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1 Daniel António Cossa Eunencio Afonso Chelengo Efeito de estufa e Aquecimento global 2º Ano Lic. Em ensino de Física Fundamentos de Meteorologia Universidade Pedagógica Faculdade de Ciências Naturais e Matemática Departamento de física Maputo, 2015 2 Daniel António Cossa Eunencio Afonso Chelengo Efeito de estufa e Aquecimento global Universidade Pedagógica Faculdade de Ciências Naturais e Matemática Departamento de física Maputo, 2015 Trabalho de investigação realizado na cadeira de fundamentos de Meteorologia para avaliação, sob orientação de: dr. Arsénio Mindú dr. Fernando Matias 3 Índice Introdução………………………………………………………………………………………....4 Objectivos…………………………………………………………………………………………4 Efeito Estufa.................................................................................................................................... 5 Gases de efeito de estufa ................................................................................................................. 7 Aquecimento global ...................................................................................................................... 11 Causas do aquecimento global ...................................................................................................... 11 Grandes emissores de gases de efeito estufa ................................................................................. 13 Consequências do aquecimento global ......................................................................................... 14 As possíveis soluções para minimizar os efeitos do aquecimento global ..................................... 18 Conclusão ...................................................................................................................................... 21 Bibliografia ................................................................................................................................... 22 4 Introdução Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos. Portanto neste trabalho, fez-se uma análise profunda sobre o efeito estufa e o aquecimento global. O trabalho está estruturado em introdução; objectivos; a revisão bibliográfica onde estão abordados os seguintes conteúdos: o conceito de efeito estufa, os gases de efeito de estufa, aquecimento global, causas do aquecimento global, grandes emissores de gases de efeito estufa, consequências do aquecimento global, as possíveis soluções para minimizar os efeitos do aquecimento global; as conclusões e a bibliografia consultada na realização do trabalho. Objectivos Conceituar o efeito de estufa e o aquecimento global; Caracterizar os gases do efeito estufa; Distinguir efeito estufa do aquecimento global; Explicar as causas do aquecimento global; Descrever as consequências do aquecimento global; Apresentar as formas de minimizar o aquecimento global. 5 Efeito Estufa Se o planeta terra estivesse desprovido da sua atmosfera (como um pedaço de rocha estéril a flutuar no espaço), a temperatura da sua superfície subiria durante o dia, mas desceria drasticamente à noite. A média da temperatura seria aproximadamente -18ºC, porem, com a presença da atmosfera, a temperatura média na terra é de aproximadamente 14,4ºC. É que na atmosfera ocorre um fenómeno que mantem o ser humano e os outros seres vivos num ambiente agradável. O matemático e físico francês Joseph Fourier, foi um dos primeiros investigadores a analisar o equilíbrio energético da terra, e com base em seus cálculos realizados na década 20, demonstrou o contraste de temperaturas que se verificariam entre um planeta desprovido da atmosfera e aquele em que vivemos. A energia que chega à terra sob forma de luz solar tem de ser equilibrada pela energia que é devolvida para o espaço, parcialmente sob forma diferente. Entretanto Fourier acreditava que alguma desta energia em trânsito seria continuamente interceptada pela atmosfera mantendo a superfície terrestre mais quente do que estaria se isso não acontecesse. Fourier baseou-se nas experiencias que demonstravam como uma caixa de vidro aprisiona o calor, para comprar a atmosfera a uma estufa. Encontra-se ai a génese do conceito de efeito de estufa. De acordo com MORAIS (2008:35) O efeito de estufa “é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar reflectida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço.” A atmosfera aquece por absorver radiação infravermelha proveniente da superfície terrestre aquecida pelo sol. Por esse motivo quanto mais gases de efeito de estufa houver, tanto menos radiação poderá escapar da terra em direcção ao espaço e mais aumentara a temperatura do planeta. O diagrama abaixo (figura 