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Anatomia e Somatotopia do Pavilhão Auricular Conteudista: Prof.ª Esp. Keli Cristina Alves de Oliveira Revisão Técnica: Prof .ª Dra . Gisele Damian Antonio Gouveia Revisão Textual : Kel ly Mathies Si lveira TÓPICOS ABORDADOS • Anatomia e somatotopia do pavilhão auricular; • Caracterização dos pontos auriculares energéticos; • Mecanismo de ação e relação dos pontos auricular-cérebro-órgão. OBJETIVO DA UNIDADE • Identi. car as correspondências anatômicas auriculares no corpo humano. Unidade CONTEXTUALIZAÇÃO Caro(a) estudante, nesta Unidade, iremos compreender a anatomia do pavilhão auricular e sua somatotopia, ou seja, como se dá a correspondência entre os pontos auriculares e o sistema nervoso central (SNC). Nosso objetivo principal é identi�car as correspondências anatômicas no corpo humano, explicando o mecanismo de ação que faz da auriculoterapia chinesa uma ótima opção para tratamentos, tanto por sua e�cácia quanto, também, por ser uma técnica não invasiva. Para começar, iremos acompanhar exemplos de estudos clínicos selecionados para esta Unidade, facilitando o entendimento com relação à aplicabilidade da auriculoterapia chinesa. Acompanhe caso a caso e analise como eles podem agregar conhecimento à sua prática clínica! Por exemplo, leia com atenção o case a seguir, que aborda a utilização da auriculoterapia no tratamento do sistema nervoso autônomo. LEITURA Case: análise do efeito imediato da auriculoterapia no sistema nervoso autônomo. Caro(a) estudante, leia o artigo “Análise do efeito imediato da auriculoterapia no sistema nervoso autônomo”, o qual apresenta estudos sobre a in�uên cia da auriculoterapia no sistema nervoso autônomo . Ele está disponível em: https://bit.ly/3RtILaj Observe que foram avaliados 11 indivíduos saudáveis do sexo masculino de 18 a 28 anos, sendo realizada uma única sessão , concluindo-se que a auriculoterapia nos pontos shenmen e simpático foi capaz de provocar alterações no SNA, com predomínio do sistema nervoso simpático. A seguir, continuaremos com nossos estudos sobre o mecanismo de ação da auriculoterapia chinesa e as indicações dos pontos auriculares! https://bit.ly/3RtILaj ANATOMIA E SOMATOTOPIA DO PAVILHÃO AURICULAR O pavilhão auricular está situado bilateralmente, nos dois lados da cabeça, atrás da articulação temporomandibular e da região parotídea, antes da região mastoide e abaixo da temporal, unindo-se à cabeça pela parte média do seu terço anterior. Ele está constituído por tecidos �brocartilaginoso, adiposo e conjuntivo, rico em terminações nervosas, vasos sanguíneos e linfáticos, destinado a captar as ondas sonoras (GARCIA, 2006). Vejamos, agora, as principais zonas re�exas do pavilhão auricular: Figura 1 – Principais zonas re�exas Fonte: Acervo da conteudista Descrição da imagem: a �gura apresenta um feto formado em posição cefálica (à esquerda) e uma orelha (à direita). O feto apresenta todos os membros do corpo humano, enquanto a orelha, que é uma retratação da posição do feto, traz descritas as zonas re�exas (membros inferiores, sistema nervoso, coluna, pélvis, abdome, tórax e cabeça). Sua anatomia peculiar faz com que observemos uma semelhança com a imagem de um feto de cabeça para baixo. Apesar disso, a relação entre a aurícula e o organismo se baseia apenas nos feixes e nas terminações nervosas da orelha, assim como na relação destas com o cérebro. Na auriculoterapia chinesa, leva-se em conta a in�uência dos meridianos que passam próximos à orelha, praticando rotineiramente a toni�cação e sedação, fazendo uso das agulhas sistêmicas e de outros artefatos, como sementes, cristais e stiper. Em breve, estudaremos mais detalhes sobre cada um deles! TROCANDO IDEIAS. . . Santos (2010) a�rma que, na realidade, a cartogra�a auricular é mais em função da parte �siológica que da anatomia em si. Conforme Souza (2001), existem 22 zonas anatômicas da orelha, sendo que, em cada pavilhão auricular, existem 200 pontos identi. cados, perfazendo, nas duas aurículas, um total de 400 pontos de acupuntura. As zonas anatômicas da orelha são: 1. Lóbulo; 2. Antitrago; 3. Antélice; 4. Hélice; 5. Sulco da escafa; 6. Raiz superior da antélice; 7. Raiz inferior da antélice; 8. Raiz da hélice; 9. Incisura supratrágica; 10.Trago; 11. Incisura intertrágica; 12. Conduto auditivo externo; 13. Concha cava; 14.Concha cimba; 15. Fosseta navicular ou fossa triangular; 16. Lóbulo do dorso do pavilhão; 17. Dorso da hélice; 18.Sulco dorsal da hélice; 19. Dorso inferior; 20. Dorso médio; 21. Dorso superior; 22. Sulco dorso-parietal. Para ajudá-lo na localização dos pontos auriculares distribuídos nas diferentes zonas anatômicas do pavilhão auricular, destacamos as principais referências anatômicas utilizadas nos mapas de auriculoterapia. Observe a �gura, a seguir, para entender melhor. Cada zona anatômica contém um conjunto de pontos re�exos, os quais fazem referência a regiões do corpo humano, portanto, em caso de dor de coluna a nível de lombar, por exemplo, os pontos correspondentes a essa região estarão na região da antélice. Esta e as demais correlações veremos no próximo tópico. Vamos lá? Correlação dos Pontos Auriculares Algumas áreas anatômicas da face anterior do pavilhão auricular apresentam correlação com o corpo humano, destacando-se as seguintes: Figura 2 – Áreas do pavilhão auricular Fonte: Acervo da conteudista Descrição da imagem: a �gura apresenta o desenho de uma orelha e suas principais zonas re�exas (fossa triangular, cimba da concha, cavidade da concha, trago, antitrago, lóbulo, hélice, escafa, antélice, raiz inferior da antélice, raiz superior da antélice e incisura intertrágica). Lóbulo: Localizado na porção inferior da orelha, corresponde à face, aos olhos, ao maxilar, à mandíbula, aos palatos mole e duro, à cavidade oral, às amígdalas, à língua e ao ouvido interno; Antitrago: Elevação acima do lóbulo que corresponde à região da cabeça, do fronte, das parótidas e do tronco cerebral; Incisura Intertrágica: Depressão entre a parte inferior do trago e o antitrago, correspondendo às glândulas endócrinas (ovários, testículos e nervos oculares); Antélice: Crista curva em frente à hélice, correspondendo à coluna, às vértebras, ao tronco, ao pescoço, ao peito, ao abdome, à tireoide, às mamas e ao tórax; Raiz Inferior da Antélice: Corresponde à região glútea, ao ciático, ao sistema nervoso simpático, ao cóccix e à cavidade pélvica; Raiz Superior da Antélice: Corresponde às extremidades inferiores (pé, perna, joelho, cóccix e quadril); Fossa Triangular: Depressão triangular entre os ramos inferior e superior da antélice. Corresponde ao sistema reprodutor e aos órgãos genitais (útero, ovários e próstata); Escafa: Sulco em forma de arco entre a hélice e antélice. Corresponde aos membros superiores (clavícula, ombro e articulações); Trago: Projeção cartilaginosa na frente do meato externo, correspondendo ao nariz, à suprarrenal e aos vícios; Concha Cava: Porção da concha abaixo da raiz da hélice que corresponde à região do tórax e do abdome; Concha Cimba: Porção da concha acima da raiz da hélice que corresponde a todos os órgãos da região abdominal; Raiz da Hélice: Porção transversa da hélice que se separa dentro da concha e corresponde ao diafragma, ao sistema digestivo, às cárdias e ao apêndice; Dorso Auricular: Corresponde à mesma disposição da face da orelha e contém pontos auxiliares. Vale salientar que a disposição anatômica apresentada nesta Unidade é referente à linha oriental! Caracterização dos Pontos Auriculares Energéticos e Re�exos Iremos conhecer, agora, os pontos auriculares correspondentes a cada zona anatômica do pavilhão auricular, sua respectiva função e suas indicações, de acordo com Souza (2001). O autor apresenta de forma bem didática e objetiva a localização e as indicações dos pontos auriculares, articulando o referencial das escolas francesa e chinesa. Vamos começar? Acompanhe! Pontos do Lóbulo Os pontos localizados no lóbulo representamda acupuntura e auriculoterapia, a sabedoria milenar dos mestres orientais já deixou provado que os resultados dessas técnicas são positivos e reais. E não se pode apelar para o fator psicológico, pois tanto a acupuntura como a auriculoterapia atuam perfeitamente em crianças recém-nascidas, em idosos portadores de senilidade mental, em pacientes em estado de coma e, na Medicina Veterinária, em animais de pequeno e de grande porte. (SOUZA, 2001, p. 62-63) A aurícula tem inervação abundante, obtida pelos nervos espinais, cerebrais e simpáticos. Quando estimulamos essas inervações, sensibilizamos áreas do cérebro (tronco cerebral, córtex, cerebelo etc.). Por mais que seja realizado um estímulo suave, ocorre uma série de re�exos que provocam reações terapêuticas imediatas ou demoradas. Cada ponto auricular tem relação direta com um ponto cerebral, o qual, por sua vez, relaciona-se a determinado órgão ligado pela rede do sistema nervoso. A interação do ponto auricular-cérebro-órgão é que torna a auriculoterapia um tratamento viável para as mais variadas patologias. Ao estimular o pavilhão auricular, o efeito é imediato. O cérebro age sobre os órgãos, os membros ou as funções, restabelecendo a harmonia no organismo. Ocorre um re�exo que substitui a informação do órgão enfermo, melhorando os sintomas gerados pela patologia, ajudando na eliminação dos sintomas e das patologias. Portanto, faz-se necessário conhecer as indicações de todos os pontos auriculares para que possamos realizar os tratamentos de forma e�caz! Figura 10 – Mecanismo de ação da auriculoterapia Fonte: SOUZA, 2001, p. 64 Descrição da imagem: a �gura apresenta