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gente criando o futuro
FUNDAMENTOS 
CONTÁBEIS
(Elementos da Contabilidade)
Organizadora Danieli Pulga
FUNDAMENTOS 
CONTÁBEIS
(Elementos da Contabilidade)
Organizadora Danieli Pulga
Fundam
entos Contábeis
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Fundamentos Contábeis
(Elementos da 
Contabilidade)
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autorização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecário responsável: Nelson Oliveira da Silva – CRB 10/854)
P981f Pulga, Daniele Salete Pereira.
Fundamentos contábeis [recurso eletrônico]/ Daniele Salete 
Pereira Pulga. – Recife: Telesapiens, 2020. 
192 p. : pdf
ISBN: 978-65-86073-57-7 
1. Contabilidade I. Título.
CDU 657 
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Fundamentos Contábeis
Fundador e Presidente do Conselho de Administração: 
Janguê Diniz
Diretor-Presidente: 
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira
Créditos Institucionais
Todos os direitos reservados
2020 by Telesapiens
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Olá. Meu nome é Danieli Pulga. Sou Bacharel em 
Administração e especialista em Administração Financeira, 
Contábil e Controladoria, com uma experiência profissional 
na área Financeira e Custos de mais de 10 anos. Trabalhei em 
empresas prestadoras de serviços aplicando todo o conhecimento 
da Administração e da Contabilidade, implantando métodos de 
controle e rotinas de trabalho. Essas experiências contribuíram 
para minha formação profissional e em paralelo venho realizando 
trabalhos como docente, há quase 9 anos. Sou apaixonada pelo 
que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles 
que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada 
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta 
fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
A AUTORA
DANIELI PULGA
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ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem 
significam:
OBJETIVO
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; +
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito;
CITAÇÃO
Parte retirada de um texto;
RESUMINDO
Uma síntese das 
últimas abordagens;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
ACESSE
Links úteis para 
fixação do conteúdo;
DICA
Um atalho para resolver 
algo que foi introduzido no 
conteúdo;
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobre o conteúdo e 
temas afins;
+++
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Um jeito diferente e mais 
simples de explicar o que 
acaba de ser explicado;
SOLUÇÃO
Resolução passo a 
passo de um problema 
ou exercício;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático;
CURIOSIDADE
Indicação de curiosidades 
e fatos para reflexão sobre 
o tema em estudo;
PALAVRA DO AUTOR
Uma opinião pessoal e 
particular do autor da obra;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
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SUMÁRIO
UNIDADE 01
Introdução à Contabilidade ..................................................12
A História da Contabilidade .....................................................13
Conceito de Contabilidade .......................................................14
Usuários da Contabilidade .......................................................16
Pessoa Física e Pessoa Jurídica ................................................18
Atos e Fatos Administrativos ou Contábeis .............................19
Fatos Permutativos e Fatos Modificativos........................19
Postulados, Princípios e Convenções da Contabilidade .....20
Postulados .........................................................................20
Princípios ..........................................................................21
Convenções ......................................................................24
A técnica contábil e os relatórios básicos .............................26
Escrituração – métodos e sistemas ...................................27
Introdução ao lançamento ................................................29
Livros contábeis ...............................................................29
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ...........................32
Regimento interno do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – 
CPC ..........................................................................................35
Pronunciamento Conceitual Básico (R1) .................................41
Pronunciamento Conceitual Básico (R1): Objetivo da 
elaboração e divulgação do relatório Contábil-Financeiro .42
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UNIDADE 02
Patrimônio ..............................................................................50
Componentes Patrimoniais ......................................................52
Bens ..................................................................................52
Direito ...............................................................................53
Obrigações ........................................................................54
Patrimônio Líquido ..................................................................58
Equação fundamental da Contabilidade ...........................60
Ativo x Passivo ........................................................................61
Origens e Aplicações de recursos .....................................62
Balanço Patrimonial .................................................................64
O Estudo das Contas .............................................................65
Saldos e movimentos ...............................................................65
Plano de contas ........................................................................66
Contas sintéticas e analíticas – obtenção de saldos ..........67
Classificação das contas do Ativo e do Passivo – Subgrupos de 
contas .......................................................................................69
Conceito de curto e longo prazo ..............................................72
Classificação das contas pelo sistema patrimonial ...................73
Regime de caixa e regime de competência ..............................76
Mecanismo de Débito e Crédito ............................................78
Balancete de verificação ........................................................82
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Fundamentos Contábeis 53
Figura 1: Elementos Patrimoniais
Figura 2: Patrimônio de uma pessoa ou empresa separada por categoria de contas a receber e a pagar
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Os bens e direitos, por serem desejáveis, são considerados 
elementos patrimoniais positivos; as obrigações, por serem 
de caráter restritivo, são consideradas elementos patrimoniais 
negativos. 
Lembra quando falamos do passeio? Na visão contábil, o 
patrimônio é sim tudo aquilo que podemos ver, enxergar, mas 
além disso, existem as obrigações, tudo aquilo que gerou um 
compromisso de pagamento para aquela empresa.
Vamos falar agora, sobre os componentes patrimoniais.
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Fundamentos Contábeis54
Componentes Patrimoniais
Vamos falar agora, sobre os componentes patrimoniais. 
São eles: bens, direitos e obrigações.
Para entender melhor, trataremos de cada um separadamente.
Bens
Vamos começar estudando os Bens.
“Bens são aqueles itens que a civilização convencionou 
chamar de riquezas, por serem raros, úteis, fungíveis (característica 
de troca), tangíveis (característica de poder ser movimentado e ser 
tocado fisicamente), desejáveis etc. “ Marion (2009). 
Podemos considerar bens os veículos, casas, prédios, 
móveis, mercadorias, dinheiro, etc.
Para melhor observá-los e tratá-los os bens são classificados 
conforme a sua forma em bens tangíveis ou intangíveis; e quanto 
à mobilidade classificados em móveis ou imóveis. 
Classificação quanto à forma:
 �Bens tangíveis: têm existência física, são palpáveis, e 
podem ser:
a. Bens Numerários: dinheiro;
b. Bens de Venda: estoque de mercadorias, estoque de 
matérias-primas, estoque de produtos em fabricação, estoque de 
produtos acabados;
c. Bens de Uso: imóveis, terrenos, móveis e utensílios, 
veículos, máquinas e equipamentos, computadores, instalações;
d. Bens de Renda: imóveis para aluguel.
 �Bens intangíveis: não são palpáveis, não possuem 
existência física, como exemplo capital intelectual, marcas, 
direitos autorais, patentes de invenção (documento pelo qual 
o Estado garante a pessoa ou empresa o direito exclusivo de 
explorar uma invenção), franquias, copyrights e softwares.
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Fundamentos Contábeis 55
Classificação quanto à mobilidade:
 �Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos 
por si próprios ou por outras pessoas: animais, máquinas, 
equipamentos, estoques de mercadorias, etc.
 �Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que 
não podem ser retirados sem destruição ou danos: edifícios, 
construções, árvores, etc.
Tabela 1: Exemplo da classificação de bens (valores em milhões).
Fonte: O Autor
Bens Tangíveis Intangíveis Móveis Imóveis
Barracão 200 - - 200
Móveis 60 - 60 -
Veículos 400 - 400 -
Máquinas 120 - 120 -
Terreno 600 - - 600
Marca - 1.000 1.000 -
TOTAL 1.380 1.000 1. 580 800
Direito
O poder de exigir alguma coisa. Ter o direito normalmente 
é ser o proprietário de algo que está em poder de outros, neste 
caso, você tem direito àquilo que está aos cuidados de um 
terceiro.
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Fundamentos Contábeis56
Tabela 2: Exemplos de direitos de uma entidade (valores em mil R$)
Fonte: O Autor
Itens – Direitos Valores (R$)
Dinheiro no banco (conta corrente) 20
Duplicatas a receber de clientes 160
Títulos a Receber 80
Aluguel a receber 8
Dinheiro na poupança 12
Investimento Fundos 20
Obrigações
As obrigações são os compromissos de pagamento. 
Normalmente a entidade ou empresa adquire bens ou contrata 
serviços e para pagá-los assume a responsabilidade de devolução 
em forma de outros bens, como dinheiro por exemplo. Em outras 
palavras são dívidas com outras pessoas ou entidades.
 Em contabilidade tais dívidas são denominadas obrigações 
exigíveis, isto é, compromissos que serão reclamados, exigidos 
de acordo com o prazo de vencimento. Caso a exigibilidade não 
seja cumprida, ocorrem situações de cobrança da mesma, porém, 
acrescida de penalidade, que são as multas e juros, ou até mesmo 
a negativação da entidade obrigada.
As obrigações exigíveis normalmente são compromissos 
assumidos com terceiros. Esses terceiros são normalmente: 
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Fundamentos Contábeis 57
Figura 3: Exemplos de terceiros e obrigações Exigíveis
Fonte: O Autor
Compondo o patrimônio, existem também as obrigações 
não exigíveis, que como o nome mesmo nos diz não há 
exigibilidade, não existe uma data de pagamento para que seja 
cumprida.
Isso é possível? 
Sim! Na formação do patrimônio de uma empresa, 
observamos que existem terceiros que atuam como credores 
concedendo itens ativos através de acordos de crédito, no entanto, 
antes desses terceiros existem os sócios, aqueles que investem 
seu capital próprio para a abertura e inicio das atividades de uma 
empresa. Esses são os principais credores, sem eles a empresa 
nem mesmo existiria. Logo, a empresa tem obrigação com 
os sócios e como remuneração por esse capital investido, os 
rendimentos, os lucros obtidos pelas atividades são de direito 
dos sócios, no entanto, lembrando, não há exigibilidade de 
pagamento. Assim como o capital investido, o que chamamos 
de Capital Social – em breve estudaremos melhor sobre esse 
assunto, não pode ser exigido, nem pagamento, nem devolução.
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Fundamentos Contábeis58
Tabela 3: Exemplos de obrigações com terceiros
Tabela 4: Exemplos de obrigações não exigíveis com os sócios
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Itens – Obrigações Exigíveis Valores (R$)
Fornecedores de mercadorias 30
Salários a pagar a funcionários 20
Encargos Sociais a pagar (INSS/FGTS) 2
Impostos a pagar 22
Empréstimos bancários (a pagar) 100
Financiamentos a pagar 60
Itens – Obrigações Não-exigíveis Valores (R$)
Capital social 2.446
Lucros acumulados 0
Agora que conhecemos os componentes patrimoniais, 
que são os bens e direitos e as obrigações, ficará mais fácil de 
identificarmos as os grupos de contas que a contabilidade utiliza 
para fazer os registros e lançamentos dos fatos econômicos 
realizados por uma entidade. 
Vamos fazer a demonstração gráfica do patrimônio:
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Fundamentos Contábeis 59
Figura 4: Representação gráfica do patrimônio
Figura 5: Representação gráfica do patrimônio – Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
Ou,
Na figura acima podemos observar alguns termos novos. 
Para demonstrar o patrimônio de uma entidade, a contabilidade 
separa os componentes em grupos diferenciados, de acordo com 
a sua essência, ou, como podemos observar, separando os bens 
e direitos do lado do ativo e as obrigações do lado do passivo.
Vamos começar falando do Patrimônio Líquido!
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Fundamentos Contábeis60
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido é o resultado da soma dos bens 
e direitos (elementos patrimoniaispositivos) diminuída da 
somatória das obrigações (elementos patrimoniais negativos).
Significa a sobra, o resíduo, em valor dos elementos 
patrimoniais. Daí seus diversos nomes: Sobra Patrimonial, 
Patrimônio Residual, Riqueza Líquida, Capital Próprio, Sobra 
Efetiva, etc.
Os termos mais comuns são Riqueza Líquida e Capital 
Próprio.
Podemos entender como Riqueza Líquida porque, hipote-
ticamente, na dissolução da empresa ou da entidade, tudo o que 
ela tem em bens e direitos deverá pagar suas obrigações com 
terceiros, restando assim um montante líquido.
Em outras palavras, caso a empresa feche, tudo o que tem 
em bens e direitos deverá pagar as obrigações com terceiros, 
restando assim um determinado montante, essa sobra é de direto 
dos sócios.
Para explicar o termo “capital próprio” tomamos como 
base a não exigibilidade. Pois tudo o que compõe o Patrimônio 
Líquido são recursos advindos dos sócios, que não podem exigir 
devolução e nem determinar prazo para pagamento, além do 
mais, este capital é ou foi utilizado para investimento em itens 
ativos para o funcionamento e atividade da empresa.
Retomando a definição de Patrimônio Líquido como sendo 
a representação do capital que os sócios aplicaram no ativo da 
empresa, que ao serem criadas, necessitam de um capital para 
iniciarem suas atividades que geralmente é fornecido pelos 
sócios, que em troca recebem ações ou quotas de capital.
As fontes (origens) de patrimônio líquido são as seguintes:
a. Integralização de capital pelos sócios: é o capital 
cedido pelos sócios para o início das atividades ou para suprir 
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Fundamentos Contábeis 61
uma eventual necessidade de capital para pagamento de dívidas 
ou para novos investimentos;
b. Lucro: é o resultado econômico positivo auferido pelas 
operações de compra e venda de mercadorias ou prestação de 
serviços a terceiros. Para obtenção do lucro é necessário que as 
receitas sejam maiores que os custos e despesas do período;
c. Doações e subvenções: são recursos recebidos do 
poder público como forma de incentivo à atividade da entidade 
com possibilidade de contraprestação de serviços.
Para ampliar o conhecimento, abaixo vamos listar outros 
termos que se referem a capital e que são comumente utilizados 
como termos jurídicos, corporativos ou contábeis:
 �CAPITAL NOMINAL: Corresponde ao investimento 
dos sócios.
 �CAPITAL PRÓPRIO: Corresponde ao Patrimônio 
Líquido.
 �CAPITAL DE TERCEIROS: corresponde às dívidas 
contraídas pela empresa. Recursos provenientes de terceiros. 
 �CAPITAL TOTAL A DISPOSIÇÃO DA ENTIDADE: 
Corresponde à somatória de todos os recursos obtidos pela 
empresa 
 �CAPITAL SUBSCRITO: Corresponde ao compromisso 
assumido pelos sócios da empresa no sentido de formação do 
Capital Social. 
 �CAPITAL SOCIAL: Corresponde ao investimento 
inicial efetuado pelos sócios, acrescido dos aumentos de capital 
pela incorporação de reservas ou injeção de novos recursos pelos 
sócios. Capital Social significa o mesmo que Capital Nominal. 
 �CAPITAL A INTEGRALIZAR: Corresponde à parte 
do Capital Social subscrito que ainda não foi entregue pelo 
subscritor à empresa. 
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Fundamentos Contábeis62
Para finalizar nossa exemplificação de Patrimônio temos a 
seguinte formação:
Tabela 5: Demonstrativo do patrimônio de uma entidade, apresentando a soma dos bens e direitos 
e as obrigações
Fonte: O Autor
Equação fundamental da Contabilidade
A contabilidade utiliza-se de métricas para ajustar e 
equilibrar o patrimônio, bem como para a apresentação dos 
relatórios e demais informações sobre o patrimônio de alguma 
entidade, sendo assim, temos a equação fundamental da 
contabilidade:
Temos também a equação do equilíbrio patrimonial, onde:
B + D = O + PL
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Fundamentos Contábeis 63
B = BENS
D = DIREITOS
O = OBRIGAÇÕES
PL = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo x Passivo
Como observado na tabela 5 acima, os bens e diretos são 
agrupados de um lado da demonstração, de forma que evidenciam 
o lado positivo do patrimônio, ou as contas de efeito positivo.
Ativo é o conjunto de bens e direitos de propriedade de 
uma entidade/empresa, com potencial de geração de benefícios 
futuros, avaliado monetariamente.
Algumas características importantes do ativo:
 � Potencialidade de geração de benefícios futuros para a 
entidade/empresa;
 � Ser de propriedade da entidade;
 � Ser avaliado monetariamente.
Passivo são as obrigações assumidas pela entidade, seja 
com terceiros ou com os sócios. Podemos dizer que é de onde 
vem o dinheiro, ou seja, tudo o que está no Ativo veio de algum 
lugar e estará demonstrado no Passivo.
A subdivisão do passivo é entre passivos Exigíveis, como 
vimos anteriormente, obrigações assumidas com terceiros e que 
tem data de vencimento, exigibilidade. E também o passivo ão 
Exigível, que são as obrigações com os sócios, sem a necessidade 
de pagamento ou devolução.
ATIVO (lado esquerdo): elementos patrimoniais positivos 
- BENS + DIREITOS
PASSIVO (lado direito): elementos patrimoniais negativos 
- OBRIGAÇÕES e também evidencia a riqueza efetiva, o 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
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Fundamentos Contábeis64
Origens e Aplicações de recursos
Agora que conhecemos ativo e passivo, vamos especificar 
outros detalhes que também caracterizam as contas que os 
compõem.
Todos os recursos que entram numa empresa passam 
pelo passivo e patrimônio liquido. Os recursos (financeiros ou 
materiais) são originados dos proprietários (PL), fornecedores, 
governo, bancos, financeiras, etc. que representam origens de 
recursos. Através do passivo e do patrimônio líquido, portanto, 
identificam-se as origens de recursos, ou seja, de onde veio o 
dinheiro, o recurso para a compra da máquina, do veículo, ou 
do terreno.
O ativo, por sua vez, evidencia todas as aplicações de 
recursos. Teve origem no capital dos sócios e foi aplicado no 
caixa, em estoque, em máquinas, em imóveis, etc. 
A empresa só pode aplicar (ativo) aquilo que tem origem 
(passivo e PL). Sendo assim, havendo uma origem de $ 1 milhão, a 
aplicação deve ser de $1milhão. Dessa forma, fica bastante simples 
entender por que o Ativo será sempre igual ao Passivo + PL. 
Figura 6: Gráfico de Origem e Aplicação de recursos x Ativo e Passivo
Fonte: O Autor
Outro exemplo:
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Fundamentos Contábeis 65
Tabela 6: Demonstração gráfica de ativo e passivo com contas (bens, direitos e obrigações) indicando as 
origens e as aplicações
Fonte: O Autor
A principal origem dos recursos LUCRO obtido no 
negócio.
O Lucro obtido pela empresa, não pertence a ela, mas 
a seus sócios (sócios ou acionistas), pois são eles q correm o 
risco dos negócios e neste caso, esse investimento feito pelos 
proprietários é também chamado CAPITAL DE RISCO, pois se 
a empresa atingir PREJUIZO constante, são eles quem perdem.
Como falamos anteriormente, o lucro é a remuneração ao 
capital investido na empresa pelos proprietários. Imaginemos 
uma aplicação em caderneta de poupança, os juros pertencem ao 
investidor. Na empresa, ocorre o mesmo: todo lucro é adicionado 
à conta do proprietário, ou seja, ao patrimônio líquido. O lucro 
acumuladono Patrimônio Líquido aumenta o investimento 
dos proprietários, logo, há um reinvestimento para a expansão 
do próprio negócio. O lucro distribuído aos proprietários 
(remuneração ao capital próprio) é chamado de dividendos.
Essa distribuição ocorre normalmente após o encerramento 
de um exercício contábil – estudamos na Unidade I.
EXPLICAÇÃO DA EXPRESSÃO “BALANÇO PATRIMONIAL”
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Fundamentos Contábeis66
A palavra balanço decorre do equilíbrio: ATIVO – 
PASSIVO + PL, ou da igualdade: APLICAÇÕES = ORIGENS. 
Parte-se da idéia de uma balança de dois pratos, onde 
sempre encontramos a igualdade.
Balanço Patrimonial
Como vimos anteriormente, existe um equilíbrio entre o 
Ativo e Passivo, que representam as Origens e Aplicações de 
recursos, esse equilíbrio assegura a qualidade e quantidade dos 
componentes patrimoniais. 
Que o termo patrimonial tem origem no patrimônio da 
empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações. Daí a 
chamar-se patrimonial.
Juntando-se ambas as palavras obtém-se balanço patrimonial, 
equilíbrio do patrimônio, igualdade patrimonial.
O balanço patrimonial é a demonstração utilizada para 
refletir a posição financeira e patrimonial da empresa em dado 
momento. É o relatório de maior utilização pelas empresas e 
tem como finalidade demonstrar a posição de bens, direitos e 
obrigações da empresa em determinado momento, evidenciando 
a situação líquida. Caracteriza-se como importante instrumento 
para análise da estrutura de capital e da capacidade de pagamento 
da empresa. 
SAIBA MAIS
Para se aprofundar acerca do conteúdo de balanço patrimonial, 
acesse o site: https://bit.ly/2Gd32MO.
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 66eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 66 27/05/2020 16:55:5127/05/2020 16:55:51
Fundamentos Contábeis 67
O Estudo das Contas 
Para controle do patrimônio a contabilidade quantifica e 
qualifica, então, para qualificar, são dados nomes às contas.
É uma forma de padronizar e linguagem de apresentação 
dos relatórios e informações que serão apresentadas aos 
interessados.
Conta é a representação contábil de elementos patrimoniais 
que aprentam semelhanças ou que são iguais em características.
As contas trazem informações do que a entidade possui e 
qual o valor que ela possui. Quanto ganhou e como foi o ganho.
O contador pode criar a quantidade de contas necessárias 
para registrar os fatos economicos de uma entidade, o que 
importa é que essas contas proporcionem o entendimento do 
que/ de que valor/como foi.
Para reforçar o entendimento, as contas são criadas para 
registrar os fatos nos livros contábeis. Essas contas representam 
os elementos patrimonias, aqueles que compoem o ativo e o 
passivo e que aparecem basicamente no Balanço Patrimonial. É 
importante ressaltar, que além dessas contas, é necessário criar 
contas que expliquem os gastos e os rendimentos, neste caso 
então, as contas para representar as despesas e as receitas. 
Saldos e movimentos
Durante determinado período de registro, suponhamos 
que existam vários fatos que se refiram à mesma conta, logo, o 
valor final, o somatório da movimentação é chamado de saldo 
da conta.
O saldo inicial de determinada conta é o valor do saldo 
final que vem de um período anterior àquele em que se iniciará 
os registros.
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Fundamentos Contábeis68
“O movimento da conta pode ser dividido em dois: 
movimento que aumenta e movimento que diminui o saldo. 
Utilizando a nomenclatura de débito e crédito, seriam dois tipos 
de movimentos de contas: movimento a débito (aumento de 
saldos devedores e diminuição de saldos credores) e movimento 
a crédito (aumento de saldos credores e diminuição de saldos 
devedores).” (Padoveze, 2014).
Plano de contas
Utilizar um plano de contas para o lançamentos dos fatos 
é como “arrumar a própria casa”, localizamos os itens e a que 
setor corresponde. Assim, o plano de contas é um: 
“Agrupamento ordenado de todas as contas 
que são utilizadas pela Contabilidade dentro de 
determinada empresa. Portanto, o elenco de contas 
é considerado indispensável para os registros de 
todos os fatos contábeis”. (MARION, 1998) 
Podemos dizer que a função de um plano de contas é 
possibilitar o registro dos fatos contábeis de forma ordenada. É 
uma classificação e acumulação de dados resumida, qualificada 
e quantificada de fácil visualização e entendimento.
Uma empresa organizada, padroniza suas contas em 
sistemas integrados, de forma que outros setores possam utilizar-
se desse padrão e realizar e analisar os registros de informações. 
Podemos observar esse modelo na inserção de itens de estoque 
de materia prima, que compoe tanto a quantidade disponível 
em estoque, sendo essa mesma informação utilizada pela 
contabilidade, pelo setor de contas a pagar e pela produção.
Para montarmos um plano de contas, devemos ter em mente 
alguns parâmetros de forma que a ferramenta seja util e prática.
Segue abaixo algumas recomendações para a elaboração 
do plano de contas:
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Fundamentos Contábeis 69
a. Atender às necessidades específicas de cada empresa 
e às necessidades de informação dos principais usuários dos 
relatórios; cada empresa se difere em tamanho, ramo de atividade 
e outras caracteristicas que devem ser adaptadas;
b. A classificação deve partir do geral para o particular;
c. Deve ser codificado;
d. Os agrupamentos devem ser feitos pensando nos 
relatórios que eles se originarão;
e. Os títulos das contas devem refletir os elementos 
patrimoniais que representam;
f. Deve ter operacionalidade e flexibilidade;
g. Deve atender a uma estrutura e ordem, já que as contas 
são subdividas de acordo com sua essencia e característica.;
h. Atender Às necessidades legais societárias e fiscais.
Estrutura Básica
 �Conta (Ativo, Passivo, PL, Resultados...)
 � Grupo de Contas (Circulante, L.P. Permanente, ....)
 �Conta do Grupo (Caixa, Fornecedores, Reservas...) 
