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Histologia: estudo dos tecidos 
Tecidos: união funcional de células 
Importância em patologia 
 
 
 
 
 
 
Temos 4 tipos básicos de tecidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem embrionária: 
 Os tecidos se formam na fase de gastrulação com os folhetos germinativos 
(embrionários): endoderma, mesoderma e ectoderma. 
 Epitelial: ectoderma, mesoderma e endoderma 
 Conjuntivo: mesoderma 
 Muscular: mesoderma 
 Nervoso: ectoderma 
 
 
Histologia 
Células Tecidos Órgãos 
Conjunto de células com as 
mesmas funções dentro de 
um organismo 
Esses tecidos não existem 
isolados, mas associam-se uns 
aos outros formando os 
diferentes órgãos 
Um grupo de tecidos. Os 
órgãos que trabalham juntos, 
formam os sistemas. 
1. Tecido Epitelial 
2. Tecido Muscular 
3. Tecido Conjuntivo 
4. Tecido Nervoso 
Revestimento 
Glandular 
Estriado cardíaco 
Estriado esquelético 
Liso 
Ósseo 
TC propriamente dito 
Cartilaginoso 
Adiposo 
Hematopoiético 
Sanguíneo 
Denso 
Frouxo 
Modelado 
Não modelado 
Constituição: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Epitelial 
 
 É dividido em epitélio de revestimento e epitélio glandular; 
 Origina-se dos 3 folhetos germinativos: endoderma, mesoderma e ectoderma; 
 Possui células justapostas (muito unidas); 
 Avascularizado: não há presença de vasos sanguíneos; 
 Recebe oxigênio e nutrientes dos tecidos vizinhos por difusão pela lâmina 
basal. Por isso está sempre associado a tecidos conjuntivos; 
 Pouca matriz extracelular. 
 
Funções do tecido epitelial: 
 Proteção: reveste externamente e internamente os órgãos. Exemplo: pele 
 Absorção: de nutrientes e substâncias. Exemplo: intestino 
 Secreção: glândulas, Exemplo: suor, lagrima, saliva, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As células epiteliais são justapostas e possuem estruturas de adesão: 
Células 
Matriz Extracelular 
Tecidos Funções 
Migração 
Transporte 
Ancoragem 
Resistência 
Preenchimento 
 
Água 
Íons 
Proteínas 
Glicoproteínas 
Proteoglicanos 
Glicosaminoglicanos 
Fibras 
 
 
Elásticas 
Colágeno 
Reticulares 
 Junções ocludentes: impedem a passagem de substâncias; 
 Zônula aderente: estabilização celular; ligada internamente ao citoesqueleto; 
 Desmossomo: fixação, adesão entre as células; 
 Hemidesmossomo: adesão na lâmina basal; 
 Junções de adesão: passagem de pequenas moléculas 
 
1. Epitélio de revestimento: 
 Reveste externamente e internamente; 
 Alta capacidade de renovação (MITOSE) e regeneração; 
 Possui suprimento nervoso; 
 É classificado pelo número, aparência das camadas celulares e o formato das 
células; 
 
 
Classificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Número de camadas 
Simples 
Estratificado 
Pseudoestratificado 
B. Forma das células 
Pavimentoso 
Cúbico 
Primático 
De transição 
 Formados por uma única camada de células 
 Possuem mais de uma camada de células 
 Uma única camada de células, mas possui células com 
alturas diferentes, dando impressão de ser estratificado. 
 Possui células achatadas 
 As células apresentam-se em forma de cubo 
 As células são alongadas, em forma de coluna 
 A forma original das células é cubica, mas ficam achatadas 
devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão 
 
 
Obs.: 
 A pele humana reveste e protege todo o corpo, regula a temperatura corporal 
e tem função sensorial e secretora; apresenta epiderme, derme e hipoderme. 
 A epiderme corresponde ao epitélio de revestimento; estratificado 
pavimentoso queratinizado; 
 
 
 
2. Epitélio glandular: 
 É especializado em produzir secreções; 
 Células unidas e geralmente dispostas em uma única camada; 
 Exemplo: pâncreas, fígado, saliva, suor, cerume, hormônios, etc. 
 
Classificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Conjuntivo 
 É um tecido de conexão; 
 Origina-se do folheto germinativo mesoderma; 
 Grande quantidade de matriz extracelular (proteínas fibrosas), sintetizada por 
fibroblastos e fibrócitos; tem consistência variável; 
Pele 
Epiderme, derme e hipoderme 
Terminações nervosas; 
Vascularização; 
Glândulas; 
Tecido conjuntivo 
Epitélio de revestimento 
Células justapostas; 
 
Avascular; 
A. Número de células 
Unicelular 
Multicelular 
B. Forma de secreção 
Exócrina 
Endócrinas 
Mistas 
 Formados por uma única célula. Ex: glândulas estomacais 
 Formado por várias células. Ex: glândula salivar 
 Lançam seus produtos direto no sangue. Ex: glândula da tireoide 
 Atuam como endócrinas e exócrinas. Ex: pâncreas (parte endócrina = 
secreta hormônios como insulina e o glucagon; e a parte exócrina = 
secreta enzimas digestivas no intestino). 
 Lançam seus produtos para fora do corpo. Ex: glândulas mamarias 
A. Maneira de secretar 
Holócrina 
Apócrinas 
 Toda glândula é eliminada. Ex: glândulas sebáceas 
Merócrina  Libera secreção e a glândula fica intacta. Ex: glândula salivar 
 Eliminam a secreção, parte do citoplasma é eliminado e parte fica. 
Ex: glândula sudoríparas 
 É quase sempre vascularizado; irrigado; 
 Garante a nutrição e a oxigenação das células conjuntivas e epiteliais; 
 Exceção do tecido conjuntivo cartilaginoso que NÃO é vascularizado. 
 
Funções do tecido conjuntivo: 
 Preenchimento de espaços entre órgãos; 
 Conectar tecidos; 
 Absorção de impactos; 
 Resistência a tração; 
 Defesa; 
 Elasticidade; 
 Armazenamento de energia; 
 Transporte de nutrientes, gases e catabólitos 
 Coagulação sanguínea; 
 Cicatrização; 
 Defesa 
 
Classificação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tecido conjuntivo propriamente dito frouxo: 
Características: 
 Amplamente distribuído; 
 Ricamente inervado e irrigado; 
 Consistência mole, cede a pressão; 
 Fibras elásticas e finas fibras colágenas em todas as direções. 
Funções: 
 Preenche espaços não ocupados por outros tecidos, apoia e nutre células 
epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Exemplo: 
camada papilar da pele; 
Tecido Conjuntivo 
Tecido Conjuntivo Especial 
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 
Adiposo 
Cartilaginoso 
Ósseo 
Hematopoiético 
Sanguíneo 
Frouxo 
 
Denso 
Modelado 
 
Não modelado 
 Faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em 
processos de cicatrização; 
 Vários tipos celulares: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, 
adipócitos* e células mesenquimatosas indiferentes (com capacidade de 
diferenciação em vários tecidos conjuntivos) 
 
 Tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado: 
Características: 
 Feixe de fibras colágenas paralelas, resistente à tração; 
Exemplo: tendões e ligamentos 
 Fibroblastos (principal) 
Funções: 
 Muita resistência em uma única direção (pouco elástico) 
 
 Tecido conjuntivo propriamente dito denso não modelado: 
Características: 
 Fibras colágenas desordenadas, resistente a trações em várias direções. 
Exemplo: derme, capsulas do baço, ovário, rins, etc. 
 Fibroblastos, mastócitos e macrófagos 
Funções: 
 Suportar estresse mecânico (resistência a elasticidade); 
 Capsula protetora em diversos órgãos internos. 
 
 Tecido conjuntivo especial adiposo: 
 Especializado em armazenar lipídios na forma de triglicerídeos, reserva de 
energia nos adipócitos; 
 Proteção contra o frio e impactos; 
 Secreta hormônios: leptina, grelina que modulam a sensação de fome, 
saciedade e temperatura corporal, predominante nos adultos; 
 Pouca matriz extracelular; quantidade considerável de fibras reticulares e 
muitas células especiais. 
 Os adipócitos acumulam gordura. 
 