1) apresentado mostra o que acontece quando a luz solar chega a superfície da terra: 6 Fig. 1. Entrada e saída da radiação Cerca de 30% da luz solar é reflectida de volta para o espaço pelas nuvens, poeiras e pela superfície terrestre (sobretudo nas zonas em que esta é mais reflexiva, como as cobertas de gelo). Aproximadamente 19% da luz solar é absorvida pela atmosfera, principalmente por acção das nuvens e do vapor de água. Quase 51% da luz solar é absorvida pela superfície terrestre (campos, florestas, cidades, oceanos, etc.). A radiação solar que chega a terra encontra-se na sua maior parte, no segmento visível do espectro. Entretanto, a terra (que tem uma temperatura muito baixa do que o sol) emite menos energia, a maior parte da qual em comprimentos de onda infravermelhos, que são invisíveis ao olho nu. Uma parte da radiação que sai da superfície da terra passa através da atmosfera directamente para o espaço. A maior parte dela é absorvida por nuvens e gases de efeito de estufa (incluindo vapor de água), que, por sua vez, emitem as radiações de volta para a superfície terrestre e para o espaço. Assim o balanço energético da terra é mantido em um harmonioso equilíbrio entre a radiação recebida proveniente do sol, e uma energia que é emitida pela superfície quente e a atmosfera mais fresca. 7 Os dois principais componentes da atmosfera, o nitrogénio (78%) e oxigénio (20%), não são capazes de absorver a radiação terrestre, em parte devido a sua estrutura linear diatómica. Outros gases porém são compostos por três ou mais átomos, e as suas ramificações captam a energia de modo eficaz que não importa serem pouco abundantes na atmosfera. São estes os gases de efeito de estufa que mantem habitável o planeta. A maior parte dos gases do efeito de estufa encontram-se bem distribuídas por toda a troposfera, elevando-se até aos 8 a 16km de altitude, com excepção do vapor de água pois encontra-se mais concentrado junto a superfície terrestre. A troposfera torna-se mais fria a medida que se soube e por conseguinte, os gases do efeito de estufa são mais frios do que a superfície terrestre. Por isso irradia menos energia para o espaço do que a própria superfície terrestre. É esse o fenómeno que permite que se preserve uma quantidade maiorde calor na atmosfera mantendo o planeta terra habitável. Quanto mais gases de efeito de estufa se acrescentar à atmosfera, tanto mais o planeta terra aquecera. A medida que o dióxido de carbono e outros gases de efeito de estufa acumulam-se dificultam a sua própria capacidade irradiar a radiação para o espaço, provocando um sobreaquecimento da atmosfera. Quando o efeito de excesso de gases se faz sentir, produz-se uma série de reajustamentos atmosféricos. Trata-se retroacções positivas que intensificam o aquecimento. A evaporação de mais água dos oceanos e lagos pode quase duplicar o impacto do aumento do dióxido de carbono. A fusão do gelo marítimo reduz a quantidade de luz solar reflectida para o espaço. Gases de efeito de estufa As principais substâncias indutoras do efeito estufa são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), ozono (O3), vapor de água, clorofluorcarbonetos (CFCs) e óxido nítrico (N2O). Gráfico. 1. Principais gases de efeito de estufa 8 Dióxido de carbono (CO2) O dióxido de carbono não só é um elemento natural, mas também é um poluente produzido quando os combustíveis fosseis são queimados, quando os seres humanos e animais respiram ou quando as plantas entram em decomposição. As plantas e os oceanos absorvem enormes quantidades de dióxido de carbono, o que impede que os níveis de dióxido de carbono aumentem ainda mais rapidamente. Como os mecanismos de compensação neste processo não são muito significativos quando comparados com a reserva atmosférica do dióxido de carbono, uma molécula de dióxido de carbono pode permanecer na atmosfera durante mais de um século. A maior concentração do dióxido de carbono é o principal inimigo da superfície terrestre, e esta concentração é de aproximadamente 380 moléculas por milhão. Este número tem subido entre 1 e 3 ppm (cerca de 0,75% a 1%) por ano. Fig. 2. Ciclo carbónico Metano (CH4) O metano é libertado por arrozais, turfeiras e gado bovino, mas também por veículos, casas e fabricas. É um dos mais importantes gases do efeito de estufa: embora, em média uma molécula de metano permaneça na atmosfera menos de uma década, consegue absorver durante esse período entre 20 a 25 vezes mais energia infravermelha que uma molécula de dióxido de carbono em um século. 9 Portanto, acredita-se que o impacto total do metano no actual efeito de estufa seja 3 vezes superior ao do dióxido de carbono, se bem que o metano represente menos de 2 ppm da atmosfera. Gráfico. 