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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios Fundamentais; Direitos 
e Garantias Fundamentais; Organização do Estado. 
A Constituição Federal de 1988 é o documento fundamental que rege o Estado brasileiro, estabelecendo os 
princípios, direitos e garantias que norteiam a organização política, administrativa e social do país. Seu 
processo de criação foi marcado por intensos debates e ampla participação da sociedade civil, resultando em 
um texto abrangente e inovador. 
Princípios Fundamentais 
Soberania 
A soberania é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, estabelecido pela 
Constituição de 1988. Esse princípio confere ao Brasil a condição de Estado independente e autônomo, com 
poder supremo de decisão sobre seus assuntos internos e externos. 
A soberania significa que o Brasil exerce sua autoridade de forma plena e exclusiva dentro de seu território, 
sem interferência de outros países ou organismos internacionais. Isso inclui a capacidade de criar leis, definir 
políticas públicas, administrar o território e as riquezas nacionais, além de tomar decisões em relação a sua 
defesa e segurança. 
1. Independência e autonomia do Estado brasileiro 
2. Poder supremo de decisão sobre assuntos internos e externos 
3. Capacidade de criar leis, definir políticas públicas e administrar o território 
4. Exercício da autoridade de forma plena e exclusiva dentro do território nacional 
5. Defesa da soberania como princípio fundamental da Constituição 
Cidadania 
A cidadania é um dos princípios fundamentais consagrados na Constituição Federal de 1988. Ela se refere ao 
conjunto de direitos e deveres que todo cidadão brasileiro possui, independentemente de raça, cor, sexo, idade 
ou condição social. A cidadania garante aos brasileiros o pleno exercício de seus direitos civis, políticos e 
sociais, bem como a participação ativa na vida pública do país. 
A Constituição estabelece que a soberania popular é exercida pelo povo por meio de representantes eleitos 
ou diretamente, nos termos desta Constituição. Isso significa que os cidadãos têm o direito e o dever de 
participar das decisões políticas, seja por meio do voto, seja por meio de outras formas de participação, como 
o direito de reunião, associação e manifestação. 
Além disso, a Constituição assegura a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, como pilares fundamentais da 
cidadania. Esses direitos devem ser respeitados e garantidos pelo Estado, que tem o dever de promover o bem 
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
Dignidade da Pessoa Humana 
O princípio da dignidade da pessoa humana é um dos alicerces fundamentais da Constituição Federal de 1988. 
Esse princípio estabelece que todo ser humano, independentemente de sua condição social, econômica, 
cultural ou política, possui um valor intrínseco e merece ser respeitado e tratado com respeito e consideração 
pela sociedade e pelo Estado. 
A dignidade da pessoa humana é um valor inerente a cada indivíduo, que deve ser preservado e garantido por 
meio de direitos e garantias fundamentais. Esse princípio impõe ao Estado e à sociedade o dever de promover 
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e proteger a vida, a liberdade, a igualdade e a justiça social, de modo a assegurar o pleno desenvolvimento e 
a realização pessoal de cada cidadão. 
• Respeito à vida: A dignidade da pessoa humana implica no respeito e preservação da vida em todas 
as suas formas e manifestações. 
• Liberdade e igualdade: Todos os indivíduos devem ser tratados com igualdade, sem discriminação, 
e ter suas liberdades fundamentais garantidas. 
• Justiça social: O Estado deve promover políticas públicas e ações que visem a redução das 
desigualdades sociais e econômicas, garantindo a todos uma vida digna. 
Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como um dos 
princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. Esses princípios reconhecem a importância do 
trabalho e da liberdade de empreender como pilares essenciais para o desenvolvimento econômico e social do 
país. 
• Valorização do Trabalho: O trabalho é visto como um direito e um dever social, sendo fundamental 
para a realização pessoal, a geração de renda e a promoção do bem-estar da sociedade. 
• Liberdade de Iniciativa: A Constituição garante a livre iniciativa, permitindo que os cidadãos possam 
empreender e desenvolver atividades econômicas de acordo com suas habilidades e interesses, desde 
que respeitando os limites legais. 
• Harmonia entre Trabalho e Livre Iniciativa: Esses dois princípios devem ser interpretados de forma 
