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Resumo tipos de tecidos (histologia)

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HistologiaHistologiaHistologiaHistologia (Texto aprofundado)(Texto aprofundado)(Texto aprofundado)(Texto aprofundado) 
 
É o ramo da Biologia que estuda os tecidos. 
 
 Os tecidos são grupamentos de células com características semelhantes e 
atuam na realização de uma determinada função. Além das células os tecidos também 
podem apresentar quantidade variável de material extracelular ou intracelular 
produzido pelas próprias células. 
 
TECIDOS ANIMAIS 
 
1 - Tecido Epitelial 
 
 Simples (de células cúbicas, achatadas ou cilíndricas) 
 - Pseudo-estratificado 
� De Revestimento 
 Estratificado (de células cúbicas, cilíndricas ou de 
transição) 
 
 
� Glandular (glândulas) Exócrinas ( simples e compostas) 
 Endócrinas 
 Anfícrinas ou mistas 
 
 
 
2 - Tecido Conjuntivo 
 
 frouxo 
� Conectivo ou TCPD denso (modelado e não-modelado) 
 
� Especiais Hematopoético (linfóide e mielóide) 
 Reticular 
 De sustentação (cartilaginoso e ósseo) 
 Adiposo 
 De transporte (linfático e sangüíneo) 
 
 
3 - Tecido Muscular 
 
� Não-estriado (Liso) 
� Estriado esquelético 
� Estriado cardíaco 
 
 
 
4 - Tecido Nervoso 
 
1 - TECIDO EPITELIAL 
 É constituído por células justapostas e quase não há material intercelular. 
Não apresenta vasos sangüíneos e suas células recebem nutrientes pela difusão de 
substâncias dos capilares localizados no tecido conjuntivo subjacente. Entre os 
epitélios e o tecido conjuntivo existe a lâmina basal (formada por proteínas e 
glicoproteínas, sem estruturas celulares). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
] 
1.1- TECIDOS EPITELIAIS DE REVESTIMENTO 
 Os epitélios de revestimento formam a camada mais superficial da pele 
(epiderme) e também as cavidades dos órgãos internos (estômago, intestino, 
traquéia). 
 Os epitélios são classificados de acordo com o número de camadas 
celulares (simples e estratificado) e morfologia das células superficiais 
(pavimentosas, cilíndricas ou cúbicas). Observe os principais tipos de epitélios. 
 
 
1.2- TECIDO EPITELIAL GLANDULAR 
 Este tecido forma as glândulas, que são estruturas epiteliais especializadas 
na síntese e liberação de secreções. De acordo com a forma de secreção, as 
glândulas podem ser exócrinas, endócrinas ou mistas. 
 
• Glândulas exócrinas - têm canal ou ducto secretor, lançando a secreção na 
superfície ou na luz de um órgão. Podem ser: 
� Merócrinas - liberam apenas a secreção. Ex: g. sudoríparas, g. lacrimais, g. 
salivares. 
 
� Apócrinas ou holomerócrinas - liberam uma parte do citoplasma celular junto com 
a secreção e em seguida a célula secretora se regenera. Ex: g. mamárias 
 
� Holócrinas - a secreção é a própria célula, que morre ao ser liberada. A atividade 
glandular é mantida graças à intensa renovação celular. Ex: g. sebáceas. 
 
• Glândulas Endócrinas - não possuem ducto de secreção, lançando seus 
produtos diretamente no sangue (hormônios). Ex. hipófise, tireóide, adrenais. 
PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS EPITÉLIOS 
- revestimento e proteção 
- sensibilidade 
- absorção 
- trocas gasosas 
- secreção 
 - contração (células mioepiteliais) 
 - filtragem (epitélio dos nefros renais) 
 
Epitélio cilíndrico simples 
(intestino) 
Epitélio pseudo-estratificado 
cilíndrico ciliado (traquéia) 
Epitélio de transição 
(bexiga urinária) 
Epitélio pavimentoso simples 
(capilar sangüíneo) 
 
