mulheres a mais. Tabela A.2 - Pessoas por sexo - Distrito Federal – 2000 e 2005 Ano População Total Homens (%) Mulheres (%) 2000 2.051.146 981.356 47,8 1.069.790 52,2 2005 2.277.258 1.090.755 47,9 1.186.503 52,1 Fontes: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – Contagem da População – 1996 e Censo Demográfico – 2000 e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação – SEDUH – Subsecretaria de Política Urbana e Informação – SUPIN – Diretoria de Política Urbana e Informação – DIPOL – Gerência de Estudos de Demanda Populacional – GEPOP. Nota: No período 2001-2005, para os totais do Distrito Federal foram utilizadas as estimativas revisadas pelo IBGE, a partir da projeção para o Brasil. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 190 Anexo B Atividades econômicas A Tabela B.1 apresenta o total de chefes de família empregados e desempregados por sexo. O total de ocupações cresceu ao longo de todo o período entre 2002 e 2006, passando de 451 mil para 509,6 mil. O total de desempregados, em compensação, vem caindo consistentemente, passando de um pouco acima de 50 mil em 2002, para um patamar um pouco superior de 46 mil. Enquanto a quantidade de homens desempregados passou por altos e baixos, o total de mulheres desempregadas caiu consistentemente. Tabela B.1 - Total de chefes de família ocupados e desempregados segundo o sexo – DF – 2002-2006 Fonte: Secretaria de Estado de Trabalho – Coordenação Técnica – Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED. A Tabela B.2 apresenta a evolução do PIB e do PIB per capita, entre 2004 e 2007, a preços correntes, sem descontar a inflação anual e evidenciando um constante crescimento de ambos os indicadores. O PIB passa de mais de R$ 70 milhões para algo próximo de R$ 100 milhões num espaço de quatro anos. O PIB per capta, por sua vez, cresce em torno de 30% no mesmo período, passando de R$ 30.992 para R$ 40.696, no mesmo período, crescimento superior ao da inflação. Tabela B.2 - Produto Interno Bruto a preços correntes e Produto Interno Bruto per capita segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e municípios - 2004-2007 2004 2005 2006 2007 Distrito Federal Preços correntes (1000 R$) Per capta (R$) Preços correntes (1000 R$) Per capta (R$) Preços correntes (1000 R$) Per capta (R$) Preços correntes (1000 R$) Per capta (R$) 70.724.113 30.992 80.526.612 34.515 89.628.553 37.599 99.945.620 40.696 Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2003_2007/tab01.pdf ANO Chefes de família (em 1.000) TOTAL Ocupados Desempregados Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 2002 451 400,9 304,4 96,5 50,2 33,8 16,4 2003 465,9 408,2 308,9 99,3 57,7 39,2 18,5 2004 480,4 431,2 324,4 106,7 49,3 32,0 17,3 2005 497,2 451,7 342,2 109,5 45,5 29,4 16,0 2006 509,6 463,5 357,1 106,4 46,1 31,0 15,1 http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pibmunicipios/2003_2007/tab01.pdf Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 191 Tabela B.3 – Remuneração Média Nominal por Setores, Gênero, Faixa Etária, no Brasil e no Distrito Federal, 2006. SETOR BRASIL DISTRITO FEDERAL ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTA L ATE 17 18 A 24 25 A 29 30 A 39 40 A 49 50 A 64 65 OU MAIS TOTAL Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Média REM DEZ (R$) Extrativa mineral Masculino 384,33 ####### 2.783,17 3.269,12 5.650,47 7.787,77 5.167,91 4.270,24 145,25 914,21 2.379,91 2.424,97 4.353,83 6.519,97 11.230,19 3.464,72 Feminino 314,94 ####### 3.574,06 4.542,77 6.615,04 7.926,13 4.800,27 4.669,00 353,01 910,44 4.181,32 3.161,69 3.845,28 5.632,24 800,00 3.487,95 Total 361,16 1586,38 2893,06 3408,22 5734,37 7799,05 5140,29 4313,35 283,75 67 913,24 2787,37 2567,75 4240,82 6359,54 6015,10 3469,73 Indústria de transforma ção Masculino 527,62 926,34 1.366,51 1.817,21 2.363,41 2.589,56 2.300,47 1.683,35 373,81 747,42 1.081,66 1.452,79 2.043,06 2.358,32 3.063,80 1.339,52 Feminino 508,75 759,12 1.054,84 1.200,75 1.218,23 1.230,42 1.466,78 1.066,59 382,78 682,91 1.021,90 1.166,18 1.238,70 1.560,62 1.879,30 1.050,56 Total 521,49 876,27 1270,83 1625,47 2033,47 2280,63 2185,90 1500,45 377,80 726,50 1061,88 1356,43 1757,05 2118,17 2824,51 1243,09 Serviços industr. de utilidade pública Masculino 342,55 978,36 1.554,70 2.121,18 3.272,50 4.305,62 3.470,97 2.792,36 212,33 1.331,9 1 2.448,60 2.800,10 5.330,49 9.360,85 9.585,12 