um grá�co da Teoria do Re�exo Auricular, com as nomenclaturas: aurícula, síndrome de Reilly, sistema nervoso central, re�exo simpático, sinergia funcional, encéfalo, hipotálamo, córtex, síndrome de Selyie, órgãos, membros e funções. Link do vídeo: Anatomia e Somatologia do Pavilhão Auricular - Unidade 2 https://bit.ly/3eJU5MI CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao término desta Unidade. Esperamos que tenha aproveitado bastante e que possa aplicar o conhecimento adquirido em seu benefício e seus atendimentos terapêuticos. A acupuntura e auriculoterapia chinesa vêm se desenvolvendo e se expandindo ao longo dos séculos, tendo sobrevivido há mais de 5.000 anos de história e prática ininterrupta. Como visto, a anatomia do pavilhão auricular é dividida em zonas anatômicas, facilitando a localização dos pontos re�exos. A terapêutica ideal é aquela em que serão utilizados os pontos mais indicados para o problema a ser tratado. Para um resultado satisfatório, é de grande importância que se entenda a cascata �siológica gerada pelos estímulos realizados na auriculoterapia chinesa. Até mais e bons estudos! https://bit.ly/3eJU5MI MATERIAL COMPLEMENTAR VÍDEOS Auriculoterapia – Comprovação cientí�ca e neuro�siológica O vídeo traz comprovações cientícas ̀ sobre a auriculoterapia, apresentadas em um congresso internacional. Vale conferir! https://youtu.be/Zb-PrV0lE6E Doenças in�amatórias: que ponto posso usar na auriculoterapia? O vídeo mostra os pontos auriculares que podem ser utilizados nas doenças in�amatórias, além de dicas para estimular esses pontos de maneira correta e, também, como �xar melhor os estímulos. https://youtu.be/yWVIbrxyAs0 Segredo para iniciar na auriculoterapia O vídeo mostra como começar a trabalhar com auriculoterapia, traz dicas de como ter mais prática nos atendimentos e atender com mais segurança. https://youtu.be/iiL-6-yXgrg Quem pode fazer auriculoterapia? O vídeo traz informações sobre os pré-requisitos exigidos para se tornar um auriculoterapeuta. https://youtu.be/FJRoUZWPq5g https://youtu.be/Zb-PrV0lE6E https://youtu.be/yWVIbrxyAs0 https://youtu.be/iiL-6-yXgrg https://youtu.be/FJRoUZWPq5g REFERÊNCIAS CARVALHO, F. P. de et al. Bases neurosiológicas ̀ da acupuntura no tratamento de analgesia. Revista Cientí�ca Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, São Paulo, ano 4, v. 2, n. 9, p. 144-168, set. 2019. Disponível em: . Acesso em: 25/06/2021. GARCIA, E. G. Auriculoterapia. São Paulo: Roca, 2006. HE, W. et al. Auricular acupuncture and vagal regulation. Evid Based Complement Alternat Med, [s. l.], nov. 2012. Disponível em: . Acesso em: 11/07/2021. HUI, K. K. et al. Acupuncture modulates the limbic system and subcortical gray structures of the human brain: evidence from fMRI studies in normal subjects. Hum Brain Mapp, [s. l.], v. 9, n. 1, p. 13-25, 2000. Disponível em: . Acesso em: 11/07/2021. JIMENEZ, R. N. et al. Análise do efeito imediato da auriculoterapia no sistema nervoso autônomo. Revista Brasileira de Terapia e Saúde, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 15-20, 2014. Disponível em: . Acesso em: 11/07/2021. SANTOS, J. F. Auriculoterapia e Cinco Elementos. 3. ed. São Paulo: Ícone, 2010. SENNA, V. S.; SILVA, P. R.; BERTAN, H. Acupuntura auricular. São Paulo: Phorte, 2012. SOUZA, M. Tratado de auriculoterapia. Brasília: Look, 2001. ZHAO, Y. X. et al. Transcutaneous auricular vagus nerve stimulation protects endotoxemic rat from lipopolysaccharide-induced in ammation. Evid Based Complement Alternat Med, [s. l.], dez. 2012. Disponível em: . Acesso em: 11/07/2021. Aula Concluída Você chegou ao �m dessa aula com sucesso! Volte ao Ambiente Virtual de Aprendizagem para continuar com seus estudos. https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/bases-neuro%F4%80%80%81siologicas https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23304215/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10643726/ http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v5n1/RBTS-5-1-3.pdf https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23346208/a cabeça. Para localizarmos mais facilmente os pontos da região do lóbulo da orelha, este é dividido em nove quadrantes, seguindo uma ordem de localização de dentro para fora, de cima para baixo. Nessa área, existem 18 pontos, que são: Figura 3 – Pontos do lóbulo Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha com os pontos localizados na região do lóbulo auricular, os quais estão enumerados a partir de círculos, com os pontos seguindo do número 1 ao número 18. 1. Hélice 6: “Localiza-se na extremidade inferior do lóbulo. Seu re�exo é sobre o córtex cerebral” (SOUZA, 2001, p. 97). Indicações terapêuticas: problemas neurológicos e suas sequelas, depressão, transtorno bipolar e dependência química. 2. Garganta - Amígdalas (tonsilas): “Localiza-se na parte inferior de lóbulo, a cerca de 3 mm da borda do ápice inferior” (SOUZA, 2001, p. 97). Indicações terapêuticas: problemas de garganta, como amigdalite, rouquidão, halitose, faringite e calos nas cordas vocais. 3. Ouvido interno: “Situado na borda inferior do lóbulo, a 2 mm do ponto garganta-amígdalas” (SOUZA, 2001, p. 97). Indicações terapêuticas: de�ciência auditiva, surdez e esclerose do nervo auditivo. 4. Ponto da extração dentária: “Situado no terço anterior do lóbulo, a cerca de 1 mm da borda anterior” (SOUZA, 2001, p. 97). Indicações terapêuticas: anestesia para extração dentária – nesse caso, a aplicação precisa ser feita homolateral à extração, salvo nos incisivos centrais, que exigem estímulo bilateral –, prevenção e tratamento de problemas dentários, especialmente de crianças, como gengivite, tártaro, cárie, pulpite e distúrbios de nascimento de dentes. 5. Extração de dentes (ponto 2): “Situado a cerca de 2 mm a 1 mm acima e ao lado do ponto 1” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: idem ao ponto de extração dentária. Anestesia para extração dentária – nesse caso, a aplicação precisa ser feita homolateral à extração, salvo nos incisivos centrais, que exigem estímulo bilateral –, prevenção e tratamento de problemas dentários, especialmente de crianças, como gengivite, tártaro, cárie, pulpite e distúrbios de nascimento de dentes. 6. Olho: “Situado no centro do lóbulo, numa linha que une o ápice do antitrago ao ponto hélice 6” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: lesões da córnea, glaucoma, catarata, conjuntivite crônica, conjuntivite alérgica, conjuntivite folicular, miopia e astigmatismo. 7. Cordas vocais: “Situado na metade da distância entre o ponto “garganta/amígdalas” e o ponto ‘olho’” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: problemas nas cordas vocais, afonia, calos e tratamento de voz. 8. Face: “Situado a 5 mm do ponto ‘olho'’, numa linha horizontal” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: paralisia facial, nevralgia do trigêmeo, espinhas, acnes, sinusite facial e traumatismos da face. 9. Palato inferior: “Situado na parte póstero-inferior da segunda área, a 3 mm acima do ponto ‘olho’” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: eritroplasia, leucoplasia, aftas, blastomicose, estomatite herpética, sarampo e sí�lis. 10. Palato superior: “Situado na parte antero-superior da segunda área a cerca de 2 mm abaixo e ao lado do palato inferior” (SOUZA, 2001, p. 99). Indicações terapêuticas: idem ao ponto do palato inferior, lábios leporinos e �ssura palatina. 11. Língua: “Situado no meio da segunda área” (SOUZA, 2001, p. 101). Indicações terapêuticas: afonia, cordas vocais, amigdalite, faringite, aftas e gengivite. 12. Fronte: “Situado a cerca de 2 mm acima e 1 mm ao lado do ponto ‘palato superior’ numa linha reta, que liga os pontos ‘garganta’, ‘olho’ e ‘boca’” (SOUZA, 2001, p. 101). Indicações terapêuticas: cefaleias, dé�cit de concentração e memória, rinite alérgica e sinusite. 13. Sinusite: “Situado cerca de 1 mm acima do ponto ‘fronte’” (SOUZA, 2001, p. 101). Indicações terapêuticas: in�amações dos seios frontais, cefaleias originárias de sinusite, obstrução nasal, rinite alérgica, sinusite aguda e sinusite crônica. 14. Temporal: “Situado a cerca de 2 mm do ponto ‘fronte’, em direção à hélice no ângulo superior direito da segunda área” (SOUZA, 2001, p. 101). Indicações terapêuticas: tensão nervosa, ansiedade, enxaqueca, pressão na cabeça e sinusite. 15. Vértex occipital: “Situado ao lado do ponto da ‘sinusite’, na lateral esquerda da terceira área na mesma linha horizontal do ponto ‘extração dentária 1’” (SOUZA, 2001, p. 101). Indicações terapêuticas: cefaleias, enxaquecas, tontura e alopecias. 16. Mandíbula: “Situado a 1 mm do meio da escafa, numa linha que a separa do lóbulo” (SOUZA, 2001, p. 103). Indicações terapêuticas: anestesia da mandíbula para cirurgias e extrações de dente da arcada inferior, dores na mandíbula e traumatismos da mandíbula. 17. Maxila: “Situado na mesma linha vertical do ponto ‘mandíbula’ a 1 mm do prolongamento da linha da hélice” (SOUZA, 2001, p. 103). Indicações terapêuticas: idem ponto “mandíbula”. 