• Glândulas mistas ou anfícrinas - ao mesmo tempo produzem secreções 
exócrinas e endócrinas, pois possuem células secretoras com e sem ductos. Ex: 
pâncreas, ovários e testículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3 – ESTRUTURAS DE ADESÃO EM TECIDOS EPITELIAIS 
 Os tecidos epiteliais, principalmente os de revestimento, são muito resistentes à 
tração, por terem estruturas de adesão, tais como: 
 
 
� 1. Zônula de Oclusão – 
junção entre as camadas 
lipídicas externas de 2 
células. 
� 2. Zônula de Adesão – as 
células vizinhas ficam unidas 
por uma substância 
intercelular adesiva, porém, 
sem haver contato entre as 
membranas plasmáticas. 
� 3. Desmossomos – filamentos 
de queratina que entrelaçam 
as duas células adjacentes. 
� 4. Junção comunicante 
(nexos) – tubos protéicos que 
permite a comunicação entre 
células adjacentes, também 
auxiliando na adesão entre 
membranas. 
� 5. Hemidesmossomos – une 
as células epiteliais à lâmina 
basal, que fica entre o tecido 
epitelial e o conjuntivo. 
 
 
 
1.4 – MEMBRANA E LÂMINA BASAL 
 
 A lâmina basal é constituída por moléculas de glicoproteínas e fibras de colágeno; 
atua conectando o tecido epitelial ao tecido conjuntivo e hemidesmossomos unem 
firmemente a lâmina basal à célula epitelial. Só é visível na microscopia eletrônica. 
 Quando duas lâminas basais se juntam formam a membrana basal, que por ser 
mais espessa pode ser visualizada em microscópio óptico. 
ORIGEM EMBRIONÁRIA DO TECIDO EPITELIAL 
• Ectoderme: epiderme 
• Mesoderme: endotélio dos vasos sangüíneos 
• Endoderme: epitélio de revestimento dos sistemas digestório e respiratório 
 
Microvilosidades
Zonula de adesão
Jun
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
ESQUEMA GERAL DA CLASSIFICAÇÃO DO 
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO 
 
 Segundo o Segundo a forma 
número de camadas das células superficiais Exemplos 
 
 PAVIMENTOSO Endotélio, mesotélio (pleura, pericárdio e peritônio) 
SIMPLES CÚBICO Revestimento ovariano e de ductos glandulares. 
 PRISMÁTICO (CILÍNDRICO) Revestimento do estômago e intestino. 
 
 
PSEUDO-ESTRATIFICADO CILÍNDRICO CILIADO Revestimento da traquéia e brônquios. 
 
 
 PAVIMENTOSO 
 * QUERATINIZADO Epiderme, língua dorsal. 
ESTRATIFICADO * NÃO QUERATINIZADO Boca, esôfago. 
 CÚBICO Ducto de glândulas sudoríparas. 
 PRISMÁTICO Conjuntiva ocular, parte da epiglote. 
 DE TRANSIÇÃO Revestimento interno da bexiga e 
 partes das vis urinárias. 
 
 
2 - TECIDO CONJUNTIVO 
 
 O tecido conjuntivo é originado a partir do mesênquima, um tecido 
embrionário caracterizado pela presença de células com prolongamentos e imersas 
em muita substância intercelular. O mesênquima deriva do mesoderma do embrião. 
 O tecido conjuntivo é o tecido com maior distribuição em nosso corpo. 
Apresenta células imersas em grande quantidade de substância intercelular - a matriz 
- formada por uma parte amorfa (água, ácido condroitino-sulfúrico, ácido hialurônico e 
proteínas) e uma parte fibrosa (fibras protéicas colágenas, elásticas e reticulares).METAPLASIA 
 
É quando um tipo de tecido é substituído por outro. Em pessoas que fumam, o epitélio 
pseudo-estratificado cilíndrico ciliado da traquéia e brônquios se transforma em tecido 
pavimentoso, por causa das substâncias tóxicas do cigarro. 
 
OBS:NEOPLASIA= CÂNCER 
TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 - TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO 
 Há dois tipos: o frouxo (ou areolar) e o denso. 
 
