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POLÍTICAS SOCIAIS E 
AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado (a) aluno (a), 
A sustentabilidade socioambiental apresenta desafios para 
organizações, governos e sociedade, tanto para a compreensão de seus 
conceitos teóricos quanto para a transformação de seus pressupostos em 
práticas operacionais e administrativas. 
Ser sustentável está muito além de cuidar das questões ambientais do 
planeta. É saber agregar vantagem competitiva em suas ações, resultando 
assim no bem-estar da geração presente e ao mesmo tempo preocupando-
se com uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras. 
Apesar de sua elaboração partir de objetivos distintos, muitos são os 
pontos convergentes entre logística reversa e sustentabilidade. São 
processos que podem eventualmente se tornar complementares. A maior 
dificuldade para os que lidam com esses processos, entretanto é o de 
conjugar essas duas esferas de forma a agregar valor as suas atividades. 
Portanto, as empresas devem perceber a parceria entre a logística reversa e 
a sustentabilidade como uma estratégia para aumentar a lucratividade dos 
negócios, bem como para se posicionar estrategicamente em um mundo que 
é caracterizado pela mudança rumo a sustentabilidade. 
 
 
Bons estudos! 
AULA 07 
SUSTENTABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá 
como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade 
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e 
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. 
 Compreender o conceito de psicologia 
 Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia 
 Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos sobre Sustentabilidade 
Socioambiental. Para poder alcançar esses conhecimentos, são objetivos 
desta aula: 
 
 Compreender a relação de sustentabilidade socioambiental; 
 Conhecer a importância da sustentabilidade em relação à logística 
reversa; 
 Entender o gerenciamento reverso. 
 
 
 
7 SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
A questão da sustentabilidade socioambiental vem ganhando especial 
importância, na medida em que a preservação do meio ambiente se torna um tema 
cada vez mais relevante para a sociedade como um todo, gerando discussões 
polêmicas envolvendo principalmente empresários, formuladores de políticas e 
cientistas. 
A sustentabilidade socioambiental é um conceito que está relacionado a um novo 
paradigma, o desenvolvimento sustentável, o qual foi definido no relatório “Nosso 
futuro comum”, fruto da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 
como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades 
(PEREIRA, 2012). 
Existem alguns impactos ambientais adversos que podem atuar como 
condicionantes do processo de desenvolvimento, sugerindo que os gerenciadores de 
políticas públicas tomem decisões com base em indicadores socioambientais. Como 
possíveis causas podemos listar o esgotamento dos recursos naturais e a degradação 
ambiental identificada em populações com crescimento e desenvolvimento em franca 
expansão. Nesse espectro, os crimes ambientais encontram amparo legal na Lei 
Federal nº 9.605/1998, que prevê sanções penais e administrativas para condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. 
De acordo com Borges (2017), o uso crescente e desequilibrado dos recursos 
naturais do planeta no processo de desenvolvimento humano é responsável por 
criar diversos danos ao meio ambiente. 
Martins (2012) explica que desenvolvimento sustentável é a harmonização entre 
crescimento e aspectos socioambientais, com as ações dos agentes econômicos para 
respeitar o contexto socioambiental e permitir sua perpetuidade. Essa condição 
encontra fundamento no próprio ordenamento jurídico brasileiro, pois, seguindo a 
leitura sistemática das normas propostas pela Carta Magna, designa a atividade 
econômica inserida em sentença que exige compatibilidade com outras normas 
sociais, valores culturais ou ecológicos. Dessa forma, um enorme desafio se propõe 
aos atores econômicos, a saber: desenvolver suas atividades e atuar no cenário 
econômico de forma a maximizar seus resultados por meio de uma gestão 
 
