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Motivação e Liderança - Aula 1

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MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá! 
O que leva uma pessoa a realizar determinada ação? Ou uma escolha 
específica? Por exemplo, o que leva uma pessoa a escolher um determinado 
produto em detrimento de outro? Ou o que faz uma pessoa acordar cedo para fazer 
exercícios? Compreender o que motiva uma pessoa a alcançar algo pode parecer 
simples à primeira vista, mas é complexo. A motivação é um conceito que inclui 
aspectos ambientais, psicológicos, culturais, cognitivos, etc.; portanto, pode ser 
entendido de maneiras diferentes, dependendo da perspectiva escolhida para 
explicação. Embora motivação seja um termo frequentemente utilizado para 
compreender determinados comportamentos, sua definição não é simples. 
Nesta aula, será abordada uma análise das várias teorias que emergiram ao 
longo dos anos para elucidar o conceito de motivação. Inicialmente, será 
apresentada a definição de motivação e serão examinadas as distintas perspectivas 
que tentaram investigá-la. Ao término, será evidenciado como essas diversas 
explicações se entrelaçam, proporcionando assim uma compreensão mais 
aprofundada da motivação e do comportamento humano. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 1- 
CONCEITO DE 
MOTIVAÇÃO 
 
1 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO 
A motivação é um conceito amplo que inclui vários aspectos, como fatores 
cognitivos, sociais e biológicos. No entanto, independentemente da abordagem 
utilizada para explicá-la, todos compartilham uma definição comum deste conceito: a 
motivação inclui “fatores que orientam o comportamento das pessoas e de outros 
organismos” (FELDMAN, 2015, p. 289). Também pode ser definida no mesmo 
sentido como uma força interna que nos faz agir e só é sentida por nós porque é 
interna. Assim, compreender a motivação pode ajudar a entender melhor por que 
uma determinada pessoa se comporta de determinada maneira (TODOROV; 
MOREIRA, 2005). 
Ao longo da história, tem-se buscado compreender a motivação por meio de 
diversas perspectivas, e essa área de pesquisa não se limita a uma única 
abordagem. Diferentes disciplinas dedicam-se a estudá-la, o que por vezes torna 
desafiador alcançar um consenso claro sobre o que de fato impulsiona a motivação. 
A interdisciplinaridade presente nesse campo enriquece a compreensão, mas 
também destaca a complexidade inerente à motivação, exigindo uma apreciação 
multifacetada para captar sua verdadeira natureza (REEVE, 2006). 
Estas diferentes formas de compreender e explicar um conceito permitem 
gerar perspectivas existentes num conhecimento mais profundo e sempre renovado, 
permitindo-nos escolher ideias que pareçam mais credíveis e mais compatíveis com 
as nossas abordagens (REEVE, 2006). Por fim, a motivação também está 
relacionada a vários conceitos como instinto, impulso, homeostase e autorrealização, 
pois ajuda a manter o nosso equilíbrio interior, orientando as nossas ações 
(FELDMAN, 2015; NOLEN-HOEKSEMA et al., 2018). 
A motivação desencadeia a ação, seja por necessidades fisiológicas, afetivas 
ou intelectuais. No fundo há sempre um organismo que tem uma necessidade, um 
objetivo, uma vontade ou uma tendência para agir (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 
2018). Reeve (2006) enfatiza que a motivação é um processo interno que impulsiona 
o comportamento e a diferença entre um motivo e uma necessidade, cognição ou 
emoção é simplesmente o nível de análise. Necessidades, cognições e emoções são 
nada mais que tipos específicos de motivos. 
Uma das primeiras teorizações sobre a motivação fundamentou-se no 
conceito de vontade de Descartes (1596-1650), para quem a vontade representava 
 