2.1.1- Tecido Conjuntivo Frouxo» tem grande quantidade de substância 
intercelular, com poucas fibras que ficam frouxamente distribuídas. É o tecido mais 
abundante em nosso corpo. Suas funções são: 
� suporte e nutrição do tecido epitelial 
� envolvimento de nervos, músculos, vasos sangüíneos e linfáticos 
� cicatrização de tecidos lesados 
� participa da estrutura de vários órgãos 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO 
- Preenchimento 
- Sustentação 
- Transporte de metabólitos 
- Reserva energética (adiposo) e de minerais (ósseo) 
- Defesa 
- Nutrição dos epitélios 
- Revestimento de vasos sangüíneos e linfáticos 
Células do T.C. Frouxo 
 
 
• Fibroblastos - secreta a substância intercelular e produz as fibras colágenas, 
elásticas e reticulares. Quando velhos ficam inativos e são denominados 
fibrócitos. 
 
• Macrófagos ou Histiócitos - célula amebóide com capacidade de fagocitose, 
fazendo a defesa contra patógenos e a reabsorção de produtos celulares. 
Originam-se dos Monócitos (leucócitos). 
 
• Plasmócitos - atuam na síntese de gamaglobulinas (anticorpos específicos). Têm 
origem nos linfócitos B(leucócitos). 
 
• Mastócitos - células globosas com citoplasma granuloso. Produzem heparina 
(polissacarídeo anticoagulante) e histamina (proteína vasodilatadora), substâncias 
indispensáveis nos processos de resposta inflamatória. Originam-se dos basófilos 
(leucócitos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVENTOS DA RESPOSTA 
INFLAMATÓRIA 
 
1. capilares e tecidos liberam 
a bradicina (pequeno 
peptídeo); 
2. a bradicina estimula 
neurônios do SNC (cérebro), 
que interpreta como dor; as 
bradicinas também estimulam 
os mastócitos a liberarem 
histamina e heparina; 
3. a histamina promove a 
dilatação das paredes dos 
vasos sangüíneos, 
possibilitando a diapedese; 
4. monócitos passam a ser 
macrófagos e fagocitam 
patógenos; neutrófilos 
também fagocitam. 
5. Os macrófagos podem 
liberar interleucinas e ativarem 
o sistema imune 
(estudaremos no módulo II) 
 
 
2.1.2 - Tecido Conjuntivo Denso» é pobre em substância intercelular, mas tem 
muitas fibras, principalmente colágenas, logo apresentam muitos fibroblastos. Quando 
as fibras são difusas, temos o T.C. Denso não-modelado (derme) e cápsulas como 
as do fígado e baço. Quando as fibras estão ordenadas, temos o T.C. Denso 
modelado (tendões e ligamentos), o qual é muito resistente à tensão. 
 
ATENÇÃO! 
� LIGAMENTOS: ligam ossos entre si (osso + osso). 
� TENDÕES: ligam músculos aos ossos (osso + músculos). 
 
 
2.2- TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO 
 Ocorre na hipoderme ou tela subcutânea e é formado principalmente por 
células adiposas (adipócitos), armazenando lipídios (reserva energética). Entre os 
lóbulos de células adiposas passam capilares sangüíneos, de onde são retirados os 
lipídios. Este tecido é abundante em aves e mamíferos, colaborando na manutenção 
da temperatura destes animais. Nos peixes das áreas mais frias do planeta também 
há bastante tecido adiposo. Nas células adiposas ficam armazenados triglicérides, 
ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos são provenientes da alimentação ou 
sintetizados pelo adipócito a partir da glicose. 
 
TIPOS DE TECIDO ADIPOSO 
• Unilocular (comum ou amarelo) – forma o panículo adiposo; 
• Multilocular (pardo ou marrom) – é muito vascularizado e rico em 
mitocôndrias, atuando na produção de calor (toda a energia da cadeia 
respiratória gera apenas calor e não gera ATP). Ocorre em animais 
hibernantes e em bebês, sendo importante na termorregulação do recém-
nascido. 
 