Contas sintéticas e analíticas – obtenção de saldos
Normalmente para a tomada de decisão ou para 
conhecimento da situação econômica da empresa, os gestores 
visualizam relatórios contábeis gerados pela contabilidade, 
assim como outros usuários também avaliam relatórios com 
diversas finalidades e tipos de decisões.
Alguns relatórios trazem a transcrição das contas de 
forma sintética, ou seja simplificada, resumida. Normalmente se 
constituem nos planos de contas de menor grau. Quanto menor 
o grau da conta, mais sintético é o seu saldo, ou seja, o saldo 
representa um resumo muito maior do que outras contas.
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Fundamentos Contábeis70
Informações resumidas e breves:
Tabela 7: Exemplo de demonstração das contas de forma sintética
Fonte: O Autor
Ativo Passivo
Total Ativo R$ 340 Total do Passivo R$ 340
Uma conta analítica, é mais detalhada, se configura quando 
a obtenção de seu saldo é conseguida através de lançamentos, ou 
seja, através de registro de cada fato administrativo, em resumo, 
elas representam os elementos patrimoniais em seu maior grau 
de detalhamento. 
Exemplo de contas analíticas, contendo os subtotais. Ativo 
Total = 150. Circulante = 50, ou do Ativo Circulante Disponível 
50, ou ainda, o valor do Ativo Circulante Disponível Caixa =10; 
e o valor do Ativo Não CirculanteImobilizado Máquinas = 100.
Tabela 8: Exemplo de demonstração das contas de forma analítica
Fonte: O Autor
Outro exemplo:
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Fundamentos Contábeis 71
Plano de contas Sintético.
Somente o saldo do ativo e do passivo.
Plano de contas Analítico.
Saldo da Conta Fornecedor João da Esquina, que pertence 
ao Passivo Circulante, com seu saldo total além de outras 
subcontas formadoras do subgrupo, finalizando com o total do 
Passivo, compostos pelos subgrupos e subtotais.
Classificação das contas do Ativo e do 
Passivo – Subgrupos de contas
Classificação do Ativo e passivo de acordo com a lei 
6.404/76:
As contas são agrupadas em subgrupos para facilitar o 
conhecimento e a análise da situação da entidade, ou da empresa. 
No ativo, as contas aparecem dispostas em ordem 
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, 
ou seja, quanto maior a facilidade de liquidação aparecerá mais 
ao topo no Balanço Patrimonial.
 �Ativo Circulante;
 �Ativo Não Circulante;
 �Ativo Realizável a Longo Prazo;
 � Investimento;
 � Imobilizado;
 � Intangível.
Os Ativos Circulantes são todos aqueles que espera-se que 
sejam realizados ou consumidos durante o curso do exercício 
social. É o grupo que representa o dinheiro gerado pela empresa 
para pagar suas contas de curto prazo.
Dentro do Ativo Circulante temos:
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Fundamentos Contábeis72
 �Disponibilidades: que são as contas de liquidez 
imediata, tais como o caixa, bancos conta corrente e aplicações 
financeiras de resgate imediato.
 �Contas a Receber: (contas que representam direitos de 
receber por vendas ou serviços prestados.
 �Estoques: estoques de mercadorias, materiais de uso e 
consumo, matérias primas, produtos em fabricação e produtos 
acabados.
 �Títulos, Valores Mobiliários e bens: as aplicações 
financeiras não alocadas em Disponibilidades e com prazos de 
vencimento/resgate até o fim do exercício seguinte a data de 
apresentação do Balanço; e os ativos destinados à venda, que 
não sejam estoques e espera-se que sejam realizados no curso do 
exercício seguinte à apresentação do balanço;
Ativos Não Circulantes são aqueles em que espera-se que 
sejam realizados após o término do exercício social seguintes. 
A liquidez dos elementos patrimoniais pertencentes a este 
subgrupo são menores, ou seja, demandam de maior tempo para 
serem liquidados. E ao contrário do circulante, são recursos de 
longo prazo.
 �Ativo Realizável a Longo Prazo (art. 179, II, Lei 
6.404/76): mesma natureza dos Ativos Circulantes, mas que, 
entretanto, serão realizados ou consumidos apenas após o 
término do exercício seguinte à apresentação do Balanço. 
 � Investimentos (art. 179, III, Lei 6.404/76): imóveis que 
a empresa eventualmente possua com a finalidade de locação 
ou valorização participações em sociedades coligadas (art. 243, 
§1ª, Lei 6.404/76), controladas.
 � Imobilizado (CPC 27 e art. 179, IV, Lei 6.404/76): 
todas as contas que representem bens materiais (corpóreos, 
tangíveis) que sejam mantidos pela empresa com a finalidade 
de produção ou fornecimento de mercadorias e serviços, para 
locação, ou para fins administrativos, e que se espera utilizar 
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Fundamentos Contábeis 73
para além do exercício seguinte à apresentação do balanço. 
Exemplos: terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis 
e utensílios, veículos, instalações, computadores, etc. 
 � Intangível: os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos ligados à manutenção da empresa ou exercidos com 
esta finalidade.
No Passivo, as contas seguem a ordem da exigibilidade e 
do prazo de vencimento, ou seja, primeiro aparecem as contas 
que representam obrigações com terceiros e têm vencimento a 
curto prazo, seguindo para as de vencimento a longo prazo e 
depois as contas não exigíveis.
As contas serão classificadas nos seguintes subgrupos: 
 � Passivo circulante; 
 � Passivo exigível a longo prazo; 
 � Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas 
de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou 
prejuízos acumulados. 
No Passivo Circulante, aparecem todas as obrigações da 
entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do 
ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. 
Temos como exemplo os Fornecedores, contas a pagar, salários 
a pagar, etc. 
No passivo não circulante estão Todas as obrigações da 
entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos 
do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício 
seguinte. Exemplos de contas: empréstimos a longo prazo; 
financiamentos a longo prazo, etc.
E por fim, no Patrimônio Líquido, a diferença entre o valor 
dos ativos e dos passivos. O mesmo é constituído por Capital 
Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, 
Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos 
Acumulados.
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Fundamentos Contábeis74
Veja como fica um Balanço Patrimonial seguindo um 
plano de contas:
Tabela 9: Balanço Patrimonial gerado a partir de um plano de contas
Fonte: O Autor
Conceito de curto e longo prazo
Muitas vezes estamos acostumados a ouvir falar sobre 
curto e longo prazo pelo entendimento da Gestão Financeira, 
que classifica o longo prazo como sendo contas ou contratos de 
5 ou 10 anos, porém, para a contabilidade, o conceito de custo e 
longo prazo é bem diferente. 
Curto prazo é o período que compreende 12 meses, ou 
sejam, emglobam as contas que se extinguem em no máximo 1 
ano. O longo prazo, por sua vez, ultrapassa os 12 meses, abrange 
um período maior do que 1 ano. 
Curto Prazo  até um ano (conceito geral).
Longo Prazo  Período acima de um ano.
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Fundamentos Contábeis 75
Figura 7: Linha do tempo de Curto e Longo prazo
Fonte: O Autor
Classificação das contas pelo sistema 
patrimonial
A classificação acontece visando os dois relatórios básicos 
de uma sistema de informação contábil que são:
a. Balanço Patrimonial;
b. Demonstração de Resultado do Exercício.
De acordo com essa observação, podemos classificar as 
contas em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais e Contas 
de Resultado.
 �Contas Patrimoniais
A definição das contas patrimoniais já estudamos nesta 
mesma unidade, elas representam os elementos patrimoniais 
componentes no Ativo e no Passivo, representando os bens, 
direitos e obrigações. São as contas que compõem o BALANÇO 
PATRIMONIAL.
Essas contas são consideradas permanentes, pois entende-
se que enquanto houver saldo em determinada conta, ela 
aparecerá no Balanço. Os valores de saldo poderão se alterar, no 
entanto, a conta persiste.
A conta Banco Conta corrente, embora sofra alterações em 
seu saldo, desde que ela se mantenha existindo, vai continuar 
compondo o patrimônio, ou plano de contas.
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Fundamentos Contábeis76
 �Contas de Resultado
As contas de resultado são compõem outro grande grupo 
de contas, com as quais o contador vai auferir o resultado obtido 
pelas atividadesde uma empresa. Para o resultado, temos dois 
tipos de contas:
a. Contas de despesas e receitas;
b. Contas de apuração.
As contas de despesas e receitas tem as função de registrar 
ganhos e gastos e não representam nenhum elemento patrimonial, 
são utilizadas apenas para o segundo relatório contábil que é a 
Demonstração de Resultado do Exercício.
As Receitas pode ser explicada como um fluxo de elementos 
para o Ativo, sem correspondente aumento de passivo, na forma 
de dinheiro, títulos a receber ou outros tipos de bens e dinheiros 
provenientes de terceiros, estando sempre relacionada com a 
venda de mercadorias ou produtos, ou à prestação de serviços.
Representam os valores, proveniente das operações de 
uma empresa, que ela recebe ou tem previsão de receber. Por 
exemplo:
 �Receitas de serviços;
 �Receitas de aluguel; 
 �Receitas de vendas;
 �Receitas financeiras; etc.
As despesas são gastos decorrentes do uso de bens ou 
serviços realizados com o objetivo de obter uma receita. Um 
administrador faz propaganda esperando atrair clientes, contrata 
empregados a fim de ser serviço por eles, aluga locais onde possa 
estabelecer seus negócios – em todas essas atividades, ele utiliza 
bens ou serviços com o objetivo de gerar receita, incorrendo, 
portanto, em uma despesa.
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Fundamentos Contábeis 77
Não se deve confundir CUSTO com Despesa. CUSTO É 
O PREÇO PELO QUAL SE OBTÉM UM BEM, DIREITO OU 
SERVIÇO.
 “O custo é o preço pelo qual se obtém um bem, direito ou 
serviço. Por extensão é também o montante do preço da matéria-
prima, da mão-de-obra e de outros encargos incorridos para a 
produção de bens e serviços. É, pois, tanto o preço pelo qual um 
bem ou serviço é adquirido, como o preço incorrido no processo 
interno da empresa para a prestação de serviços ou a obtenção de 
bens, para venda ou uso interno. O custo, num primeiro momento 
não acarreta alteração no Patrimônio Líquido, uma vez que tais 
gastos farão parte de um ativo (produto acabado, imóveis em 
construção, etc.). Ele só altera o Patrimônio Líquido quando o 
bem ao qual foi agregado é vendido.” (Muller, 2010).
Estas são denominadas contas transitórias, pois aparecem 
apenas no último período analisado, ou seja, elas são abertas no 
primeiro dia de cada período analisado, com saldo igual a zero; 
ao longo do período, recebem saldo cumulativo.
Todas as contas de despesas e receitas são lançadas 
apurando-se o Lucro (Saldo Credor) ou Prejuízo (Saldo 
Devedor).
Os possíveis resultados obtidos podem ser os seguintes:
 LUCROS 
RECEITAS MAIORES QUE DESPESAS E CUSTOS
 PREJUIZOS 
RECEITAS MENORES QUE DESPESAS E CUSTOS
 SITUAÇÃO NULA
RECEITAS IGUAIS AOS CUSTOS E DESPESAS
 �Encerramento das contas de Resultado
É válido lembrar que as contas de resultado têm caráter 
transitório, ou seja, elas são abertas no início de um período, com 
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Fundamentos Contábeis78
saldo zero, recebem a acumulação de valor (dados de receita 
ou despesa) do período em questão e são encerradas ao final. O 
confronto entre as receitas e despesas vão auferir o resultado do 
exercício que poderá ser lucro ou prejuízo, retornando as contas 
de despesa e receita para o saldo zero.
Isto ocorrer porque não se pode confundir os dados ou os 
saldos dessas contas em períodos diferentes e esse processo de 
zerar os saldos chamamos de encerramento das contas.
É uma exigência legal. As empresas são obrigadas a 
encerrar as contas de resultados, estas não poderão apresentar 
saldos nem credor nem devedo para o início do próximo período 
contábil.
1º. Criar conta de apuração Lucros e perdas (que 
servirá de Resumo de todas as contas de resultado - 
Receitas, custos e despesas. Também podemos chamar 
de ARE – Apuração do Resultado do Exercício.
2º. Transferir para a conta Lucros e perdas (ou 
ARE) os resultados das contas de Receitas, Custos 
e Despesas. Assim as contas de despesas terão 
um lançamento a crédito no valor total de seu 
saldo final, em contrapartida o débito em Lucros e 
Perdas. Ao contrário, as contas de Receita terão um 
lançamento de débito zerando seus saldos de um 
lançamento de crédito na conta Lucros e perdas.
3º. O processo de encerramento da conta de 
Lucros e Perdas é o lançamento final que fecha 
o balanço. Transfere-se para uma conta no 
Patrimônio Líquido, denominada Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, encerrando-a.
Regime de caixa e regime de competência
Lembra da Unidade I, onde vimos o princípio da 
competência? Esse princípio define a forma e o tratamento do 
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Fundamentos Contábeis 79
fato e o período em que deve ser considerado para registro e para 
a apuração do resultado.
 �Regime de competência: Regime universalmente adotado
É o critério aceito e recomendado pelo Imposto de Renda.
Neste regime as Receitas são contabilizadas/registradas 
no período em foi gerada (independente do recebimento) e as 
Despesas são contabilizadas/registradas no período em que 
foi consumida, independente do pagamento ter sido, ou não, 
realizado; 
D.R.E  Lucro apurado observando-se as ocorrências 
do período
Toda despesa gerada no período (mesmo que ainda não 
tenha sido paga) será subtraída do total da receita, também gerada 
no mesmo período (mesmo que ainda não tenha sido recebida).
 �Regime de caixa: Aplicação restrita (entidades sem 
fins lucrativos) 
Neste Regime o registro das Receitas é realizado no 
momento do recebimento do dinheiro; e as Despesas são 
registradas no momento do pagamento;
D.R.E  Lucro apurado = Receitas Recebidas X 
Despesas Pagas 
O Regime de Caixa somente é admissível em entidades 
sem fins lucrativos, em que os conceitos de receita de despesa se 
identificam, algumas vezes, com os de recebimento e pagamento.
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Fundamentos Contábeis80
Mecanismo de Débito e Crédito
Vamos relembrar um pouco mais da unidade 1: MÉTODO 
DAS PARTIDAS DOBRADAS = PARA TODO DÉBITO 
EXISTE UM CRÉDITO DE IGUAL VALOR.
Os lançamentos da movimentação tanto das contas 
patrimoniais quanto das contas de resultado devem ser realizados 
obedecendo o mecanismo de débito e crédito, com os quais serão 
auferidos saldo Devedor e Saldo Credor conforme a conta em 
questão.
Para saber como realizar o registro conforme as contas 
devemos entender a NATUREZA DAS CONTAS.
Todas as contas que representam Aplicação de recursos têm 
natureza devedora, logo seus saldos deverão ser sempre a débito.
Logo, todas as contas que representam Origem de recursos 
têm natureza credora, logo seus saldos deverão ser sempre a crédito.
Vamos observar o quadro abaixo para balizar o registro 
dos lançamentos:
Tabela 10: Esquema de lançamento das contas conforme o mecanismo de débito e crédito
Fonte: O Autor
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Fundamentos Contábeis 81
Explicando a tabela: 
 �Quando se tratar de contas patrimoniais, que são contas 
consideradas permanentes, se a conta for do Ativo (aplicação de 
recursos) e estiver entrando um elemento, ele deve ser registrado 
a débito, porém, se estiver saindo, o registro deverá ser feito a 
crédito.
Se for uma conta do Passivo (origem de recurso) e estiver 
uma nova obrigação para ser registrada, a mesmadeverá ser 
lançada a crédito. Apenas se a obrigação estiver sendo saldada, 
então deverá ter o seu valor lançado a débito.
 �Quando se tratar de contas de resultado, que são 
temporárias, no caso das receitas que são origem de recursos 
o registro deve ser feito a crédito. Já os custos e as despesas 
(aplicação de recursos), devem ser seus saldos lançados a débito.
DÉBITO é um lançamento que aumenta um saldo devedor.
CRÉDITO é um lançamento que aumenta um saldo credor .
Regras básicas para lançamento de débito e crédito: 
DEVEDOR É INVERSO DE CREDOR
 Tudo o que aumenta um saldo DEVEDOR é um débito
 Tudo o que diminui um saldo DEVEDOR é um crédito 
 Tudo o que aumenta um saldo CREDOR é um crédito
 Tudo o que diminui um saldo CREDOR é um débito
Para facilitar os registros e lançamentos a débito e a crédito, 
a contabilidade utiliza o que chamamos de razonete. É um método 
ou uma ferramenta para realizarmos o lançamento dos valores a 
débito ou a crédito e ao final gerarmos o saldo da conta. 
Ele se assemelha ao livro razão, porém, sintetizado, por 
isso o nome razonete – por apresentar uma forma reduzida.
A disposição do mesmo é em forma de T.
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Fundamentos Contábeis82
Figura 8: Modelo de razonete
Fonte: O Autor
RESUMO DOS LANÇAMENTOS POR ÁREAS 
CONTÁBEIS 
ATIVO tem saldo DEVEDOR:
a. Todo AUMENTO de saldo significa um lançamento a 
DÉBITO
b. Toda DIMINUIÇÃO de saldo significa um lançamento 
a CRÉDITO. 
PASSIVO tem saldo CREDOR:
a. Todo AUMENTO de saldo significa um lançamento a 
CRÉDITO
b. Toda DIMINUIÇÃO de saldo significa um lançamento 
a DÉBITO 
DESPESAS são redutoras de PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Patrimônio Líquido é do PASSIVO, que tem saldo 
CREDOR. PORTANTO, toda DESPESA É DÉBITO, porque 
diminui um saldo credor (patrimônio líquido) 
RECEITAS são aumentativas de PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO, PORTANTO, toda RECEITA é CRÉDITO, porque 
aumenta um saldo CREDOR (o Patrimônio Líquido).
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Fundamentos Contábeis 83
O grande trabalho para se saber se é débito ou crédito está 
centrado em: 
1. Identificar os elementos patrimoniais alterados pelo fato;
2. Saber se aumenta ou diminui o saldo do elemento alterado. 
Aquisição de Estoque de mercadoria, no valor de R$ 
30.000,00 a ser pago a prazo para o Fornecedor.
 �Explicando o lançamento: Na conta Estoque de 
mercadoria, temos o lançamento a débito (entrada de elemento 
patrimonial = aplicação de recurso) e na conta Fornecedores, 
temos o lançamento do mesmo valor a crédito (entrada de uma 
obrigação, elemento patrimonial = origem de recurso).
a. Baixa do Estoque de mercadoria pelo preço de custo;
b. Pagamento de fornecedor utilizando dinheiro do caixa, 
cujo saldo é de R$ 40.000,00.
Situação a:
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Fundamentos Contábeis84
Situação b:
Os dois exemplos acima podemos observar como 
funciona os registros a débito e a crédito, obedecendo as regras 
de lançamentos conforme natureza da operação. Também é 
possível observar a atualização dos saldos das contas.
Balancete de verificação
Vamos relembrar mais um assunto da Unidade I, os registros 
nos livros Diário e Razão. Principalmente o segundo! No livro 
Razão é apurado o saldo das contas e a sua movimentação.
Com o intuito de simplificar a observação e o resultado 
dos saldos das contas ou o próprio esquema do livro razão, foi 
elaborado o Balancete de Verificação.
“O Balancete nada mais é do que a simples 
listagem das contas, contendo o nome delas e o 
seu saldo, colocando os saldos devedores numa 
coluna e os saldos credores em outra. A palavra 
verificação vem do fato de que o balancete 
também serve para, num primeiro momento e 
numa análise superficial, verificarmos se o total 
dos saldos devedores é igual ao total dos saldos 
credores e para podermos constatar se o método 
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Fundamentos Contábeis 85
das partidas dobradas foi obedecido em todos os 
lançamentos e que deram origem aos saldos das 
contas.” (Padoveze, 2014).
O balancete é uma espécie de relatório que antecede e 
auxilia na elaboração dos demais relatórios como a Demonstração 
de Resultado e o Balanço Patrimonial.
Tabela 11: Modelo de balancete de verificação
Fonte: O Autor
É importante diferenciarmos o Balancete do Balanço 
Patrimonial. Ambos são relatórios distintos e a grande diferença 
é que no balancete aparecem todas as contas, inclusive as de 
resultado (Receitas, custos e despesas).
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Fundamentos Contábeis86
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que o Objeto de estudo da 
Contabilidade é o Patrimônio e que todos os métodos são uma 
engrenagem para controlar as mutações do mesmo. Basicamente 
o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de 
uma entidade. Esses elementos são divididos em dois grandes 
grupos, o ativo e o passivo. No primeiro, estão os bens e 
direitos, considerados elementos patrimoniais positivos e no 
segundo, estão as obrigações que são consideradas elementos 
patrimoniais negativos. Além das contas patrimoniais, existem 
as contas de resultado, que são as receitas, custos e despesas, 
que finalmente resultarão em Lucros ou Prejuízos. O registro 
de todos os fatos que envolvem os elementos patrimoniais ou 
de resultado devem ser lançados obedecendo o mecanismo do 
débito e do crédito e ao final, podemos fazer uma conferência de 
dados através do balancete de verificação, que deverá apresentar 
um valor equilibrado entre os saldos de débito e de crédito.
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UNIDADE
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UNIDADE 03
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Fundamentos Contábeis88
Lá vamos nós para mais um mundo de descobertas e 
aprendizado! Você aprendeu muita coisa sobre a contabilidade, 
mas ainda há muitas outras coisas à saber, como por exemplo, 
como se forma o capital de uma empresa, como são os lançamentos 
de todas as contas que formam o Patrimônio. Agora você vai 
aprender a aplicar as técnicas e métodos de débito e crédito e isso 
vai elevar o seu conhecimento na área para um nível superior! 
Nesta unidade vamos trabalhar juntos como fazer os registros 
contábeis dos ativos, dos passivos e entender melhor as contas 
de resultado e como elas são tratadas. Os registros contábeis 
são realizados com o intuito de gerar relatórios de fácil leitura e 
instrução com relação ao patrimônio de determinada entidade. 
Os lançamentos são balizados pelos princípios contábeis que 
atendem às Normas Brasileiras da Contabilidade – NBC, 
portanto, sofrem alterações para se manterem em consonância 
com as normas brasileiras e internacionais. Entendeu? Ao longo 
desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Fundamentos Contábeis 89
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é 
auxiliar você no desenvolvimento, aprendizagem e o alcance das 
seguintes competências profissionais até o término desta etapa 
de estudos:
OBJETIVOS
1 Compreender como ocorre a constituição de uma 
empresa, o a formação de capital e como funciona 
o os métodos e técnicas de registro das contas 
contábeis;
2 Aplicar as técnicas de lançamentos das contas 
a débito e crédito nas contas do Ativo, Passivo e 
Resultados;
3 Identificar e solucionar problemas relacionados 
a registros incorretos e em desacordo com os 
princípios basilares da contabilidade;
4 Executar os procedimentos de registros e lança-
mentos contábeis .
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Fundamentos Contábeis90
Registro contábil
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a constituição de capital de uma empresa. Tudo o que 
você conhece até então será ampliado com a visão da contabilidade. 
Você compreenderá como se inicia uma pessoa jurídica portadora 
de bens que proporcionarão o desenvolvimento da atividade que a 
tornará uma empresa em crescimento. Entenderá como é realizado 
o registro do capital inicial e dos itens patrimoniais que estarão 
compondo essa empresa. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
Constituição de uma empresa e 
procedimentos contábeis
Vamos supor que você e um amigo estudaram o mercado 
e entenderam que há um nicho a ser explorado que casa 
perfeitamente com as habilidades que vocês têm, então, iniciam 
um projeto. Ao estudar o plano de negócios, percebem que será 
necessário o investimento em alguns bem, tais como máquinas, 
equipamentos e estrutura física. Além disso, será necessário um 
estoque inicial de matéria prima e algum dinheiro em caixa. Até 
aí, tudo bem, pois vocês têm tudo isso em mãos e uma grande 
energia para gastar com o novo negócio.
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Fundamentos Contábeis 91
Figura 1: Necessidade de investimento em alguns bem, tais como máquinas, 
equipamentos e estrutura física e capital de giro – dinheiro, estoques
Fonte: Freepik
Ao iniciar uma empresa, procure um contador. Há um 
caminho a ser percorrido para iniciar sua empresa de forma legal 
e correta!