conjunta, buscando o equilíbrio entre a garantia dos direitos trabalhistas e a promoção do 
empreendedorismo. 
Pluralismo Político 
O pluralismo político é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, conforme 
estabelecido no Artigo 1º da Constituição Federal de 1988. Esse princípio garante a existência e a livre 
manifestação de diferentes ideologias, partidos políticos e correntes de pensamento na esfera política do país. 
O pluralismo político é essencial para a democracia, pois permite que diversas perspectivas e visões de mundo 
possam ser representadas e debatidas livremente no âmbito do processo político. Isso assegura que os cidadãos 
tenham a possibilidade de escolher entre diferentes opções e projetos para o país, refletindo a pluralidade da 
sociedade brasileira. 
Além disso, o pluralismo político impede a formação de regimes totalitários ou autoritários, garantindo que o 
poder político seja exercido de forma descentralizada e sujeito a múltiplos centros de influência. Isso fortalece 
os mecanismos de freios e contrapesos, essenciais para o equilíbrio e a estabilidade do sistema político. 
República Federativa do Brasil 
A República Federativa do Brasil é a forma de organização político-administrativa do país, definida pela 
Constituição Federal de 1988. Nesta estrutura, destacam-se os seguintes princípios fundamentais: 
• Soberania - O Brasil é um Estado soberano, com plena autonomia para determinar suas próprias leis 
e políticas, sem interferência externa. 
• Cidadania - Todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país possuem direitos e deveres definidos 
pela Constituição, sendo a cidadania um dos pilares da República. 
• Dignidade da Pessoa Humana - A dignidade da pessoa humana é um valor fundamental que deve ser 
respeitado e protegido pelo Estado e pela sociedade. 
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• Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa - O trabalho e a livre iniciativa econômica são 
essenciais para o desenvolvimento da nação, devendo ser valorizados e promovidos. 
• Pluralismo Político - O Brasil é uma democracia pluralista, com liberdade de organização e 
participação política de diferentes partidos e movimentos. 
União indissolúvel dos Estados e Municípios 
A Constituição Federal de 1988 estabelece que a República Federativa do Brasil é formada pela união 
indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Essa organização político-administrativa confere 
autonomia aos entes federativos, conferindo-lhes a capacidade de se autogovernar e de estabelecer suas 
próprias leis e políticas públicas, desde que em conformidade com a Carta Magna. 
Os Estados são responsáveis pela elaboração de suas próprias Constituições e leis, respeitados os princípios 
estabelecidos na Constituição Federal. Já os Municípios possuem autonomia para promulgar suas próprias 
Leis Orgânicas e legislar sobre assuntos de interesse local, como a prestação de serviçospúblicos essenciais à 
população. 
Essa estrutura federativa visa descentralizar o poder político e administrativo, permitindo que cada ente 
federativo atue de forma mais eficiente e próxima de sua realidade. Ao mesmo tempo, a indissolubilidade da 
União garante a integridade territorial e a soberania do Estado brasileiro, fortalecendo a democracia e a 
cidadania em todo o país. 
Direitos e Garantias Fundamentais 
 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece uma ampla gama de direitos e garantias fundamentais, 
consagrando-os como pilares essenciais da sociedade democrática e do Estado de Direito. Esses direitos 
abrangem tanto os direitos individuais e coletivos, quanto os direitos sociais, econômicos e culturais, visando 
proteger a dignidade e a liberdade de todos os cidadãos brasileiros. 
Entre os principais direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição, destacam-se o direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à 
previdência social, à proteção da maternidade e da infância, e à assistência aos desamparados. Essas garantias 
fundamentais são consideradas cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser abolidas ou modificadas por emendas 
constitucionais, assegurando sua perenidade e inviolabilidade. 
Outro aspecto relevante é a proibição de qualquer forma de discriminação, bem como a garantia de acesso à 
Justiça para a defesa desses direitos. Além disso, a Constituição estabelece mecanismos como o habeas corpus, 
o mandado de segurança, o mandado de injunção e o habeas data, que permitem aos cidadãos recorrerem ao 
Poder Judiciário para a proteção de seus direitos fundamentais. 
 