18. Tensão: “Situado na protuberância auricular no �nal da hélice, entre o ponto ‘ouvido interno’ e a ‘hélice’” (SOUZA, 2001, p. 103). Indicações terapêuticas: ansiedade, tensão nervosa, estresse, cansaço mental e insônia. TROCANDO IDEIAS. . . Como você pode perceber, na área anatômica do pavilhão auricular, podemos encontrar 18 pontos importantes para a prática clínica. Não se assuste! Inicie seu estudo e sua prática clínica pelos pontos de ação global e energética. Que tal pensar nos cinco órgãos do sentido e relacioná-los aos Zang Fu para reforçar sua ação energética e re�exa, por exemplo: ouvido (relação energética com elemento água/rim), língua (relação energética com elemento fogo/coração), olhos (relação energética com elemento madeira/fígado), palato (relação energética com elemento terra/baço) e sinusite (por ser um ponto re�exo que atua no septo nasal, podemos atrelá-lo à ação do elemento metal/pulmão). Também há outros pontos interessantes, como fronte, temporal e tensão, que têm uma ação legal para quadros de tensão e dor de cabeça! Pontos Trago, Incisuras Trágicas e Antitrago Nas áreas anatômicas do trago, das incisuras e do antitrago, �cam localizados pontos das áreas re�exas e energéticas relacionadas à área da linha média do corpo. Este pequeno tubérculo à entrada do conduto auditivo é uma área de grande importância na auriculoterapia chinesa, pois contém pontos utilizados para tratamento de órgãos, vísceras, disfunções do sistema nervoso, músculos, ossos e pele. (SANTOS, 2010, p. 33-34) O nervo auricular maior do plexo cervical fornece terminações nervosas para a parte inferior auricular. Assim, quando você estimula pontos dessa região auricular, estará promovendo a liberação de neurotransmissores a partir da via inibitória descendente da dor (HE et al., 2012). O ponto principal para a ativação dessas terminações nervosas é o subcórtex. Quando estimulado, ele pode contribuir para a liberação de endor�nas pela via inibitória descendente da dor. De acordo com esse raciocínio, o ponto subcórtex e qualquer região do nervo aurículo maior promove efeito analgésico global. O efeito clínico esperado contribui para a analgesia da região da face (HE et al., 2012). Na sequência, observe uma �gura com a localização dos pontos do trago, das incisuras e do antitrago. Figura 4 – Pontos do trago, das incisuras e do antitrago Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha com pontos localizados nas regiões do trago, das incisuras trágicas e do antitrago, seguindo uma numeração do 19 ao 44. Vamos conhecer melhor a respeito da localização e indicação de cada um deles? Acompanhe a seguir! 19. Suprarrenal: “Situado no ápice do trago, na sua projeção para a concha cava” (SOUZA, 2001, p. 105). Indicações terapêuticas: doenças cardíacas, doenças respiratórias, alergias e in�amações. 20. Nariz externo: “Situado no meio do sulco que se forma ao levantar-se o trago, na projeção de uma linha horizontal à supra-renal”(SOUZA, 2001, p. 107). Indicações terapêuticas: obstrução nasal, sinusite, rinite, gripe e asma. 21. Nariz interno: “Situado na face interior do trago, em posição oposta ao ponto ‘nariz externo’” (SOUZA, 2001, p. 107). Indicações terapêuticas: obstrução nasal, asma e rinite alérgica. 22. Sede: “Cerca de 1 mm acima do espaço medial entre os pontos ‘supra-renal’ e ‘nariz externo’” (SOUZA, 2001, p. 107). Indicações terapêuticas: regular o mecanismo de sede, tratamento do alcoolismo e tabagismo, obesidade, edemas e diabetes. 23. Vícios: “Situado a 2 mm abaixo do ponto ‘nariz externo’, na mesma linha do ponto ‘sede’” (SOUZA, 2001, p. 107). Indicações terapêuticas: alcoolismo, fumo, tratamento do vício da masturbação, ninfomania e tiques nervosos. 24. Fome: “Situado entre os pontos ‘nariz externo’ e ‘supra-renal’” (SOUZA, 2001, p. 107). Indicações terapêuticas: obesidade, fome compulsiva, vício do fumo, excesso de apetite e anorexia. 25. Pressão arterial (sistólica): “Situado na conjunção de uma linha que desce do ponto ‘fome’ e uma horizontal que passa pelo vértice do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 109). Indicações terapêuticas: distúrbios de pressão arterial, como hipotensão e hipertensão, e distúrbios circulatórios. Agora que você conheceu os pontos da região do trago, vamos seguir conhecendo mais alguns pontos localizados nas incisuras supra e intertrágica! 26. Ouvido externo: “Situado na depressão formada pela hélice e o trago” (SOUZA, 2001, p. 111). Indicações terapêuticas: afecções do ouvido, lesões dermatológicas e neuralgias do pavilhão auricular. 27. Ouvido médio: “Situado a 1 mm acima do ‘ouvido externo’, em direção à hélice” (SOUZA, 2001, p. 111). Indicações terapêuticas: in�amações no ouvido médio, labirintite, de�ciência auditiva e surdez congênita. 28. Ponto do coração: “Situado no meio do espaço entre o ponto ‘sede’ e o ponto ‘ouvido externo’” (SOUZA, 2001, p. 111). Indicações terapêuticas: patologias cardíacas, �brilação auricular e febre reumática. Agora, vejamos os pontos que fazem parte da incisura intertrágica: 29. Olho 1: “Situado a 1 mm da incisura intertrágica, abaixo do ponto ‘pressão arterial’” (SOUZA, 2001, p. 113). Indicações terapêuticas: afecções oftalmológicas, glaucoma e retinite. 30. Olho 2: “Situado na incisura intertrágica, na mesma linha do ‘olho 1’, e a 1 mm da borda ascendente da incisura” (SOUZA, 2001, p. 113). Indicações terapêuticas: problemas relacionados ao nervo óptico, ametropia e conjuntivite. 31. Glândulas endócrinas: “Situado no meio da incisura intertrágica, quase na inserção da parede desta com a concha cava” (SOUZA, 2001, p. 113). Indicações terapêuticas: hiperfunção e hipofunção das glândulas de secreção interna e da tireoide, diabetes e retenção hídrica. 32. Ovários/testículos: “Situado a cerca de 1 mm do ponto de glândulas endócrinas, em direção ao antitrago” (SOUZA, 2001, p. 113). Indicações terapêuticas: infertilidade, impotência sexual, cólicas e distúrbios menstruais. Vejamos, agora, os pontos do antitrago. 33. Subcórtex: “Situado na curva ascendente em direção ao ápice do antitrago, na borda superior da concha, ao lado do ponto ‘ovário’” (SOUZA, 2001, p. 117). Indicações terapêuticas: regula a atividade do córtex, afecções do sistema digestivo e doenças cardiovasculares. 34. Parótidas: “Situado a 1 mm do ponto ‘ovários’, na direção do vértice do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 117). Indicações terapêuticas: dermatites, prurido em geral, parotidite e infarto nas glândulas salivares. 35. Pingchuan inferior: “Situado no ápice do antitrago. Quando este não for proeminente, o ponto é encontrado no meio do espaço entre a incisura intertrágica e o início da antélice” (SOUZA, 2001, p. 117). Indicações terapêuticas: todos os processos infecciosos ou viróticos, tumores, metástases e insu�ciências imunológicas. 3. Tálamo: “Situado na mesma altura do pingchuan, abaixo da projeção da borda do ápice do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 119, grifo nosso). Indicações terapêuticas: todos os problemas cerebrais originários de disfunção dessa parte do cérebro, doença de Alzheimer, edema e homeostase do metabolismo hidromineral. 37. Hipó�se (pituitária): “Situado abaixo da borda do antitrago, a 1 mm do ápice do mesmo, na parede descendente abaixo da projeção do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 119). Indicações terapêuticas: distúrbios de crescimento, edemas, distúrbios neurovegetativos, hemorragias, diabetes mellitus e disfunções glandulares. 38. Hipotálamo: “Situado cerca de 1 mm do ponto hipó�se, abaixo da borda do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 119). Indicações terapêuticas: distúrbios de temperatura do corpo, excesso de sono, retenção hídrica, distúrbios de metabolismo e obesidade. O ponto “hipotálamo” é sempre utilizado em sedação. 39. Cerebelo: “Situado na curva do antitrago, quase na raiz da antélice. Fica no meio do espaço entre a borda do antitrago e a concha cava” (SOUZA, 2001, p. 119). Indicações terapêuticas: enurese, nanismo, distúrbios de secreção e hemorragia uterina funcional. 40. Encéfalo: “Situado na mesma direção do ponto ‘cerebelo’, acima da borda do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 119). Indicações terapêuticas: doenças cerebrais, alucinações, vícios, insônia e neurastenia. 41. Alergia/asma: “Situado a 1 mm do ponto ‘encéfalo’ e a 2 mm da borda do antitrago” (SOUZA, 2001, p. 121). Indicações terapêuticas: bronquite, asma, rinite alérgica, coriza, sinusite, tosse e processos alérgicos atípicos. 42. Occipital: “Situado a 2 mm do ponto ‘alergia’, a 1 mm do limite do antitrago com a antélice” (SOUZA, 2001, p. 121). Indicações terapêuticas: cefaleia occipital, vertigem, pânico e convulsão. 43. Tronco cerebral: “Situado no meio da incisura na junção do antitrago com a antélice” (SOUZA, 2001, p. 123). Indicações terapêuticas: deve-se usar esse ponto em todos os programas de tratamento que incluam os pontos "encéfalo", “cerebelo” e “occipital”. Estimula a mente e acalma o espírito. 44. Timo: “Situado a 1 mm do ponto ‘tronco cerebral’, no meio do espaço que �ca entre a borda da incisura, trago, antélice e a concha cava” (SOUZA, 2001, p. 123). Indicações terapêuticas: alergia, infecções, de�ciências imunológicas e disfunções hormonais. Pontos Antélice, Ramo Inferior,Ramo Superior e Fossa Triangular Na região da antélice, localizam-se os pontos que estão relacionados ao tronco e às regiões cervicais, dorsais e lombares. Encontramos, assim, os pontos 45 a 83. Observe a �gura a seguir. Figura 5 – Pontos antélice, ramo inferior, ramo superior e fossa triangular Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha indicando a localização dos pontos da antélice, do ramo inferior, do ramo superior e da fossa triangular, seguindo uma numeração do número 45 ao número 83. Vamos iniciar conhecendo os pontos da antélice. 45. Vértebras cervicais: “Situada na antélice, a 1 mm da junção da antélice com o antitrago, com 3 mm de extensão, correspondentes à localização das 7 vértebras cervicais” (SOUZA, 2001, p. 127). Indicações terapêuticas: todos os problemas relacionados à coluna cervical, torcicolo e in�amações �bróticas da musculatura. 