2. Fontes de emissão do metano Ozono (O3) A formação do ozono na atmosfera é resultado de uma série de processos que envolvem a absorção de radiação solar. Moléculas de oxigénio (O2) são dissociadas em átomos de oxigénio após absorverem radiação solar de ondas curtas (ultravioleta). O ozono é formado quando um átomo de oxigénio colide com uma molécula de oxigénio em presença de uma 3ª molécula (M) que permite a reacção mas não é consumida no processo { }. A presença do ozono pode atingir níveis prejudiciais para a saúde quando se acumula ar estagnado junto à superfície terrestre. O ozono só permanece algumas semanas na troposfera, por isso dificulta a avaliação da sua concentração global, embora os dados disponíveis, muito limitados, indiquem uma média de cerca de 34 partes por milhar de milhão. A uma altitude mais elevada existe uma camada natural de ozono que além de aquece a estratosfera, forma um escudo que protege a terra das radiações ultravioletas. 10 Vapor de água O vapor de água é um dos mais variáveis gases na atmosfera. Nos trópicos húmidos e quentes constitui não mais que 4% do volume da baixa atmosfera, enquanto sobre os desertos e regiões polares pode constituir uma pequena fracção de 1%. O vapor de água também tem grande capacidade de absorção, tanto da energia radiante emitida pela terra (em ondas longas), como também de alguma energia solar. Portanto, junto com o dióxido de carbono, o vapor de água atua como uma manta para reter calor na baixa atmosfera. A medida que as temperaturas do planeta sobem, os oceanos e lagos libertam mais vapor de água, obedecendo a primeira lei da termodinâmica e este vapor de água adicional, por sua vez intensifica ainda mais o ciclo de aquecimento. Clorofluorcarbonetos (CFCs) Os clorofluorcarbonetos (CFCs) são responsáveis pela destruição da camada de ozono da estratosfera e são poderosos agentes do efeito de estufa por possuírem uma longevidade. Os CFCs são mais pesados do que o ar, mas misturam-se com facilidade na atmosfera. Uma vez chegados a estratosfera, permanecem ai o tempo suficiente para causar danos. Os CFCs são também gases de efeito de estufa, possivelmente responsáveis por cerca de 10% do aquecimento provocado pelo ser humano. O buraco de ozono forma-se através do processo de eliminação dos CFCs pela luz solar permanente. Nessas reacções liberta-se o cloro que depois vai se fixar na nuvem polar estratosférica que desintegra o ozono em oxigénio. Uma molécula de cloro pode destruir diversas moléculas de ozono num dado período. Óxido nítrico O Óxido nítrico é um poluente de origem industrial. Embora sua concentração seja de apenas 300 partes por milhar de milhão, tem um efeito de 300vezes superior ao do dióxido de carbono ao longo da sua vida centenária. As principais fontes de emissão do ácido nítrico são: queima de combustíveis, produção e uso de fertilizantes, queima de resíduos agrícolas, processos industriais (produção de ácido nítrico e produção de ácido adípico) e manipulação da agricultura e de animais. 11 Gráfico. 3. Fontes de emissão do ácido nítrico Aquecimento global O aquecimento global é um fenómeno climático que estabelece o aumento da temperatura média da superfície terrestre. Segundo PHILIPI & PELICIONI (2005:148), aquecimento global “é aumento da temperatura de terra provocada pela maior retenção, na atmosfera, da radiação infravermelha por ela reflectida, em decorrência do acumulo de concentração de determinados gases do efeito estufa.” Os gases do efeito de estufa são transparentes à luz, mas opacos para comprimentos de onda irradiados pela terra. Portanto, esses gases transmitem a luz do sol para a terra, mas atrasam a perda da energia, em forma de calor, para o espaço. Enquanto retida, essa energia na forma de calor é absorvida e emitida continuamente, aquecendo a baixa atmosfera. Conforme as concentrações desses gases de estufa aumentam, mais energia em forma de calor permanece na atmosfera, aumentando a temperatura, consequentemente ocorre o aquecimento global. Causas do aquecimento global As principais causas do Aquecimento Global estão relacionadas, com as práticas humanas realizadas de maneira não sustentável, ou seja, sem garantir a existência dos recursos e do meio ambiente para as gerações futuras. Assim, essas causas resumem-se em: queimadas, o desmatamento, emissão de gases pelas indústrias e usinas termoeléctricas, poluição da água. 12 O desmatamento O desmatamento das áreas naturais contribui para o aquecimento global no sentido de promover um desequilíbrio climático decorrente da remoção da vegetação que tem como função o controle das temperaturas e dos regimes de chuva. As florestas são grandes