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RESUMO APG SOI II

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MORFOFISIOLOGIA DOS MM II
1. OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES
Segundo o Tortora, os ossos dos MMIl são mais grossos e fortes que os dos membros 
superiores, pois suportam peso corporal e possibilitam locomoção.
Principais ossos:
Quadril (ílio, ísquio, púbis): forma a articulação do quadril.
Fêmur: maior e mais forte osso do corpo; articula-se com o quadril e a tíbia.
Patela: osso sesamoide, protege a articulação do joelho e aumenta a eficiência do 
quadríceps.
Tíbia: principal osso da perna, suporta o peso.
Fíbula: mais delgada, estabiliza a articulação do tornozelo.
Pé: composto por 26 ossos (7 tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges), fundamentais para 
equilíbrio e marcha.
Função morfofisiológica: sustentação, locomoção, alavanca para movimentos, além de 
absorção de impacto.
2. ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES
Principais articulações:
Quadril (coxofemoral): sinovial esferoide (bola e soquete). Permite ampla mobilidade 
(flexão, extensão, abdução, adução, rotação).
Joelho: sinovial do tipo gínglimo modificada. Une fêmur, tíbia e patela.
Movimentos de flexão, extensão e rotação discreta.
Tíbio-fibulares: superior (sinovial plana) e inferior (sindesmose). Garantem estabilidade 
ao tornozelo.
Tornozelo (tibiotársica): sinovial gínglimo; movimentos de dorsiflexão e flexão plantar.
Articulações do pé (tarsometatársicas, metatarsofalângicas, interfalângicas):
permitem adaptação do pé ao solo, equilíbrio e propulsão na marcha.
Função morfofisiológica: proporcionar mobilidade controlada com grande estabilidade, 
essencial para suportar peso e movimentar o corpo.
3. MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES
Grupos principais:
Cintura pélvica e quadril:
Glúteos (máximo, médio, mínimo) - extensão e abdução do quadril.
Iliopsoas → flexão do quadril.
Adutores → adução da coxa.
Coxa:
Região anterior (quadríceps femoral, sartório) → extensão do joelho, flexão do quadril.
Região posterior (isquiotibiais: bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo) → 
extensão do quadril e flexão do joelho.
Região medial (adutores, grácil, pectíneo) → adução.
Perna:
Região anterior (tibial anterior, extensores dos dedos) - dorsiflexão.
Região posterior (gastrocnêmio, sóleo, tibial posterior) → flexão plantar.
Região lateral (fibulares) → eversão do pé.
Pé: músculos intrínsecos → estabilizam o arco plantar e auxiliam em movimentos finos dos 
dedos.
Função morfofisiológica: permitem movimento, postura, marcha, corrida e salto, além de 
estabilizar articulações e manter o equilíbrio.
4. RESUMO FUNCIONAL (Morfofisiologia)
Ossos → suporte de peso, alavancas de movimento, proteção parcial.
Articulações → mobilidade estável, sustentação e distribuição de cargas.
Músculos → geram movimento, absorvem impacto, mantêm postura e permitem locomoção.
Em conjunto, a morfofisiologia dos MMIl garante ao corpo suporte, equilíbrio e capacidade de 
locomoção, adaptando-se tanto a movimentos finos (pél dedos) quanto a grandes 
deslocamentos (marcha, corrida, salto).
IMPACTO DO EXERCÍCIO NO OSSO
1. Conceito central: remodelação óssea
O osso é um tecido dinâmico e mecanossensível. Ele se adapta aos estímulos 
mecânicos por meio da lei de Wolff, que afirma que a estrutura óssea se 
remodela de acordo com as cargas aplicadas.
Osteoblastos (células formadoras de osso) e osteoclastos (células 
reabsorvedoras) trabalham em equilíbrio.
O exercício físico gera microestresses mecânicos → ativam mecanorreceptores 
nos osteócitos → aumentam a formação de matriz óssea.
2. Exercício e aumento da densidade mineral óssea
Segundo Guyton & Hall, a tração muscular e a compressão gravitacional 
estimulam a deposição de sais de cálcio e o fortalecimento das trabéculas ósseas.
Exercícios com impacto (corrida, saltos, musculação) aumentam a densidade 
mineral óssea, principalmente em coluna lombar, quadril e ossos longos.
Treino resistido estimula hipertrofia muscular e reforço das inserções ósseas.
Esse efeito é protetor contra osteoporose.
3. Prevenção de osteoporose e fraturas
De acordo com Kisner & Colby, indivíduos ativos mantêm maior pico de 
massa óssea até os 30 anos e perdem menos densidade após a menopausa/ 
envelhecimento.
Exercício regular reduz risco de fraturas de quadril em idosos.