Para formalizar o negócio será necessário procurar um 
contador, pois será ele que dará andamento à abertura da empresa, 
como todos os processos formais e de registro junto aos órgãos 
necessários. Junto aos procedimentos de inicio da sociedade e 
registro da pessoa jurídica, são realizados os registros do Capital 
investido pelos sócios. Dentre os registros a serem realizados, os 
principais são os seguintes:
 �Contrato social, estatuto social ou requerimento. Após a 
formalização do contrato social, definindo o objeto do contrato e 
as clausulas que regem a sociedade, o mesmo deve ser registrado 
na Junta Comercial, tanto o caso de empresário individual, como 
para o caso de empresas com atividade mercantil e ou/comercial 
e prestação de serviços.
 �Registro federal. Realizado na Receita Federal por 
meio do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
 �Registro estadual. Realizado na Receita Estadual e 
obrigatório apenas para atividades de comércio, indústria e de 
alguns tipos de serviços, tais como transportes de cargas e outros 
que possam ser tributados no âmbito do imposto estadual (ICMS 
– Imposto sobre Circulação de Mercadoria e de Serviços).
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 �Registro municipal. Realizado na Prefeitura Municipal 
através do Alvará de localização e funcionamento, que é liberado 
pelo corpo de bombeiros, saúde pública e outros, após vistoria 
e constatação de instalação e uso de itens necessários ao correto 
funcionamento da atividade naquele local.
 �Registros especiais. Para o caso de algumas atividades 
específicas, tais como: Representações comerciais (CORE), 
Engenharia e Arquitetura (CREA), Turismo (EMBRATUR), 
Instituições Financeiras (BACEN), auditoria (CVM), etc.
Como as empresas são iniciadas com o intuito de 
mercantilismo ou prestação de serviços é importante lembrar que 
podem ser formadas por uma ou mais pessoas físicas, podendo 
ser intitulada como sociedade empresária ou simples. 
Figura 2: A partir de duas pessoas físicas, forma-se uma sociedade empresária
Fonte: Freepik
Considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro e 
considera-se simples, as demais.
Quanto às Sociedades por ações, muito comentadas no 
mercado financeiro, qualquer que seja seu objeto, são sempre 
comerciais. De acordo com a legislação brasileira os tipos de 
sociedade são:
 � Sociedade simples;
 � Sociedade limitada;
 � Sociedade em conta de participação;
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Fundamentos Contábeis 93
 � Sociedade anônima;
 � Sociedade em comandita simples
 � Sociedade cooperativa.
Os tipos mais comuns são a sociedade limitada e a 
sociedade anônima. Na prática, o contrato ou estatudo social é o 
documento que fixa o exercício soocial de determinada empresa, 
devendo compreender, obrigatoriamente o período de 12 meses. 
O exercicio social não precisa odedecer exatemente o ano 
civil, já que as empresas não têm regras e datas para abertura, 
no entanto, devido aos períodos de entrega das demonstrações 
contábeis e da legislação societária e tributária, principlamente 
o regulamento do Imposto de Renda, as pessoas jurídicas, 
compatibilizam essas datas.
Essas demonstrações a serem levantadas, que são relatórios 
financeiros ou contábeis estão previstas no artigo na Lei no. 
6.404/76 e são elas:
 �Balanço Patrimonial;
 �Demonstração do resultado do exercício – DRE;
 �Demonstração dos lucros ou prejuizos acumulados 
– DLPA, ou ou Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido – DMPL;
 �Demonstrações dos fluxos de caixa – DFC – em alguns 
casos;
Existem alguns outros relatórios que devem ser gerados e 
divulgados, porém são exigências a alguns tipos de sociedades, 
tais como a demonstração dos fluxos de caixa – DFC para as 
empresas com Patrimônio Líquido acima de 2 milhoões e a 
demonstração do valor adicionado (DVA) e notas explicativas 
para as sociedades anônimas.
Existem ainda outras expecificações sobre as sociedades, 
tais como os requisitos de enquadramento no regime tributário. 
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Fundamentos Contábeis94
Figura 3: Qual regime de tributação adotar?
Fonte: Pixabay
O que os sócios devem saber para estabelecer o porte da 
empresa e o tipo de enquadramento mais adequado é basicamente 
a previsão do faturamento, a previsão das despesas, margem de 
lucro e gastos com funcionários. Assim, o negócio poderá ser 
defi nido como microempresa (ME), empresa de pequeno porte 
(EPP), microempreendedor individual (MEI) ou empresa de 
médio e grande porte. Sabendo dessas informações será possivel 
optar pelo tipo de regime a ser tributário, podendo sero Simples 
Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real – os mais utilizados 
no Brasil.
O regime de tributação também estrelado ao tipo de objeto 
social, havendo algumas particularidades e exigências em lei que 
podem excluir a possibilidade de enquadramento no Simples, 
por exemplo.
Após a providencia dos documentos de formalização, 
como fi cará os registros dos bens e obrigações dessa entidade? 
Como será formado o Patrimônio da mesma?
Antes de iniciarmos o passo a passo do registro é importante 
relembrarmos do método utilizado pela contabilidade para 
registrar qualquer tipo de fato. Então, vamos lembar do método 
das partidas dobradas e de mais alguns conceitos e relações das 
contas.
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Fundamentos Contábeis 95
Primeiramente, conforme tabela abaixo, temos:
Tabela 1
Empresa X
Aplicações Origens
Ativo Passivo
Bens e Direitos Obrigações + PL
Natureza Devedora Natureza Credora
As aplicações de recursos compreendem as contas do 
Ativo, onde ficam demonstrados os bens e direitos. As origens 
de recursos compreendem as contas do Passivo, onde ficam 
demonstradas as obrigações. As contas de aplicações de recursos 
têm natureza devedora, enquanto as contas de origens de recursos 
têm natureza credora.
O método das partidas dobradas: metodologia utilizada 
na contabilidade para registrar os fatos e as transações de uma 
entidade: a cada débito (s) existe (m) um ou mais crédito (s) de 
igual valor.
 �Débito representa para onde foi destinado – aplicado o 
recurso da transação.
 �Crédito representa a fonte (orgiem) da transação.
O destino – aplicação dos recursos: bens e direitos e para as 
operações.A fonte (origem) dos recursos: próprios, de terceiros 
e das operações.
Em seguida, outra regra importante a lembrarmos é a 
seguinte:
Tabela 2: Regra de registro dos fatos para as contas de ativo e passivo.
Operação Debita Credita
Ativo Entra x
Sai x
Passivo Entra x
Sai x
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Fundamentos Contábeis96
Importante retomar a questão da tabela acima, que 
diferencia os tipos de lnaçmanetos de acordo com a classificação 
ativo ou passivo e tipo do fato, se movimenta entrada ou saída de 
ativos; ou, entrada ou saída de obrigações.
Agora, para concluirmos nossa revisão, os registros são 
realizados em dois tipos de livros obrigatoriamente, ou seja, em 
dois formatos: livro diário e livro razão. 
No livro diário, depreenchimento obrigatório (exigido por 
lei), são lançadas as operações diárias da empresa, obedecendo 
ordem cronológica e o método das partidas dobrads.
No livro razão, fundamental ao processo contábil e exigido 
pela legislação brasileira para empresas cuja tributação do 
Imposto de Renda seja com base no Lucro Real, os lançamentos 
são realizados pelo método das partidas dobradas, porntato, por 
conta. Em nossos exemplos, para faciliatar o entendimento, 
vamos realizar o registro nos razonetes, que utilizam a essencia 
dos lançamentos em razão, porém, é uma técnica contábil para 
levantamento do saldo de cada conta individualmente.
E finalmente, à documentação e registros, para a abertura 
da escrita contábil da empresa, tem-se os lançamentos de 
subscrição do capital e, em seguida, a integralização total ou 
parcial do capital subscrito. A integralização do capital social 
poderá ser efetuada em dinheiro ou em bens móveis ou imóveis 
suscetíveis de avaliação em dinheiro.
Quando uma empresa é iniciada, aberta, seus sócios 
atribuem um valor de investimento. Quando é uma empresa 
do tipo “sociedade limitada” o valor é representado por quotas, 
enquanto, se a empresa é do tipo “sociedade anonima” é 
representado por ações. Essa atribuição de valor do investimento 
corresponde a uma promessa de “depósito” ou integralização 
desse valor em determinada data. Quando esse capital subscrito 
é efetivamente integralizado, ele passa a ser chamado de capital 
integralizado. 
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Fundamentos Contábeis 97
O capital pode ocorrer na forma dinheiro ou na disposição 
de bens, como máquinas, automóveis ou imóveis. A subscrição 
de capital deve ser feita por meio de um documento, com o claro 
estabelecimento de direitos e deveres para todos os envolvidos 
no processo.
No caso da abertura de uma empresa, o contratoé a forma 
jurídica – ato. A essencia do lançamento, só ocorrerá quando do 
ususfruto do objeto do contrato (fato).
SAIBA MAIS
Registro do Capital Social na abertura 
da empresa
Vamos então à contabilização da subscrição do capital.
Inicia-se pelo capital subscrito que é o valor total do compromisso 
de contribuição firmado pelos sócios (em dinheiro ou em bens), 
por meio de contrato social, na formação do capital da empresa. 
E, na sequencia, a contabilização da integralização do capital, 
que é a parte ou o total do capital subscrito, já recebido pela 
sociedade.
Para ilustrar e facilitar o entendimento da prática do 
registro do Capital Social vamos utilizar o seguinte exemplo:
Formação e registro da empresa Solutions Ltda.
Os sócios João e Joaquim constituíram uma sociedade 
por cotas de responsabilidade limitada. A cláusula do contrato 
social, relativa à forma da realização do capital, está redigida da 
seguinte forma:
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Fundamentos Contábeis98
Cláusula 4ª - O capital social é de R$ 30.000,00 (TrintaMil 
Reais), dividido em 30.000 (trinta mil) cotas de R$ 1,00 (Um 
Real) cada uma, a ser integralizado da seguinte forma:
a. João, 15.000 (quinze mil) cotas de R$ 1,00 (Um Real) 
cada uma, totalizando R$ 15.000,00 (Quinze Mil Reais), sendo 
que: 15.000 (quinze mil) cotas, totalizando R$ 15.000,00 
(Quinze Mil Reais) serão integralizadas neste ato em moeda 
corrente do País.
b. Joaquim, 15.000 (quinze mil) cotas de R$ 1,00 (Um 
Real) cada uma, totalizando R$ 10.000,00 (Quinze Mil Reais) 
integralizadas neste ato, e integralização do restante, após 120 
dias da assinatura do contrato.
Registros contábeis:
1º. Pela subscrição do capital social:
D - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido) R$ 
15.000,00
D - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido) R$ 
15.000,00
C - Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido) R$ 
30.000,00
Histórico: Valor do capital subscrito no valor de R$ 
30.000,00, dividido em 30.000 cotas de R$ 1,00 cada uma, 
conforme o contrato registrado na Junta Comercial, sendo 
15.000 cotas ao sócio João 15.000 quotas ao sócio Joaquim. 
Dois lançamentos na conta de “Capital a Integralizar” 
referente ao compromisso firmado pelos dois sócios, João e 
Joaquim.
2º. Integralização do capital:
Capital integralizado é a parte ou o total do capital 
subscrito, já recebido pela sociedade.
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Fundamentos Contábeis 99
D – Caixa (Ativo Circulante – disponível) R$ 15.000,00
D – Caixa (Ativo Circulante – disponível) R$ 10.000,00
C – Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 
15.000,00
C - Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 
10.000,00
Integralização total por parte do sócio A, e integralização, 
por parte do sócio B, da parte firmada em contrato no ato da 
assinatura do contrato.
3º. Integralização do capiltal no prazo de 120 dias:
Após os 120 dias da assinatura do contrato, o sócio B deve 
integralizaro restante do capital social. Segue a contabilização:
D – Cajxa (Ativo Circulante – disponível) R$ 5.000,00
C – Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 
5.000,00
O mesmo lançamento, realizado em razonetes, ou conta T:
1º. Pela subscrição do capital social:
Caixa Capital Social a Integralizar 
 D C D C 
 15.000,00 15.000,00 
 10.000,00 10.000,00 
 30.000,00 30.000,00 
2º. Integralização do capital:
Caixa Capital Social a Integralizar 
 D C D C 
 15.000,00 15.000,00 
 10.000,00 10.000,00 
 25.000,00 25.000,00
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3º. Integralização do capital no prazo de 120 dias:
Caixa Capital Social a Integralizar 
 D C D C 
 15.000,00 15.000,00 
 10.000,00 10.000,00 
 5.000,00 5.000,00 
 30.000,00 30.000,00 
Para ter uma visão mais clara do patrimônio dessa empresa, 
visualize abaixo o Balanço Patrimonial.
Balanço Patrimonial de abertura - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 30.000,00 
 Caixa 30.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Capital Social 30.000,00 
Total do Ativo 30.000,00 Total do Passivo 30.000,00
Já que estamos utilizando uma variação no termo “Capital” 
é importante falarmos um pouco mais desse assunto. Vimos na 
unidade 2 alguns significados para o termo, bem como pudermos 
obervar na prática, no exemplo anterior.
Capital
Retomando o conceito de origem e aplicação dos recursos, 
observamos no exemplo que utilizamos para subscrição e 
integralização do Capital social que o “capital” teve origem no 
Passivo – Patrimônio Líquido – Capital Social e sua aplicação, 
ocorreu no Ativo – Circulante – Disponível – Caixa. Logo, 
temos a seguinte definição: 
O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da 
empresa, seja por terceiros ou pelos proprietários (passivo ou 
patrimônio líquido).
Logo, vamos retomar um pouco os demais termos utilizados 
pela contabilidade:
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Fundamentos Contábeis 101
Capital social: também chamado de Capital Nominal ou de 
Capital integralizado, é o investimento dos sócios na empresa. 
Ele pode ser aumentado a partir de novas integralizações feitas 
pelos sócios ou até mesmo pela entrada de novos sócios.
Registro de Ativo e Passivo
Os ativos são as aplicações de recursos, ou seja, como 
os sócios aplicaram o capital social investido inicialmente. Ou 
também, como está sendo aplicado o capital vindo de terceiros. 
Em ambos os caso, teremos vários tipos de bens representando 
as aplicações. Vamos ver alguns exemplos.
1. Ao iniciar os negócios, os sócios integralizaram capital 
(Passivo – Patrimônio Líquido – Origem de Recursos) de forma 
parcial em dinheiro, máquinas e imóveis (Ativo – Aplicação de 
Recursos).
2. Para produzir, foi comprado matéria prima (Ativo – 
Aplicação), para pagar a prazo com o Fornecedor (Passivo – 
Origem , a partir de capital de terceiros).
3. Aquisição de máquina (Ativo – Aplicação) para a 
fábrica através de financiamento bancário (Passivo – Origem , a 
partir de capital de terceiros).
Além desses exemplos, exitem muitos, mas o importante 
aqui é entendermos que existem vários tipos de bens no ativo, 
aqueles de grau de liquidez imediata, tais como o dinheiro, que 
já é liquido, contas correntes em banco, duplicatas a receber, 
e os imobilizados aqueles que caracterizam bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da empresa.
Note que não temos como falar das contas do ativo sem 
mencionar as contas do passivo e vice e versa, pois muitas 
vezes, um altera o outro, então, a partir de agora, vamos estudar 
mesclando os dois grandes grupos do Patrimônio, considerando 
os principios conceituais básicos e a regulamentação de acordo 
com as leis.
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Fundamentos Contábeis102
A Lei no. 6.404/76, que regulamenta a existência das 
sociedades por ações (sociedades anônimas) determinou os 
relatórios a serem apresentados, estabeleceu os critérios de 
avaliação do ativo e passivo. Posteriormente, o Decreto-lei 
no. 1.598/77 aprovou em trmos fiscais de Imposto de renda 
as demonstrações financeiras sugeridas pela Lei 6.404-76 das 
S.A.´s, estendendo a sua obrigatoriedade para todas as outras 
formas de sociedades. 
Em atenção e obediência às leis, os relatórios financeiros e 
contábeis devem seguir o padrão estabelecido, com nomenclatura 
e contas apropriadas para o entendimento do fisco, dos gestores 
e demais usuários.
Para facilitar o entendimento, vamos observar a disposição 
das contas dentro do Balanço Patrimonial abaixo:
Tabela 3: Estrutura básica do novo formato do Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial , conforme Leis No. 6.404/76 e 11.941/09
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e bancos Empréstimos e Financiamentos
Aplicações Financeiras Títulos descontados
Títulos a receber de clientes Fornecedores
(-) Créditos de liquidação duvidosa Salários/Encargos a pagar
Estoques Tributos sobre mercadorias
Adiantamentos Tributos sobre lucro
Outros créditos Adiantamento de clientes
Despesas do exercício seguitne Dividendos e lucros a contribuir
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo Empréstimos e financiamentos
Títulos a receber Tributos refinanciados
Títulos mobiliários para negociação Mútuos de empresas relacionadas
Títulos mobiliários para venda Provisões contingentes
Créditos com pessoas ligadas Receitas (-) Despesas diferidas
Investimentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em empresas ligadas Capital Social
Em outras empresas (-) Ações em tesouraria
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Fundamentos Contábeis 103
Imobilizado Reservas de capital
Imóveis, Máquinas, Móveis, 
Veículos Ajustes de avaliação patrimonial
(-) Depreciação e exaustão 
acumulada Reservas de lucros
Intangível Lucros ou prejuizos acumulados
Gastos com aquisição ou geração 
de marcs, sofwares licenciáveis, 
patentes, etc. 
Outros resultados abrangentes
E por falar em novo formato, é importante saber um pouco 
mais sobre algumas alterações realizadas pra atender às práticas 
internacionais da Contabilidade.
Em dezembro de 2009, a Lei 11.941/09 complementou 
a Lei No. 11.638/07, consolidando as alterações necessárias. 
Então, a obrigatoriedade da apresentação das demonstrações 
contábeis ou financeiras, segundo as práticas internacionais 
da contabilidade, a partir de 1/1/2010 é obrigatório para todas 
as empresas e entidades brasieliras. Vamos listar abaixo, as 
principais alterações da Lei No. 11.404/76, pronunciada pelo 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis:
 � Substituição da nomenclatura Longo Prazo por Não 
Circulante;
 �Apresentação do ativo em dois agrupamentos de contas: 
o Ativo Circulante e o Ativo Não Circulante;
 �Apresentação do passivo em três grandes agrupamentos 
de contas: o Passivo Circulante, o Passivo Não Circulante e o 
Patrimônio Líquido;
 �Extinção da nomenclatura Ativo Permanente, ficando 
seus componentes dentro do Ativo Não Circulante;
 � Incorporação do Realizável a Longo Prazo dentro do 
Ativo Não Circulante;
 �Extinção do grupo Ativo Diferido, sendo suas contas 
transferidas para o Ativo Imobilizado ou Intangível;
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Fundamentos Contábeis104
 �Criação do subgrupo Intangível, apresentado no Ativo 
Não Circulante,cujos itens que o compõem serão destacados do 
Imobilizado;
 � Incorporação do grupo Resultado de Exercícios Futuros 
como item do Passivo Não Circulante, sob a terminologia de 
Receitas – Despesas Diferidas.
Pronto, agora que essas informações ficaram claras, vamos 
aos tipos de registros de cada grupo de contas.
Ativo e Passivo Circulante
Para facilitar os estudos e o entendimento, vamos falar do 
Ativo e Passivo em conjunto, porém, separando pelos grandes 
grupos.
Quando falamos do circulante, temos algumas contas de 
ativo e de passivo semelhantes, tais como Clientes (Ativo) e 
Fornecedores (Passivo). Além, da semelhança, estamos falando 
de componentes patrimoniais movimentados a curto prazo, 
ou seja, dentro do exercício contábil. E como observamos nos 
lançamentos de abertura da empresa, na grande maioria das 
vezes, teremos fatos que envolvem contas dos dois grupos.
Outro ponto a ser observado com o intuito de facilitar 
nossos estudos é o foco nas principais contas do ativo e passivo 
circulantes, ou seja, algumas contas são mais comuns e utilizadas 
de forma geral por uma grande quantidade de empresas e seráo 
essas as comentadas e tratadas.
Dentre os ativo circulantes, as principais contas são:
 �Caixa
 �Bancos
 �Aplicações Financeiras
 �Duplicatas a Receber (clientes)
 �Estoque de mercadorias
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Fundamentos Contábeis 105
 � Impostos a recuperar
 �Despesas do Exercício Seguinte
 �Outros valores a receber / realizar
Dentre os ativos estão os bens e os direitos. 
Dentre os componentes patrimoniais do ativo existem 
aqueles considerados como ativos corpóreos – que são exatamente 
os bens que têm forma, que podem ser vistos, tocados, ou seja, 
os bens tangíveis, tais como os veículos, prédios, estoques, etc.
Existem também os ativos incorpóreos, que são aqueles que 
não têm forma física, imateriais, ou conforme vimos na unidade 
anterior, os bens intangíveis, são exemplos, as marcas, patentes 
de inveção, domínio de internet, etc.
Os principais itens do passivo circulante são:
 �Duplicatas a pagar – fornecedores;
 � Salários e encargos sociais a pagar;
 � Impostos a recolher;
 � Financiamentos e empréstimos;
 � Provisão para imposto de renda;
 �Distribuição de lucros diversos;
 �Outras contas a pagar.
Registro dos principais itens circulantes
Através do regisitro dos fatos contábeis ocorridos no dia a 
dia de uma empresa será possivel entendermos como cada conta 
é registrada e quais são suas particularidades. Logo, seguem 
diversos exemplos de situações / fatos a serem registrados, cada 
um deles será comentado .
Situação A: Abertura de conta corrente com dinheiro do 
caixa – permuta de valores dentro do ativo. 
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Fundamentos Contábeis106
A empresa Solutions Ltda, possui um saldo de caixa no 
valor de R$ 30.000,00 (a). Para facilitar as transações de compra, 
venda e de pagamentos, os sócios João e Joaquim decidiram 
abrir uma conta corrente no banco (b). Depositaram em dinheiro 
(caixa) (c), o valor de R$ 25.000,00.
Lançamento em diário:
D – Banco Conta Corrente (Ativo Circulante) R$ 25.000,00 (b)
C – Caixa (Ativo Circulante) R$ 25.000,00 (c)
Nota explicativa: No dia 01/02/2019 foi realizada a 
abertura da conta corrente no Banco através de depósito com 
comprovante No. 1234, no valor de R$ 25.000,00. 
Lançamento em razonete – conta T:
Caixa Banco Conta corrente
D C D C
(a) 30.000,00 25.000,00 (c) (b) 25.000,00 
 30.000,00 25.000,00 25.000,00 - 
 5.000,00 25.000,00 
Lançamos o saldo da conta caixa a débito (a); depois 
registramos a “entrada” a débito do depósito no banco conta corrente 
(b) e por fim, registramos a “saída” de dinheiro do caixa (c).
Temos aqui um fato do tipo permutativo, ou seja, não 
houve alteração patrimonial nem quantitativa. Somente alteração 
qualitativa, de uma conta para outra.
Após lançamentos, verifique abaixo o Balanço Patrimonial 
atualizado.
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 30.000,00 
 Caixa 5.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Banco cc 25.000,00 Capital Social 30.000,00 
Total do Ativo 30.000,00 Total do Passivo 30.000,00
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Fundamentos Contábeis 107
Situação B: Aquisição de ativo utilizando recursos de terceiros.
A empresa Solutions Ltda é uma empresa de prestação de 
serviços de manutenção de equipamentos de informática, mas 
também comercializa peças e itens, para garantir as atividades 
em 100% do objeto contratual, realizaram a aquisição de itens 
para estoque (a) no valor de R$ 4.000,00com pagamento a prazo 
ao fornecedor, através de duplicatas (b). 
Lançamento em diário:
D – Estoque de itens para revenda (Ativo Circulante) R$ 
4.000,00 (a)
C – Duplicatas a pagar (Passivo Circulante) R$ 4.000,00 (b)
Nota explicativa: No dia 05/02/2019 foi realizada a aqui-
sição de mercadorias para estoque atraves da Nota Fiscal Nº. 987, 
no valor de R$ 4.000,00, junto ao fornecedor Informática Ltda.
Lançamento em razonete – conta T:
Estoque de itens Duplicata a pagar 
D C D C
 (a) 4.000,00 4.000,00 (b) 
 4.000,00 - - 4.000,00 
 4.000,00 4.000,00
Lançamos a débito a entrada de mercadorias na conta Estoque 
de itens(a); depois, em contrapartida registramos a “entrada” a 
crédito de uma obrigação na conta Duplicatas a pagar (b). 
Note que nesta situação houve alteração tanto no ativo, 
quanto no passivo. Temos então, um fato do tipo modificativo, 
ou seja, houve alteração patrimonial quantitativa e quantitativa. 
Agora existe uma obrigação com terceiros e também um novo 
item patrimonial no ativo, referente aos estoques.
