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LEGISLAÇÃO - UFC LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 1 Sumário Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios Fundamentais; Direitos e Garantias Fundamentais; Organização do Estado. ........................................................................................................................................................03 Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. ........................................................................................................................................................32 Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990 - Regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. ........................................................................................................................................................38 Lei nº 11.091/2005: Estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico Administrativos em Educação. ........................................................................................................................................................52 Lei nº 12.527/2011 – Lei de acesso à informação. ........................................................................................................................................................61 Lei nº 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. ........................................................................................................................................................74 Lei nº 9.784/1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. ........................................................................................................................................................85 Lei nº 8.429/1992, alterada pela Lei nº 14.230, de 2021 - Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa. ........................................................................................................................................................96 Lei nº 13.726/2018 - Desburocratização e Simplificação. .......................................................................................................................................................113 Lei nº 14.133/2021 - Licitações e contratos administrativos .......................................................................................................................................................115 Decreto nº 11.072/2022 - Programa de Gestão e Desempenho. ......................................................................................................................................................146 Lei nº 14.681/2023 - Política de Bem-estar, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e Valorização dos Profissionais da Educação. Estatuto da Universidade Federal do Ceará. ......................................................................................................................................................152 Regimento Geral da Universidade Federal do Ceará. ......................................................................................................................................................155 https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 2 Considerações Com um conteúdo rigorosamente atualizado e estrategicamente organizado, esta apostila foi criada para ser sua aliada no caminho da aprovação. Aqui, você terá acesso a uma abordagem completa e direta, utilizando o nosso exclusivo método DAP, desenvolvido para potencializar seus estudos de forma eficiente. Tudo isso, cuidadosamente elaborado por uma equipe de especialistas com vasta experiência na área. 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A Constituição Federal de 1988 é o documento fundamental que rege o Estado brasileiro, estabelecendo os princípios, direitos e garantias que norteiam a organização política, administrativa e social do país. Seu processo de criação foi marcado por intensos debates e ampla participação da sociedade civil, resultando em um texto abrangente e inovador. Princípios Fundamentais Soberania A soberania é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, estabelecido pela Constituição de 1988. Esse princípio confere ao Brasil a condição de Estado independente e autônomo, com poder supremo de decisão sobre seus assuntos internos e externos. A soberania significa que o Brasil exerce sua autoridade de forma plena e exclusiva dentro de seu território, sem interferência de outros países ou organismos internacionais. Isso inclui a capacidade de criar leis, definir políticas públicas, administrar o território e as riquezas nacionais, além de tomar decisões em relação a sua defesa e segurança. 1. Independência e autonomia do Estado brasileiro 2. Poder supremo de decisão sobre assuntos internos e externos 3. Capacidade de criar leis, definir políticas públicas e administrar o território 4. Exercício da autoridade de forma plena e exclusiva dentro do território nacional 5. Defesa da soberania como princípio fundamental da Constituição Cidadania A cidadania é um dos princípios fundamentais consagrados na Constituição Federal de 1988. Ela se refere ao conjunto de direitos e deveres que todo cidadão brasileiro possui, independentemente de raça, cor, sexo, idade ou condição social. A cidadania garante aos brasileiros o pleno exercício de seus direitos civis, políticos e sociais, bem como a participação ativa na vida pública do país. A Constituição estabelece que a soberania popular é exercida pelo povo por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Isso significa que os cidadãos têm o direito e o dever de participar das decisões políticas, seja por meio do voto, seja por meio de outras formas de participação, como o direito de reunião, associação e manifestação. Além disso, a Constituição assegura a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, como pilares fundamentais da cidadania. Esses direitos devem ser respeitados e garantidos pelo Estado, que tem o dever de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Dignidade da Pessoa Humana O princípio da dignidade da pessoa humana é um dos alicerces fundamentais da Constituição Federal de 1988. Esse princípio estabelece que todo ser humano, independentemente de sua condição social, econômica, cultural ou política, possui um valor intrínseco e merece ser respeitado e tratado com respeito e consideração pela sociedade e peloe do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 25 XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; (Vide ADPF 672) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art3 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 26 IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; (Vide ADPF 672) X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suaspeculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 27 § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar- se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 28 § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CAPÍTULO IV Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucionalnº 58, de 2009) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4307&processo=4307 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 29 j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 58, de 2009) V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 30 VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela EmendaConstitucional nº 25, de 2000) b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art28%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 31 Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (Vigência) I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 3o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,de 2000) Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 672) III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 32 VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, estabelecendo os princípios e normas que devem reger a conduta dos servidores públicos brasileiros. Princípios Fundamentais Servir com Excelência O servidor público deve priorizar o atendimento e a resolução das demandas dos cidadãos, buscando sempre a excelência no serviço prestado. Isso requer comprometimento, eficiência e uma postura de servir com dedicação e transparência. Foco no Interesse Público Acima de tudo, o servidor público deve ter o interesse público como sua principal motivação. Suas decisões e ações devem visar o bem-estar da sociedade, e não interesses pessoais ou de grupos específicos. A ética e a imparcialidade devem nortear o seu trabalho. Trabalho em Equipe O servidor público deve valorizar o trabalho em equipe, promovendo a cooperação, o diálogo e a troca de conhecimentos entre os colegas. Essa sinergia é essencial para o alcance de melhores resultados e o aprimoramento contínuo dos serviços públicos. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 33 Regras deontológicas Princípios éticos fundamentais O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal estabelece diretrizes éticas e deontológicas que visam orientar a conduta dos servidores públicos. Esses princípios fundamentais incluem a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, os quais devem nortear todas as ações e decisões dos servidores no exercício de suas funções. Compromisso com o interesse público O servidor público deve ter sempre em mente que sua atuação está a serviço do interesse público, devendo priorizar o bem comum em detrimento de interesses pessoais ou de grupos específicos. Isso implica em agir com honestidade, transparência e responsabilidade no desempenho de suas atribuições. Conduta profissional As regras deontológicas estabelecem diretrizes de conduta profissional, como a obrigação de manter sigilo sobre informações privilegiadas, a proibição de uso da máquina pública para fins particulares e a necessidade de se conduzir com urbanidade, cortesia e respeito no relacionamento com os cidadãos e colegas de trabalho. Deveres do servidor público https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 34 Proibições ao Servidor Público Conflito de Interesses Aos servidores públicos é proibido aceitar ou solicitar qualquer tipo de presente, empréstimo, favor ou vantagem de qualquer pessoa física ou jurídica que possa comprometer a sua imparcialidade no exercício de suas atribuições. Isso inclui desde presentes de fornecedores até propostas de emprego após a aposentadoria. Atividades Particulares O servidor público não pode se envolver em atividades particulares durante o horário de trabalho, com exceção daquelas previamente autorizadas pela administração. Isso inclui atendimento a clientes, realização de negócios pessoais ou até mesmo o uso indevido de equipamentos e recursos públicos. Informações Confidenciais Os servidores possuem a obrigação de manter sigilo sobre quaisquer informações privilegiadas a que tenham acesso em razão do cargo ou função, mesmo após o término do vínculo com a administração pública. A divulgaçãode informações confidenciais pode gerar responsabilização civil e criminal. Manifestações Político-Partidárias Aos servidores públicos é vedado promover manifestações de caráter político-partidário durante o exercício de suas funções, bem como utilizar a máquina pública para fins eleitorais. Isso inclui a realização de propaganda, a utilização de recursos públicos e o exercício de pressão sobre subordinados. Atividades Vedadas ao Servidor Público Procedimento disciplinar O procedimento disciplinar é instaurado pela Comissão de Ética sempre que houver denúncia de infração ética cometida por servidor público civil do Poder Executivo Federal. Esse processo tem como objetivo apurar os fatos, ouvir o acusado, coletar provas e evidências, e determinar se houve de fato uma violação do Código de Ética Profissional. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 35 Durante o procedimento disciplinar, é assegurado ao acusado o direito de ampla defesa, com a apresentação de documentos e testemunhas que possam comprovar sua inocência. A Comissão de Ética conduzirá as investigações de forma imparcial e objetiva, garantindo o devido processo legal. Ao final do processo ético, a Comissão de Ética emitirá um relatório conclusivo, contendo a descrição dos fatos apurados, a avaliação das provas apresentadas e a recomendação de aplicação ou não de penalidade ao servidor público envolvido. Comissão de Ética O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal estabelece a criação de uma Comissão de Ética em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal, com as seguintes atribuições: • Atuar como instância consultiva e de assessoramento da alta administração do órgão ou entidade na aplicação do código de ética. • Receber denúncias e representações contra servidores por suposta infração ética, instruir o respectivo processo e propor à autoridade competente a aplicação das penalidades cabíveis. • Zelar pelo cumprimento do código de ética e apurar, de ofício ou mediante denúncia, qualquer infração ética. • Recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e disciplina. • Aconselhar sobre a ética profissional do servidor no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público. Atribuições da Comissão de Ética A Comissão de Ética é um órgão consultivo e deliberativo responsável por zelar pelo cumprimento do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Suas principais atribuições incluem: 1. Orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento de assuntos que lhe forem apresentados. 2. Responder a consultas e emitir pareceres sobre questões relativas à aplicação do Código de Ética. 3. Instaurar, de ofício ou mediante denúncia, procedimento para apuração de infração ética, observada a legislação vigente. 4. Determinar a correção de conduta ética e aplicar as penalidades cabíveis, observada a legislação vigente. 5. Recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e disciplina. Competência da Comissão de Ética A Comissão de Ética tem competência para analisar, instruir e julgar os casos que lhe sejam submetidos, referentes a possíveis infrações éticas cometidas por servidores públicos civis do Poder Executivo Federal. Cabe à Comissão também promover ações educativas sobre a conduta ética do servidor público, bem como receber e conhecer as representações ou denúncias acerca de possíveis transgressões éticas. Além disso, a https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 36 Comissão tem o poder de solicitar informações e documentos necessários à instrução dos processos éticos, além de poder convocar servidores para prestar esclarecimentos. É importante destacar que a Comissão de Ética atua de forma independente e imparcial, garantindo o devido processo legal e o direito de ampla defesa aos acusados. Suas decisões têm caráter sigiloso e confidencial, visando preservar a imagem e a reputação dos servidores públicos envolvidos. Cabe à Comissão, ainda, orientar e aconselhar os servidores sobre a observância do Código de Ética Profissional. Denúncia de infração ética Qualquer pessoa, servidor público ou não, pode denunciar a Comissão de Ética a prática de ato em desrespeito às normas éticas previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. A denúncia deverá ser feita por escrito, com a identificação do denunciante e a descrição dos fatos, devendo conter, se possível, provas ou indícios da infração ética. Recebida a denúncia, a Comissão de Ética procederá à sua análise preliminar, decidindo pela instauração ou não de processo ético-disciplinar. Caso a denúncia seja considerada procedente, a Comissão notificará o servidor público acusado para apresentar sua defesa no prazo de 15 dias. Durante esse período, a Comissão poderá realizar diligências e colher informações adicionais para subsidiar sua decisão. Instauração do processo ético O processo ético é instaurado a partir do recebimento de uma denúncia de possível infração ética por parte de um servidor público. A Comissão de Ética analisa a denúncia e determina se há indícios suficientes para dar https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 37 prosseguimento à apuração. O servidor público é então notificado e tem a oportunidade de apresentar sua defesa por escrito. Durante a instrução do processo, a Comissão de Ética coletará provas e ouvirá testemunhas, a fim de esclarecer os fatos e concluir o processo. Direitos do Acusado Durante o processo ético instaurado contra um servidor público, é essencial que o acusado tenha seus direitos assegurados e respeitados. De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o acusado possui os seguintes direitos: 1. Ampla Defesa: O acusado tem o direito de apresentar sua defesa por escrito e de produzir todas as provas que considerar necessárias para esclarecer os fatos. 2. Acompanhamento do Processo: O acusado poderá acompanhar todas as etapas do processo ético, tendo acesso a todos os documentos e provas apresentados. 3. Contraditório: O acusado tem o direito de se manifestar sobre todas as acusações e provas apresentadas contra ele, podendo refutá-las ou apresentar suas próprias alegações. 4. Prazo Adequado: O acusado terá um prazo razoável para preparar sua defesa, de acordo com a complexidade do caso. 5. Presunção de Inocência: O acusado deve ser considerado inocente até que se prove o contrário, cabendo à Comissão de Ética o ônus da prova. Conclusão do Processo Ético Ao concluir o processo ético, a Comissão de Ética deverá tomar as seguintes providências: 1. Elaborar um relatório detalhado sobre as apurações realizadas, contendo suas conclusões e recomendações. 2. Encaminhar o relatório final ao chefe do órgão ou entidade a que pertence o servidor público acusado, para a aplicação da penalidade cabível, se for o caso. 3. Orientar o acusado sobre as medidas cabíveis caso discorde do resultado, como a possibilidade de apresentação de recurso à própria Comissão de Ética ou à instância superior. 4. Arquivar todo o processo ético, mantendo registro detalhado de todas as etapas e decisões tomadas. 5. Acompanhar o cumprimento da penalidade aplicada, se for o caso, e zelar pela efetiva conclusão do processo. Penalidades O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federalestabelece penalidades claras para infrações éticas cometidas por servidores públicos. Essas penalidades visam garantir o cumprimento do Código e preservar a integridade do serviço público. Tipos de Penalidades As penalidades previstas no Código incluem advertência, suspensão e demissão do servidor. Suspensão A penalidade de suspensão pode variar de 1 a 30 dias, dependendo da gravidade da infração ética cometida. Multa https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 38 Além das penalidades disciplinares, o servidor também pode ser obrigado a pagar uma multa de até R$ 1.000,00 em casos de infrações graves. A Comissão de Ética é responsável por analisar as denúncias de infrações éticas e aplicar as penalidades apropriadas, sempre respeitando o devido processo legal e o direito de ampla defesa do servidor acusado. Direto ao Ponto Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Através deste código, o Governo Federal busca estabelecer padrões éticos que devem nortear a conduta dos servidores públicos civis do Poder Executivo Federal. Ao adotar estas diretrizes, espera-se promover a integridade, a impessoalidade e a transparência nas atividades da administração pública, fortalecendo a confiança da sociedade no serviço público. As penalidades previstas neste código visam coibir eventuais desvios de conduta e salvaguardar o interesse público. Cabe a cada servidor público familiarizar-se com os preceitos estabelecidos e aplicá-los em sua rotina de trabalho. Somente com o compromisso e a adesão de todos os servidores será possível consolidar uma cultura ética que dignifique o serviço público. CLIQUE E ACESSE NA ÍNTEGRA: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990 - Regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. O Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais é regido pela Lei 8.112, promulgada em 11 de dezembro de 1990. Esta lei estabelece os princípios, direitos e deveres que norteiam a relação entre os servidores públicos e a administração federal. Principais Conceitos e Definições https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 39 Ingresso no Serviço Público Concurso Público O ingresso no serviço público federal, em cargos e empregos, é predominantemente por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme determina a Constituição Federal. O concurso público é um processo seletivo rigoroso que avalia conhecimentos, habilidades e competências dos candidatos, assegurando a impessoalidade e a igualdade de oportunidades. Requisitos Básicos Para participar de um concurso público, os candidatos devem atender a uma série de requisitos básicos, como possuir nacionalidade brasileira, estar em dia com as obrigações militares e eleitorais, ter a idade mínima exigida, comprovar a escolaridade e a qualificação necessária para o cargo, entre outros. Nomeação e Posse Após a aprovação no concurso público, os candidatos são nomeados e convocados para tomar posse no cargo. A posse é o ato formal de ingresso no serviço público, quando o candidato assume os deveres e as responsabilidades inerentes ao cargo, além de fazer o juramento de cumprir a Constituição e as leis. Tipos de Provimento de Cargo Público Nomeação A nomeação é a forma mais comum de provimento de cargo público no Brasil. Ela ocorre quando uma pessoa é designada para ocupar um cargo efetivo, após aprovação em concurso público. A nomeação confere ao servidor os direitos e deveres estabelecidos no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais. Promoção A promoção é a passagem do servidor para o cargo de nível imediatamente superior dentro da mesma carreira, respeitada a existência de vagas e o cumprimento dos requisitos legais. Ela valoriza o desempenho e a qualificação dos servidores, incentivando seu desenvolvimento profissional. Reintegração A reintegração é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Recondução A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua exoneração por decisão administrativa ou judicial. Ela ocorre quando o servidor é recolocado no mesmo cargo que ocupava antes da exoneração. Requisitos para investidura em cargo público Nacionalidade Brasileira Para ocupar um cargo público federal, é necessário possuir a nacionalidade brasileira, seja de nascimento ou naturalizado. Isso garante que os servidores públicos tenham um vínculo estreito com o país e sua população. Idade Mínima A Lei 8.112 estabelece que o servidor público deve ter idade mínima de 18 anos para ingressar no serviço público. Essa exigência visa garantir que o candidato tenha maturidade e discernimento suficientes para exercer as atribuições do cargo. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 40 Quitação com Obrigações Militares Os homens devem estar em dia com suas obrigações militares, como o serviço militar obrigatório, para poderem assumir um cargo público. Essa exigência reforça o compromisso dos servidores com a defesa nacional. Nível de Escolaridade O nível de escolaridade exigido para cada cargo público é definido no edital do concurso. Isso garante que os servidores tenham a qualificação necessária para desempenhar as atividades do seu respectivo cargo. Estágio Probatório O estágio probatório é um período inicial de avaliação do servidor público recém-empossado, durante o qual sua capacidade e aptidão para o exercício do cargo serão aferidas. Esse período é fundamental para garantir que o servidor tenha o perfil adequado para o serviço público e possa desempenhar suas funções com eficiência. Durante o estágio probatório, o servidor deve cumprir os seguintes requisitos: • Avaliação de Desempenho: O servidor será avaliado periodicamente por sua chefia imediata, que emitirá relatórios sobre sua aptidão, assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. • Capacitação: O servidor deve participar de programas de capacitação e aperfeiçoamento profissional oferecidos pela instituição, a fim de se preparar adequadamente para o exercício de suas atribuições. • Adaptação: O servidor deve se adaptar às rotinas, normas e cultura organizacional da instituição, demonstrando flexibilidade e comprometimento com os objetivos do serviço público. • Avaliação Final: Ao final do estágio probatório, que tem duração de 3 anos, o servidor será avaliado de forma global e, caso aprovado, terá seu vínculo efetivado. Mudanças na Lei 8.112 até 2024 A Lei 8.112 de 1990, que rege o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, vem passando por uma série de atualizações e modificações nos últimos anos. Essas mudanças buscam adaptar a legislação às novas realidades e demandas do serviço público, visando maior eficiência, transparência e flexibilidade para os servidores. Dentre as principais atualizações previstas até 2024, destacam-se: a implementação de modalidades de trabalho remoto e horários flexíveis, permitindo maior autonomia e equilíbrio entre vida profissional e pessoal; o aprimoramento dos processos de progressão e promoção na carreira, com maior valorização do desempenho e da capacitação dos servidores;e a implementação de políticas de acessibilidade e inclusão para servidores com deficiência, garantindo sua plena participação no serviço público. Além disso, espera-se que a Lei 8.112 passe por revisões em suas disposições sobre direitos, benefícios e obrigações dos servidores, buscando maior alinhamento com as necessidades atuais e com as melhores práticas de gestão de pessoas no setor público. Essas mudanças visam fortalecer o serviço público e torná-lo mais atrativo e competitivo para atrair e reter talentos. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 41 Direitos e vantagens dos servidores públicos Remuneração Justa Os servidores públicos federais têm direito a uma remuneração condizente com suas responsabilidades e o alto nível de exigência do serviço público. O salário é composto por um vencimento básico, acrescido de benefícios e adicionais previstos em lei, como gratificações, auxílios e abonos. Férias e Licenças Os servidores públicos têm direito a 30 dias de férias remuneradas por ano, além de licenças para tratamento de saúde, maternidade, paternidade e capacitação profissional. Essas licenças garantem a estabilidade financeira do servidor e seu bem-estar durante momentos importantes da vida. Benefícios Diversos Além da remuneração, os servidores públicos contam com diversos benefícios, como auxílio-alimentação, auxílio-transporte, assistência médica e odontológica, seguro de vida e previdência complementar. Esses benefícios proporcionam maior qualidade de vida e segurança financeira aos servidores e seus dependentes. Vencimento e Remuneração A remuneração dos servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais é regida pela Lei 8.112/90. Essa lei estabelece os princípios e diretrizes que norteiam a estrutura salarial do serviço público federal. Componentes da Remuneração - Vencimento básico - Adicionais (como insalubridade, periculosidade, gratificações e abonos) - Indenizações (como diárias e ajuda de custo) - Benefícios (como auxílio-alimentação e auxílio-transporte) Revisão Geral Anual A remuneração dos servidores públicos deve ser revisada anualmente, sempre na mesma data e sem distinção de índices, conforme previsto na Constituição Federal. Paridade e Isonomia Os vencimentos dos cargos do serviço público federal devem guardar relação entre si, respeitando-se, para a remuneração, a paridade salarial e a isonomia de tratamento. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 42 Férias e Licenças Férias Anuais Os servidores públicos têm direito a 30 dias de férias anuais remuneradas, as quais devem ser programadas de acordo com o interesse da administração pública. Durante o período de férias, o servidor recebe a remuneração regular acrescida de um terço, possibilitando que aproveite o descanso sem prejuízos financeiros. Licença para Tratamento de Saúde Em caso de doença, o servidor público tem direito a licença para tratamento de saúde, a qual pode ser concedida por até dois anos. Essa licença é remunerada e assegura a manutenção dos direitos e benefícios do servidor durante o período de afastamento. Licença Maternidade e Paternidade As servidoras públicas têm direito a 180 dias de licença maternidade remunerada, enquanto os servidores têm 20 dias de licença paternidade. Essas licenças permitem que os pais se dediquem aos cuidados com o bebê durante os primeiros meses de vida, fortalecendo os laços familiares. Outras Licenças A Lei 8.112 também prevê outras modalidades de licença, como licença para capacitação, licença por motivo de doença em pessoa da família e licença prêmio por assiduidade. Essas licenças visam atender às necessidades pessoais e profissionais dos servidores públicos. Afastamentos Licença Remunerada Os servidores públicos federais regidos pela Lei 8.112/1990 têm direito a diversos tipos de licenças remuneradas, como a licença-paternidade, a licença por motivo de doença em pessoa da família e a licença https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 43 por acidente em serviço. Essas licenças permitem que o servidor se ausente de suas atividades profissionais mantendo seu salário, assegurando a devida proteção e assistência em situações específicas. Afastamentos Especiais Além das licenças, a Lei 8.112 também prevê afastamentos especiais, como o afastamento para servir a outro órgão ou entidade, o afastamento para estudo ou missão no exterior e o afastamento para atividade política. Esses afastamentos podem ter duração determinada e geralmente envolvem a manutenção dos vencimentos do servidor durante o período de afastamento. Concessão e Controle A concessão e o controle desses afastamentos e licenças são regulados pela própria Lei 8.112 e por normas complementares, como decretos e portarias. É importante que os servidores conheçam seus direitos e sigam os procedimentos adequados para a solicitação e a aprovação desses benefícios, a fim de evitar problemas e garantir o exercício pleno de suas prerrogativas legais. Restrições e Exceções Cabe ressaltar que alguns afastamentos e licenças podem ter restrições ou exceções, como limitações de prazo, requisitos específicos ou processos de autorização diferenciados. Os servidores devem estar atentos a essas particularidades e consultar sua unidade de recursos humanos para obter orientações sobre a aplicabilidade e os procedimentos relativos a cada tipo de afastamento ou licença. Progressão e Promoção A Lei 8.112 estabelece os procedimentos e requisitos para a progressão e promoção dos servidores públicos federais. A progressão se refere à movimentação do servidor dentro de uma determinada classe de cargo, enquanto a promoção envolve a ascensão para uma classe de cargo superior. 1. Progressão Funcional: Os servidores podem progredir dentro da mesma classe de cargo com base em critérios como tempo de serviço, desempenho e conclusão de cursos de capacitação. 2. Promoção: A promoção de cargo envolve a ascensão para uma classe de cargo superior, geralmente vinculada a requisitos como maior escolaridade, titulação, tempo de serviço e avaliação de desempenho. 3. Avaliação de Desempenho: A avaliação periódica de desempenho dos servidores é fundamental para a progressão e promoção, permitindo identificar as necessidades de capacitação e desenvolvimento profissional. 4. Planos de Carreira: Cada órgão ou entidade pública deve estabelecer planos de carreira específicos, definindo as regras e critérios para progressão e promoção dos servidores em suas carreiras. 5. Recursos e Reclamações: Os servidores têm o direito de recorrer de decisões relacionadas à progressão e promoção, seguindo os procedimentos administrativos estabelecidos pela Lei 8.112. Adicional por Tempo de Serviço O adicional por tempo de serviço é um benefício concedido aos servidores públicos federais que visa reconhecer e recompensar a experiência e dedicação adquirida ao longo dos anos de trabalho no serviço público. De acordo com a Lei 8.112/1990, os servidores têm direito a um adicional mensal de 5% (cinco por cento) sobre o salário base a cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) após 35 anos de serviço. Esse adicional é um importante mecanismo de valorização do servidor, pois se traduz em um aumento permanente de sua remuneração, refletindo-se também na sua aposentadoria. Além disso, o adicional por https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 44 tempo de serviço é considerado uma vantagem pessoal, ou seja,acompanha o servidor mesmo em casos de promoção, remoção ou mudança de cargo. A concessão do adicional por tempo de serviço é automática, cabendo ao órgão empregador efetuar o cálculo e a inclusão do valor na folha de pagamento do servidor, respeitando os prazos e percentuais estabelecidos em lei. É importante que os servidores acompanhem o registro de seu tempo de serviço para garantir o recebimento correto desse benefício. Adicionais de insalubridade, periculosidade e radioatividade Além da remuneração regular, os servidores públicos federais podem receber adicionais especiais em determinadas circunstâncias, como insalubridade, periculosidade e exposição a radiações ionizantes. Esses adicionais visam compensar condições de trabalho prejudiciais à saúde e segurança do servidor. • Adicional de Insalubridade: Pago aos servidores que trabalham em atividades ou em locais insalubres, conforme grau de exposição a agentes nocivos à saúde, variando de 10% a 40% do salário mínimo. • Adicional de Periculosidade: Devido aos servidores expostos a atividades ou operações perigosas, que representam risco acentuado à vida, com valor correspondente a 30% do salário base. • Adicional de Radiação Ionizante: Concedido aos servidores que trabalham com material radioativo, com valor fixado de acordo com o grau de exposição, podendo chegar até 40% do salário mínimo. O pagamento desses adicionais é regulado por legislação específica e seus valores são reajustados periodicamente. Gratificações e abonos Gratificações Além dos salários base, os servidores públicos têm direito a gratificações e abonos especiais que são pagos como complemento da remuneração. Essas gratificações podem variar de acordo com o cargo, responsabilidades adicionais, desempenho ou condições de trabalho específicas. Bonificações Algumas gratificações são pagas na forma de bonificações ou prêmios por produtividade e alcance de metas. Essas bonificações funcionam como incentivos para o servidor público se destacar em suas atividades e contribuir para o bom andamento dos serviços públicos. Abonos Pecuniários Além das gratificações, existem também os abonos pecuniários que são pagamentos eventuais e esporádicos, como ajuda de custo para deslocamento, auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Esses abonos visam cobrir despesas adicionais relacionadas ao exercício do cargo público. Deveres e Proibições A Lei 8.112/1990 estabelece um conjunto de deveres e proibições que regem a conduta dos servidores públicos civis federais. Esses preceitos visam garantir a integridade, a imparcialidade e a eficiência do serviço público. Principais Deveres dos Servidores Públicos: • Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestadamente ilegais • Manter conduta compatível com a moralidade administrativa • Ser assíduo e pontual ao serviço https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 45 • Observar as normas legais e regulamentares • Atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas • Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência Principais Proibições aos Servidores Públicos: • Auferir qualquer tipo de vantagem ou benefício pessoal, direto ou indireto, em razão do exercício do cargo • Utilizar pessoal ou recursos públicos em atividades particulares • Exercer atividade profissional incompatível com o horário de trabalho • Cometer ato de improbidade administrativa • Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie • Revelar informações sigilosas obtidas em razão do cargo O descumprimento desses deveres e a prática de atos proibidos podem acarretar a aplicação de sanções disciplinares, conforme previsto no regime jurídico dos servidores públicos. Responsabilidade dos servidores públicos Os servidores públicos têm a responsabilidade de prestar um serviço de excelência à sociedade, atuando com integridade, imparcialidade e profissionalismo. A Lei 8.112 estabelece um conjunto de deveres e vedações que visam garantir a eficiência e a moralidade da administração pública. Entre os principais deveres dos servidores públicos, destacam-se o cumprimento das atribuições do cargo, a preservação do sigilo de informações confidenciais, a assiduidade e a pontualidade no serviço, o tratamento cortês aos usuários e a obediência às ordens legítimas de superiores hierárquicos. Além disso, é vedado ao servidor público o uso indevido de bens e recursos públicos, o exercício de atividades incompatíveis com o cargo, o recebimento de benefícios indevidos e o conflito de interesses. O descumprimento desses deveres e a prática de atos ilícitos podem acarretar a responsabilização do servidor público nas esferas administrativa, civil e criminal, a depender da gravidade da conduta. A Lei 8.112 prevê um regime disciplinar rigoroso, com a aplicação de penalidades como advertência, suspensão, demissão e cassação de aposentadoria, sem prejuízo de eventuais sanções judiciais. Dessa forma, a responsabilidade dos servidores públicos é fundamental para a manutenção da confiança da sociedade no serviço público e para a preservação dos princípios constitucionais da administração pública, tais como a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. Regime Disciplinar O regime disciplinar estabelecido pela Lei 8.112/90 visa garantir a manutenção da disciplina e do bom funcionamento da administração pública federal. Esse regime engloba as seguintes categorias de infrações e respectivas sanções administrativas: 1. Advertência: Aplicada por escrito nos casos de inobservância de deveres funcionais previstos em lei, regulamento ou norma interna, que não justifiquem imposição de penalidade mais grave. 2. Suspensão: Aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, variando de 1 a 90 dias. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 46 3. Demissão: Aplicada nos casos de improbidade administrativa, abandono de cargo, inassiduidade habitual, e infrações passíveis de responsabilização civil e criminal, entre outras. 4. Cassação de aposentadoria ou disponibilidade: Aplicada nos casos em que o servidor houver praticado, quando em atividade, falta punível com a pena de demissão. 5. Destituição de cargo em comissão: Aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão ou demissão. O processo disciplinar é a apuração da responsabilidade do servidor, assegurando ampla defesa e o contraditório, resultando na aplicação da penalidade cabível ou no seu arquivamento. Penalidades Administrativas Advertência A advertência é a penalidade administrativa mais branda aplicável aos servidores públicos federais. Ela é empregada em casos de infrações leves, como atrasos eventuais ou conduta inadequada de menor gravidade. A advertência é registrada no assentamento funcional do servidor e pode servir como base para penalidades mais severas em caso de reincidência. Suspensão A suspensão é uma penalidade administrativa mais grave, aplicada por motivos mais sérios. Ela impõe o afastamento temporário do servidor de suas funções, podendo variar de 1 a 90 dias, dependendo da gravidade da infração cometida. Durante o período de suspensão, o servidor fica impedido de exercer suas atividades e não recebe sua remuneração. Demissão A demissão é a penalidade administrativa mais severa aplicada aos servidores públicos federais. Ela ocorre em casos de infrações graves, como improbidade administrativa, abandono de cargo ou crimes contra a administração pública. A demissão implica no desligamento definitivo do servidor e na perda detodos os direitos e benefícios relacionados ao serviço público. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 47 Processo administrativo disciplinar O processo administrativo disciplinar é um procedimento formal e estruturado utilizado para investigar e determinar a responsabilidade de servidores públicos por infrações administrativas. Este processo garante o direito ao contraditório e à ampla defesa, assegurando a imparcialidade e a transparência na apuração dos fatos. O processo administrativo disciplinar é um mecanismo essencial para garantir a responsabilização dos servidores públicos e a integridade do serviço público. Sua estrutura rigorosa visa assegurar que as apurações sejam realizadas de forma justa e imparcial, preservando os direitos dos envolvidos. Reclamações e Recursos https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 48 Direito de Petição O direito de petição é um dos pilares da democracia e um importante instrumento de participação cidadã no setor público. Segundo a Lei 8.112, todo servidor público federal tem o direito de apresentar petições, requerimentos, reclamações ou recursos perante a Administração Pública. • Petições e Requerimentos: O servidor pode solicitar informações, serviços, benefícios ou esclarecimentos diretamente aos órgãos e entidades públicos, que devem responder de forma fundamentada. • Reclamações: O servidor tem o direito de apresentar reclamações sobre atos e omissões das autoridades e órgãos públicos, buscando soluções e a melhoria dos serviços prestados. • Recursos: Caso o servidor discorde de uma decisão administrativa que o afete, ele pode interpor recursos visando a revisão ou reconsideração do ato. • Prazos e Tramitação: As petições, requerimentos e recursos devem ser respondidos em até 30 dias, prorrogáveis por igual período, com tramitação prioritária. • Proibição de Retaliação: A Administração Pública é proibida de punir ou prejudicar o servidor que exercer regularmente seu direito de petição. Aposentadoria A aposentadoria é um direito dos servidores públicos civis federais, garantido pela Lei 8.112/90. Trata-se da inatividade remunerada, com proventos proporcionais ou integrais, a que o servidor faz jus após cumprir os requisitos legais. Os principais tipos de aposentadoria previstos na lei são: por tempo de contribuição, por idade, por invalidez e compulsória. Cada modalidade possui critérios específicos de elegibilidade, baseados em fatores como tempo de serviço, idade, incapacidade laboral e outras condições. Para se aposentar por tempo de contribuição, o servidor deve comprovar um mínimo de 35 anos de contribuição, no caso de homens, e 30 anos, no caso de mulheres. Já a aposentadoria por idade exige 65 anos de idade para homens e 62 anos para mulheres, com no mínimo 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo em que se dará a aposentadoria. A aposentadoria por invalidez é concedida quando o servidor é considerado incapaz, permanentemente, para o exercício de suas funções. Além disso, a Lei 8.112/90 prevê a aposentadoria compulsória aos 70 anos de idade, independentemente do tempo de contribuição. Os proventos da aposentadoria podem ser integrais, quando o servidor preenche os requisitos para a aposentadoria integral, ou proporcionais, quando os requisitos são parcialmente atendidos. Pensão por morte No contexto da Lei 8.112, a pensão por morte é um benefício concedido aos dependentes de um servidor público federal que vier a falecer. Esse benefício visa garantir a manutenção da renda familiar após a perda do provedor. A pensão por morte é destinada ao cônjuge ou companheiro, aos filhos menores de 21 anos ou inválidos, e aos pais do servidor, desde que estes dependam economicamente do falecido. O valor da pensão corresponde à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor público, até o limite do teto estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Esse valor é repartido igualmente entre os dependentes habilitados. Em caso de invalidez de algum dependente, a sua cota é vitalícia. Já os filhos menores de 21 anos perdem o direito à pensão quando atingem essa idade, salvo se forem inválidos. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 49 É importante ressaltar que a pensão por morte é um direito fundamental do servidor público e de seus dependentes, garantido pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei 8.112. Essa garantia visa assegurar a proteção social da família do servidor no caso de sua morte, independentemente da causa. Contratação Temporária A Lei 8.112 de 1990 permite a contratação temporária de servidores públicos federais em casos excepcionais, como para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público ou para substituir servidor afastado. Esse tipo de contratação tem regras específicas que devem ser seguidas, a fim de garantir a transparência e a legalidade do processo. 1. Requisitos para Contratação Temporária: o Necessidade temporária de excepcional interesse público, devidamente justificada o Impossibilidade de atendimento da demanda por servidores efetivos o Prazo máximo de contratação de 2 anos, podendo ser prorrogado por igual período 2. Processo Seletivo Simplificado: o Seleção por meio de processo seletivo simplificado, com critérios objetivos de avaliação o Dispensa de concurso público, mas com ampla divulgação e transparência o Garantia de igualdade de oportunidades a todos os candidatos 3. Remuneração e Benefícios: o Remuneração equivalente aos cargos e funções correspondentes o Direito a 13º salário, férias e demais benefícios concedidos aos servidores efetivos o Não há estabilidade, sendo o contrato rescindido ao término do prazo https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 50 Flexibilização da jornada de trabalho A Lei 8.112 introduziu importantes avanços na flexibilização da jornada de trabalho no setor público federal. Essa iniciativa visa melhor atender às necessidades dos servidores e também aumentar a eficiência da administração pública. As principais mudanças incluem: • Jornada Flexível: Os órgãos públicos podem estabelecer horários de trabalho flexíveis, permitindo que os servidores ajustem seu horário de acordo com suas necessidades pessoais e familiares, desde que cumpram a carga horária semanal. • Banco de Horas: Foi estabelecido um sistema de banco de horas, no qual os servidores podem compensar horas extras trabalhadas em um período com folgas em outro momento, dentro de certos limites. • Teletrabalho: A lei autoriza a adoção do teletrabalho, permitindo que os servidores realizem suas atividades remotamente, desde que comprovem a mesma produtividade. Teletrabalho A Lei 8.112 de 1990 foi atualizada em 2020 para incluir disposições sobre o teletrabalho (também conhecido como trabalho remoto) para servidores públicos federais. O teletrabalho é uma modalidade de execução de atividades fora das dependências físicas do órgão, com a utilização de recursos tecnológicos. Essa forma de trabalho tem se tornado cada vez mais comum no setor público, principalmente após a pandemia de COVID- 19, que acelerou a adoção do teletrabalho em diversas organizações. De acordo com a nova regulamentação, o servidor público federal poderá solicitar autorização para trabalhar remotamente, desde que as atividades exercidas sejam compatíveis com essa modalidade e sejam asseguradas as condições necessárias para sua realização. O órgão empregador deverá avaliar a viabilidade do pedido, levandoEstado. A dignidade da pessoa humana é um valor inerente a cada indivíduo, que deve ser preservado e garantido por meio de direitos e garantias fundamentais. Esse princípio impõe ao Estado e à sociedade o dever de promover https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 4 e proteger a vida, a liberdade, a igualdade e a justiça social, de modo a assegurar o pleno desenvolvimento e a realização pessoal de cada cidadão. • Respeito à vida: A dignidade da pessoa humana implica no respeito e preservação da vida em todas as suas formas e manifestações. • Liberdade e igualdade: Todos os indivíduos devem ser tratados com igualdade, sem discriminação, e ter suas liberdades fundamentais garantidas. • Justiça social: O Estado deve promover políticas públicas e ações que visem a redução das desigualdades sociais e econômicas, garantindo a todos uma vida digna. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa A Constituição Brasileira de 1988 estabelece os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. Esses princípios reconhecem a importância do trabalho e da liberdade de empreender como pilares essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país. • Valorização do Trabalho: O trabalho é visto como um direito e um dever social, sendo fundamental para a realização pessoal, a geração de renda e a promoção do bem-estar da sociedade. • Liberdade de Iniciativa: A Constituição garante a livre iniciativa, permitindo que os cidadãos possam empreender e desenvolver atividades econômicas de acordo com suas habilidades e interesses, desde que respeitando os limites legais. • Harmonia entre Trabalho e Livre Iniciativa: Esses dois princípios devem ser interpretados de forma conjunta, buscando o equilíbrio entre a garantia dos direitos trabalhistas e a promoção do empreendedorismo. Pluralismo Político O pluralismo político é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, conforme estabelecido no Artigo 1º da Constituição Federal de 1988. Esse princípio garante a existência e a livre manifestação de diferentes ideologias, partidos políticos e correntes de pensamento na esfera política do país. O pluralismo político é essencial para a democracia, pois permite que diversas perspectivas e visões de mundo possam ser representadas e debatidas livremente no âmbito do processo político. Isso assegura que os cidadãos tenham a possibilidade de escolher entre diferentes opções e projetos para o país, refletindo a pluralidade da sociedade brasileira. Além disso, o pluralismo político impede a formação de regimes totalitários ou autoritários, garantindo que o poder político seja exercido de forma descentralizada e sujeito a múltiplos centros de influência. Isso fortalece os mecanismos de freios e contrapesos, essenciais para o equilíbrio e a estabilidade do sistema político. República Federativa do Brasil A República Federativa do Brasil é a forma de organização político-administrativa do país, definida pela Constituição Federal de 1988. Nesta estrutura, destacam-se os seguintes princípios fundamentais: • Soberania - O Brasil é um Estado soberano, com plena autonomia para determinar suas próprias leis e políticas, sem interferência externa. • Cidadania - Todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país possuem direitos e deveres definidos pela Constituição, sendo a cidadania um dos pilares da República. • Dignidade da Pessoa Humana - A dignidade da pessoa humana é um valor fundamental que deve ser respeitado e protegido pelo Estado e pela sociedade. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 5 • Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa - O trabalho e a livre iniciativa econômica são essenciais para o desenvolvimento da nação, devendo ser valorizados e promovidos. • Pluralismo Político - O Brasil é uma democracia pluralista, com liberdade de organização e participação política de diferentes partidos e movimentos. União indissolúvel dos Estados e Municípios A Constituição Federal de 1988 estabelece que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Essa organização político-administrativa confere autonomia aos entes federativos, conferindo-lhes a capacidade de se autogovernar e de estabelecer suas próprias leis e políticas públicas, desde que em conformidade com a Carta Magna. Os Estados são responsáveis pela elaboração de suas próprias Constituições e leis, respeitados os princípios estabelecidos na Constituição Federal. Já os Municípios possuem autonomia para promulgar suas próprias Leis Orgânicas e legislar sobre assuntos de interesse local, como a prestação de serviços públicos essenciais à população. Essa estrutura federativa visa descentralizar o poder político e administrativo, permitindo que cada ente federativo atue de forma mais eficiente e próxima de sua realidade. Ao mesmo tempo, a indissolubilidade da União garante a integridade territorial e a soberania do Estado brasileiro, fortalecendo a democracia e a cidadania em todo o país. Direitos e Garantias Fundamentais A Constituição Brasileira de 1988 estabelece uma ampla gama de direitos e garantias fundamentais, consagrando-os como pilares essenciais da sociedade democrática e do Estado de Direito. Esses direitos abrangem tanto os direitos individuais e coletivos, quanto os direitos sociais, econômicos e culturais, visando proteger a dignidade e a liberdade de todos os cidadãos brasileiros. Entre os principais direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição, destacam-se o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à previdência social, à proteção da maternidade e da infância, e à assistência aos desamparados. Essas garantias fundamentais são consideradas cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser abolidas ou modificadas por emendas constitucionais, assegurando sua perenidade e inviolabilidade. Outro aspecto relevante é a proibição de qualquer forma de discriminação, bem como a garantia de acesso à Justiça para a defesa desses direitos. Além disso, a Constituição estabelece mecanismos como o habeas corpus, o mandado de segurança, o mandado de injunção e o habeas data, que permitem aos cidadãos recorrerem ao Poder Judiciário para a proteção de seus direitos fundamentais. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 6 Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Direito à vida O direito à vida é o direito fundamental mais básico e essencial de todo ser humano, reconhecido pela Constituição Brasileira de 1988. Esse direito garante a proteção da vida desde a concepção até a morte natural, resguardando a inviolabilidade da vida humana contra atos que possam ameaçá-la ou suprimi-la. Algumas características importantes do direito à vida incluem: 1. É um direito inviolável e indisponível, ou seja, não pode ser renunciado nem tampouco suprimido por terceiros. 2. Abrange não apenas o direito de nascer, mas também o direito de viver com dignidade e de ter uma morte natural. 3. Impõe ao Estado o dever de proteger a vida, adotando medidas que previnam a sua violação, como leis penais, políticas de saúde e segurança pública. 4. Proíbe a pena de morte, salvo em caso de guerra declarada, de acordo com as regras do direito internacional. 5. É indissociável do princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO -em consideração critérios como a natureza das atividades, a disponibilidade de recursos tecnológicos e a manutenção da qualidade dos serviços prestados. A Lei 8.112 também estabelece que o regime de teletrabalho deverá ser formalizado por meio de termo de compromisso, no qual serão definidas as atribuições, metas de desempenho e prazos a serem cumpridos pelo servidor. Além disso, o servidor deverá estar ciente de suas responsabilidades, como a manutenção da produtividade, o cumprimento dos prazos e a preservação do sigilo e da segurança das informações. Acessibilidade e inclusão de PCD Eliminação de barreiras físicas A lei 8.112 estabelece a obrigatoriedade de eliminação de barreiras arquitetônicas e de comunicação que impeçam ou dificultem o acesso de pessoas com deficiência (PCD) aos edifícios, às vias e aos espaços públicos. Isso inclui a instalação de rampas, elevadores, piso tátil, sinalização em braile e outros recursos de acessibilidade. Adaptações razoáveis A lei também determina que sejam feitas adaptações razoáveis no ambiente de trabalho, como disponibilização de equipamentos e tecnologias assistivas, de modo a permitir o pleno exercício das atribuições do cargo por servidores com deficiência. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 51 Cotas e prioridades É assegurado o direito à reserva de até 20% das vagas em concursos públicos para PCD, além de prioridade no atendimento e na tramitação de processos administrativos. Inclusão e participação A lei busca promover a inclusão e a participação efetiva de PCD na administração pública, com ações afirmativas que garantam sua representatividade e acessibilidade plena aos serviços e oportunidades. Previdência Complementar A previdência complementar é um sistema opcional de aposentadoria que fornece benefícios adicionais aos servidores públicos federais além da aposentadoria do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Esse sistema é regido pela Lei Complementar nº 109, de 2001, e permite que os servidores contribuam voluntariamente para um fundo de pensão privado com o objetivo de garantir uma renda adicional na aposentadoria. 1. Principais aspectos da previdência complementar: o Adesão Voluntária: os servidores podem optar por aderir ou não a um plano de previdência complementar. o Contribuições Individuais: os servidores contribuem mensalmente com um percentual de seu salário para o fundo de pensão. o Contribuições Paritárias: a União também contribui com um percentual igual ao do servidor para o fundo. o Benefícios na Aposentadoria: os recursos acumulados no fundo são utilizados para complementar a renda do servidor na aposentadoria. Planos de carreira e valorização profissional Desenvolvimento Profissional Contínuo Um dos pilares essenciais para o crescimento e valorização dos servidores públicos é a oferta de oportunidades contínuas de desenvolvimento profissional. Isso inclui programas de capacitação, treinamentos, workshops e cursos que permitam aos servidores ampliar seus conhecimentos, aprimorar habilidades e se manterem atualizados. Estrutura de Carreira As instituições públicas devem estabelecer planos de carreira claros e transparentes, com possibilidades definidas de progressão funcional, ascensão a cargos de liderança e aumento salarial. Esses planos de carreira devem valorizar a experiência, a qualificação e o desempenho dos servidores. Mobilidade Funcional Além da progressão na carreira, é importante oferecer oportunidades de mobilidade funcional, permitindo que os servidores possam adquirir novas experiências e habilidades em diferentes setores e posições dentro da administração pública. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 52 Reconhecimento e Valorização Um sistema de recompensas e reconhecimento pelo bom desempenho é essencial para manter a motivação e o engajamento dos servidores públicos. Isso pode incluir desde premiações e gratificações até oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional. Atualizações previstas até 2024 De acordo com os planos do governo federal, a Lei 8.112/1990 passará por algumas atualizações e revisões importantes até o ano de 2024, visando aprimorar e modernizar o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Algumas das principais mudanças previstas incluem: • Implementação de um novo sistema de progressão e promoção de carreira, com foco no desenvolvimento de competências e valorização do desempenho individual. • Revisão das regras de licenças, afastamentos e gratificações, buscando maior flexibilidade e alinhamento com as necessidades atuais do serviço público. • Aprimoramento dos mecanismos de avaliação de desempenho e accountability dos servidores, com a possibilidade de desligamento por insuficiência de desempenho. • Adoção de políticas de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência, garantindo oportunidades iguais de ingresso e desenvolvimento na carreira pública. • Implementação de programas de capacitação e educação continuada, visando aprimorar as competências técnicas e gerenciais dos servidores. Essas e outras atualizações pretendem aprimorar a gestão de recursos humanos no setor público, tornando-o mais eficiente, transparente e alinhado às melhores práticas do mercado. CLIQUE E ACESSE NA ÍNTEGRA: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm Lei nº 11.091/2005: Estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico Administrativos em Educação. LEI Nº 11.091, DE 12 DE JANEIRO DE 2005. Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Fica estruturado o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, composto pelos cargos efetivos de técnico-administrativos e de técnico-marítimos de que trata a Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987, e pelos cargos referidos no § 5º do art. 15 desta Lei. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112compilado.htm http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.091-2005?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 53 § 1º Os cargos a que se refere o caput deste artigo, vagos e ocupados, integram o quadro de pessoal das Instituições Federais de Ensino. § 2º O regime jurídico dos cargos do Plano de Carreira é o instituído pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, observadas as disposições desta Lei. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, são consideradas Instituições Federais de Ensino os órgãos e entidades públicos vinculados ao Ministério da Educação que tenham por atividade-fim o desenvolvimento e aperfeiçoamento do ensino, da pesquisa e extensão e que integram o Sistema Federal de Ensino. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL Art. 3º A gestão dos cargos do Plano de Carreira observará os seguintes princípios e diretrizes: I - natureza do processo educativo, função social e objetivos do Sistema Federal de Ensino; II - dinâmica dos processos de pesquisa, de ensino, de extensão e de administração, e as competências específicas decorrentes; III - qualidade do processo de trabalho; IV - reconhecimento do saber não instituído resultante da atuação profissional nadinâmica de ensino, de pesquisa e de extensão; V - vinculação ao planejamento estratégico e ao desenvolvimento organizacional das instituições; VI - investidura em cada cargo condicionada à aprovação em concurso público; VII – desenvolvimento do servidor vinculado aos objetivos institucionais; VIII - garantia de programas de capacitação que contemplem a formação específica e a geral, nesta incluída a educação formal; IX - avaliação do desempenho funcional dos servidores, como processo pedagógico, realizada mediante critérios objetivos decorrentes das metas institucionais, referenciada no caráter coletivo do trabalho e nas expectativas dos usuários; e X - oportunidade de acesso às atividades de direção, assessoramento, chefia, coordenação e assistência, respeitadas as normas específicas. Parágrafo único. As Instituições Federais de Ensino poderão conceder, na forma do regulamento, bolsas de pesquisa, de desenvolvimento, de inovação e de intercâmbio aos ocupantes de cargo público efetivo de técnico-administrativo envolvidos nessas atividades, atendido o disposto no art. 8º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.695, de 2023) Art. 4º Caberá à Instituição Federal de Ensino avaliar anualmente a adequação do quadro de pessoal às suas necessidades, propondo ao Ministério da Educação, se for o caso, o seu redimensionamento, consideradas, entre outras, as seguintes variáveis: I - demandas institucionais; II - proporção entre os quantitativos da força de trabalho do Plano de Carreira e usuários; III - inovações tecnológicas; e IV - modernização dos processos de trabalho no âmbito da Instituição. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14695.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14695.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 54 Parágrafo único. Os cargos vagos e alocados provisoriamente no Ministério da Educação deverão ser redistribuídos para as Instituições Federais de Ensino para atender às suas necessidades, de acordo com as variáveis indicadas nos incisos I a IV deste artigo e conforme o previsto no inciso I do § 1º do art. 24 desta Lei. CAPÍTULO III DOS CONCEITOS Art. 5º Para todos os efeitos desta Lei, aplicam-se os seguintes conceitos: I - plano de carreira: conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvimento profissional dos servidores titulares de cargos que integram determinada carreira, constituindo-se em instrumento de gestão do órgão ou entidade; II – nível de classificação: conjunto de cargos de mesma hierarquia, classificados a partir do requisito de escolaridade, nível de responsabilidade, conhecimentos, habilidades específicas, formação especializada, experiência, risco e esforço físico para o desempenho de suas atribuições; III - padrão de vencimento: posição do servidor na escala de vencimento da carreira em função do nível de capacitação, cargo e nível de classificação; IV - cargo: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que são cometidas a um servidor; V - nível de capacitação: posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício das atividades do cargo ocupado, realizada após o ingresso; VI - ambiente organizacional: área específica de atuação do servidor, integrada por atividades afins ou complementares, organizada a partir das necessidades institucionais e que orienta a política de desenvolvimento de pessoal; e VII - usuários: pessoas ou coletividades internas ou externas à Instituição Federal de Ensino que usufruem direta ou indiretamente dos serviços por ela prestados. CAPÍTULO IV DA ESTRUTURA DO PLANO DE CARREIRA DOS CARGOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO Art. 6º O Plano de Carreira está estruturado em 5 (cinco) níveis de classificação, com 4 (quatro) níveis de capacitação cada, conforme Anexo I-C desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11,784, de 2008) Art. 7º Os cargos do Plano de Carreira são organizados em 5 (cinco) níveis de classificação, A, B, C, D e E, de acordo com o disposto no inciso II do art. 5º e no Anexo II desta Lei. Art. 8º São atribuições gerais dos cargos que integram o Plano de Carreira, sem prejuízo das atribuições específicas e observados os requisitos de qualificação e competências definidos nas respectivas especificações: I - planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades inerentes ao apoio técnico-administrativo ao ensino; II - planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades técnico-administrativas inerentes à pesquisa e à extensão nas Instituições Federais de Ensino; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art12 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 55 III - executar tarefas específicas, utilizando-se de recursos materiais, financeiros e outros de que a Instituição Federal de Ensino disponha, a fim de assegurar a eficiência, a eficácia e a efetividade das atividades de ensino, pesquisa e extensão das Instituições Federais de Ensino. § 1º As atribuições gerais referidas neste artigo serão exercidas de acordo com o ambiente organizacional. § 2º As atribuições específicas de cada cargo serão detalhadas em regulamento. § 3º As atribuições previstas no inciso II do caput deste artigo incluem a coordenação de projetos de pesquisa e extensão, cabendo a percepção de bolsas de pesquisa e extensão, pagas diretamente pelas Instituições Federais de Ensino, por agência oficial de fomento, por fundação de apoio devidamente credenciada por Instituição Federal de Ensino ou por organismo internacional amparado por ato, tratado ou convenção internacional. (Incluído pela Lei nº 14.695, de 2023) CAPÍTULO V DO INGRESSO NO CARGO E DAS FORMAS DE DESENVOLVIMENTO Art. 9º O ingresso nos cargos do Plano de Carreira far-se-á no padrão inicial do 1º (primeiro) nível de capacitação do respectivo nível de classificação, mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas a escolaridade e experiência estabelecidas no Anexo II desta Lei. § 1º O concurso referido no caput deste artigo poderá ser realizado por áreas de especialização, organizado em 1 (uma) ou mais fases, bem como incluir curso de formação, conforme dispuser o plano de desenvolvimento dos integrantes do Plano de Carreira. § 2º O edital definirá as características de cada fase do concurso público, os requisitos de escolaridade, a formação especializada e a experiência profissional, os critérios eliminatórios e classificatórios, bem como eventuais restrições e condicionantes decorrentes do ambiente organizacional ao qual serão destinadas as vagas. Art. 10. O desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á, exclusivamente, pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente, Progressão por Capacitação Profissional ou Progressão por Mérito Profissional. § 1º Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no mesmo cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção pelo servidor de certificação em Programa de capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente organizacional e a carga horária mínima exigida, respeitado o interstício de 18 (dezoito) meses, nos termos da tabela constante do Anexo III desta Lei. § 2º Progressão por Mérito Profissional é a mudança para o padrão de vencimento imediatamente subseqüente, a cada 2 (dois) anos de efetivo exercício, desde que o servidor apresente resultado fixado em programa de avaliação de desempenho, observado o respectivo nível de capacitação.§ 3º O servidor que fizer jus à Progressão por Capacitação Profissional será posicionado no nível de capacitação subseqüente, no mesmo nível de classificação, em padrão de vencimento na mesma posição relativa a que ocupava anteriormente, mantida a distância entre o padrão que ocupava e o padrão inicial do novo nível de capacitação. § 4º No cumprimento dos critérios estabelecidos no Anexo III, é permitido o somatório de cargas horárias de cursos realizados pelo servidor durante a permanência no nível de capacitação em que se encontra e da carga horária que excedeu à exigência para progressão no interstício do nível anterior, vedado o aproveitamento de cursos com carga horária inferior a 20 (vinte) horas-aula. (Redação dada pela Lei nº 12.772, de 2012) § 5º A mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento não acarretará mudança de nível de classificação. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14695.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12772.htm#art41 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 56 § 6º Para fins de aplicação do disposto no § 1º deste artigo aos servidores titulares de cargos de Nível de Classificação E, a conclusão, com aproveitamento, na condição de aluno regular, de disciplinas isoladas, que tenham relação direta com as atividades inerentes ao cargo do servidor, em cursos de Mestrado e Doutorado reconhecidos pelo Ministério da Educação - MEC, desde que devidamente comprovada, poderá ser considerada como certificação em Programa de Capacitação para fins de Progressão por Capacitação Profissional, conforme disciplinado em ato do Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) § 7º A liberação do servidor para a realização de cursos de Mestrado e Doutorado está condicionada ao resultado favorável na avaliação de desempenho. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) § 8º Os critérios básicos para a liberação a que se refere o § 7º deste artigo serão estabelecidos em Portaria conjunta dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Art. 10-A. A partir de 1º de maio de 2008, o interstício para Progressão por Mérito Profissional na Carreira, de que trata o § 2º do art. 10 desta Lei, passa a ser de 18 (dezoito) meses de efetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Parágrafo único. Na contagem do interstício necessário à Progressão por Mérito Profissional de que trata o caput deste artigo, será aproveitado o tempo computado desde a última progressão. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Art. 11. Será instituído Incentivo à Qualificação ao servidor que possuir educação formal superior ao exigido para o cargo de que é titular, na forma de regulamento. Art. 12. O Incentivo à Qualificação terá por base percentual calculado sobre o padrão de vencimento percebido pelo servidor, na forma do Anexo IV desta Lei, observados os seguintes parâmetros: (Redação dada pela Lei nº 11,784, de 2008) I - a aquisição de título em área de conhecimento com relação direta ao ambiente organizacional de atuação do servidor ensejará maior percentual na fixação do Incentivo à Qualificação do que em área de conhecimento com relação indireta; e II - a obtenção dos certificados relativos ao ensino fundamental e ao ensino médio, quando excederem a exigência de escolaridade mínima para o cargo do qual o servidor é titular, será considerada, para efeito de pagamento do Incentivo à Qualificação, como conhecimento relacionado diretamente ao ambiente organizacional. § 1º Os percentuais do Incentivo à Qualificação não são acumuláveis e serão incorporados aos respectivos proventos de aposentadoria e pensão. § 2º O Incentivo à Qualificação somente integrará os proventos de aposentadorias e as pensões quando os certificados considerados para a sua concessão tiverem sido obtidos até a data em que se deu a aposentadoria ou a instituição da pensão. (Redação dada pela Lei nº 11.233, de 2005) § 3º Para fins de concessão do Incentivo à Qualificação, o Poder Executivo definirá as áreas de conhecimento relacionadas direta e indiretamente ao ambiente organizacional e os critérios e processos de validação dos certificados e títulos, observadas as diretrizes previstas no § 2º do art. 24 desta Lei. § 4º A partir de 1º de janeiro de 2013, o Incentivo à Qualificação de que trata o caput será concedido aos servidores que possuírem certificado, diploma ou titulação que exceda a exigência de escolaridade mínima para ingresso no cargo do qual é titular, independentemente do nível de classificação em que esteja posicionado, na forma do Anexo IV. (Incluído pela Lei nº 12.772, de 2012) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art12 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art12 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11233.htm#art19 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12772.htm#art41 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 57 CAPÍTULO VI DA REMUNERAÇÃO Art. 13. A remuneração dos integrantes do Plano de Carreira será composta do vencimento básico, correspondente ao valor estabelecido para o padrão de vencimento do nível de classificação e nível de capacitação ocupados pelo servidor, acrescido dos incentivos previstos nesta Lei e das demais vantagens pecuniárias estabelecidas em lei. Parágrafo único. Os integrantes do Plano de Carreira não farão jus à Gratificação Temporária - GT, de que trata a Lei nº 10.868, de 12 de maio de 2004, e à Gratificação Específica de Apoio Técnico-Administrativo e Técnico-Marítimo às Instituições Federais de Ensino - GEAT, de que trata a Lei nº 10.908, de 15 de julho de 2004. Art. 13-A. Os servidores lotados nas Instituições Federais de Ensino integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação não farão jus à Vantagem Pecuniária Individual - VPI instituída pela Lei nº 10.698, de 2 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Art. 14. Os vencimentos básicos do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação estão estruturados na forma do Anexo I-C desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele especificadas. (Redação dada pela Lei nº 11,784, de 2008) Parágrafo único. Sobre os vencimentos básicos referidos no caput deste artigo incidirão os reajustes concedidos a título de revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. CAPÍTULO VII DO ENQUADRAMENTO Art. 15. O enquadramento previsto nesta Lei será efetuado de acordo com a Tabela de Correlação, constante do Anexo VII desta Lei. § 1º O enquadramento do servidor na Matriz Hierárquica será efetuado no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação desta Lei, observando-se: I - o posicionamento inicial no Nível de Capacitação I do nível de classificação a que pertence o cargo; e II - o tempo de efetivo exercício no serviço público federal, na forma do Anexo V desta Lei. § 2ºNa hipótese de o enquadramento de que trata o § 1º deste artigo resultar em vencimento básico de valor menor ao somatório do vencimento básico, da Gratificação Temporária - GT e da Gratificação Específica de Apoio Técnico-Administrativo e Técnico-Marítimo às Instituições Federais de Ensino - GEAT, considerados no mês de dezembro de 2004, proceder-se-á ao pagamento da diferença como parcela complementar, de caráter temporário. § 3º A parcela complementar a que se refere o § 2º deste artigo será considerada para todos os efeitos como parte integrante do novo vencimento básico, e será absorvida por ocasião da reorganização ou reestruturação da carreira ou tabela remuneratória, inclusive para fins de aplicação da tabela constante do Anexo I-B desta Lei. § 4º O enquadramento do servidor no nível de capacitação correspondente às certificações que possua será feito conforme regulamento específico, observado o disposto no art. 26, inciso III, e no Anexo III desta Lei, bem como a adequação das certificações ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, previsto no art. 24 desta Lei. § 5º Os servidores redistribuídos para as Instituições Federais de Ensino serão enquadrados no Plano de Carreira no prazo de 90 (noventa) dias da data de publicação desta Lei. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Lei/L10.908.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Lei/L10.908.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art12 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 58 Art. 16. O enquadramento dos cargos referido no art. 1º desta Lei dar-se-á mediante opção irretratável do respectivo titular, a ser formalizada no prazo de 60 (sessenta) dias a contar do início da vigência desta Lei, na forma do termo de opção constante do Anexo VI desta Lei. (Vide Lei nº 11,784, de 2008) Parágrafo único. O servidor que não formalizar a opção pelo enquadramento comporá quadro em extinção submetido à Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987, cujo cargo será transformado em cargo equivalente do Plano de Carreira quando vagar. Art. 17. Os cargos vagos dos grupos Técnico-Administrativo e Técnico-Marítimo do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, de que trata a Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987, ficam transformados nos cargos equivalentes do Plano de Carreira de que trata esta Lei. Parágrafo único. Os cargos vagos de nível superior, intermediário e auxiliar, não organizados em carreira, redistribuídos para as Instituições Federais de Ensino, até a data da publicação desta Lei, serão transformados nos cargos equivalentes do Plano de Carreira de que trata esta Lei. Art. 18. O Poder Executivo promoverá, mediante decreto, a racionalização dos cargos integrantes do Plano de Carreira, observados os seguintes critérios e requisitos: I - unificação, em cargos de mesma denominação e nível de escolaridade, dos cargos de denominações distintas, oriundos do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, do Plano de Classificação de Cargos - PCC e de planos correlatos, cujas atribuições, requisitos de qualificação, escolaridade, habilitação profissional ou especialização exigidos para ingresso sejam idênticos ou essencialmente iguais aos cargos de destino; II - transposição aos respectivos cargos, e inclusão dos servidores na nova situação, obedecida a correspondência, identidade e similaridade de atribuições entre o cargo de origem e o cargo em que for enquadrado; e III - posicionamento do servidor ocupante dos cargos unificados em nível de classificação e nível de capacitação e padrão de vencimento básico do cargo de destino, observados os critérios de enquadramento estabelecidos por esta Lei. Art. 19. Será instituída em cada Instituição Federal de Ensino Comissão de Enquadramento responsável pela aplicação do disposto neste Capítulo, na forma prevista em regulamento. § 1º O resultado do trabalho efetuado pela Comissão de que trata o caput deste artigo será objeto de homologação pelo colegiado superior da Instituição Federal de Ensino. § 2º A Comissão de Enquadramento será composta, paritariamente, por servidores integrantes do Plano de Carreira da respectiva instituição, mediante indicação dos seus pares, e por representantes da administração superior da Instituição Federal de Ensino. Art. 20. Para o efeito de subsidiar a elaboração do Regulamento de que trata o inciso III do art. 26 desta Lei, a Comissão de Enquadramento relacionará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua instalação, os servidores habilitados a perceber o Incentivo à Qualificação e a ser enquadrados no nível de capacitação, nos termos dos arts. 11, 12 e 15 desta Lei. Art. 21. O servidor terá até 30 (trinta) dias, a partir da data de publicação dos atos de enquadramento, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 15 desta Lei, para interpor recurso na Comissão de Enquadramento, que decidirá no prazo de 60 (sessenta) dias. Parágrafo único. Indeferido o recurso pela Comissão de Enquadramento, o servidor poderá recorrer ao órgão colegiado máximo da Instituição Federal de Ensino. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art14 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 59 CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 22. Fica criada a Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira, vinculada ao Ministério da Educação, com a finalidade de acompanhar, assessorar e avaliar a implementação do Plano de Carreira, cabendo-lhe, em especial: I - propor normas regulamentadoras desta Lei relativas às diretrizes gerais, ingresso, progressão, capacitação e avaliação de desempenho; II - acompanhar a implementação e propor alterações no Plano de Carreira; III - avaliar, anualmente, as propostas de lotação das Instituições Federais de Ensino, conforme inciso I do § 1º do art. 24 desta Lei; e IV - examinar os casos omissos referentes ao Plano de Carreira, encaminhando-os à apreciação dos órgãos competentes. § 1º A Comissão Nacional de Supervisão será composta, paritariamente, por representantes do Ministério da Educação, dos dirigentes das IFES e das entidades representativas da categoria. § 2º A forma de designação, a duração do mandato e os critérios e procedimentos de trabalho da Comissão Nacional de Supervisão serão estabelecidos em regulamento. § 3º Cada Instituição Federal de Ensino deverá ter uma Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação composta por servidores integrantes do Plano de Carreira, com a finalidade de acompanhar, orientar, fiscalizar e avaliar a sua implementação no âmbito da respectiva Instituição Federal de Ensino e propor à Comissão Nacional de Supervisão as alterações necessárias para seu aprimoramento. Art. 23. Aplicam-se os efeitos desta Lei: I - aos servidores aposentados, aos pensionistas, exceto no que se refere ao estabelecido no art. 10 desta Lei; II - aos titulares de empregos técnico-administrativos e técnico-marítimos integrantes dos quadros das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação, em relação às diretrizes de gestão dos cargos e de capacitação e aos efeitos financeiros da inclusão e desenvolvimento na Matriz Hierárquica e da percepção do Incentivo à Qualificação, vedada a alteração de regime jurídico em decorrência do disposto nesta Lei. Art. 24. O plano de desenvolvimento institucional de cada Instituição Federal de Ensino contemplará plano de desenvolvimento dos integrantesdo Plano de Carreira, observados os princípios e diretrizes do art. 3º desta Lei. § 1º O plano de desenvolvimento dos integrantes do Plano de Carreira deverá conter: I - dimensionamento das necessidades institucionais, com definição de modelos de alocação de vagas que contemplem a diversidade da instituição; II - Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento; e III - Programa de Avaliação de Desempenho. § 2º O plano de desenvolvimento dos integrantes do Plano de Carreira será elaborado com base em diretrizes nacionais estabelecidas em regulamento, no prazo de 100 (cem) dias, a contar da publicação desta Lei. § 3º A partir da publicação do regulamento de que trata o § 2º deste artigo, as Instituições Federais de Ensino disporão dos seguintes prazos: https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 60 I - 90 (noventa) dias para a formulação do plano de desenvolvimento dos integrantes do Plano de Carreira; II – 180 (cento e oitenta) dias para formulação do programa de capacitação e aperfeiçoamento; e III – 360 (trezentos e sessenta) dias para o início da execução do programa de avaliação de desempenho e o dimensionamento das necessidades institucionais com a definição dos modelos de alocação de vagas. § 4º Na contagem do interstício necessário à Progressão por Mérito Profissional, será aproveitado o tempo computado entre a data em que tiver ocorrido a última progressão processada segundo os critérios vigentes até a data da publicação desta Lei e aplicáveis ao Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos e a data em que tiver sido feita a implantação do programa de avaliação de desempenho, previsto neste artigo, em cada Instituição Federal de Ensino. Art. 25. O Ministério da Educação, no prazo de 12 (doze) meses a contar da publicação desta Lei, promoverá avaliação e exame da política relativa a contratos de prestação de serviços e à criação e extinção de cargos no âmbito do Sistema Federal de Ensino. Art. 26. O Plano de Carreira, bem como seus efeitos financeiros, será implantado gradualmente, na seguinte conformidade: I - incorporação das gratificações de que trata o § 2º do art. 15 desta Lei, enquadramento por tempo de serviço público federal e posicionamento dos servidores no 1º (primeiro) nível de capacitação na nova tabela constante no Anexo I desta Lei, com início em 1º de março de 2005; II - implantação de nova tabela de vencimentos constante no Anexo I-B desta Lei, em 1º de janeiro de 2006; e III - implantação do Incentivo à Qualificação e a efetivação do enquadramento por nível de capacitação, a partir da publicação do regulamento de que trata o art. 11 e o § 4º do art. 15 desta Lei. Parágrafo único. A edição do regulamento referido no inciso III do caput deste artigo fica condicionada ao cumprimento do disposto nos arts. 16 e 17 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Art. 26-A. Além dos casos previstos na legislação vigente, o ocupante de cargo do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação poderá afastar-se de suas funções para prestar colaboração a outra instituição federal de ensino ou de pesquisa e ao Ministério da Educação, com ônus para a instituição de origem, não podendo o afastamento exceder a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 11.233, de 2005) Parágrafo único. O afastamento de que trata o caput deste artigo será autorizado pelo dirigente máximo da IFE e deverá estar vinculado a projeto ou convênio com prazos e finalidades objetivamente definidos. (Incluído pela Lei nº 11.233, de 2005) Art. 26-B. É vedada a aplicação do instituto da redistribuição aos cargos vagos ou ocupados, dos Quadros de Pessoal das Instituições Federais de Ensino para outros órgãos e entidades da administração pública e dos Quadros de Pessoal destes órgãos e entidades para aquelas instituições. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica às redistribuições de cargos entre Instituições Federais de Ensino. (Incluído pela Lei nº 11,784, de 2008) Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 12 de janeiro de 2005; 184º da Independência e 117º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro Nelson Machado https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art16 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art17 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11233.htm#art20 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11233.htm#art20 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11784.htm#art15 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 61 Lei nº 12.527/2011 – Lei de acesso à informação. LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.brhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.527-2011?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xxxiii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37%C2%A73ii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37%C2%A73ii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art216%C2%A72 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 62 IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. CAPÍTULO II DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 63 VIII – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.345, de 2022) § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. § 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. § 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. § 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1º , quando não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. § 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. § 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. § 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14345.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 64 V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008. § 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de ResponsabilidadeFiscal). Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante: I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação. CAPÍTULO III DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO Seção I Do Pedido de Acesso Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. § 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação. § 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet. § 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público. Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm#art17 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Congresso/DLG186-2008.htm#art9 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Congresso/DLG186-2008.htm#art9 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73b https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73b LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 65 III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. § 5º A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente. § 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. (Vide Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de informação é gratuito. (Redação dada pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) § 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento dos custos dos serviços e dos materiais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento da informação exigir reprodução de documentos pelo órgão ou pela entidade pública consultada. (Incluído pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) § 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos no § 1º deste artigo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. (Incluído pela Lei nº 14.129, de 2021) (Vigência) Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o original. Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a conservação do documento original. Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art53 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art53 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art55 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7115.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7115.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art52 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art52 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art55 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art52 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art52 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art55 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7115.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7115.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art52 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14129.htm#art55 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 66 Seção II Dos Recursos Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; III - os procedimentos de classificaçãode informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei. § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. § 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que adote as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei. § 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido às autoridades mencionadas depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando. § 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações prevista no art. 35. Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classificação de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. Art. 19. (VETADO). § 1º (VETADO). § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau de recurso, negarem acesso a informações de interesse público. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 67 Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capítulo. CAPÍTULO IV DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO Seção I Disposições Gerais Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso. Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. Seção II Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9784.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 68 § 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. § 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º , poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. § 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público. § 5º Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível, considerados: I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. Seção III Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção. (Regulamento) § 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. § 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. § 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados. Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para tratamento de informações sigilosas. Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento de informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação desta Lei. Seção IV Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbitoda administração pública federal é de competência: (Regulamento) I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: a) Presidente da República; b) Vice-Presidente da República; c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 69 d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior; II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei. § 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação. § 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. § 3º A autoridade ou outro agente público que classificar informação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, no prazo previsto em regulamento. Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos: I - assunto sobre o qual versa a informação; II - fundamento da classificação, observados os critérios estabelecidos no art. 24; III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. 24; e IV - identificação da autoridade que a classificou. Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada. Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. (Regulamento) § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar as peculiaridades das informações produzidas no exterior por autoridades ou agentes públicos. § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação. § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção. Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de regulamento: I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses; II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 70 III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes. § 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publicação prevista no caput para consulta pública em suas sedes. § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação. Seção V Das Informações Pessoais Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. § 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem: I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. § 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será responsabilizado por seu uso indevido. § 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será exigido quando as informações forem necessárias: I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico; II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem; III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - à defesa de direitos humanos; ou V - à proteção do interesse público e geral preponderante. § 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. § 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de informação pessoal. CAPÍTULO V DAS RESPONSABILIDADES Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 71 III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado. § 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos,desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal; ou II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e suas alterações, infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela estabelecidos. § 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis nºs 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992. Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. § 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1079.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 72 a apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 35. (VETADO). § 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei; e III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º do art. 24. § 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação. § 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos. § 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º implicará a desclassificação automática das informações. § 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização e funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposições desta Lei. (Regulamento) Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações constantes desses instrumentos. Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento) I - promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas; e II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive aquelas provenientes de países ou organizações internacionais com os quais a República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos demais órgãos competentes. Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição, organização e funcionamento do NSC. Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9507.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 73 Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência desta Lei. § 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos nesta Lei. § 2º No âmbito da administração pública federal, a reavaliação prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observados os termos desta Lei. § 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no caput, será mantida a classificação da informação nos termos da legislação precedente. § 4º As informações classificadas como secretas e ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas, automaticamente, de acesso público. Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta designará autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições: I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto cumprimento do disposto nesta Lei; e IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da administração pública federal responsável: I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fomento à cultura da transparência na administração pública e conscientização do direito fundamental de acesso à informação;UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 7 Direito à Liberdade O direito à liberdade é um dos pilares fundamentais da Constituição Federal de 1988 e representa a capacidade do indivíduo de tomar decisões e agir de acordo com sua vontade, desde que respeite os direitos e as liberdades de outras pessoas. Esse direito abrange diversas dimensões, incluindo: • Liberdade de locomoção: a possibilidade de ir, vir e ficar, dentro do território nacional, sem qualquer restrição, salvo em casos específicos previstos em lei. • Liberdade de expressão: a faculdade de manifestar livremente o pensamento, a crença e a opinião, por qualquer meio, sem censura ou restrição indevida. • Liberdade de consciência e de crença: o direito de professar qualquer religião ou convicção filosófica ou política, sem interferência do Estado. • Liberdade de exercício profissional: a garantia de escolher livremente a profissão e o trabalho, observadas as qualificações profissionais exigidas por lei. • Liberdade de associação: a prerrogativa de se associar com outros indivíduos para a defesa de interesses comuns Direito à Igualdade A Constituição Brasileira de 1988 estabelece o princípio da igualdade como um dos direitos e garantias fundamentais. Esse princípio assegura que todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. O direito à igualdade abrange diversas esferas, como a igualdade de gênero, de raça, de orientação sexual, de condição social, entre outras. Isso significa que o Estado deve agir de forma a promover a igualdade de oportunidades e combater qualquer forma de discriminação, garantindo que todos tenham acesso aos mesmos direitos e deveres, independentemente de suas características pessoais. Esse princípio é fundamental para a construção de uma sociedade justa e inclusiva, em que todas as pessoas possam exercer plenamente sua cidadania. Cabe ao poder público adotar medidas afirmativas e políticas públicas voltadas à promoção da igualdade, de modo a eliminar barreiras e desigualdades históricas que ainda persistem em nosso país. O Direito à Segurança O direito à segurança é um dos pilares fundamentais da Constituição Brasileira de 1988, reconhecido como um dos direitos e garantias individuais e coletivos. Este direito assegura aos cidadãos brasileiros a proteção contra ameaças à sua integridade física, moral e patrimonial, bem como a garantia de segurança pública por parte do Estado. A segurança é um dever do Estado e um direito de todos, devendo ser promovida através de políticas públicas eficientes e coordenadas entre os diferentes órgãos e esferas de governo. Nesse sentido, a Constituição estabelece que: • Segurança Pública: É dever do Estado, com a participação da comunidade, garantir a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio. • Forças de Segurança: As polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal e as polícias civis dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, são responsáveis pela segurança pública. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 8 • Direito à Vida e à Propriedade: O Estado deve assegurar a proteção do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade das pessoas. Direito à Propriedade O direito à propriedade é um dos pilares fundamentais da Constituição Federal brasileira de 1988. Esse direito garante a todos os cidadãos o poder de adquirir, utilizar, gozar e dispor de bens móveis e imóveis, dentro dos limites estabelecidos pela lei. É um direito individual e inviolável, que protege a propriedade privada e a função social da terra. A Constituição estabelece que a propriedade atenderá a sua função social, ou seja, deverá estar em conformidade com os interesses coletivos, preservando o meio ambiente e respeitando os direitos trabalhistas. Além disso, o Estado pode desapropriar a propriedade por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro. O direito de propriedade é crucial para o desenvolvimento econômico e social do país, pois garante segurança jurídica aos investimentos e incentiva a produtividade. Ao mesmo tempo, a Constituição busca equilibrar esse direito individual com os interesses coletivos, estabelecendo limites e condições para o seu exercício. Direitos Sociais Definição Os direitos sociais são um conjunto de garantias constitucionais que visam assegurar condições mínimas de vida digna a todos os cidadãos, independentemente de sua condição social ou econômica. Esses direitos estão diretamente relacionados à melhoria da qualidade de vida e à promoção da justiça social. Exemplos Alguns dos principais direitos sociais previstos na Constituição brasileira de 1988 são: • Educação • Saúde • Trabalho • Moradia • Lazer • Segurança • Previdência social • Proteção à maternidade e à infância • Assistência aos desamparados Importância Os direitos sociais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, uma vez que buscam garantir o acesso a bens e serviços essenciais a todos os cidadãos. Eles representam um avanço na proteção dos grupos mais vulneráveis e contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do país. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 9 Efetivação A efetivação dos direitos sociais depende da atuação do Estado, que deve implementar políticas públicas e alocar recursos orçamentários para sua concretização. No entanto, a plena realização desses direitos ainda enfrenta diversos desafios, como a escassez de recursos, a desigualdade social e a ineficiência na gestão dos serviços públicos. Educação A educação é um direito fundamental garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Ela desempenha um papel essencial no desenvolvimento individual e coletivo, promovendo a cidadania, a igualdade de oportunidades e o progresso social. O texto constitucional estabelece os seguintes princípios e objetivos para a educação no Brasil: 1. Universalidade do ensino público e gratuito: O acesso à educação básica, do ensino fundamental ao médio, deve ser garantido a todos, sem qualquer tipo de discriminação. 2. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas: A educação deve respeitar a diversidade de abordagens e métodos de ensino, fomentando o livre debate de ideias. 3. Gestão democrática do ensino público: A comunidade escolar, incluindo alunos, pais e professores, deve participar ativamente da elaboração e implementação das políticas educacionais. 4. Valorização dos profissionais da educação: É dever do Estado promover a formação, a capacitação e a remuneração adequada dos docentes e demais profissionais da educação. Saúde A saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o artigo 196, "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". Isso significa que o Estado brasileiro deve fornecer acesso gratuito e de qualidade a serviços de saúde para toda a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS é uma das maiores redes públicas de saúde do mundo, com atendimento desde a atenção primária até os procedimentos de alta complexidade. Ele abrange desde consultas, exames e internações hospitalares até tratamentos de doenças crônicas, medicamentos e programas de vacinação. Esse sistema é financiadoII - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública; III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da administração pública federal, concentrando e consolidando a publicação de informações estatísticas relacionadas no art. 30; IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório anual com informações atinentes à implementação desta Lei. Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicação. Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 116. ................................................................... ............................................................................................ VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art116vi LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 74 .................................................................................” (NR) Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126- A: “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.” Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao disposto no art. 9º e na Seção II do Capítulo III. Art. 46. Revogam-se: I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005 ; e II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação. Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da Independência e 123º da República. DILMA ROUSSEFF Lei nº 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), também conhecida como Lei nº 13.709/2018, é uma legislação brasileira que estabelece regras e princípios para o tratamento de dados pessoais no país. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é uma lei brasileira aprovada em 2018 que estabelece regras e princípios para o tratamento de dados pessoais, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Essa lei é fundamental para o novo cenário digital, em que a coleta, o armazenamento e o uso de dados pessoais se tornaram práticas comuns em diversos setores da economia e da sociedade. A LGPD está alinhada com as principais regulações internacionais sobre proteção de dados, como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia, e estabelece padrões e diretrizes para garantir a privacidade e a segurança das informações pessoais. Sua implementação busca fortalecer a confiança dos cidadãos no uso de seus dados, equilibrando os interesses dos titulares, empresas e do Estado. Objetivos da LGPD Proteção de Dados Pessoais O principal objetivo da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é garantir a proteção dos direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. A Lei visa regulamentar o tratamento de dados pessoais, visando proporcionar maior segurança e controle aos titulares sobre suas informações. Segurança e Confiança Outro objetivo essencial da LGPD é estabelecer um ambiente de maior segurança e confiança no tratamento de dados pessoais, tanto para os titulares quanto para as empresas e órgãos públicos que realizam esse tratamento. Isso envolve a definição de padrões de segurança e boas práticas a serem adotados. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm#art126a https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8159.htm#art22 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 75 Inovação e Desenvolvimento Além disso, a Lei busca fomentar o desenvolvimento econômico e tecnológico, bem como a inovação, por meio da livre circulação de dados pessoais, desde que observados os princípios e as garantias previstas na legislação. Isso permite que as organizações possam melhor aproveitar as oportunidades oferecidas pelo uso de dados. Principais Definições Âmbito de Aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) possui um amplo âmbito de aplicação, abrangendo tanto o setor público quanto o setor privado. A lei se aplica ao tratamento de dados pessoais realizados por: • Pessoas naturais e jurídicas de direito público ou privado; • Em território nacional; • Que realizem operações de tratamento de dados pessoais, mesmo que a finalidade não seja econômica; • Que ofereçam bens ou serviços no território brasileiro, coletando dados de indivíduos localizados no Brasil; • Que tratem dados de indivíduos localizados no Brasil, independentemente do país onde esteja estabelecido o controlador. Dessa forma, a LGPD estabelece regras e princípios para o tratamento de dados pessoais que devem ser observados por todos os agentes, sejam eles empresas, órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos. Isso garante a proteção dos direitos fundamentais dos titulares de dados e a regulação do ecossistema digital de forma abrangente. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 76 Direitos dos titulares de dados Direito à Informação Os titulares de dados têm o direito de serem informados de forma clara, precisa e acessível sobre o tratamento de seus dados pessoais, incluindo a finalidade, os tipos de dados coletados, os agentes de tratamento envolvidos e os seus direitos em relação a esses dados. Direito de Acesso Os titulares de dados têm o direito de acessar facilmente as informações sobre o tratamento de seus dados pessoais, bem como de solicitar a confirmação da existência de tratamento e o acesso aos seus dados armazenados. Direito de Retificação Caso os dados pessoais do titular estejam incorretos, incompletos ou desatualizados, ele tem o direito de solicitar a sua imediata correção pelos agentes de tratamento. Princípios de tratamento de dados pessoais Finalidade O tratamento de dados pessoais deve ser realizado com finalidades legítimas, específicas, explícitas e informadas ao titular. Essa é uma das principais diretrizes estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa assegurar a transparência e o uso responsável das informações. Adequação O tratamento de dados deve ser compatível com as finalidades informadas ao titular, não podendo ser realizado de maneira excessiva ou desalinhada com o propósito estabelecido. Esse princípio busca evitar a coleta indiscriminada de informações e garantir que os dados sejam utilizados de forma apropriada. Necessidade Os dados pessoais coletados devem ser os mínimos necessários para a realização de uma finalidade específica. Esse princípio visa limitar a coletade informações aos dados realmente essenciais, evitando a acumulação desnecessária de dados. Qualidade dos Dados Os dados pessoais devem ser precisos, claros, relevantes e atualizados, de acordo com as necessidades do tratamento. Esse princípio garante que as informações utilizadas sejam confiáveis e fidedignas, refletindo a realidade do titular. Requisitos para o tratamento de dados O tratamento de dados pessoais no Brasil é regido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estabelece diversos requisitos a serem cumpridos pelas empresas e organizações. Esses requisitos visam garantir a privacidade e a segurança dos dados dos titulares, bem como a transparência e accountability no tratamento dessas informações. 1. Finalidade legítima: O tratamento de dados deve ter uma finalidade específica, explícita e legítima, alinhada com os interesses e direitos do titular. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 77 2. Adequação e necessidade: Os dados coletados devem ser adequados, relevantes e limitados ao necessário para o cumprimento da finalidade do tratamento. 3. Segurança: Medidas técnicas e administrativas de segurança devem ser implementadas para proteger os dados contra acessos não autorizados, modificações, divulgação ou destruição. 4. Minimização de dados: Apenas os dados pessoais estritamente necessários para a finalidade do tratamento devem ser coletados e mantidos. 5. Retenção limitada: Os dados devem ser mantidos apenas pelo tempo necessário para o cumprimento da finalidade, sendo excluídos ou anonimizados assim que essa finalidade for atingida. 6. Bases Legais para o Tratamento de Dados Consentimento do titular O consentimento do titular é um dos pilares da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ele se refere à manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada. O consentimento deve ser obtido de forma clara e ostensiva, através de uma declaração ou de um ato afirmativo do titular, como o preenchimento de um formulário ou a marcação de uma caixa de seleção. A LGPD estabelece requisitos rígidos para a obtenção do consentimento. Ele deve ser específico para cada finalidade de tratamento, sendo vedada a utilização de consentimentos genéricos. Além disso, o consentimento pode ser revogado a qualquer momento pelo titular, que deve ser informado sobre essa possibilidade de forma clara e acessível. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 78 É importante ressaltar que o consentimento não é a única base legal para o tratamento de dados pessoais. A LGPD prevê outras situações em que o tratamento pode ser realizado, como no cumprimento de obrigação legal ou regulatória, na execução de contrato e no exercício regular de direitos. Tratamento de Dados de Crianças e Adolescentes A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece diretrizes específicas para o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, reconhecendo sua condição peculiar de desenvolvimento e a necessidade de protegê-los de forma diferenciada. 1. O tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes deve observar o melhor interesse da criança e do adolescente, com o objetivo de garantir sua proteção integral. 2. O consentimento para o tratamento de dados de crianças e adolescentes deve ser prestado por pelo menos um dos pais ou responsável legal, salvo em situações específicas previstas na lei. 3. As empresas e organizações devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas adequadas para proteger os dados pessoais de crianças e adolescentes. 4. É proibido o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes para fins comerciais sem o consentimento específico e destacado de pelo menos um dos pais ou responsável legal. 5. Os titulares de dados com idade inferior a 18 anos têm o direito de solicitar a exclusão de seus dados pessoais a qualquer momento, em conformidade com a LGPD. Diretor de Proteção de Dados A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) determina a figura do Diretor de Proteção de Dados, também conhecido como Data Protection Officer (DPO). O DPO é um profissional designado pela organização para atuar como o principal responsável pela implementação e manutenção das práticas de proteção de dados pessoais. Esse papel é fundamental para garantir o cumprimento da LGPD e a segurança dos dados tratados pela empresa. O DPO deve possuir conhecimentos especializados em proteção de dados, privacidade e segurança da informação. Suas principais atribuições incluem: orientar a organização sobre as obrigações previstas na LGPD; monitorar o cumprimento da lei; atuar como canal de comunicação entre a empresa, os titulares de dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); e conduzir auditorias e avaliações de impacto sobre a proteção de dados pessoais. A nomeação do DPO deve ser formalizada e comunicada à ANPD. Ele deve atuar de forma independente, sem sofrer qualquer tipo de influência ou pressão no desempenho de suas atividades. Além disso, a organização deve garantir que o DPO tenha acesso a todas as informações necessárias para o exercício de suas funções e que não sofra represálias por desempenhar seu papel. Agentes de tratamento Controlador de dados O controlador de dados é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que tem o poder de decisão sobre o tratamento de dados pessoais. Ele define as finalidades e os meios de processamento desses dados, sendo o principal responsável pelo cumprimento da LGPD. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 79 Operador de dados O operador de dados é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. Ele age seguindo as instruções do controlador e deve adotar medidas de segurança para proteger os dados. Responsabilidades dos agentes Tanto o controlador quanto o operador de dados têm responsabilidades estabelecidas pela LGPD, como a necessidade de obter consentimento, garantir a privacidade e a segurança dos dados, além de prestar contas e responder por eventuais danos causados. Responsabilidades dos Agentes de Tratamento Os agentes de tratamento de dados pessoais, sejam controladores ou operadores, possuem uma série de responsabilidades fundamentais para garantir a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Algumas das principais responsabilidades incluem: 1. Implementação de medidas de segurança - Os agentes devem adotar as medidas técnicas e administrativas necessárias para proteger os dados pessoais contra acessos não autorizados, modificações, divulgações ou destruições. 2. Realização de avaliações de impacto - Antes de iniciar qualquer atividade de tratamento que possa acarretar alto risco aos titulares, os agentes devem realizar uma Avaliação de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (AIPD). 3. Nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados - Os agentes devem indicar um funcionário ou representante como Encarregado, responsável por orientar e supervisionar as atividades de tratamento. 4. Prestação de contas - Os agentes devem demonstrar que cumprem com as obrigações legais e que adotam as melhores práticas de governança de dados. 5. Atendimento aos direitos dos titulares - Os agentes devem garantir que os titulares possam exercer seus direitos, como acesso, retificação e exclusão dos dados. Transparência e informações ao titular A LGPD estabelece importantes diretrizes sobre a transparência no tratamento de dados pessoaise as informações que devem ser disponibilizadas aos titulares dos dados. Esse princípio visa garantir que os indivíduos tenham conhecimento claro e preciso sobre como seus dados estão sendo coletados, armazenados e utilizados pelas organizações. De acordo com a lei, os controladores de dados devem fornecer aos titulares informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre o tratamento de seus dados pessoais. Isso inclui detalhes sobre a finalidade da coleta, os tipos de dados coletados, a forma de compartilhamento com terceiros, os direitos dos titulares e os procedimentos para exercê-los, bem como os prazos de conservação dos dados. Além disso, a LGPD exige que as informações sejam disponibilizadas em linguagem de fácil compreensão, preferencialmente em formato padronizado, a fim de permitir que os titulares possam entender claramente como seus dados estão sendo utilizados e tomar decisões informadas sobre a autorização desse uso. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 80 Segurança e Boas Práticas Segurança de Dados A LGPD exige que empresas adotem medidas técnicas e administrativas apropriadas para proteger os dados pessoais de seus titulares. Isso inclui criptografia, autenticação de usuários, controle de acesso e monitoramento de atividades, garantindo a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações. Conformidade com a Lei Para estar em conformidade com a LGPD, as organizações devem implementar políticas e procedimentos de proteção de dados, bem como capacitar seus funcionários sobre os requisitos legais. Isso envolve a nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados e a realização de avaliações de impacto à privacidade. Melhoria Contínua A LGPD exige que as empresas revisem constantemente suas práticas de tratamento de dados e adotem medidas para melhorar continuamente a proteção da privacidade. Isso inclui o monitoramento de incidentes de segurança, a atualização de políticas e a implementação de novas tecnologias de segurança, de acordo com as melhores práticas do mercado. Incidentes de Segurança A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece regras claras sobre a notificação de incidentes de segurança envolvendo dados pessoais. Essas notificações têm o objetivo de garantir a transparência e a responsabilização dos agentes de tratamento de dados, além de permitir que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tome as medidas cabíveis para mitigar os danos e evitar a reincidência. De acordo com a LGPD, os incidentes de segurança são eventos adversos, de natureza acidental ou intencional, que resultem na destruição, perda, alteração, divulgação ou acesso não autorizado a dados pessoais. Independentemente da causa, os agentes de tratamento de dados são obrigados a notificar a ANPD e os titulares dos dados afetados sempre que um incidente de segurança ocorrer. A notificação deve ser feita em até 72 horas após o momento em que o agente de tratamento tomar conhecimento do incidente. Nela, devem ser informados detalhes sobre a natureza do incidente, as categorias e o número aproximado de titulares afetados, as prováveis consequências do incidente e as medidas adotadas ou propostas para remediar a situação. Transferência internacional de dados A transferência internacional de dados pessoais é um tema crucial abordado na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Essa lei estabelece regras e requisitos específicos para a transferência de dados para fora do território nacional, visando garantir a privacidade e a segurança das informações pessoais. 1. Requisitos para transferência internacional: A LGPD exige que o controlador ou o operador responsável pela transferência internacional de dados obtenha o consentimento prévio e expresso do titular, salvo algumas exceções previstas na Lei. 2. Países com nível adequado de proteção: A transferência internacional de dados é permitida para países ou organismos internacionais que ofereçam nível de proteção de dados pessoais adequado ao previsto na LGPD, conforme avaliação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 81 3. Cláusulas contratuais: Na ausência de decisão de adequação, a transferência internacional de dados pode ser realizada mediante a adoção de cláusulas contratuais específicas, aprovadas pela ANPD, que garantam a proteção dos dados pessoais. 4. Transferência por meio de decisões de adequação: A LGPD prevê a possibilidade de a ANPD emitir decisões de adequação, reconhecendo países, organismos ou mecanismos internacionais como capazes de garantir um nível de proteção de dados pessoais adequado. 5. Responsabilidade dos agentes de tratamento: Os controladores e operadores envolvidos na transferência internacional de dados pessoais são responsáveis por garantir o cumprimento das obrigações previstas na LGPD, inclusive quanto à segurança e à confidencialidade dos dados. Fiscalização e sanções administrativas A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece um sistema robusto de fiscalização e sanções administrativas para garantir o cumprimento de suas disposições. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é a responsável por realizar esse papel, monitorando e verificando se as empresas e órgãos públicos estão agindo em conformidade com a lei. As principais sanções administrativas previstas na LGPD incluem: advertência, multa simples de até 2% do faturamento da empresa, multa diária, publicização da infração, bloqueio dos dados pessoais e até mesmo a suspensão parcial ou total do funcionamento da atividade de tratamento de dados. A ANPD tem autonomia para analisar cada caso e definir a sanção mais adequada, levando em consideração a gravidade da infração e a capacidade econômica da organização. Autoridade Nacional de Proteção de Dados A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é um órgão da administração pública federal, vinculado à Presidência da República, responsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil. As principais atribuições da ANPD incluem: https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 82 • Supervisão e Fiscalização: A ANPD tem poder de fiscalização e poderá aplicar sanções administrativas em caso de descumprimento da LGPD. • Regulamentação: A Autoridade emite normas, orientações e procedimentos sobre a proteção de dados pessoais. • Promoção de Boas Práticas: A ANPD promove e difunde boas práticas relacionadas à proteção de dados pessoais. • Atendimento ao Cidadão: A Autoridade recebe e analisa reclamações e petições de titulares de dados pessoais. • Cooperação Internacional: A ANPD atua em cooperação com autoridades de proteção de dados de outros países. Disposições Finais e Transitórias A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece diversas disposições finais e transitórias que visam garantir a sua efetiva implementação e adequação da legislação brasileira ao novo paradigma de proteção de dados. Essas disposições abordam aspectos como a adaptação dos contratos e documentos existentes, a regulamentação de pontos específicos pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o prazo de entrada em vigor da lei. Um dos principais destaques é o período de adaptação de 24 meses para que empresas e órgãos públicos se adequem à LGPD. Nesse período de transição, a ANPD será instalada e concluirá a regulamentação de diversos temas previstos na lei, como os requisitos de segurança, as hipóteses de dispensa de consentimento e os critérios para a aplicaçãode sanções administrativas. Outra questão relevante é a manutenção da vigência de leis específicas de proteção de dados, como o Marco Civil da Internet, desde que não sejam conflitantes com a LGPD. Isso garante a coexistência e a complementaridade entre a nova lei geral e os diplomas legais anteriores relacionados ao tema. Impactos da LGPD no Setor Privado A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem impactos significativos no setor privado, exigindo que as empresas adotem uma série de medidas para se adequarem à nova legislação. O principal desafio é garantir a conformidade com os requisitos de proteção de dados, o que envolve desde a revisão de políticas e procedimentos internos até a implementação de tecnologias e processos de segurança da informação. Um dos principais impactos da LGPD no setor privado é a necessidade de obter o consentimento expresso dos titulares de dados para seu tratamento. Isso significa que as empresas precisam revisar seus modelos de negócios e formas de coleta e utilização de informações pessoais, adequando-se aos princípios e requisitos estabelecidos pela lei. Além disso, as organizações devem garantir a transparência em relação aos dados coletados, seus usos e a forma como serão protegidos. Outro ponto crucial é a designação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO), responsável por supervisionar as atividades de tratamento de dados pessoais na empresa. Esse profissional deve possuir conhecimentos técnicos e jurídicos sobre a LGPD, atuando como elo entre a organização e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Impactos da LGPD no Setor Público https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 83 A implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no setor público brasileiro representa um grande desafio, mas também traz importantes oportunidades de melhoria na gestão e na transparência dos dados pessoais dos cidadãos. Algumas das principais implicações incluem: • Conformidade com a Lei: Órgãos e entidades públicas precisarão adequar seus processos, sistemas e políticas de tratamento de dados pessoais às exigências da LGPD, implementando medidas de segurança e privacidade. • Melhoria na Governança de Dados: A LGPD incentiva a criação de estruturas de governança de dados, com a nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO) e a implementação de controles mais rígidos sobre o ciclo de vida dos dados. • Transparência e Responsabilidade: O setor público deverá ser mais transparente em relação à coleta, armazenamento, uso e compartilhamento de dados pessoais, além de prestar contas à sociedade e aos órgãos de controle. • Eficiência Operacional: A LGPD pode impulsionar a digitalização de serviços e processos públicos, melhorando a experiência do cidadão e otimizando a gestão da informação. Conformidade com a LGPD Avaliação de Impacto A conformidade com a LGPD exige que as organizações realizem uma avaliação de impacto detalhada sobre as atividades de tratamento de dados pessoais. Essa análise identifica os riscos associados ao tratamento de dados e estabelece medidas de mitigação adequadas, garantindo que os direitos e liberdades dos titulares sejam preservados. Documentação e Registros As empresas devem manter registros completos de todas as atividades de tratamento de dados, incluindo as bases legais utilizadas, as finalidades do tratamento, os destinatários dos dados e as medidas de segurança adotadas. Essa documentação é essencial para demonstrar a conformidade e facilitar a fiscalização pelas autoridades competentes. Designação de Responsáveis A LGPD exige que as organizações nomeiem um Encarregado de Proteção de Dados (DPO) e definam responsabilidades claras para os agentes de tratamento (controlador e operador). Esses profissionais devem zelar pelo cumprimento das obrigações legais e orientar as demais áreas da empresa sobre as melhores práticas de proteção de dados. Treinamento e Conscientização Todos os colaboradores envolvidos no tratamento de dados pessoais devem ser devidamente treinados e conscientizados sobre a LGPD. Isso inclui a compreensão dos princípios, direitos dos titulares, procedimentos de segurança e notificação de incidentes. Apenas com uma cultura de privacidade sólida a organização poderá garantir a conformidade. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 84 Boas Práticas de Proteção de Dados Desafios e perspectivas futuras Apesar dos avanços significativos trazidos pela LGPD, diversos desafios ainda se colocam na sua efetiva implementação e no estabelecimento de uma cultura de proteção de dados no Brasil. A falta de conscientização e capacitação dos indivíduos e organizações em relação aos direitos e obrigações previstos na Lei é um dos principais obstáculos a serem superados. Além disso, a complexidade técnica envolvida no cumprimento dos requisitos de segurança, privacidade e governança de dados representa um desafio significativo para muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte. Em termos de perspectivas futuras, espera-se que a atuação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) seja fundamental para a consolidação da LGPD e a efetiva fiscalização do seu cumprimento. A harmonização da LGPD com outras legislações, como o Marco Civil da Internet, também é um aspecto importante para garantir a segurança jurídica e a previsibilidade no tratamento de dados no país. Finalmente, a inovação tecnológica, como a implementação de soluções de privacy by design e privacy by default, pode contribuir para facilitar a adequação às exigências da LGPD e promover uma cultura de proteção de dados mais enraizada. Acesse o conteúdo na íntegra: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709compilado.htm https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13709compilado.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 85 Lei nº 9.784/1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuação segundopadrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.784-1999?OpenDocument LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 86 XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. CAPÍTULO II DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. CAPÍTULO III DOS DEVERES DO ADMINISTRADO Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. CAPÍTULO IV DO INÍCIO DO PROCESSO Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II - identificação do interessado ou de quem o represente; III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 87 Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. CAPÍTULO V DOS INTERESSADOS Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. CAPÍTULO VI DA COMPETÊNCIA Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 88 Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. CAPÍTULO VII DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. CAPÍTULO VIII DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamentea exigir. § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas. Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 89 CAPÍTULO IX DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. § 1o A intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. § 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. § 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. § 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado. Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. CAPÍTULO X DA INSTRUÇÃO Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias. § 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo. § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. § 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 90 § 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais. Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas. Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado. Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei. Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão. § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento. Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão. Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo. Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITALMASTER www.editalmaster.com.br 91 Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes. Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. CAPÍTULO XI DO DEVER DE DECIDIR Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. CAPÍTULO XI-A DA DECISÃO COORDENADA (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante decisão coordenada, sempre que: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) I - for justificável pela relevância da matéria; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua formalização com a legislação pertinente. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 4º A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade envolvida. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência, com utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e da concentração das instâncias decisórias. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 92 § 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) I - de licitação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) II - relacionados ao poder sancionador; ou (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de ouvintes, os interessados de que trata o art. 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será deferida por decisão irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da decisão coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser intimados na forma do art. 26 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de documento específico sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e integrar o processo da decisão coordenada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Parágrafo único. O documento previsto no caput deste artigo abordará a questão objeto da decisão coordenada e eventuais precedentes. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão coordenada deverá ser manifestado durante as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das propostas de solução e de alteração necessárias para a resolução da questão. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao objeto da convocação. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata, que conterá as seguintes informações: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) I - relato sobre os itens da pauta; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) II - síntese dos fundamentos aduzidos; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos governamentais relativos ao objeto da convocação; (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em matéria idêntica ou similar; e (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua competência. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 1º Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão da autoridade ou do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da entidade representada. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 93 § 3º A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar, além do registro referido no inciso IV do caput deste artigo, os dados identificadores da decisão coordenada e o órgão e o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, para conhecimento dos interessados. (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) CAPÍTULO XII DA MOTIVAÇÃO Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. CAPÍTULO XIII DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado. § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. CAPÍTULO XIV DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá- los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 94 § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. CAPÍTULO XV DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior. § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução. § 3o Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo: I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações. Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 95 I - fora do prazo; II - perante órgão incompetente; III - por quem não seja legitimado; IV - após exaurida a esfera administrativa. § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente,sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. § 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. CAPÍTULO XVI DOS PRAZOS Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. CAPÍTULO XVII DAS SANÇÕES Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art11 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 96 CAPÍTULO XVIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e 111o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Lei nº 8.429/1992, alterada pela Lei nº 14.230, de 2021 - Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa. LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 Dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4º do art. 37 da Constituição Federal; e dá outras providências. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4 http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.429-1992?OpenDocument https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 97 CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito,afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 98 § 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua participação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 4° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 5° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 6° (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos representará ao Ministério Público competente, para as providências necessárias. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na hipótese de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente comprovados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) CAPÍTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htmcom recursos públicos, provenientes de impostos e contribuições sociais. Além disso, a Constituição estabelece que é dever do poder público "promover a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação". Isso inclui ações de prevenção, como campanhas de vacinação, programas de combate a doenças endêmicas e políticas de saneamento básico. Trabalho A Constituição Brasileira de 1988 estabelece o trabalho como um dos direitos sociais fundamentais dos cidadãos. Este direito está previsto no artigo 6º e contempla diversas garantias e princípios relacionados ao trabalho, buscando assegurar condições dignas de emprego e remuneração justa para a população. Entre os principais aspectos do direito ao trabalho previstos na Constituição, destacam-se: https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 10 • Salário mínimo, fixado em lei, capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família • Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável • Jornada de trabalho não superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada • Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos • Férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal Moradia O direito à moradia é um dos direitos sociais fundamentais garantidos pela Constituição Federal do Brasil de 1988. Ele está previsto no artigo 6º e determina que "são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição." O direito à moradia engloba não apenas ter um teto sobre a cabeça, mas também acesso a uma habitação digna, com infraestrutura básica como saneamento, eletricidade e segurança. O Estado tem o dever de promover políticas públicas que garantam esse direito, seja por meio de programas de construção de moradias populares, financiamento de imóveis ou programas de regularização fundiária. Ainda assim, milhões de brasileiros enfrentam a precariedade habitacional, vivendo em favelas, ocupações irregulares ou sem acesso a serviços básicos. Cabe ao poder público implementar soluções efetivas para garantir moradia digna a toda a população, em consonância com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da justiça social. Lazer O direito ao lazer é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal brasileira de 1988. O lazer é essencial para o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos, permitindo o descanso, a recreação e o desenvolvimento de atividades culturais e de entretenimento. Esse direito abrange não apenas o descanso semanal remunerado, mas também o acesso a atividades de lazer como esportes, passeios, shows, festas e outras formas de diversão. O artigo 6º da Constituição estabelece que "são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição". Portanto, o Estado possui a obrigação de garantir e promover o acesso da população ao lazer, seja por meio de políticas públicas, incentivos ou serviços públicos. Segurança A segurança é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal do Brasil de 1988. Este direito abrange diversas esferas, como a segurança pública, a segurança individual e a segurança social. A segurança pública é dever do Estado, com a participação da comunidade, e é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Os principais aspectos da segurança contemplados na Constituição incluem: • Policiamento ostensivo e preservação da ordem pública: Realizado pelas polícias militares e pela Polícia Federal. • Investigação de infrações penais: Realizada pelas polícias civis e pela Polícia Federal. • Segurança nas fronteiras: Garantida pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 11 • Segurança no trânsito: Exercida pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. • Segurança no trabalho: Através de normas de saúde, higiene e segurança. Previdência Social A previdência social é um sistema de seguridade social essencial para garantir a proteção dos cidadãos brasileiros contra riscos sociais, como doença, invalidez, morte e velhice. Esse pilar fundamental do Estado de Bem-Estar Social brasileiro é regido pelos seguintes princípios: 1. Universalidade da cobertura e do atendimento - A previdência social deve abranger todos os cidadãos, independentemente de sua ocupação ou contribuição prévia. 2. Equidade na forma de participação no custeio - As contribuições para a previdência devem respeitar a capacidade econômica de cada indivíduo. 3. Diversidade da base de financiamento - A previdência social é custeada por contribuições dos empregados, empregadores e do próprio Estado. 4. Caráter democrático e descentralizado da administração - A previdência deve ser administrada de forma participativa, com representação dos segurados. 5. Preservação do valor real dos benefícios - Os benefícios previdenciários devem ser reajustados periodicamente para manter seu poder aquisitivo. Proteção à maternidade e à infância A Constituição Brasileira de 1988 estabelece uma série de direitos e garantias fundamentais para a proteção da maternidade e da infância. Esse conjunto de normas visa assegurar o pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social das crianças e adolescentes, bem como garantir condições dignas à gestante e à mãe. Entre os principais direitos assegurados estão: licença-maternidade de 120 dias, com percepção de salário integral; descanso remunerado antes e depois do parto; proibição de discriminação no emprego em razão da gravidez; assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os 5 anos de idade em creches e pré-escolas; e prioridade no atendimento nos serviços públicos e de relevância pública. Além disso, a Constituição veda qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão contra as crianças e adolescentes. Assistência aos Desamparados A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a assistência aos desamparados como um direito social fundamental, reconhecendo a importância de amparar e proteger aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Esse princípio reflete o compromisso do Estado em promover a dignidade e o bem- estar de todos os cidadãos, independentemente de suas condições socioeconômicas. De acordo com a Carta Magna, o Estado deve garantir a prestação de assistência social a quem dela necessitar, com o objetivo de amparar os indivíduos e famílias em situação de risco social, pobreza, doença, deficiência, velhice ou outras condições que os tornem vulneráveis. Essa assistência abrange desde a garantia de renda mínima até a disponibilização de programas e serviços de proteção social. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 12 Ademais, a Constituição enfatiza a importância da participação da sociedade civil na formulação e execução das políticas de assistência social, reconhecendo o papel fundamental das organizações não governamentais, entidades filantrópicas e comunidades locais nesse processo. Essa abordagem colaborativa visa fortalecerhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 99 IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de empregados ou de terceiros contratados por essas entidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de emprego ou de função pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos descritos no caput deste artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público, assegurada a demonstração pelo agente da licitude da origem dessa evolução; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de verbas ou de valores integrantes do acervo patrimonial das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 100 IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicostransferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fiscalização e na análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm#art18 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88.... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88.... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88.... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13204.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 101 XXI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou regulamentares não implicar perda patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o enriquecimento sem causa das entidades referidas no art. 1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará improbidade administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Seção II-A (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 10-A. (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021) Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Vide Medida Provisória nº 2.088-35, de 2000) (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) IX - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) X - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/2088-35.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art78 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art88.... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 102 gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplicação deste artigo, quando for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade administrativa tipificados nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade administrativa instituídos por lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo pressupõe a demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das normas constitucionais, legais ou infralegais violadas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) CAPÍTULO III Das Penas Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5687.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5687.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 103 seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder público na época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) § 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o caso, nos termos do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º A sanção de proibição de contratação com o poder públicodeverá constar do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de imposto de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12846.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 104 § 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo determinado ou que prestar declaração falsa. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) CAPÍTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei. § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos, observada a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do erário ou do acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser formulado independentemente da representação de que trata o art. 7º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na petição inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 105 § 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá superar o montante indicado na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento ilícito. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de dano indicada na petição inicial, permitida a sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a requerimento do réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela provisória de urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de instrumento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa civil ou sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias, pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a garantir a subsistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao longo do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 12. O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste artigo, observará os efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar prejuízo à prestação de serviços públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 13. É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta-corrente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 14. É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo Ministério Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 106 § 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo deverá ser proposta perante o foro do local onde ocorrer o dano ou da pessoa jurídica prejudicada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 5º A propositura da ação a que se refere o caput deste artigo prevenirá a competência do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º A petição inicial observará o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - deverá individualizar a conduta do réu e apontar os elementos probatórios mínimos que demonstrem a ocorrência das hipóteses dos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade devidamente fundamentada; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da veracidade dos fatos e do dolo imputado ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições constantes dos arts. 77 e 80 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º-A O Ministério Público poderá requerer as tutelas provisórias adequadas e necessárias, nos termos dos arts. 294 a 310 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021), (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) § 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos do art. 330 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), bem como quando não preenchidos os requisitos a que se referemos incisos I e II do § 6º deste artigo, ou ainda quando manifestamente inexistente o ato de improbidade imputado. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos requeridos para que a contestem no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do art. 231 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 9º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 9º-A Da decisão que rejeitar questões preliminares suscitadas pelo réu em sua contestação caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 10-B. Oferecida a contestação e, se for o caso, ouvido o autor, o juiz: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - procederá ao julgamento conforme o estado do processo, observada a eventual inexistência manifesta do ato de improbidade; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - poderá desmembrar o litisconsórcio, com vistas a otimizar a instrução processual. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-C. Após a réplica do Ministério Público, o juiz proferirá decisão na qual indicará com precisão a tipificação do ato de improbidade administrativa imputável ao réu, sendo-lhe vedado modificar o fato principal e a capitulação legal apresentada pelo autor. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art80 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art80 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art294 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art330 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art330 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art331 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art331 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 107 § 10-D. Para cada ato de improbidade administrativa, deverá necessariamente ser indicado apenas um tipo dentre aqueles previstos nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-E. Proferida a decisão referida no § 10-C deste artigo, as partes serão intimadas a especificar as provas que pretendem produzir. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 10-F. Será nula a decisão de mérito total ou parcial da ação de improbidade administrativa que: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - condenar o requerido por tipo diverso daquele definido na petição inicial; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - condenar o requerido sem a produção das provas por ele tempestivamente especificadas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 11. Em qualquer momento do processo, verificada a inexistência do ato de improbidade, o juiz julgará a demanda improcedente. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 12. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 13. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 14. Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurídica interessada será intimada para, caso queira, intervir no processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) § 15. Se a imputação envolver a desconsideração de pessoa jurídica, serão observadas as regras previstas nos arts. 133, 134, 135, 136 e 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 16. A qualquer momento, se o magistrado identificar a existência de ilegalidades ou de irregularidades administrativas a serem sanadas sem que estejam presentes todos os requisitos para a imposição das sanções aos agentes incluídos no polo passivo da demanda, poderá, em decisão motivada, converter a ação de improbidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 17. Da decisão que converter a ação de improbidade em ação civil pública caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 18. Ao réu será assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos de que trata a ação, e a sua recusa ou o seu silêncio não implicarão confissão. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 19. Não se aplicam na ação de improbidade administrativa: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil); (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) III - o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato, competindo ao Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre membros de Ministérios Públicos distintos; (Incluído pelaLei nº 14.230, de 2021) IV - o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 20. A assessoria jurídica que emitiu o parecer atestando a legalidade prévia dos atos administrativos praticados pelo administrador público ficará obrigada a defendê-lo judicialmente, caso este venha a responder https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art133 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art134 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art135 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art136 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art136 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art373%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art373%C2%A72 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art373%C2%A72 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 108 ação por improbidade administrativa, até que a decisão transite em julgado. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) § 21. Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento, inclusive da decisão que rejeitar questões preliminares suscitadas pelo réu em sua contestação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 17-A. (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) I - o integral ressarcimento do dano; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo dependerá, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior ou posterior à propositura da ação; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público competente para apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) III - de homologação judicial, independentemente de o acordo ocorrer antes ou depois do ajuizamento da ação de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo considerará a personalidade do agente, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do ato de improbidade, bem como as vantagens, para o interesse público, da rápida solução do caso. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90 (noventa) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) § 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser celebrado no curso da investigação de apuração do ilícito, no curso da ação de improbidade ou no momento da execução da sentença condenatória. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art6 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 109 § 5º As negociações para a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo ocorrerão entre o Ministério Público, de um lado, e, de outro, o investigado ou demandado e o seu defensor. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) § 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá contemplar a adoção de mecanismos e procedimentos internos de integridade, de auditoria e de incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica, se for o caso, bem como de outras medidas em favor do interesse público e de boas práticas administrativas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o caput deste artigo, o investigado ou o demandado ficará impedido de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do conhecimento pelo Ministério Público do efetivo descumprimento. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043) Art. 17-C. A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de observar o disposto no art. 489 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - indicar de modo preciso os fundamentos que demonstram os elementos a que se referem os arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, que não podem ser presumidos; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre que decidir com base em valores jurídicos abstratos; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados e das circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) c) a extensão do dano causado; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) d) o proveito patrimonial obtido pelo agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta omissiva ou comissiva; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) g) os antecedentes do agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já aplicadas ao agente; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua atuação específica, não admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver concorrido ou das quais não tiver obtido vantagens patrimoniais indevidas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a imposição da sanção. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315635 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6315955 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art489 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 110 § 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocorrerá no limite da participação e dos benefícios diretos, vedada qualquer solidariedade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 17-D. A ação por improbidade administrativa é repressiva, de caráter sancionatório, destinada à aplicação de sanções de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil, vedado seu ajuizamento para o controle de legalidade de políticas públicas e para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, o controle de legalidade de políticas públicas e a responsabilidade de agentes públicos, inclusive políticos, entes públicos e governamentais, por danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, a qualquer outro interesse difuso ou coletivo, à ordem econômica, à ordem urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos e ao patrimônio público e social submetem-se aos termos da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. (Incluídopela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 18. A sentença que julgar procedente a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao ressarcimento dos danos e à perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente adquiridos, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá a essa determinação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º deste artigo no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da sentença de procedência da ação, caberá ao Ministério Público proceder à respectiva liquidação do dano e ao cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens, sem prejuízo de eventual responsabilização pela omissão verificada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão ser descontados os serviços efetivamente prestados. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais corrigidas monetariamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa se o réu demonstrar incapacidade financeira de saldá-lo de imediato. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 18-A. A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um terço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 111 CAPÍTULO VI Das Disposições Penais Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. § 1º A autoridade judicial competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária à instrução processual ou para evitar a iminente prática de novos ilícitos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis uma única vez por igual prazo, mediante decisão motivada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento e às condutas previstas no art. 10 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. § 1º Os atos do órgão de controle interno ou externo serão considerados pelo juiz quando tiverem servido de fundamento para a conduta do agente público. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º As provas produzidas perante os órgãos de controle e as correspondentes decisões deverão ser consideradas na formação da convicção do juiz, sem prejuízo da análise acerca do dolo na conduta do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º As sentenças civis e penais produzirão efeitos em relação à ação de improbidade quando concluírem pela inexistência da conduta ou pela negativa da autoria. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fatos, confirmada por decisão colegiada, impede o trâmite da ação da qual trata esta Lei, havendo comunicação com todos os fundamentos de absolvição previstos no art. 386 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) § 5º Sanções eventualmente aplicadas em outras esferas deverão ser compensadas com as sanções aplicadas nos termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14 desta Lei, poderá instaurar inquérito civil ou procedimento investigativo assemelhado e requisitar a instauração de inquérito policial. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos previstos nesta Lei, será garantido ao investigado a oportunidade de manifestação por escrito e de juntada de documentos que comprovem suas alegações e auxiliem na elucidação dos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art386 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 112 CAPÍTULO VII Da Prescrição Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referidos nesta Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato fundamentado submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 (trinta) dias, se não for caso de arquivamento do inquérito civil. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo interrompe-se: (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) II - pela publicação da sentença condenatória; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal que confirma sentença condenatória ou que reforma sentença de improcedência; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que concorreram para a prática do ato de improbidade. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 7º Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo, a suspensão e a interrupção relativas a qualquer deles estendem-se aos demais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público, deverá, de ofício ou a requerimento da parte interessada, reconhecer a prescrição intercorrente da pretensão sancionadora e decretá-la de imediato, caso, entre os marcos interruptivos referidos no § 4º, transcorra o prazo previsto no § 5º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 23-A. É dever do poder público oferecer contínua capacitação aos agentes públicos e políticos que atuem com prevenção ou repressão de atos de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 113 Art. 23-B. Nas ações e nos acordos regidos por esta Lei, não haverá adiantamento de custas, de preparo, de emolumentos, de honorários periciais e de quaisquer outras despesas. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 1º No caso de procedência da ação, as custas e as demais despesas processuais serão pagas ao final. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) § 2º Haverá condenação em honorários sucumbenciais em caso de improcedência da ação de improbidade se comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) Art. 23-C. Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação de recursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (Vide ADI 7236) CAPÍTULO VIII Das Disposições Finais Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário. Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República. FERNANDO COLLOR Lei nº 13.726/2018 - Desburocratização e Simplificação. LEI Nº 13.726, DE 8 DE OUTUBRO DE 2018. Racionaliza atos e procedimentos administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e institui o Selo de Desburocratização e Simplificação. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei racionaliza atos e procedimentos administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios mediante a supressão ou a simplificação de formalidades ou exigências desnecessárias ou superpostas, cujo custo econômico ou social, tanto para o erário como para o cidadão, seja superior ao eventual risco de fraude, e institui o Selo de Desburocratização e Simplificação. Art. 2º (VETADO). Art. 3º Na relação dos órgãos e entidades dos Poderesos laços de solidariedade e inclusão social. Organização do Estado A Constituição Federal de 1988 organiza o Estado brasileiro em uma República Federativa, composta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos e interdependentes. Essa estrutura descentralizada de poder visa garantir a autonomia dos entes federados e evitar a concentração excessiva de autoridade em um único nível de governo. A União é a pessoa jurídica de direito público interno, que representa o Estado brasileiro como um todo. Ela possui competências privativas, comuns e concorrentes, abrangendo áreas como defesa nacional, política externa, sistema monetário, justiça, entre outras. Os Estados, por sua vez, são entes federados autônomos, com competências residuais, ou seja, aquelas não reservadas à União ou aos Municípios. Os Municípios, por fim, são entes federados com autonomia política, administrativa e financeira, responsáveis por questões de interesse local, como a organização dos serviços públicos essenciais à população. Já o Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais, tendo status jurídico diferenciado. União A União é a entidade político-administrativa de maior relevância na estrutura federativa brasileira. Ela é composta pela junção indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, formando a República Federativa do Brasil. Como ente federativo, a União possui poderes e competências definidos na Constituição Federal de 1988. 1. Competências da União: o Representar o Brasil internacionalmente; o Legislar sobre assuntos de interesse nacional; o Arrecadar impostos e gerir recursos públicos; o Planejar e executar políticas públicas em âmbito federal. 2. Estrutura administrativa da União: o Presidência da República: Chefe do Poder Executivo federal; o Ministérios: Responsáveis por políticas setoriais; o Autarquias e Empresas Públicas: Executam serviços públicos. 3. Divisão de Poderes: o Poder Legislativo: Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal); o Poder Executivo: Presidência da República; o Poder Judiciário: Tribunal de Justiça, Justiça Federal, Tribunais Superiores. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 13 Estados A Constituição de 1988 estabelece a organização federativa do Brasil, composta pela União, estados, Distrito Federal e municípios. Os estados são entes federativos autônomos, com governo próprio e competências específicas definidas na Carta Magna. Cada estado possui uma Constituição Estadual, promulgada de acordo com os princípios e normas da Constituição Federal. Os estados têm competência para legislar sobre matérias de interesse regional, como a organização de seus poderes, a proteção do patrimônio público estadual, a instituição e arrecadação de tributos estaduais, a prestação de serviços públicos de caráter regional, entre outras. Além disso, os estados possuem autonomia política, administrativa e financeira, o que lhes confere a capacidade de auto-organização e autogoverno. Para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de estados, a Constituição Federal exige a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional. Dessa forma, a organização federativa do Brasil busca garantir a autonomia e a descentralização do poder, fortalecendo a democracia e o desenvolvimento regional. Municípios Os municípios, unidades político-administrativas locais, desempenham um papel fundamental na organização do Estado brasileiro. Eles possuem autonomia política, administrativa e financeira, garantida pela Constituição de 1988. Os municípios têm a responsabilidade de legislar sobre assuntos de interesse local, arrecadar tributos e prestar serviços públicos essenciais à população, como educação, saúde e saneamento básico. Cada município é governado por um prefeito e uma câmara de vereadores, eleitos diretamente pela população. O prefeito é o chefe do poder executivo municipal, responsável pela administração e execução das políticas públicas locais. A câmara de vereadores é o órgão legislativo municipal, responsável por elaborar leis e fiscalizar a atuação do prefeito. Os municípios brasileiros possuem diversidade em seus aspectos geográficos, econômicos, sociais e culturais. Essa heterogeneidade reflete-se na organização e no funcionamento de cada município, que deve atender às necessidades e particularidades de sua população. A descentralização de poder e a autonomia municipal são fundamentais para a promoção do desenvolvimento local e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Distrito Federal O Distrito Federal é uma unidade federativa sui generis no Brasil, com características únicas em relação aos demais estados e municípios. Criado especificamente para sediar a capital federal, Brasília, o Distrito Federal possui uma estrutura administrativa e política diferenciada. 1. O Distrito Federal não se subdivide em municípios, sendo administrado diretamente pelo governador do Distrito Federal. 2. A Câmara Legislativa do Distrito Federal substitui a Assembleia Legislativa dos estados, com competências e atribuições semelhantes. 3. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios exerce a jurisdição judiciária, com competências estadual e federal. 4. O Distrito Federal não possui prefeitura ou prefeito, tendo em sua estrutura administrativa o Governo do Distrito Federal, liderado pelo Governador. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 14 5. Por sua natureza de capital federal, o Distrito Federal não possui autonomia plena como os estados, sendo diretamente subordinado à União. Organização dos Poderes A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a organização dos três Poderes fundamentais da República Federativa do Brasil: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Cada um desses Poderes possui atribuições e responsabilidades específicas, definidas com o objetivo de garantir o equilíbrio e a harmonia entre eles, evitando a concentração excessiva de poder em qualquer um deles. Poder Legislativo O Poder Legislativo é uma das três esferas de poder do Estado Brasileiro, junto com o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Ele é responsável por criar, modificar e revogar leis, bem como fiscalizar a atuação do Poder Executivo. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. A Câmara dos Deputados é formada por 513 deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, que representam os interesses dos cidadãos brasileiros. Já o Senado Federal é composto por 81 senadores, sendo 3 de cada estado e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema majoritário. Além de sua função legislativa, o Congresso Nacional também desempenha outras funções importantes, como a aprovação de tratados internacionais, a autorização para declaração de guerra e celebração de paz, e o julgamento do Presidente da República em casos de crimes de responsabilidade. Poder Executivo O Poder Executivo, um dos três poderes fundamentais da República Federativa do Brasil, é responsável por executar e fazer cumprir as leis. Esse poder é exercido pelo Presidente da República, que é o chefe de Estado e de governo, e por seus ministros e secretários. O Presidente é eleito por voto direto e secreto dos cidadãos brasileiros, com mandato de 4 anos, podendo ser reeleito uma vez. Dentre as principais atribuições do Poder Executivo estão: sancionar e promulgar leis, editar medidas provisórias, nomear e exonerar ministros, comandar as Forças Armadas, celebrar tratados internacionais, declarar guerra e fazer a paz, e propor o orçamento da União. O Presidenteda União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com o cidadão, é dispensada a exigência de: I - reconhecimento de firma, devendo o agente administrativo, confrontando a assinatura com aquela constante do documento de identidade do signatário, ou estando este presente e assinando o documento diante do agente, lavrar sua autenticidade no próprio documento; II - autenticação de cópia de documento, cabendo ao agente administrativo, mediante a comparação entre o original e a cópia, atestar a autenticidade; III - juntada de documento pessoal do usuário, que poderá ser substituído por cópia autenticada pelo próprio agente administrativo; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9096.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6475588 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3164.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3502.htm http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.726-2018?OpenDocument LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 114 IV - apresentação de certidão de nascimento, que poderá ser substituída por cédula de identidade, título de eleitor, identidade expedida por conselho regional de fiscalização profissional, carteira de trabalho, certificado de prestação ou de isenção do serviço militar, passaporte ou identidade funcional expedida por órgão público; V - apresentação de título de eleitor, exceto para votar ou para registrar candidatura; VI - apresentação de autorização com firma reconhecida para viagem de menor se os pais estiverem presentes no embarque. § 1º É vedada a exigência de prova relativa a fato que já houver sido comprovado pela apresentação de outro documento válido. § 2º Quando, por motivo não imputável ao solicitante, não for possível obter diretamente do órgão ou entidade responsável documento comprobatório de regularidade, os fatos poderão ser comprovados mediante declaração escrita e assinada pelo cidadão, que, em caso de declaração falsa, ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis. § 3º Os órgãos e entidades integrantes de Poder da União, de Estado, do Distrito Federal ou de Município não poderão exigir do cidadão a apresentação de certidão ou documento expedido por outro órgão ou entidade do mesmo Poder, ressalvadas as seguintes hipóteses: I - certidão de antecedentes criminais; II - informações sobre pessoa jurídica; III - outras expressamente previstas em lei. Art. 4º (VETADO). Art. 5º Os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderão criar grupos setoriais de trabalho com os seguintes objetivos: I - identificar, nas respectivas áreas, dispositivos legais ou regulamentares que prevejam exigências descabidas ou exageradas ou procedimentos desnecessários ou redundantes; II - sugerir medidas legais ou regulamentares que visem a eliminar o excesso de burocracia. Art. 6º Ressalvados os casos que impliquem imposição de deveres, ônus, sanções ou restrições ao exercício de direitos e atividades, a comunicação entre o Poder Público e o cidadão poderá ser feita por qualquer meio, inclusive comunicação verbal, direta ou telefônica, e correio eletrônico, devendo a circunstância ser registrada quando necessário. Art. 7º É instituído o Selo de Desburocratização e Simplificação, destinado a reconhecer e a estimular projetos, programas e práticas que simplifiquem o funcionamento da administração pública e melhorem o atendimento aos usuários dos serviços públicos. Parágrafo único. O Selo será concedido na forma de regulamento por comissão formada por representantes da Administração Pública e da sociedade civil, observados os seguintes critérios: I - a racionalização de processos e procedimentos administrativos; II - a eliminação de formalidades desnecessárias ou desproporcionais para as finalidades almejadas; III - os ganhos sociais oriundos da medida de desburocratização; IV - a redução do tempo de espera no atendimento dos serviços públicos; V - a adoção de soluções tecnológicas ou organizacionais que possam ser replicadas em outras esferas da administração pública. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 115 Art. 8º A participação do servidor no desenvolvimento e na execução de projetos e programas que resultem na desburocratização do serviço público será registrada em seus assentamentos funcionais. Art. 9º Os órgãos ou entidades estatais que receberem o Selo de Desburocratização e Simplificação serão inscritos em Cadastro Nacional de Desburocratização. Parágrafo único. Serão premiados, anualmente, 2 (dois) órgãos ou entidades, em cada unidade federativa, selecionados com base nos critérios estabelecidos por esta Lei. Art. 10. (VETADO). Brasília, 8 de outubro de 2018; 197º da Independência e 130º da República. MICHEL TEMER Lei nº 14.133/2021 - Licitações e contratos administrativos A Lei Federal nº 14.133/2021, conhecida como a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, trouxe consigo uma série de mudanças e desafios para o universo das contratações públicas no Brasil. Essa nova legislação, que entrou em vigor em 1º de abril de 2021, busca modernizar e aprimorar o processo de contratação pública, promovendo a eficiência, a economicidade, a transparência e o controle social. É essencial compreender as nuances e os objetivos dessa nova lei, bem como as ferramentas e os procedimentos que ela propõe. A Lei nº 14.133/2021 tem como objetivo central fortalecer o processo de contratação pública, garantindo a utilização dos recursos públicos de forma responsável, ética e eficiente. • A Lei nº 14.133/2021 busca promover a profissionalização e a ética nos processos de contratação pública. • Ela estabelece regras claras e objetivas para a realização de licitações, garantindo maior segurança jurídica e competitividade. • A Lei também incentiva a utilização de tecnologias digitais para otimizar os processos de licitação e contratação. Objetivo da Lei A Lei Federal nº 14.133/2021, conhecida como a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, tem como objetivo principal modernizar e aperfeiçoar o sistema de contratações públicas no Brasil, buscando promover a eficiência, a economicidade, a transparência, a publicidade e a integridade nos processos de compras e contratações realizadas pela Administração Pública. Em linhas gerais, a lei visa a: • Simplificar os procedimentos licitatórios, tornando-os mais ágeis e eficientes. • Promover a competição justa e ampla, incentivando a participação de empresas de diferentes portes e segmentos. • Fortalecer o controle social sobre as contratações públicas, garantindo maior transparência e acesso à informação. • Combater a corrupção e o desperdício de recursos públicos, com medidas de prevenção e punição. • Assegurar a qualidade dos bens e serviços contratados, priorizando o interesse público. A Lei nº 14.133/2021 busca, portanto, promover uma gestão pública mais profissional, transparente e eficiente, com foco na otimização dos recursos públicos e na busca por soluções inovadoras e eficazes para atender às demandas da sociedade. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 116 Princípios da Lei Âmbito de aplicação A Lei nº 14.133/2021,também é responsável por estabelecer as diretrizes da política nacional e coordenar as ações dos diferentes ministérios e órgãos do governo. Poder Judiciário O Poder Judiciário é um dos três poderes da República Federativa do Brasil, responsável por interpretar e aplicar as leis de forma imparcial e independente. Seus principais órgãos incluem: • Supremo Tribunal Federal (STF): É o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, responsável por salvaguardar a Constituição Federal. • Superior Tribunal de Justiça (STJ): Tem a missão de uniformizar a interpretação da legislação federal em todo o país, atuando como uma corte de apelação. https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 15 • Tribunais Regionais Federais (TRFs): Integram a Justiça Federal, responsável por julgar casos envolvendo a União, suas autarquias e empresas públicas. • Justiça Estadual: Composta pelos tribunais de Justiça dos estados e Distrito Federal, responsáveis pelos processos que não são de competência da Justiça Federal. • Justiça Especializada: Inclui a Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar, com atribuições específicas em suas áreas de atuação. Funções Essenciais à Justiça As funções essenciais à justiça desempenham um papel fundamental no sistema jurídico brasileiro, atuando como pilares essenciais para o funcionamento eficaz do Poder Judiciário. Estas funções são exercidas por órgãos e instituições específicas, cada uma com atribuições e responsabilidades definidas na Constituição Federal. • Ministério Público: É o responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Atua como fiscal da lei e promotor da justiça, promovendo a ação penal pública e defendendo os direitos da sociedade. • Advocacia Pública: Representa juridicamente a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, atuando na orientação, consultoria e defesa dos interesses públicos. • Advocacia e Defensoria Pública: A Advocacia exerce a representação e a defesa dos interesses de seus clientes, enquanto a Defensoria Pública presta assistência jurídica gratuita aos necessitados. Juntas, essas instituições formam a tríade essencial para a garantia dos direitos e da justiça no país, atuando de forma interdependente e complementar para assegurar o pleno funcionamento do sistema jurídico brasileiro. Conteúdo na íntegra: TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 16 II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 17 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associaçõessó poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212%C2%A72 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 18 XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 19 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 20 LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o depermanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 21 LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide DLG nº 186, de 2008), (Vide Decreto nº 6.949, de 2009), (Vide DLG 261, de 2015), (Vide Decreto nº 9.522, de 2018) (Vide ADIN 3392) (Vide DLG 1, de 2021), (Vide Decreto nº 10.932, de 2022) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) TÍTULO III Da Organização do Estado CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2267506 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9522.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9522.htm http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2267506 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Congresso/DLG-1-2021.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D10932.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm#art96adct LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 22 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito) § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art4 LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 23 IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - conceder anistia; XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) https://d.docs.live.net/ce1972a310b67d03/Documentos/www.editalmaster.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm LEGISLAÇÃO - UFC EDITAL MASTER www.editalmaster.com.br 24 XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial