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POLÍTICAS SOCIAIS E 
AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado (a) aluno (a), 
Nos últimos tempos, os movimentos ambientalistas e o interesse 
pela proteção ambiental aumentaram significativamente. A população mundial 
tem demonstrado uma crescente consciência de que o atual modelo de 
desenvolvimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles 
em desenvolvimento, está intimamente ligado à degradação ambiental, com 
impactos diretos na qualidade de vida e sobrevivência da espécie humana. Por 
isto, a importância da gestão ambiental bem aplicada, pois quanto mais 
ambientalmente conscientizada for a sociedade, mais será exigido das 
organizações em termos de desempenho ambiental, reforçando a relevância da 
gestão ambiental organizacional. 
 
Bons estudos! 
AULA 05 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: 
EVOLUÇÃO DA 
PREOCUPAÇÃO 
AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá 
como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade 
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e 
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. 
 Compreender o conceito de psicologia 
 Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia 
 Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos sobre o reconhecimento da 
educação ambiental e a importância de uma boa gestão ambiental para a 
sociedade. Para o alcance desses conhecimentos, são objetivos desta aula: 
 Compreender a importância da educação ambiental para a 
sociedade; 
 Conhecer a política dos 5R’s; 
 Entender a importância de implantar a gestão ambiental em uma 
organização. 
 
