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MANEJO SUSTENTÁVEL DA 
CAATINGA
O QUE É CAATINGA?
• A Caatinga é um bioma brasileiro
100% nacional, caracterizado pelo
clima semiárido, com alta
temperatura e longos períodos de
seca, que fazem a vegetação perder
as folhas e ganhar um tom
esbranquiçado, dando origem ao seu
nome de origem tupi-guarani, "mata
branca". Localizada
predominantemente no Nordeste, é
um bioma com grande
biodiversidade adaptada à falta de
água e com rica fauna e flora
endêmicas, apesar de ser
frequentemente vista como um local
pobre em recursos.
TIPOS DE CAATINGA
Caatinga Arbórea:
Caracterizada pela presença de árvores 
que podem atingir até 20 metros de 
altura, como o juazeiro e a aroeira.
Caatinga Arbustiva:
Consiste em uma vegetação de porte 
médio, com arbustos e plantas como 
xique-xique, mandacaru e cactos.
Caatinga Herbácea:
Formada por pequenas plantas e gramíneas que 
geralmente não ultrapassam os dois metros de 
altura e estão espalhadas pelo ambiente.
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O QUE INFLUENCIA ESSES TIPOS?
• Condições de solo: Em solos mais rasos e pedregosos, a vegetação
tende a ser mais baixa.
• Disponibilidade de água: Em áreas com mais umidade, o que pode
ocorrer em encostas e topos de serra, a caatinga pode apresentar
uma mata mais fechada, enquanto áreas mais secas resultam em
vegetação mais esparsa.
• Ação humana: A forma como as plantas são utilizadas e manejadas
também pode influenciar a composição e a diversidade da vegetação.
MANEJO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA
• O manejo da caatinga envolve a
adoção de práticas sustentáveis
para o uso da vegetação,
incluindo o manejo florestal para
a obtenção de biomassa e
forragem, a restauração de áreas
degradadas através do
reflorestamento, e o cuidado do
solo para evitar a erosão e a
desertificação. Essas técnicas
visam garantir a conservação da
biodiversidade e dos serviços
ecossistêmicos do bioma, além
de promover o trabalho e a renda
das comunidades locais.
ESTUDIOSOS DA ÁREA DE MANEJO DE 
CAATINGA
• José Guimarães Duque foi um
defensor e estudioso do manejo de
plantas xerófilas na Caatinga,
destacando seu potencial para o
desenvolvimento socioeconômico
da região e propondo técnicas de
cultivo e aproveitamento dessas
espécies, como o caroá e o algodão-
mocó, para que se tornassem
produtos de valor. Sua obra visava a
adoção de tecnologias que
integrassem a flora nativa aos
modelos de desenvolvimento do
semiárido, incentivando o uso de
recursos naturais disponíveis de
forma sustentável.
ESTUDIOSOS DA ÁREA DE MANEJO DE 
CAATINGA
• O Professor João Ambrósio é um
dos mais destacados cientistas
brasileiros no tema do manejo da
vegetação nativa. Sua trajetória
como pesquisador da Embrapa
Caprinos e Ovinos e como
professor universitário foi
totalmente dedicada ao estudo
do manejo pastoril sustentável
da caatinga.
CONCEITO DE MANEJO PASTORIL 
SUSTENTÁVEL
• Segundo Araújo Filho (2013), o manejo de pastagem nativa é uma ciência e
arte voltada para direcionar o uso sustentável das pastagens. A proposta
visa obter bens e serviços agropecuários enquanto conserva recursos
naturais renováveis.
• ARAÚJO FILHO DEFINE CINCO OBJETIVOS PRINCIPAIS:
• 1. Preservar espécies forrageiras importantes e a biodiversidade da
pastagem.
• 2. Usar a forragem de forma eficiente.
• 3. Sustentar produção animal sem prejudicar a fauna nativa.
• 4. Controlar os fluxos hídricos para evitar enxurradas.
• 5. Combater a erosão do solo.
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE MANEJO
• CAATINGA REBAIXADA
• • Técnica que consiste em cortar parcialmente a vegetação lenhosa para 
facilitar o acesso à forragem e estender sua produção durante a seca
• RESULTADOS TÍPICOS:
• o Forragem: de 400 kg/ha/ano para 1.600 kg/ha/ano.
• o Capacidade de suporte:
• Bovinos: de 10 ha/bovino para 5 ha/bovino.
• Caprinos: de 2 ha/caprino para 0,7 ha/caprino.
• Ovinos: de 2 ha/ovino para 1 ha/ovino.
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE MANEJO
• RALEAMENTO
• Corte seletivo da vegetação, preservando cerca de 400 árvores ou arbustos por hectare (aproximadamente 
uma árvore a cada oito passos)Scribd.