a força motivadora preponderante. Essa explicação inicial proporcionava uma 
compreensão aparentemente clara da motivação, considerando a vontade como o 
impulso inicial e direcionador da ação (comportamento). Contudo, com o avanço dos 
estudos de Darwin e sua marcante influência na ciência, algumas teorias de cunho 
mentalista perderam espaço, dando lugar a abordagens mais ancoradas em 
explicações biológicas, genéticas e mecanicistas. 
Consequentemente, a relação entre vontade e motivação viu-se deslocada, 
abrindo espaço para o surgimento de uma nova teoria fundamentada no conceito de 
instinto (REEVE, 2006). Esse paradigma revisionista destaca a influência de fatores 
biológicos e genéticos na motivação, desafiando e reformulando as premissas 
anteriormente estabelecidas, e contribuindo assim para uma compreensão mais 
holística e integrada dos mecanismos motivacionais. 
Os instintos desempenham um importante papel na preservação e 
sobrevivência de uma espécie. Nesse contexto, certos comportamentos, como o 
comportamento sexual, podem ser interpretados como instintos reprodutivos 
essenciais para a continuidade da espécie. O pioneirismo na propagação e 
popularização da teoria instintiva da motivação é atribuído ao filósofo e psicólogo 
William James, que introduziu essas ideias inovadoras durante meados da década 
de 1890. As contribuições de James lançaram as bases para uma compreensão mais 
profunda dos instintos e sua influência intrínseca sobre os padrões de 
comportamento humano. Essa abordagem inicial continua a moldar e enriquecer o 
entendimento contemporâneo da motivação em diversas disciplinas (REEVE, 2006). 
Embora muitos teóricos tenham adotado esta abordagem, ela foi insuficiente 
para explicar por que certos comportamentos apareceram em certas espécies e não 
em outras. Aos poucos ficou claro que muitos dos nossos comportamentos são 
aprendidos e não podem ser explicados apenas pelo instinto. Isso levou a novas 
abordagens e tentativas de explicar o conceito de motivação. Isto não quer dizer que 
o comportamento e o instinto inatos não desempenhem um papel nas teorias e 
explicações do comportamento; pelo contrário, ainda são muito importantes para 
compreender o funcionamento de certos aspectos do ser humano (FELDMAN, 2015). 
Iniciando um movimento de rejeição das teorias motivacionais fundamentadas 
no instinto, alguns teóricos nas décadas de 1940 e 1950 empreenderam esforços 
para desenvolver novas abordagens conceituais. Nesse contexto, surgiu a teoria da 
redução do impulso, a qual propõe que a falta de determinadas condições básicas 
 
cria uma necessidade, gerando, por sua vez, um impulso para satisfazê-la. Essa 
perspectiva busca explicar a dinâmica motivacional ao conectar diretamente as 
carências percebidas com a geração de impulsos que direcionam as ações em busca 
da satisfação dessas necessidades. Por exemplo, no caso de falta de água, haveria 
um comportamento específico para satisfazer essa necessidade, neste caso a 
procura de água. Assim, a motivação estaria relacionada ao desejo de agir. Através 
desta lente teórica, poderíamos compreender a motivação como um comportamento 
que visa a satisfação de necessidades (FELDMAN, 2015). 
Embora a teoria da redução da motivação tenha ajudado a compreender a 
motivação, ainda era insuficiente para explicar o comportamento que não estava 
diretamente relacionado com o objetivo de satisfação das necessidades. Novas 
teorias apareceram novamente (FELDMAN, 2015). Segundo Feldman (2015), uma 
alternativa à teoria da redução de movimentos era um estímulo à motivação. Dessa 
forma, quando o nível de estimulação ou atividades são altos, tentam diminuí-los, da 
mesma forma, quando a estimulação e as atividades são baixas, tentam aumentá-
las. Assim, a motivação seria explicada pela irradiação do comportamento para 
aumentar ou diminuir a estimulação ou a tensão. 
No entanto, foi novamente reconhecido que a motivação não provém apenas 
da tentativa de manter a atividade e a estimulação, mas pode advir de objetivos 
extrínsecos. Nesse contexto, emerge uma teoria inovadora: a abordagem 
motivacional da motivação. De acordo com essa perspectiva, o comportamento pode 
ser impulsionadopor estímulos externos, como dinheiro, sexo, comida, entre outros. 
Dessa forma, a motivação originar-se-ia do desejo de alcançar objetivos externos, 
representados por incentivos ou recompensas. Essas recompensas funcionariam 
como estímulos motivacionais, impelindo a realização de comportamentos 
específicos em busca da concretização desses objetivos. 
Apesar da abordagem motivacional ser capaz de explicar situações em que 
podemos, por exemplo, comer sem sentir fome, ela não oferece uma compreensão 
abrangente da motivação. Posteriormente, surgiram as abordagens cognitivas da 
motivação, as quais postulam que a motivação é o desdobramento dos pensamentos 
e objetivos individuais. Nessa perspectiva, as expectativas e a cognição 
desempenham papéis fundamentais ao impulsionar uma pessoa a empreender 
ações específicas (FELDMAN, 2015). 
As abordagens cognitivas distinguem entre motivação intrínseca e extrínseca. 
 