A prática é ainda mais eficaz se associada a nutrição adequada (cálcio e 
vitamina D).
4. Tipos de exercício e impacto
ósseo
Alto impacto: corrida, saltos → maior estímulo osteogênico.
Resistido: musculação → aumenta densidade e força óssea.
Baixo impacto: natação e ciclismo → melhoram condicionamento, mas pouco 
influenciam a densidade óssea.
Alongamento e equilíbrio: não aumentam massa óssea, mas reduzem quedas e, 
indiretamente, o risco de fraturas.
5. Efeitos clínicos reconhecidos
Segundo Harrison's Internal Medicine:
Exercício é medida preventiva e terapêutica em osteopenia/ osteoporose.
Favorece melhor alinhamento postural e distribuição de cargas.
Ajuda no tratamento de doenças metabólicas ósseas e recuperação após fraturas.
Resumo prático:
O exercício físico, especialmente o resistido e com impacto, fortalece o osso, aumenta a 
densidade mineral, previne osteoporose e fraturas, e melhora a qualidade estrutural do 
esqueleto, por meio da remodelação óssea guiada pela lei de Wolff.
TECIDO CARTILAGINOSO (histologia)
1. Estrutura histológica do tecido cartilaginoso
Células principais:
Condroblastos → células jovens, localizadas na periferia da cartilagem (próximas ao pericôndrio). Produzem 
matriz extracelular.
Condrócitos → células maduras, localizadas em lacunas na matriz.
Mantêm a matriz e podem estar isolados ou em grupos isógenos.
Matriz extracelular:
Rica em colágeno tipo Il (nas cartilagens hialinas), fibras elásticas (na elástica) ou colágeno tipo I (na 
fibrosa).
Possui ainda proteoglicanos (agrecana) e grande quantidade de água, o que garante elasticidade e resistência 
à compressão.
• Pericôndrio:
Camada de tecido conjuntivo denso que envolve a cartilagem (exceto na cartilagem articular e fibrosa). 
Possui células progenitoras que podem se diferenciar em condroblastos → fundamental para a regeneração.
2. Nutrição e metabolismo
O tecido cartilaginoso é avascular.
A nutrição ocorre por difusão de nutrientes a partir dos capilares do pericôndrio e do líquido 
sinovial (na cartilagem articular).
Isso limita a taxa metabólica e explica a recuperação lenta.
3. Capacidade de regeneração
• Baixa capacidade de recuperação, porque:
É avascular, logo a chegada de nutrientes e células reparadoras é limitada.
Os condrócitos maduros têm baixa atividade mitótica.
A matriz densa dificulta a migração celular.
Quando ocorre lesão:
Se superficial e pequena, pode haver regeneração parcial, graças ao pericôndrio (condrogênese por 
diferenciação de células progenitoras).
Se profunda, geralmente a reparação se dá por tecido conjuntivo fibroso, e não por cartilagem verdadeira 
→ isso prejudica a função.
5. Aplicações clínicas
Lesões de cartilagem articular (como no joelho) cicatrizam muito 
mal.
Por isso, muitas vezes evoluem para degeneração progressiva → 
osteoartrite.
Tratamentos modernos incluem transplantes de condrócitos 
cultivados ou biomateriais que estimulam regeneração.
MORFOFISIOLOGIA DO MMSS 
Ombro
Anatomia (Morfologia)
 • Ossos envolvidos: clavícula, escápula e úmero.
 • Articulações principais:
 • Glenoumeral (escápula x úmero) → multiaxial, tipo esferoide.
 • Acromioclavicular (acromio x clavícula).
 • Esternoclavicular (clavícula x esterno).
 • Escapulotorácica (falsa articulação, deslizamento da escápula sobre a caixa 
torácica).
 • Músculos do manguito rotador:
 • Supraespinal → abdução inicial.
 • Infraespinal e redondo menor → rotação lateral.
 • Subescapular → rotação medial.
→ Estabilizam a cabeça do úmero na cavidade glenoidal.
 • Outros músculos importantes: deltóide (abdução > 15°), peitoral maior, grande 
dorsal, trapézio, romboides, serrátil anterior.
 • Vascularização: principalmente pela artéria axilar (e seus ramos).
 • Inervação: plexo braquial (nervos axilar, supraescapular, subescapular, torácico 
longo).
Fisiologia
 • Movimentode ampla amplitude: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial/
lateral, circundução.
 • A articulação é estável graças ao manguito rotador, ligamentos e lábio glenoidal.
 • A biomecânica escapuloumeral garante que, a cada 3° de abdução do braço, 2° vêm 
do úmero e 1° da rotação da escápula.
Antebraço
Anatomia (Morfologia)
 • Ossos: rádio (lateral) e ulna (medial).
 • Articulações:
 • Rádio-ulnar proximal → permite pronação e supinação.