 
5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: EVOLUÇÃO DA PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL 
A consciência ecológica está associada à proteção ambiental. A importância de 
proteger os recursos naturais tornou-se uma preocupação global e nenhum país pode 
se esquivar de sua responsabilidade (BORTOLON, 2014). 
A evolução humana levou muito tempo para alcançar a consciência plena e 
completa da necessidade de proteger o meio ambiente, vê-se constantemente a 
poluição do meio ambiente por resíduos nucleares, pela disposição de lixos químicos, 
domésticos, pelo efeito estufa, desmatamento, entre outras causas que ocasionam 
agressões ao meio ambiente. 
As consequências desses ataques incluem a contaminação do aquífero 
subterrâneo, escassez de água, desmatamento, disseminação de substâncias 
nocivas, mudanças profundas no clima da Terra e outras consequências graves e para 
a proteção do meio ambiente faz-se necessário conscientizar o homem por meio do 
conhecimento da relação homem versus ambiente (BORTOLON, 2014). 
Diante da constante deterioração da natureza e da falta de responsabilidade 
social, a educação ambiental tornou-se uma ferramenta muito importante e 
transformadora, pois seu objetivo é criar consciência ecológica para reverter o atual 
quadro de deterioração socioecológica. A consciência ecológica é a capacidade de 
entender que toda ação humana evoca uma resposta no ambiente, que pode ser 
positiva ou negativa. É a capacidade de reconhecer que fazemos parte do meio 
ambiente e quando geramos poluição e contaminação, estamos prejudicando a nós 
mesmos. Por meio da consciência ecológica, as pessoas passam a se inserir no meio 
ambiente e cultivam valores e sentimentos de proteção à natureza (MACHADO, 
2016). 
O conceito de educação ambiental encontra-se na Constituição Federal de 
1988, entretanto, somente em 1999 surgiu a Lei 9.795 de regulamentação, onde em 
seu Art. 2° afirma: 
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da 
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos 
os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-
formal. 
Essa lei estabelece diretrizes, com os seguintes objetivos, incluindo: 
 O desenvolvimento de uma compreensão integrada do ambiente nas suas 
múltiplas e complexas relações, sob Inclusão de aspectos ecológicos, jurídicos, 
psicológicos, científicos, políticos, sociais, culturais, econômicos e éticos; 
 Garantir a democratização das informações ambientais; 
 Estimular e fortalecer a consciência crítica sobre questões ambientais e sociais; 
 Promover a participação individual e coletiva, responsável e duradoura 
na manutenção do equilíbrio ambiental, entendendo a defesa da qualidade do 
meio ambiente como um valor intrínseco do exercício da cidadania; 
 Estimular a cooperação entre as diferentes regiões do País, a nível micro e 
macrorregional, de forma a construir uma sociedade ecologicamente 
equilibrada, baseada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, 
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; 
 Fomentar e melhorar a integração com a ciência e a tecnologia; 
 O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade 
como fundamentos para o futuro da humanidade. 
Cumpre destacar que o Brasil é o único país da América Latina que possui uma 
política nacional específica para a Educação Ambiental. 
Uma medida importante relacionada à educação ambiental é a política dos 
5R’s. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), os cinco R’s são um processo 
educativo que reflete a mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos. O tema central 
desta política é levar as pessoas a repensarem seus valores e práticas em relação ao 
meio ambiente e reduzir o consumo de bens não essenciais e resíduos. Os 5R’s visam 
reduzir o consumo de recursos naturais, repensar o consumo exagerado e as práticas 
relacionadas ao meio ambiente, reaproveitar ao invés de descartar, reciclar os 
materiais que têm essa possibilidade e evitar consumir produtos que gerem impactos 
socioambientais significativos (MACHADO, 2016). 
Esta prática traz diversos benefícios como: 
 Redução da extração de recursos naturais; 
 Redução dos resíduos nos aterros e o aumento da sua vida útil; 
 Redução dos gastos do poder público com o tratamento do lixo; 
 Redução do uso de energia nas indústrias e intensificação da economia local 
(sucateiros, catadores, etc.). 
As escolas devem iniciar a educação ambiental com base no conhecimento 
prévio de alunos, o que permite analisar a natureza a partir de práticas sociais. A 
análise crítica pode contribuir profundamente para a mudança de valores relacionados 
à proteção ambiental (BORTOLON, 2014). 
Um educador ambiental tem o grande desafio de fazer com que as pessoas 
desenvolvam valores e comportamentos de respeito mútuo e compromisso com a 
conservação dos recursos naturais, além de uma visão crítica das questões 
ambientais e do papel de cada indivíduo na defesa do meio ambiente. 
As práticas em educação ambiental são uma boa ferramenta para o 
desenvolvimento desta consciência ecológica. O educador ambiental ensina 
conceitos e desenvolve atividades práticas como a criação de composteira, montagem 
de horta comunitária, plantio de mudas e reaproveitamento de materiais que seriam 
jogados fora, entre outros. Com estas atividades práticas, o educador ambiental 
consegue aproximar as pessoas da natureza e desenvolver a consciência ecológica, 
fazendo com que cada um mude seus comportamentos e comece a respeitar mais o 
ambiente. 
Aprender a cuidar da natureza é algo gradativo, e as pessoas percebem que o 
mau uso dos recursos naturais pode afetar sua qualidade de vida e o resto do mundo, 
e que o cuidado com o meio ambiente não é responsabilidade apenas dos órgãos 
governamentais. Além disso, os cidadãos devem ter a oportunidade de participar 
ativamente do processo de tomada de decisão, de modo que se responsabilizemconjuntamente pelo monitoramento e controle dos fatores causadores da degradação 
ambiental (BORTOLON, 2014). 
A educação ambiental para o consumo sustentável deve adotar estratégias 
diferenciadas para cada grupo e população, que devem ser adequadas para os 
vulneráveis, analfabetos ou desinformados, que têm menor poder aquisitivo e 
trabalham para eliminar a pobreza e promover a democracia. A educação ambiental 
está ligada ao fenômeno da globalização, identidade social, pois está relacionada ao 
consumo de produtos específicos. 
Os educadores às vezes não respeitam a interação entre o interesse pela 
educação e a realidade dos espaços naturais, passando muitos conceitos científicos 
abstratos para as crianças, ou seja, os professores não integram educação externa 
do ambiente, é preciso educar conforme a realidade local de cada criança. 
Falar da educação ambiental é rediscutir os verdadeiros significados da 
democracia, cidadania de desenvolvimento. Não se pode exigir daqueles colocados à 
margem de utilização dos recursos naturais, a aceitações de padrões 
preestabelecidos por aqueles que se utilizam dos recursos da natureza como forma 
mecanizá-las, gerando o bem estar social para uma pequena parcela da população 
mundial (BORTOLON, 2014). 
5.1 Gestão Ambiental 
A gestão ambiental é a ciência que estuda e orienta o exercício das atividades 
econômicas e sociais de forma a utilizar racionalmente os recursos naturais, sejam 
eles renováveis ou não, de forma proteger o meio ambiente e promover a 
sustentabilidade para todas as gerações. Essa ciência deve visar a aplicação de 
práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem 
de matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre 
os recursos naturais (BARSANO, 2017). 
A gestão ambiental, quando implantada, pode gerar vários benefícios para as 
organizações. Quanto mais evoluída a gestão ambiental de uma organização, mais 
intensos e mais diversificados poderão ser seus benefícios (Figura 1). Geralmente, 
essas vantagens estão associadas a dois tipos: benefícios internos e externos. 
Aqueles internos, estão relacionados a melhorias observadas nas diversas dimensões 
do desempenho organizacional, operacional, em inovação e de mercado. Já́ os 
benefícios externos podem ser entendidos como contribuições que se estendem à 
sociedade de forma mais ampla, como a influência sobre as regulamentações 
ambientais, para o Desenvolvimento Sustentável e as parcerias com outras 
organizações. Por exemplo, a geração de tecnologias ambientais por uma 
organização pode ter efeitos diretos sobre a qualidade do meio ambiente, induzindo, 
concomitantemente, benefícios organizacionais (como, por exemplo, aumento de 
receita organizacional) e benefícios sociais, com implicações para a redução da 
poluição e de impactos ambientais (JABBOUR, 2013). 
 
