Apostila - Apresentação e Uso de Documento de Identificação Pessoal (Lei n 5 553_1968)

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PROFESSOR(A): LEO CASTRO
Legislação Penal Especial
Apresentação e Uso de Documento de 
Identificação Pessoal (Lei n. 5.553/1968)
Objetivo da Aula
Proporcionar uma compreensão detalhada sobre a Lei n. 5.553/1968, que regulamenta a 
apresentação e a retenção de documentos de identificação pessoal, como RG e passaporte. 
O intuito é esclarecer os direitos e obrigações tanto dos cidadãos quanto das instituições. 
Destacaremos as situações em que é permitido reter esses documentos, as implicações 
legais em casos de retenção indevida e como essa legislação visa proteger a integridade e 
a privacidade dos cidadãos, garantindo o respeito ao direito de identificação.
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo(a) à aula sobre a Lei n. 5.553/1968. Hoje, vamos explorar uma le-
gislação menos conhecida, mas fundamental: a Lei de Retenção de Documentos de Identi-
ficação. Essa lei trata especificamente das regras e limites para a apresentação e retenção 
de documentos pessoais, como RG e passaporte, que frequentemente são solicitados em 
prédios, empresas, órgãos públicos, entre outros locais. Nosso objetivo é compreender 
como a legislação protege os cidadãos, impondo limites claros à retenção indevida e pre-
venindo constrangimentos.
A Lei n. 5.553/1968 tem apenas três artigos, mas carrega uma importância significativa 
ao garantir que o uso e retenção desses documentos respeitem os direitos individuais. Vamos 
ver, passo a passo, como essa legislação delimita as obrigações de empresas e órgãos ao 
solicitarem documentos de identificação, além das sanções aplicáveis em casos de violação. 
Por meio desse estudo, esperamos que você esteja apto a identificar situações cotidianas 
em que a retenção indevida pode ocorrer e como agir nessas circunstâncias.
A partir da análise dos pontos centrais da lei, iremos abordar tanto os direitos quanto 
as obrigações na apresentação de documentos, as situações em que é permitido reter um 
documento e as implicações legais que surgem quando há violação desse direito. Vamos, 
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ainda, exemplificar as exceções em que a retenção pode ser autorizada por ordem judicial, 
como em casos envolvendo medidas cautelares.
Ao final desta aula, você terá uma visão clara sobre como essa legislação funciona na 
prática e sua relevância na proteção da identidade e integridade dos documentos pessoais. 
Esperamos que o conteúdo ajude a consolidar seu entendimento sobre a importância de 
respeitar os direitos estabelecidos por essa lei, garantindo segurança e legalidade no uso 
de documentos de identificação.
1. Obrigações e Direitos na Apresentação de Documentos de Identificação
A Lei n. 5.553/1968 estabelece regras claras quanto à apresentação e retenção de 
documentos de identificação, como RG e passaporte. Ao serem solicitados para fins de 
identificação, esses documentos devem ser devolvidos imediatamente após o registro das 
informações necessárias. A retenção só é permitida em circunstâncias excepcionais, como 
mediante ordem judicial. Essa proteção legal assegura que os cidadãos não sofram abusos 
ou constrangimentos, garantindo que seus documentos não sejam retidos além do tempo 
estritamente necessário.
Essa norma é fundamental para evitar que empresas privadas, órgãos públicos ou 
indivíduos retenham indevidamente os documentos, o que poderia gerar transtornos e 
até a perda do documento. Com isso, o legislador busca proteger tanto a integridade da 
identificação pessoal quanto evitar o uso indevido ou a violação do direito à identidade. As 
instituições devem estar cientes de que a retenção sem justificativa legal configura uma 
contravenção penal.
Ademais, a retenção de fotocópias autenticadas ou documentos em “pública forma” 
(documentos autenticados em cartório) também é vedada pela lei, reforçando a proteção 
aos direitos dos cidadãos. É necessário que todas as partes envolvidas respeitem essas 
disposições para evitar práticas abusivas ou desnecessárias que comprometam a segurança 
dos documentos pessoais.
Portanto, conhecer os direitos e as obrigações acerca da apresentação de documentos 
de identificação é essencial para todos. O retorno imediato dos documentos é a regra, 
salvo exceções previstas em lei, e qualquer desvio dessas disposições pode resultar em 
penalidades legais.
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2. Circunstâncias de Retenção e Uso de Documentos Pessoais
A Lei n. 5.553/1968 define circunstâncias específicas nas quais a retenção de documentos 
de identificação é permitida. Em geral, a retenção pode ocorrer por até cinco dias, tempo 
necessário para extrair as informações pertinentes. Entretanto, ultrapassar esse prazo 
requer uma ordem judicial expressa, que justifique a necessidade de manter o documento 
por mais tempo.