fornecedoras de humidade para a atmosfera, provendo um maior controle das temperaturas e uma certa frequência de chuvas, por isso, a remoção das florestas contribui para o aumento das médias térmicas e para a redução dos índices de pluviosidade. Fig. 3. Desmatamento Emissão dos gases indústrias e usinas termoeléctricas A emissão dos gases de estufa também são responsáveis pelo aquecimentoglobal e os principais elementos são: o dióxido de carbono (CO2), gerado em maior parte pela queima de combustíveis fósseis; o gás metano (CH4), gerado na pecuária, na queima de combustíveis e da biomassa e também em aterros sanitários; o óxido nitroso (N2O), produzido pelas fábricas; além de gases com flúor, tais como os fluorhidrocarbonos e os perfluorocarbonos. Fig. 4. Emissão dos gases indústrias e usinas termoeléctricas 13 Poluição das águas A poluição das águas também é um factor relacionado com o aquecimento global. No caso dos oceanos, existem seres vivos responsáveis pela absorção de gás carbónico e emissão de oxigénio: os fitoplânctons e as algas marinhas. Portanto, a destruição de seus habitats interfere directamente na dinâmica atmosférica global. Fig. 5. Poluição das águas Grandes emissores de gases de efeito estufa Historicamente, os países industrializados foram responsáveis pela maior parte das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo os Estados Unidos o país líder de emissão destes gases. Entretanto, na actualidade, vários países em desenvolvimento, entre eles China, Índia e Brasil, também se encontram entre os grandes emissores. Mesmo assim, os países em desenvolvimento continuam tendo emissões muito mais baixas do que os países industrializados. Em relação à fonte da emissão, também pode se observar um padrão global. Enquanto a maior parte das emissões decorrentes da queima de combustíveis fósseis provém dos países industrializados, as emissões decorrentes das mudanças no uso da terra têm como seus maiores responsáveis os países em desenvolvimento. No que respeita o efeito de estufa, as emissões de um país afectam todos os outros. Os agentes poluidores mais comuns dispersam-se em poucos dias e tendem a afectar também as zonas vizinhas. Devido a sua longevidade, o dióxido de carbono é distribuído de forma equilibrada por todo planeta, através de processos naturais. 14 Alguns países com menores emissões de gases de efeito de estufa são especialmente vulneráveis perante a catástrofe climática provocada por um número reduzido de países desenvolvidos. Gráfico. 4. Ranking de emissões de gases de efeito de estufa Consequências do aquecimento global Além do aumento da temperatura no planeta, existem e prevê-se alguns dos impactos como consequência do aquecimento global: Aumento na frequência da ocorrência de eventos climáticos extremos Deverá ocorrer um aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, tais como enchentes, tempestades, furacões e secas. Ainda, o El Niño, um evento climático que ocorre regularmente a cada 5 a 7 anos, poderá se tornar mais intenso e frequente, provocando secas severas e chuvas torrenciais em algumas regiões. Elevação do nível do mar O nível do mar deverá subir, o que implicaria o desaparecimento de muitas ilhas (em alguns casos países inteiros), com danos fortes em várias áreas costeiras, além de causar enchentes e erosão. 15 Fig. 6. Os níveis do mar podem subir devastando áreas costeiras em todo o mundo. Perda de cobertura de gelo O Árctico já perdeu cerca de 7% de sua superfície de gelo desde 1900, sendo que na primavera esta redução chega a 15% de sua área. Nos próximos anos, poderá haver uma diminuição ainda maior na cobertura de gelo da terra tanto no Árctico, quanto na Antártica. Algumas projecções indicam ainda o desaparecimento quase total do gelo marinho árctico no final do verão, em meados do século XXI, embora os processos de derretimento deste gelo sejam lentos. Fig. 7. Derretimento do gelo no árctico e antárctico 16 Alterações na disponibilidade de recursos hídricos Ocorrerão mudanças no regime das chuvas, onde áreas áridas poderão se tornar ainda mais secas. Na Amazónia, as chuvas poderão diminuir em 20% até o final deste século. Poderá ocorrer também o avanço de água salgada nas áreas de foz de rios, além de escassez de água potável em regiões críticas, que já enfrentam esse problema hídrico. As áreas, como os Andes e o Himalaia, que dependem do derretimento de neve armazenada no inverno, podem sofrer impactos significativos na disponibilidade de água. Mudanças nos ecossistemas As alterações climáticas previstas certamente afectarão os ecossistemas e poderão colocar em risco a sobrevivência de várias espécies do nosso planeta. Como consequência do aquecimento