 
 
 
Figura 1 - Benefícios da gestão ambiental. 
Fonte: bit.ly/3gjviDk 
Embora a adoção de práticas de gestão ambiental esteja frequentemente 
associada aos benefícios mencionados, também é frequente o enfrentamento de uma 
série de desafios/ barreiras à gestão ambiental. Por desafios à gestão ambiental deve-
se entender aspectos internos e externos às organizações que tendem a obstaculizar 
a melhoria do desempenho ambiental organizacional (JABBOUR, 2013). As principais 
barreiras da gestão ambiental são: 
 Carência de Recursos; 
 Dificuldade de Entendimento; 
 Instabilidade Institucional; 
 Falta de Suporte e de Diretrizes; 
 Situação macroeconômica do País; 
 Atitudes e cultura organizacional; 
 Certificação e verificação da adoção de práticas de gestão ambiental. 
Os desafios internos geralmente estão associados a carência de recursos ou a 
ações típicas de resistência a mudança. Não se deve esquecer que a gestão 
ambiental representa, para muitas organizações, uma nova perspectiva de gestão, 
gerando resistência de alguns funcionários à mudança. 
 A prática da gestão ambiental nas organizações introduz a variável “valorização 
ambiental” no planejamento da empresa, tornando-a capaz de conquistar muitos 
certificados de excelência, como série ISO 14000. Quando esse planejamento é bem 
aplicado, permite uma drástica redução de custos diretos e de custos indiretos. 
Conforme veremos a seguir, a gestão é o caminho para a empresa atingir a excelência 
ambiental. 
Sistemas de Gestão Ambiental - SGA 
A NBR ISO 14001 trata dos Sistemas de Gestão Ambiental - Especificação e 
Diretrizes para Uso. Especifica os principais requisitos de um sistema de gestão 
ambiental, permitindo as organizações formular políticas e objetivos que levam em 
consideração requisitos legais e informações sobre impactos ambientais significativos 
no meio ambiente (BARSANO, 2017). 
Aplica-se esta norma aos aspectos ambientais que possam ser controlados 
pelas organizações, e sobre os quais supõe-se que elas tenham influência. Apesar de 
sua abrangência, ela ainda não prescreve critérios específicos de desempenho 
ambiental, conforme descrevem outras normas. 
A norma ISO 14001 pode ser aplicada a qualquer organização que deseje: 
 Realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração de conformidade com essa 
norma; 
 Implementar, manter e aperfeiçoar um sistema de gestão ambiental; 
 Demonstrar tal conformidade a terceiros; 
 Assegurar sua conformidade com sua política ambiental definida; 
 Buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma 
organização externa; 
Todos os requisitos da norma podem ser incorporados a qualquer sistema de 
gestão ambiental. Seu grau de aplicação dependerá de fatores como: 
 A política ambiental da organização (empresa); 
 A natureza de suas atividades; 
 As condições em que ela opera. 
Definições do SGA 
 
A norma ISO 14001 traz as seguintes definições: 
 Melhoria contínua: É o processo de aprimoramento do sistema de gestão 
ambiental, visando melhorar o desempenho ambiental global de acordo com a 
política ambiental da organização. 
 Meio ambiente: Local em que uma organização opera, incluindo ar, 
água, terra, recursos naturais, flora, fauna, pessoas e suas interrelações. 
 Aspecto ambiental: Elementos ou atividades, produtos ou serviços que 
podem gerar algum impacto ambiental, seja de pequena ou grande proporção. 
 Impacto ambiental: É qualquer modificação que ocorre no meio ambiente, 
benéfica ou prejudicial, resultante de causas naturais ou pelo ser humano. 
 Sistema de gestão ambiental: é uma estrutura organizacional que permite as 
organizações/empresas a gerenciar e controlar os aspectos e impactos 
ambientais de suas operações, produtos ou serviços. 
 Auditoria do sistema de gestão ambiental: É um processo de administração 
com intuito de sanar questões de cunho ambiental e prevenir possíveis 
consequências drásticas referentes aos processos de produção empresarial, 
com o intuito de fiscalizar e corrigir alguns agentes que estão fora das normas 
ambientais. 
 Objetivo ambiental: É o propósito ambiental global, decorrente da política 
ambiental, que uma organização se propõe a atingir, sendo quantificado 
sempre que exequível. 
 Desempenho ambiental: São resultados obtidos do sistema de gestão 
ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre os aspectos 
ambientais, com base na sua política, seus objetivos e metas ambientais. 
Política ambiental: Um conjunto de ações e práticas que empresas e 
governos usam para cumprir com o objetivo de proteger o meio ambiente e 
garantir a sustentabilidade do planeta. 
 Meta ambiental: Requisito de desempenho detalhado, quantificado sempre 
que possível, aplicável à organização ou partes dela, resultante dos objetivos 
ambientais e suas necessidades identificadas e atendidas para que essas 
metas possam ser alcançadas. 
 Parte interessada: Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo 
desempenho ambiental deuma organização. 
 Organização: Companhia, corporação, empresa ou instituição, ou parte ou 
combinação das mesmas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou 
com outra forma estatutária, que tem funções e estrutura administrativa própria. 
 Prevenção da poluição: O uso de processos de produção, práticas e materiais 
para minimizar, prevenir ou controlar a poluição e geração de resíduos, que podem 
incluir reciclagem, tratamento e mudança de processos, controle, mecanismos de 
uso eficiente de recursos e substituição de materiais, economia de matéria-prima 
e energia em todas as fases dos processos. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BARSANO, Paulo, R. e Rildo Pereira Barbosa. Gestão Ambiental. 1 ed. São Paulo. 
2017. 
BORTOLON, B.; MENDES. M. S. S. A Importância da Educação Ambiental para o 
Alcance da Sustentabilidade. Revista Eletrônica de Iniciação Científica. Itajaí, 
Centro de Ciências Sociais e Jurídicas da UNIVALI. v. 5, n.1, p. 118-136, 1º Trimestre 
de 2014. Disponível em: www.univali.br/ricc. Acesso em:11jan. 2023. 
JABBOUR, Ana Beatriz Lopes de, S. e Charbel José Chiappetta Jabbour. Gestão 
ambiental nas organizações: fundamentos e tendências. Disponível em: Minha 
Biblioteca, Grupo GEN, 2013. 
 
MACHADO, Vanessa de S. e Juliana Saccol. Introdução à Gestão Ambiental. Porto 
Alegre, 2016. 
TAMAIO, Irineu. O professor na construção do conceito de natureza: uma 
experiência de educação ambiental. São Paulo: Annablumme, WWF, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.univali.br/ricc.%20Acesso
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Nesta aula, você vai conferir os contextos sobre o reconhecimento da educação ambiental e a importância de uma boa gestão ambiental para a sociedade. Para o alcance desses conhecimentos, são objetivos desta aula:
	5 Educação Ambiental: Evolução da preocupação ambiental
	5.1 Gestão Ambiental
	Sistemas de Gestão Ambiental - SGA

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