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RESUMO APG SOI II

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Tireóide
 • Localização: glândula endócrina localizada na região anterior do pescoço, inferior à laringe e anterior à traqueia.
 • Forma: em “borboleta”, composta por dois lobos laterais (direito e esquerdo) unidos por uma faixa estreita chamada 
ístmo.
 • Em algumas pessoas pode apresentar um pequeno prolongamento superior chamado lobo piramidal.
 • Histologia (segundo Tortora):
 • Constituída por folículos tireoidianos, que são esferas delimitadas por uma camada de células epiteliais simples 
(células foliculares).
 • No interior de cada folículo há o coloide, rico em tireoglobulina (precursor dos hormônios tireoidianos T3 e T4).
 • Células foliculares → produzem tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).
 • Células parafoliculares (ou C-células) → localizadas entre os folículos, secretam calcitonina, hormônio que regula os 
níveis de cálcio no sangue.
Paratireoides
 • Localização: geralmente quatro pequenas glândulas (dois pares), situadas na face posterior da glândula tireóide, 
inseridas no tecido conjuntivo ou na cápsula que reveste a tireoide.
 • Histologia (segundo Tortora):
 • Revestidas por cápsula de tecido conjuntivo.
 • Constituídas principalmente por dois tipos celulares:
 • Células principais (ou principais da paratireoide): produzem o hormônio paratireoideano (PTH), fundamental para o 
metabolismo do cálcio e fósforo.
 • Células oxífilas: função ainda pouco compreendida, mas importantes em exames histológicos para diferenciar a 
glândula.
Identificação anatômica em resumo
 • Tireóide: dois lobos laterais, ístmo, lobo piramidal (variável), localizada diante da traqueia.
 • Paratireoides: pequenas, geralmente quatro, na parte posterior da tireóide, de difícil identificação macroscópica sem 
dissecação cuidadosa.
ANATOMIA DA TIREOIDE E DAS PARATIREOIDES
Hyoid bone
Thyroid 
cartilage
Isthmus of 
the thyroid
Trachea
Common 
carotid 
arteries
Superior 
thyroid 
artery
Larynx Parathyroid 
glands
Left thyroid 
gland
Trachea
Right thyroid 
gland
M
↳
↑
#
1. Importância fisiológica
O cálcio é essencial para:
 • Excitabilidade neuromuscular (contração muscular, condução nervosa).
 • Coagulação sanguínea.
 • Ativação de enzimas intracelulares.
 • Formação e manutenção de ossos e dentes (como fosfato de cálcio/hidroxiapatita).
2. Homeostasia do cálcio
O corpo mantém a concentração plasmática de cálcio entre 9–11 mg/100 mL de sangue por meio da ação 
integrada de três hormônios principais:
a) Paratormônio (PTH) – das glândulas paratireoides
 • Estímulo: queda dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia).
 • Ações:
 • Estimula osteoclastos → aumenta reabsorção óssea, liberando Ca²⁺ para o sangue.
 • Aumenta a reabsorção de Ca²⁺ nos túbulos renais → reduz a excreção urinária.
 • Estimula os rins a produzirem calcitriol (forma ativa da vitamina D).
b) Calcitriol (1,25-di-hidroxivitamina D₃) – produzido nos rins a partir da vitamina D
 • Estímulo: produção estimulada pelo PTH.
 • Ações:
 • Aumenta a absorção intestinal de cálcio (e fósforo).
 • Colabora para a mineralização óssea, mas quando em excesso também pode favorecer reabsorção.
c) Calcitonina – produzida pelas células C da tireóide
 • Estímulo: aumento do cálcio no sangue (hipercalcemia).
 • Ações:
 • Inibe atividade dos osteoclastos → reduz a reabsorção óssea.
 • Estimula osteoblastos e depósito de cálcio nos ossos.
 • Favorece a redução do cálcio sérico.
METABOLISMO DO CÁLCIO 
3. Equilíbrio entre ossos, rins e intestino
 • Ossos: principal reservatório de cálcio (99% do total do corpo).
 • Intestino: absorção regulada principalmente pelo calcitriol.
 • Rins: controlam excreção e reabsorção de cálcio, regulados por PTH e calcitriol.
4. Esquema resumido (Tortora)
 • Cálcio baixo no sangue → PTH ↑ → (ossos, rins, intestino) → Ca²⁺ sobe.