 Tecido conjuntivo especial cartilaginoso: 
 Sustenta algumas partes do corpo (orelha e nariz); 
 Diminui o atrito entre articulações, mantém a traqueia e os brônquios abertos; 
 Grande quantidade de matriz extracelular,no entanto, ela é mais rígida, devido 
a presença de glicosaminoglicanas associadas às proteínas, além de finas fibras 
colágenas; 
 Constitui tendões e ligamentos, sem vasculatura e inervação. 
 
Células características do tecido conjuntivo cartilaginoso: 
 Condrócitos: produzem substância intercelular e fibras 
 Condroblastos: células maduras no interior da cartilagem 
 Condroclastos: células velhas no interior da cartilagem que devem ser 
reabsorvidas (eliminadas). 
 
 Tecido conjuntivo especial ósseo: 
 Tecido mais rígido, presente nos ossos; 
 Responsável pela sustentação e movimentação; 
 Abundante matriz extracelular, rica em fibras colágenas e moléculas especiais 
(proteoglicanos e glicoproteínas) 
 Substância intercelular amorfa muito consistente devido à impregnação de 
cálcio e fosforo; 
 Células no interior de lacunas com canais nutridores, com vasos e nervos no 
interior de canais. 
 
Células características do tecido conjuntivo ósseo: 
 Osteoblastos: transformam-se nos osteócitos. 
 Osteócitos: encontram-se dentro de lacunas, denominadas osteoplastos. 
 Osteoclastos: células gigantes, polinucleadas que realizam a reabsorção do 
tecido ósseo. Situam-se dentro das lacunas. 
 
 Tecido conjuntivo especial hematopoiético: 
 Responsável pela produção de células sanguíneas e componentes do sangue 
 Presente na medula óssea, localizada no interior de alguns ossos longos 
 
 Tecido conjuntivo especial sanguíneo: 
 Tecido especial cuja matriz encontra-se no estado liquido; 
 Transporta substâncias entre as células e defende o nosso organismo; 
 Substância intercelular é chamada de plasma, nele estão as células sanguíneas: 
glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e as plaquetas 
(fragmentos celulares). 
 
Células características do tecido conjuntivo sanguíneo: 
 Hemácias (glóbulos vermelhos): transporte de gases, possuem a hemoglobina 
que tem afinidade com o oxigênio. 
 Leucócitos (glóbulos brancos): responsáveis pela defesa do nosso organismo. 
 Trombócitos (plaquetas): responsáveis pela coagulação do sangue 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fibroblastos: 
 Forma estrelada; 
 Núcleo grande; 
 Produzem fibras e substância amorfa; 
 Participam ativamente da cicatrização; 
 Quando “adultos”, transforma-se em fibrócitos 
 Surgem pela diferenciação de células mesenquimatosas 
 
 Macrófagos: 
 Forma ameboide; 
 Núcleo grande; 
 Fagocitam agentes invasores; 
 Podem se fundir, caso necessário; 
 Alertam o sistema imune; 
Tecido Conjuntivo 
Matriz extracelular 
Diversidade celular 
Fibroblasto 
Macrófago 
Mastócito 
Plasmócitos 
Adipócito 
Células mesenquimatosas 
Condroblastos 
Osteoblastos 
Osteoclastos 
 
 
Subst. fundamental amorfa 
 
 Fibras proteicas 
Matriz extracelular 
Fibras proteicas 
Subst. Fundamental amorfa 
 
 
Água 
Íons 
Proteínas 
Glicosaminoglicanos 
Glicoproteínas adesivas 
 
Elásticas 
 
Colágenas 
 
Reticulares 
 Elastina e fibrilina 
Função: elasticidade ao tecido 
 Colágeno II 
Função: Resistência à tração 
 Colágeno III 
Função: Liga aos tecidos vizinhos sustentação de células 
 Surgem pela diferenciação de monócitos  originam-se de células troncos 
multipotentes da medula óssea vermelha. 
 
 Mastócitos: 
 Forma ovoide; 
 Núcleo central; 
 Muitos grânulos citoplasmáticos; 
 Ricos em heparina e histamina; 
 Originam-se de células tronco multipotentes da medula óssea vermelha; 
 
 Plasmócitos: 
 Forma ovoide; 
 Núcleo central (geralmente deslocado); 
 Rico em reticulo endoplasmático granuloso; 
 Produzem anticorpos (imunoglobinas); 
 Surgem da diferenciação de linfócitos  originam-se de células tronco 
multipotentes da medula óssea vermelha. 
 
 Adipócitos: 
 Presentes no tecido adiposo; 
 Forma arredondada (quando “adultos); 
 Grande vacúolo central contendo lipídios; 
 Armazenam substancias energéticas; 
 Surgem pela diferenciação de células mesenquimatosas. 
 
 Células mesenquimatosas: 
 Originam diversas células do tecido conjuntivo; 
 Presentes nos tecidos frouxo e capsulas que envolvem cartilagem, ossos e 
órgãos hematopoiéticos; 
 Surgem diretamente de células tronco embrionárias (totipotentes) 
 
 Condroblastos: 
 Presentes nas cartilagens; 
 Forma arredondada; 
 Núcleo central; 
 Produzem fibras e substância amorfa; 
 Quando “adultos”, transformam-se em condrócitos; 
 Surgem pela diferenciação de células mesenquimatosas 
 
 Osteoblastos: 
 Presente nos ossos; 
 Longos prolongamentos (osteócitos); 
 Produzem as fibras e substancia amorfa; 
 Quando “adultos”, transformam-se em osteócitos; 
 Surgem pela diferenciação de células mesenquimatosas. 
 
 Osteoclastos: 
 Presentes nos ossos; 
 Grandes e multinucleados; 
 Degradam a matriz óssea (reciclagem); 
 Surgem pela fusão e diferenciação de 6 a 50 monócitos 
 
 
Tecido Muscular 
 Miologia: é o estudo dos músculos 
 O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente 
especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras 
musculares ou miócitos. 
 São ricas em duas proteínas: actina e miosina 
 A capacidade de contração das fibras é o que proporciona os movimentos dos 
membros, das vísceras, de substâncias como alimento, sangue e linfa; 
 Pouca matriz extracelular; 
 Origina-se no mesoderma 
 
O tecido muscular apresenta algumas propriedades básicas: 
 Excitabilidade: responde a estímulos químicos e elétricos; 
 Contratilidade: força de contração; 
 Extensibilidade: capacidade de estiramento; 
 Elasticidade: volta à forma original 
 
Funções do tecido muscular: 
 
 
 
 Estabilidade e postura; 
 Regulação do volume dos órgãos; 
 Produção de calor 
 
Existem 3 tipos de tecido muscular: 
1. Tecido Muscular Estriado Esquelético: 
 Está ligado ao esqueleto; 
 40% da massa muscular; 
 Movimenta ossos e cartilagens; 
 Movimento voluntário e contração rápida; 
Movimento 
Voluntário 
Involuntário  Exemplo: coração 
 Cada fibra muscular contém várias miofibrilas, filamentos de proteínas (actina, 
miosina e outras); 
 Possui estrias; 
 São multinucleadas e os núcleos se situam na periferia da fibra, junto à 
membrana celular. 
 
Nomenclatura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sarcômero: 
 Alinhamento dos miofilamentos 
 
 Contração muscular: 
1. Músculos relaxado 
2. Impulso nervoso 
3. Altera a permeabilidade do reticulo sarcoplasmático 
4. Liberação de Ca++ para o sarcoplasma 
5. São expostos os sítios de ligação da actina 
6. Contração 
7. Actina desliza sobre a miosina 
8. Encurtamento da distância das actinas 
 
9. Gasta ATP 
 
 Fontes de energia: 
 ATP (1s, 2s) 
 Fosfocreatina (8s) 
 Fermentação lática 
 Respiração celular 
 
 
Retículo endoplasmático = Retículos sarcoplasmático 
Célula = Miócitos ou Fibras 
Membrana Plasmática = Sarcolema (Túbulos T) 
Citoplasma = Sarcoplasma 
Miofilamentos = actina e miosina 
Envolvido por 
Tecido conjuntivo 
Evita atrito 
União 
Epimísio 
 