 
2.3- TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO 
 É um dos tecidos com função de sustentação. Também facilita o movimento 
das articulações e amortece choque mecânicos. A cartilagem é formada por 
condroblastos (células ativas na produção da matriz) e condrócitos (condroblastos 
inativos) não possuindo nervos e vasos sangüíneos. Com exceção das cartilagens 
das articulações e da cartilagem fibrosa, as demais cartilagens são revestidas pelo 
pericôndrio (T.C. Denso), que nutre a cartilagem. O pericôndrio é originado do 
mesênquima e permanece com uma camada de células mesenquimais (células-tronco 
multipotentes), que se transformam em condroblastos para crescimento da cartilagem. 
Os condrócitos também sofrem mitose, possibilitando o crescimento da cartilagem 
(muito lento). 
 
 
 
Tipos de Cartilagem 
 
• Hialina – tem uma quantidade moderada de fibras; ocorre no septo nasal, laringe, 
traquéia, brônquios e articulações dos ossos longos. 
 
• Elástica – tem muitas fibras, sobretudo elásticas; ocorre no pavilhão da orelha, 
epiglote e em partes da laringe. 
 
• Fibrosa – tem muitas fibras colágenas; ocorre nos discos intervertebrais, em 
algumas articulações e em pontos onde tendões e ligamentos se fixam aos ossos. 
 
 
 
2.4 - TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO 
 É o principal tecido de sustentação, sendo o tecido mais abundante nos 
ossos. É formado pela matriz óssea (sais minerais - 65% e fibras - 35%) e pelas 
células osteoblastos (produzem a matriz orgânica), osteócitos (osteoblastos 
inativos) e osteoclastos (células multinucleadas originadas dos monócitos e fazem a 
reabsorção da matriz, principalmente na regeneração óssea). 
 
2.4.1. O Tecido ósseo e a formação dos ossos 
 
 Os ossos são órgãos que apresentam além do tecido ósseo, os tecidos 
cartilaginoso, adiposo, sangüíneo, hematopoiético e nervoso. 
 
 A ossificação endocondral (substituição da carlilagem hialina por tecido ósseo) 
é o processo mais comum para formar os ossos. Esta ossificação inicia internamente 
indo para as extremidades do osso (ex: formação do fêmur). 
 
 A ossificação intramembranosa ocorre a partir de uma membrana de tecido 
conjuntivo embrionário, e células mesenquimatosas formam osteoblastos em centros 
de ossificação, onde se depositam os minerais (ex: formação dos ossos cranianos 
em récem-nascido) 
pericôndrio 
condroblasto 
condrócito 
condroplasto 
 
 
 
 
 
REGENERAÇÃO DE FRATURAS ÓSSEAS 
 O crescimento e a reposição dos ossos quando há fratura é feita pelo periósteo (tec. 
Conj. Denso que reveste o osso) e do endósteo (tec. Conj. Denso da cavidade do osso). 
 O periósteo e o endósteo (têm células mesenquimatosas) formam um anel de tecido 
conjuntivo em volta da fratura. A partir desse tecido conjuntivo são formados osteoblastos, que 
atuam sintetizando a nova matriz óssea. Alguns osteócitos voltam a ser osteoblastos para 
auxiliar na regeneração. 
 Na regeneração, os osteoclastos secretam ácidos (dissolvem sais de cálcio) e a 
enzima colagenase (digere colágeno). Toda essa matéria prima é reaproveitada pelos 
osteoblastos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: 
De acordo com a Nomina Anatomica o canal de Harvers agora é denominado 
canal central e o canal de Volkmann chama-se canal perfurante. 
 OSTEOPOROSE 
 Caracteriza-se pela diminuição da formação de tecido ósseo e/ou maior reabsorção do osso existente, 
formando poros dentro do osso, fragilizando-o. 
 Em mulheres, após a menopausa há redução de estrógeno, que atuava estimulando a formaçãoóssea. Em 
homens, a testosterona também reduz na andropausa, causando efeito semelhante. 
 Dois outros hormônios também interferem na osteoporose: paratormônio e calcitonina. O paratormônio 
(sintetizado pelas paratireóides) ativa o osteoclasto, que atua retirando cálcio dos ossos e lançando-o no sangue. 
Já a calcitonina (tireóide) inibe a ação do osteoclasto e possibilita a remoção do cálcio do sangue e sua deposição 
nos ossos. Se há aumento de paratormônio e / ou redução da calcitonina tem-se descalcificação óssea. 
 Para que o cálcio seja absorvido no intestino há necessidade de vitamina D, que também, num conjunto 
metabólico complexo, regula a secreção de paratormônio. 
 Há ainda osteoporose por carência de vitamina A, que atua equilibrando a ação de osteoblastos e 
osteoclastos, elém da vitamina C, cuja carência acarreta má formação óssea, pois é coenzima ativadora da 
síntese de colágeno, principal proteína da matriz orgânica do osso. 
 A prevenção da osteoporose, inclui, dentre outras ações: 
- fazer exercícios físicos para ativar a osteogênese (formação do osso) 
- controle das taxas hormonais e reposição se for necessário. 
- Dieta diversificada e banho de sol. 
 