5.164,61 Feminino 340,09 ####### 1.760,86 2.213,27 3.058,66 3.816,34 2.982,93 2.591,28 245,20 1.930,9 3 3.136,97 3.446,01 5.915,75 8.242,63 10.011,90 4.965,86 Total 341,66 993,94 1592,98 2136,86 3236,53 4234,60 3432,02 2758,80 226,57 1487,8 7 2615,82 2936,76 5455,24 9178,68 9602,54 5123,45 Construção civil Masculino 429,23 818,10 1.072,10 1.195,83 1.338,93 1.599,13 1.892,52 1.201,60 324,29 704,50 975,60 1.242,36 1.593,19 2.289,01 3.474,80 1.370,24 Feminino 352,22 863,31 1.312,05 1.485,57 1.494,14 1.778,19 1.985,27 1.345,82 254,70Brasileiro de Geografia e Estatística IDH– Índice de Desenvolvimento Humano IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional JK – Juscelino Kubitschek LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal MAB - Museu de Arte de Brasília MEC – Ministério da Educação MTE – Ministério do Trabalho e do Emprego MVMC – Museu Vivo da Memória Candanga NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital ONGs – Organizações não governamentais PAM – Produção agrícola municipal PDAD - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios PED – Pesquisa de Emprego e Desemprego PIB – Produto Interno Bruto PDOT – Plano de Ordenamento Territorial do Distrito Federal PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento RAs - Regiões Administrativas RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno RDO – Resíduos Domiciliar SIA – Setor de Indústria e Abastecimento Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 14 SAIS – Setor de Áreas Isoladas Sul SC – Secretaria de Estado de Cultura SCIA – Setor Complementar de Indústria e Abastecimento SEAPA – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento SDE – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico SEDUH – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação SEDUMA – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente SEF – Secretaria de Estado de Fazenda SEMATEC – Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SEPLAN – Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal SIARDF – Sistema de Arquivos do Distrito Federal SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus SUPIN – Subsecretaria de Política Urbana e Informação SUPLAN – Subsecretaria de Planejamento e Política de Saúde SUPRAC – Subsecretaria de Programação, Regulação, Avaliação e Controle TERRACAP – Companhia Imobiliária de Brasília TMGCA - Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual UF – Unidade da Federação UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ZEE-DF – Zoneamento Ecológico e Econômico do Distrito Federal Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 15 Tema - SOCIOECONOMIA 1 Subtema 1 – POPULAÇÃO Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 16 APRESENTAÇÃO Um diagnóstico socioeconômico para um zoneamento ecológico econômico – ZEE, precisa ter certas características para que possa ser eficaz. A própria definição de ZEE fornece elementos para que sejam estabelecidas essas características: “Instrumento de organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades públicas e privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental com vistas a assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população”. (Art. 2º do Decreto nº 4.297, de 10 de julho de 2002.) A dimensão espacial das atividades socioeconômicas desempenha, assim, papel central em um diagnóstico de um ZEE. Não é suficiente apresentar um volume imenso de dados e estatísticas sobre população, atividades produtivas, emprego, renda, infraestrutura, entre outros, como é usual em diagnósticos socioeconômicos. É essencial que seja priorizado o rebatimento espacial dessas variáveis, dando menos destaque para aqueles que não apresentam diferenciações no espaço geográfico. Além disso, sempre quando possível, é relevante conjugar as escalas usuais da socioeconomia com as escalas das variáveis relacionadas com os recursos naturais e o meio ambiente. Nesse contexto, o diagnóstico socioeconômico deste ZEE deve caracterizar de maneira eficaz e objetiva a sociedade e a economia do DF. Esse diagnóstico deve fornecer elementos relevantes para que se possa, posteriormente, identificar as potencialidades e as vulnerabilidades da unidade da Federação – UF. É impossível pensar-se em um Cenário Tendencial para um ZEE sem um adequado diagnóstico socioeconômico. O mesmo pode ser dito em relação a um