Após os lançamentos, veja como ficou o Balanço Patri-
monial atualizado:
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Fundamentos Contábeis108
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 34.000,00 Circulante 4.000,00 
 Caixa 5.000,00 Duplicata a pg forneced 4.000,00 
 Banco cc 25.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Estoque de itens 4.000,00 Capital Social 30.000,00 
Total do Ativo 34.000,00 Total do Passivo 34.000,00
Situação C: Aplicação de valor em conta corrente para 
conta de aplicação financeira.
Os sócios da Solutions Ltda. após conversa com o gerente 
do banco, acharam interessante fazer uma aplicação financeira. 
No dia 12/02/2019, a conta corrente permanece com um saldo 
de R$ 25.000,00 (a), então, transferiram R$ 2.000,00 da conta 
corrente no banco(b) para uma aplicação financeira (c) no 
mesmo banco.
Lançamento em diário:
D – Aplicação Financeira (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (b)
C – Conta corrente banco (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (c)
Nota explicativa: No dia 12/02/2019 foi realizada a 
transferência de R$ 2.000,00 da conta corrente através do 
comprovante Nº. 1256 para a conta Aplicação Financeira no 
mesmo banco.
Lançamento em razonete – conta T:
Banco conta corrente Aplicação Financeira
D C D C
 (a) 25.000,00 2.000,00 (b) 2.000,00 
 25.000,00 2.000,00 2.000,00 - 
 23.000,00 2.000,00 
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Fundamentos Contábeis 109
Lançamos a débito o saldo da conta corrente banco (a); 
depois, lançamos a “entrada” dos R$ 2.000,00 a débito na conta 
Aplicação Financeira (b); e por fim, registramospara Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 7 27/05/2020 16:55:4627/05/2020 16:55:46
UNIDADE 03
Registro contábil ....................................................................88
Constituição de uma empresa e procedimentos contábeis .......88
Registro do Capital Social na abertura da empresa ...........95
Formação e registro da empresa Solutions Ltda. .............95
Capital ......................................................................................98
Registro de Ativo e Passivo ....................................................99
Ativo e Passivo Circulante .....................................................102
Registro dos principais itens circulantes ........................103
Ativo e Passivo Não Circulante .............................................107
Registro dos principais itens não circulantes .................109
Depreciação e exaustão ..................................................116
Registro das Contas de Resultado ......................................119
UNIDADE 04
Balanço Patrimonial ............................................................138
Ativo ...............................................................................142
Ativo Circulante .............................................................143
Ativo não circulante .......................................................143
Passivo e Patrimônio Líquido ................................................145
Passivo Circulante ..........................................................145
Passivo não circulante ....................................................146
Patrimônio Líquido.........................................................146
Demonstração de Resultado do Exercício - DRE ..............149
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Receitas ..................................................................................150
Despesas .................................................................................151
Resultado ................................................................................152
Integração do Resultado com o Patrimônio Líquido .............153
Componentes da demonstração de resultado .........................154
Análise das demonstrações contábeis .................................165
Análise Horizontal (AH) ........................................................167
Análise Vertical (AV) .............................................................172
Análise Horizontal x Análise Vertical ....................................179
Leitura dos relatórios contábeis financeiros ......................179
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Fundamentos Contábeis 11
UNIDADE
01
UNIDADE 01
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Fundamentos Contábeis12
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar em Contabilidade? E já percebeu 
que você tem contato imediato com algo dessa área praticamente 
todos os dias? 
Agora você deve estar se perguntando: “como assim? 
Contabilidade é uma ciência específica e somente contadores 
têm contato com a Contabilidade!” Estou aqui para desmistificar 
essa idéia de que contabilidade é só para contadores. Você 
enquanto pessoa física, correntista bancário que adquire bens, 
gerencia seus negócios ou os negócios de terceiros é alguém que 
tem contato com a Contabilidade sim! Para entender melhor e 
descobrir onde vocês se esbarram, venha estudar esta unidade 
letiva e mergulhar neste universo!
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 12eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 12 27/05/2020 16:55:4627/05/2020 16:55:46
Fundamentos Contábeis 13
OBJETIVOS
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
Conhecer a origem da Contabilidade e a utilização 
nos dias de hoje;
Entender os conceitos que fazem parte da 
Contabilidade e a importância deles na gestão 
financeira e patrimonial;
Aplicar os conceitos e técnicas à rotina gerencial;
Entender e conhecer sobre órgãos que interferem 
nas normas e técnicas contábeis.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
Venha junto para esse mundo de novidades!
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Fundamentos Contábeis14
Introdução à Contabilidade
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona a Contabilidade e quais são os seus pilares. Toda 
vez que falamos nesse assunto, parece haver conceitos muito 
distintos e isto é verdade, no entanto, será muito fácil e 
esclarecedor, pois a partir desses conceitos, poderá entender o 
quanto a Contabilidade está presente em seu dia a dia tornando 
mais simples a forma de lidar com questões relacionadas à 
área. Conhecerá um pouco mais desse mundo de “fazer contas” 
e quem sabe até sempre em alta!
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
A Contabilidade é sim uma ciência, com seus conceitos, 
princípios e regras utilizadas por muitos. E com ela, há um 
amplo mercado profissional com diversas áreas de atuação.
No Brasil e no mundo conceitos e técnicas da Contabilidade 
são utilizados como recursos para controle e respaldo de dados 
e informações.
Há alguns anos, grandes empresas apresentaram 
necessidades de controle e proteção ao seu Patrimônio, 
desenvolvendo métodos extremamente eficazes, evitando 
fraudes e desvios monetários. 
Até mesmo o Estado se utiliza dos métodos contábeis para 
conhecer e controlar o rendimento das grandes áreas produtivas, 
aplicando a cobrança de impostos e arrecadações de recursos 
para a gestão do país.
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Fundamentos Contábeis 15
A História da Contabilidade
Você faz ideia de quando e como surgiu a Contabilidade?
Figura 1: Papiro, tipo de 
planta adaptada pelos 
egípcios para registrar 
os números resultantes 
na agricultura
Fonte: Wikicommons
Se analisarmos os fatos, a Contabilidade 
é uma ciência tão antiga quanto à própria 
humanidade. Existem autores que consideram 
que o próprio homem das cavernas já 
contabilizava seus instrumentos de caça, 
porém, foi na Mesopotâmia, entre os rios 
Tigre e Eufrates, atualmente região do Iraque, 
que foram encontrados os primeiros registros 
patrimoniais.
Seguindo pela história, no Baixo Nilo, 
os egípcios com sua técnica milenar da 
agricultura, contabilizavam a produção e seus 
estoques de mantimentos em papiros, e então, 
temos nossos primeiros livros contábeis.
Os fenícios, grandes navegadores, formam outro povo 
contribuinte, pois registravam suas operações de troca através 
de símbolos.
E lembram dos Romanos? Aquele povo que quase dominou 
o mundo? 
Bem, sabemos que foi um povo que expandiu seu domínio 
por uma região muito grande. E divido à forma de organização 
das informações e anotações patrimoniais, considera-se que 
foram os criadores de um sistema jurídico de Contabilidade.
Mas foi no fi nal da idade média, com o aquecimento do 
comércioa “saída” de 
recurso a crédito na conta Conta Corrente Banco (c) diminuindo 
o saldo dessa conta.
Note que nesta situação não houve alteração quantitativa 
no Patrimônio, apenas uma modificação no ativo, ou seja, o fato 
foi apenas permutativo, alterando a qualidade dos elementos e 
não os valores do patrimônio.
Veja como ficou o balanço patrimonial atualizado:
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 34.000,00 Circulante 4.000,00 
 Caixa 5.000,00 Duplic a pg forneced 4.000,00 
 Banco cc 23.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Aplicação financ 2.000,00 Capital Social 30.000,00 
 Estoque de itens 4.000,00 
Total do Ativo 34.000,00 Total do Passivo 34.000,00 
Como você deve ter percebido, acima nós comentamos 
sobre alguns dos elementos patrimoniais que compõem o 
ativo e o passivo circulante, mas não comentamos de todos 
os considerados mais comuns e importantes, no entanto, serão 
comentados na sequencia, quando falarmos dos registros que 
envolvem as Contas de Resultado.
Ativo e Passivo Não Circulante
De maneira oposta ao Ativo Circulante, que acontece dentro 
dos próximos 365 dias que ocorrerão no exercício seguinte, o 
não circulante corresponde aos ativos que serão realizados ou 
recebidos após 365 dias. Assim também ocorre com as dívidas 
que serão pagas além desse prazo. Temos então, as contas de 
ativo ou passivo de Longo Prazo. 
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Fundamentos Contábeis110
As contas do ativo assumem a classificação de Realizável 
a Longo Prazo. As contas do Passivo como Exigível a Longo 
Prazo. Ambos são consideradas como Não Circulante.
O ponto de referência para se classificar no circulante (curto 
prazo) ou não circulante (longo prazo) é a data do encerramento 
do Balanço Patrimonial.
O ativo não circulante é composto pelos bens e direitos 
que têm natureza distinta. Enquanto os itens classificados 
como Realizável a Longo Prazo têm a característica básica da 
intenção de realização (venda ou recebimento), mesmo que em 
prazo mais longo do que os bens e direitos do ativo circulante, 
os demais itens do ativo não circulantetêm como característica 
básica a ideia de “não venda”. (Padoveze, 2014)
Então, os itens do ativo não circulantre devem permanecer 
no patrimônio, e mesmo sendo essa uma característica semelhante 
ao “Ativo Permanente”, que pela nova lei foi extinto e substituido 
pelos subgrupos: Investimento, Imobilizado ou Intangível – os 
substitutos assumem a mesma ideia de permanência.
São exemplos de itens do Ativo Não circulante:
 � Investimentos – Empresas controladas, Empresas coligadas, 
ações, etc.
 � Imobilizado - Terrenos, edifícios, patios, instalações, 
máquinas, móveis e utensílios, veículos, obras em andamento, etc.
 �Depreciação e exaustão
 � Intangível – Gastos com pesquisa e desenvolvimento, 
marcas e patentes.
São também exemplos de Ativos Intangíveis:
a. Gastos com propaganda;
b. Carteira de clientes adquirida;
c. Direitos autorais;
d. Licença de transmissão 
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Fundamentos Contábeis 111
e. Aquisição de franquias
f. Direitos de comercialização
Passivo não circulante era denominado, antes das 
alterações vigoradas em 2010, Exigível a Longo Prazo, pela 
característica das obrigações com vencimento superior a 365 
dias da data do balanço. De foram geral e simplificada, podemos 
dizer que todos os itens do Passivo Circulante, podem vir a se 
tornar também Passivos Não Circulantes, caso seus vencimentos 
ocorram em datas superiores balanço a ser encerrado.
Vamos supor que foi realizado um empréstimo e o 
pagamento deverá ocorrer nas seguintes datas:
1ª. Parcela em 10/10/X2
2ª. Parcela em 10/10/X3
O encerramento do balanço ocorrerá em 31/12/X1.
A 1ª. Parcela será considerada Passivo Circulante, pois se 
contarmos da data de fechamento do balanço para o vencimento 
da 1ª. Parcela, o vencimento está dentro dos próximos 365 dias, 
logo, temos um lançamento na conta Empréstimos (Passivo 
Circulante). Já a 2ª. Parcela, com vencimetno em 10/10/X3 
será um item do Passivo Não Circulante, pois seu vencimento 
ultrapassa os 365 dias a contar do encerramento do balanço.
Os principais exemplos de componenes do Passivo não 
circulante são os Empréstimos e Financiamentos que ultrapassam 
os 12 meses do encerramento do exercício. Em geral são recursos 
de terceiros com vencimento a longo prazo.
Registro dos principais itens não circulantes
Vamos entender melhor como funciona os lançamentos 
das contas de ativo e passivo não circulante. É importante 
salientar que normalmente a aquisição de imobilizados sugere 
uma contrapartida em contas do Passivo não circulante, pois são 
operações pagas utilizando crédito a longo prazo.
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Fundamentos Contábeis112
Situação A: aquisição de ativo imobilizado através de 
financiamento a longo prazo.
A empresa Solutions Ltda, está montando um laboratório 
móvel para atender aos clientes, então, necessitará adquirir um 
veículo utilitário. No dia 20/02/2019 adquiriu um veiculo no valor 
de R$ 50.000,00(a), o pagamento será efetuado em 2 parcelas 
iguais, sendo o vencimento da primeira no dia 20/03/2019 (b)e 
a segunda, no dia 20/04/2020 (c). Para realizar essa aquisição, 
contraiu um financiamento junto ao banco.
Lançamento em diário:
D – Veículos (Ativo Não Circulante - Imobilizado) R$ 
50.000,00 (a)
C – Financiamento a Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 
25.000,00 (b)
C – Financiamento a Longo Prazo (Passivo Não Circulante) 
R$ 25.000,00 (c)
Nota explicativa: No dia 20/02/2019 foi adquirido o 
veículo utilitário através da nota fiscal No. 555. O pagamento será 
realizado através do financiamento com o Banco B, constante no 
cotrato No. 789/2019, em 2 parcelas iguais com vencimento em 
20/03/2019 e 20/04/2020.
Lançamento em razonete – conta T:
Veículo Financiamento CP Financiamento CP
D C D C D C
(a) 50.000,00 25.000,00 (b) 25.000,00 (c)
50.000,00 - - 25.000,00 - 25.000,00
50.000,00 25.000,00 25.000,00
Registramos a aquisição do veículo (Ativo Não circulante 
– Imobilizado) caracterizado por entrada de Ativo através de 
lançamento a débito; e considerando o encerramento do período 
em 31/12/2019, registramos um crédito referente à 1ª. Parcela 
na conta Financiamento a Curto Prazo (b) (item do Passivo 
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Fundamentos Contábeis 113
Circulante) e o restante,do saldo respectivo à 2ª. Parcela, foi 
registrado a crédito, na conta Financiamento a Longo Prazo, 
(Passivo Não Circulante) (c) devido ao vencimento ocorrer após 
o encerrramento do exercício.
Temos aqui um fato do tipo modificativo, causador de 
alteração patrimonial, tanto em contas do ativo, quanto em contas 
do passivo. Vamos conferir como ficou o Balanço Patrimonial 
atualizado:
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 34.000,00 Circulante 29.000,00 
 Caixa 5.000,00 Duplic a pg forneced 4.000,00 
 Banco cc 23.000,00 Financiamentos 25.000,00 
 Aplicação financ 2.000,00 Não Circulante 25.000,00 
 Estoque de itens 4.000,00 Financiamentos a LP 25.000,00 
 Não Circulante 50.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Imobilizado 50.000,00 
 Veículos 50.000,00 Capital Social 30.000,00 
Total do Ativo 84.000,00 Total do Passivo 84.000,00
Situação B: Levantamento de capital de giro – dinheiro 
através de empréstimo a longoprazo.
A empresa Geradores Ltda. está em dificuldade financeira 
e precisou fazer um empréstimo de captial de giro (dinheiro). No 
dia 20/11/2019 efetivou a contratação do empréstimo no valor de 
R$ 20.000,00. O dinheiro será depositado diretamente na conta 
corrente e o pagamento será feito em 18 parcelas sem juros com 
vencimento mensal sendo a primeria no dia 20/12/201.
Calculando valores:
Valor do capital = 20.000
No. De parcelas = 18
Pagamento a curto prazo (12 meses) = valor do capital / 
parcelamento total x 12 
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Fundamentos Contábeis114
Substituindo os valores:
Pagamento a curto prazo (12 meses) = 20.000 / 18 X 12
Pagamento a curto prazo (12 meses) = 13.333,33*
Para encontrarmos o valor de longo prazo:
Pagamento a longo prazo (quantidade de parcela que 
excedem os 12 meses)
Nº. De parcelas = 18
Parcelas a serem pagas a curto prazo 12
Quantidade de parcelas excedentes ao curto prazo = 18 – 12
Quantidade de parcelas excedentes ao curto prazo = 6
Pagamento a longo prazo (6 meses) = 20.000 / 18 X 6
Pagamento a longo prazo (6 meses) = 6.666,67*
Observação*: quando o cálculo resultar em uma dízima 
peródica, deveremos arredondar os valores após a vírgula, 
mantendo em 2 casas. Neste caso para facilitar a visualização, 
estamos mantendo o número inteiro, sem casas depois da vírgula.
Lançamento em diário:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 20.000,00 (a)
C – Empréstimo a Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 
13.333,00(b)
C – Empréstimo a Longo Prazo (Passivo Não Circulante) R$ 
6.667,00(c)
Nota explicativa: No dia 20/11/2019 foi contraído emprés-
timo, junto ao Banco W, constante no cotrato No. 1515/2019. O 
pagamento será em 18 parcelas iguais com vencimento mensal, 
sendo a primeira parcela com vencimento em 20/12/2019. O valor 
entrou na conta corrente no dia 20/11/2019 através da operação 
No. 23456.
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Fundamentos Contábeis 115
Lançamento em razonete – conta T:
Banco Conta 
Corrente
Empréstimo a curto 
prazo
Empréstimo a longo 
prazo
(a) 20.000,00 13.333,00 (b) 6.667,00 (c) 
 20.000,00 - - 13.333,00 - 6.667,00 
 20.000,00 13.333,00 6.667,00
Registramos a contratação de um empréstimo no valor de 
R$ 20.000,00, sendo que as 12 primeiras parcelas que totalizaram 
R$ 13.333,00 foram lançadas a crédito na conta Empréstimo a 
Curto Prazo (Passivo Circulante) o restante das parcelas que 
totalizaram R$ 6.667,00 foi devidamente lançado a crédito na 
conta Emprésimto a Longo Prazo devido ao fato de ultrapassar o 
fechamento do exercício contábil de 12 meses. O R$ 20.000,00 
foram lançados a débito na conta Banco conta corrente. 
Temos aqui um fato do tipo modificativo, causador de 
alteração patrimonial, tanto em conta do ativo, quanto em contas 
do passivo.
Situação C: Amortização de parcela de empréstimo.
Chegado a data de 20/12/2019, foi realizado o pagamento 
da 1ª. Parcela do empréstimo contratado em 20/11/2019. A 
parcela foi paga pelo banco conta corrente que permaneceu com 
o saldo de R$ 20.000,00.
Calculando valores:
Na conta Empréstimos a pagar a curto prazo contas o valor 
de R$ 13.333,00 que será pago em 12 parcelas. 
No dia 20/12/2019 estamos pagando apenas a 1ª. Parcela, 
ou seja, precisamos diluir desse montante o respectivo a 1 
parcela apenas, então, temos o seguinte:
Montante do empréstimo a curto prazo R$ 13.333,00
Nº. de parcelas 12
Encontrando o valor da parcela:
R$ 13.333,00 / 12 = R$ 1.111,00
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Fundamentos Contábeis116
Lançamento em diário: D – Empréstimo a Curto Prazo 
(Passivo Circulante) R$ 1.111,11 (a)
C – Banco Conta Corrente (Ativo Circulante) R$ 1.111,11 (b)
Nota explicativa: Na data 20/12/2019, pagamento de 
parcela de empréstimo junto ao Banco W através da conta 
corrente, no valor de R$ 1.111,11 com No. da operação 475869.
Lançamento em razonete – conta T:
Banco Conta Corrente Empréstimo a curto prazo
 20.000,00 13.333,00 
 (b) 1.111,00 (a) 1.111,00 
 20.000,00 1.111,00 1.111,00 13.333,00 
 18.889,00 12.222,00
A conta Banco conta corrente tinha um saldo de R$ 
20.000,00 e foi registrado a débito, enquanto a conta Empréstimo 
a curto prazo tinha um saldo de R$ 13.333,00 que foi registrado 
a crédito. Quando realizamos o pagamento da 1ª. Parcela, no 
valor de R$ 1.111,00, registramos na conta Empréstimos a curto 
prazo um débito reduzindo assim o saldo credor da conta. E em 
contra partida, a saída de valor no banco conta corrente, que foi 
creditada, reduzindo também o saldo da conta. 
No exemplo acima podemos visualizar o que acontece 
com as contas de ativo e passivo quando recebem lançamentos 
opostos à sua natureza, ou seja, para a conta banco conta corrente 
(ativo circulante) que tem a natureza devedora, registrou o 
lançamento credor, causando uma redução no saldo final. O 
mesmo ocorreu com a conta Empréstimo a curto praz o (passivo 
circulante) que tem a natureza credora e registrou uma operação 
de débito, reduzindo também o saldo final da conta.
Situação D: Investimento em ações de outras empresas – 
Ativo Não Circulante – Investimentos.
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Fundamentos Contábeis 117
A empresa Solutions Ltda. decidiu investir em ações. 
Acompanhou o mercado e optou por comprar 5.000 ações da 
Emprea A, no valor de R$ 0,50 cada uma, pagas em cheque pelo 
Banco conta corrente no dia 20/03/2019. Total pago R$ 2.500,00. 
Lembrando que a conta Banco conta corrente dessa empresa está 
com um saldo de R$ 23.000,00.
Lançamento em diário:
D – Ações de outras empresas (Ativo Não Circulante, 
Investimentos) R$ 2.500,00
C – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.500,00
Nota explicativa: Na data 20/03/2019, foi realizada a 
compra de 5.000 ações da Empresa A, com pagamento através 
do cheque No. 1234, banco conta corrente, no valor de R$ 
2.500,00.
Lançamento em razonete – conta T:
Ações de outras empresas Banco conta corrente
D C D C
 2.500,00 23.000,00 2.500,00 
 2.500,00 - 23.000,00 2.500,00 
 2.500,00 20.500,00 
Ao realizar investimento em ações, a Solutions Ltda. 
movimentou uma nova conta, no Ativo Não Circulante. As 
cotas adquiridas foram registradas com uma operação de débtio 
enquanto o valor pago, saiu do banco, através do cheque, tendo 
o registro de um crédito, reduzindo o saldo da conta.
Houve aqui um fato permutativo, pois o total do patrimonio 
permanece inalterado, havendo apenas uma permuta entre as 
contas do ativo.
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Fundamentos Contábeis118
Confira o Balanço Patrimonial atualizado.
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda
Ativo R$ Passivo R$
 Circulante 31.500,00 Circulante 29.000,00 
 Caixa 5.000,00 Duplic a pg forneced 4.000,00 
 Banco cc 20.500,00 Financiamentos 25.000,00 
 Aplicação financ 2.000,00 Não Circulante 25.000,00 
 Estoque de itens 4.000,00 Financiamentos a LP 25.000,00 
 Não Circulante 52.500,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 
 Investimentos 2.500,00 Capital Social 30.000,00 
 Ações outras emp 2.500,00 
 Imobilizado 50.000,00 
 Veículos 50.000,00 Capital Social 30.000,00 
Total do Ativo 84.000,00 Total do Passivo 84.000,00
Depreciação e exaustão
Constantes no Ativo Não Circulante, comumente visivelno Imobilizado, as contas de deprecisão e exaustão são contas 
consideradas “redutoras” de ativos. Isto porque elas aparecem 
reduzindo o valor de determinados bens que sofrem desvalori-
zação ou desgaste. 
Depreciação é a perda de valor dos bens pelo uso. Desgaste 
natural do bem ou obsolescência. São exemplos de deprecição:
a. Maquinas utilizadas no processo produtivo: a utilização 
da máquina ao longo do tempo promove um desgaste natural e 
seu valor deprecia, diminui em paralelo.
b. Computadores sofrem uma grande desvalorização em 
função da obsolescencia tecnológica.
c. Veículos que sofrem desvalorização em função do uso 
do bem e também por causa da substituição de modelos e novos 
lançamentos.
Os prazos para depreciação dos ativos se diferenciam de 
um para outro, contabilmente as taxas de depreciação devem ser 
defiinidas de acordo com o tempo de vida útil estimada para o bem.
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Fundamentos Contábeis 119
Entende-se por vida útil a quantidade de anos, horas de 
trabalho ou quantidade / capacidade de produção em que o bem 
opera em condições normais de uso.
Uma das alterações feitas pela Lei No. 11.638/07 consiste 
na obrigatoriedade de se rever a vida útil estimada utilizada para 
o cálculo da depreciação dos ativos imobilizados e intangíveis. 
Além disso, as novas práticas contábeis trazem um novo conceito 
para o procedimento de cálculo das depreciações, o valor residual. 
Na prática, toda vez que um ativo imobilizado está com 
muito tempo de uso, demandando de manutenção, as empresas 
vendem por um valor bem abaixo do que pagaram, isto porque, 
devido ao desgaste e ao tempo de uso, o bem perdeu o valor 
econômico e de mercado. A esse valor estimado de venda, 
chamamos de valor residual.
Para calcularmos o valor da depreciação, será necessário 
determinar uma taxa anual em função da vida util do bem. Esse 
cálculo é descrito da seguinte forma:
Taxa de depreciação = 100%
Tempo de vida útil em anos
Exemplo prático:
No caso de um véiculo, o tempo de depreciação é de 5 anos. 