2.5 - TECIDO CONJUNTIVO HEMATOPOIÉTICO 
 
 É o tecido que produz os elementos figurados do sangue: hemácias, 
leucócitos e plaquetas. Há dois tipos de tecido hematopoiético: 
 
2.5.1 - Tecido Mielóide» encontra-se na medula óssea vermelha, no interior do 
canal medular dos ossos. Produz hemácias, plaquetas e os leucócitos (exceto 
linfócitos). 
2.5.2 - Tecido Linfóide » é encontrado na medula óssea e em estruturas isoladas 
como os linfonodos, o baço, o timo e as tonsilas (antigas amígdalas). Produz os 
linfócitos. Os linfócitos B são produzidos e maturados na medula; os linfócitos T são 
produzidos na medula e maturados no timo (órgão pequeno que fica próximo ao 
coração) 
 
2.6 – TECIDO CONJUNTIVO RETICULAR 
 É formado por fibras e células reticulares, compondo uma trama delicada que 
dá suporte às células do tecido hematopoiético. O tecido reticular ocorre na cavidade 
dos ossos e em órgãos hematopoiéticos (fígado, baço) e provê uma estrutura 
arquitetônica (trabécula), oferecendo um ambiente para as células e fluidos do tecido 
hematopoiético se moverem livremente. 
 
2.7 - TECIDO CONJUNTIVO SANGÜÍNEO 
 O sangue é um tecido com substância intercelular líquida (plasma) e 
elementos figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas), atuando no transporte de 
substâncias e defesa do organismo. O plasma é formado de água (90%), sais, 
aminoácidos, glicídios, vitaminas, proteínas, hormônios, etc. 
ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE 
 
• Hemácias (eritrócitos ou glóbulos vermelhos)» são as mais numerosas 
células sangüíneas (cerca de 5 milhões/ml). São produzidas na medula 
óssea vermelha, perdem o núcleo e organelas e migram para o sangue. 
Duram de 90 a 120 dias, sendo removidas pelo fígado e baço. Atuam no 
transporte de O2 e de parte do CO2. Redução de hemácias caracteriza a 
anemia, enquanto o aumento é chamado policitemia, muito comum em 
pessoas que habitam em áreas de grande altitude, a fim de possibilitar um 
maior aproveitamento do oxigênio por causa do ar rarefeito (baixa pressão). 
 
• Plaquetas (trombócitos) » são porções de megacariócitos (células da 
medula óssea vermelha), atuando na coagulação sangüínea. Há cerca de 
300.000 plaquetas/ml de sangue. 
 
• Leucócitos (glóbulos brancos)» são os menos numerosos, havendo entre 
7.000 a 10.000/ml. Atuam na defesa do organismo. Em infecções, esse nº 
pode chegar a 20.000 (leucocitose). Há os granulócitos (tipos 1, 2 e 3) e os 
agranulócitos (tipos 4 e 5): 
 
1 - Neutrófilos: são os mais abundantes, têm núcleo com 3 a 5 lóbulos e atuam 
na fagocitose. 
 
2 - Acidófilos ou Eosinófilos: têm núcleo com 2 lóbulos e fazem fagocitose. 
Seu número aumenta nas alergias e parasitoses intestinais. 
 
