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Insuficiência Respiratória 
 
Insuficiência Respiratória Aguda é a incapacidade instalada ao longo de horas 
ou dias, do sistema respiratório de realizar adequadamente as trocas 
gasosas. 
 
Ela pode ser do tipo 1 e 2. 
 
Lembrando que a ventilação é o ar chegando até os alvéolos e a perfusão é o 
sangue chegando até o capilar 
 
Tipo 1 (Hipoxemia PaO2 50 mmhg e PaO2pulmonares permite a entrada de ar na cavidade pleural sem uma causa 
evidente. 
Já no pneumotórax espontâneo secundário a presença de doenças 
pulmonares subjacentes leva o enfraquecimento da estrutura pulmonar e 
consequentemente a ruptura alveolar. 
 
No Pneumotórax traumático a perda de integridade pleural devido ao trauma 
torácico direto ou penetrante permitindo a comunicação entre o meio externo e 
espaço pleural. 
No pneumotórax iatrogênico procedimentos médicos invasivos podem causar 
lacerações pleurais acidentais gerando o mesmo efeito 
 
Independentemente da causa, o acúmulo de ar na cavidade pleural reduz a 
capacidade vital pulmonar levando a hipoventilação e diminuição da pressão 
alveolar de oxigênio Pa02. 
 
A extensão da disfunção respiratória depende do volume de ar acumulado e da 
reserva pulmonar do paciente. Em casos mais graves como no pneumotórax 
hipertensivo о mecanismo da válvula unidirecional faz com que o ar entre na 
cavidade pleural durante a inspiração mas impede sua saída na expiração 
levando ao acúmulo progressivo da pressão intrapleural. 
 
 Esse aumento pressórico desloca o mediastino, comprime as veias cava e 
reduz o retorno venoso ao coração prejudicando o débito cardíaco e podendo 
culminar no choque circulatório 
 
Quadro Clínico: 
 
Depende da quantidade de ar acumulada na cavidade pleural, da velocidade 
com que o ar se instala, e da capacidade pulmonar prévia do paciente. Em 
alguns casos, pode ser assintomático enquanto em outros pode evoluir com 
sintomas respiratórios graves e instabilidade hemodinâmica dentre os sinais e 
sintomas que aparecem de modo mais frequente podem ser citados: 
 
Dor torácica: súbita de início agudo e unilateral geralmente de característica 
pleurítica, pode irradiar para o ombro e dorso no lado acometido. 
 
Dispneia: leve a grave. Em indivíduos saudáveis pode ser discreta ou ausente 
em pneumotórax pequenos. Em pacientes com DPOC fibrose pulmonar ou 
outras doenças pulmonares crônicas a dispneia pode ser intensa mesmo em 
pneumotórax pequenos. 
 
Tosse seca: irritativa, não produtiva pode surgir devido ao colapso pulmonar. 
 
Sensação de opressão torácica: relatada por alguns pacientes principalmente 
em pneumotórax de maior volume. 
 
Taquipneia: como resposta compensatória à redução da ventilação. 
 
Taquicardia : presente no pneumotórax moderado grande pode indicar 
sofrimento hemodinâmico e pneumotórax hipertensivo 
 
Hipoxemia e cianose : mais frequente em pneumotórax volumosos ou em 
pacientes com doença pulmonar prévia. A cianose indica um quadro mais 
grave com queda significativa da saturação de oxigênio. 
 
Hipotensão arterial: sinal de alarme no pneumotórax hipertensivo indicando 
compressão vascular e redução do retorno venoso 
 
Desvio de mediastino (em pneumotórax hipertensivo): compressão das 
estruturas torácicas podendo causar insuficiência resp grave e choque 
circulatório. 
 
No exame físico: 
 
Inspeção: 
- Assimetria torácica com menor expansibilidade do hemitórax afetado. 
- Taquipneia e sinais de desconforto resp como uso de musculatura 
acessória 
- Cianose em casos mais graves sugerindo hipoxemia 
- Desvio de traquéia para lado oposto em pneumotórax hipertensivo 
- Sinais de instabilidade hemodinâmica como sudorese, agitação 
 
Palpação: 
- Redução ou abolição do frêmito toracovocal no lado afetado à 
interposição de ar na cavidade pleural 
- Desvio de traquéia indicando aumento da pressão intratorácica 
 
Percussão: 
- Hipertimpanismo no hemitórax afetado 
- Som normal ou submaciço no lado contralateral 
Ausculta: 
- Diminuição ou abolição do mv no lado do pneumotórax 
- Possível taquicardia 
- Sons cardíacos abafados 
 
Diagnóstico: 
 
O diagnóstico do pneumotórax é baseado em uma avaliação clínica detalhada 
associada a exame de imagem, а confirmação depende de exame de imagem 
como RX e TC em alguns casos críticos a USG beira leito pode ser utilizada 
para diagnóstico rápido 
 
RX de tórax: PA em ortostatismo 
 
- Afastamento da linha pleural visceral com ausência de trama vascular 
pulmonar periférica 
- Hipertransparência do hemitórax afetado associado à clínica 
hipertimpanismo e nos casos graves desvio do mediastino para o lado 
oposto 
TC 
 
É considerada mais sensível e específica para diagnóstico de pneumotórax 
sendo útil na UTI. A TC permite avaliação do volume de ar na cavidade pleural e 
detecção de bolhas subpleurais a TC auxilia na avaliação de lesões associadas. 
 
