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1 de 9faculdade.grancursosonline.com.br
PROFESSOR(A): LEO CASTRO
Crimes Contra a Pessoa e Contra o Patrimônio
Crimes Contra o Patrimônio: Furto; Roubo e 
Extorsão; Usurpação e Dano
Objetivo da Aula
O objetivo desta aula é proporcionar uma compreensão aprofundada dos crimes contra 
o patrimônio, especificamente furto, roubo, extorsão, usurpação e dano, abordando suas 
características legais, distinções e implicações no ordenamento jurídico brasileiro. Vamos 
explorar as definições desses crimes, as circunstâncias que qualificam suas práticas, as penas 
correspondentes e como o sistema de justiça criminal trata de cada uma dessas infrações, 
buscando proteger o patrimônio e punir as violações de maneira proporcional e justa.
Apresentação
Olá! Hoje vamos falar sobre alguns crimes contra o patrimônio que fazem parte do nosso 
cotidiano jurídico: furto, roubo, extorsão, usurpação e dano. Essas infrações estão presentes 
em diversas situações do dia a dia e merecem atenção pela forma como impactam a vida 
das pessoas e o direito de propriedade.
O furto, por exemplo, é um crime que envolve a subtração de bens sem violência ou 
ameaça, enquanto o roubo já inclui agressão ou coação à vítima. Ambos são bastante comuns 
e carregam diferenças importantes em suas características e penalidades. A extorsão, por 
outro lado, envolve a obtenção de vantagem econômica mediante intimidação, criando 
uma relação ainda mais direta entre o agressor e a vítima. Já a usurpação trata da violação 
de direitos sobre imóveis e a posse legítima, sendo muitas vezes relacionada a conflitos 
sobre terras. Por fim, o crime de dano foca a destruição ou a deterioração de bens alheios, 
configurando uma lesão direta ao patrimônio.
Cada um desses delitos possui particularidades e implicações legais específicas, que 
vamos explorar com mais profundidade em nossa discussão. A compreensão desses crimes 
é fundamental para entender como o sistema jurídico protege o patrimônio e pune as 
violações de forma proporcional e justa.
Livro Eletrônico
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Professor(a): Leo Castro
1. Furto
A existência de sistema de vigilância, seja por monitoramento eletrônico ou segurança 
interna em estabelecimento comercial, não impede a configuração do crime de 
furto. Esses mecanismos não tornam impossível o crime, pois sua eficiência apenas 
minimiza, mas não elimina completamente, a possibilidade de subtração de bens.
O crime de furto, previsto no art. 155 do Código Penal, consiste na subtração de coisa 
alheia móvel, seja para si ou para outrem, sem o uso de violência ou grave ameaça. A pena 
básica cominada para o furto simples é de reclusão de um a quatro anos, além de multa. 
O bem jurídico tutelado é o patrimônio, e a conduta é caracterizada pela retirada do bem 
do patrimônio da vítima sem o seu consentimento. O furto, diferentemente do roubo, não 
envolve violência física ou ameaça direta à pessoa.
O parágrafo primeiro do art. 155 prevê uma causa de aumento de pena de um terço, 
caso o furto seja praticado durante o repouso noturno. A lógica por trás dessa majorante 
é o aumento da vulnerabilidade das vítimas durante esse período, uma vez que o repouso 
noturno dificulta a percepção e reação ao crime, facilitando a ação criminosa. Nesse contexto, 
a legislação busca intensificar a punição em razão da maior facilidade para o agente e da 
maior lesão à tranquilidade pública.
O § 2º do art. 155 trata do chamado “furto privilegiado”, aplicável aos casos em que 
o criminoso é primário e o valor da coisa furtada é pequeno. Nessa situação, o juiz pode, 
alternativamente, substituir a pena de reclusão pela de detenção, reduzir a pena em até 
dois terços ou aplicar apenas a pena de multa. O privilégio decorre da menor gravidade do 
crime, tanto em relação ao valor da coisa subtraída quanto à condição pessoal do agente, 
sendo uma forma de evitar punições desproporcionais.
