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Faça o resumo do texto-base de sua Unidade II. Para isso assista à última 
videoaula da Unidade II (localizada na primeira página da Unidade II). Lá você 
receberá orientações para elaborar seu resumo.
Formar leitores críticos é um desafio mundial, pois as tecnologias digitais exigem 
que as pessoas processem muitas informações e desenvolvam diversas operações 
cognitivas. Para isso, é necessário olhar também para a leitura dos professores: o que 
leem, se leem e como isso influencia o ensino. Batista (1998) questiona se os professores
são “não-leitores” e mostra que, no passado, o professor lia muitos clássicos e ensinava 
para classes mais favorecidas. Com a democratização da escola e da universidade, 
mudou o perfil dos alunos e dos professores, e também os interesses de leitura. Não é 
correto afirmar que professores não leem, mas sim que leem de maneira diferente do 
modelo idealizado pela academia. Kleiman (2001) lembra que preferências literárias 
distintas não impedem o professor de formar leitores.
Assim, é importante que o próprio professor reflita sobre suas leituras, já que sua 
prática influencia diretamente a formação dos alunos. Professores leitores podem 
promover ações pedagógicas que ultrapassam a simples decodificação, colocando o 
aluno “além de si mesmo” e destacando o papel docente no processo de formação de 
leitores. A partir disso, é possível pensar no ensino do processamento da leitura na 
escola.
A compreensão é a base da leitura, que envolve decodificar as letras e buscar 
coerência no que é lido. Antes mesmo de ler palavras, a criança já busca sentido no 
mundo, o que ajuda no futuro processamento da leitura. No início da alfabetização, a 
leitura depende do reconhecimento fonológico, por isso é mais lenta; com o tempo, a 
criança passa a reconhecer melhor as palavras e a leitura se torna mais fluente.
A fluência envolve precisão, velocidade e expressividade, permitindo que o texto 
deixe de ser apenas sons e passe a ter sentido. Segundo Ribeiro, leitores fluentes 
reconhecem letras, palavras, frases, localizam informações e fazem inferências. Quando 
a leitura é lenta e sem expressividade, a criança não compreende o texto e não consegue 
recontá-lo. Quando lê com fluência, consegue focar na compreensão, analisar e sintetizar 
melhor. Por isso, o professor deve valorizar a fluência para desenvolver uma leitura mais 
interpretativa.
A leitura é uma atividade cognitiva e social que nos transporta, desperta 
sentimentos e cria vínculos. Ler envolve interação entre leitor e texto, com afeto e 
mediação. A compreensão depende tanto do texto quanto do conhecimento linguístico, 
das experiências e das leituras anteriores do leitor. Assim, ler não é só decodificar: é 
ativar lembranças, vivências e conhecimentos, como defendem Kleiman e Freire, que 
afirma que a leitura de mundo antecede a leitura da palavra.
O leitor é ativo, constrói sentidos e dialoga com o texto. A leitura é uma ação 
dialógica, um encontro entre o que se lê e o que já foi lido, criando sentidos novos a cada 
leitura. Esse diálogo envolve expressividade, espontaneidade e interação, e o leitor se 
envolve emocionalmente com o texto.
A compreensão resulta da articulação entre as partes do texto e das experiências 
de leitura, criando uma visão de conjunto. O sentido muda conforme novas leituras e 
novos conhecimentos. Elementos materiais do texto (como tipo de letra, formato e 
suporte) também influenciam a compreensão.
O leitor usa estratégias construídas de forma interativa e cada vez mais

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