 • Cálcio alto no sangue → Calcitonina ↑ → deposição óssea → Ca²⁺ baixa.
🧬
 Efeitos fisiológicos do PTH – Segundo Tortora
1. Sobre os ossos
 • Estimula a atividade dos osteoclastos → aumenta a reabsorção óssea.
 • Resultado: liberação de cálcio (Ca²⁺) e fosfato (PO₄³⁻) do tecido ósseo para o sangue.
2. Sobre os rins
 • Aumenta a reabsorção renal de Ca²⁺ → menos cálcio é perdido na urina.
 • Diminui a reabsorção de fosfato → aumenta a excreção de fosfato na urina.
 • Isso evita que o excesso de fosfato liberado dos ossos se combine com o cálcio no plasma, 
mantendo o cálcio livre disponível.
3. Sobre a vitamina D (calcitriol)
 • Estimula os rins a converterem a vitamina D inativa em calcitriol (sua forma ativa).
 • O calcitriol aumenta a absorção intestinal de cálcio, magnésio e fosfato.
4. Efeito final
 • Ação coordenada para elevar a concentração de cálcio no sangue (hipercalcemiante).
 • Contribui também para manter o fósforo em equilíbrio, evitando precipitação com cálcio.
Esquema rápido (Tortora)
👉
 Baixo Ca²⁺ plasmático → paratireoides liberam PTH → (ossos ↑ liberação de Ca²⁺ + 
rins ↑ reabsorção de Ca²⁺ + calcitriol ↑ absorção intestinal) → Ca²⁺ sérico sobe.
efeitos fisiológicos do hormônio das paratireoides (PTH – paratormônio)
EMBRIOLOGIA DA TIREOIDE 
6. Resumo cronológico (Moore, 11ª ed.)
Semana Evento principal
4ª Formação do divertículo tireoidiano (endoderma do assoalho da faringe).
5ª–7ª Migração e formação do ducto tireoglosso; chegada à região cervical 
anterior.
8ª–10ª Formação dos folículos e início da vascularização.
10ª–12ª Início da síntese hormonal (T₃ e T₄).
Após 
12ª Plena funcionalidade e regressão do ducto tireoglosso.
1. Início do desenvolvimento
A glândula tireoide é o primeiro órgão endócrino a se formar no embrião humano.
O desenvolvimento começa por volta da 4ª semana de vida embrionária, a partir de um 
espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva, entre os arcos faríngeos 
primeiro e segundo.
Essa região corresponde, no adulto, ao forame cego, localizado na base da língua.
2. Formação e migração
A partir desse espessamento endodérmico, forma-se um divertículo tireoidiano (ou 
evaginação mediana), que cresce inferiormente no pescoço.
Esse divertículo mantém ligação temporária com a língua por meio do ducto tireoglosso.
Durante a migração, a tireoide passa anteriormente ao osso hióide e às cartilagens 
laríngeas, chegando à sua posição definitiva anterior à traqueia por volta da 7ª 
semana.
O ducto tireoglosso normalmente degenera, restando apenas o forame cego como 
vestígio.
3. Diferenciação celular
O epitélio endodérmico do divertículo tireoidiano forma cordões sólidos de células 
que mais tarde se transformam em folículos tireoidianos.
As células foliculares originam-se do endoderma e são responsáveis pela síntese 
dos hormônios tireoidianos (T₃ e T₄).
As células parafoliculares (ou células C) derivam das células da crista neural, que 
migram para o corpo último branquial da quarta bolsa faríngea.
Essas células produzem calcitonina, hormônio que reduz os níveis de cálcio no 
sangue.
4. Início da função hormonal
Por volta da 10ª a 12ª semana de desenvolvimento, a glândula começa a acumular coloide 
nos folículos e a sintetizar hormônios tireoidianos.
A atividade funcional plena ocorre no segundo trimestre, sendo essencial para o 
crescimento somático e o desenvolvimento neurológico fetal.
5. Anomalias do desenvolvimento
Segundo Moore:
Tireoide lingual: ocorre quando a glândula não migra de sua origem na base da língua.
Tireoide ectópica: tecido tireoidiano ao longo do trajeto do ducto tireoglosso.
Cisto ou fístula do ducto tireoglosso: persistência parcial ou total do ducto, podendo formar 
estruturas císticas.
Agenesia ou hemiagenesia da tireoide: ausência completa ou parcial da glândula, podendo 
causar hipotireoidismo congênito.
T3, T4, TSH, TRH
 