Outro aspecto relevante é o § 3º, que equipara a energia elétrica ou qualquer outra 
que tenha valor econômico à coisa móvel para fins de tipificação do furto. Essa previsão 
legislativa permite a punição do furto de energia elétrica, prática comum e frequentemente 
associada a fraudes em instalações elétricas. O entendimento é que a energia elétrica, 
embora intangível, possui valor econômico e, portanto, sua subtração indevida deve ser 
penalizada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS - 02406393240, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou
distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Professor(a): Leo Castro
A partir do § 4º, o Código Penal prevê modalidades qualificadas de furto, as quais 
envolvem circunstâncias que aumentam a reprovabilidade da conduta e, por conseguinte, 
a pena aplicável. Entre as hipóteses de furto qualificado, destacam-se a destruição ou 
rompimento de obstáculos, o abuso de confiança, a fraude, a escalada, a destreza, o uso 
de chave falsa e o concurso de pessoas. Nesses casos, a pena de reclusão aumenta de dois 
a oito anos, além da multa, em razão do maior risco à segurança do patrimônio.
A Lei n. 13.654/2018 incluiu o § 4º-A, que prevê uma pena mais severa, de reclusão de 
quatro a dez anos, para o furto cometido com emprego de explosivo ou artefato análogo, o 
que causa perigo comum. Essa inovação legislativa veio em resposta à crescente utilização 
de explosivos em crimes patrimoniais, especialmente em ataques a caixas eletrônicos e 
instituições financeiras, que envolvem um risco elevado tanto para o patrimônio quanto 
para a vida e a integridade física de terceiros.
A Lei n. 14.155/2021 introduziu o § 4º-B, que especifica o furto mediante fraude por 
meio eletrônico, prevendo pena de reclusão de quatro a oito anos. Esse dispositivo é uma 
resposta à evolução dos crimes cibernéticos, nos quais a subtração de valores ocorre por 
meio de dispositivos eletrônicos ou informáticos. A previsão normativa abrange a utilização 
de programas maliciosos, fraudes via internet e ataques a sistemas de segurança digital, 
sendo uma tipificação fundamental diante do avanço tecnológico e do aumento desse tipo 
de conduta.
Finalmente, o § 5º do art. 155 trata da subtração de veículo automotor destinado a 
ser transportado para outro Estado ou para o exterior, com pena de três a oito anos de 
reclusão. A previsão visa coibir o furto de veículos que, além do impacto econômico direto 
à vítima, geram maiores dificuldades de recuperação quando transportados para fora do 
local de jurisdição, ou seja, para outra unidade federativa ou para fora do país.
2. Roubo e Extorsão
O crime de roubo, previsto no art. 157 do Código Penal, caracteriza-se pela subtração 
de coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou, ainda, após o 
agente ter reduzido a vítima à impossibilidade de resistência. O bem jurídico protegido 
é o patrimônio, mas o roubo também afeta a integridade física ou psicológica da vítima, 
devido ao uso da violência ou da grave ameaça. A pena para o roubo simples é de reclusão 
de quatro a dez anos, além de multa, refletindo a seriedade do crime.
O § 1º do art. 157 prevê que a mesma pena será aplicada ao agente que, logo após 
subtrair a coisa, usa violência ou grave ameaça para garantir a impunidade do crime ou 
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Professor(a): Leo Castro
manter a posse do bem subtraído. Isso significa que a violência posterior ao roubo também 
é punida com a mesma severidade, visando coibir a tentativa do criminoso de consolidar 
os efeitos do crime ou de escapar da responsabilização.
No § 2º, a lei especificasituações que elevam a pena do roubo. Entre essas situações 
estão: a participação de duas ou mais pessoas na execução do crime, a subtração de veículo 
automotor que seja transportado para outro Estado ou para o exterior, e o caso em que a 
vítima é mantida em poder do criminoso, com sua liberdade restrita. Nesses casos, a punição 
é mais severa, considerando o maior impacto social e individual desses atos.
O § 2º-A estabelece que a pena será ainda mais elevada quando o roubo for cometido 
com o uso de arma de fogo ou com a utilização de explosivos que causem perigo comum. 
Isso reflete a maior periculosidade dessas condutas, já que armas de fogo e explosivos 
aumentam os riscos para a integridade física das vítimas e de terceiros, além de poderem 
causar grandes danos.
O § 2º-B, por sua vez, traz uma regra especial: se o roubo for cometido com arma de fogo 
de uso restrito ou proibido, a pena é dobrada. Esse dispositivo reflete a política criminal 
de endurecimento contra o uso de armamentos mais letais, cujo porte e utilização são 
controlados por normas mais rígidas.
O § 3º define penas ainda mais severas quando o roubo resulta em lesão corporal 
grave ou morte da vítima. Se houver lesão corporal grave, a pena varia de sete a dezoito 
anos de reclusão; já no caso de morte, a pena pode chegar a trinta anos. Essas disposições 
buscam punir com rigor os casos em que a violência empregada na prática do crime gera 
consequências extremamente graves à vítima.