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 
 
Direito à vida 
O direito à vida é o direito fundamental mais básico e essencial de todo ser humano, reconhecido pela 
Constituição Brasileira de 1988. Esse direito garante a proteção da vida desde a concepção até a morte natural, 
resguardando a inviolabilidade da vida humana contra atos que possam ameaçá-la ou suprimi-la. 
Algumas características importantes do direito à vida incluem: 
1. É um direito inviolável e indisponível, ou seja, não pode ser renunciado nem tampouco suprimido por 
terceiros. 
2. Abrange não apenas o direito de nascer, mas também o direito de viver com dignidade e de ter uma 
morte natural. 
3. Impõe ao Estado o dever de proteger a vida, adotando medidas que previnam a sua violação, como 
leis penais, políticas de saúde e segurança pública. 
4. Proíbe a pena de morte, salvo em caso de guerra declarada, de acordo com as regras do direito 
internacional. 
5. É indissociável do princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República 
Federativa do Brasil. 
 
 
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Direito à Liberdade 
O direito à liberdade é um dos pilares fundamentais da Constituição Federal de 1988 e representa a capacidade 
do indivíduo de tomar decisões e agir de acordo com sua vontade, desde que respeite os direitos e as liberdades 
de outras pessoas. Esse direito abrange diversas dimensões, incluindo: 
• Liberdade de locomoção: a possibilidade de ir, vir e ficar, dentro do território nacional, sem qualquer 
restrição, salvo em casos específicos previstos em lei. 
• Liberdade de expressão: a faculdade de manifestar livremente o pensamento, a crença e a opinião, 
por qualquer meio, sem censura ou restrição indevida. 
• Liberdade de consciência e de crença: o direito de professar qualquer religião ou convicção filosófica 
ou política, sem interferência do Estado. 
• Liberdade de exercício profissional: a garantia de escolher livremente a profissão e o trabalho, 
observadas as qualificações profissionais exigidas por lei. 
• Liberdade de associação: a prerrogativa de se associar com outros indivíduos para a defesa de 
interesses comuns 
 
Direito à Igualdade 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece o princípio da igualdade como um dos direitos e garantias 
fundamentais. Esse princípio assegura que todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
O direito à igualdade abrange diversas esferas, como a igualdade de gênero, de raça, de orientação sexual, de 
condição social, entre outras. Isso significa que o Estado deve agir de forma a promover a igualdade de 
oportunidades e combater qualquer forma de discriminação, garantindo que todos tenham acesso aos mesmos 
direitos e deveres, independentemente de suas características pessoais. 
Esse princípio é fundamental para a construção de uma sociedade justa e inclusiva, em que todas as pessoas 
possam exercer plenamente sua cidadania. Cabe ao poder público adotar medidas afirmativas e políticas 
públicas voltadas à promoção da igualdade, de modo a eliminar barreiras e desigualdades históricas que ainda 
persistem em nosso país. 
 
O Direito à Segurança 
O direito à segurança é um dos pilares fundamentais da Constituição Brasileira de 1988, reconhecido como 
um dos direitos e garantias individuais e coletivos. Este direito assegura aos cidadãos brasileiros a proteção 
contra ameaças à sua integridade física, moral e patrimonial, bem como a garantia de segurança pública por 
parte do Estado. 
A segurança é um dever do Estado e um direito de todos, devendo ser promovida através de políticas públicas 
eficientes e coordenadas entre os diferentes órgãos e esferas de governo. Nesse sentido, a Constituição 
estabelece que: 
• Segurança Pública: É dever do Estado, com a participação da comunidade, garantir a ordem pública, 
a incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
• Forças de Segurança: As polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal e as polícias civis 
dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, são responsáveis pela segurança pública. 
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• Direito à Vida e à Propriedade: O Estado deve assegurar a proteção do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade das pessoas. 
 
Direito à Propriedade 
O direito à propriedade é um dos pilares fundamentais da Constituição Federal brasileira de 1988. Esse direito 
garante a todos os cidadãos o poder de adquirir, utilizar, gozar e dispor de bens móveis e imóveis, dentro dos 
limites estabelecidos pela lei. É um direito individual e inviolável, que protege a propriedade privada e a 
função social da terra. 
A Constituição estabelece que a propriedade atenderá a sua função social, ou seja, deverá estar em 
conformidade com os interesses coletivos, preservando o meio ambiente e respeitando os direitos trabalhistas. 
Além disso, o Estado pode desapropriar a propriedade por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse 
social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
O direito de propriedade é crucial para o desenvolvimento econômico e social do país, pois garante segurança 
jurídica aos investimentos e incentiva a produtividade. Ao mesmo tempo, a Constituição busca equilibrar esse 
direito individual com os interesses coletivos, estabelecendo limites e condições para o seu exercício. 
 
Direitos Sociais 
Definição 
Os direitos sociais são um conjunto de garantias constitucionais que visam assegurar condições mínimas de 
vida digna a todos os cidadãos, independentemente de sua condição social ou econômica. Esses direitos estão 
diretamente relacionados à melhoria da qualidade de vida e à promoção da justiça social. 
Exemplos 
Alguns dos principais direitos sociais previstos na Constituição brasileira de 1988 são: 
• Educação 
• Saúde 
• Trabalho 
• Moradia 
• Lazer 
• Segurança 
• Previdência social 
• Proteção à maternidade e à infância• Assistência aos desamparados 
Importância 
Os direitos sociais são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, uma vez que 
buscam garantir o acesso a bens e serviços essenciais a todos os cidadãos. Eles representam um avanço na 
proteção dos grupos mais vulneráveis e contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do país. 
 
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Efetivação 
A efetivação dos direitos sociais depende da atuação do Estado, que deve implementar políticas públicas e 
alocar recursos orçamentários para sua concretização. No entanto, a plena realização desses direitos ainda 
enfrenta diversos desafios, como a escassez de recursos, a desigualdade social e a ineficiência na gestão dos 
serviços públicos. 
 
Educação 
A educação é um direito fundamental garantido pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Ela desempenha um papel essencial no desenvolvimento individual e coletivo, promovendo a cidadania, a 
igualdade de oportunidades e o progresso social. 
O texto constitucional estabelece os seguintes princípios e objetivos para a educação no Brasil: 
1. Universalidade do ensino público e gratuito: O acesso à educação básica, do ensino fundamental ao 
médio, deve ser garantido a todos, sem qualquer tipo de discriminação. 
2. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas: A educação deve respeitar a diversidade de 
abordagens e métodos de ensino, fomentando o livre debate de ideias. 
3. Gestão democrática do ensino público: A comunidade escolar, incluindo alunos, pais e professores, 
deve participar ativamente da elaboração e implementação das políticas educacionais. 
4. Valorização dos profissionais da educação: É dever do Estado promover a formação, a capacitação 
e a remuneração adequada dos docentes e demais profissionais da educação. 
Saúde 
A saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988. Segundo o artigo 196, "a saúde 
é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação". Isso significa que o Estado brasileiro deve fornecer acesso gratuito e de 
qualidade a serviços de saúde para toda a população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 
O SUS é uma das maiores redes públicas de saúde do mundo, com atendimento desde a atenção primária até 
os procedimentos de alta complexidade. Ele abrange desde consultas, exames e internações hospitalares até 
tratamentos de doenças crônicas, medicamentos e programas de vacinação. Esse sistema é financiado com 
recursos públicos, provenientes de impostos e contribuições sociais. 
Além disso, a Constituição estabelece que é dever do poder público "promover a redução do risco de doença 
e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação". Isso inclui ações de prevenção, como campanhas de vacinação, programas de combate a doenças 
endêmicas e políticas de saneamento básico. 
 
Trabalho 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece o trabalho como um dos direitos sociais fundamentais dos 
cidadãos. Este direito está previsto no artigo 6º e contempla diversas garantias e princípios relacionados ao 
trabalho, buscando assegurar condições dignas de emprego e remuneração justa para a população. 
Entre os principais aspectos do direito ao trabalho previstos na Constituição, destacam-se: 
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• Salário mínimo, fixado em lei, capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua 
família 
• Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável 
• Jornada de trabalho não superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada 
• Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos 
• Férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal 
Moradia 
O direito à moradia é um dos direitos sociais fundamentais garantidos pela Constituição Federal do Brasil de 
1988. Ele está previsto no artigo 6º e determina que "são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, 
o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição." 
O direito à moradia engloba não apenas ter um teto sobre a cabeça, mas também acesso a uma habitação digna, 
com infraestrutura básica como saneamento, eletricidade e segurança. O Estado tem o dever de promover 
políticas públicas que garantam esse direito, seja por meio de programas de construção de moradias 
populares, financiamento de imóveis ou programas de regularização fundiária. 
Ainda assim, milhões de brasileiros enfrentam a precariedade habitacional, vivendo em favelas, ocupações 
irregulares ou sem acesso a serviços básicos. Cabe ao poder público implementar soluções efetivas para 
garantir moradia digna a toda a população, em consonância com os princípios constitucionais da dignidade 
da pessoa humana e da justiça social. 
Lazer 
O direito ao lazer é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal brasileira de 1988. O lazer 
é essencial para o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos, permitindo o descanso, a recreação e o 
desenvolvimento de atividades culturais e de entretenimento. Esse direito abrange não apenas o descanso 
semanal remunerado, mas também o acesso a atividades de lazer como esportes, passeios, shows, festas e 
outras formas de diversão. 
O artigo 6º da Constituição estabelece que "são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição". Portanto, o Estado possui a obrigação de garantir 
e promover o acesso da população ao lazer, seja por meio de políticas públicas, incentivos ou serviços públicos. 
Segurança 
A segurança é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal do Brasil de 1988. Este direito 
abrange diversas esferas, como a segurança pública, a segurança individual e a segurança social. A segurança 
pública é dever do Estado, com a participação da comunidade, e é exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Os principais aspectos da segurança contemplados na Constituição incluem: 
• Policiamento ostensivo e preservação da ordem pública: Realizado pelas polícias militares e pela 
Polícia Federal. 
• Investigação de infrações penais: Realizada pelas polícias civis e pela Polícia Federal. 
• Segurança nas fronteiras: Garantida pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas. 
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• Segurança no trânsito: Exercida pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do 
Distrito Federal. 
• Segurança no trabalho: Através de normas de saúde, higiene e segurança. 
 
Previdência Social 
A previdência social é um sistema de seguridade social essencial para garantir a proteção dos cidadãos 
brasileiros contra riscos sociais, como doença, invalidez, morte e velhice. Esse pilar fundamental do Estado 
de Bem-Estar Social brasileiro é regido pelos seguintes princípios: 
1. Universalidade da cobertura e do atendimento - A previdência social deve abranger todos os 
cidadãos, independentemente de sua ocupação ou contribuição prévia. 
2. Equidade na forma de participação no custeio - As contribuições para a previdência devem respeitar 
a capacidade econômica de cada indivíduo. 
3. Diversidade da base de financiamento - A previdência social é custeada por contribuições dos 
empregados, empregadorese do próprio Estado. 
4. Caráter democrático e descentralizado da administração - A previdência deve ser administrada de 
forma participativa, com representação dos segurados. 
5. Preservação do valor real dos benefícios - Os benefícios previdenciários devem ser reajustados 
periodicamente para manter seu poder aquisitivo. 
 
Proteção à maternidade e à infância 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece uma série de direitos e garantias fundamentais para a proteção 
da maternidade e da infância. Esse conjunto de normas visa assegurar o pleno desenvolvimento físico, mental, 
moral, espiritual e social das crianças e adolescentes, bem como garantir condições dignas à gestante e à mãe. 
Entre os principais direitos assegurados estão: licença-maternidade de 120 dias, com percepção de salário 
integral; descanso remunerado antes e depois do parto; proibição de discriminação no emprego em razão da 
gravidez; assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os 5 anos de idade em creches 
e pré-escolas; e prioridade no atendimento nos serviços públicos e de relevância pública. Além disso, a 
Constituição veda qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão 
contra as crianças e adolescentes. 
 
Assistência aos Desamparados 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a assistência aos desamparados como um direito social 
fundamental, reconhecendo a importância de amparar e proteger aqueles que se encontram em situação de 
vulnerabilidade social. Esse princípio reflete o compromisso do Estado em promover a dignidade e o bem-
estar de todos os cidadãos, independentemente de suas condições socioeconômicas. 
De acordo com a Carta Magna, o Estado deve garantir a prestação de assistência social a quem dela necessitar, 
com o objetivo de amparar os indivíduos e famílias em situação de risco social, pobreza, doença, deficiência, 
velhice ou outras condições que os tornem vulneráveis. Essa assistência abrange desde a garantia de renda 
mínima até a disponibilização de programas e serviços de proteção social. 
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Ademais, a Constituição enfatiza a importância da participação da sociedade civil na formulação e execução 
das políticas de assistência social, reconhecendo o papel fundamental das organizações não governamentais, 
entidades filantrópicas e comunidades locais nesse processo. Essa abordagem colaborativa visa fortalecer os 
laços de solidariedade e inclusão social. 
 
Organização do Estado 
A Constituição Federal de 1988 organiza o Estado brasileiro em uma República Federativa, composta pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos e interdependentes. Essa estrutura 
descentralizada de poder visa garantir a autonomia dos entes federados e evitar a concentração excessiva de 
autoridade em um único nível de governo. 
A União é a pessoa jurídica de direito público interno, que representa o Estado brasileiro como um todo. Ela 
possui competências privativas, comuns e concorrentes, abrangendo áreas como defesa nacional, política 
externa, sistema monetário, justiça, entre outras. Os Estados, por sua vez, são entes federados autônomos, com 
competências residuais, ou seja, aquelas não reservadas à União ou aos Municípios. 
Os Municípios, por fim, são entes federados com autonomia política, administrativa e financeira, responsáveis 
por questões de interesse local, como a organização dos serviços públicos essenciais à população. Já o Distrito 
Federal acumula as competências estaduais e municipais, tendo status jurídico diferenciado. 
 
União 
A União é a entidade político-administrativa de maior relevância na estrutura federativa brasileira. Ela é 
composta pela junção indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, formando a República 
Federativa do Brasil. Como ente federativo, a União possui poderes e competências definidos na Constituição 
Federal de 1988. 
1. Competências da União: 
o Representar o Brasil internacionalmente; 
o Legislar sobre assuntos de interesse nacional; 
o Arrecadar impostos e gerir recursos públicos; 
o Planejar e executar políticas públicas em âmbito federal. 
2. Estrutura administrativa da União: 
o Presidência da República: Chefe do Poder Executivo federal; 
o Ministérios: Responsáveis por políticas setoriais; 
o Autarquias e Empresas Públicas: Executam serviços públicos. 
3. Divisão de Poderes: 
o Poder Legislativo: Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal); 
o Poder Executivo: Presidência da República; 
o Poder Judiciário: Tribunal de Justiça, Justiça Federal, Tribunais Superiores. 
 