Perimísio Endomísio 
Envolve os feixes Envolve os fascículos Envolve cada célula 
 Ca++ no reticulo sarcoplasmático 
Contrair 
Relaxar 
 Crescimento muscular: 
 Célula não divide; 
 Regeneração = células satélites 
 
 
 
 Intensidade muscular: 
 Número de terminações nervosas; 
 Mais força = mais miócitos 
 
 Tipos de fibras musculares: 
 
 
 
 
 
 
2. Tecido Muscular Estriado Cardíaco: 
 É o principal tecido do coração; 
 Miocárdio; 
 Movimento involuntário; 
 Contração vigorosa e rítmica; 
 Possui estrias; 
 É constituído por células alongadas e ramificadas; 
 1 núcleo ou 2 núcleos centrais; 
 Células mono ou binucleadas, com núcleos mais centralizados; 
 As fibras cardíacas são envolvidas por um envoltóriode filamentos de 
proteínas, o endomísio; 
 Quase metade do volume celular é ocupado por mitocôndrias, o que reflete a 
dependência do metabolismo aeróbico e necessidade continua de ATP; 
 Discos intracelulares ou intercalares, complexos juncionais entre as fibras 
(interdigitações, junções comunicantes, de adesão, desmossomos). 
 Possui um sistema próprio de auto condução na geração e condução de 
impulso elétrico; 
 Lesões no coração são reparadas através da proliferação de tecido conjuntivo; 
 O musculo cardíaco não se regenera, exceto nos primeiros anos de vida. 
 
 Batimentos 
 
Vermelhas 
 
Brancas 
– Força 
+ Resistência 
+ Lentas 
Continua 
+ Força 
– Resistência 
+ Rápidas 
Descontinuas 
Diástole 
Sístole 
3. Tecido Muscular Liso: 
 Presente nos órgãos viscerais (estomago, intestino, bexiga, útero, ductos de 
glândulas e paredes dos vasos sanguíneos); 
 Ausência de estrias; microfilamentos não alinhados 
 Movimento involuntário e lenta; 
 Um núcleo por célula; 
 Não possui túbulos T; 
 Movimentos peristálticos 
 Constitui a parede de muitos órgãos, sendo responsável por movimentos 
internos como o movimento dos alimentos através do tubo digestivo; 
 As células são uninucleadas, alongadas e com extremidades afiadas. 
 Diferente do musculo esquelético, não apresenta a organização dos 
sarcômeros e não apresenta troponina; 
 A unidade contrátil é chamada de corpos densos. 
 
 Regeneração: 
 Estriado cardíaco: NÃO 
 Estriado esquelético: POUCO 
 Liso: REGENERA 
Obs.: 
A câimbra ocorre quando o músculo fica sem as condições ideias para uma contração 
muscular normal devido a diversos fatores, como má alimentação, desidratação, 
pouco condicionamento físico no caso dos praticantes de esporte, uso exagerado da 
musculatura, baixas temperaturas, má circulação, compressão de raízes nervosas, etc. 
Fermentação lática em excesso nas células musculares causa as câimbras. 
 
Tecido Nervoso 
 É dividido em sistema nervoso central SNC e sistema nervoso periférico; 
 É constituído por neurônios e gliócitos (células gliais); células especializadas. 
 Origem embrionária ectoderma; 
 Pobre em matriz extracelular; 
 Altamente vascularizado; 
 Exclusivo dos animais; 
 É sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do 
organismo; 
 Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos 
nervosos de maneira rápida e as vezes por distancias relativamente grandes; 
 
 
 
Sistema Nervoso Central 
 
 
 
 
 
 
 
 É constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal; 
 Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o SNC tem a consistência 
de uma massa mole; 
 Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões 
brancas e regiões acinzentadas. A distribuição da mielina é responsável por 
essa diferença de cor. 
 