O crime de latrocínio, que é uma forma qualificada de roubo com resultado morte, 
está previsto no art. 157, § 3º, do Código Penal. De acordo com a Súmula 610 do Supremo 
Tribunal Federal (STF), considera-se consumado o latrocínio com a ocorrência da morte da 
vítima, independentemente de o agente ter ou não conseguido efetuar a subtração dos 
bens. Assim, o foco principal para a consumação do latrocínio é o resultado morte, e não 
a efetiva retirada ou posse do patrimônio da vítima. Portanto, basta que a violência tenha 
causado o óbito para que o crime esteja consumado.
A tentativa de latrocínio ocorre quando o agente emprega violência ou grave ameaça com 
o objetivo de subtrair bens e acaba por lesionar gravemente ou tentar matar a vítima, sem 
que esta venha a óbito. Nessas circunstâncias, caso a morte não ocorra, o crime é considerado 
na forma tentada. O Supremo Tribunal Federal (STF) já consolidou o entendimento de que a 
tentativa de latrocínio se verifica quando a ação do agente é interrompida antes de alcançar 
o resultado morte, seja por fatores externos ou por circunstâncias alheias à sua vontade.
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Além disso, há que se distinguir o latrocínio consumado do roubo seguido de homicídio 
doloso. No latrocínio, o homicídio é um meio para a subtração patrimonial, ou seja, o agente 
pratica o homicídio com o fim de garantir a subtração ou a impunidade do crime. Já no caso 
de um roubo seguido de homicídio, o agente pode, inicialmente, ter a intenção de roubar, 
mas o homicídio é praticado em momento posterior, podendo configurar um concurso de 
crimes, a depender da análise do dolo específico em cada situação concreta.
Por fim, a jurisprudência também discute a consumação do latrocínio em casos em 
que a morte ocorre em decorrência de uma violência indireta ou de fatores resultantes da 
ação do agente, como no caso de uma vítima que, ao tentar fugir, sofre um acidente fatal. 
Para esses casos, a jurisprudência majoritária entende que o resultado de morte, sendo 
consequência direta da violência ou grave ameaça, é suficiente para caracterizar o latrocínio 
consumado, mesmo que a subtração de bens não tenha sido realizada.
No caso da extorsão, prevista no art. 158 do Código Penal, o crime ocorre quando alguém 
é coagido, mediante violência ou grave ameaça, a fazer, tolerar ou deixar de fazer algo, com 
o objetivo de proporcionar uma vantagem econômica indevida ao agente. Ao contrário do 
roubo, em que a subtração ocorre diretamente, na extorsão o bem é obtido pela coação 
moral ou física sobre a vítima, que é forçada a agir de forma prejudicial ao seu patrimônio. 
A pena para extorsão simples é de reclusão de quatro a dez anos, além de multa.
O § 1º do art. 158 estabelece uma punição maior se a extorsão for realizada por mais 
de uma pessoa ou com o uso de armas. A presença de mais agentes ou o emprego de armas 
tornam o ato de coação mais grave, ampliando o medo e a pressão sobre a vítima.
O § 3º trata da extorsão mediante sequestro, em que a vítima tem sua liberdade restrita 
até que a vantagem econômica seja obtida. Nesse caso, a pena varia de seis a doze anos de 
reclusão, além de multa. Se do crime resultar lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as 
penas previstas para o crime de sequestro com extorsão, que podem chegar a trinta anos 
de reclusão, dependendo da gravidade das consequências.
Tanto o roubo quanto a extorsão são crimes graves, pois envolvem a violação do patrimônio 
e da integridade física ou psicológica da vítima. Ambos são punidos de forma rigorosa pelo 
ordenamento jurídico, refletindo o esforço legislativo em proteger não só o patrimônio, 
mas também a segurança e a dignidade das pessoas.
3. Usurpação e Dano
A usurpação, prevista no artigo 161 do Código Penal, engloba condutas que afetam bens 
imóveis alheios, sendo dividida em três modalidades: alteração de limites, usurpação de 
águas e esbulho possessório. No caso da alteração de limites, o agente suprime ou desloca 
tapume, marco ou outro sinal indicativo da linha divisória entre imóveis, com o intuito de 
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se apropriar, total ou parcialmente, de propriedade alheia. Essa conduta visa criar confusão 
sobre os limites entre propriedades, gerando uma modificação ilegítima da posse.
