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1 
Bacia hidrográfica do Paraná 3: Córrego Agua da Esperança 1 
 2 
Ereton Krupiniski
1
, Gustavo Rodrigo Knoor
1
, Iuri Gustavo Schneider Cassimiro
1
, Mateus 3 
Takao Hiratomi
1
, Paulo Henrique Silva de Lima
1
 e Carlos Roberto Moreira
2
 4 
 5 
Resumo: A Bacia Hidrográfica do Paraná III corresponde a totalidade da área de drenagem 6 
dos afluentes pertencentes ao território paranaense que lançam suas aguas diretamente no Rio 7 
Paraná (lago de Itaipu) com área total de 8389 quilômetros quadrados. A água, o bem mais 8 
precioso que existe, dependemos dela para tudo, desde cozinhar alimentos, regar plantações e 9 
até mesmo para gerar nossa energia elétrica. Neste trabalho analisamos um córrego que passa 10 
perto da cidade de Diamante D’Oeste, o Agua da Esperança. Por estar perto da cidade e 11 
passar na beira de bairros, ele sofre com alguns problemas criados pela urbanização 12 
desenfreada, como o lixo em suas encostas, assoreamento de suas margens causado pela falta 13 
da mata ciliar e poluição decorrente do esgoto sem tratamento. Por meio de material 14 
fotográfico, constatamos os maiores problemas que atingem o córrego chegamos a algumas 15 
conclusões de possíveis soluções. Analisamos também a Resolução Conama, aonde citamos 16 
as leis que em nosso ponto de vista são aplicáveis na atual situação do Córrego. Acreditamos 17 
também que a falta de iniciativa das autoridades responsáveis também é responsável por 18 
tamanho descuido do córrego que passa perto da área urbana, a falta de planejamento, 19 
investimento e falta educação ambiental para a população são os principais fatores que 20 
contribuíram para a poluição do córrego. Precisamos de medidas urgentes para que todos 21 
saibam que devemos preservar o meio ambiente e devemos começar pelo que temos em nossa 22 
volta. 23 
Palavras-chave: Bacia hidrográfica, poluição, meio ambiente, legislação. 24 
 25 
Parana watershed 3: Agua da Esperança stream 26 
 27 
Abstract: The Paraná River Basin III corresponds to the total drainage area of the tributaries 28 
belonging to the Paraná state that throw their waters directly into the Paraná River (Itaipu 29 
Lake) with a total area of 8389 square kilometers. Water, the most precious commodity there 30 
is, we depend on it for everything from cooking food, watering crops and even generating our 31 
electricity. In this work, we analyze a stream that passes in the city of Diamante D’Oeste, the 32 
Agua da Esperança. Being inside the city and passing within neighborhoods, he suffers from 33 
some problems created by unbridled urbanization, such as garbage on his slopes, silting up his 34 
banks caused by the lack of riparian forest and pollution from untreated sewage. By means of 35 
photographic material, we verified the major problems that reach the creek we arrived at some 36 
conclusions of possible solutions. We also analyze the Conama Resolution, where we mention 37 
the laws that in our point of view are applicable in the current situation of stream. We also 38 
believe that the lack of initiative of the responsible authorities is also responsible for the lack 39 
of creek oversight that passes within the urban area; lack of planning, investment and lack of 40 
environmental education for the population are the main factors that contributed to stream 41 
pollution. We need urgent measures for all to know that we must preserve the environment 42 
and we must start with what we have around us. 43 
Key words: Hydrographic Basin, Pollution, environment, legislation. 44 
 
1
 Acadêmicos do Curso de Agronomia Centro Universitário Faculdade Assis Gurgacz - FAG. 
2
 Engenheiro Agrícola. Doutor em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista. Professor do 
Curso de Agronomia do Centro Universitário Assis Gurgacz – PR. crmoreira3@fag.edu. 
 
