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Direito Penal I – Parte Geral 1. CONCEITO Direito Penal é o ramo do Direito que abrange a tutela estrutural dos principais bens jurídicos, elegendo como sanção a quem infringir suas normas, a pena estabelecida. Trata-se da única opção legítima de coerção à liberdade individual, devendo ser utilizada como última opção. Preceito Primário: o tipo penal, o crime; Preceito Secundário: a pena; Política Criminal: trata do modo de ser e atuar do Estado; Criminologia: é a ciência que estuda o crime como fenômeno social, e o criminoso; Objetividade Jurídica Tutelada: aquilo que o Legislador quis proteger com determinada lei, sendo eleito pelo Direito para ser tutelado. Cabe à União legislar acerca de tipos penais, e somente a União pode definir crime e atribuir pena a ele. Essa competência localiza-se no Art. 22, inciso I, da CRFB. Os Estados legislam sobre a matéria penal mediante lei complementar (Art. 22, parágrafo único). 2. INICIATIVA DA LEI EM MATÉRIA PENAL Segundo Art. 61, caput, da CRFB, possuem iniciativa legislativa: Presidente da República; Membros do Congresso Nacional; Iniciativa Popular. 3. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA LEI Interpretação é o processo de conhecimento do conteúdo da norma. Ele vem a extrair o seu significado, podendo ser: Literal: atribuição do exato termo da lei; Lógica ou Teleológica: objetiva o sentido da lei; Sistemática: busca analisar a lei confrontando-a com as outras; Histórica: confronta a lei com elementos passados, leis antigas, projetos de lei, etc.; Extensiva: amplia o conteúdo da lei, procurando dar-lhe sentido lógico com a finalidade de proteger a objetividade jurídica tutelada. A interpretação ampliará sua aplicação, pois fora concluído que o texto da lei ficou aquém da intenção do legislador; Analógica: conhece o sentido da norma por comparação interna entre seus próprios termos. Só será utilizada em sendo favorável ao réu (in bonam partem), logo é pouco aplicada em Direito Penal. Não será admitida em sendo prejudicial ao réu (in malam partem); 4. EFICÁCIA DA LEGALIDADE Tipo Aberto: o elemento normativo, ou subjetivo, deve ser de fácil captação cultural ou jurídica, para não colocar em risco a taxatividade. Na norma penal em branco o preceito primário está incompleto, e o preceito secundário, completo. O complemento previsto em outra norma deve ser claro, e de conhecimento geral; Norma Penal em Branco: são tipos que necessitam de complementação, pois não fora identificado o sentido da lei, em termos punitivos. É o amparo de uma norma com base em outra, talvez não penal. George F Richardson 2016
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