A motivação intrínseca ocorre quando fazemos algo para nosso próprio prazer, e não 
por alguma recompensa tangível; enquanto a motivação extrínseca nos faz agir com 
base na recompensa tangível que recebemos em troca. Por exemplo, uma pessoa 
que ama o que faz e dedica horas extras está intrinsecamente motivada, enquanto 
uma pessoa que trabalha mais horas para ganhar mais dinheiro está 
extrinsecamente motivada (recompensas) (FELDMAN, 2015). 
A motivação é altamente individual e sujeita a variações ao longo do tempo. 
Embora todos compartilhem motivações básicas, como a busca por comida e água, 
o que efetivamente motiva as pessoas pode diferir consideravelmente. Certas 
motivações podem impelir uma pessoa de maneira vigorosa, enquanto exercem 
pouca influência sobre outra. Por exemplo, muitas pessoas buscam emoções 
intensas e estímulos vigorosos, como os encontrados em esportes radicais, enquanto 
outras podem não encontrar motivação para se envolver nessas atividades. Portanto, 
é essencial compreender que as fontes de motivação variam entre as pessoas, 
levando algumas a se dedicarem intensamente a certos comportamentos, ao passo 
que outras podem não demonstrar interesse ou motivação significativa (REEVE, 
2006). 
Finalmente, na década de 1970, nasceu a hierarquia de necessidades de 
Maslow. O modelo criado pelo psicólogo Abraham Maslow organiza as necessidades 
motivacionais em uma hierarquia. É por isso que as necessidades básicas vêm em 
primeiro lugar. 
Segundo Maslow, nossa motivação sobe para o topo da pirâmide quando as 
necessidades primárias são atendidas. Portanto, uma pessoa deve satisfazer mais 
necessidades básicas que estão na base da pirâmide e depois satisfazer as 
necessidades de nível superior. Assim, quando todas essas necessidades são 
satisfeitas, uma pessoa pode ser motivada a buscar a autorrealização (FELDMAN, 
2015). 
Observamos que apenas uma abordagem não pode explicar o que é 
motivação. Nenhum deles consegue definir completamente o conceito; em vez disso, 
oferecem diferentes perspectivas sobre motivação, concentrando-se em diferentes 
perspectivas que cobrem alguns tópicos importantes de compreensão, como instinto, 
impulso e auto realização. 
 
1.1 Principais Conceitos envolvidos na Motivação 
Para compreender as abordagens motivacionais e os aspectos que elas 
enfocam, é importante conhecer os conceitos nelas utilizados. 
O primeiro é o instinto. Este termo refere-se ao comportamento inato, ou seja, 
comportamento que vem conosco e, portanto, não precisa ser aprendido. Assim, uma 
das primeiras teorias da motivação associou-a ao instinto: o comportamento 
biologicamente determinado (FELDMAN, 2015). Charles Darwin afirmava que o 
comportamento dos animais era mecânico, não aprendido, porque não precisavam de 
experiência para caçar, construir ninhos, etc. Ele então propôs o conceito de instinto. 
O instinto estaria associado a genes que fariam com que os animais agissem de 
determinadas maneiras. Com o tempo, essa compreensão dos instintos começou a 
ser aplicada também aos humanos. Assim, quando ocorre um estímulo, os instintos 
podem ser expressos através de reflexos inatos que foram biologicamente 
programados para agir. Por instinto, os animais têm uma ação impulsiva que envia os 
reflexos necessários diante de determinado estímulo (REEVE, 2006). 
Muitos dos comportamentos reflexos que expressamos são frequentemente 
interpretados como impulsivos, impulsionados por instintos. É relevante notar que o 
conceito de instinto está comumente relacionado a outro elemento crucial para a 
compreensão: o impulso. Do ponto de vista psicológico, o impulso pode ser definido 
como: 
[...] uma tensão motivacional, ou excitação, que energiza o comportamento 
para atender a uma necessidade. Muitos impulsos básicos, como fome, sede, 
sono e sexo, estão relacionados a necessidades biológicas do corpo ou da 
espécie com um todo (FELDMAN, 2015, p. 290). 
Esses impulsos básicos mencionados por Feldman (2015) também são 
chamados de impulsos primários. Eles são primários porque estão diretamente 
relacionados às necessidades biológicas básicas. 
Assim, o desejo pode ser definido como um estado psicológico que leva o 
organismo a responder a uma necessidade através de um distúrbio fisiológico. 
Portanto, o organismo se prepara para enviar comportamentos que satisfaçam essas 
necessidades biológicas específicas, e os impulsos básicos ajudam os animais a 
manter a estabilidade ou o equilíbrio. Essa tendência de manter o equilíbrio das 
funções corporais é chamada de homeostase (GAZZANIGA; HEATHERTON; 
 