46. Vértebras torácicas: “Área situada na antélice, face à raiz da hélice, abrangendo o espaço que vai da área de cervical até a projeção da linha superior da raiz da hélice sobre a antélice” (SOUZA, 2001, p. 127). Indicações terapêuticas: todas as afecções relacionadas à coluna dorsal, angina e opressão torácica. 47. Vértebras lombares: “Área situada na borda da antélice e que se estende da área de vértebras torácicas até um ponto situado na altura do vértice da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 127). Indicações terapêuticas: todas as afecções relacionadas à coluna lombar, lombalgias e hiperplasia óssea. 48. Vértebras sacro-cóccix: “Área situada na altura da projeção do vértice da fossa triangular sobre a antélice” (SOUZA, 2001, p. 129). Indicações terapêuticas: todas as afecções relacionadasà região do sacro- cóccix, cisto pilonidal, sacralização da L5 e hérnia discal. 49. Pescoço: “Situado na chanfradura da antélice, na altura do ponto das vértebras cervicais” (SOUZA, 2001, p. 129). Indicações terapêuticas: infecções na região de pescoço, hiper e hipotireoidismo, nódulos na tireoide. 50. Tireoide: “Situado na chanfradura da antélice, em direção à escafa, na mesma altura do ponto ‘pescoço’” (SOUZA, 2001, p. 129). Indicações terapêuticas: hipo e hipertireoidismo, obesidade, disfunção da tireoide e da paratireoide, edema de glote. 51. Corpo da tireoide: “Situado no meio do espaço que �ca entre a borda da antélice e a concha cava, a 2 mm do ponto ‘timo’” (SOUZA, 2001, p. 129). Indicações terapêuticas: edema linfático, disfunções da tireoide e paratireoide, hipo e hipertireoidismo, tumores na tireoide. 52. Paratireoide: “Situado na borda da antélice, entre o ponto ‘pescoço’ e o sulco da escafa” (SOUZA, 2001, p. 131). Indicações terapêuticas: obesidade, tumor no corpo da tireoide, disfunção da tireoide e paratireoide, edema de glote, hipo e hipertireoidismo, tumores na tireoide. 53. Glândulas mamárias: “Situado na chanfradura da antélice do lado da escafa, no nível da linha superior da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 131). Indicações terapêuticas: displasia mamária, mastite, �acidez nos seios e involução dos mamilos. 54. Tórax: “Situado na chanfradura da antélice, projeção para a escafa, no mesmo nível do vértice da incisura supratrágica” (SOUZA, 2001, p. 131). Indicações terapêuticas: doenças do sistema respiratório, angina, en�sema pulmonar e asma brônquica. 55. Abdome: “Situado na chanfradura da borda da antélice para a escafa, ao nível da borda interior da raiz da antélice” (SOUZA, 2001, p. 131). Indicações terapêuticas: doenças gastrointestinais, cólicas menstruais, histeria, fermentação intestinal, �acidez e aderências. 56. Nuca: “Situado no meio do espaço entre a borda da antélice e a concha cava, ao nível do ponto ‘pescoço’” (SOUZA, 2001, p. 133). Indicações terapêuticas: torcicolo, dores nos músculos escapulares e síndrome de tensão cérvico-escapular. 57. Região dorsal: “Situado no meio do espaço entre a borda da antélice e a concha, ao nível da linha inferior da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 133). Indicações terapêuticas: dorsalgia, contratura dos músculos dorsais, distensão dos músculos dorsais e neuralgia intercostal. 58. Região lombar: “Situado no espaço entre a borda da antélice e a concha cimba, ao nível do ponto do abdome” (SOUZA, 2001, p. 133). Indicações terapêuticas: lombalgia aguda ou crônica, distensão nos músculos dorsais, cólicas renais e ciatalgia. 59. Medula óssea: “Três pontos situados na antélice, no espaço entre a borda (ponto da ‘região lombar’) e os pontos ‘abdome’ e ‘lumbago’” (SOUZA, 2001, p. 133). Indicações terapêuticas: infecções, septicemia, neoplasias, leucemia e de�ciências imunológicas. A região da raiz superior da hélice inferior e superior é inervada pelo nervo auriculotemporal. É um ramo mandibular do nervo trigêmeo. Dessa forma, o estímulo de qualquer ponto auricular localizado nessa área pode promover a liberação de neurotransmissores pela via inibitória descendente da dor (HE et al., 2012). O ponto de maior destaque dessa região é o simpático. 60. Artelhos: “Situado na chanfradura da raiz superior da antélice, ao nível do início da escafa” (SOUZA, 2001, p. 135). Indicações terapêuticas: entorses da articulação dos artelhos, artrite reumatoide, anquilose dos artelhos, onicomicose, paralisia dos membros inferiores e artrite gotosa. 61. Pé/calcâneo: “Situado próximo à chanfradura da raiz superior da antélice e a fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 135). Indicações terapêuticas: artrite reumatoide, dores plantares, esporão de calcâneo e artrose das articulações do pé. 62. Tornozelo: “Situado na mesma linha do calcâneo, a 2 mm deste ponto, quase na borda da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 135). Indicações terapêuticas: in�amação do tornozelo, paralisia dos pés e tornozelo, ciatalgias. 63. Perna: “Situado a 3 mm do tornozelo na linha medial da raiz superior da antélice” (SOUZA, 2001, p. 135). Indicações terapêuticas: ciatalgia, dores na panturrilha, sensação de parestesia na perna e paralisia de membros inferiores. 64. Articulação do joelho: “Situado a 2 mm do ponto ‘perna’, na mesma linha” (SOUZA, 2001, p. 137). Indicações terapêuticas: artrite reumatoide, dores articulares, paralisia de membros inferiores, dor de artrose, lesões de ligamentos, músculos e tendões. 65. Coxa: “Situado a 2 mm do ponto ‘joelho’ e na mesma linha deste” (SOUZA, 2001, p. 137). Indicações terapêuticas: ciatalgias, distensões, deciência ̀de circulação de retorno e varizes. 66. Articulação do quadril: “Situado a 22 mm do ponto ‘coxa’, no meio da raiz superior da antélice, ao nível da borda inferior da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 137). Indicações terapêuticas: afecções da articulação do quadril, dores lombares e ciatalgia. 67. Simpático: “Situado no meio da raiz inferior abaixo da membrana da hélice” (SOUZA, 2001, p. 139). Indicações terapêuticas: todos os tratamentos de analgesia e anestesia, doenças gastrointestinais, doenças respiratórias e doenças cardíacas. O simpático é o ponto principal para estimular as terminações nervosas do nervo tempoauricular. Esse ponto, quando estimulado, pode contribuir para a liberação de endornas ̀ pela via inibitória descendente da dor. De acordo com esse raciocínio, o ponto simpático e qualquer região do nervo aurículo temporal promove efeito analgésico global. No efeito clínico esperado, contribui para a analgesia da região do quadril e lombar (HE et al., 2012). 68. Ciático: “Situado a 2 mm do ponto ‘simpático’ no mesmo nível deste” (SOUZA, 2001, p. 139). Indicações terapêuticas: ciatalgia, lombalgia e hérnia discal. O estímulo deverá ser realizado nas partes anterior e posterior do pavilhão auricular. 69. Ísquio: “Situado no meio da borda da raiz inferior da antélice, a 2 mm do ponto ‘ciático’, na mesma linha deste” (SOUZA, 2001, p. 141). Indicações terapêuticas: dor local, ciatalgia, algias na região glútea e contusões. 70. Cóccix: “Situado a cerca de 2 mm do ‘ísquio’, no mesmo nível deste” (SOUZA, 2001, p. 141). Indicações terapêuticas: dor local, fraturas e luxações do cóccix, cisto pilonidal, analgesia e anestesia da região do cóccix. 71. Lumbago: “Situado na projeção inferior da antélice, ao mesmo nível do ponto do ‘sacro-cóccix’” (SOUZA, 2001, p. 141). Indicações terapêuticas: dor na região dos quadris e glúteos, ciatalgia difusa, lombalgias e cólica renal. 72. Cavidade pelviana: “Situado na borda superior da raiz inferior da antélice, na mesma linha do ponto ‘shenmen’ e ‘ísquio’” (SOUZA, 2001, p. 141, grifo nosso). Indicações terapêuticas: dores na região pubiana, di. culdade de dilatação no parto e cólicas menstruais. 73. Shenmen: “Situado no vértice do ângulo formado pela raiz inferior e a raiz superior da antélice” (SOUZA, 2001, p. 143). Indicações terapêuticas: shenmen é utilizado como ponto inicial de todos os tratamentos com auriculoterapia. Doenças do sistema digestivo, doenças cardíacas, sedativo e anti-in�amatório. 74. Febre: “Situado a 1 mm de ‘shenmen’, na mesma linha perpendicular deste, na borda inferior da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 145, grifo nosso). Indicações terapêuticas: estados febris, febre noturna ou diurna. No caso de não ceder a febre, pode-se provocar sangria nesse ponto. Nessa técnica, são realizadas picadas, perfurações ou pequenos cortes em zonas e veias especí�cas do pavilhão auricular, com o objetivo de fazer sangrar, contribuindo para a eliminação do acúmulo de calor patogênico. 75. Útero/próstata: “Situado no meio da porção anterior da fossa triangular, abaixo da projeção da borda da hélice” (SOUZA, 2001, p. 145). Indicações terapêuticas: afecções dessas regiões, cervicite, ectopias do colo e diminuição do sêmen. 76. Ovário superior: “Situado 1 mm acimado ponto do ‘útero’, no limite da fossa triangular com a hélice e sob a curvatura desta” (SOUZA, 2001, p. 147). Indicações terapêuticas: afecções do ovário e da trompa de falópio direitos, anovulação, transtornos menstruais, ovário policístico e esterilidade. 77. Ovário inferior: “Situado 1 mm abaixo do ponto do ‘útero’, no limite da fossa triangular junto à hélice” (SOUZA, 2001, p. 147). Indicações terapêuticas: afecções do ovário e trompa de falópio esquerdos (anovulação, transtornos menstruais, ovário policístico e esterilidade). 78. Depressão: “Situado no ângulo superior da fossa, na linha da borda interna da hélice” (SOUZA, 2001, p. 147). Indicações terapêuticas: hipertensão arterial, de�ciência de circulação de retorno e de�ciência de circulação periférica. 