 
socioambiental comprometida (internalização da sustentabilidade) (BORGES, 2017) 
As questões ambientais estão intimamente ligadas ao uso dos recursos naturais 
e aos fatores econômicos que geram desenvolvimento e crescimento. É preciso 
avaliar periodicamente o controle ambiental e dos impactos gerados pela economia, 
ou seja, o monitoramento constante da gestão ambiental. Além disso, os países 
devem basear suas ações no princípio da eficiência para obter sucesso em atividades 
socioeconômicas que devem ser desenvolvidas em relação aos recursos naturais de 
cada país. Portanto, o desenvolvimento sustentável depende do planejamento e do 
reconhecimento de que os recursos naturais são finitos, o que implica que o 
desenvolvimento econômico deve ser alcançado respeitando a limitada contribuição 
do meio ambiente. 
A participação do Estado visa implementar políticas públicas que viabilizem o 
desenvolvimento sustentável baseado no uso prudente dos recursos naturais, 
necessários às necessidades sociais, em sintonia com o progresso nacional. Tais 
requisitos devem ser analisados por meio de estudos e técnicas de avaliação para 
que os gestores públicos possam alocar recursos sem desperdícios estruturais e 
financeiros (BORGES, 2017). 
A falta de gerenciamento humano, seja privado ou público, pode colocar em risco 
a infinita disponibilidade de recursos naturais e impedir o desenvolvimento econômico 
por meio da aplicação de programas governamentais sem rumo e sem efetividade, 
eficiência e eficácia. O que é necessário é um desenvolvimento econômico 
autossustentável que gere o melhor retorno possível com o mínimo de esforço 
(BORGES, 2017). 
7.1 LOGÍSTICA REVERSA 
A sustentabilidade é a palavra falada no momento, sendo observada a 
importância do tema em todos os meios de comunicação e pelas demandas 
organizacionais por um planeta viável. Com a derivação do conceito de 
desenvolvimento sustentável, tem-se expandido ao longo dos anos através de um 
impacto indireto nas mais diversas áreas. É este “transbordamento” que nos permite 
falar em sustentabilidade ambiental, cidades sustentáveis, empregos, ações, 
sustentabilidade, entre outras coisas (PEREIRA, 2011). 
 
 
A incorporação dos discursos sobre sustentabilidade vem crescendo ao longo 
dos anos, principalmente após a ECO-92, que trouxe os elementos necessários para 
o engajamento efetivo dos governos, das empresas e da sociedade civil em busca do 
desenvolvimento sustentável. Apesar da grande mobilização por parte do 
empresariado em se comprometer, essa nova questão se impõe mais como desafio 
do que como oportunidade para incrementar a agregação de valor competitivo no 
mercado. Ser sustentável representa ter um projeto de médio a longuíssimo prazo, o 
que para muitos pode não ser interessante por não gerar benefícios imediatos. Além 
disso, falar de sustentabilidade e do papel das empresas para se alcançar este 
objetivo é algo que para muitos possui um viés de novidade. Ter um negócio 
sustentável e ser sustentável, entretanto, é uma nova exigência do mercado (WILLE, 
2013). 
As empresas estão cada vez mais exigindo entregas rápidas e eficientes, e a 
agilidade é um fator crítico na escolha do consumidor. Para Laugeni e Martins (2003) 
logística é um conjunto de técnicas de gerenciamento para distribuição e transporte 
de produtos finais, transporte de processamento interno para instalaçõese transporte 
de matérias-primas necessárias para o processo de produção. 
A logística é um fator importante para as empresas na distribuição física de 
produtos devido ao crescente volume de transações e à necessidade de fornecer o 
produto certo, no lugar certo, na hora certa, para atender diversos clientes e garantir 
o posicionamento no mercado. A operação logística é responsável pelo planejamento, 
0 operação e gerenciamento do fluxo de mercadorias e informações, desde o 
fabricante até o consumidor (WILLE, 2013). 
É importante salientar que, ao contrário do que muitos pensam, a logística 
reversa é um processo com foco empresarial, pensando em retornos no mercado, e 
não um processo que foi desenvolvido visando o alcance da sustentabilidade. Esta 
logística refere-se a todos os esforços para movimentar mercadorias do seu lugar 
típico da eliminação a fim de recapturar valor. Ou seja, é um processo 
empresarial visando agregar algum tipo de valor ou tentar recuperá-lo o máximo 
possível, em um produto que está fora do mercado. Tal atitude não invoca os 
preceitos de sustentabilidade e sim uma cultura de redução de custos com busca pelo 
lucro. Logo, nem todo processo de logística reversa é sustentável. 
Mas vale ressaltar que o conceito de logística reversa não está totalmente 
 