 
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Estados 
A Constituição de 1988 estabelece a organização federativa do Brasil, composta pela União, estados, Distrito 
Federal e municípios. Os estados são entes federativos autônomos, com governo próprio e competências 
específicas definidas na Carta Magna. Cada estado possui uma Constituição Estadual, promulgada de acordo 
com os princípios e normas da Constituição Federal. 
Os estados têm competência para legislar sobre matérias de interesse regional, como a organização de seus 
poderes, a proteção do patrimônio público estadual, a instituição e arrecadação de tributos estaduais, a 
prestação de serviços públicos de caráter regional, entre outras. Além disso, os estados possuem autonomia 
política, administrativa e financeira, o que lhes confere a capacidade de auto-organização e autogoverno. 
Para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de estados, a Constituição Federal exige a aprovação 
da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional. Dessa forma, a 
organização federativa do Brasil busca garantir a autonomia e a descentralização do poder, fortalecendo a 
democracia e o desenvolvimento regional. 
 
Municípios 
Os municípios, unidades político-administrativas locais, desempenham um papel fundamental na organização 
do Estado brasileiro. Eles possuem autonomia política, administrativa e financeira, garantida pela Constituição 
de 1988. Os municípios têm a responsabilidade de legislar sobre assuntos de interesse local, arrecadar tributos 
e prestar serviços públicos essenciais à população, como educação, saúde e saneamento básico. 
Cada município é governado por um prefeito e uma câmara de vereadores, eleitos diretamente pela população. 
O prefeito é o chefe do poder executivo municipal, responsável pela administração e execução das políticas 
públicas locais. A câmara de vereadores é o órgão legislativo municipal, responsável por elaborar leis e 
fiscalizar a atuação do prefeito. 
Os municípios brasileiros possuem diversidade em seus aspectos geográficos, econômicos, sociais e culturais. 
Essa heterogeneidade reflete-se na organização e no funcionamento de cada município, que deve atender às 
necessidades e particularidades de sua população. A descentralização de poder e a autonomia municipal são 
fundamentais para a promoção do desenvolvimento local e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. 
 
Distrito Federal 
O Distrito Federal é uma unidade federativa sui generis no Brasil, com características únicas em relação aos 
demais estados e municípios. Criado especificamente para sediar a capital federal, Brasília, o Distrito Federal 
possui uma estrutura administrativa e política diferenciada. 
1. O Distrito Federal não se subdivide em municípios, sendo administrado diretamente pelo governador 
do Distrito Federal. 
2. A Câmara Legislativa do Distrito Federal substitui a Assembleia Legislativa dos estados, com 
competências e atribuições semelhantes. 
3. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios exerce a jurisdição judiciária, com 
competências estadual e federal. 
4. O Distrito Federal não possui prefeitura ou prefeito, tendo em sua estrutura administrativa o Governo 
doDistrito Federal, liderado pelo Governador. 
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5. Por sua natureza de capital federal, o Distrito Federal não possui autonomia plena como os estados, 
sendo diretamente subordinado à União. 
 
Organização dos Poderes 
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece a organização dos três Poderes fundamentais da República 
Federativa do Brasil: o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Cada um desses Poderes 
possui atribuições e responsabilidades específicas, definidas com o objetivo de garantir o equilíbrio e a 
harmonia entre eles, evitando a concentração excessiva de poder em qualquer um deles. 
 
Poder Legislativo 
O Poder Legislativo é uma das três esferas de poder do Estado Brasileiro, junto com o Poder Executivo e o 
Poder Judiciário. Ele é responsável por criar, modificar e revogar leis, bem como fiscalizar a atuação do Poder 
Executivo. 
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal. A Câmara dos Deputados é formada por 513 deputados federais, eleitos pelo sistema 
proporcional, que representam os interesses dos cidadãos brasileiros. Já o Senado Federal é composto por 81 
senadores, sendo 3 de cada estado e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema majoritário. 
Além de sua função legislativa, o Congresso Nacional também desempenha outras funções importantes, como 
a aprovação de tratados internacionais, a autorização para declaração de guerra e celebração de paz, e o 
julgamento do Presidente da República em casos de crimes de responsabilidade. 
 