79. Pingchuan superior: “Situado no meio geográ�co da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 147). Indicações terapêuticas: ponto auxiliar em todos os tratamentos de infecções, tumores e de�ciências imunológicas. 80. Pressão arterial (diastólica): “Situado na borda do vértice da fossa triangular, 1 mm acima do ‘shenmen’” (SOUZA, 2001, p. 149). Indicações terapêuticas: hipertensão arterial, distúrbios circulatórios, crises de angina e infarto do miocárdio. 81. Hepatite: “Situado entre o ponto ‘depressão’ e o ponto ‘pingchuan superior’” (SOUZA, 2001, p. 149, grifo nosso). Indicações terapêuticas: hepatite infecciosa, hepatite medicamentosa, hepatite de origem traumática e icterícia. 82. Colo do útero: “Situado no meio da fossa a 2 mm do ponto ‘útero’ e 1 mm abaixo do nível de ‘pingchuan superior’” (SOUZA, 2001, p. 149, grifo nosso). Indicações terapêuticas: cervicite aguda ou crônica, ferimentos no colo uterino, dores no ato sexual, hemorragia uterina e distúrbios hormonais. 83. Períneo: “Situado na borda inferior da fossa triangular, na mesma linha do ‘pingchuan superior’” (SOUZA, 2001, p. 149, grifo nosso). Indicações terapêuticas: dor local, queda da bexiga, dores na região anorretal, analgesia e anestesia do períneo. Pontos Sulco da Escafa, Hélice e Raiz da Hélice A escafa ou fossa escafoide é a região que se encontra entre a hélice e a antélice. É onde se localizam os pontos referentes aos membros superiores. A hélice é uma região que tem início na raiz da hélice e dá a volta em toda a face lateral da orelha, correspondendo à região do diafragma. Já a raiz da hélice está entre as conchas cimba e cava, sendo que seus pontos representam todo o sistema digestivo, desde a boca até o intestino grosso. Figura 6 – Pontos escafa, hélice e raiz da hélice Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha com os pontos localizados na região da escafa, hélice e raiz da hélice, seguindo uma numeração de 84 a 112. 84. Dedos: “Situado na escafa, acima do nível do tubérculo auricular” (SOUZA, 2001, p. 151). Indicações terapêuticas: artrite reumatoide, dores articulares e dedo em gatilho. 85. Apêndice 1: “Situado na escafa, no ângulo formado pela chanfradura da antélice com a hélice, logo acima do ponto ‘dedos’” (SOUZA, 2001, p. 151). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice e contraturas dos músculos abdominais. 86. Mão: “Situado a 2 mm abaixo do ponto ‘dedos’, no meio da área, da escafa, ao nível do ponto ‘depressão’” (SOUZA, 2001, p. 151). Indicações terapêuticas: artrite reumatoide, dedo em gatilho, tendinite e síndrome do túnel do carpo. 87. Urticária: “Situado no limite entre escafa e a raiz superior da antélice, no mesmo nível do ponto ‘hepatite’” (SOUZA, 2001, p. 151). Indicações terapêuticas: eczema, prurido, urticária e alergia cutânea. 88. Punho: “Situado no lado da escafa, ao nível do ponto ‘shenmen’” (SOUZA, 2001, p. 153, grifo nosso). Indicações terapêuticas: síndrome do túnel do carpo, cisto sinovial, artrite reumatoide, artrose, luxações, fraturas, necrose óssea, paralisias, parestesias, tendinites, vitiligo, manchas senis e ulcerações. 89. Antebraço: “Situado a 2 mm abaixo do ponto ‘punho’, no mesmo nível do ponto ‘joelho’” (SOUZA, 2001, p. 153). Indicações terapêuticas: consolidações de fraturas, artrite reumatoide, tendinite, dores musculares e di�culdade de movimento. 90. Cotovelo: “Ponto situado na escafa, ao nível da borda inferior da raiz inferior da antélice” (SOUZA, 2001, p. 153). Indicações terapêuticas: epicondilite lateral, dores articulares, artrite reumatoide e de�ciência motora do braço. 91. Braço: “Ponto da escafa, situado a cerca de 2 mm do ponto ‘cotovelo’, ao mesmo nível do ponto da ‘coluna lombo-sacra’” (SOUZA, 2001, p. 153). Indicações terapêuticas: dores musculares, tendinites, dores re�exas de bursite, contusões e distensões musculares. 92. Ombro: “Situado no meio da escafa, ao nível da borda superior da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 153). Indicações terapêuticas: tendinite, periartrite e entorse. 93. Apêndice 2: “Situado a 2 mm do ponto ‘ombro’, na escafa” (SOUZA, 2001, p. 155). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais. 94. Articulação do ombro: “Ponto situado no mesmo nível da incisura supra trágica" (SOUZA, 2001, p. 155). Indicações terapêuticas: bursite, calci�cação, tendinite, reumatismo e artrite. 95. Clavícula: “Situado no meio da escafa, a nível do vértice do trago” (SOUZA, 2001, p. 155). Indicações terapêuticas: dor local, fratura da clavícula e in�amações dos músculos da área da clavícula. 96. Apêndice 3: “Situado a 2 mm da junção escafa-antélice” (SOUZA, 2001, p. 155). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais Em seguida, conheceremos os pontos que fazem parte da região da hélice. Esta inicia na cavidade da concha e termina na parte superior do lóbulo. 97.Hélice 5: “Situado a 1 mm da junção da hélice com o lóbulo” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: problemas neurológicos e suas sequelas, afecções in�amatórias e febre. Realizar sangria nos pontos hélice 1 a 6, Yang 1 e Yang 2 e ápice da orelha é um dos métodos mais usados na prática clínica como anti-in�amatório, hipotensor e dores agudas em geral. A sangria no ponto Yang do fígado tem ação antipirética, anti-in�amatória e analgésica para o tratamento de processos agudos e crônicos. Já a sangria abundante em ordenha (de 10 a 40 gotas por ponto) nos pontos hélice 1 a 6 tem ação anti-in�amatória para tratar dermatites e dores em geral. 98. Amígdala 3: “Ponto da hélice situado no mesmo nível do ponto da mandíbula” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: amigdalite, rouquidão, afonia, analgesia e pigarro. 99. Hélice 4: “Ponto da hélice situado no mesmo nível do ponto ‘clavícula’” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais 100. Amígdala 2: “Ponto da hélice situado ao nível do centro da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: amigdalite, rouquidão, afonia, analgesia e anestesia para amigdalectomia, analgesia para entubação e pigarro. 101. Hélice 3: “Ponto da hélice situado ao nível da borda superior da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais. 102. Hélice 2: “Ponto da hélice situado ao nível da junção da borda inferior da raiz da antélice com a raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 157). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais. 103. Fígado Yang 1: “Situado na borda inferior do tubérculo da hélice, no mesmo nível do ponto ‘shenmen’” (SOUZA, 2001, p. 157, grifo nosso). Indicações terapêuticas: doenças do fígado,ascensão do Yang do fígado e hepatites. 104. Hélice 1: “Situado no meio do tubérculo da hélice” (SOUZA, 2001, p. 159). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, dores na região do apêndice, anestesia para cirurgia do apêndice e contraturas dos músculos abdominais. 105. Fígado Yang 2: “Situado na margem superior do tubérculo da hélice” (SOUZA, 2001, p. 159). Indicações terapêuticas: doenças do fígado, ascensão do Yang do fígado e hepatites. 106. Amígdala 1: “Situado na margem da hélice, na linha vertical do ponto ‘amígdala’, no lóbulo auricular” (SOUZA, 2001, p. 159). Indicações terapêuticas: amigdalite, rouquidão, afonia, analgesia e anestesia para amigdalectomia, analgesia para entubação e pigarro. 107. Re�exo cerebral: “Situado na borda externa da hélice, no vértice superior da aurícula, na linha vertical que liga esta ao vértice inferior do lóbulo” (SOUZA, 2001, p. 159). Indicações terapêuticas: doenças neurodegenerativas, vertigens, cefaleia e distúrbios cerebrais. 108. Órgão genital externo 1: “Situado na hélice ao nível da borda inferior da fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 161). Indicações terapêuticas: afecções na região, infecções urinárias, uretrite, cistite, vaginite e prurido vulvar. 109. Órgão genital externo 2: “Situado na hélice, ao nível do ponto ‘simpático’” (SOUZA, 2001, p. 161). Indicações terapêuticas: afecções na região, infecções urinárias, uretrite, cistite, leucorreia, dor na região vulvar, vaginite e prurido vulvar. 110. Uretra: “Situado na hélice, ao nível da borda inferior da raiz da antélice” (SOUZA, 2001, p. 161). Indicações terapêuticas: cistite, oligúria, enurese noturna, dor ao urinar, cálculo uretral e infecção urinária. 111. Segmento inferior do reto: “Situado no meio da raiz da hélice, na linha vertical que passa pela incisura supra-trágica e o ponto ‘útero’” (SOUZA, 2001, p. 163). Indicações terapêuticas: disenteria bacteriana, enterite, diarreia, constipação intestinal e . ssura anal. 112. Diafragma: “Situado a 2 mm do início da raiz da hélice, numa mesma linha vertical que passa pelo ponto ‘pingchuan’, na fossa triangular” (SOUZA, 2001, p. 163, grifo nosso). Indicações terapêuticas: asma, en�sema pulmonar, aderências pleurais, tosse, espasmo no diafragma e soluço. Vejamos, agora, os pontos da região da cavidade do pavilhão auricular. Pontos da Região Periférica da Raiz da Hélice, Concha da Cimba e Concha Cava A região da cavidade do pavilhão auricular é inervada pelo nervo vago. Ela se divide em três principais áreas anatômicas: região ao redor da raiz da hélice, cimba da concha e concha cava, que correspondem, respectivamente, às áreas re�exas e energéticas das regiões gastrointestinal, abdominal e toráxica. O estímulo auricular dessas regiões anatômicas da orelha pode promover o aumento da atividade do re�exo colinérgico e sistema límbico, contribuindo no mecanismo endógeno de controle da in�amação, �siológico dos órgãos e vísceras, bem como controle emocional. O nervo vago é o principal nervo da parte parassimpática do sistema nervoso autônomo. O pavilhão auricular é uma das poucas áreas do corpo em que esse nervo pode ser estimulado de forma não invasiva (HE et al., 2012). Observe a �gura, a seguir, para visualizar melhor a localização de cada ponto. Figura 7 – Pontos da região periférica da raiz da hélice, concha da cimba e concha cava Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Agora, vamos compreender melhor a respeito da localização de cada ponto e a sua indicação terapêutica. 