Cenário Exploratório e a um Cenário Desejado. É um diagnóstico que precisa ser moldado às necessidades de um futuro prognóstico. O presente diagnóstico da SOCIOECONOMIA está estruturado em cinco subtemas: nos dois primeiros – População e Condições Vida - são analisadas as características e a dinâmica demográficas, bem como as condições da infraestrutura social, do patrimônio cultural e dos domicílios da população, setorial e espacialmente considerados. A seguir, são apresentados os subtemas Estrutura Produtiva e Emprego e Renda, onde são analisados os setores produtivos mais relevantes para a economia do DF, com destaque para suas contribuições na formação da renda e do emprego distrital, assim como para as suas especificidades espaciais. Neste item, também foi traçado um levantamento das características do setor informal da economia, bem como da distribuição do emprego e da renda no DF. Por fim, apresenta-se um diagnóstico do Patrimônio Cultural e Material, avaliando-se as questões relacionadas ao tombamento de Brasília, entre outros aspectos relacionados aos bens de valor histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico ou ambiental, ou seja, o patrimônio cultural, que é parte importante da organização social. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 17 1.1 POPULAÇÃO 1.1.1 Introdução O Distrito Federal, depois de impressionantes taxas de crescimento demográfico, nas primeiras décadas de sua implantação, continua a crescer, agora a taxas mais moderadas, mas ainda superiores à média nacional. Nesses seus 50 anos, a passagem de capital administrativa para uma metrópole nacional e regional se deu, em grande parte, pelo seu crescimento populacional. Esse crescimento, ao mesmo tempo em que vem se constituindo em um foco de pressão sobre os serviços urbanos, incluindo o emprego, forma uma massa de demanda que dinamiza seus setores de comércio e serviços, hoje, proporcionalmente, com dinamismo acima da média nacional. Nesse subtema são analisadas a estrutura, a dinâmica e a distribuição espacial dessa população, bem como os movimentos e as tendências de seu crescimento, tanto para todo o território do DF, como para cada uma de suas regiões administrativas. 1.1.2 Dinâmica e Estrutura Populacional O Distrito Federal apresentou evolução distinta em suas características demográficas ao longo de diferentes subperíodos dos quase cinqüenta anos de sua existência. Não apenas ocorreram mudanças significativas no crescimento da população, como também os seus habitantes alteram sua dinâmica de ocupação do espaço geográfico da capital brasileira. Em particular, as alterações na distribuição espacial das pessoas têm repercussões relevantes sobre o zoneamento ecológico econômico ora em elaboração para o Distrito Federal. Com o início da construção da nova Capital, ocorreu um intenso fluxo migratório, impulsionado pelo surgimento de novas oportunidades de emprego. Em meados de 1956, ocorreu a afluência das primeiras correntes migratórias de trabalhadores destinadas à construção civil 1 . Entre os anos de 1957 e 1960, registraram-se taxas médias anuais de crescimento em torno de 120%. Contudo, essas taxas de crescimento passaram a declinar significativamente nas décadas posteriores. A primeira contagem populacional,executada pelo IBGE, registrou 12.283 moradores em meados de 1958. Em maio de 1959, o número já chegava a 64.314 habitantes, implicando uma taxa média geométrica de crescimento anual de 128,82%, para um período de dez meses, como pode ser observado na Tabela1. Em 1960, o primeiro Censo Demográfico oficial registrou um montante de 140.164 pessoas, com crescimento médio anual de 117,94% para os anos iniciais de implantação da nova capital do País. Com o término das obras básicas de implantação da Capital, esperava-se que um terço dos operários permanecesse na cidade, e que, dos outros dois terços, uma parte fosse para a área rural, as chama das colônias agrícolas, e outra parte voltasse para casa. Não foi o que aconteceu. Os candangos acabaram ficando e o afluxo populacional para a cidade prosseguiu. Além disso, nos primeiros anos da década de 60, a transferência dos funcionários públicos do Rio de Janeiro para Brasília também contribuiu para a manutenção das altas taxas de crescimento no Distrito Federal 2 . A partir da década de 70, com a diminuição das obras e a 1 A oferta de empregos durante a construção de Brasília, que durou cerca de três anos, foi o principal motivo de atração dos chamados candangos, denominação dada aos operários da construção civil, que saíam de suas cidades de origem, predominantemente da região Nordeste, na busca de um emprego. Os migrantes eram oriundos dos Estados do Maranhão, Ceará, Piauí e Bahia, porém a região Sudeste, com destaque para o Estado de Minas Gerais, e a região Centro- Oeste, sobressaindo o Estado de Goiás, também foram provedores do fluxo migratório. 