HALPERN, 2018). 
Homeo significa “igual” e stase significa “estático” ou “constante”. Portanto, a 
homeostase é a tendência do corpo de manter um estado de equilíbrio interno, como 
um termostato que ajuda a manter constante a temperatura ambiente. Quando ocorre 
um desequilíbrio, o corpo tenta retornar ao seu estado ideal. Portanto, nosso corpo 
trabalha ativamente para manter esse estado constante, a homeostase. Este conceito 
refere-se às nossas necessidades básicas como alimentação, água, sono, 
temperatura corporal. Todos esses processos funcionam por meio da homeostase 
com o objetivo de manter o equilíbrio interno e ajudar o organismo a sobreviver 
(FELDMAN, 2015; NOLEN-HOEKSEMA et al., 2018). 
O controle homeostático pode ser psicológico e fisiológico. Em geral, os 
processos homeostáticos envolvem ambos os aspectos. Por exemplo, imagine que 
você está resfriado. Uma reação psicológica seria uma sensação de frio, uma 
sensação de frio que faz você dizer e reconhecer que está com frio. Uma resposta 
fisiológica é uma mudança no corpo, como tremores, contração muscular, 
resfriamento corporal, que faz com que a pessoa procure um local mais quente ou 
procure roupas quentes. Assim, o comportamento visa satisfazer as necessidades 
básicas deste organismo, buscando a homeostase (NOLEN-HOEKSEMA et al., 2018). 
Segundo a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, as necessidades 
primárias são as mais importantes para satisfazer o organismo. Só depois deles 
procuramos outros. Segundo essa teoria, assim que uma pessoa sobe nessa 
hierarquia de necessidades, ela pode atingir o nível de autorrealização. A 
autorrealização é um estado de satisfação pessoal através do qual as pessoas podem 
realizar seu potencial em um nível superior. Assim, tendo alcançado a autorrealização, 
as pessoas sentem uma sensação de lar e satisfação com a situação atual de suas 
vidas, o que reduziria os esforços e a necessidade de maiores conquistas (FELDMAN, 
2015). 
Maslow enfatizou que a autoatualização seria a motivação mais elevada de 
uma pessoa, mas só poderia ser satisfeita depois de todas as outras necessidades 
em seu nível hierárquico (FELDMAN, 2015). 
Deve-se notar que estes diferentes conceitos (desejo, instinto, homeostase e 
autorrealização) desempenham um papel importante na compreensão do conceito de 
motivação. Eles estão diretamente relacionados àmotivação de uma certa forma. 
Para aumentar a compreensão, os teóricos concluíram que é melhor combinar 
 