113. Cavidade oral (boca): “Situado entre o meato do conduto auditivo externo e a raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 165). Indicações terapêuticas: ulceração bucal, aftas, estomatite, afecções dentárias, halitose, fome compulsiva, tabagismo, alcoolismo e de�ciências de paladar. 114. Esôfago: “Situado no meio do espaço entre o ponto ‘cavidade oral’ e o início da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 165). Indicações terapêuticas: esofagite, rouquidão, afonia, vômitos, edema de glote, afecções virais e micóticas no esôfago. 115. Cárdia (orifício cardíaco): “Situado na concha cava, no limite com a raiz da hélice, a 1 mm do ponto do ‘esôfago’” (SOUZA, 2001, p. 165). Indicações terapêuticas: hérnia de hiato, estreitamento da cárdia, edema de glote, fome compulsiva, vício de fumo, alcoolismo e soluço. 116. Estômago: “Situado no início da raiz da hélice, no limite entre a concha cimba e a cava” (SOUZA, 2001, p. 165). Indicações terapêuticas: úlceras gástricas, gastrite, distúrbios de estômago e intestino, neurastenia, fome compulsiva, sede excessiva, obesidade e eructações. IMPORTANTE! Esse ponto é muito importante, pois o estômago é a base da energia do céu posterior (adquirida), também chamado de mar dos líquidos e cereais, por isso, a partir desse ponto, harmoniza-se a atividade dos meridianos estômago e baço pâncreas. Ele também toni�ca a energia do Jiao médio e regula a energia do fígado. Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha com pontos localizados na região periférica da raiz da hélice, concha da cimba e concha cava, numerados do 113 ao 147. 117. Duodeno: “Situado na borda superior da raiz da hélice, na altura do ponto ‘cárdia’” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: úlcera gástrica, úlcera duodenal e duodenite. 118. Intestino delgado: “Situado na borda superior da raiz da hélice, na altura do ponto do esôfago” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: distúrbios gastrointestinais, ruídos abdominais, teníase e dores abdominais. O intestino delgado está relacionado aos processos de absorção e transformação dos alimentos e nutrientes que chegam ao estômago. Entre suas funções, podemos mencionar: controlar a absorção do processo digestivo, dispersar o calor e eliminar a umidade. Também é responsável por mobilizar as fezes e deter diarreias. Sua relação interior- exterior é com o coração, fato que permite seu emprego no tratamento das afecções desse órgão, pois, segundo a medicina tradicional chinesa, se o calor agride o coração, também poderá se instalar no intestino delgado. 119. Apêndice: “Situado na junção da borda superior da raiz da hélice com a concha cimba, a 1 mm do ponto ‘intestino delgado’” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: apendicite, dores de apendicite, analgesia e anestesia para apendicectomia. 120. Intestino grosso (cólon ascendente): “Situado ao mesmo nível do apêndice, a 1 mm deste, na direção da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: enterite, colite, indigestão, diarreia, distensão abdominal, constipação intestinal e distúrbios gastrointestinais. A relação interior-exterior do intestino grosso se dá com o pulmão. Quando o elemento metal está em desarmonia, podem surgir outros sintomas, como angústia, problemas respiratórios e de pele, o que permite o uso do ponto “intestino grosso” para o tratamento das dermatites, enfermidades relacionadas ao nariz e à garganta etc. 121. Intestino grosso (cólon transversal): “Situado a 1 mm do ponto ‘cólon ascendente’ na junção da raiz da hélice com a concha cimba” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: enterite, colite, tuberculose intestinal, indigestão, diarreia, distensão abdominal, constipação intestinal, distúrbios gastrointestinais, vício do fumo, alcoolismo e tóxicos. 122. Intestino grosso (cólon descendente): “Situado a 1 mm do ponto ‘intestino grosso (cólon transversal)’” (SOUZA, 2001, p. 167). Indicações terapêuticas: enterite, colite, tuberculose intestinal, indigestão, diarreia, distensão abdominal, constipação intestinal e distúrbios gastrointestinais. Na região da concha cimba estão distribuídos todos os pontos que representam a cavidade abdominal, conforme veremos a seguir. 123. Próstata: “Situado no ângulo formado pela conjunção da raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 171). Indicações terapêuticas: prostatite, impotência sexual, esterilidade masculina, aumento de volume da próstata e di�culdade de micção. 124. Uretra: “Situado na conchacimba, a 2 mm do ponto ‘próstata’ e a 1 mm da junção da concha com a raiz inferior da antélice, na altura do ponto ‘segmento superior do reto’” (SOUZA, 2001, p. 171). Indicações terapêuticas: impotência masculina, cistite, infecções urinárias, prurido uretral e uretrite. 125. Bexiga: “Situado na concha cimba, a 1 mm da junção deste com a antélice, e a 1 mm do ponto ‘uretra’, na mesma linha do ponto ‘intestino grosso (cólon descendente)’” (SOUZA, 2001, p. 171). Indicações terapêuticas: hematúria, retenção urinária, enurese noturna e diurna, cálculo uretral e doenças renais. VOCÊ SABIA? Bexiga e rim (seu órgão acoplado) são responsáveis por separar o Qi túrbido do claro, eliminar umidade e calor patogênico. 126. Ureter: “Situado na concha cimba, a 1 mm da junção da concha com a raiz inferior da antélice e a 2 mm do ponto ‘bexiga’” (SOUZA, 2001, p. 171). Indicações terapêuticas: cálculo uretral, hematúria, retenção urinária, cistite e infecções no trato urinário. 127. Rim: “Situado na concha cimba, próximo à junção desta com a raiz inferior da antélice” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: doenças do trato urinário, diarreia, impotência, dor lombar e nos joelhos. O rim controla o fogo do Ming Men (porta da vida), toni. ca a energia Yang e nutre a essência vital. 128. Analgesia: “Situado no meio da concha cimba” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: analgesia em todos os tipos de dor, indicado, também, nos protocolos auriculares de anestesia. 129. Ascite: “Situado na concha cimba, no mesmo nível do ponto ‘analgesia’ e na mesma linha do ponto ‘estômago’” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: síndrome nefrótica, cirrose hepática, distensão abdominal, insu�ciên cia renal e abdome agudo. 130. Vesícula biliar (aurícula direita): “Situado a 1 mm da junção da antélice com a concha cimba. No mesmo nível do ponto ‘duodeno’ e 'tórax’” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: indigestão, colelitíase, distúrbios gastrointestinais, cirrose hepática, hipercloridria e distúrbios de funcionamento da vesícula biliar. VOCÊ SABIA? A ação energética do fígado é armazenar o sangue necessário para o corpo, garantir o �uxo homogêneo do Qi e controlar a drenagem e dispersão. 131. Pâncreas (aurícula esquerda): “Situado na mesma posição do ponto ‘vesícula biliar’” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: indigestão, pancreatite, diabetes, de�ciência de metabolismo de proteínas e câncer de pâncreas. 132. Fígado (aurícula direita): “Situado na concha cimba, a 1 mm da junção desta com a antélice” (SOUZA, 2001, p. 173). Indicações terapêuticas: hepatite, doenças oftalmológicas, indigestão, anemia ferropriva, disenteria, diarreia e cefaleia. O acoplado é o fígado. A relação Zang Fu permite uma adequada função do fígado. Além disso, acalma a dor e é empregado no tratamento de enfermidades das vias biliares, sabor amargo na boca, distensão e plenitude intercostal, herpes zoster etc. 133. Baço (aurícula esquerda): “Situado na orelha esquerda, na mesma posição do ponto ‘fígado’” (SOUZA, 2001, p. 177). Indicações terapêuticas: hepatite, doença de Chagas, anemia, leucopenia, dermatite seborreica, dermatite de contato, hipotermia atípica, tumor no baço e leucemia. 134. Relaxamento muscular: “Situado no limite da concha cimba com a concha cava” (SOUZA, 2001, p. 177). Indicações terapêuticas: dores, contraturas e distensões musculares, cãibras, fadiga muscular, estresse, ansiedade, depressão, tensão muscular, angústia e esquizofrenia. 135. Coração: “Situado no centro da concha cava” (SOUZA, 2001, p. 177). Indicações terapêuticas: doenças cardíacas, neurastenia, angina pectoris, prolapso de válvula mitral, trombo�ebite e dores anginosas. O coração é o ponto principal das terminações nervosas do nervo vago. Esse ponto, quando estimulado, pode contribuir para o aumento da atividade do re�exo colinérgico, modulação do sistema límbico e conectividade cerebral. De acordo com esse raciocínio, o ponto coração e qualquer região do nervo vago promove efeito analgésico global. No efeito clínico esperado, contribui para a analgesia das regiões do tórax e abdome, efeito sobre o sistema cardiovascular e transtornos de ansiedade, transtornos psíquicos e de hiperatividade (HE et al., 2012). VOCÊ SABIA? O baço tem a função energética de formação e transporte de Xue (sangue). 136. Pulmão superior (lóbulo esquerdo): “Situado a 1 mm acima do ‘coração’” (SOUZA, 2001, p. 179). Indicações terapêuticas: doenças respiratórias, gripe, dermatites, urticária e vitiligo. 