 Proteção do Sistema Nervoso Central: 
O SNC é protegido por três envoltórios formados por tecido conjuntivo denso, 
denominados como meninges sendo estas, na ordem do interior para o exterior 
 Piamáter: localizada mais intimamente ao sistema nervoso, é impossível ser 
totalmente removida sem remover consigo o próprio tecido nervoso, essa 
camada é altamente vascularizada; 
 Aracnoide: situada entre a piamáter e o duramáter é provida de trabéculas que 
permite a circulação do liquido cefalorraquidiano; 
 Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte, constituído de 
tecido conjuntivo denso, continuo com o periósteo dos ossos da caixa 
craniana. A duramáter que envolve a medula espinhal é separada do periósteo 
das vertebras, formando-se entre os dois, o espaço peridural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso Central 
Encéfalo 
(Crânio) 
Medula Espinhal 
(Canal Vertebral) 
Cérebro 
Cerebelo 
Tronco Encefálico 
Mesencéfalo 
Ponte 
Bulbo 
Diencéfalo 
Telencéfalo 
Substância Branca X Substância Cinzenta 
 Substância Branca: 
 Neurofibras revestidas por bainha de mielina; 
 Predomina nas partes centrais; 
 Não contém corpos de neurônios. 
 Substância Cinzenta: 
 Corpos celulares dos neurônios mais alguns 
gliócitos; 
 Têm lugar as sinapses do SNC; 
 Predomina na superfície do cérebro e do 
cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o 
córtex cerebelar. 
 
 
 
Sistema Nervoso Periférico 
 
 
 
 
 
 É formado por nervos, gânglios e terminações nervosas; 
 Nervos: são feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido 
conjuntivo. 
 Gânglios nervosos: são aglomerados de corpos celulares de neurônios 
localizados fora do sistema nervoso central 
 
 Funções do tecido nervoso: 
 Coordenar as atividades de diversos órgãos; 
 Receber informações do meio externo e responder aos estímulos recebidos. 
 Armazenar informações. 
 
Neurônios 
 É uma célula altamente diferenciada, sem capacidade de divisão e de 
regeneração; 
 Formado por um corpo celular, dentritos e axônio; 
 A comunicação entre os neurônios ocorre por impulso nervoso; 
 O cérebro humano possui 86 bilhões de neurônios; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dendritos  levam o impulso nervoso até 
o corpo celular. 
Axônio  levo o impulso nevoso no 
sentido contário ao corpo celular. 
Sistema Nervoso Periférico 
Nervos 
Gânglios 
Cranianos 
(Encéfalo) 
Espinais ou Raquidianos 
(Medula) 
Classificação morfológica dos neurônios: 
 Unipolar: apenas um corpo celular e um axônio, 
sem dendritos. 
 Bipolar: duas ramificações que saem do corpo do 
neurônio, sendo um dendrito e um axônio. 
 Pseudounipolar: uma projeção do corpo celular, 
porém tem uma ramificação, uma tem papel de 
dendrito e a outra de axônio. 
 Multipolar: mais comum no tecido nervoso; tem 
várias ramificações saindo do corpo celular, uma 
delas é o axônio e as outras os dendritos. 
 
 Corpo Celular: 
 Local do neurônio onde está presente o núcleo, grande parte das organelas 
celulares e de onde partem os prolongamentos dessa célula. 
 Dendritos: 
 Prolongamentos do neurônio que garantem a recepção dos estímulos, levando 
o impulso nervoso em direção ao corpo celular; 
 A grande maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de 
dendritos. 
 