 
2 
 45 
 46 
Introdução 47 
 48 
Este trabalho foi realizado na cidade de Diamante D’Oeste, no oeste do estado do 49 
Paraná, latitude: 24° 56’ 31’’ S, longitude: 54° 05’ 42’’ W. O foco principal é o estudo da 50 
Bacia do Rio Paraná 3, em especifico o Córrego Agua da Esperança, localizado na região 51 
oeste da cidade. Ele é afluente do Rio São Francisco falso, também localizado em Diamante 52 
D’oeste. 53 
Dando uma introdução ao assunto, iremos citar o Sistema Nacional de Recursos 54 
Hídricos, que foi criado com o intuito de auxiliar o estudo e cuidado de nossas águas, o bem 55 
mais precioso e essencial que existe. O sistema foi criado pela Lei Federal 9433/1997 que 56 
colocou em prática a Politica de Recursos Hídricos, em nosso estado usamos a Lei Estadual 57 
12726/1999 com modificações feitas pela Lei 16242/2009 que determina a gestão dos 58 
recursos hídricos deve ser descentralizada e participativa, feita pelos Comitês de bacias. Mas 59 
o que são os Comitês de bacias são organismos colegiados que fazem parte do Sistema 60 
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e existem desde 1988 aqui no Brasil. Sua 61 
composição deve ser diversificada para que todos os setores e classes da sociedade estejam 62 
presentes e possam tomar decisões cabíveis a todos os interessados. Suas principais funções 63 
são aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia, arbitrar conflitos pelo uso da água e 64 
sugerir mecanismos de cobrança pelo uso da água, entre outras ações que podem ser tomadas. 65 
O Córrego Agua da esperança passa na divisa de uma área urbanizada e sofre com 66 
alguns problemas gerados pela poluição da cidade, como esgoto sem tratamento, 67 
desmatamento das matas ciliares, assoreamento de suas margens, resíduos sólidos entre outros 68 
problemas que podemos visualizar. 69 
 Com auxilio de material fotográfico, iremos analisar a situação atual do rio citado à 70 
cima e descrever os problemas encontrados. Também utilizaremos a Resolução Conama, Lei 71 
federal 12305/2010 de resíduos sólidos, código florestal 4771/1965 o no novo código florestal 72 
12651/2012 relacionado á mata ciliar e desmatamento e por ultimo a Resolução Conama 73 
357/2005 de esgoto doméstico. 74 
 Segundo Santos (2004) A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está 75 
diretamente relacionada com os processos de industrialização e a consequente urbanização da 76 
humanidade. Esses são os dois fatores contemporâneos que podem explicar claramente os 77 
atuais índices de poluição, principalmente, porque o desenvolvimento vem se efetivando em 78 
 
 
3 
detrimento ao meio ambiente, sem um planejamento adequado ou uma política de crescimento 79 
sustentável. 80 
 A poluição da água, além de prejudicar e comprometer a sobrevivência de vegetais e 81 
animais provoca também graves consequências à saúde do ser humano, em razão do consumo 82 
de água de má qualidade, havendo sempre o risco de contrair várias doenças provocadas por 83 
parasitas, que podem levar à morte (VIEIRA, 2009). 84 
 Para Azevedo (2007), Com o planejamento territorial, podem-se designar espaços que 85 
venham a receber áreas industriais, hospitalares, residenciais, de despejos de resíduos, etc., 86 
diminuindo danos das pessoas ao ambiente e evitando que o meio possa oferecer riscos à 87 
saúde das pessoas. Reduz-se a possibilidade da contaminação de corpos d’água pela 88 
proximidade de lixões e de por despejo de esgoto e lixo – caso especialmente comum quando 89 
há ocupações irregulares. Previnem-se situações de emergência, e mitigam-se ou excluem-se 90 
os danos causados por essas situações. Economiza-se dinheiro, além de se evitar transtornos, 91 
perdas materiais e até de vidas humanas. 92 
 93 
 94 
 95 
Material e Métodos 96 
 97 
Foram escolhidos vários pontos para a coleta do material fotográfico do córrego, o 98 
primeiro na divisa com a cidade de Diamante D’Oeste onde ocorre a sua nascente, e os outros 99 
próximos a localidades rurais que fazem divisa com o córrego, também em Diamante 100 
D’Oeste. Com base naspesquisas feitas e com o material recolhido vamos fazer uma análise 101 
da situação atual do córrego em destaque. 102 
O Agua da Esperança recebe grandes quantidades de resíduos próximos a sua nascente 103 
que faz divisa com a cidade e também sofre com quantidades consideráveis de assoreamento, 104 
a turbidez da água e falta de vida aquática é um alerta para o problema que está sendo causado 105 
a esse córrego. Falta de vida é falta de oxigênio, vamos apontar alguns problemas que 106 
encontramos. 107 
Com base na análise das fotos e nas pesquisas feitas no Conama – Conselho Nacional 108 
do Meio Ambiente nós vamos citar quais as resoluções e leis que se aplicam nos casos e 109 
comentaremos sobre o assunto em questão. 110 
 111 
 112 
 