Essas regras visam garantir que, fora dessas situações delimitadas, o cidadão tenha o 
direito de receber seu documento imediatamente após o uso. A retenção indevida constitui 
uma violação do direito à identidade, e, por isso, é necessário que tanto órgãos públicos 
quanto entidades privadas sigam rigorosamente as normas. A retenção por mais de cinco 
dias sem autorização judicial é ilegal e pode ser punida como contravenção penal.
Um exemplo prático seria a necessidade de reter um passaporte para fins judiciais, como 
medida cautelar em processos criminais. Nesse caso, o passaporte pode ser mantido pela 
autoridade responsável por tempo indeterminado, desde que autorizado judicialmente, para 
evitar o risco de fuga do país. Contudo, esse é um caso específico e justificado legalmente.
Compreender essas circunstâncias é crucial para garantir que tanto cidadãos quanto 
instituições cumpram seus deveres e respeitem os direitos estabelecidos. Dessa forma, 
evitam-se retenções abusivas e garante-se que os documentos sejam usados apenas para 
as finalidades necessárias.
3. Implicações Legais para a Violação do Direito de Identificação
Por ser uma contravenção penal, a infração prevista na Lei n. 5.553/1968 não 
admite prisão preventiva. Ademais, em caso de flagrante, deve ser lavrado termo 
circunstanciado, em vez de auto de prisão em flagrante.
A retenção indevida de documentos de identificação pessoal é uma contravenção penal 
prevista na Lei n. 5.553/1968. Aqueles que mantêm documentos como RG ou passaporte 
fora das hipóteses legais estão sujeitos a punições que incluem prisão simples de um a três 
meses ou multa. Isso se aplica tanto a indivíduos quanto a instituições públicas ou privadas 
que, sem justificativa legal, retêm documentos de terceiros.
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A lei é clara ao estabelecer que a retenção indevida é uma infração penal, e a responsabilidade 
pode recair tanto sobre quem ordena a retenção quanto sobre quem a executa. Em situações 
em que o ato de reter o documento é desobedecido por um funcionário, ele também pode 
ser responsabilizado. Isso reforça a importância do respeito aos direitos do cidadão no 
tocante à sua identificação.
Além disso, o documento retido indevidamente pode ser de natureza diversa, como 
comprovantes de quitação militar ou carteiras profissionais, e não apenas RG ou passaporte. 
A legislação garante que, em todas as situações de retenção fora das exceções previstas, 
o infrator seja responsabilizado.
O respeito à integridade eà devolução dos documentos de identificação é uma medida 
de proteção que visa coibir abusos e preservar a dignidade e os direitos dos cidadãos. O 
desconhecimento da lei não exime da responsabilidade, e as instituições devem garantir 
que suas práticas estejam de acordo com a legislação vigente.
Considerações Finais da Aula
Ao longo desta aula, analisamos os principais aspectos da Lei n. 5.553/1968, que trata 
da apresentação e retenção de documentos de identificação pessoal. Observamos que essa 
legislação estabelece regras claras, garantindo que documentos como RG e passaporte se-
jam devolvidos imediatamente após a coleta de informações, salvo exceções legais, como 
a ordem judicial. O objetivo é evitar retenções indevidas, protegendo o direito à identidade 
dos cidadãos.
Exploramos também as circunstâncias em que a retenção é permitida e como a lei delimita 
o período de até cinco dias para a retenção de documentos, exigindo ordem judicial para 
prazos maiores. Compreendemos a importância dessas disposições para garantir que as 
instituições, sejam públicas ou privadas, respeitem os limites impostos, evitando violações 
que possam resultar em contravenções penais.
Além disso, vimos as implicações legais em casos de retenção indevida de documentos, 
onde os responsáveis, tanto quem ordena quanto quem executa a retenção, podem ser 
penalizados. A legislação reforça a importância de uma atuação responsável por parte das 
instituições, visando proteger a integridade e a privacidade dos cidadãos.
Em suma, a Lei n. 5.553/1968 desempenha um papel crucial na proteção dos direitos 
à identidade, garantindo que documentos pessoais não sejam retidos além do necessário, 
exceto em casos específicos previstos pela lei. O conhecimento dessa legislação é essencial 
para assegurar que tanto os direitos dos cidadãos sejam preservados quanto as instituições 
operem dentro da legalidade.
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Este vídeo aborda os principais aspectos da Lei n. 5.553/1968, explicando as regras sobre 
a apresentação e retenção de documentos de identificação, como RG e passaporte, em 
instituições públicas e privadas.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ct4NmDMieKg&t=462s. Acesso em: 
27 nov.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União: 
Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constitui-
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BRASIL. Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da 
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BRASIL. Lei n. 5.553, de 6 de dezembro de 1968. Dispõe sobre a apresentação e uso de 
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CAPEZ, F. Curso de direito penal, v. 1: parte geral: arts. 1º a 120. São Paulo: Saraiva Jur, 
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786559649228
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