3 - Basófilos: têm núcleo grande e inúmeros grânulos citoplasmáticos de 
heparina (anticoagulante) e histamina (vasodilatador), liberando-os na resposta 
inflamatória. 
 
4 - Linfócitos: núcleo condensado, ocupando quase toda a célula. Produzem 
anticorpos. 
 
5 - Monócitos: têm o núcleo em forma de rim. Atuam na fagocitose de bactérias, 
vírus e fungos. 
 
ESQUEMA DA COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA 
 
 
 
3 - TECIDO MUSCULAR 
 Este tecido tem origem mesodérmica, tendo capacidade de contração e 
distensão. Suas células são alongadas e são denominadas miócitos (anteriormente 
chamados fibras musculares) 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 - TIPOS DE TECIDOS MUSCULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMES ESPECIAIS DE ESTRUTURAS DO MIÓCITO (antes fibra muscular) 
• Membrana – Sarcolema 
• Citoplasma - Sarcoplasma 
• Retículo endoplasmático não-rugoso (LISO) – Retículo Sarcoplasmático 
T.M. Não-estriado T.M. Estriado Esquelético T.M. Estriado Cardíaco 
 
 
TECIDO MUSCULAR OCORRÊNCIA E 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
TIPO DE 
CONTRAÇÃO 
Estriado esquelético 
A membrana tem 
muitas invaginações 
(sistema de túbulos T), 
que facilitam a 
transmissão do 
impulso entre o 
neurônio, a membrana 
e o REL. 
- As células são multinucleadas, com núcleos periféricos. 
- Apresenta estrias longitudinais e transversais, com 
disposição regular, formando faixas claras e escuras. 
- Forma os músculos que revestem os ossos. 
- São um sincício (originam da fusão de inúmeras células). 
Contração rápida 
e voluntária 
 
Estriado cardíaco 
- Células uni ou binucleadas, com núcleo central. 
- Tem estrias transversais e longitudinais, porém com 
disposição menos regular que o tecido estriado esquelético. 
- Há discos intercalares (junções gap ou nexos) entre as 
células, que atuam na propagação dos impulsos elétricos 
no coração. 
- Ocorre apenas no coração. 
- As células são contínuas, ou seja, anastomosadas. 
Contração rápida 
e involuntária. 
 
 
Não-estriado (Liso) 
- Células com núcleo único e central, interligadas por 
junções gap ou nexos. 
- Tem apenas estrias longitudinais, não formando as faixas 
claras e escuras. 
- Ocorre nas paredes das vísceras e dos vasos 
sangüíneos. 
- Não tem estrias em virtude da actina e miosina não 
serem organizadas de forma regular. 
- Não tem sistema de túbulos T, nem retículo 
endoplasmático muito desenvolvido. 
Contração lenta 
e involuntária 
 
3.2 - ORGANIZAÇÃO DOS MÚSCULOS 
• O miócito (antes fibra muscular ou célula muscular) contém inúmeras 
miofibrilas de actina e miosina, formando o miômero (antes sarcômero). 
• Cada miócito é revestido pelo endomísio, que é uma rede de filamentos 
protéicos da matriz extracelular do tecido muscular. 
• Vários miócitos se agrupam em feixes (ou fascículos), envoltos pelo 
perimísio, que é constituído de tecido conjuntivo propriamente dito. 
• Vários feixes são envolvidos pelo epimísio, tecido conjuntivo rico em fibras 
colágenas que recobre todo o músculo. Observe a figura adiante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 - MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
 No miócito estriado encontramos miofribilas compostas de miofilamentos de 
actina e miosina, dispostos ordenadamente. Os filamentos de actina, que são finos, 
formam a faixa clara ou faixa I (Isotrópica), enquanto que os filamentos de miosina, 
mais grossos, formam uma faixa escura ou faixa A (Anisotrópica), que também 
apresenta as extremidades das actinas. É a alternância das faixas A e I que dá o 
aspecto estriado ao tecido. 
 À medida que o miócito se contrai, com os filamentos de actina deslizando 
sobre os de miosina, a faixa I diminui, chegando a desaparecer na célula contraída. A 
faixa A mantém seu tamanho. 
 Quandoum miócito está descontraído (relaxado), dentro da faixa A existe 
uma área mais clara - a zona H, representando apenas os filamentos de miosina. Nas 
extremidades da faixa A encontra-se filamentos de miosina e actina, formando uma 
zona mais escura. Na contração a zona H pode chegar a desaparecer. 
 Na faixa I existe uma linha que se cora mais intensamente, denominada linha 
Z, correspondendo a várias uniões entre dois filamentos de actina. O segmento entre 
duas linhas Z é o miômero (antes denominado sarcômero), a unidade contrátil do 
miócito. 
 