global, a biodiversidade de vários ecossistemas deverá diminuir e haverá mudanças na distribuição e no regime de reprodução de diversas espécies. A antecipação ou retardamento do início do período de migração de pássaros e insectos e dos ciclos reprodutivos de sapos, a floração precoce de algumas plantas, a redução na produção de flores e frutos de algumas espécies da Amazónia, e a extinção de espécies nativas, são alguns exemplos dos impactos da mudança climática global sobre a biodiversidade do planeta. Fig. 8. Mais de 1 milhão de espécies no mundo podem estar extintas por volta do ano 2050. Desertificação A desertificação é principalmente causada pelas actividades humanas e alterações climáticas. Estima-se que cerca de 135 milhões de pessoas estão sob o risco de perder suas terras por desertificação. 17 Segundo a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, a África poderá perder cerca de 2/3 de suas terras produtivas até 2025, enquanto a Ásia e a América do Sul poderão perder 1/3 e 1/5, respectivamente. Áreas inteiras podem se tornar inabitáveis, como consequência dos crescentes efeitos do aquecimento global. Fig. 9. No deserto, os invernos se tornarão mais quentes e secos nos próximos anos Interferências na agricultura Nas regiões subtropicais e tropicais, mudanças nas condições climáticas e no regime de chuvas poderão modificar significativamente a tendência agrícola de uma região. À medida que a temperatura muda, algumas culturas terão que migrar para regiões com clima mais temperado, ou com maior nível de humidade no solo e taxa de precipitação. Estudos mostram que para aumentos da temperatura média entre 1 a 3º C, prevê-se que a produtividade das culturas aumentará levemente nas latitudes médias a altas, e diminuirá em outras regiões. Nas regiões tropicais, há previsão de que a produtividade das culturas diminua até mesmo com aumentos leves da temperatura (1 a 2ºC). Com o aumento da vulnerabilidade da produção de alimentos às mudanças climáticas, cresce também o risco da fome atingir um número muito maior de pessoas no mundo. Isto ocorreria principalmente nos países pobres, os quais são os mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global e os menos preparados para enfrentar seus impactos. 18 Impactos na saúde e bem-estar da humanidade Deverá haver aumento na frequência de doenças relacionadas ao calor (por exemplo: cancro de pele, etc.) e daquelas que são transmitidas por mosquitos, tais como malária e dengue. Ainda há a possibilidade de ocorrer o deslocamento da população humana em função das alterações no clima. Acredita-se que a população mais empobrecida e vulnerável dos países em desenvolvimento seria a mais afectada, uma vez que teriam recursos limitados para se adaptar às mudanças climáticas. As possíveis soluções para minimizar os efeitos do aquecimento global Decisões de grande escala só podem ser tomadas pelo Estado ou empresas, mas existem pequenas atitudes individuais que também fazem diferença. Do mesmo modo que pequenos factores criam grandes problemas climáticos, indivíduos que lutam contra esses factores podem evitar os efeitos negativos do aquecimento global. Energia eléctrica e combustíveis são pontos-chave, assim como hábitos de consumo e informação. 19 20 Fig. 10. Algumas formas de minimizar o aquecimento global 21 Conclusão Após a realização do trabalho concluímos que: O efeito estufa é um fenómeno térmico natural que adequa as temperaturas na terra de tal forma que seja habitável. Enquanto que o aquecimento global é a intensificação do efeito estufa, devido a maior concentração dos gases de efeito estufa. Os gases do efeito estufa são substâncias transparentes a radiação solar e opacas a radiação infravermelha emitida pela terra. Alguns são naturais, porem a sua maior concentração na atmosfera resulta da acção humana. O aquecimento global pode se causado por queimadas, o desmatamento, emissão de gases pelas indústrias e usinas termoeléctricas, poluição da água, entre outras. O aquecimento global pode causar inundações, secas, desaparecimento de algumas espécies, elevação das temperaturas na superfície da terra, etc. Pode-se minimizar o aquecimento global reciclando, reduzindo; reutilizando e não poluir. 22 Bibliografia 1. CHRISTOPHERSON, W. Robert, Geossitemas: “uma introdução à geografia física”, 7ª edição, bookman, 2012. 2. GUIDE Rough, Alterações climáticas: “Sinais. Ciência. Soluções” Royal society, 2007. 3. MORAIS, Carlos Alberto. Química Ambiental. S/d. Moçambique, 2008. 4. PHILIPI Jr. Arlindo & PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação Ambiental e Sustentabilidade; Manole; S⁄d., São Paulo; 2005.
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