O delito de usurpação de águas, por sua vez, ocorre quando o agente desvia ou represa, 
para benefício próprio ou de terceiros, águas pertencentes a outrem, violando o direito de 
propriedade sobre recursos hídricos. Embora pareça um ato isolado, trata-se de uma violação 
patrimonial que impacta diretamente o domínio do bem por seu legítimo proprietário. Tal 
prática, portanto, caracteriza apropriação indevida de um bem imóvel, dado o vínculo da 
água com a terra em que ela está inserida.
No que se refere ao esbulho possessório, o crime é configurado quando há invasão de 
terreno ou edifício alheio com o objetivo de privar o legítimo possuidor de seu direito de 
uso e gozo da propriedade. Esse tipo de conduta exige o uso de violência ou grave ameaça, 
ou, ainda, a participação de mais de duas pessoas, reforçando o caráter coativo e violento 
da invasão. Essa forma de usurpação se diferencia das demais por implicar uma ofensa 
direta à posse mediante o uso de força física.
A tipificação do dano no artigo 163 do Código Penal também tutela o patrimônio, 
criminalizando a destruição, inutilização ou deterioração de coisa alheia. O crime é 
caracterizado pela ofensa física ou funcional a um bem, seja ele móvel ou imóvel, pertencente 
a outrem. O patrimônio, tanto público quanto privado, é o bem jurídico protegido, e o 
dano pode ocorrer por diversos meios, como a destruição total ou a simples deterioração 
parcial do bem.
O dano qualificado, por sua vez, apresenta circunstâncias agravantes, como o uso 
de violência contra a pessoa ou grave ameaça, o emprego de substâncias inflamáveis ou 
explosivas e a prática do delito contra bens públicos ou entidadesque prestam serviços 
públicos. Essas situações revelam um maior grau de reprovabilidade da conduta, justificando 
penas mais severas.
Uma modalidade especial de dano está relacionada à introdução ou abandono de animais 
em propriedade alheia, quando essa conduta resulta em prejuízo para o proprietário. Embora 
não envolva diretamente a destruição de um bem físico, o prejuízo causado pela presença 
indevida de animais em uma propriedade alheia é equiparado ao dano previsto no artigo 163.
Ainda no âmbito do crime de dano, o artigo 165 trata da destruição de bens de valor 
artístico, arqueológico ou histórico. A proteção de tais bens é fundamental para a preservação 
do patrimônio cultural de uma nação, e sua destruição, além de prejudicar o proprietário, 
causa dano irreparável ao patrimônio coletivo e histórico.
Por fim, o artigo 166 versa sobre a alteração de locais especialmente protegidos por lei. A 
proteção desses locais tem um valor inestimável para a sociedade, sendo relevante do ponto 
de vista ambiental, cultural ou histórico. O crime se consuma com qualquer modificação 
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não autorizada, que altere significativamente o local protegido, independentemente de 
haver dano físico evidente.
Considerações Finais da Aula
Ao longo desta apresentação, examinamos cinco crimes contra o patrimônio que têm 
grande relevância no cotidiano jurídico: furto, roubo, extorsão, usurpação e dano. Esses 
crimes diferenciam-se quanto a suas características e impactos, mas todos compartilham 
o objetivo de proteger o patrimônio e garantir a ordem social.
O furto, conforme vimos, trata da subtração de coisa alheia sem violência, enquanto 
o roubo envolve a presença de grave ameaça ou violência contra a vítima. Já a extorsão 
se configura pela coação que força a vítima a agir em detrimento de seu patrimônio. A 
usurpação, por sua vez, está relacionada à violação de direitos sobre imóveis, enquanto o 
dano se caracteriza pela destruição ou deterioração de bens.
Cada uma dessas infrações possui previsões específicas no Código Penal brasileiro, com 
variações nas penas de acordo com agravantes e modalidades qualificadas. Além disso, as 
leis evoluíram para abarcar novas formas de crimes patrimoniais, como o furto mediante 
fraude eletrônica, reflexo da crescente incidência de crimes cibernéticos.
Compreender as nuances de cada um desses crimes é essencial para garantir a correta 
aplicação da lei e a efetiva tutela dos direitos patrimoniais. A análise detalhada dessas 
infrações reforça o papel do direito penal na manutenção da ordem e na proteção do 
patrimônio, com sanções proporcionais às lesões causadas.
Material Complementar
 
Tratado de direito penal
2024, Cezar Roberto Bitencourt, V. 3.
O professor Cezar Roberto Bitencourt, renomado penalista, apresenta o Tratado de 
Direito Penal em 6 volumes. Sua doutrina é pautada pela clareza didática habitual, 
com profundidade de conteúdo e contemporaneidade, acompanhando a evolução da 
moderna dogmática penal com muitas referências às principais doutrinas estrangeiras. 