 
3.3.1 – Eventos celulares da contração muscular 
• O axônio do neurônio libera um neurotransmissor (acetilcolina) na placa motora 
(sinapse entre neurônio e miócito). 
• A membrana plasmática do miócito apresenta invaginações denominadas de 
sistema T ou sistema de túbulos transversais (exceto no tec. muscular liso) 
, que ao receberem o estímulo nervoso despolarizam uniformemente (entra 
íons de Na+). 
• Esta despolarização chega através dos túbulos T ao retículo sarcoplasmático 
(REL) - ao conjunto T/REL chama-se tríade - havendo liberação de íos de 
Ca++. 
• Em presença de Ca++ e ATP a miosina interage com a actina, fazendo a actina 
deslizar na miosina, contraindo o miômero (sarcômero). 
• Quando cessa a despolarização da membrana (porque cessou o estímulo 
nervoso), o Ca++ é reconduzido para o REL através da bomba de cálcio, 
consumindo ATP (transporte ativo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3.2- Fermentação lática nos miócitos 
Em exercícios intensos, quando o suprimento de ATP via respiração celular é 
insuficiente, há fermentação lática. Isso gera ácido lático, que provoca dor e 
intoxicação dos miócitos. Parte do ácido lático é convertido em ácido pirúvico, quando 
a oxigenação normaliza. 
Porém, grande parte do lactato vai para o fluído extracelular e é transportada 
via sangue até o fígado (90%) e rins (10%), sendo reconvertido em glicose pela 
gliconeogênese. 
A gliconeogênese consiste na formação de glicose a partir de moléculas 
precursoras não-glicídicas, como o ácido lático, aminoácidos e glicerol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DA ENERGIA NO MIÓCITO 
*SUPRIMENTO PRIMÁRIO (não depende de estar havendo respiração. A energia já está pronta para 
uso) 
1. Usa-se a energia armazenada em ATP (garante em média 1 seg. de atividade muscular intensa). 
2. Usa-se a reserva de fosfocreatina feita a partir de creatina e ATP), a qual cede o radical fosfato para 
o ADP, formando ATP, que é consumido (mantém a ação muscular por cerca de 8 seg.). A fosfocreatina 
vai sendo reposta pela respiração celular (o ATP cede fosfatos a creatina), caracterizando a fosfocreatina 
como uma fonte indireta de energia para a contração muscular. 
*SUPRIMENTO SECUNDÁRIO (uso do glicogênio armazenado) - essa fonte metabólica garante a 
produção de ATP pela fermentação lática, suprindo a atividade muscular por 1 a 2 minutos. 
* SUPRIMENTO TERCIÁRIO os sistemas circulatório e respiratório aumentam suas atividades, 
oferecendo mais glicose, ácidos graxos e oxigênio às células musculares, que passam a produzir ATP via 
respiração celular, o qual é imediatamente consumindo, garantindo o suprimento energético muscular por 
várias horas. 
APROFUNDAMENTO: TECIDO MUSCULAR 
� Nos adultos, as células musculares estriadas esqueléticas não têm mais mitose. O músculo 
cresce por: 
- Realizar exercícios físicos estimula as células musculares já existentes a produzirem 
mais miofibrilas, aumentando seu volume. 
- Ao se fazer exercícios intensos ou em processos regenerativos, células satélites que 
ficam no entorno dos miócitos, sofrem grande proliferação e se fundem com os 
miócitos já existentes, aumentando o músculo. 
� O tecido estriado cardíaco só tem mitose nos primeiros anos de vida. Depois, sua regeneração 
é decorrente da proliferação de tecido conjuntivo, formando uma cicatriz. No Brasil, médicos 
estão injetando células-troco da medula em áreas lesadas por infarto, e já foi documentado a 
regeneração da área lesada pela ação dessas células-tronco. 
� O tecido muscular não estriado (liso) mantém a capacidade mitótica durante toda a vida, 
regenerando as lesões que ocorrem no mesmo. 
4 - TECIDO NERVOSO 
 O tecido nervoso é originado da ectoderme e forma o sistema nervoso. 
Praticamente não existe substância intercelular e as principais células são: o 
neurônio, que atuam na recepção e transmissão de estímulos nervosos e os 
gliócitos (antes denominados por células gliais ou neuróglia). 
 