Então, para calcularmos a taxa de depreciação anual, devemos 
substituir o tempo de vida util do bem na fórmula acima:
Taxa de depreciação = 100%
5 anos
Tx de depreciação do veículo = 20% ao ano
Na tabela abaixo, podemos estão listadas alguns itens do 
imobilizado com suas respectivas estimativas de vida util e taxas 
de depreciação. Contabilmente são utilizadas, porém, atendendo 
às novas práticas, as emrpesas deverão revisar essas taxas com 
frequencia. 
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Fundamentos Contábeis120
É importante lembrar que esses valores serão utilizados 
em nossa exemplificação e nas questões de prática.
Tabela 4: Tempo de vida util e taxs de depreciação de ativos imobilizados
Imobilizado Vida útil estimada Taxa anual de depreciação
Terrenos Indeterminada Não existe
Edifícios 25 anos 4%
Instalações 10 anos 10%
Pátios e caminhos 10 anos 10%
Máquinas 10 anos 10%
Móveis e utensílios 10 anos 10%
Veículos 5 anos 20%
Equipamentos de 
informática
5 anos 20%
Exemplo de cálculo do valor da depreciação de um veículo 
de R$ 50.000,00, com valor residual zero.
Valor depreciação = Valor do bem x taxa de depreciação
Valor depreciação = 50.000 x 20%
Valor depreciação = R$ 10.000,00 /ano
Para calcular a depreciação em meses:
Valor depreciação anual /12 meses
Depreciação mensal = 10.000/12 = R$ 833,00 por mês 
Caso exista um valor residual para o bem, o valor contábil 
do bem, ao final do período de sua vida útil será igual ao valor 
residual. Caso não tenha valor residual, o valor contábil no final 
será igual a zero. É como se o bem se esgotasse.
A baixa do bem do imobilizado deve ocorrer apenas quando 
o mesmo não estiver mais em uso, ou disponível para venda. O 
valor contábil deverá ser transferido para o ativo circulante, caso 
o bem seja vendido.
A contabilização das contas de depreciação, serão 
demonstradas quando tratarmos das contas de resultado, já que 
a mesma é lançada como despesa evolvendo também algumas 
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Fundamentos Contábeis 121
particularidades de subcontas a serem exclarecidas quando 
fizermos o registro das referidas contas.
Quanto à exaustão, entendemos que é a aplicação de todos 
os conceitos que estudamos para a depreciação, porém, aplicados 
à exploração de recursos naturais, tais como florestas, jazidas, 
poços de minérios. E para calculo de vida útil, considera-se a 
capacidade mínima de potencial de exploração/extração. 
Até aqui aprendemos muitas coisas, todas relacionadas a 
registro e lançamento da contas ou dos itens patrimoniais, porém 
é importante lembrar que os itens patrimoniais sofrem alteração 
devido à movimentação da empresa que envolve as vendas / 
receitas e as despesas, que são as contas de resultado.
Para fechar nosso aprendizado, vamos entrar agora no 
assunto que trata do registro dessas contas!
Registro das Contas de Resultado
Ao tratarmos dos lançamentos de ativo e passivo, 
absorvemos muitas informações. Foi possivel através dos 
exemplos entendermos um pouco mais sobre as origens e 
aplicações de recursos, ficou visivel também como as operações 
lançadas a débito ou a crédito podem aumentar ou diminuir o 
saldo das contas. Além do mais, retomamos alguns conceitos 
vistos no inicio dessa disciplina, lá na Unidade 1.
Foi possivel perceber também que várias contas do ativo 
não foram comentadas, nem algumas que compõem o patri-
mônio líquido, isto porque elas são afetadas pelos registros das 
contas de resultado, então, agora que vamos estudar estas contas, 
exclareceremos também como funciona o registro de todas as 
outras.
Primeiramente, vamos retomar um assunto bastante 
comentado até aqui, mas que também é de grande importância 
para realizarmos os lançamentos contábeis, que é o princípio da 
competência.
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Fundamentos Contábeis122
Este trata do regime de competência que determina que 
as receitas e as despesas devem ser incluidas na apuração do 
resultado da empresa no período em que ocorreram, independente 
do recebimento (receitas) ou do pagamento (despesas). 
A verificação da receita ocorre quando a empresa fornecece 
bens ou serviços ao cliente, independente do recebimento do 
valor da venda dos bens ou prestação dos serviços. E a verificação 
da despesas é no momento em que há consumo de bens ou a 
utilização dos serviços, independente do pagamento. As receitas 
são respaudadas pelas notas fiscais de saída, ou seja, toda vez 
que ocorre uma venda, gera-se uma nota fiscal para o cliente. No 
caso da despesa, o consumo de itens ou serviços, também será 
documentada por nota fiscal.
Outra característica importante a ser lembrada sobre as 
contas de resultado é que ao contrário das contas patrimoniais, 
as primeiras são temporárias, ou transitórias e todo fechamento 
do período elas devem ser zeradas para a apuração do resultado 
do exercicio.
Logo, os lançamentos a débito ou a crédito para regisrro 
da ocorrencia do fato será da seguinte forma:
Debita Credita
Receitas x
Custos x
Despesas x
 �As contas são abertas com saldo igual a zero, no 
primeiro dia do período analisado;
 �Durante esse período, recebem os dados de forma 
cumulativa.
 �As contas de receitas recebem apenas lançamentos a 
crédito.
 �As contas de despesas recebem apenas lançamentos a 
débito.
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Fundamentos Contábeis 123
 �Ao final do período, tanto as contas de receitas como de 
despesas são zeradas e encerradas.
Relembadas algumas informações importantes, vamos aos 
registros e lançamentos das contas de resultado!
Situação A: No mês de abril/2019 a Solutions Ltda realizou 
a venda de alguns itens a preço de custo (R$ 4.000,00), com 
recebimento à vista em dinheiro.Lembrando que esta empresa 
tem R$ 5.000,00 de saldo na conta caixa.
Lançamento em diário:
D – Caixa (Ativo Circulante) R$ 4.000,00 (a)
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 4.000,00 (b)
Além de registrar as receitas e a entrada de caixa, devemos 
registrar também a saída de estoque.
D – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado) 
R$ 4.000,00 (c)
C – Estoque de itens (Ativo Circulante) R$ 4.000,00 (d)
Nota explicativa: No mês de abril/2019 a Solutions Ltda. 
vendeu itens do seu estoque pelo valor de R$ 4.000,00 – preço 
de custo, através da nota fiscal No. 001. O recebimento foi em 
dinheiro e entrou no caixa através do recibo No. 001/2019.
Lançamento em razonete – conta T:
Registro da operação de venda:
Caixa Receita de Vendas
D C D C
 (a) 5.000,00 (b) 4.000,00 
 4.000,00 
 9.000,00 - - 4.000,00 
 9.000,00 4.000,00
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Fundamentos Contábeis124
Registro da operação de saída de estoque:
Custo da mercadoria vendida Estoque de itens para venda
D C D C
 (c) 4.000,00 4.000,00 4.000,00 (d) 
 4.000,00 - 4.000,00 4.000,00 
 4.000,00 - 
Foi realizado o resgistro de umavenda de mercadoria, que 
já estava em estoque, pelo preço de custo, ou seja, pelo valor 
que foi pago por ela, sem nenhum tipo de ganho. A venda e foi 
registrada com o lançamento de crédito na conta Receitas de 
Vendas (b). O valor da venda foi recebido a vista, em dinheiro, 
logo, foi registrado através de um débito na conta Caixa(a). 
Na segunda situação, a mercadoria que estava em estoque 
foi vendida, logo, precisa ser baixada, então, registramos um 
lançamento a crédito na conta Estoque de itens para venda (d) 
no valor pago pela mercadoria, ou seja, a preço de custo. O custo 
da mercadoria vendida (CMV) (c)deve ser lançado sempre que 
ocorre a venda de mercadoria para que seja registrado o custo 
dessa venda. O lançamento será sempre a débito.
Situação B: Registro de Receita de vendas, com recebi-
mento composto: parte a vista e outra parte a prazo.
A empresa Solutions Ltda. durante o mês de abril realizou 
vendas no total de R$ 8.000,00. e o recebimento foi da seguinte 
forma: R$ 2.000,00 através de depósito a vista em banco e o 
restante a prazo através de duplicatas.O custo dessa venda foi de 
R$ 3.600,00.
Lançamento em diário:
Lançamento da venda:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (a)
D – Duplicatas a receber de cliente (Ativo Circulante) R$ 
6.000,00 (b)
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 8.000,00 (c)
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Fundamentos Contábeis 125
Lançamento do Custo da mercadoria vendida:
D – Custo da Mercadoria Vendida (Conta de Resultado) 
R$ 3.600,00 (d)
C – Estoque de itens para venda (Ativo Circulante) R$ 
3.600,00 (e) 
Nota explicativa: No mês de abril/2019 a Solutions Ltda. 
prestou serviços no valor total de R$ 8.000,00 através da nota 
fiscal No. 002 e recebeu R$ 2.000,00 através do depósito de 
comprovante No. 56896. O restante receberá a prazo (30/60/90 
dias) através das duplicatas pelo Banco W.
Lançamento em razonete – conta T:
Lançamento da venda
Banco Conta corrente
Duplicatas a receber 
de clientes Receita de serviços
D C D C D C
 (a) 20.500,00 (b) 6.000,00 8.000,00 (c) 
 2.000,00 
 22.500,00 - 6.000,00 - 8.000,00 
 22.500,00 6.000,00 8.000,00
Lançamento do custo da mercadoria vendida:
Custo da mercadoria vendida Estoque de itens para venda
D C D C
 (d) 3.600,00 4.000,00 3.600,00 (e) 
 3.600,00 - 4.000,00 3.600,00 
 3.600,00 400,00
Nesta situação ocorreu uma venda de mercadoria com preço 
de venda maior do que o custo de aquisição dos itens. A venda 
também teve uma parte recebida a vista e outra parte a receber 
a prazo. Registramos assim a receita a crédito no valor total e 
fracionamos o recebimento em dois registros a débito, um no 
banco, no valor de R$ 2.000,00 e o outro a débito também, porém 
na conta Duplicatas a receber de cleinte. O custo da mercadoria 
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Fundamentos Contábeis126
vendida foi lançado a débito na respectiva conta de resultado e 
baixou o mesmo valor do estoque, com um lançamento a crédito. 
Note que reduziu o saldo em estoque, porém não zerou.
Situação C: recebimento da primeira parcela das 
duplicatas a receber através do banco, conta corrente, no valor 
de R$ 2.000,00
Lançamento em diário:
D – Banco conta corrente (Ativo Circulante) R$ 2.000,00 (a)
C – Duplicatas a receber de clientes (Ativo Circulante) R$ 
2.000,00 (b)
Nota explicativa: Recebimento de duplicata com vencimento 
no mês de maio/2019 do cliente ABC através do banco, docu-
mento de liquidação No. 9235689.
Lançamento em razotente – conta T:
Banco Conta corrente Duplicatas a receber de clientes
D C D C
 (a) 22.500,00 6.000,00 2.000,00 (b) 
 2.000,00 
 24.500,00 - 6.000,00 2.000,00 
 24.500,00 4.000,00
Após ter realizado venda a prazo, a emrpesa Solutions 
gerou uma carteira de recebimenrto de clientes – direito de 
recebimento. Quando ocorreu o pagamento por parte do cliente, 
então, o saldo de duplicatas a receber deverá diminuir, pois 
parte está sendo recebido, logo, ocorreu o lançamento a débito 
da entrada do valor no banco conta corrente e um lançamento a 
crédito na conta duplicatas a receber.
Antes de exemplificar outro tipo de registro que envolva 
contas de resultado, vamos falar sobre o cálculo do Custo da 
Mercadoria Vendida.
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Fundamentos Contábeis 127
Primeiramente é importante que não se confunda custo 
com despesa, pois custo é a soma dos gastos incorridos para a 
aquisição, ou industrialização de um bem que será revendido e 
transformado em receita, já as despesas, são gastos necessários 
para a manutenção da atividade da empresa, ou valores gastos 
com a venda dos produtos acabados.
Podemos observar nas situações A e B a presença do CMV 
– Custo da Mercadoria Vendida que faz contrapartida com o 
Estoque de Mercadoria, porém a 1ª. Conta é de resultado e a 
2ª. Conta é patrimonial – ativo circulante. Ele é na verdade uma 
despesa avaliada pelo custo ou valor de compra.
O que ocorre é que a empresa, ao longo do exercício 
contábil precisa manter mercadoria em estoque para realizar 
vendas e para isso são feitas compras de mercadoria com 
diversos fornecedores em valores diferenciados.
Então, suponhamos que existe mercadoria em estoque, 
porém, a empresa tem uma previsão de vendas que excederá as 
expectativas, logo, ela realizará novas compras. Logo, teremos 
um saldo final de estoque. 
Para que seja feito o controle correto há uma fórmula 
prática para calcularmos o valor do CMV. 
CMV = ESTOQUE INICIAL + COMPRAS – ESTOQUE FINAL
Ou
CMV = EI + C - EF
Na prática: O estoque encerrou o mês com um saldo de 
R$ 3.600,00. O saldo inicial de estoques era de R$ 2.000,00. 
No decorrer do mês foram realizadas compras no total de R$ 
12.000,00.Então, nossos dados são os seguintes:
Estoque inicial (EI) = 2.000,00
Compra (C) = 12.000,00
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Fundamentos Contábeis128
Estoque Final (EF) = 3.600,00
Aplicando a fórmula:
CMV = EI + C – EF
CMV = (2.000 + 12.000) – 3.600
CMV = 10.400,00
É necessário exclarecer que os registros que que envolver 
as contas de resultado estão sendo demonstrados como exemplos 
avulsos, para que se conheça e entenda como devem ser lançados 
os débitos e os crédito com as contas de contra-partida.
O encerramento das contas de resultado e a apuração do 
resultado do exercício veremos na unidade IV.
Vamos agora retomar a exemplificação dos registros. 
Situação D: Registro de impostos que incidem sobre a 
venda.
Antes de fazermos o registro do imposto sobre a venda, 
vamos trabalhar uma situação de compra de mercadoria, onde a 
empresa deverá registrar o imposto a recuperar.
Como consumidor final, quando compramos algum tipo 
de bem, seja ele durável ou de consumo imediato, no preço 
que pagamos, está embutido o imposto. No caso de empresas, 
que não são consumidores finais, ainda vão processar o bem ou 
revendê-lo, o imposto é registrado e acumulado e quando ocorrer 
a venda, com a retenção do valor a ser recolhido para o goveno 
é possível abater o valor a recolher, daquele que já foi pago, ou 
seja, pode ser recuperado.
Vamos admitir que a empresa Solutions Ltda adquiriu 
mercadoria para revenda para pagar a prazo ao Fornecedor A no 
valor de R$ 25.000,00. O registro dessa compra de mercadoria 
ocorrerá da sequinte forma:
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Fundamentos Contábeis 129
Lançamento em diário:
D – Estoque de Mercadoria (Ativo Circulante) R$ 
25.000,00 (a)
C – Duplicatas a Pagar a Fornecedores (Passivo Circuante) 
R$ 25.000,00 (b)
Depois, 
D – ICMS a recuperar – 18% - (Ativo Circulante) R$ 
4.500,00 (c)
C – Estoque de mercadoria (Ativo Circulante) R$ 4.500,00 (d)
Lançamento em razonete – Conta T:
Estoque de Mercadoria
Dupl a pagar a 
Fornecedores ICMS a recuperar
D C D C D C
 (a) 25.000,00 4.500,00 (d) 25.000,00 (b) (c) 4.500,00 
 25.000,00 4.500,00 - 25.000,00 4.500,00 - 
 20.500,00 25.000,00 4.500,00
Agora sim, vamos ao registro da venda: A empresa 
realizou uma venda de mercadoria no valor de R$ 21.000,00 
com recebimento a prazo através de duplicatas. O custo dessa 
venda foi de R$ 9.000,00. Destacar ICMS 18%.
Lançamento em diário:
Registro da venda:
D – Duplicatas a Receber de Cliente (Ativo Circulante) R$ 
21.000,00 (a)
C – Receitas de Vendas (Conta de Resultado) R$ 21.000,00 (b)
Registro do CMV – Custo da Mercadoria Vendida:
D – CMV (Conta de Resultado) R$ 9.000,00 (c)
C – Estoque de Mercadoria (Ativo Circulante) R$ 9.000,00 (d)
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Fundamentos Contábeis130
Registro do ICMS sobre vendas:
D – ICMS sobre vendas (Conta de Resultado) R$ 3.780,00 (e)
C – ICMS a recuperar – 18% - (Ativo Circulante) R$ 
3.780,00 (f)
Duplicatas a receber cliente Receitas de vendas
D C D C
(a) 21.000,00 21.000,00 (b) 
 21.000,00 - - 21.000,00 
 21.000,00 21.000,00 
CMV Estoque de mercadoria 
D C D C
(c) 9.000,00 20.500,00 9.000,00 (d) 
 9.000,00 - 20.500,00 9.000,00 
 9.000,00 11.500,00 
ICMS sobre vendas ICMS a recuperar
D C D C
(e) 3.780,00 4.500,00 3.780,00 (f) 
 3.780,00 - 4.500,00 3.780,00 
 3.780,00 720,00
Toda vez que acontece uma venda, ocorrem 3 tipos de 
registros: 1 – o da venda e como será recebida; 2 – o custo 
da venda e a baixa do estoque; 3 – o imposto sobre a venda. 
Como pode perceber no exemplo acima, as contas vêm com 
saldos anteriores e vão se alterando conforme acontecem novas 
operações. O registro da venda (1) tem o lançamento a crédito na 
conta de receitas de vendas e contrapartida a débito em duplicatas 
a receber. O registro do CMV (2) é feito a débito (conta de 
resultado), creditando estioque de mercadoria e reduzindo seu 
saldo. E por fim, no registro do ICMS (3), debitamos o ICMS 
sobre a venda (conta de resultado) com contrapartida de crédito 
na conta já existente e com saldo, de ICMS a recuperar (Ativo 
Circulante).
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Fundamentos Contábeis 131
No exemplo que vimos acima o imposto citado foi o 
ICMS, porém, no caso de outros impostos, o processo de 
registro é o mesmo, apenas muda-se a nomeclatura,. Para o caso 
de impostos (IPI, PIS, COFINS) sem recuperação é lançada 
a despeas e contrapartida com conta de Impostos a recolher 
(Passivo Circulante).
Situação E: Pagamento de salários.
A empresa Solutions Ltda tem 3 funcionários e o total a ser 
pago em salário é de R$ 6.000,00. A folha corresponde ao mês de 
mario/2019, porém será pago no mês de junho/2019, no 5º. dia útil.
Lançamento em diário:
D – Despesas com salários (conta de resultado) R$ 
6.000,00 (a)
C – Salários a pagar (Passivo Circulante) R$ 6.000,00 (b)
Lançamento em razonete – conta T:
Despesa com salários Salários a pagar
D C D C
 (a) 6.000,00 6.000,00 (b) 
 6.000,00 - - 6.000,00 
 6.000,00 6.000,00
O registro realizado acima refere-se aos salários a serem 
pagos pelo periodo trabalhado em maio. Ou seja, estamos 
trabalhando a competencia de maio, então, os registramos o 
débtio na conta de despesa ref. mês, porém, a contrapartida é 
uma obrigação futura, a ser paga no próximo mês (periodo), 
logo, temos um lançamento a crédito na conta salários a pagar.
Situação F: Pagamento de despesas dentro do período.
A empresa Solutions Ltda pagou R$ 150,00 em 
reconhecimentos e autenticação de documentos no cartório. O 
valor foi pago em dinheiro. Lembrando que o saldo de caixa é 
de R$ 9.000,00.
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Fundamentos Contábeis132
Lançamento em diário:
D – Despesa de cartório (Conta de Resultado) R$ 150,00 (a)
C – Caixa (Ativo Circulante R$ 150,00 (b)
Lançamento em razonete – conta t:
Despesa de cartório Caixa
D C D C
 (a) 150,00 9.000,00 150,00 (b) 
 150,00 - 9.000,00 150,00 
 150,00 8.850,00
A despesa de cartório ocorreu e foi paga dentro do mês, 
sendo assim, registramos lançando um débito na conta de 
resultad – despesa e um crédito na conta caixa, fazendo a retirada 
de valor do caixa –ativo circulante.
Situação G: Depreciação do veículo.
A empresa Solutions Ltda. possui um veículo no valor 
de R$ 50.000,00 – conforme balanço patrimonial na página 
29.Sem valor residual a considerar. Conforme tabela 4, a vida 
útil esperada para esse tipo de bem é de 5 anos, logo a taxa de 
depreciação anual é de 20%.
Calculando o valor da depreciação:
Valor do bem = 50.000
Taxa de depreciação = 20% a. a.
Depreciação = 50.000 X 20% = 10.000 por ano.
Depreciação mensal = 10000 / 12 meses = R$ 833,00 /mês 
Lançamento em diário:
D – Depreciação (conta de resultado) R$ 833,00 (a)
C – Depreciação acumulada (Ativo Imobilizado) R$ 
833,00 (b)
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Fundamentos Contábeis 133
Lançamento em razonete – conta T:
Depreciação Depreciação acumulada
D C D C
 (a) 833,00 833,00 (b) 
 833,00 - - 833,00 
 833,00 833,00
A depreciação é considerada como despesa e registrada 
a débito dentro do mês de acompanhamento.A contrapartida 
é um crédito na conta Depreciação acumulada, no ativo 
imobilizado. Ao longo da vida util esse valor da depreciação 
informa a desvalorizção gradativa do bem. É importante lembrar 
que a conta depreciação acumlada é uma conta retificadora ou 
subconta do ativo imobilizado e sempre terá seus lançamentos 
feitos a crédito.
Situação H: Registro de receita financeira
A empresa Solutions Ltda investiu em uma aplicação 
financeira o valor de R$ 2.000,00. Após 30 dias aplicado, houve 
um rrendimento de juros no valor de R$ 10,00.
Lançamento em diário: 
D – Aplicação Financeira (Ativo Circulante) R$ 10,00 (a)
C – Receitas financeiras (Conta de Resultado) R$ 10,00 (b)
Nota explicativa: Rendimento financeiro de aplicação.
Lançamento em razonete – conta T:
Aplicação Financeira Receitas Financeiras
D C D C
 2.000,00 
 (a) 10,00 
 10,00 (b) 
 2.010,00 - - 10,00 
 2.010,00 10,00
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Fundamentos Contábeis134
Ao realizarmos aplicações financeiras sem resgatar o valor, 
o mesmo renderá juros que serão pagos a nós pela instituição 
financeira. Esses juros são registrados como Receitas Financeiras 
e lançados a crédito na conta deste nome. A contrapartida é um 
débito na conta Aplicação financeira, resultando num aumento 
de saldo.
Ao concluir o registro das movimentações as contas de 
resultado, estas devem ser encerradas e zeradas, apurando o 
resultado final do período. Para exemplificar, vamos utilizar as 
situações D, E, F, G e H.
ARE Receitas de vendas CMV
D C D C D C
 9.000,00 21.000,00 21000 21000 9000 9000
 3.780,00 0 0
 6.000,00 
 833,00 Receitas financeiras ICMS
 150,00 10,00 D C D C
 19.763,00 21.010,00 10 10 3780 3780
 1.247,00 0 0
Salários
D C
6000 6000
0
Depreciação
D C
833 833
0
Despesas de cartório
D C
150 150
0
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Fundamentos Contábeis 135
O fechamento do período resultou em receitas maiores do 
que as despesas, logo, obtivemos aqui um resultado positivo, 
sendo declarado assim, como LUCRO. O lucro do período deverá 
ser lançado no balanço patrimonial, junto ao Patrimonio Líquido 
em uma conta chamada Lucros Acumulados. Aumentando assim 
a riqueza líquida da empresa.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido quea prática contábil, como 
ela é realizado o registro dos fatos, os lançamentos a débito 
e a crédito respeitando as particularidades de cada grupo de 
conta. Como são tratados os fatos e principlmente em respeito 
ao regime de competência, que é observado e praticado devio 
à obediencia à lei, como ele funciona e o quanto é importante. 
Na prática desta unidade pudemos ver com maior clareza as 
alterações patrimoniais, ou seja, como as aplicações de recursos 
são feitas e quais as origens de recursos e como cada uma é 
tratada. E vimo que é muito importante sempre termos em mente 
os conceitos, pois a prática contábil é religiosamente baseada nos 
conceitos e princípios. Observamos também algumas alterações 
que foram determinadas por lei e alteraram a formulação do 
próprio balanço patrimonial. Em geral, a partir de agora, você 
tem o conhecimento do conceito e já foi introduzido à prática!
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Fundamentos Contábeis136
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Fundamentos Contábeis 137
UNIDADE
04
UNIDADE 04
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Fundamentos Contábeis138
Muita gente pensa que Contabilidade é para contador, 
mas isso não é verdade! Concorda comigo? No decorrer 
das unidades foi falado que existem vários interessados nas 
informações contábeis. Isto porque é através dessas informações 
que podemos conhecer a saúde de uma empresa, seja ela uma 
universidade, um município, uma S.A., um país. Por outro lado, 
ter acesso a essas informações, saber como elas são extraídas 
e não saber interpretá-las também não ajuda muito. É por isso 
que para fechar essa disciplina por completo, vamos aprender 
a ler e entender os relatórios contábeis financeiros, vai entender 
ainda mais a importância dessas informações e como elas são 
fundamentais para a tomada de decisão de um gestor. Vamos 
entrar nessa juntos? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Fundamentos Contábeis 139
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
Compreender como funciona os fechamentos dos 
saldos das contas e o encerramento do exercício 
zerando as contas de resultado;
Aplicar as técnicas de encerramento do período para 
fechamento e elaboração dos relatórios contábeis e 
financeiros;
Identificar e solucionar problemas relacionados ao 
encerramento das contas e elaboração dos relatórios;
Executar os procedimentos e técnicas de encerra-
mento dos relatórios contábeis financeiros, lendo e 
entendendo as informações neles apresentadas.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Fundamentos Contábeis140
Balanço Patrimonial
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
elaborar um Balanço Patrimonial, composto por diversas 
informações geradas por toda a movimentação de uma empresa. 
Vai inclusive, gerar novas informações a partir do tratamento que 
realizará com as contas de resultado. Será um capítulo voltado 
para a prática de registros e lançamentos que possibilitarão fazer 
o encerramento das contas, a classificação dessas contas nos 
grupos a que pertencem e por fim o fechamento e a elaboração 
dos relatórios. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 1: Equilíbrio patrimonial = bens + direitos na balança equilibrados com as obrigações
Fonte: Freepik
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Fundamentos Contábeis 141
As informações geradas pela contabilidade são de grande 
importância para outras áreas e para outras empresas. Vamos 
fazer algumas suposições:
 �Ao iniciar um negócio será necessário firmar parcerias 
com credores, sejam com forneceres, com bancos ou até mesmo 
com o funcionários. Qualquer um deles ficará de olho na saúde 
financeira da empresa e terá acesso a essas informações através 
dos relatórios a eles fornecidos;
 �A outra situação é quando a empresa está há algum 
tempo em atividade e não está obtendo o lucro desejado, então, 
é possível também através dos relatórios obter informações para 
identificar gargalos, perdas e custos excessivos.
 �Outra situação muito comum e importanteé o 
planejamento tributário. No Brasil muitas empresas têm sua 
permanência no mercado prejudicada pelo mau uso dos seus 
recursos financeiros, principalmente no que se trata de impostos 
a pagar.
E assim, podemos listar muitas outras situações 
corporativas que nos levam a crer e defender a grande importância 
das demonstrações contábeis.
Dependendo do tipo de empresa, normalmente devido ao 
porte e enquadramento tributário, algumas demonstrações não 
são obrigatórias, no entanto, todas são obrigadas a apresentar 
Balanço Patrimonial e Demonstração de resultado.
Quanto à frequência de divulgação é comum que as 
empresas tenham que elaborar suas demonstrações anualmente. 
Para o caso das sociedades de capital aberto, as que negociam 
ações em bolsas de valores, estas divulgas as informações de 
forma semestral ou trimestral. Às empresas tributadas pelo lucro 
real estão obrigadas pela legislação fiscal à apuração mensal do 
lucro.
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Fundamentos Contábeis142
Figura 2: Demonstração gráfi ca do Balanço Patrimonial e seus componentes
Fonte: A autora
Para elaborar o balanço patrimonial, as aplicações deverão 
ter SEMPRE o mesmo valor que as origens, ou, o Ativo deve 
ser igual ao Passivo. Ou seja, deve tomar como regra a seguinte 
equação:
Considerando os relatórios mais comuns, vamos começar 
falando do Balanço Patrimonial.
O Balanço retrata a posição patrimonial da empresa em 
determinado momento. Apresenta informações qualitativas e 
quantitativas dos itens patrimoniais, organizados e separados em 
grupos e subgrupos de contas que descrevem de forma sintética 
ou analítica o que determinada empresa tem em bens, direitos, 
obrigações e patrimônio liquido.
O balanço é formado por dois grandes grupos: o ativo e o 
passivo.
Do lado do ativo estão demonstradas as aplicações de 
recursos que são os bens e direitos da entidade. Do lado do 
passivo, estão demonstradas as obrigações com terceiros e as 
obrigações com os sócios – Patrimônio Líquido. 
Observe na fi gura 2, logo abaixo, como é a disposição das 
contas no balanço patrimonial.
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Fundamentos Contábeis 143
Vamos supor que a empresa Solutions Ltda, ao fi nal do 
exercício de 2019 apontou um ativo no valor de R$ 10.000,00 
e um passivo no valor de R$ 4.000,00, logo, a diferença de R$ 
6.000,00 é o Patrimônio Líquido. Então, na equação de equilíbrio 
patrimonial temos o seguinte:
Agora sim, fi cou bem fácil de entender que para encerrar 
o balanço patrimonial, temos que garantir a equação de balanço 
patrimonial e por isso, temos esse nome a essa demonstração.
Antes de elaborar o balanço patrimonial é levantado o Balancete 
de verifi cação, que antecede as informações possibilitando 
encontrar falhas de saldos ou contas com registros e lançamentos 
incorretos, que poderão ser refeitos ou conferidos garantindo a 
veracidade das informações do balanço.
IMPORTANTE
Os grupos de ativo e passivo também são divididos em 
grupos menores. E as informações neles registradas, também 
estarão dispostas em ordem seguindo uma regra particular para 
as contas do ativo e outra para as contas do passivo.
Vamos retomar quais esses subgrupos!
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Fundamentos Contábeis144
Tabela 1: Balanço Patrimonial e seus subgrupos.
Fonte: Editorial Telesapiens
Vamos retomar brevemente as contas apresentadas por 
cada subgrupo, dando ênfase para aquelas mais comumente 
utilizadas.
Ativo
Um ativo – bem ou direito, pode ser entendido como um 
item com capacidade ou potencial de oferecer benefícios futuros 
a uma empresa. São com os itens ativos que a atividade principal 
será desenvolvida e possibilitará os resultados desejados. As 
contas do ativo estão dispostas seguindo uma suposta ordem de 
liquidez, dessa forma, as contas mais liquidas aparecem na parte 
superior – no topo, enquanto aquelas de menor liquidez, ou que 
não se tem a intenção de liquidação, aparecem na parte inferior.
No ativo, o caixa é a primeira conta a aparecer, pois nela 
está o dinheiro – que é o ativo mais líquido, classificado como 
ativo circulante, pois está em circulação, é uma conta cujo saldo 
se altera quase que diariamente; já as máquinas, classificadas 
como ativo não circulante - imobilizado, são utilizados para a 
ATIVO
Circulante (AC)
Não Circulante (ANC)
Realizável à Longo Prazo (RLP) 
Investimentos (INV)
Imobilizado (IMO)
Intangível (INT)
TOTAL DO ATIVO
Circulante (PC)
Não Circulante (PNC)
Patrimônio Líquido (PL)
TOTAL DO PASSIVO
PASSIVO
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Fundamentos Contábeis 145
produção e para elas não há intenção de venda, de circulação, 
elas permanecem no patrimônio da empresa.
Ativo Circulante
O ativo circulante compreende as disponibilidades, os 
direitos realizáveis a curto prazo, dentro do exercício social e 
as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
Sobre a última, não vamos nos aprofundar, no entanto, sobre as 
disponibilidade e direitos, vamos dar um pouco mais de atenção.
Compõem o ativo circulante: 
 �As contas de maior liquidez são o caixa e as contas 
correntes em banco. Também podemos incluir as aplicações 
financeiras de liquidez imediata, como poupança e alguns 
tipos de fundos que podem ser resgatados de imediato.
 �As contas a receber de clientes – duplicatas a receber 
que são diretos a serem recebidos em decorrência as 
vendas a prazo de mercadorias ou de serviços prestados.
 �As duplicatas descontadas 
 �Os estoques que em empresas comerciais são as 
mercadorias adquiridas para venda e nas empresas 
industriais são os itens como matéria-prima, produtos em 
processo ou produtos acabados.
São também exemplos de estoques os itens de consumo 
para escritório e demais áreas da empresa, porém estes não 
revertem em entradas de recursos, tais como os estoques para 
revenda.
Ativo não circulante
O ativo não circulante é subdividido em outras quarto 
partes: Realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
o intangível.
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Fundamentos Contábeis146
 �As contas do realizável a longo prazo são aquelas com 
recebimento após o termino do exercício seguinte ao 
balanço, ou seja, após 12 meses – 1 ano. São exemplos 
os direitos de vendas, empréstimos a coligadas ou 
controladas, etc.
 �Os investimentos são as participações permanentes 
em outras sociedades; bens não destinados à venda e não 
participam da manutenção das atividades da empresa.
 �O imobilizado, conforme a Lei nº 6.404/76, compreende 
os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da empresa, ou 
exercidos com essa finalidade.
É representado por bens tangíveis utilizados nas atividades 
da empresa, que não estejam destinados à venda, tenham vida 
útil superior a um ano e relevância de valor.
Os bens imobilizados sofrem depreciação, amortização ou 
exaustão em face à sua expectativa de vida útil.
São exemplos comuns de imobilizado: imóveis, terrenos, 
máquinas, equipamentos, veículos, móveis, instalações, etc.
A depreciação como vimos na unidade 3 é uma conta 
retificadora que causa redução no saldo de alguns itens do 
imobilizado, mas que tem grande importância e não pode deixar 
de serapresentada.
 � Intangível: parte do não ativo circulante que apresenta 
“os direitos que tenham como objetos bens incorpóreos 
destinados à manutenção da empresa” conforme Lei n° 
6.404/76, Art. 179.
São exemplos de bens incorpóreos (intangíveis) as marcas 
e patentes, licenças e franquias, pesquisa e desenvolvimento, etc.
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Fundamentos Contábeis 147
Passivo e Patrimônio Líquido
RESUMINDO
No passivo estão as origens de recursos, ou fontes de recursos 
utilizadas pela empresa, podendo ser de terceiros ou dos sócios, 
mediante aporte de capital, ou ainda lucros gerados pela atividade 
da empresa.
As contas do passivo também obedecem a ordem de 
apresentação que está relacionada ao prazo de exigibilidade e à 
urgência do pagamento. Ou seja, aparecem no topo as contas de 
vencimento a curto prazo e aquelas que podem gerar penalidade 
maiores ou mais graves, tais como salários e encargos, impostos, 
que além de multas e juros podem impedir a emissão de certidões.
Passivo Circulante
No passivo circulante estão representadas as contas com 
vencimento no exercício seguinte, ou seja, até os 12 próximos 
meses.
São contas comuns do passivo circulante:
 �Fornecedores: compras de mercadorias, matéria prima 
ou demais itens de consumo, compradas a prazo com fornecedores, 
podem ser também as duplicatas a pagar.
 � Salários e encargos sociais: os salários que são os 
valores devidos aos funcionários pelos serviços prestados, que 
normalmente são despesas do mês corrente, porém com pagamento 
no inicio do mês seguinte, gerando a obrigação a pagar. 
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Fundamentos Contábeis148
Quanto aos encargos, temos como exemplo o FGTS e o 
INSS, além dos encargos de 13° salário e férias que também são 
obrigações a serem pagas.
 � Impostos e taxas: impostos, taxas e contribuições 
a recolher, tais como ICMS a recolher, IPI a recolher, ISS a 
recolher, PIS a recolher, Imposto de renda retido na fonte, ISS 
retido na fonte.
 � Instituições financeiras: empréstimos e financiamentos 
com vencimentos a curto prazo.
Passivo não circulante
No passivo não circulante estão as contas de vencimento 
após o término do exercício seguinte. As principais contas são:
 �Financiamentos: Financiamentos a longo prazo assu-
midos normalmente com instituições financeiras para financiar 
bens do ativo imobilizado.
 �Tributos: que são parcelamentos a longo prazo de 
tributos tais como SIMPLES, IPI, ICMS, ISS e INSS.
Patrimônio Líquido
No patrimônio líquido estão registradas as obrigações 
não exigíveis, que não têm data de vencimento. É a parte que 
pertence aos sócios, proprietários da empresa. 
Com as alterações da Lei n° 6.404/76 deixou de existir 
a conta “lucros acumulados, atualmente, deduz-se que ao 
apresentar as demonstrações contábeis, deverá indicar o destino 
pretendido para o lucro do período”.
São componentes do patrimônio líquido:
 �Capital social: a formação do capital social de uma 
empresa ocorre com o aporte de valores pelos sócios. Para 
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Fundamentos Contábeis 149
A Lei n° 6.404.76 (artigo 176) obriga as empresas de capital 
aberto, as S.A.’s a publicar a demonstração das mutações 
do patrimônio líquido, facilitando assim, a visualização das 
mudanças ocorridas no patrimônio líquido das empresas.
+
OBSERVAÇÃO
Exemplificando como fica um balanço patrimonial 
devidamente encerrado, observe a tabela abaixo:
as sociedades anônimas, é composto por ações e nas demais, 
composto por quotas.
 �Reserva de lucros: as reservas de lucros são os 
resultados positivos obtidos ao final de cada exercício.
 �Prejuízos acumulados: são os resultados negativos 
obtidos ao final de cada exercício e que ainda não foram cobertos 
por novos resultados, positivos.
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Fundamentos Contábeis150
Fonte: A autora
 Muito bem! Entendeu como deve ser organizado e 
apresentado um Balanço Patrimonial? Depois desse capítulo, 
você vai olhar para esse relatório sabendo como estão dispostas 
as contas e o que elas significam. Principalmente sabendo que 
há uma organização das informações, já que no ativo existem a 
ordem de disponibilidade e no passivo a ordem de exigibilidade. 
Tabela 2: Balanço Patrimonial de empresa fictícia
Balanço Patrimonial - Empresa Solutions Ltda.
 Encerramento em 31/12/20X1
Ativo
Circulante
Caixa
Bancos
Poupança
Duplicatas a receber
Estoque de mercadoria
Não circulante
Realizável a longo 
prazo
Ações de outras 
empresas
Obras de arte
Imobilizado
Máquinas
Móveis
Veiculos
Imóveis
Intangível
Marca
TOTAL DO ATIVO
Circulante
Fornecedores
Contas a pagar
Salários a pagar
Impostos a pagar
Não circulante
Financiamento a 
longo prazo
Parimonio Líquido
Capital Social
Reserva de Lucros
TOTAL DO PASSIVO 1.139.300,00
86.300,00
2.000,00
8.000,00
5.300,00
18.000,00
53.000,00
1.053.00,00
15.000,00
21.000,00
36.000,00
886.000,00
46.000,00
19.000,00
89.000,00
542.000,00
95.000,00
95.000,00
1.139.300,00
193.000,00
87.000,00
12.000,00
56.000,00
38.000,00
450.000,00
450.000,00
496.300,00
396.300,00
100.000,00
PassivoR$ R$
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Fundamentos Contábeis 151
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
elaborar uma Demonstração de Resultado do Exercício – DRE. 
Vai Entender e saber elaborar o relatório contábil financeiro que 
trará muitas informações pertinentes ao desempenho da empresa, 
lucratividade do produto ou despesas que estão representando 
valores significativos e deverão ser revisadas. Vamos juntos 
embarcar nessa nova descoberta!
OBJETIVO
Compõem a demonstração de resultados as receitas, os 
custos e as despesas e com o confronto, o resultado do exercício 
sendo ele: Lucro ou Prejuízo.
Assim como o balanço patrimonial, a demonstração de 
resultados também é organizada em grupos de contas, porém, 
para chegar ao resultado final do exercício, ela demonstra a 
receita e as deduções que são dela subtraídas, além do confronto 
com as despesas, que resultará em lucro ou prejuízo.
A disposição das contas aparecerá conforme na figura 
abaixo:
Cada vez mais você está se tornando um expert nos 
assuntos contábeis! E vamos agora, continuar nossa jornada, há 
muito mais para aprender!
Demonstração de Resultado do Exercício 
- DRE
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Fundamentos Contábeis152
Figura 3: Ordem das contas e na DRE
Fonte: A autora
Para entendermos um pouco mais da elaboração da DRE, 
vamos relembrar algumas informações sobre cada grupo de 
conta que a compõem.
Nas contas de resultado, as Receitas são origens de 
recursos, pois geram entradas de recebíveis. As despesas e os 
são aplicação e acontecem normalmente por consumo de itens 
necessários para a produção e manutenção das atividades da 
empresa. Sendo assim, como já vimos na unidade 3, as receitas 
aumentam o Patrimônio Líquido os lançamentos serão realizados 
a CRÉDITO, enquanto as despesas, que causam diminuição no 
Patrimônio Líquido, terão seus valores lançados a DÉBITO
Receitas
As receitas podem ser entendidas como o fluxode 
elementos para o ativo sem que haja correspondente no passivo. 
Estarão sempre relacionadas com vendas de mercadorias ou 
produtos, ou em alguns casos, podem ser originadas a partir 
de investimentos financeiros, tais como aplicações em bancos. 
Demonstração de Resultado do 
Exercício - DRE
Receitas
Custos
Lucro Bruto
Despesas
Lucro Líquido
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Fundamentos Contábeis 153
Em geral, a nomenclatura utilizadas para diferenciar o tipo de 
operação que gerou determinada receita, acrescenta-se o nome 
da operação, da seguinte forma: 
 �Receitas de vendas;
 �Receitas de serviços;
 �Receitas financeiras; 
 �Receitas de aluguel, tec.
Uma receita sempre resulta no aumento de Patrimônio 
Líquido. 
Para a elaboração da Demonstração de Resultado (DRE), 
utilizamos alguns termos como sinônimos de receita, de acordo 
com particularidades dos eventos econômicos: 
 �Receita operacional: está relacionada às principais 
atividades da empresa, independente de sua frequência;
 �Receita Não operacional: são aditivos ao Patrimônio 
Líquido não associado com a atividade principal da 
empresa;
 �Ganho: aditivo de Patrimônio Líquido, não associado 
às atividades operacionais;
 �Receita extraordinária: aditivo ao Patrimônio Líquido 
que não provém das operações típicas da empresa e têm 
natureza eventual.
Os tipos de receitas são nomeados e apresentados de 
forma diferente para que haja melhor leitura dos fatos ocorridos, 
proporcionando melhores decisões e também pela forma em que 
são tributadas.
Despesas
As despesas são gastos decorrentes do uso de bens ou 
serviços para obtenção de receitas ou para o funcionamento da 
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Fundamentos Contábeis154
empresa como um todo. São exemplos de despesas os salários 
dos funcionários, comissões de vendas, etc.
As despesas são contas que geram redução no Patrimônio 
Líquido, no entanto, na grande maioria das vezes, as receitas são 
maiores do que as despesas, o que acaba por não efetivar essa 
redução.
Para a elaboração da Demonstração de Resultado (DRE), 
podemos empregar os seguintes termos como sinônimos de 
despesa, de acordo com particularidades dos eventos econômicos: 
 �Custo: gasto incorrido para a obtenção de um bem 
ou serviço que será utilizado para a geração/produção de 
outro bem ou serviço. São os valores gastos para que o 
bem ou serviço que representam a atividade principal da 
empresa possam ser obtidos e posteriormente destinados à 
geração de receita operacional. São exemplos: gastos com 
matéria-prima para a produção; mercadoria para revenda; 
mão-de-obra para prestação de serviços.
 �Despesa operacional: são os gastos incorridos para a 
realização das receitas relacionadas à atividade principal, 
ou ainda para a manutenção do funcionamento da empresa. 
São exemplos as comissões de vendas, a energia elétrica 
dos setores administrativos, etc.
 �Prejuízo ou perda: são diminuições do Patrimônio 
Líquido que não resultam da atividade principal da empresa. 
Algo extremamente fora do comum, tais como perda de 
mercadoria em estoque por inundação ou incêndio.
Resultado
O resultado é a diferença entres as receitas e as despesas 
de determinado período.
Então, temos a seguinte situação:
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Fundamentos Contábeis 155
Lucro é o resultado positivo de um período, já que trará aumento 
no Patrimônio Líquido, enquanto o Prejuízo é o resultado negativo, 
o que inversamente ocasionará a redução de Patrimônio Líquido.
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
 Integração do Resultado com o Patrimônio 
Líquido
As contas de Receita e despesa devem ser encerradas para 
o levantamento do resultado. Elas devem ser zeradas para que 
não apareçam no próximo período e para isso, a contrapartida 
de lançamentos deverá ser realizada em uma conta transitória 
chamada de “resultado do exercício”. O resultado fi nal é 
encerrado na conta “resultado do exercício” e transportado, 
então, por meio da contrapartida, para o Balanço Patrimonial, 
no Patrimônio Líquido. 
1º. Encerrar as contas de receitas para a conta de 
resultado; 
2º. Encerrar as contas de despesas de custos para 
a conta de resultado. 
3º. A diferença entre as receitas e as despesas, 
ou seja, o saldo da conta de resultado será o 
resultado do período, sendo lucro se as receitas 
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Fundamentos Contábeis156
Tabela 3: Estrutura legal da demonstração de resultado do exercício
forem maiores do que as despesas, ou prejuízo se 
as receitas forem menores; 
4º. Encerramento da conta resultado para a conta 
Resultado do exercício no Balanço Patrimonial.
Realizado o tratamento necessário para as contas de 
resultado, antes de elaborar os relatórios de DRE e Balanço 
Patrimonial, deve-se elaborar o Balancete de verificação, 
que proporcionará uma análise superficial das contas além de 
verificar se os saldos devedores estão iguais aos saldos credores. 
Componentes da demonstração de 
resultado
A demonstração de resultado, para facilitar a leitura do 
lucro ou prejuízo obtido pela empresa em determinado período, 
utiliza-se a seguinte estrutura: 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Vendas Canceladas
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Impostos sobre vendas
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas com vendas
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas gerais
(-) Outras despesas e receitas operacionais
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Fundamentos Contábeis 157
Fonte: A autora
Abaixo, vamos entender o que cada denominação 
representa:
 �Receita operacional bruta: é o valor total do 
faturamento da empresa;
 �Vendas canceladas: como o termo nos remete são as 
devoluções de vendas.
 �Abatimentos sobre vendas: são os descontos 
concedidos nas vendas;
 � Impostos incidentes sobre vendas: são os valores 
pagos referente a impostos gerados em função da venda. Esses 
impostos são o IPI, PIS e COFINS (pagos ao governo Federal), 
ICMS pago ao governo Estadual), ISS (pago ao Município);
 �Receita operacional líquida: é a parte que “sobra” 
para que a empresa cubra seus custos, despesas e ainda obtenha 
lucro.
(=) RESULTADO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA
(+/-) Resultado da equivalência patrimonial
(=) RESULTADO ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS 
FINANCEIRAS
(+/-) Despesas financeiras, líquidas das receitas
(=) RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(-) Imposto sobre a renda
(-) Contribuição social
(-) Participações
(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
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Fundamentos Contábeis158
 �Custo dos produtos, mercadorias ou serviços: custo 
diretamente ligado à obtenção do bem vendido, ou do produto 
industrializado, ou ainda dos serviços prestados;
 �Lucro bruto: considerado também como margem 
bruta, ou margem de contribuição, ou seja, após as deduções da 
receita e o custo do incorrido para a obtenção do bem, é o que 
contribui para o pagamento das despesas e da manutenção da 
atividade da empresa.
 �Despesas operacionais: despesas necessáriasà 
manutenção das atividades da empresa. Podem ser apresentadas 
com a subdivisão seguinte:
• Despesas com vendas: aquelas incorridas com as 
atividades comerciais da empresa, tais como as comissões, 
publicidade e propaganda, etc.
• Despesas administrativas: são os gastos incorridos 
com as atividades administrativas da empresa, tais como os 
salários do pessoal da administração, aluguéis, despesas gerais 
e judiciais.
• Despesas gerais: são aquelas cuja natureza não se 
encaixam como despesas de vendas ou administrativas.
• Outras despesas e receitas: a nova estrutura contábil 
não adota as despesas e receitas não operacionais, neste caso, 
àquelas contas que cuja natureza não se relacionam à operação 
da empresa, devem ser agrupadas e demonstradas em “outras 
despesas e receitas”.
 �Resultado das atividades da empresa: é o resultado 
das atividades da empresa, é conhecido também como LAJIR – 
Lucro antes dos juros e imposto de renda.
 �Resultado de equivalência patrimonial: válido para 
sociedades coligadas. Conforme lei é obrigatória a utilização 
do Método de equivalência patrimonial para avaliação dos 
investimentos.
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Fundamentos Contábeis 159
 �Resultado antes das receitas e despesas financeiras: 
que é o resultado das atividades após a operação de equivalência 
patrimonial.
 �Despesas e receitas financeiras são os recebimentos ou 
pagamentos de juros no período.
 �Resultado antes dos impostos e participações: 
totalizador após dedução ou soma das despesas e receitas 
financeiras.
 � Imposto sobre o lucro: é o imposto de renda e o CSLL 
– contribuição social sobre o lucro liquido.
 � Participações estatutárias que representem parcelas dos 
lucros destinadas a empregados, diretores, etc.
 �Lucro líquido do exercício: é o resultado líquido após 
computar as receitas e deduzir as despesas.
Como falamos acima sobre os componentes da 
Demonstração de Resultado do Exercício, essa demonstração 
trás informações gerenciais de grande importância. Visualizar 
o lucro é muito importante, porém, mais importante é entender 
como ele está acontecendo, ou de que forma as receitas estão 
sendo consumidas. Esta análise é também muito importante e 
vamos estudar e entender como é feita no próximo capítulo.
O entendimento de todas essas informações vai ficar mais 
claro com a exemplificação abaixo:
A empresa Luz Ltda, revende luminárias e abajures. Iniciou 
suas atividades no ano de 20X1 e apresentou os seguintes fatos:
a. Foi constituída com capital em dinheiro no valor de R$ 
500,00.
b. Teve aumento de capital por parte dos sócios integrali-
zado através dos seguintes bens: Prédio R$ 800,00 e Ter-
reno R$ 600,00.
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Fundamentos Contábeis160
c. Abertura de conta corrente em banco no valor de R$ 
250,00, utilizando dinheiro do Caixa. 
d. Aplicação financeira através de transferência bancária 
no valor de R$ 50,00.
e. Compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 
600,00 com pagamento a prazo com o Fornecedor.
f. Aquisição de móveis e equipamentos no valor de R$ 
90,00 a ser pago em 18 parcelas através de Financiamento.
g. Pagamento de despesa de cartório em dinheiro no valor 
de R$ 15,00.
h. Rendimento da aplicação financeira R$ 5,00.
i. Venda de mercadoria no valor de R$ 900,00 com 
recebimento á vista de R$ 300,00 no caixa e R$ 300,00 
no banco, o restante será recebido à prazo através de 
duplicatas. O custo da mercadoria vendida foi de R$ 350,0. 
ICMS sobre a venda (18%).
j. Pagamento de comissão a vendedor através de 
transferência bancaria, no valor de R$ 35,00.
Mediante as informações vamos fazer o passo a passo dos 
registros dos fatos nas devidas contas através dos lançamentos 
de débito e crédito. Depois, vamos fazer a verificação através do 
balancete, encerrar as contas de resultado, zerando-as, elaborar 
a demonstração de resultado, transferir o resultado auferido para 
o balanço patrimonial fechando-o de acordo com o equilíbrio 
das contas.
RESOLUÇÃO:
Realizar os lançamentos a débito e crédito nas contas 
através do registro em diário e razão.
Lançamento em diário:
a. D Caixa (Ativo Circulante) R$ 500,00
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Fundamentos Contábeis 161
C Capital Social (Patrimônio Líquido) R$ 500,00
b. D Prédio (Ativo Imobilizado) R$ 800,00
D Terreno (Ativo Imobilizado) R$ 600,00
C Capital Social (Patrimônio Líquido) R$ 1.400,00
c. D Banco (Ativo Circulante) R$ 250,00
C Caixa (Ativo Circulante) R$ 250,00
d. D Aplicação Financeira (Ativo Circulante) R$ 50,00
C Banco (Ativo Circulante) R$ 50,00
e. D Estoque de mercadoria (Ativo Circulante) R$ 600,00
C Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 600,00
f. D Móveis e equipamentos (Ativo Imobilizado) R$ 
90,00
C Financiamento Curto prazo (Passivo Circulante) (12 
meses) R$ 60,00
C Financiamento a Longo prazo (Passivo não 
Circulante)(6 meses) R$ 30,00
g. D Despesa de Cartório (Resultado) R$ 15,00
C Caixa (Ativo Circulante) R$ 15,00
h. D Aplicação Financeira (Ativo Circulante) R$ 5,00
C Receita Financeira (Resultados) R$ 5,00
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Fundamentos Contábeis162
i. Lançamento da Venda:
D Caixa (Ativo Circulante) R$ 300,00
D Banco (Ativo Circulante) R$ 300,00
D Duplicatas a receber (Ativo Circulante) R$ 
300,00 
C Receita de vendas (Resultados) R$ 900,00
Lançamento do custo da mercadoria:
D Custo da mercadoria vendida (CMV) (Resultados) 
R$ 350,00 
C Estoque de mercadoria (Ativo Circulante) R$ 900,00
Lançamento do ICMS sobre vendas: (Venda = 900; 
ICMS = 900 X 18%)
D ICMS sobre a venda (Resultados) R$ 162,00
C Impostos a recolher (Passivo Circulante) R$ 
162,00 
j. D Comissão de vendas (Resultados) R$ 35,00
C Banco (Ativo Circulante) R$ 35,00
 Lançamentos em razão, conta T:
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 162eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 162 27/05/2020 16:55:5727/05/2020 16:55:57
Fundamentos Contábeis 163
Caixa
Caixa Social
Financiamento 
CP
Aplicação
Financiera
Estoque de
Mercadoria
Móveis e 
Equipamentos
Duplicatas a 
receber
a. 500,00
i. 300,00
800,000
535,00
a. 500,00
b. 800,00
c. 600,00
1.900,00
1.900,00
f. 60.00
60,00
60,00
f. 30,00
30,00
30,00
d. 500,00
h. 5,00
55,00
55,00
b.800,00
800,00
e. 600,00
600,00
600,00
e. 600,00
600,00
250,00
350,00
350,00
250,00
15,00
265,00
b. 600,00
600,00
600,00
f. 90,00
90,00
90,00
c. 250,00
i. 300,00
550,00
465,00
i. 162,00
162,00
162,00
i. 300,00
300,00
300,00
d. 50,00
j.35,00
85,00
Prédio
Fornecedores
Financiamento 
LP
Terreno
Impostos a 
recolher
Banco
Tabela 4
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 163eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 163 27/05/2020 16:55:5727/05/2020 16:55:57
Fundamentos Contábeis164
Despesas
de cartório
CMV
g. 15,00
15.00
15.00
i. 350,00
350,00
350,00
h. 5,00
5,00
5,00
j. 35,00
35,00
35,00
i. 900,00
900,00
900,00
i. 162,00
162,00
162,00
Receita
Financiera
Comissão
de Vendas
Receita
de vendas
Imposto
sobre Venda
Verifi car os saldos das contas a débito e a crédito no 
Balancete de verifi cação:
Fonte: Editorial Telesapiens
Tabela 5
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 164eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 164 27/05/2020 16:55:5727/05/2020na Europa, mais especifi camente na Itália, que surgiu 
a necessidade de escrituração dos itens patrimoniais para a 
visão do consumidor e para a visão do fornecedor e aí surgiu a 
sistematização dos controles.
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 15eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 15 27/05/2020 16:55:4627/05/2020 16:55:46
Fundamentos Contábeis16
Na sequência, no Renascimento, um frade franciscano, 
chamado Lucca Paccioli, foi o criador do método das partidas 
dobradas: no qual, todo crédito precisa de um lançamento a 
débito, de igual valor. E esse tem sido o método mais popular da 
Contabilidade.
Onde você vê ou ouve falar de débito e crédito?
Mas a história da Contabilidade não acaba aqui! Só para 
recordar, no ano de 1500, houve o descobrimento do Brasil e 
com isso, junto com a família real vieram os provedores da 
fazenda, na época, contadores que registravam o patrimônio.
Para qualificar os profissionais da época foram ministradas 
aulas de ensino contábil e surgiu também a mais antiga associação 
da classe, chamada “Associação dos Guarda Livros da Corte”. 
Foi em 1905, no governo do Presidente Eurico Gaspar 
Dutra que a Contabilidade foi reconhecida como profissão. 
E de lá para cá, muitas leis foram criadas e para assegurar o 
exercício legal da profissão, temos como fiscalizadores o CFC/
CRC – Conselho Federal da Contabilidade / Conselho Regional 
da Contabilidade. São essas instituições que garantem que o 
Contador está apto para a profissão e que as normas impostas 
estão sendo cumpridas.
E aí? Deu para conhecer de onde veio a necessidade de 
registros e a origem da Contabilidade?
Conceito de Contabilidade
Podemos definir a Contabilidade da seguinte forma:
A Contabilidade é a ciência que estuda o Patrimônio. 
Ou ainda, “sistema de informação que controla o 
patrimônio de uma entidade. (Padoveze, 2014).
Em outras palavras, a Contabilidade é uma ciência que se 
utiliza de métodos e técnicas de registro e controle do Patrimônio 
de uma entidade. Inclusive, temos aqui grandes caracterizadores 
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Fundamentos Contábeis 17
dessa ciência, pois o Patrimônio é o objeto de estudo. E controlar 
do Patrimônio é o objetivo da Contabilidade.
 �Patrimônio é o objeto. Controlar é o objetivo.
Para cumprir como esse objetivo, a Contabilidade tem como 
atribuições: captar, registrar, acumular, resumir e apresentar as 
informações pertinentes ao objeto de estudo!
Figura 2: Atribuições da Contabilidade
Fonte: O Autor
É necessário captar informações e dados através de 
documentos e sistemas. Podemos observar melhor essa 
atribuição se pensarmos que existem notas fiscais e contratos com 
informações de objetos e valores de transações. Essas informações 
contribuirão para o registro, ou seja, de forma sistemática e 
padronizada, serão escritos e guardados dados. Acumular esses 
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Fundamentos Contábeis18
dados ou informações possibilitará a mensuração. Afinal, é 
importante sabermos o que temos e também quanto temos, de 
forma resumida, para uma leitura facilitada. E quando se trata de 
elaborarmos relatórios para devidos interessados, temos através 
da Contabilidade a possibilidade de apresentar essas informações 
em um padrão universal de fácil entendimento.
Imagine que você é gestor de uma grande corporação que 
recebe a oferta de compra de parte desse conglomerado. Como 
você aconselharia o proprietário a formar o preço de venda e 
a defender esse valor? Acertou se você pensou em acionar a 
Contabilidade e se utilizar dos relatório por ela apresentados, 
bem como das explicações e análises por ela realizadas.
Podemos concluir então, que através dos registros 
e relatórios contábeis é possível aprimorar o controle do 
Patrimônio e os mesmos formam um pilar seguro que pode 
embasar a tomada de decisões.
Usuários da Contabilidade
Outro ponto importante a lembrar é que os Administradores 
não são os únicos interessados nas informações contábeis. São 
considerados usuários da Contabilidade, todos aqueles que 
têm algum tipo de interesse nas informações de determinada 
corporação. São eles:
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Fundamentos Contábeis 19
Figura 3: usuários das informações contábeis
Fonte: O Autor
 � Investidores (acionistas, sócios), procuram estar “por 
dentro” das informações de rendimento e lucratividade para 
tomarem decisões de investimento;
 � Stakeholders (demais interessados no bom e perfeito 
funcionamento da organização) cobrança de medidas e 
resultados;
 �Analistas de mercado que poderão identificar itens que 
agreguem valor ou não à organização;
 �Bancos que periodicamente solicitam relatórios contábeis 
para analisar e determinar escores de crédito às organizações;
 � Fornecedores também voltados para análise e concessões 
de crédito;
 �Clientes que poderão sentir-se mais confiantes transacionar 
itens com entregas com prazos;
 � Funcionários interessados em formar carreiras dentro 
das organizações;
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Fundamentos Contábeis20
 �Governo que é um grande interessado em conhecer a 
renda e o crescimento das áreas produtivas, pelas quais também 
recebe recursos em seus caixas para realizar a gestão da grande 
máquina que é o país.
Pessoa Física e Pessoa Jurídica
Após observarmos todos os usuários podemos dizer de 
uma forma resumida que a Contabilidade é mantida para as 
Pessoas Físicas e para as Pessoas Jurídicas, ou seja, qualquer um 
dos dois pode perfilar algum dos tipos de usuários citados acima.
Mas, o que é uma Pessoa Física e uma Pessoa Jurídica?
Qualquer ser humano é uma pessoa física e uma empresa 
é uma pessoa jurídica.
Uma pessoa jurídica não tem vontade própria. 
Normalmente é formada por uma ou mais pessoas físicas que 
em comum acordo iniciam uma sociedade e tomam decisões no 
decorrer da vida.
O Código Civil pontua muitas diferenças entre ambas, 
mas aqui, observaremos que uma Pessoa Jurídica só passa a 
existir a partir da disposição de uma Pessoa Física investir 
tempo e recursos.
IMPORTANTE
O Governo, através da Receita Federal se utiliza de um 
documento de 11 dígitos, chamado CPF – Cadastro de Pessoa 
Física, para identificar os contribuintes. E outro código com 14 
dígitos para identificar as pessoas jurídicas, o CNPJ – Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica. Ambos contém informações sobre 
movimentação financeira e patrimonial dos contribuintes.
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Fundamentos Contábeis 21
Atos e Fatos Administrativos ou Contábeis
Retomando o raciocínio onde uma ou mais pessoas físicas 
iniciam uma sociedade que dá origem a uma pessoa jurídica, 
com o intuito de lucro e continuidade. Para que isso aconteça, os 
diretores ou administradores da empresa, ou os próprios sócios 
nessas posições, praticam atos administrativos ou empresariais. 
Ou seja, a administração patrimonial faz-se pela prática dos 
atos. Alguns desses atos podem afetar o patrimônio empresarial 
e passam a ser chamados de fatos. 
Periodicamente o sócio faz visitas ao gerente da conta 
bancária, com o intuito de relacionamento, não afetando assim 
o Patrimônio da empresa, no entanto, se ele decide encerrar16:55:57
Fundamentos Contábeis 165
Tabela 6
Fonte: Editorial Telesapiens
Encerrar as contas de resultado com contrapartida na conta 
Resultado do Exercício: 
Despesas de cartório
15,00
15.00
-
15,00
15.00
5,00
5,00
-
5,00
5,00
900,00
900,00
-
900,00
900,00
Receita Financiera Receita de vendas
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Fundamentos Contábeis166
CMV
350,00
350,00
-
350,00
350,00
35,00
35,00
35,00
35,00
-
15,00
350,00
35,00
162,00
562,00 905,00
343,00
5,00
900,00
162,00
162,00
162,00
162,00
-
Comissão de vendas
Resultado do Exercício
Imposto sobre venda
Fonte: Editorial Telesapiens
Tabela 7
A autora
Elaboração da Demonstração de Resultado do 
Exercício - DRE:
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Fundamentos Contábeis 167
Elaboração do Balanço Patrimonial com o Resultado 
do Exercício transferido para o Patrimônio Líquido:
Tabela 8
Fonte: A autora
 Análise das demonstrações contábeis
OBJETIVO
Neste capítulo vamos apresentar o que cada informação contida 
nos relatórios fi nanceiros contábeis contribui na tomada de 
decisão. Você vai aprender a analisar e a interpretar os números 
e rubricas. Você terá literalmente outra visão da contabilidade. 
Vai perceber os relatórios e resultados auferidos por essa área 
não são somente para fi ns fi scais, mas sim gerenciais e com teor 
de alta necessidade. Embarque nessa jornada!
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Fundamentos Contábeis168
Figura 4: É preciso analisar!
Fonte: Freepik
Quando se trata de finanças não podemos sair gastando 
ou decidindo coisas sem pensar. Na nossa vida pessoal, toda 
vez que queremos “dar um passo maior”, adquirir uma casa, um 
carro, por exemplo, precisamos avaliar todo o contexto em que 
estamos vivendo, as disponibilidades e depois, avaliar ainda o 
que estaremos adquirindo. No mundo corporativo essa análise é 
ainda mais criteriosa. É preciso entender o mercado, a economia 
global e o impacto a curto e longo prazo, além de conhecer 
também os parceiros de negócios. E então avaliar também 
as condições internas e financeiras da empresa. Atualmente, 
muitas empresas tomam decisões sem avaliar os riscos e as 
possibilidades e acabam se deparando com “surpresas” ao longo 
do caminho. Algumas adaptáveis, outras, indesejáveis. 
Para que a gestão de uma empresa não corra riscos 
desnecessários é fundamental avaliar as informações contidas 
nos relatórios contábeis financeiros, em geral, o Balanço 
Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício, pois 
a partir desses é possível entender o desempenho operacional 
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Fundamentos Contábeis 169
e a capacidade de gerar resultados. É claro, que essa análise 
deve ser complementada por outras avaliações tais como 
de mercado, produto, gestão da empresa; Mas nós vamos 
focar nas análises contábeis financeiras que nos permitem em 
geral, avaliar características como as seguintes: capacidade 
de pagamento através da geração de caixa, capacidade de 
pagamento a investidores a partir da geração de lucro, níveis 
de endividamento, motivo e qualidade, necessidade de capital 
de giro, dentre outras características que podem gerar novos 
negócios ou limitar o envolvimento de investidores e credores.
A análise das demonstrações contábeis costuma ser 
desenvolvida mediante aplicação de técnicas simples e o 
instrumental básico para isso são as análises vertical e horizontal, 
normalmente feitas do Balanço Patrimonial e da Demonstração 
de resultado, através delas é possível identificar a estrutura da 
empresa e evolução dos elementos patrimoniais e os resultados 
em determinado intervalo de tempo.
A diferença entre uma e outra está relacionada basicamente 
ao período de análise. Na análise horizontal avaliamos os 
elementos comparando um período a outro, enquanto na análise 
vertical, a avaliação é feita dentro do mesmo período e a 
comparação é feita de um elemento para outro. Vamos entender 
melhor cada uma delas. Começaremos pela análise horizontal.
Análise Horizontal (AH)
O objetivo da análise horizontal (AH) é identificar a 
evolução histórica dos elementos patrimoniais e de resultado ao 
longo de um período de tempo. Vamos supor que determinada 
empresa identificou no último período um grande aumento no 
volume das vendas e está avaliando a possibilidade de dobrar 
a capacidade produtiva através de ampliação da fábrica. 
Para tomar essa decisão, é fundamental fazer um estudo do 
comportamento das receitas com os anos anteriores e entender o 
que promoveu esse aumento. Vai ser possível observar relações 
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Fundamentos Contábeis170
entre contas, como por exemplo, um aumento nas vendas em 
função de um aumento no investimento em marketing, através 
de publicidade e propaganda e então, é preciso considerar o 
retorno do investimento realizado e a possibilidade de novos 
investimentos.
É relevante que para a qualidade das informações, ao 
realizar a analise horizontal, se utilize um conjunto de balanços 
ou demonstrações, para que se avalie e compare vários períodos 
proporcionando assim, um histórico do comportamento de cada 
item, mas é válido também realizar comparações de um ano para 
outro, principalmente no caso de empresas com pouco tempo de 
existência. 
Sempre que desejamos analisar números que apresentam 
variações, precisamos tomar um critério como base e determinar 
índices para os demais. Logo, transformar os dados em 
percentuais será a técnica a ser utilizada, então, na AH vamos 
calcular os percentuais de cada elemento patrimonial ou de 
resultado, cada conta e compará-las entre si, baseando-se com o 
período mais antigo.
O período mais antigo será o 100%, a base de comparação, 
enquanto os demais deverão ter suas proporções calculadas em 
relação a ele.
Vamos a um exemplo prático:
Tabela 9
Fonte: A autora
Podemos observar que essa empresa obteve um crescimento 
contínuo nas vendas, pelos 3 primeiros anos (20X0, 20X1 e 
20X2). No período de 20X3 houve uma queda, porém seguida 
de novo aumento. É possível também avaliar o volume dessa 
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Fundamentos Contábeis 171
Tabela 10
Fonte: A autora
variação, que ao longo do período analisado é extremamente 
satisfatória. Com relação à identifi cação da queda nas vendas 
em 20X3, se observar o período todo, mesmo havendo variação 
para menor, a “queda” ainda está acima do nosso ano base. Por 
outro lado, é interessante entender o que houve neste ano que 
afetou as vendas.
Agora, para calcular o índice de Receita de vendas de 
20X1 fazemos o seguinte cálculo:
Esse cálculo aplica-se aos demais períodos, mas sempre 
comparando com X0.
Vamos analisar a Demonstração de Resultado de três 
períodos 20X0, 20X1 e 20X2.
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Fundamentos Contábeis172
Na demonstração acima podemos avaliar a evolução de 
cada item. O aumento nas receitas pode ser respaldadopelo 
aumento no investimento em Marketing, interferindo no volume 
de vendas, ou pode ser o caso também de um aumento nos 
preços, o que acarretaria um aumento nos valores das receitas. 
Outro índice importante e certamente o 1º a ser visualizado é a 
progressão do resultado líquido, houve um aumento excepcional 
no lucro.
Da mesma forma, pela Análise Horizontal, é possível 
verifi car a evolução dos itens patrimoniais, podendo 
complementar as informações observada com a análise da DRE, 
como por exemplo o giro de estoque, as disponibilidade do ativo 
e outros. Abaixo, vamos aplicar a análise horizontal ao Balanço 
Patrimonial:
Tabela 11
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 172eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 172 27/05/2020 16:55:5927/05/2020 16:55:59
Fundamentos Contábeis 173
Tabela 12
Fonte: A autora
Fonte: A autora
Vamos considerar os pontos principais para analisar:
O Patrimônio apresentou crescimento de 31% em 20X1 
com relação a 20X0 e decaiu um pouco em 20X2.
O Ativo circulante apresentou crescimento, com variação 
de 66 pontos percentuais, enquanto o ativo não circulante, 
apresentou um crescimento baixo, de 1% de variação. O que 
signifi ca que ao longo dos 3 anos, não houve investimento a 
longo prazo, nem em imobilizado.
Já o passivo circulante, em 20X1 teve uma variação para 
maior de 82 pontos percentuais com relação a X0 e caiu um 
pouco em 20X2, o que nos leva a entender que a empresa está 
utilizando capital de giro a curto prazo. Essa medida não está 
sendo prejudicial porque a empresa vem apresentando resultado 
de vendas – receitas, grande gerador de disponibilidades. 
Percebemos também, que o passivo não circulante teve um 
acréscimo de mais de 1.000 pontos percentuais e o que preocupa 
é o fato da empresa não ter investido em imobilizado, o que nos 
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Fundamentos Contábeis174
leva a entender que pode ter sido uma saída financeira para falta 
de capital de giro.
O Patrimônio Líquido, por sua vez, teve baixo crescimento, 
sendo em 20X1 de 10 pontos percentuais e em 20X2, 14 pontos 
percentuais. Crescimento relativamente baixo.
Em geral, a empresa está tendo resultado e aumento nas 
receitas, por outro lado, a utilização de capital de terceiros está 
sendo um pouco preocupante. O que pode ser uma vantagem é o 
prazo de pagamento dos empréstimos que excede o fechamento 
do exercício.
Uma empresa que utiliza capital de giro de terceiros, paga juros 
– não é o caso do modelo exemplificado, porém, é preciso tomar 
muito cuidado com a utilização de crédito, pois isso pode colocar 
o patrimônio da empresa em risco.
REFLITA
Análise Vertical (AV)
Existe semelhança nos cálculos das duas formas de análise, 
no entanto, as informações geradas complementam uma à outra. 
Pela análise horizontal, podemos perceber o desempenho 
ao longo de períodos diferentes, já na análise vertical, podemos 
identificar os motivos da evolução apresentada num mesmo 
período. Na a AH comparamos as mesmas contas, porém 
em períodos diferentes. Na análise vertical, observamos a 
estrutura operacional, o desempenho dos itens patrimoniais ou 
de resultado, no mesmo período, estabelecendo um critério e 
comparando os demais com aquele.
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Fundamentos Contábeis 175
A AV mostra a participação individual das contas 
constantes nas demonstrações, fazendo comparação com outa 
conta de referência.
O valor base do balanço patrimonial é o ativo total e na 
demonstração de resultado é a receita líquida da venda. Logo, na 
análise vertical, os cálculos são feitos de cima para baixo, ou de 
baixo para cima.
No balanço patrimonial, portanto, a AV fornece 
informações sobre a estrutura do ativo e suas fontes de 
fi nanciamento presentes no passivo. Observe o quadro abaixo: 
podemos observar nitidamente que o Ativo circulante está sendo 
fi nanciado quase que meio a meio pelo passivo circulante e pelo 
passivo não circulante, ou seja, a empresa utiliza tanto capital 
de terceiro a curto, como a longo prazo para manter o capital 
de giro disponível do ativo circulante. O Ativo não Circulante 
é também formado praticamente em meio a meio por capital de 
terceiros a longo prazo e pelo patrimônio líquido. Essa é uma 
forma prática de entender e avaliar a situação patrimonial de 
uma empresa.