O volume 2 trata da Parte Especial do Código Penal, abrangendo desde os crimes contra 
a pessoa até os crimes contra a liberdade individual.
A 24ª edição (2024) foi revista e ampliada e está atualizada com a Lei n. 14.532/2023 e 
com as mais relevantes decisões jurisprudenciais.
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Professor(a): Leo Castro
A exemplo dos demais trabalhos do autor, este mantém uma postura crítica, que busca 
contribuir para a evolução da ciência penal brasileira. Trata-se de um estudo definitivo, 
destinado aos que se interessam pelo direito penal e os seus desdobramentos, ofere-
cendo subsídios para a sua compreensão, seja em sede de graduação, pós-graduação 
ou no âmbito de atuação profissional.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788553622450. 
Acesso em: 20 ago. 2024.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União: 
Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constitui-
cao/constituicao.htm. Acesso em: 20 ago. 2024.
BRASIL. Decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da 
União, 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del-
2848compilado.htm. Acesso em: 20 ago. 2024.
BRASIL. Lei n. 14.155, de 27 de maio de 2021. Altera o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 (Código Penal), para tornar mais graves os crimes de violação de dispo-
sitivo informático, furto e estelionato cometidos de forma eletrônica ou pela internet; e 
o Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para definir 
a competência em modalidades de estelionato. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2021. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14155.
htm. Acesso em: 2 out. 2024.
BRASIL. Lei n. 13.654, de 23 de abril de 2018. Altera o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 dezem-
bro de 1940 (Código Penal), para dispor sobre os crimes de furto qualificado e de roubo 
quando envolvam explosivos e do crime de roubo praticado com emprego de arma de 
fogo ou do qual resulte lesão corporal grave; e altera a Lei n. 7.102, de 20 de junho de 
1983, para obrigar instituições que disponibilizem caixas eletrônicos a instalar equipa-
mentos que inutilizem cédulas de moeda corrente. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 
2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/
l13654.htm. Acesso em: 2 out. 2024.
BRASIL. Lei n. 14.532, de 11 de janeiro de 2023. Altera a Lei n. 7.716, de 5 de janeiro de 
1989 (Lei do Crime Racial), e o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código 
Penal), para tipificar como crime de racismo a injúria racial, prever pena de suspensão de 
direito em caso de racismo praticado no contexto de atividade esportiva ou artística e 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para VINICIUS - 02406393240, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou
distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788553622450
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14155.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14155.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13654.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13654.htm
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prever pena para o racismo religioso e recreativo e para o praticado por funcionário pú-
blico. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2023. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14532.htm. Acesso em: 26 nov. 2024.
BRASIL. Lei n. 14.994, de 9 de outubro de 2024. Altera o Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), o Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei 
das Contravenções Penais), a Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Pe-
nal), a Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei dos Crimes Hediondos),a Lei n. 11.340, de 
7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) e o Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 
1941 (Código de Processo Penal), para tornar o feminicídio crime autônomo, agravar a 
sua pena e a de outros crimes praticados contra a mulher por razões da condição do sexo 
feminino, bem como para estabelecer outras medidas destinadas a prevenir e coibir a 
violência praticada contra a mulher.. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2024. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/l14994.htm. Acesso 
em: 26 nov. 2024.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, v. 1: parte geral: arts. 1º a 120. São Pau-
lo: Saraiva Jur, 2024. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9788553622696. Acesso em: 20 ago. 2024.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal, v. 1: artigos 1º a 120 do Código Penal. Rio 
de Janeiro: Atlas, 2024. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9786559775798. Acesso em: 20 ago. 2024.
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito penal, v. 1: parte geral, arts. 1º a 120 do Có-
digo Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2024. Disponível em: https://integrada.minhabiblio-
teca.com.br/books/9786559649228. Acesso em: 20 ago. 2024.
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distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14532.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14532.htm
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786559649228
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	Panorama Geral dos Crimes em Espécie
	Crimes Contra a Pessoa: Crimes Contra a Vida; Lesões Corporais; Periclitação da Vida e da Saúde
	Crimes Contra a Pessoa: Rixa; Crimes Contra a Honra; Crimes Contra a Liberdade Individual
	Crimes Contra o Patrimônio: Furto; Roubo e Extorsão; Usurpação e Dano
	Crimes Contra o Patrimônio: Apropriação Indébita; Estelionato e Outras Fraudes; Receptação e Disposições Gerais

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