 • Rádio-ulnar distal → estabiliza movimentos do punho.
 • Interóssea (membrana interóssea) → une rádio e ulna.
 • Compartimentos musculares:
 • Anterior (flexor/pronador): flexores dos dedos, punho e pronadores. Inervados principalmente 
pelo nervo mediano.
 • Posterior (extensor/supinador): extensores dos dedos, punho e supinador. Inervados pelo nervo 
radial.
 • Músculos chave:
 • Pronador redondo e quadrado (pronação).
 • Supinador e bíceps braquial (supinação).
 • Flexor radial/ulnar do carpo, palmar longo, extensores radial/ulnar do carpo (movimentos do 
punho).
 • Flexores superficiais/profundos e extensores dos dedos (movimento dos dedos).
 • Vascularização: artérias radial e ulnar.
 • Inervação: nervo radial (posterior), mediano e ulnar (anterior).
Fisiologia
 • Funções principais: flexão/extensão do punho, movimentos finos dos dedos, pronação/supinação.
 • A supinação é mais forte que a pronação (graças ao bíceps braquial).
 • A coordenação dos músculos extensores e flexores permite firmeza de preensão e destreza 
manual.
BIOMECÂNICA DO OMBROOmbro
Anatomia (Morfologia)
 • Ossos envolvidos: clavícula, escápula e úmero.
 • Articulações principais:
 • Glenoumeral (escápula x úmero) → multiaxial, tipo esferoide.
 • Acromioclavicular (acromio x clavícula).
 • Esternoclavicular (clavícula x esterno).
 • Escapulotorácica (falsa articulação, deslizamento da escápula sobre a caixa torácica).
 • Músculos do manguito rotador:
 • Supraespinal → abdução inicial.
 • Infraespinal e redondo menor → rotação lateral.
 • Subescapular → rotação medial.
→ Estabilizam a cabeça do úmero na cavidade glenoidal.
 • Outros músculos importantes: deltóide (abdução > 15°), peitoral maior, grande dorsal, trapézio, 
romboides, serrátil anterior.
 • Vascularização: principalmente pela artéria axilar (e seus ramos).
 • Inervação: plexo braquial (nervos axilar, supraescapular, subescapular, torácico longo).
Fisiologia
 • Movimento de ampla amplitude: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial/lateral, 
circundução.
 • A articulação é estável graças ao manguito rotador, ligamentos e lábio glenoidal.
 • A biomecânica escapuloumeral garante que, a cada 3° de abdução do braço, 2° vêm do úmero e 1° 
da rotação da escápula.
Biomecânica do Ombro 
1. Estrutura geral
 • O ombro corresponde ao complexo articular do cíngulo do membro superior, formado por 
clavícula, escápula e úmero.
 • As principais articulações citadas por Tortora são:
 • Esternoclavicular (esterno x clavícula)
 • Acromioclavicular (acromio x clavícula)
 • Glenoumeral (escápula x úmero)
 • Movimento escapulotorácico (não é anatômica verdadeira, mas fundamental na biomecânica).
Essas articulações trabalham de forma integrada, o que explica a grande amplitude de 
movimento do ombro.
2. Articulação glenoumeral
 • É a principal articulação do ombro, sinovial esferoide (esferoidal/diartrose).
 • A cavidade glenoidal é rasa, mas ampliada pelo lábio glenoidal → aumenta a congruência articular.
 • A estabilidade vem mais dos músculos do manguito rotador do que de estruturas ósseas.
Movimentos possíveis (segundo Tortora):
 • Flexão / Extensão
 • Abdução / Adução
 • Rotação medial / lateral
 • Circundução
3. Ritmo escapuloumeral
Tortora enfatiza o conceito de movimento combinado:
 • Durante a abdução do braço, para cada 2° de movimento glenoumeral, ocorre 1° de rotação 
superior da escápula → proporção 2:1.
 • Esse mecanismo, chamado de ritmo escapuloumeral, é essencial para permitir elevação completa do 
braço (até 180°).
4. Participação das outras articulações
 • Esternoclavicular → permite deslocamento da clavícula para frente, trás, cima e baixo → ajusta a 
posição da escápula.
 • Acromioclavicular → possibilita pequenos movimentos de rotação e deslizamento da escápula.
 • Escapulotorácica → garante que a escápula deslize e rode sobre a caixa torácica, facilitando a 
mobilidade do úmero.
5. Função muscular
Segundo Tortora:
 • Deltóide: principal abdutor após 15°.
 • Manguito rotador (supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor): estabiliza a cabeça 
do úmero.
 • Trapézio e serrátil anterior: fundamentais para rotação superior da escápula durante elevação do 
braço.
 • Peitoral maior e grande dorsal: adução e rotação medial.

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