• PROTOCOLO GERAL:
• 1. Delimitar área e cercar.
• 2. Preservar as árvores/arbustos remanescentes; em espécies multicaules, manter apenas um caule.
• 3. Utilizar madeira útil e picotar os restos para rápida decomposição.
• 4. Cortar rebrotações após 40 dias do começo das chuvas.
• 5. Introduzir o gado em carga leve no início da seca.
• 6. Ajustar a lotação a partir do segundo verão.
• 7. Fazer roço das rebrotações a cada três anos.
• • RESULTADOS:
• o Forragem: até 2.400 kg/ha/ano.
• o Lotação: 3,5 ha/bovino; 0,5 ha/caprino ou ovino.
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE MANEJO
• ENRIQUECIMENTO DA CAATINGA
• Aplicação de ressemeio no estrato herbáceo ou lenhoso, 
preferencialmente com cultivo mínimo para preservação da 
vegetação nativa.
• Manter 200 árvores por hectare; plantar durante a estação chuvosa, 
associando forrageiras a culturas de subsistência (milho, sorgo, 
mandioca) e fertilizar o solo.
• Resultados esperados:
• Lotação: 1,1 cab/ha/ano para bovinos; 10 cab/ha/ano para caprinos e 
ovinos
SERRAPILHEIRA
• A serapilheira na Caatinga
forrageira é a camada de restos
vegetais (folhas, galhos, etc.) e
animais que se acumula no solo,
sendo fundamental para a
ciclagem de nutrientes no
ecossistema, especialmente
adaptada às condições secas da
região. O termo "forrageira"
refere-se ao seu papel na
alimentação, pois o material em
decomposição da serapilheira
fornece nutrientes que
sustentam a flora, formando a
base da cadeia produtiva para o
gado e outros animais que se
alimentam na Caatinga.
CONCEITOS SOBRE 
PASTEJO
PASTEJO
• Pastejo é o sistema de alimentação de
animais utilizando vegetação (pasto)
de uma área de terra. Os principais
conceitos incluem: pastejo contínuo,
onde os animais têm acesso livre e
constante à pastagem; e pastejo
rotacionado, que divide a área em
piquetes para períodos alternados de
uso e descanso, permitindo a
recuperação da forragem. Outros
conceitos importantes são piquete
(divisão do pasto), lotação (número de
animais por área) e os riscos de
superpastejo (uso excessivo) e
subpastejo (uso insuficiente), que
afetam a saúde da pastagem.
PASTEJO CONTÍNUO
• Os animais ficam na mesma área
de pasto durante todo o ano ou
período de pastejo.
• É mais simples de implementar,
com baixo investimento em
cercas.
• Geralmente resulta em pastagens
de menor capacidade de suporte
e produtividade.
PASTEJO ROTACIONADO
• A pastagem é dividida em
piquetes, e os animais são
movimentados entre eles.
• Os piquetes alternam períodos
de pastejo (ocupação) e
descanso paraa planta se
recuperar.
• Permite maior controle da altura
da forragem, melhorando o
aproveitamento e a qualidade
do pasto.
CONCEITOS ESSENCIAIS
• Pasto:
• Área de terra com vegetação utilizada para a alimentação de animais
em pastejo.
• Piquete:
• Uma das subdivisões de uma pastagem que é utilizada de forma
alternada no pastejo rotacionado.
• Lotação:
• O número de animais por unidade de área, que influencia a pressão
de pastejo e a capacidade de suporte da pastagem.
• Capacidade de Suporte:
• A quantidade de animais que uma área de pasto pode sustentar sem
se degradar.
• Superpastejo:
• Ocorre quando a taxa de lotação é maior do que a capacidade de
suporte, levando à degradação do pasto.
• Subpastejo:
• Ocorre quando a área de pasto não é utilizada ao máximo, resultando
em menor produtividade da forragem e podendo afetar a qualidade.
CONCEITOS ESSENCIAIS
• Sistemas de Pastejo:
• A combinação integrada dos componentes animal, planta forrageira,
solo e ambiente, visando um objetivo de produção específico.
• Unidade Animal:
• A Unidade Animal (UA) é um parâmetro usado na agropecuária para
padronizar a avaliação da carga animal em pastagens,
correspondendo a um bovino adulto de 450 kg de peso vivo, ou uma
vaca seca com seu bezerro não desmamado. O conceito permite
converter diferentes categorias de animais em uma unidade de
medida comum, facilitando o planeamento e a gestão do uso de
recursos forrageiros.
CONCEITOS ESSENCIAIS
OBRIGADO!!!!

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