2Com a ocorrência da continuidade dos fluxos migratórios, inicia-se a implantação dos núcleos habitacionais periféricos ao Plano Piloto, projetados para a expansão da cidade. Durante a definição da área do Quadrilátero do Distrito Federal para a criação da Nova Capital, o Governo Federal iniciou um processo de desapropriação de todas as fazendas que existiam no local (SEMATEC, 1999). Em 1958, a NOVACAP, Companhia Urbanizadora da Nova Capital, teve que tomar a decisão de criar cidades-satélites, sendo que a primeira referência legal sobre elas está na Lei nº 3.751, de 13 de Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 18 consolidação do movimento de transferência da Capital Federal, a oferta de empregos na construção civil perde a predominância e o setor público assume a liderança na geração de postos de trabalho, passando a ser o principal empregador direto. Ao mesmo tempo, os setores de comércio e serviços também são estimulados. Tabela1- Evolução da população do Distrito Federal, TMGCA e densidade demográfica – 1957-2007 Anos População TMGCA (1) Hab./Km 2 1957 12.283 - 2,12 1959 64.314 128,82 11,11 1960 140.164 117,94 24,21 1970 537.492 14,39 92,84 1980 1.176.935 8,15 203,30 1991 1.601.094 2,84 276,57 1996 1.821.946 2,62 314,72 2000 2.051.146 3,01 354,31 2005 2.333.108 2,61 403,01 2006 2.392.718 2,38 413,32 2007 2.443.547 2,12 422,10 Fontes: Projeções Populacionais - Brasil e Grandes Regiões – IBGE e Censo Demográfico – IBGE. Dados elaborados pela SEPLAN e pela CODEPLAN. Projeção da População das Regiões Administrativas do Distrito Federal - SEDUH/CODEPLAN. PNADs 2005, 2006 e 2007. (1) TMGCA - Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual entre períodos. Em sua primeira década de existência, a população do Distrito Federal passou de 141.742 para 537.492 pessoas, entre 1960 e 1970. Uma alteração relevante também ocorre a partir da década de 70. Os fluxos migratórios responsáveis pelo crescimento de Brasília passaram a ser direcionados, também, para diversos municípios vizinhos dos estados de Goiás, principalmente, e Minas Gerais, gerando expansão urbana acelerada, com diversas dessas cidades transformando-se em dormitórios para pessoas que buscavam emprego no Distrito Federal. Dessa forma, surgem novos padrões de utilização do espaço, tanto em áreas rurais, quanto urbanas. No espaço urbano, observa-se o surgimento de embriões de zonas industriais (Formosa, Luziânia e Santo Antônio do Descoberto) e de áreas residenciais, caracterizadas pela expansão de loteamentos de grande densidade de moradias, como em Luziânia e em Planaltina 3 . Na década de 1980, o DF ainda era bastante chamativo para os migrantes. Apesar de apresentar taxas de crescimento em queda, chegou ao patamar de um milhão de habitantes (1.176.935 habitantes). Atingir esse montante significou um aumento, em média, de 8,15% ao ano da população abril de 1960. As cidades-satélites estavam previstas no Plano Urbanístico de Brasília como núcleos urbanos autônomos, periféricos ao Plano Piloto, devendo ser implantadas de acordo com a necessidade de fixação da população. Desde o início da construção de Brasília, as ocorrências de invasões passaram a justificar a criação de assentamentos populacionais oficiais, que viriam posteriormente a ser transformados em cidades-satélites. 3 Com exceção de Planaltina e Brazlândia, que já existiam antes da construção da Capital Federal, as cidades-satélites surgiram ou a partir dos núcleos habitacionais originados nos acampamentos de trabalhadores da construção civil, ou com a finalidade de atender à demanda habitacional não absorvida pelas cidades existentes. Assim, foram criadas as seguintes cidades satélites: Taguatinga (1958), Sobradinho (1960), Gama (1960), Núcleo Bandeirante (1961), Guará (1966) e Ceilândia (1970) (SEMATEC, 1999). Percebe-se que a ocupação territorial do Distrito Federal se processou de maneira polinucleada e desordenadamente, tendo o Plano Piloto com o centro e diversos vetores de expansão. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 19 local durante a década. A partir dos anos oitenta, inicia-se a aplicação de uma tentativa de contenção do afluxo populacional, que era fundamentalmente centrada em um maior controle, por parte do Governo, sobre as ocupações urbanas. Entretanto, essa tentativa levou à especulação imobiliária, ao aumento dos aluguéis e, conseqüentemente, à expulsão da população mais pobre para a área do entorno do Distrito Federal. No entorno,não havia nenhuma restrição quanto à ocupação, o que resultou na ampliação de vários núcleos urbanos com característica de cidades dormitório. Em 1991, o Distrito Federal atingiu o número de 1.601.094 habitantes, expondo uma nova fase de crescimento desacelerado e de taxas declinantes, com tendência à estabilização, de 2,84% ao ano. Ao mesmo tempo, na década de 90, os municípios do entorno do Distrito Federal apresentaram as maiores taxas de crescimento do País. O exemplo extremo foi o município de Águas Lindas de Goiás, emancipado em 1997, que no início da década de 90 tinha 5.000 habitantes e, no final da mesma década, saltou para 160.000. Além disso, com poucas exceções, os municípios do entorno do DF não contam com planejamento urbano algum e sua precária infraestrutura e atendimento insatisfatório em relação à demanda por serviços públicos e emprego são agravados pela manutenção de altas taxas de crescimento. A comparação dos censos demográficos, entre 1960 e o final da década de 1990, indica que a população aumentou 11,4 vezes, em um período de 31 anos, entre 1960 e 1991. O Censo de 1991 registrou uma taxa de crescimento de 2,84% ao ano. Esse percentual foi inferior à taxa obtida pela Região Centro-Oeste (3,01%), no mesmo período. No entanto, estava acima da taxa média observada no País (1,93%). O crescimento, nesse período, resultou no acréscimo de 424.159 habitantes (36,04%) em comparação aos valores de 1980. De acordo com o IBGE (1995), regionalmente, a participaçãoda população do Distrito Federal em 1991 era de 16,98% e de 1,09% em relação à população total da Região Centro-Oeste e do País, respectivamente. O Censo de 2000 do IBGE confirmou, por sua vez, a tendência de redução no crescimento populacional, no Distrito Federal, quando levantou um total de 2.051.146 de habitantes. A taxa média geométrica de crescimento anual para a década foi de 3,01%. Essa taxa de crescimento anual vem caindo significativamente para cada ano da década atual, tendo chegado ao patamar de 2,12% em 2007. Para esse último ano, estimou-se que o Distrito Federal tinha um total de 2.443.547 habitantes, nas suas vinte e oito regiões administrativas com áreas residenciais. Com base nos dados da Tabela1, comprova-se a queda bastante significativa na taxa média geométrica de crescimento anual no qüinqüênio 1957-2007. Esta redução é mais drástica entre 1960 e 1970. Aliás, salvo no ano 2000, todas as taxas apresentam queda em relação ao valor obtido anteriormente. Não obstante, a taxa de crescimento atual ainda é superior à taxa média de crescimento anual da população brasileira, indicando que a Capital da República continua atraindo pessoas para o seu território. Também é bastante expressivo o salto no número de habitantes por km 2 , sobretudo entre 1970 e 1980 (92,84% e 203,30%, respectivamente). Para o ano de 2007, este número chegou a 422,1 habitantes por km 2 . Essa densidade demográfica e sua distribuição em diferentes áreas do Distrito Federal, como serão detalhadas a seguir, implicam mudanças significativas em termos de emprego, habitação e transporte desta unidade da Federação. Densidade demográfica e distribuição populacional também têm repercussões para o zoneamento ecológico econômico de um espaço geográfico. As análises até aqui desenvolvidas evidenciam o papel preponderante dos fluxos migratórios na composição das taxas de crescimento da Capital Federal. No censo de 1970, por exemplo, a participação migratória respondia por 75% da taxa de crescimento demográfico desta unidade da Federação. Porém, a mesma década marca uma inversão relevante na tendência até então observada: o crescimento vegetativo da população residente passa a predominar sobre a contribuição migratória para o dinamismo