🧠
 
⚖
 
Hormônios da Tireoide e seu Controle
1. T₃ (Triiodotironina) e T₄ (Tiroxina)
Origem e secreção
São hormônios tireoidianos produzidos pelas células foliculares da glândula tireoide.
A produção ocorre a partir do aminoácido tirosina e do iodo (elemento essencial 
captado da corrente sanguínea).
A tireoide secreta maior quantidadede T₄, mas T₃ é o mais ativo metabolicamente 
(cerca de 3 a 4 vezes mais potente).
No sangue, boa parte de T₄ é convertida em T₃ nos tecidos-alvo.
Funções principais:
Aumentam a taxa metabólica basal (TMB): aceleram o consumo de oxigênio e a 
produção de energia nas células.
Estimulação do metabolismo celular: aumentam a síntese de proteínas, gliconeogênese 
e lipólise.
Crescimento e desenvolvimento: essenciais para o crescimento normal e maturação do 
sistema nervoso em fetos e crianças.
Efeitos sobre o sistema cardiovascular: aumentam a frequência cardíaca, 
contratilidade e débito cardíaco.
Efeitos sobre o sistema nervoso: mantêm a excitabilidade e a velocidade de condução 
dos impulsos nervosos.
2. TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide)
Origem
Produzido pela adenohipófise (lobo anterior da hipófise).
Função 
Estimula a síntese e secreção de T₃ e T₄ pelas células foliculares da tireoide.
Atua promovendo:
Captação de iodo pelas células foliculares.
Síntese de tireoglobulina (proteína precursora dos hormônios).
Liberação de T₃ e T₄ na corrente sanguínea.
*Altos níveis de TSH aumentam o metabolismo tireoidiano, podendo causar hipertrofia da glândula (bócio).
3. TRH (Hormônio Liberador de TSH)
Origem
Produzido pelo hipotálamo, especificamente nos núcleos paraventriculares.
Função segundo Tortora:
Estimula a hipófise anterior a liberar TSH.
Atua como o primeiro elo do eixo hipotálamo–hipófise–tireoide (HHT).
O TRH também pode estimular a liberação de prolactina em menor grau.
Mecanismo de Controle (Feedback negativo)
Segundo Tortora, o eixo funciona assim:
Baixo nível de T₃ e T₄ no sangue → estimula o hipotálamo a liberar TRH.
TRH → estimula a hipófise anterior a secretar TSH.
TSH → estimula a tireoide a produzir e liberar T₃ e T₄.
Aumento dos níveis de T₃ e T₄ → inibe o TRH e o TSH (mecanismo de retroalimentação negativa).
Esse sistema mantém o equilíbrio hormonal (homeostase) e o metabolismo corporal estável.
3. TRH (Hormônio Liberador de TSH)
Origem
Produzido pelo hipotálamo, especificamente nos núcleos paraventriculares.
Função segundo Tortora:
Estimula a hipófise anterior a liberar TSH.
Atua como o primeiro elo do eixo hipotálamo–hipófise–tireoide (HHT).
O TRH também pode estimular a liberação de prolactina em menor grau.
TRH, MECANISMO DE CONTROLE 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TIREÓIDE
.
4. Importância fisiológica (segundo Tortora)
O eixo HHT coordena a atividade metabólica do organismo.
Garante a adaptação ao frio, crescimento corporal normal e maturação do sistema nervoso.
Disfunções nesse eixo podem causar:
Hipotireoidismo (baixa produção de T₃/T₄).
Hipertireoidismo (excesso de T₃/T₄).
Bócio (aumento da tireoide por excesso de TSH).
1. Estrutura geral do eixo
O eixo hipotálamo–hipófise–tireoide é um mecanismo neuroendócrino de controle da produção e 
liberação dos hormônios tireoidianos (T₃ e T₄).
Ele envolve três níveis de regulação hormonal interligados:
Hipotálamo – secreta TRH (hormônio liberador de tireotropina).
Adenohipófise (lobo anterior da hipófise) – secreta TSH (hormônio estimulante da tireoide).
Tireoide – produz os hormônios T₃ (triiodotironina) e T₄ (tiroxina).
2. Mecanismo de funcionamento
Etapa 1 – Estímulo inicial
Quando os níveis sanguíneos de T₃ e T₄ estão baixos, o hipotálamo detecta essa redução por meio de receptores 
sensoriais e libera TRH.
Etapa 2 – Ação da TRH
A TRH é liberada na rede de vasos do sistema porta hipotalâmico-hipofisário, chegando à adenohipófise (lobo 
anterior da hipófise).
➡
 Lá, ela estimula as células tireotrópicas a secretarem TSH.
Etapa 3 – Ação do TSH
O TSH (tireotropina) viaja pela corrente sanguínea até a glândula tireoide, onde:
Aumenta a captação de iodo pelas células foliculares.
Estimula a síntese da tireoglobulina, proteína precursora de T₃ e T₄.
Aumenta a liberação de T₃ e T₄ para o sangue.
Etapa 4 – Ação dos hormônios tireoidianos
Os hormônios T₃ e T₄ atingem praticamente todas as células do corpo, onde:
Elevam a taxa metabólica basal.
Estimulam a produção de ATP e a síntese proteica.
Regulam crescimento e desenvolvimento (especialmente do sistema nervoso).
3. Feedback negativo (retroalimentação)
Segundo Tortora, o controle é feito por feedback negativo:
Altos níveis de T₃ e T₄ no sangue inibem tanto a liberação de TRH pelo hipotálamo quanto a liberação de 
TSH pela hipófise.
Baixos níveis de T₃ e T₄ estimulam novamente o eixo, reiniciando o ciclo.
🔁
 Esse mecanismo mantém os níveis hormonais dentro de uma faixa normal, preservando a homeostase 
metabólica

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