 
definido. Este conceito está sendo desenvolvido devido a novas oportunidades de 
negócios relacionadas ao crescente interesse comercial e pesquisa neste campo. 
Uma das definições pesquisadas de Logística Reversa é do autor LEITE (2005, 
p.16-17), assim definida: 
Entendemos a logística reversa como a área da logística empresarial 
que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas 
correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao 
ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuições 
reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, 
legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. 
Entretanto, alguns dos processos da logística reversa contém pressupostos de 
sustentabilidade em suas prerrogativas. Quando isso ocorre o processo também é 
reconhecido como “logística verde” ou “logística ecológica”. 
A logística verde oferece, portanto, uma alternativa de interação entre as 
dimensões social, econômica e, sobretudo, ecológica na logística reversa. Um de seus 
objetivos é mostrar às empresas que, além dos custos do seu negócio, elas também 
devem levar em consideração os custos externos, que em grande parte são causados 
por elas mesmas. Portanto, a logística verde lida com a reversa para gerenciar os 
custos intrínsecos de suas atividades (PEREIRA, 2012). 
Estão todos assustados com os prognósticos catastróficos das mudanças 
climáticas e falência dos serviços ambientais. Em meio aos poucos que ainda se 
negam a aceitar as advertências dos cientistas, algumas empresas conseguem 
demonstrar uma racionalidade prática e consequente. Mesmo quando se conseguem 
respostas efetivas aos desafios emergentes da cacofonia política e social, nacional e 
internacional, raras vezes vislumbra-se a possibilidade de uma solução proporcional 
ao tamanho dos problemas. E, no entanto, ainda que a “mobilização” das empresas 
em torno da sustentabilidade seja evidente, ainda não é muito claro até que ponto 
esse discurso de comprometimento está refletido na incorporação dos desafios da 
sustentabilidade à estratégia e gestão dos negócios, nem mesmo como as empresas 
estão se posicionando em relação a determinados desafios chave da sustentabilidade. 
Além disso, os governantes devem estabelecer políticas (públicas e tributárias) 
adequadas à valorização, por estímulo ou punição, do posicionamento responsável 
das empresas diante dos desafios da sustentabilidade, pois o empresariado brasileiro, 
transmite o recado que as empresas darão conta dos desafios importantes para os 
seus negócios. Assim, a sociedade não deve esperar das organizações o 
 
 
enfrentamento de seus principais desafios, a não ser que eles se configurem – na 
forma de riscos ou oportunidades – como fatores chave para seu desempenho 
competitivo. 
 A falta de conscientização das empresas referente aos impactos de suas 
atividades deve ser combatida com uma educação focada em ampliar a consciência 
dos gestores sobre os desafios da sustentabilidade. 
7.2 CUSTOS EM LOGÍSTICA REVERSA 
O processo de logística reversa pode trazer lucros e prejuízos para empresas. 
A reciclagem de materiais e embalagens traz novas iniciativas e melhorias no 
processo de logística reversa, mesmo ao custo de devolução de materiais para 
empresa, há economia para a ela e para o meio ambiente. O alto custo para as 
empresas no processo de logística reversa está frequentemente associado a 
devoluções de produtos devido a erros de fabricação, produtos defeituosos e produtos 
que não atendem às necessidades do cliente. Nesse tipo de operação, os custos de 
armazenamento, alocação e processamento são multiplicados (WILLE, 2013). 
A devolução do produto à empresa deve ser considerada desde a fase de 
desenvolvimento, prevista quando se estudam as matérias-primas utilizadas em 
produtos, e não apenas quando o produto exige tal devolução. Existem várias 
maneiras de devolver produtos a uma empresa. Isso incluiu, às campanhas de 
reciclagem, acordos entre fornecedores e canais de distribuição e empresas de 
reciclagem. De acordo com Lacerda (2009, p. 2): 
Os produtos podem ser revendidos se ainda estiverem em condições 
adequadas de comercialização, recondicionadas desde que haja justificativa 
econômica e recicladas se não houver possibilidade de recuperação gerando 
materiais que retornam ao sistema produtivo, ou em último caso, descarte. 
Para recuperar a quantidade de matérias-primas produzidas pela logística 
reversa, o mercado terá que superar preconceitos no uso deste material reciclado, 
como por exemplo a baixa qualidade dos materiais, porque os reciclados podem ter a 
mesma qualidade das matérias-primas virgens, desde que sejam manuseados 
corretamente durante a reciclagem. Outro preconceito que precisa ser removido é que 
o consumidor final não contribui quando o produto é devolvido. Para isso, as fábricas 
devem contar com canais logísticos para dar suporte a esse processo (WILLE, 2013). 
 