 
 
 
PNTX HIPERTENSIVO 
 
É uma emergência médica grave caracterizada pelo acúmulo progressivo de ar 
na cavidade pleural funcionando como válvula unidireccional permitindo a 
entrada de ar durante a inspiração mas impedindo sua saída na expiração. 
Esse mecanismo resulta em aumento da pressão intrapleural, colapso 
pulmonar completo e desvio do mediastino para o lado contralateral levando à 
compressão dos grandes vasos, diminuição do retorno venoso e 
comprometimento hemodinâmico grave, podendo evoluir para choque 
circulatório e parada cardiorrespiratória se não tratado rapidamente. 
 
Seu diagnóstico é clinico deve ser imediato sem necessidades de exames de 
imagem. 
O quadro clássico inclui dor torácica súbita, dispneia intensidade e instabilidade 
hemodinâmica como sinais evidentes 
-Taquicardia e hipotensão arterial devido à compressão dos vasos e redução 
do DC 
- Desvio da traqueia para lado oposto ao pneumotórax 
- Distensão de veia jugulares devido aumento da pressão intratorácica 
 - Redução ou abolição do MV do lado afetado 
- Hipertimpanismo à percussão indicativo de excesso d ar na cavidade pleural - 
- Cianose e sudorese intensa em casos graves sugerindo hipóxia grave 
 
PNTX ABERTO 
 
Ocorre quando há uma comunicação direta entre o meio externo e a cavidade 
pleural geralmente devido a ferimentos penetrantes na parede torácica. 
Essa abertura permite a entrada e saída de ar durante os movimentos 
respiratórios comprometendo a pressão negativa pleural e resultando em 
colapso pulmonar significativo Se a abertura for grande suficiente o ar passa 
preferencialmente pela lesão impedindo uma ventilação eficaz e levando a 
hipoxemia grave e possível evolução para pneumotórax hipertensivo seu 
diagnóstico é clínico e deve ser realizado rapidamente para evitar piora do 
quadro. 
 
Achados: 
- Ferida torácica aberta 
- Som de entrada de ar 
- Dispneia intensa 
- Hipoxemia 
- Dor torácica súbita de alta intensidade 
- Movimentos paradoxais na parede torácica 
- Diminuição do MV 
- Hipotensão arterial 
- Taquicardia 
 
Asma 
Doença heterogênea, caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas e 
limitação variável ao fluxo expiratório, reversível espontaneamente e com 
tratamento. 
Manifesta-se clinicamente por sintomas respiratórios intermitentes e 
recorrentes, que variam ao longo do tempo e em intensidade. 
 
 
 
Epidemiologia: 
- 1 a 18% da população mundial aproximadamente 
 
Manifestações Clínicas: 
Episódios recorrentes de: 
 
-Sibilância 
-Dispneia 
-Opressão torácica 
-Tosse 
 
Paciente fica assintomático ou oligossintomático nos períodos intercríticos 
 
Piora a noite ou no início da manhã 
 
Principais fatores desencadeantes: 
- Alérgenos ambientais ou ocupacionais 
- Exposição a irritantes 
- Drogas 
- Alterações climáticas, exposição ao ar frio, alterações emocionais e 
exercícios. 
 
Etiofisiopatologia: 
Fatores do hospedeiro e do ambiente: Inflamação das vias aéreas (mais 
frequentemente eosinofílica, porém pode ser também neutrofílica, mista ou 
paucigranulocitica). o que leva a: 
- Redução do calibre das vias aéreas 
- Hiperresponsividade brônquica 
- Remodelamento da via aérea 
 
Fenótipos da asma: 
Asma alérgica (principal fenótipo) 
Asma nao alergica 
Asma de início tardio 
Asma e obesidade 
Asma com limitação fixa ao fluxo aéreo 
 
 
 
Diagnóstico: 
- Presença de sinais e sintomas compatíveis com a doença, incluindo 
variação clínica. 
- Sempre que possível, nas provas de função pulmonar e avaliação de 
componente de alergia. 
Apesarde ser a principal forma de definir e comprovar a obstrução variável ao 
fluxo expiratório, a prova de função pulmonar NÃO É OBRIGATÓRIO para o 
diagnóstico de asma. 
 
Exames complementares: 
Espirometria: 
A asma é um distúrbio obstrutivo com resposta broncodilatadora positiva: 
- Limitação do fluxo de ar nas vias respiratórias: VEF1/CVF ou 
igual 200ml e > ou igual a 12%. 
 
Outros exames funcionais: 
Teste de broncoprovocação: 
Se negativo, exclui asma. 
Se positivo, não significa necessariamente asma. 
 
Pico de fluxo expiratório -PFE 
Se espirometria nao disponivel, considerar asma se aumento de PFE > ou igual 
20% com BD (crianças > ou igual 15%) 
 
Diagnóstico Diferencial: 
DPOC, que é uma doença também crônica mas diferente da asma, ou DPOC é 
progressiva e não tem reversibilidade da obstrução e nem resposta ao 
corticóide inalado. 
Tromboembolismo Pulmonar 
Derrame Pleural 
DPOC 
PAC

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