demográfico do DF. Em 1991, a migração sofre nova queda e passa a corresponder a 33% da taxa de crescimento. No entanto, após o ano de 1991, o fluxo migratório em Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 20 direção ao DF sofre um novo incremento. Entre os anos de 1991 e 2005, as Taxas Líquidas de Migração estabilizam-se entre 9,3 e 12,7, como mostra a Tabela 2. Como pode ser observado, o Saldo Líquido Migratório manteve-se nos 22 mil para os anos de 1995, 2000 e 2005. Em todos os casos, o número de mulheres é superior ao de homens. O mesmo vale para o Incremento Populacional no período que, para esses mesmos anos, ficou sempre acima dos 55 mil. As alterações nas suas características demográficas tiveram impacto na composição etária do Distrito Federal. Antes caracterizado por uma população predominantemente jovem, o DF experimentou um processo de envelhecimento populacional em função da queda da taxa de fecundidade e do aumento da expectativa de vida. A idade mediana da população, que em 1980 era de 19,2 anos, passou para 21,3 anos em 1991. A proporção de menores até 14 anos também diminuiu nas últimas décadas, concomitantemente ao aumento na proporção de pessoas com idade igual ou maior que 65 anos. Ocorreu ainda um aumento da participação de pessoas em idade produtiva (entre 15 e 64 anos). Tabela2 - Indicadores demográficos, Distrito Federal – 1991-2005 Indicadores\ Anos 1991 1995 2000 2005 Taxas Líquidas de Migração Ambos os Sexos 10,2 12,7 11 9,3 Homens 9,9 11,5 10 8,5 Mulheres 10,5 13,8 11,9 10,1 Saldo Líquido Migratório Ambos os Sexos 16.269 22.763 22.763 22.012 Homens 7.564 9.942 9.942 9.614 Mulheres 8.705 12.821 12.821 12.398 Incremento Populacional Ambos os Sexos 47.162 55.196 57.025 56.228 Homens 22.750 25.899 26.882 26.575 Mulheres 24.412 29.297 30.144 29.653 Fontes: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CODEPLAN–Companhia de Planejamento do Distrito Federal. http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000335.pdf. Em consequência desse conjunto de fatores, a estrutura etária do Distrito Federal vem sofrendo várias modificações. Em 1970, a estrutura apresentava contingente bastante significativo de crianças e adolescentes e um percentual reduzido de pessoas com mais de 60 anos. Ao longo da década de 1980, ocorrem mudanças na estrutura etária, diminuindo a proporção de jovens na população total ao mesmo tempo em que aumenta o número de idosos. O envelhecimento da população, materializado no crescimento da proporção de pessoas com mais de 60 anos, não é um fenômeno apenas local, mas configura uma tendência nacional. A Tabela 3 apresenta esses dados para a população do Distrito Federal. Redução na participação dos jovens e aumento no número de idosos são tendências demográficas também observadas para o Brasil, considerado em seu conjunto. Essas alterações na composição etária indicam o surgimento de novas demandas sociais. Essas novas demandas têm implicações importantes para as políticas públicas, tanto no âmbito do Distrito Federal quanto em nível nacional, principalmente no que se refere a questões relativas à educação, saúde e assistência Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 21 social. A Tabela 4 complementa as informações já apresentadas, resumindo um conjunto de dados válidos, entre os anos de 1991 e 2005. Entre essas demandas, podem ser mencionadas aquelas por estabelecimentos de repouso e de assistência médica para idosos, por facilidades para locomoção e para acesso de pessoas com maiores limitações físicas, por opções de lazer e para socialização distintas das ofertadas para uma população jovem, para citar apenas algumas delas. Novas demandas tendem à estimular novas ofertas por empreendedores motivados e isso tem rebatimentos em termos de ocupação do espaço geográfico. O zoneamento ecológico econômico deve antecipar essas alterações e ordenar essa ocupação territorial. Tabela3 - Distribuição etária dos grandes grupos populacionais (%), DF – 1960-1991 Faixa Etária\ Ano 1960 1970 1980 1991 De 0 a 14 anos 31,41% 42,39% 37,82% 33,88% De 15 a 64 anos 68,03% 56,43% 60,54% 63,69% De 65 anos e acima 0,56% 1,18% 1,64% 2,43% Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisa, Departamento de População, Censos Demográficos. http://www.distritofederal.df.gov.br/sites/100/155/PDOT/doct06.htm Tabela4 - Indicadores demográficos Distrito Federal – 1991-2005 Indicadores Demográficos Distrito Federal (Anos) 1991 1996 2000 2005 Taxa de crescimento da população total (%) - 2,8 3,0 2,1 Taxa de crescimento dos grupos etários 0 a 14 - 0,4 1,2 1,3 15 a 64 - 3,6 3,6 2,3 65 ou mais - 5,8 7,0 4,0 Participação relativa (%): Grupos etários 0 a 14 33,6 30,4 28,4 27,3 15 a 64 63,6 66,7 68,2 69,0 65 ou mais 2,4 2,8 3,3 3,6 Idade média da população total 24,4 25,6 26,6 27,7 Razão de Dependência (%) Total 57,0 49,8 46,4 44,7 Jovens 53,2 45,5 41,6 39,5 Idosos 3,8 4,2 4,8 5,2 Fontes: IBGE – Censos Demográficos 1991 e 2000. Contagem da População 1996. SEDUH – Projeção da População. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 22 De acordo com a Tabela 4, a taxa de crescimento da população total, que se apresentou crescente entre os anos de 1996 e 2000, passa a ter uma trajetória de queda quando comparados os anos de 2000 e 2005. No que diz respeito à taxa de crescimento dos grupos etários, percebe-se os percentuais mais elevados para a faixa etária de 65 anos ou mais duranteo período. Entre 1996 e 2005, também apresentou tendência crescente a taxa correspondente à faixa etária entre 0 e 14 anos, enquanto que a faixa entre 15 a 64 anos teve queda. Muito embora a taxa de crescimento dessa faixa tenha diminuído, a sua participação relativa às demais faixas aumentaram de 63,6% para 69,0%, entre 1991 e 2005, indicando que a população vem envelhecendo. O percentual daqueles com mais de 65 anos também vem crescendo, enquanto que o das crianças e jovens de zero a 14 anos tem diminuído sua participação de 33,6% para 27,6%. A idade média da população total também aumentou, passando de 24,4 para 27,7 anos. Ainda sobre os dados da Tabela 4, é preciso observar que a Razão de Dependência representa um importante indicador na tarefa de dimensionar o tamanho da força de trabalho em determinada localidade. A Razão de Dependência expressa o quociente entre a população dependente e a população potencialmente ativa e ela é estimada para os três grandes grupos etários. As pessoas na faixa entre 15 a 64 anos estão, em princípio, inseridas no mercado de trabalho. Na outra vertente, a população dependente é composta por jovens de 0 a 14 anos e de idosos acima de 65 anos, ambos teoricamente fora do mercado de trabalho. A Razão de Dependência para o Distrito Federal diminuiu de 57,0% para 44,7%, indicando que a proporção da população dependente diminuiu no período analisado. Em termos rigorosamente demográfico, esta perspectiva beneficia o crescimento econômico do Distrito Federal, uma vez que aumenta a proporção da população produtiva. Por outro lado, a composição da Razão de Dependência entre jovens e idosos para este período apresenta uma redução nos valores para os jovens de 53,12% para 44,29%, enquanto a dos idosos cresceu de 3,8% para 5,2%, indicando, mais uma vez, uma tendência para o envelhecimento da população, com o agravante de que a faixa dos idosos, teoricamente, não contribuirá mais para a população produtiva, ao contrário dos jovens. 1.1.3 Distribuição Espacial da População Na Tabela5, estão expressos os valores absolutos, percentuais e taxas de crescimento da população de cada uma das regiões administrativas existentes entre os anos de 1996 e 2000. Com base nos dados apresentados, vale ressaltar o crescimento das regiões administrativas do Riacho Fundo e do Recanto das Emas (17,98% e 15,92%, respectivamente), quando comparado com a média de 4,23% obtida para as demais localidades consideradas em conjunto. No outro extremo, estão o Lago Sul e Brasília, com taxas negativas de 0,71% e 0,5%, respectivamente. No mesmo período, a população de Ceilândia manteve-se quase que estagnada, apesar de que era a mais populosa de todas as RAs, tanto no início quanto no final do período analisado. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 23 Tabela5- População total e taxa média geométrica de crescimento anual, segundo as Regiões Administrativas, Distrito Federal – 1996-2000 Regiões Administrativas População 1996 2000 Taxa de Crescimento Anual Valor Absoluto % Valor Absoluto % Distrito Federal 1.821.946 100 2.051.146 100 3,01 Brasília 202.426 11,11 198.422 9,67 -0,50 Gama 121.601 6,67 130.580 6,37 1,80 Taguatinga 221.254 12,14 243.575 11,88 2,43 Brazlândia 47.714 2,62 52.698 2,57 2,51 Sobradinho 101.136 5,55 128.789 6,28 6,23 Planaltina 116.452 6,39 147.114 7,17 6,02 Paranoá 47.126 2,59 54.902 2,68 3,89 Núcleo Bandeirante 31.327 1,72 36.472 1,78 3,87 Ceilândia 342.885 18,82 344.039 16,77 0,08 Guará 102.709 5,64 115.385 5,63 2,95 Cruzeiro 56.008 3,07 63.883 3,11 3,34 Samambaia 157.341 8,64 164.319 8,01 1,09 Santa Maria 87.706 4,81 98.679 4,81 2,99 São Sebastião 44.235 2,43 64.322 3,14 9,81 Recanto das Emas 51.671 2,84 93.287 4,55 15,92 Lago Sul 28.946 1,59 28.137 1,37 -0,71 Riacho Fundo 21.371 1,17 41.404 2,02 17,98 Lago Norte 26.211 1,44 29.505 1,44 3,00 Candangolândia 13.827 0,76 15.634 0,76 3,12 Fontes: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. CODEPLAN-Companhia de Planejamento do Distrito Federal. http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000335.pdf. Essas análises sugerem que certas RAs se aproximam de um nível máximo de população, que deverá estagnar-se nos próximos anos, enquanto outras experimentam um acelerado ritmo de crescimento populacional. No entanto, o último ano contemplado na Tabela 5 foi o de 2000, há quase uma década, portanto. Um esforço de uma atualização dessas informações se fez necessária. Nesse sentido, a distribuição da população por Região Administrativa para o ano de 2004 pode ser visualizada na Tabela 6. Vale ressaltar que devido à mudança na metodologia empregada pelo IBGE e pela SEPLAN/CODEPLAN, assim como a divisão/criação de novas regiões administrativas, não foi possível fazer uma comparação exata com os anos de 1996 e 2000. No entanto, mesmo assim, esta Tabela 6 é importante na medida em que apresenta os valores para as novas localidades, como Sobradinho II, Itapuã, Águas Claras, Riacho Fundo II e Park Way. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 24 Tabela6 - População urbana do Distrito Federal segundo as Regiões Administrativas – 2004 Regiões Administrativas Total de Habitantes Percentual Distrito Federal 2.096.534 100,0 RA I – Brasília 198.906 9,5 RA II - Gama 112.019 5,3 RA III - Taguatinga 223.452 10,7 RA IV - Brazlândia 48.958 2,3 RA V - Sobradinho 61.290 2,9 RA VI - Planaltina 141.097 6,7 RA VII - Paranoá 39.630 1,9 RA IX - Ceilândia 332.455 15,9 RA X - Guará 112.989 5,4 RA XI - Cruzeiro 40.934 2,0 RA XII - Samambaia 147.907 7,1 RA XIII - Santa Maria 89.721 4,3 RA XIV - São Sebastião 69.469 3,3 RA XV - Recanto das Emas 102.271 4,9 RA XVI - Lago Sul 24.406 1,2 RA XVII - Riacho Fundo 26.903 1,2 RA XVIII - Lago Norte 23.000 1,1 RA XIX - Candangolândia 13.660 0,7 RA XX - Águas Claras 43.623 2,1 RA XXI – Riacho Fundo II 17.386 0,8 RA XXII- Sudoeste/Octogonal 46.829 2,2 RA XXIII - Varjão 5.945 0,3 RA XXIV – Park Way 19.252 0,9 RA XXV – SCIA (Estrutural) 14.497 0,7 RA XXVI – Sobradinho II 71.805 3,4 RA XXVIII - Itapoã 46.252 2,2 Fonte: SEPLAN/CODEPLAN – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD – 2004. (1) Para as Regiões Administrativas XXVII Jardim Botânico e XXX Vicente Pires não existem informações desagregadas, pois foram criadas há poucos anos. (2) A Região Administrativa XXIX SIA foi criada em 2005 e não possui unidades residenciais. Zoneamento Ecológico-Econômico do DF Subproduto 3.2 – Relatório do Diagnóstico 25 As informações resumidas na Tabela 6 confirmam as tendências observadas na Tabela 5. Vale ressaltar a importância de Ceilândia, Taguatinga e de Brasília, como as Regiões Administrativas que ainda concentram os maiores contingentes populacionais, com 15,9%, 10,7% e 9,5% da população total da Capital Federal, respectivamente. Essas três RAs contam, portanto, com pouco menos de 40% de toda a população residente no Distrito Federal. Não obstante, a população dessas RAs apresenta tendência à estabilidade, tanto em termos absolutos quanto em relativos. Por outro lado, destaca-se o Itapuã, Administração Regional criada no início do ano de 2005, mas que já conta com 2,2% da população, no ano de 2004, superando a do Paranoá, que atingiu 1,9%, no mesmo ano, e Recanto das Emas, com quase 5% de toda a população residente no Distrito Federal. Essas RAs, em situação oposta à das três mencionadas acima, deverão ainda aumentar o número absoluto de seus residentes, assim como suas participações relativas na população total do DF. O ZEE do DF deverá contemplar essas diferenças quando da avaliação das vulnerabilidades e das potencialidades desse espaço geográfico. Em termos de movimentos populacionais interinidades da Federação, a população atualmente residente