4.1 - MORFOFISIOLOGIA DO NEURÔNIO 
 
 
 
• Corpo celular (pericário ou soma neural) » contém o 
núcleo da célula e a substância de Nissl(RER), entre 
outras organelas. Dele partem o axônio e os dendritos. 
 
• Dendritos» são ramificações citoplasmáticas curtas e 
numerosas que captam estímulos, transmitindo-os ao 
resto do neurônio. 
 
• Axônio » é o maior prolongamento do neurônio (varia 
de frações de mm a 1 m). Cada neurônio só possui um 
axônio. Na sua parte final há ramificações onde se 
localizam os botões sinápticos (vesículas com 
neurotransmissores). A maioria dos neurônios 
apresenta um estrato mielínico (antes chamado bainha 
de mielina), formada por prolongamentos das 
membranas de oligodendrócitos (anteriormente 
denominados por células de Schwann), atuando como 
isolante elétrico para que o impulso nervoso se 
propague com maior rapidez. 
 
O IMPULSO NERVOSO 
- A membrana do neurônio em repouso é eletronegativa (-90mV), característica mantida pela bomba de 
Na+/K+. Esse estado do neurônio é denominado de polarização. 
- O estímulo (potencial de ação) determina a entrada de íons de Na+ por difusão facilitada, pelas 
proteínas canais de sódio existentes na membrana dos neurônios. Isso corresponde ao momento da 
despolarização, ficando o potencial da membrana com cerca de + 35mV, em um milésimo de segundo. 
- Em seguida, aproximadamente 0,5 milésimo de segundo, há saída de K+ por difusão simples, 
caracterizando a repolarização. 
 LEI DO TUDO-OU-NADA: o estímulo que gera o potencial de ação deve ser forte o suficiente para 
elevar o potencial de repouso além de determinado valor crítico – limiar excitatório. 
Abaixo desse valor, o estímulo só provoca alterações locais na membrana, que cessam e não 
desencadeiam o impulso nervoso. 
 
 ESQUEMA DOS NEURÔNIOS 
 (DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO) pedi p vcs copiarem do quadro..... 
Núcleo do 
oligodendrócito 
Nó neurofibroso 
 
 GRÁFICO DO 
IMPULSO NERVOSO 
 PERÍODO REFRATÁRIO 
 ABSOLUTO E RELATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2 – GLIÓCITOS (antes neuróglia) 
• Astrócito: podem ser fibrosos ou 
protoplasmáticos. Nutre e auxilia na 
cicatrização do T. nervoso. 
• Oligodendrócito: faz o estrato mielínico 
(baínha de mielina) dos neurônios. 
• Micróglia: faz fagocitose, ou seja, atua 
na defesa do T. nervoso. São 
macrófagos modificados. 
• Células Ependimárias: células 
derivadas do revestimento do tubo neural 
que revestem as cavidades internas do 
encéfalo e da medula espinhal, 
secretando o líquido cerebroespinhal 
(antes denominado cefaloraquidiano). 
ASTRÓCITO 
OLIGODENDRÓCITO 
 
P.R. ABSOLUTO 
P.R. RELATIVO 
MICRÓGLIA

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