 
A utilização de materiais reciclados apresenta algumas vantagens em relação 
às matérias-primas originais, como preços de mercado mais baixos, escassez de 
novas matérias-primas, economia no consumo de recursos naturais (eletricidade, 
água) e vantagem competitiva ao mesmo tempo em que melhora a imagem da 
empresa. 
Porém, para a devolução dessas matérias-primas, a empresa terá custos tanto 
se programar canais logísticos para o fluxo cliente-empresa, ou caso receba as 
matérias-primas já coletadas e disponível para reciclagem. 
Considerando o fluxo da logística reversa, a empresa é responsável pelo 
produto até que seja devolvido à empresa para reciclagem ou descarte. Além do 
Sistema de Informações Gerenciais, um sistema de custeio também é necessário para 
este procedimento (WILLE, 2013). 
Ao analisar os custos totais do ciclo de vida e identificar os custos diretos e 
indiretos, as empresas podem projetar e tomar decisões que economizam dinheiro a 
longo prazo. A redução de custos pode reduzir o desperdício, entre outros impactos 
ambientais. Elaborar um bom relatório de ciclo de vida do produto pode trazer muitos 
benefícios para a empresa. 
Além de atender os requisitos legais, a logística reversa é uma ferramenta 
indispensável para empresas que buscam vantagem competitiva e controle 
operacional. No entanto, ainda precisa ser reestruturado para acomodar 
procedimentos e aplicações de sistemas necessários para fluxo do processo. 
Verifica-se que a logística reversa é importante para as empresas, desde que 
bem gerenciada durante o ciclo de vida dos produtos e respeitando as normas 
vigentes,podendo trazer benefícios e melhorar sua imagem no mercado (WILLE, 
2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BORGES, et al. Sustentabilidade socioambiental: princípio fundamental para a 
obtenção do desenvolvimento nacional. João Pessoa, v.6, n.12, p.12-26, jun 2017. 
GONÇALVES, Adriana Mara Paiva de Matos. Logística Reversa Redução de 
Custos e Estratégias Competitivas. 2011. 
MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da 
Produção. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
LEITE, Paulo Roberto. Logistica Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. São 
Paulo. 2005. 
MARTINS, A. L. A. M.; RAZUK, N. P. C. Sustentabilidade empresarial: a questão 
socioambiental sob a ótica da análise econômica do direito. Revista Direito, 
Estado e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 2, n. 41, p. 6-29, jul./dez., 2012. 
PEREIRA, G.M.C.et al. Sustentabilidade socioambiental: um estudo 
bibliométrico da evolução do conceito na área de gestão de operações, Brasil, 
ano 11, v.21, n.4, p.610, out./dez.2011. 
PEREIRA, A. L. et al. Logística Reversa e Sustentabilidade. São Paulo, SP, 2012. 
VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Garamond, 2006. 
WILLE, Mariana, Muller; BORN, Jeferson, Carlos. Logística reversa: conceitos, 
legislação e sistema de custeio aplicável.2013. Revista eletrônica dos Cursos de 
Administração e Ciências Contábeis. Disponível em: https://bit.ly/3WM12AQ. Acesso 
em: 05 jan.2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	7 SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
	7.1 LOGÍSTICA REVERSA
	7.2 CUSTOS EM LOGÍSTICA REVERSA

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