Poder Executivo 
O Poder Executivo, um dos três poderes fundamentais da República Federativa do Brasil, é responsável por 
executar e fazer cumprir as leis. Esse poder é exercido pelo Presidente da República, que é o chefe de Estado 
e de governo, e por seus ministros e secretários. O Presidente é eleito por voto direto e secreto dos cidadãos 
brasileiros, com mandato de 4 anos, podendo ser reeleito uma vez. 
Dentre as principais atribuições do Poder Executivo estão: sancionar e promulgar leis, editar medidas 
provisórias, nomear e exonerar ministros, comandar as Forças Armadas, celebrar tratados internacionais, 
declarar guerra e fazer a paz, e propor o orçamento da União. O Presidente também é responsável por 
estabelecer as diretrizes da política nacional e coordenar as ações dos diferentes ministérios e órgãos do 
governo. 
 
Poder Judiciário 
O Poder Judiciário é um dos três poderes da República Federativa do Brasil, responsável por interpretar e 
aplicar as leis de forma imparcial e independente. Seus principais órgãos incluem: 
• Supremo Tribunal Federal (STF): É o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, responsável por 
salvaguardar a Constituição Federal. 
• Superior Tribunal de Justiça (STJ): Tem a missão de uniformizar a interpretação da legislação 
federal em todo o país, atuando como uma corte de apelação. 
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• Tribunais Regionais Federais (TRFs): Integram a Justiça Federal, responsável por julgar casos 
envolvendo a União, suas autarquias e empresas públicas. 
• Justiça Estadual: Composta pelos tribunais de Justiça dos estados e Distrito Federal, responsáveis 
pelos processos que não são de competência da Justiça Federal. 
• Justiça Especializada: Inclui a Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar, com atribuições 
específicas em suas áreas de atuação. 
 
Funções Essenciais à Justiça 
As funções essenciais à justiça desempenham um papel fundamental no sistema jurídico brasileiro, atuando 
como pilares essenciais para o funcionamento eficaz do Poder Judiciário. Estas funções são exercidas por 
órgãos e instituições específicas, cada uma com atribuições e responsabilidades definidas na Constituição 
Federal. 
• Ministério Público: É o responsável pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. Atua como fiscal da lei e promotor da justiça, 
promovendo a ação penal pública e defendendo os direitos da sociedade. 
• Advocacia Pública: Representa juridicamente a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
atuando na orientação, consultoria e defesa dos interesses públicos. 
• Advocacia e Defensoria Pública: A Advocacia exerce a representação e a defesa dos interesses de 
seus clientes, enquanto a Defensoria Pública presta assistência jurídica gratuita aos necessitados. 
Juntas, essas instituições formam a tríade essencial para a garantia dos direitos e da justiça no país, atuando 
de forma interdependente e complementar para assegurar o pleno funcionamento do sistema jurídico 
brasileiro. 
 
Conteúdo na íntegra: 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
 Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
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II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
 Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
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VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosóficaou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto 
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios 
de financiar o seu desenvolvimento; 
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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei; 
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 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite 
do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período 
de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado daliberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei; (Regulamento) 
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LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada 
a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
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LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
(Vide Lei nº 7.844, de 1989) 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. (Regulamento) 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Vide ADIN 3392) 
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios 
digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes 
às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide DLG nº 186, 
de 2008), (Vide Decreto nº 6.949, de 2009), (Vide DLG 261, de 2015), (Vide Decreto nº 9.522, de 
2018) (Vide ADIN 3392) (Vide DLG 1, de 2021), (Vide Decreto nº 10.932, de 2022) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
TÍTULO III 
Da Organização do Estado 
CAPÍTULO I 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro 
do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, 
às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 
1996) Vide art. 96 - ADCT

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