137. Pulmão inferior (lóbulo direito): “Situado a 1 mm abaixo do ponto ‘coração’” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: doenças respiratórias, gripe, dermatites, urticária e vitiligo. 13. Brônquios: “Situado ao nível do ponto ‘coração’ e a 1 mm deste em direção ao meato auricular” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: doenças respiratórias, pressão no peito, soluço, pigarro e asma. 139. Traqueia: “Situado ao nível do ponto ‘brônquios’ e a 1 mm deste em direção ao meato auditivo” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: traqueíte, tosse, pigarro, catarro e asma. 140. Aorta ascendente: “Situado a 1 mm abaixo do ponto ‘traqueia’” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: de. ciência de circulação venosa e arterial, obstrução da aorta e vasculite. 141. Aorta abdominal: “Situado a 1 mm do ponto ‘coração’” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: de�ciência de circulação venosa e arterial, obstrução da aorta e vasculite. 142. Coronárias: “Situado na concha cava, entre o ponto ‘coração’ e ‘aorta abdominal’” (SOUZA, 2001, p. 181). Indicações terapêuticas: distúrbios coronarianos, infarto do miocárdio, tratamento pós-operatório de coronárias. 143. Glote: “Situado a 1 mm abaixo do ponto ‘aorta’” (SOUZA, 2001, p. 183). Indicações terapêuticas: obstrução traumática de glote, engasgos, tosse e catarro. 144. Metabolismo: “Situado a 2 mm acima do ponto ‘endócrino’” (SOUZA, 2001, p. 183). Indicações terapêuticas: insu�ciência metabólica, tratamento auxiliar de câncer, infecções generalizadas e desequilíbrios hormonais. 145. Laringe-laringe: “Situado a 1 mm abaixo, do ponto ‘cavidade oral’” (SOUZA, 2001, p. 183). Indicações terapêuticas: laringite, faringite, asma, bronquite, catarro e excesso de muco. 146. Odontalgia: “Situado na concha cava no nível do ponto ‘brônquios’” (SOUZA, 2001, p. 183). Indicações terapêuticas: dores de dente e nas gengivas, aftas, pulpites, dores após extrações dentárias e neuralgia do trigêmio. 147. Nervo vago: “Situado a 1 mm do ponto ‘odontalgia’, na mesma linha deste em direção à raiz da hélice” (SOUZA, 2001, p. 185). Indicações terapêuticas: distúrbios do sistema vago-simpático, nevralgias atípicas, excesso de tensão nervosa, estresse, anorexia nervosa, sudorese das mãos, dos pés e das axilas. Dorso Auricular A face posterior do pavilhão auricular apresenta pontos que correspondem à mesma disposição da face anterior da orelha, além de pontos auxiliares. Eles podem ser observados na �gura a seguir. Figura 8 – Pontos do dorso Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a imagem apresenta uma orelha com pontos localizados na região do dorso auricular, numerados de 148 a 200. 148. Encéfalo: “Situado no vértice superior da aurícula, na altura do ponto de re�exo cerebral, da hélice” (SOUZA, 2001, p. 187). Indicações terapêuticas: doenças mentais, tumores cerebrais, distúrbios de comportamento e doença de Alzheimer. 149. Antipirético: “Situado na borda, no dorso da hélice, na altura do ponto do ‘fígado Yang 1’” (SOUZA, 2001, p. 187, grifo nosso). Indicações terapêuticas: estados febris, malária, febre amarela e dengue. 150. Gonalgia: “Situado na borda posterior da hélice, na altura do sulco superior do tubérculo, ao nível do ponto ‘hélice 2’” (SOUZA, 2001, p. 187). Indicações terapêuticas: dores nos testículos, dores durante e após o ato sexual, di�culdade de mantera ereção. 151. Tronco cerebral: “Ponto situado na borda posterior da hélice, na altura do sulco inferior do tubérculo da hélice, ao nível do ponto ‘fígado Yang 2’” (SOUZA, 2001, p. 187, grifo nosso). Indicações terapêuticas: distúrbios motores, desequilíbrio de funcionamento dos órgãos, esclerose lateral amiotró�ca, esclerose e doença de Alzheimer. 152. Medula espinhal: “Situado na borda superior da hélice, na altura do ponto ‘hélice 2’” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: afecções na região, paresia de membros, radiculite, dorsalgias, ciatalgias, cervicalgias e cefaleias. 153. Dorsagia 1: “Situado na borda posterior da antélice e próximo ao sulco que os separa do dorso articular. Fica na altura do ponto ‘ombro’” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: dores na região, dores musculares nas espátulas e dores nos músculos intercostais. 154. Dorsalgia 2: “Situado a 2 mm abaixo do ‘dorsalgia 1’, a 2 mm da borda exterior da antélice” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: dores na região dorsal, dores musculares nas espátulas, dores nos músculos intercostais e contratura muscular. 155. Costas: “Situado no meio da borda posterior da hélice” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: dores nas costas, fratura das costelas, contraturas musculares, dispneia, cãimbras e dores anginosas. 156. Pulmão: “Situado a 3 mm do ponto ‘costas’ e a 1 mm do sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: doenças respiratórias, alergia, excesso de secreção brônquica, doenças pulmonares provocadas por agentes exógenos e neoplasia pulmonar. 157. Lumbago: “Situado a 2 mm do ponto ‘pulmão’ e a 1 mm da borda externa da antélice” (SOUZA, 2001, p. 191). Indicações terapêuticas: lombalgias, ciatalgias, distensão dos músculos dorsais, cólicas renais e dores artríticas. 158. Asma e tosse: “Situado a 2 mm do ponto ‘lumbago’ e no meio da borda posterior da hélice” (SOUZA, 2001, p. 191). Indicações terapêuticas: bronquite asmática, asma alérgica, dispneia, tosse seca, excesso de secreção brônquica e crise de dispneia. 159 . Região mesogástrica: “Situado no mesmo nível do ponto ‘asma e tosse’ e a 1 mm do sulco que separa o verso da hélice do dorso da aurícula” (SOUZA, 2001, p. 191). Indicações terapêuticas: todas as afecções que atingem a região mesogástrica, colite, distensão abdominal, obesidade e abdome agudo. 160. Região hipogástrica: “Situado a 1 mm abaixo da região mesogástrica e no meio do espaço entre este e o ponto ‘asma e tosse’” (SOUZA, 2001, p. 189). Indicações terapêuticas: colites, colecistite, afecções da região hipogástrica em geral, distúrbios gastrointestinais, distensão abdominal, ascite, �acidez dos músculos abdominais devido à gravidez e involução abdominal pós-parto. 161. Região glútea: “Situado a 2 mm do ponto da região hipogástrica e a 1 mm da borda posterior da hélice” (SOUZA, 2001, p. 191). Indicações terapêuticas: ciatalgia, di�culdade de ambulação, contusões nos glúteos, in�amações e infecções por agentes exógenos. 162. Bacia: “Situado a cerca de 3 mm abaixo do ponto ‘região glútea’ e na mesma linha deste” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: in�amação na região da bacia, in�amações nos músculos da virilha e consolidação de fraturas dos ossos da bacia. 163. Períneo 1: “Situado na borda posterior da antélice a 2 mm do ponto ‘bacia’ e a 1 mm do sulco que separa a borda do dorso do pavilhão auricular” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: doenças que afetam a região do períneo, in�amações de bolsa escrotal e recuperação de cirurgias do períneo. 164. Períneo 2: “Situado na borda posterior do lóbulo, na altura da junção do lóbulo com o dorso da aurícula” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: doenças que afetam a região do períneo, in�amações de bolsa escrotal e recuperação de cirurgias do períneo. 165. Acufenos: “Situado a 3 mm de junção da borda posterior da hélice com o dorso do pavilhão auricular” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: zumbido nos ouvidos, tontura e síndrome de Meniére. 166. Olho: “Situado no meio do dorso do lóbulo auricular” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: lesões da córnea, glaucoma, catarata, conjuntivite crônica, conjuntivite alérgica, conjuntivite folicular, miopia e astigmatismo. 167. Ouvido interno: “Situado no dorso do lóbulo auricular, a cerca de 2 mm da borda posterior” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: de�ciência auditiva, surdez e esclerose do nervo auditivo. 168. Ansiedade 1: “Situado na junção do lóbulo com o dorso da aurícula, na altura da inserção do lóbulo ao músculo do pescoço” (SOUZA, 2001, p. 193). Indicações terapêuticas: insônia, ansiedade, psicofobias, distúrbios de comportamento, pesadelos, estados de medo e pavor, insegurança, depressão e medo. 169. Ansiedade 2: “Situado a cerca de 5 mm abaixo de ‘ansiedade 1’” (SOUZA, 2001, p. 195). Indicações terapêuticas: insônia, ansiedade, psicofobias, distúrbios de comportamento, pesadelos, estados de medo e pavor, insegurança, depressão e medo. 170. Analgesia: “Situado no dorso da aurícula, a 2 mm do ponto ‘ansiedade 1’, próximo à junção da aurícula com a cabeça” (SOUZA, 2001, p. 195). Indicações terapêuticas: ponto auxiliar nos processos de analgesia por auriculoterapia, dores faciais, cefaleia e dores cervicais. 171. Ouvido médio: “Situado no dorso auricular, a 2 mm da inserção, ao nível do ponto ‘períneo 1’” (SOUZA, 2001, p. 195). Indicações terapêuticas: otite média, obstrução do conduto auditivo médio, afecções no vestíbulo, afecções no tímpano, infecções e surdez. 172. Membro inferior: “Situado ao nível do ponto ‘bacia’ e a 5 mm ao lado do ponto ‘ouvido médio’” (SOUZA, 2001, p. 195). Indicações terapêuticas: de�ciência motora dos membros inferiores, edema, elefantíase e tetraplegia. 173. Tireoide: “Situado no sulco do dorso auricular a 2 mm do nível do ponto ‘bacia’” (SOUZA, 2001, p. 195). Indicações terapêuticas: hipotireoidismo, hipertireoidismo, emagrecimento, obesidade, fome compulsiva e sono excessivo. 174. Disfunção hormonal: “Situado a 1 mm do lado acima do ponto ‘tireoide’” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: disfunção hormonal das glândulas endócrinas e desequilíbrio da hipó�se. 175. Apetite: “Situado a cerca de 3 mm do ponto ‘tireoide’, no sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: fome compulsiva, anorexia, obesidade e excesso de apetite. 176. Tórax: “Situado ao nível do ponto ‘apetite’, no meio do dorso do pavilhão auricular” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: opressão no peito, dispneia, dores intercostais, dores pré-cordiais, dores anginosas e infarto do miocárdio. 177. Labirinto: “Situado no mesmo nível do ponto ‘disfunção hormonal’ e na junção do dorso da orelha com a cabeça” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: tontura, síndrome de Menière, otite média, otosclerose, tontura traumática e labirintite. 178. Nervo auditivo: “Situado na junção do dorso auricular com a cabeça, a 3 mm acima do ponto ‘labirinto’” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: esclerose do nervo auditivo, surdez congênita, surdez traumática ou cirúrgica e de�ciências auditivas. 179. Púbis: “Situado no mesmo nível do nervo auditivo, a cerca de 4 mm para o interior do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 197). Indicações terapêuticas: dores na sín�se pubiana, fratura dos ossos pubianos, osteoporose pubiana e recuperação pós-parto. 180. Abdome inferior: “Situado na mesma linha do ponto ‘tórax’ e a 5 mm deste” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: distensão abdominal, colite espasmódica, constipação, gastrite, úlceras pépticas, diverticulite, diarreia e enterocolite. 181. Apêndice: “Situado no sulco do dorso auricular ao mesmo nível do ponto ‘abdome inferior’” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: apendicite aguda ou crônica, colite espasmódica e dores na região do fígado. 182. Alvéolo renal:“Situado no dorso auricular, na mesma linha do ponto ‘abdome inferior’, a cerca de 10 mm deste” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: litíase renal, insu�ciência renal, recuperação de cirurgias renais, cólica renal, edemas e hipertensão. 183. Coração: “Situado no mesmo nível do alvéolo renal e na metade da distância deste com o sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: doenças cardíacas, insônia, angina pectoris, prolapso de válvula mitral, trombo�ebite e dores anginosas. 184. Região epigástrica: “Situado no sulco do dorso da aurícula, no mesmo nível dos pontos ‘alvéolo renal’ e ‘coração’” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: distúrbios gastrointestinais, indigestão, inapetência, neoplasias abdominais, obesidade e obstrução intestinal. 185. Trato gastrointestinal: “Situado a cerca de 5 mm do ponto ‘alvéolo pulmonar’, no dorso da orelha” (SOUZA, 2001, p. 199). Indicações terapêuticas: distúrbios gastrointestinais, distúrbios hepatobiliares, desequilíbrio de metabolismo, parasitoses, infecções e intoxicações intestinais, diverticulite e neoplasias. 186. Úlcera: “Situado no mesmo nível do ponto ‘trato gastrointestinal’, em direção ao sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: ponto especí�co para tratamento de úlceras e gastrites do trato digestivo, diverticulite e neoplasia. 187. Região buco-faríngea: “Situado no meio do dorso auricular, ao nível da raiz da hélice, na face anterior da orelha” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: afasia, afonia, glossite, amigdalite, faringite, hipertro�a das amígdalas e afecções bucais. 188. Hipertensão 3: “Situado a 2 mm do sulco do dorso auricular, a 1 mm abaixo do nível do ponto ‘região bucofacial’” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: hipertensão, eclâmpsia, pré-eclâmpsia e alterações atípicas de pressão arterial. 189. Hiato: “Situado na mesma linha do ponto ‘trato gastrointestinal’, a cerca de 10 mm acima deste” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: hérnia hiatal, di�culdade de deglutição, úlcera hiatal e neoplasias. 190. Abdome superior: “Situado a cerca de 10 mm acima e 2 mm do lado do ponto ‘hiato’, na direção do sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: distensão abdominal, colite espasmódica, constipação, gastrite, úlceras pépticas, diverticulite, diarreia e enterocolite. 191. Hipertensão 2: “Situado ao mesmo nível do ponto ‘abdome superior’ e a cerca de 5 mm do sulco do dorso auricular” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: hipertensão, eclâmpsia, pré-eclâmpsia e alterações atípicas de pressão arterial. 192. Hipertensão 1: “Situado a cerca de 5 mm acima do ponto ‘hipertensão 2’, ao nível do ponto ‘dorsalgia 1’ e na mesma linha vertical ao ponto ‘coração’” (SOUZA, 2001, p. 201). Indicações terapêuticas: hipertensão, eclâmpsia, pré-eclâmpsia e alterações atípicas de pressão arterial. 193. Analgesia: “Situado a cerca de 5 mm acima e cerca de 8 mm ao lado do ponto ‘hipertensão 1’” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: algias, cefaleia, odontalgias, neuralgias, ciatalgia, dores abdominais, cólica renal, cólicas menstruais, dores na coluna, dores musculares, polineurite e herpes zoster. 194. Timo: “Situado na junção do dorso da aurícula com a cabeça, ao nível do ponto ‘medula espinhal’” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: envelhecimento precoce, senilidade, de�ciências imunológicas, AIDS, septicemia, infecções e viroses. 195. Vias respiratórias superiores: “Situado a 1 mm do sulco dorsal da aurícula, a 1 mm acima do nível do ponto ‘medula espinhal’” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: sinusite, rinite, adenoide, afecções das cordas vocais e todas as afecções do sistema respiratório. 196. Pescoço: “Situado a cerca de 5 mm acima e ao lado do ponto ‘timo’” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: torcicolo, dores cervicais e contraturas dos músculos do pescoço. 197. Cefaleia 2: “Situado a cerca de 10 mm acima do ponto ‘pescoço’, na mesma linha deste” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: cefaleias gripais, enxaquecas e cefaleias provocadas por distúrbios hepáticos. 198. Cefaleia 3: “Situado a cerca de 5 mm do sulco do dorso da aurícula e a 2 mm do nível do ponto ‘cefaleia 2’” (SOUZA, 2001, p. 203). Indicações terapêuticas: cefaleias gripais, enxaquecas e cefaleias provocadas por distúrbios hepáticos. 199. Imunologia: “Situado no mesmo nível do ponto ‘cefaleia 3’, na linha da junção do dorso auricular com a cabeça” (SOUZA, 2001, p. 205). Indicações terapêuticas: de�ciências imunológicas, infecções pós- cirúrgicas, infecções bacterianas, infecções viróticas, parasitoses e septicemia. 200. Cefaleia 1: “Situado a cerca de 10 mm acima do ponto ‘imunologia’” (SOUZA, 2001, p. 205). Indicações terapêuticas: cefaleias, enxaquecas, cefaleia de sinusite, cefaleias provocadas por cervicopatia e outras cefaleias. SAIBA MAIS Para que você possa ter um panorama geral de todos os pontos, acesse o mapa de auriculoterapia a seguir. ACESSE! Agora, vamos compreender melhor a respeito do mecanismo de ação dos pontos indicados?! MECANISMO DE AÇÃO E RELAÇÃO DOS PONTOS AURICULAR-CÉREBRO-ÓRGÃO Apesar de a auriculoterapia ser o principal microssistema da medicina chinesa e ter uma aplicabilidade extraordinária pela sua e�cácia e praticidade, grande parte das pesquisas que exploram estudos no âmbito da neuro�siologia e neuroquímica se limitam a estímulos e pontos da acupuntura sistêmica. Porém, sabe-se que o estímulo de pontos auriculares consegue in�uenciar o sistema nervoso autônomo (SNA), bem como alterar a condutividade elétrica nos pontos auriculares. https://assets.website-files.com/60f6b46ea6347c3fcd199bf1/60fac64721b2207b3247aaa7_Unidade%202%20-%20Mapa%20dos%20pontos%20auriculares.pdf Figura 9 – Relação cérebro-aurícula Fonte: Adaptada de SOUZA, 2001 Descrição da imagem: a �gura apresenta, do lado esquerdo, um cérebro e, do lado direito, uma orelha, com linhas relacionando seus estímulos. A inervação auricular é caracterizada por uma grande sobreposição de múltiplos nervos. O estímulo dos pontos auriculares promove a sensibilização dessas terminações nervosas. Assim, quando realizamos o estímulo de qualquer ponto auricular localizado nas áreas das inervações auriculares, promovemos a liberação de neurotransmissores que trabalharão ativando e/ou inibindo mecanismos endógenos de controle da nocicepção, da in�amação e a atividade do sistema límbico. As endor�nas liberadas diminuem o impulso doloroso, reduzindo a percepção da dor. Isso signi�ca que o estímulo de pontos auriculares pode ser uma forma de ativação não farmacológica (�siológica endógena) de resposta analgésica natural do corpo, para o controle da dor nos membros superiores e inferiores, da coluna, das ciatalgias, da região genital e das cefaleias. A mesma cascata neuro�siológica ocorre quando ativamos pontos auriculares localizados na estrutura do trago, do lóbulo da orelha e na porção inferior da hélice. Nessas regiões, estimulamos as terminações nervosas do nervo auricular maior, o que também ativa a liberação de endor�nas por meio da via inibitória descendente da dor. Não está bem estabelecido por quais vias os estímulos auriculares podem modular o sistema límbico, mas é mais uma forma de explicar o efeito da auriculoterapia no controle emocional e comportamental. O sistema límbico se refere a um conjunto de estruturas do encéfalo, as quais são responsáveis pelas informações essenciais para a sobrevivência, como controle emocional e comportamental, busca por alimento, fuga e luta de situações de ameaça, além da reprodução. Como isso ocorre? Recentemente, as evidências cientí�cas demonstraram que o estímulo das inervações do nervo vago (na região da concha cava) melhora o estado emocional de pessoas com problemas como ansiedade, depressão e dependência química (HUI et al., 2000). Mesmo com estudos tímidos nas áreas