diferentes explicações para obter uma compreensão mais abrangente da motivação. 
1.2 Relação entre as teorias da motivação 
As diferentes abordagens que surgiram para explicar o conceito de motivação 
complementam-se. Por exemplo, muitos teóricos perceberam que a abordagem 
motivacional combinada com a teoria pode descrever melhor o que é motivação 
(FELDMAN, 2015). 
Para compreender o comportamento e a motivação, é impossível separar as 
diferentes teorias, pois isso significaria ver apenas uma parte e não o todo, o que 
enfraquece o nível de compreensão. Se considerarmos apenas as teorias dos 
impulsos e dos instintos para interpretar o comportamento, fica desafiador entender 
as ações que não estão diretamente ligadas a necessidades biológicas. Nesse 
contexto, a teoria da motivação é importante ao oferecer uma compreensão mais 
abrangente. Ela destaca que a motivação não se limita apenas a impulsos e instintos 
relacionados a necessidades biológicas, mas pode também ser extrínseca, indo além 
das motivações intrínsecas. Essa abordagem mais ampla permite explorar as 
complexidades do comportamento, considerando fatores motivacionais que não se 
restringem apenas às exigências biológicas fundamentais (GAZZANIGA; 
HEATHERTON; HALPERN, 2018). 
Além disso, esses estímulos são considerados adaptativos do ponto de vista 
evolutivo. Em outras palavras, somos motivados a fazer e buscar certas coisas e evitar 
outras. Em geral, evitamos coisas que podem ser perigosas ou nos causar alguma 
dor, desconforto, etc., e procuramos o que nos satisfaz e nos traz alegria 
(GAZZANIGA; HEATHERTON; HALPERN, 2018). Porém, outras perspectivas, como 
a cognitiva, ajudam a compreender como uma pessoa classifica individualmente algo 
como agradável ou desagradável, o que ajuda a compreender melhor sua motivação 
e comportamento. 
Após anos de motivação para o estudo, surgiram vários interesses. Na década 
de 1930, o psicólogo Henry Murray estudou necessidades psicossociais básicas, 
como autonomia e realização. Portanto, a satisfação dessas necessidades 
psicossociais também estaria relacionada à compreensão do que motiva as pessoas. 
Portanto, as pessoas seriam motivadas a atingir objetivos pessoais que são únicos 
para cada pessoa (GAZZANIGA; HEATHERTON; HALPERN, 2018). 
 
Para compreender melhor a busca de objetivos pessoais, Albert Bandura, na 
década de 1970, explorou o conceito de autorregulação, que seria o processo pelo 
qual as pessoas mudam seu comportamento para atingir esses objetivos. Além disso, 
o fator determinante da motivação seriam as expectativas pessoais para atingir esse 
objetivo. Quanto mais uma pessoa acredita que pode alcançar seus objetivos, mais 
motivada ela fica para realmente se desapegar (GAZZANIGA; HEATHERTON; 
HALPERN, 2018). 
Hoje, muitas pesquisas ainda estão sendo feitas para entender como a 
motivação se relaciona com vários conceitos, como emoções e emoções. Muita 
pesquisa tem sido feita para entender como a motivação pode estar ligada à 
aprendizagem, dando origem a um campo de pesquisa diferente para este conceito 
amplo. 
Esta aula buscou abordar diversas teorias relacionadas ao conceito de 
motivação. A motivação, conforme discutido, não se resume a uma simples força 
interior que direciona nosso comportamento; pelo contrário, engloba uma série de 
elementos e conceitos interligados. Ao longo dos anos, várias teorias foram 
desenvolvidas para enriquecer o entendimento e as explicações sobre a motivação. 
O objetivo desta aula é proporcionar uma compreensão mais profunda do que 
impulsiona uma pessoa a realizar ações específicas e a fazer escolhas entre 
diferentes opções. Além de abordar a força interior que motiva, a aula explora diversos 
elementos que compreendem e explicam o comportamento em um determinado 
momento. Em resumo, visa oferecer uma visão abrangente sobre os motivos que 
levam uma pessoa a agir de determinada maneira em circunstâncias específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao 
estudo da psicologia. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
FELDMAN, R. S. Introdução à psicologia. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. 
GAZZANIGA, M.; HEATHERTON, T.; HALPERN, D. Ciência psicológica. 5. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2018. 
NOLEN-HOEKSEMA, S. et al. Atkinson & Hilgard: introdução à psicologia. São 
Paulo: Cengage Learning, 2018. 
REEVE, J. Motivação e emoção. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
TODOROV, J. C.; MOREIRA, M. B. O conceito de motivação na psicologia. Revista 
Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 7, n. 1, p. 119-32, 2005.

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