 
4 
Resultados e Discussão 113 
 114 
O córrego esta localizado na cidade de diamante D’Oeste - PR, nascendo na beirada da 115 
cidade como pode ser visto na foto 2. Este córrego desagua no São Francisco falso. 116 
Coordenada geográfica 24°56’31”S e 54°05’42”W. 117 
 118 
Foto: 1 119 
 120 
Foto: 2 121 
 122 
 123 
 124 
 
 
5 
 125 
Foto: 3 126 
 127 
Foto: 4 128 
Constatado o assoreamento do Córrego Agua da esperança visto nas fotos 3 e 4, 129 
podemos notar a falta da vegetação de proteção está causando sérios problemas no córrego. A 130 
má utilização da terra, para urbanização ou utilização agrícola, faz com que se inicie um 131 
processo de erosão no solo, resultando em um acumulo de sedimentos no leito do rio ou 132 
córrego gerando o assoreamento. Podemos citar a lei 12651/2012 que diz: Art. 3º II - Área de 133 
 
 
6 
Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a 134 
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a 135 
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-136 
estar das populações humanas. 137 
Art. 2
o
 As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação 138 
nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos 139 
os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a 140 
legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. 141 
 142 
Foto: 5 143 
 144 
Foto: 6 145 
 
 
7 
 146 
Foto: 7 147 
O descarte incorreto de resíduos sólidos em lugares inadequados leva a essa situação 148 
que constatamos nas fotos 5, 6 e 7. Com o tempo a enxurrada vai levando esse lixo para 149 
dentro dos rios e córregos, gerando um problema ambiental muito maior do que se possa 150 
imaginar. Esse lixo acaba poluindo o córrego e pode causar sérios danos em longo prazo. 151 
Imagem triste, mas a realidade de muitos lugares em nosso país. 152 
 O saneamento é um item básico e que deveria ser assegurado a todos os habitantes, 153 
mas, infelizmente, não é o que acontece. Enquanto o ritmo dessa poluição continuar da 154 
maneira em que está, fica difícil cuidar e despoluir as águas. No futuro, isso pode acarretar na 155 
falta de água para consumo próprio e trazer diversos problemas de saúde. 156 
 É de tamanha importância conscientizar a população a cuidar e proteger os rios e 157 
nascentes, pois cabe a cada um de nós fazermos nossa parte como cidadão. 158 
 159 
Conclusões 160 
 161 
O principal objetivo desse trabalho foi de avaliar a situação do córrego Agua da 162 
Esperança. Concluímos que o mesmo se encontra com altos níveis de poluição, praticamente 163 
se encontra sem vida aquática e pouca vegetação rasteira. O mesmo torna-se preocupante, 164 
pois existem lixos e até mesmo litros de agrotóxicos em seus afluentes. Órgãos públicos e a 165 
sociedade civil têm o dever e a obrigação de cuidar e preservar do mesmo. Com práticas do 166 
dia a dia-a-dia, como não jogar lixo em tais locais. E também fazer programas de incentivo as 167 
boas práticas das Áreas de preservação permanente-APPs, para evitar o assoreamento 168 
excessivo. Se tais ações não forem tomadas por órgão competentes a situação do córrego irá 169 
cada vez mais se agravar. 170 
 
 
8 
Referências 171 
 172 
Documento eletrônico disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-173 
2014/2012/lei/l12651.htm> Acesso em: 25 de Junho de 2018. 174 
 175 
BARBIOTI, Elza Maria CAMPOS, Rodolfo Boranga de. Poluiçao dos rios. Disponível em: 176 
 Acesso em: 25 de Junho de 2018. 178 
 179 
Faria, Caroline. Definição de resíduos sólidos. Disponivel em: 180 
 Acesso em: 28 de 181 
Junho de 2018. 182 
 183 
PENA, Alves Rodolfo. Assoreamento. Disponível em: 184 
 Acesso em: 24 de 185 
Junho de 2018. 186 
 187 
WOLKMER, Maria de Fátima S. and PIMMEL, Nicole Freiberger. Política nacional de 188 
recursos hídricos: governança da água e cidadania ambiental. Sequência 189 
(Florianópolis) [online]. 2013, n.67, pp.165-198. 190 
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/QLF007aFh29pSRz_2014-4-16-17-35-57.pdf
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/QLF007aFh29pSRz_2014-4-16-17-35-57.pdf
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=WOLKMER,+MARIA+DE+FATIMA+S.
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=PIMMEL,+NICOLE+FREIBERGER

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