 Axônio: 
 Prolongamento que garante a condução do impulso nervoso; 
 Cada neurônio possui apenas um axônio, o qual é, geralmente mais longo que 
os dendritos. 
 Envolvendo o axônio, está um isolamento elétrico chamado de bainha de 
mielina. 
 Bainha de mielina: 
 É formada por dois tipos celulares: oligodendrócitos, no sistema nervoso 
central e células de Schwann, no sistema nervoso periférico; 
 É uma estrutura formada por uma membrana lipídica rica em glicofosfolipídeos 
e colesterol; 
 Recobre os axônios facilitando a rápida comunicação entre os neurônios; 
 A presença da bainha de mielina aumenta a velocidade da transmissão do 
impulso; 
 Os locais onde há falha nessa bainha são chamados de nódulos de ranvier. 
 Oligodendrócitos: 
 Produção de mielina no Sistema Nervoso Central 
 Células de Schwann: 
 Produção de mielina no Sistema Nervoso Periférica 
Obs.: 
Dendritos e axônios = Neurofibras (fibras nervosas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células da glia ou neuroglia 
 São células de apoio; 
 É composta por astrócitos, oligodendrócitos e micróglia; 
 Não transmitem impulsos nervosos; 
 Estima-se que para cada 10 neurônios há 10 células da glia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Astrócitos: 
 Muitos prolongamentos; 
 Auxiliam na nutrição dos neurônios; 
 Sustentação física; 
 Recuperação de lesões. 
 Oligodendrócitos: 
 Menos prolongamentos; 
 Formam a bainha de mielina nos axônios de neurônios do Sistema Nervoso 
Central 
 Células de Schwann: 
 Formam a bainha de mielina no Sistema Nervoso Periférico 
Classificação fisiológica dos neurônios: 
Sensitivos (sensoriais/aferentes): conduzem o 
impulso nervoso até o Sistema Nervoso Central. 
Exemplo: toque 
 Motores (eferentes): conduzem o impulso do 
Sistema Nervoso Central até os órgãos efetores. 
Exemplo: músculos e glândulas 
 Associativos (mistos/interneurônios): localizam-se 
no Sistema Nervoso Central e fazem conexão entre 
os neurônios sensitivos e associativos. 
 
Funções das células da glia: 
Sustentação e nutrição dos neurônios; 
Produção de mielina; 
Fagocitose. 
 
 
 
 Micróglias: 
 Macrófagos especializados; 
 Tem origem mesodérmica; 
 Responsável pela defesa do sistema nervoso; 
 Fagocitam detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso 
 Células ependimárias: 
 Revestimento das cavidades do encéfalo e da medula; 
 Podem apresentar cílios, favorecendo a movimentação do líquor 
 
Impulso Nervoso 
 
 É um sinal elétrico que proporciona a comunicação entre os neurônios; 
 A transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro ou de um 
neurônio para algum órgão é realizada por meio de uma região de ligação 
especializada denominada sinapse. 
 
 Características do impulso nervoso: 
 É unidirecional; 
 Ocorre nos neurônios; 
 É muito rápido, principalmente nas células que possuem a bainha de mielina 
 É de natureza eletroquímica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É necessário que o neurônio, esteja com a 
membrana em potencial de repouso e que sua 
superfície interna esteja com carga negativa de 70 
milivolts. Essa fase é conhecida como polarização. 
Como o impulso nervoso propaga-se? 
Em repouso, a membrana plasmática do axônio 
bombeia Na+ para o meio externo, e ao mesmo 
tempo transfere íons K+ para o interior da célula. 
O potássio passa para o meio externo com maior 
rapidez do que o sódio entra, fazendo com que 
cargas positivas permaneçam fora da célula, são 
essas ações que determinam o potencial de repouso 
Quando o neurônio sofre estimulo, ocorre uma 
mudança transitória do potencial de membrana. 
Ocorre a abertura dos canais iônicos e a entrada 
rápida de Na+. 
Quando esse íon entra, ocorre a mudança de 
potencial e o interior do axônio passa a ser positivo, 
despolarização. 
Esses conjuntos de alterações são chamados de 
potencial de ação. O íon K+ começa a sair por difusão 
e o potencial de repouso da membrana retorna ao 
normal, repolarização. 
 Os eventos de propagação do impulso nervoso ocorrem rapidamente. 
A mudança do potencial de repouso para o potencial de ação e seu 
retorno ao repouso demoram aproximadamente 5ms; 
 Ocorre em apenas uma parte da membrana e vai propagando-se ao 
longo do axônio. Ao chegar no final dessa estrutura, promove a 
liberação de neurotransmissores que vão estimular ou inibir outras 
células; 
 Para ocorrer um novo estimulo, a célula nervosa deve esperar um 
período de tempo, chamado de período refratário absoluto, no qual não 
há resposta a estímulos. 
Tudo ou nada! 
 Costuma-se dizer que um impulso nervoso ocorre de acordo com o princípio 
do tudo ou nada. Isso significa que um impulso não é gerado a não ser que o 
estimulo possua uma determinada intensidade, o chamado limiar de excitação. 
Independentemente da intensidade, o impulso será o mesmo.

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