Figura 5: Gráfi co demonstrativo de representatividade dos subgrupos patrimoniais
Fonte: A autora
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Fundamentos Contábeis176
Na demonstração de resultado, essa análise possibilita 
avaliar a participação de cada item de resultado na formação 
do resultado fi nal, lucro ou prejuízo, entendendo também, o que 
pode estar prejudicando a obtenção do lucro desejado. Isso é 
interessante, pois deve instigar que a empresa passe a controlar 
seus custos de forma mais apurada.
Observe o gráfi co abaixo: de forma clara podemos 
visualizar que o elemento que teve maior representatividade 
mediante a receita total desse período foi o custo da mercadoria. 
Essa informação, pode sugerir uma investigação mais detalhada 
sobre o comportamento do custo.
Figura 6: Gráfi co demonstrativo de representatividade dos subgrupos patrimoniais
Fonte: A autora
Podemos utiliza a análise vertical na demonstração de 
resultados sob três formas:
�Levantando a representatividade de cada item em 
relação à Receita Líquida de vendas do período de análise, 
como consta no gráfi co acima.
�Observação do comportamento histórico ao longo de 
mais e um exercício – e embora envolva outros períodos, 
mas avalia-se, por exemplo, o comportamento do custo 
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Fundamentos Contábeis 177
da mercadoria ao longo de certo período, porém, seu 
comportamento em comparação com a receita líquida do 
próprio período avaliado; 
� Possibilidade de comparação dos percentuais 
apresentados pela empresa com dados de uma outra 
empresa do mesmo mercado – um concorrente, por 
exemplo, no entanto, garantindo que as características tais 
como porte e região estejam em consonância.
Enfi m, como é o cálculo na prática: para cada período 
analisado, para calcularmos o valor percentual correspondente 
de cada conta, seja ela um item patrimonial ou de resultado, 
devemos dividir o valor da conta que queremos calcular pelo 
valor base (referência elegida) e multiplicamos por 100.
Ou seja, avaliando a representatividade do Ativo Circulante 
com relação ao Ativo Total, observamos que representa 59% do 
mesmo, ou seja, a maior parte das aplicações se encontra no 
curto prazo, porém, isso possibilita facilidade do pagamento das 
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Fundamentos Contábeis178
contas de vencimento de curto prazo, ou seja, a empresa possui 
ativo em giro, não apenas imobilizados.
Vamos realizar juntos, a análise vertical das demonstrações 
da empresa fi ctícia Luz Ltda.:
Tabela 13
Fonte: A autora
Observe as contas e a representatividade de cada uma com 
relação ao critério base, que é a Receita Operacional Líquida. 
Podemos verifi car exatamente como está sendo consumida a 
receita líquida. Porém, antes de darmos andamento à interpretação 
dos números obtidos, quero ressaltar o motivo deutilizarmos 
a receita líquida e não a receita bruta. Obviamente, a receita 
bruta não é um recurso que vai compor as disponibilidades, 
no caso do imposto, o que ocorre é uma dedução e depois um 
repasse de valor, a empresa não deve se apropriar desses valores 
considerando-os como receita. Imagine, por exemplo, uma nota 
fi scal, ela precisar ter um valor total para aplicarmos as alíquotas 
de dedução, no caso dos impostos é recebido e repassado ao 
fi sco, já no caso de descontos, estes não serão recebidos, apenas 
calculados e considerados para fi ns de estudos de marketing e 
fi nanças, não efetivando uma entrada de recurso. 
A receita liquida é o recurso que originará aumento de 
ativo e a partir dela, poder-se-á efetuar o pagamento dos custos 
e das despesas de empresa.
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Fundamentos Contábeis 179
Analisando os elementos de maior representatividade, 
podemos notar que o custo da mercadoria está tomando quase 
50% da receita líquida, o que pode ser algo fatal para uma empresa 
ao longo do tempo. Se observarmos a linha dos 2 próximos anos, 
podemos ver que esse custo não se reduz ao passar do tempo. 
Muito possivelmente a empresa não possua muitas opções de 
fornecedores, o que acaba encarecendo o custo da mercadoria.
Para cada R$ 1,00 vendido, R$ 0,48 é o custo dessa 
venda. Em 20X0 as despesas também chegaram aos 47 pontos 
percentuais, o que quase levou a empresa ao prejuízo.
No ano que se seguiu, 20X1, houve um aumento no lucro, 
no entanto, estabeleceu uma linha estável para 20X2, sendo 
que o custo e as despesas também se mantiveram praticamente 
estáveis. 
Considerando a análise vertical da DRE, para que haja 
um crescimento do patrimônio líquido dessa empresa, e então 
a riqueza líquida, é extremamente urgente um estudo mais 
aprofundado do mercado e das estratégias de gestão.
Evitando limitação de interpretação, vamos analisar 
também o Balanço Patrimonial:
Tabela 14
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Fundamentos Contábeis180
Fonte: A autora
Vamos considerar os subgrupos:
Tabela 15
Fonte: A autora
Em 20X0 o Ativo circulante representou a menor parte 
do ativo, o que é muito comum, pois o ativo não circulante 
normalmente é composto por bens duráveis que normalmente 
possui valores maiores. Já em 20X1 e 20X2 o Ativo Circulante 
representa a maior parte do ativo, o que signifi ca que está 
movimentando recursos de curto prazo e tem aplicações de 
recursos a longo prazo. Isso pode ser uma característica de não 
ocorrer investimentos na empresa, o que como percebemos 
através da DRE, a empresa não está alcançando bons resultados, 
lucros.
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Fundamentos Contábeis 181
Outra informação que complementa a análise do ativo 
circulante é o passivo circulante, que acompanha o aumento e a 
diminuição nos anos de 20X1 e 20X2, o que sugere a utilização 
de capital de giro de terceiros. 
O passivo não circulante representa uma pequena parte 
do patrimônio, o que nos sugere que a empresa não assumiu 
compromissos a longo prazo com terceiros.
Quanto ao Patrimônio Líquido, está representando a maior 
parte do passivo, ou das obrigações, o que é interessante, já que 
a composição do ativo foi originada pelo patrimônio líquido, e 
para confirmar aumento ou diminuição pelos resultado positivos, 
complementamos com a análise vertical da DRE que aponta um 
aumento de 17 pontos percentuais nos períodos de 20X1 e 20X2.
Análise Horizontal x Análise Vertical
Com os exemplos apresentados foi possível perceber 
que isoladamente, as duas técnicas de análise poderão gerar 
informações incompletas ou até mesmo induzir a erro, no 
entanto, com a utilização de ambas as técnicas, podemos 
gerar informações mais completas e de maior confiabilidade. 
É claro que ainda assim, devido à sintetização das contas nas 
demonstrações, ainda faz-se necessário a investigação e maior 
atenção aos fatos que se apresentam como fatores de risco 
mediante as análises.
Leitura dos relatórios contábeis financeiros
Neste capítulo, vamos praticar a leitura e interpretação das 
demonstrações contábeis – Balanço Patrimonial e Demonstração 
de Resultados com comentários que contribuam para a 
facilitação do entendimento das informações neles contidas. 
Será apresentado também de forma introdutória sobre a análise 
através de indicadores financeiros. Será uma deixa, para que 
você se mantenha curioso a respeito dessa grande área geradora 
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Fundamentos Contábeis182
de números e importantes informações, que é a contabilidade 
somando à Gestão Financeira.
Retornamos com a ideia de que a contabilidade não é algo 
ligado apenas à tributação e fiscalização, tudo o que estudamos 
até agora nos remete a entender que nos relatórios contábeis 
podemos encontrar muitas outras informações necessárias 
para avaliar o desempenho da empresa, o aproveitamento dos 
recursos e a facilidade de geração de dinheiro.
O balanço patrimonial não é o único relatório, porém 
é o mais importante, pois além se ser exigido por lei, é uma 
grande fonte de informações financeiras. Como tratamos no 
capitulo anterior, ao conhecer as informações nele demonstradas 
podemos gerar novos números, novos índices, necessários para 
a gestão financeira de um negócio.
Os bancos, as corretoras são exemplos de empresas 
que trabalham avaliando o patrimônio e o resultado de outras 
empresas. Para facilitar essa análise, se utilizam de índices que 
trazem informações padronizadas para tomada de decisões de 
investimento e de crédito. Esses mesmos índices podem ser 
utilizados internamente. Para conhecer um pouco mais sobre o 
assunto, vamos aperfeiçoar falar um pouco mais desses dados 
necessários para o calculo de alguns dos índices mais comuns. 
Esses proporcionam clareza por dois ângulos:
 � Situação financeira;
 �Gestão dos recursos;
Quando falamos em situação financeira é parecido ao 
que nos referimos à nós mesmos, pessoas físicas, ou seja, é a 
capacidade em realizar pagamentos. Quando vamos a uma 
loja e solicitamos crédito, ou seja, desejamos comprar algo, 
mas através de crédito, teremos nossas finanças avaliadas com 
o intuído de descobrir se teremos capacidade de saldar nossas 
obrigações, e só assim, a venda será liberada.
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Fundamentos Contábeis 183
Da mesma forma acontece com uma empresa, sua situação 
financeira será favorável quando ela apresentar capacidade de 
liquidar seus compromissos junto aos fornecedores.
A situação financeira costuma ser avaliada a partir 
de alguns elementos patrimoniais que medem o grau de 
endividamento, o tipo de fontes de recursos utilizadas para o 
giro das disponibilidades.
Cada índice fornece uma informação única. Com 
um conjunto de diferentes índices de uma mesma posição, 
passaríamos a contar com maior número de informações. A 
partir do Balanço Patrimonial, é possível levantar os principais 
indicadores financeiros. São eles:
 �Margem de lucratividade;
 �Retorno sobre o investimento;
 � Índice de endividamento;
 �Liquidez corrente / liquidez imediata.
Conforme observamos na análise vertical, para que a 
empresa esteja operando de forma positiva, é importante que o 
ativo esteja maior do que o passivo(circulante e não circulante).
Uma análise de lucratividade e desempenho
A DRE – Demonstração de Resultado do exercício, outra 
demonstração exigida por lei, que nos fornece informações sobre 
as operações da empresa, inicialmente e com grande clareza nos 
mostra a posição dos custos com relação à receita líquida, o que 
é de grande importância para a otimização do lucro. Podemos 
ainda perceber se as despesas operacionais estão controladas 
e também condizentes com a Receita líquida, além de outras 
informações de facial leitura e observação.
Caso precisemos de informações mais especificas, através 
da DRE podemos calcular os seguintes índices:
 �Retorno sobre as vendas;
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Fundamentos Contábeis184
�Margem líquida; 
� Ponto de equilíbrio.
Antes de analisarmos a lucratividade, é necessário analisar 
o desempenho comercial de uma empresa, pois uma empresa 
que não vende, não gera receitas e não movimenta a engrenagem 
básica para a geração de entrada de recursos ativos disponíveis. 
A análise de desempenho da empresa avalia o comportamento 
de vendas de um período com relação a outro, para isso, 
podemos utilizar a análise horizontal. Os índices de retorno, 
também conhecidos como índices de lucratividade ou mesmo 
de rentabilidade indicam o retorno que o empreendimento está 
oportunizando. 
A saber, os tipos de índices padrões: 
Tabela 16
Fonte: A autora
Vamos comentar sobre alguns mais comuns no âmbito 
operacional:
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Fundamentos Contábeis 185
 �Dentre os indicadores que mensuram os recursos a 
Margem Bruta que demonstra quanto sua empresa ganha ao 
vender um produto ou serviço depois de descontar as despesas 
para produzi-lo e vendê-lo. Para calcular: 
Margem Bruta = (Receita – Deduções – Custos 
Diretos Variáveis) x 100
Os custos Diretos Variáveis são aqueles gastos em função 
do produto em que gerou a receita. E são variáveis por que 
variam de acordo com o volume produzido ou vendidos.
 � Se você acompanha o desempenho de empresas que 
possuem ações à venda em bolsa, já deve ter ouvido falar da 
Margem EBITDA em inglês Earning Before Interests, Taxes, 
Depreciation and Amortization, também chamada de LAJIR 
– Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda, representa a os 
valores que a empresa gera de lucro (ou prejuízo) apenas em suas 
atividades operacionais, sem considerar os efeitos financeiros 
(juros recebidos ou pagos) e de pagamento de tributos. Pode-se 
dizer que a Margem EBITDA fornece as informações sobre o 
valor e impacto das vendas no caixa. Para calcular, temos:
EBITDA = Lucro Operacional Líquido + 
Depreciação + Amortização
 �A Margem Líquida, também chamada de lucro líquido, 
indica o resultado final obtido da resultante do valor de vendas 
após a dedução de todas as despesas (incluindo o imposto de 
renda Pode ser calculada da seguinte forma:
Margem Líquida = (Lucro Líquido / Vendas) x 100
 �Mediante analise da DRE é possível descobrir os Custos 
Fixos que são aqueles que demonstram quais são as despesas 
contínuas de uma empresa, que se repetem independente da 
quantidade produzida; lado a lado com os custos fixos, é de grande 
importância, os custos Variáveis que são aqueles que variam 
proporcionalmente com o volume de produção É fundamental 
conhecer Custos Fixos e Variáveis para determinar quantidades 
de produção, para no mínimo, para cobri-los e obter lucro.
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Fundamentos Contábeis186
 �A Margem de Contribuição representa quanto cada 
produto contribuirá para a empresa cobrir todos os custos e 
despesas fixas e ainda gerar lucro. Ou seja, após pagar o custo 
do produto ou serviços, se for empresa prestadora de serviços, 
quanto sobra para pagar os demais gastos da empresa. A 
Margem de Contribuição pode trazer indícios de que o produto 
não está sendo lucrativo, ou seja, mesmo que apresente grandes 
quantidades de venda, pode ser que não esteja proporcionando 
lucro. Para o cálculo é necessário separar os custos e despesas 
em fixos e variáveis.
As despesas variáveis são aquelas que não estão 
relacionadas a produção, mas aumentam proporcionalmente 
às vendas, como por exemplo, as comissões de vendas e os 
impostos sobre vendas.
Margem de Contribuição = Preço de Venda – (Custo 
Variável + Despesa Variável)
 �Após entendemos como identificar os custos fixos e 
variáveis, outra informação obtida a partir dos mesmos é o Ponto 
de Equilíbrio que é a quantidade de receita mínima a ser obtida 
para cobrir todos os seus custos e despesas. Ou seja, para chegar 
a um resultado nulo, é necessário que se venda determinado 
valor ou tantas unidades. É um número interessante para se 
definir metas de vendas. Para calcular o Ponto de Equilíbrio: 
Ponto de Equilíbrio = Despesas Fixas / Margem de 
contribuição
 �A Liquidez Corrente é outro índice importante, 
pois demonstra o valor monetário a receber a curto prazo em 
contrapartida do valor que precisa pagar no mesmo período de 
tempo. Ou seja, indica as condições que a organização possui 
para cumprir suas obrigações em um curto prazo. Calcula-se da 
seguinte forma: 
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo 
Circulante
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Fundamentos Contábeis 187
Para melhor interpretar o resultado obtido podemos 
relacioná-lo da seguinte forma:
 �Maior que 1: há capital disponível para uma possível 
liquidação das obrigações.
 � Igual a 1: os direitos e obrigações a curto prazo têm o 
mesmo resultado, chegam a um quociente nulo. 
 �Menor que 1: não há capital disponível suficiente para 
quitar as obrigações a curto prazo.
E além desses índices existem outros, a serem estudados em 
um momento mais direcionado às finanças, porém é importante 
saber, para que se tenha em mente as quantidade de informações 
geradas pelos relatórios contábeis que possibilitam novos 
estudos, auxiliam na tomada de decisões e embasam estratégias.
Logo, está clara a importância de conhecer os relatórios, 
sabendo do que trata cada um deles, sua estrutura, como estão 
agrupados os elementos que os compõem para então aplicar as 
técnicas e analises necessárias para o sucesso do negócio.
Com a ajuda da tecnologia, essas informações se tornam 
cada vez mais acessíveis, porém, se não houver um mínimo de 
conhecimento, serão ferramentas inúteis para a identificação de 
problemas de gestão e de estrutura, bem como para as decisões 
de investimentos ou de endividamento. Lembrando do princípio 
da continuidade, onde uma entidade – pessoa jurídica nasce 
com a intenção de perdurar, de continuidade, então, para que 
esta ultrapasse gerações é necessário que seja tomado todo o 
cuidado, e consideradas e mais importante, praticadas todas as 
técnicas citadas.
Nesta unidade foi possível aprender contabilidade 
com um olhar gerencial. Toda a prática da ciência milenar 
aplicada obedecendo aos princípios doutrinários e as normas 
reformuladas em busca de uma unidade de termos e estrutura 
em âmbito internacional, tudo para gerar relatórios confiáveis 
e precisos contendo informações que poderão fazer a diferença 
para a saúde financeira e para o sucesso de uma empresa. Para 
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interpretar essas informações contidasnos relatórios é necessário 
ter conhecimento do que cada um apresenta e como podem ser 
aplicadas. Foram apresentadas as técnicas de análise horizontal 
e vertical aplicadas ao balanço patrimonial e a demonstração 
de resultado do exercício, a partir das quais, foi possível 
descobrir indicativos que facilitam a comparação e identificação 
de possíveis falhas gerenciais ou gargalos financeiros ou 
operacionais.
Agora, você está pronto para praticar!
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REFERÊNCIAS
UNIDADE 01
MARION, JOSÉ CARLOS & ANA CAROLINA 
MARION SANTOS. Contabilidade Básica. 12ª. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
MULLER, ADERBAL NICOLAS. Contabilidade Básica 
– Fundamentos especiais. Ver. São Paulo: Pearson, 2009.
PADOVEZE, LUIS CLOVIS. Manual de Contabilidade 
Básica. 9ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
UNIDADE 02
MARION, JOSÉ CARLOS & ANA CAROLINA 
MARION SANTOS. Contabilidade Básica. 12ª. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
MULLER, ADERBAL NICOLAS. Contabilidade Básica 
– Fundamentos especiais. Ver. São Paulo: Pearson, 2009.
PADOVEZE, LUIS CLOVIS. Manual de Contabilidade 
Básica. 9ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
UNIDADE 03
MARION, JOSÉ CARLOS & ANA CAROLINA 
MARION SANTOS. Contabilidade Básica. 12ª. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
MULLER, ADERBAL NICOLAS. Contabilidade Básica 
– Fundamentos especiais. Ver. São Paulo: Pearson, 2009.
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Fundamentos Contábeis190
PADOVEZE, LUIS CLOVIS. Manual de Contabilidade 
Básica. 9ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Artigo Revogação da Resolução nº 750/1993: contexto e 
considerações, acesso através do link: http://bit.ly/2v3IXpU
UNIDADE 04
MARION, JOSÉ CARLOS & ANA CAROLINA 
MARION SANTOS. Contabilidade Básica. 12ª. Ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
MULLER, ADERBAL NICOLAS. Contabilidade Básica 
– Fundamentos especiais. Ver. São Paulo: Pearson, 2009.
PADOVEZE, LUIS CLOVIS. Manual de Contabilidade 
Básica. 9ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
SILVA, JOSÉ PEREIRA DA. Gestão e análise de risco de 
crédito. 8ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
BRAGA, ROBERTO. Fundamentos e técnicas de 
administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989.
eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 190eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 190 27/05/2020 16:56:0127/05/2020 16:56:01
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eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 192eBook Completo para Impressao - Fundamentos Contábeis - Aberto.indd 192 27/05/2020 16:56:0127/05/2020 16:56:01
	Capa E-Book_Fundamentos Contábeis_TELESAPIENS
	E-Book Completo_Fundamentos Contábeis_TELESAPIENSa conta no banco, temos então um fato, que ocasionará uma 
modificação patrimonial.
Fatos Permutativos e Fatos Modificativos
Os fatos contábeis podem ocorrer de duas formas: na 
primeira delas, o Patrimônio sofre uma alteração apenas em 
qualidade e na outra, sofre alteração, em quantidade, ou seja, 
a primeira vamos chamar de fatos permutativos, onde ocorrem 
alterações dos itens patrimoniais, sem modificação de valores, 
como por exemplo, a compra de Materiais para Estoque, 
utilizando dinheiro do Caixa. O segundo tipo de fato chamaremos 
de modificativo, pois ocorrerá uma alteração no Patrimônio, 
porém de forma quantitativa, ou seja, o fato será gerador de um 
resultado de Lucro ou Prejuízo podendo aumentar ou diminuir o 
Patrimônio Líquido desta entidade.
Vamos falar com mais propriedade sobre o Patrimônio na 
Unidade 2.
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Fundamentos Contábeis22
Postulados, Princípios e Convenções da 
Contabilidade
Estamos falando da Contabilidade sendo utilizada por 
pessoas físicas e jurídicas com interesses em informações. Também 
falamos que numa sociedade de pessoas físicas, que é a pessoa 
jurídica, os sócios e gestores tomam decisões que poderão alterar 
qualitativamente e quantitativamente o Patrimônio da Entidade. 
Já falamos também que um dos objetivos da Contabilidade 
é registrar esses fatos de foram que sejam visíveis e de fácil 
entendimento. E foi no momento de registrar esses fatos que 
surgiu a necessidade de criar regras e padronizar a forma de 
realização dos registros, então, mediante dúvidas e resoluções, 
os antigos contadores adotaram regras que passaram a ser aceitas 
e seguidas por todos. Essas regras básicas são denominadas 
Princípios Contábeis que sustentam a estrutura teórica para 
escrituração e análise contábil.
Para ilustrar a importância dos princípios, utilizaremos 
como muitos autores, o “edifício contábil”
Postulados
Os postulados são tomados como elementos vitais, básicos 
e de estruturação da Contabilidade. Como podemos observar na 
figura 3, é a base da construção, ou seja, a base da Contabilidade.
São dois postulados:
 �Entidade
Este postulado define que a contabilidade de uma entidade 
(empresa ou pessoa) não pode ser confundida com a contabilidade 
dos membros que a possuem. 
A escrituração de uma empresa tem de ser completamente 
separada da escrituração de seus proprietários. Ou seja, se 
determinado bem é de posse da Pessoa Jurídica, ela deverá ser 
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Fundamentos Contábeis 23
registrada como tal, já não será considerada de posse do sócio, 
pessoa física.
Na prática, esse Postulado evita que se misturem as contas 
e bens dos sócios com as contas e bens da empresa.
 �Continuidade
A própria palavra nos remete ao entendimento de que não 
haverá extinção. A empresa deve ser avaliada e escriturada, na 
suposição de que a entidade nunca será extinta. Os ativos dessa 
empresa serão avaliados partindo desse pressuposto, porém, 
ao contrário disso, caso esteja ocorrendo um encerramento de 
atividades, mudarão os critérios de avaliação dos ativos.
Este postulado também baliza a apuração dos resultados.
Logo, imagine que você decide abrir uma empresa. O 
objetivo é que ela cresça e perdure ao longo dos tempos e passe 
de geração por geração. 
Princípios
Para que a escrituração acontecesse de forma assertiva e 
imune a dúvidas, numa tentativa de normalizar e se chegar a 
uma melhor forma de controle do patrimônio, estabeleceram-se 
os princípios como forma de exteriorização de critérios aceitos 
pela maioria dos contadores. São eles:
 �Denominador comum monetário
Este princípio trata de que a contabilidade deve ser feita 
numa única moeda e que todos os itens devem ser avaliados 
por essa mesma moeda. No Brasil, a moeda oficial é o Real, 
logo, mesmo que um determinado item seja adquirido em outra 
moeda, dólar, por exemplo, o registro deverá ser convertido e 
realizado em Reais. Da mesma forma que a avaliação de bens.
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Fundamentos Contábeis24
 �Competência de exercícios 
a. Princípio da Realização da Receita
b. Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas.
O princípio que estamos tratando é aplicado para a 
contabilização das receitas e das despesas. Podemos dizer que 
ambas passam por dois momentos possíveis de contabilização 
dos fatos, o momento econômico (de sua ocorrência ou geração) 
e o momento financeiro (de sua efetivação financeira, através do 
pagamento ou recebimento). 
Considerando na necessidade de optar por um dos dois 
momentos, foi estabelecido que as receitas e as despesas devem 
ser contabilizadas quando ocorrem, ou seja, no momento 
econômico de sua geração, e não quando recebidas ou pagas. 
Essa decisão tornou-se o princípio da competência do exercício, 
que diz:
“as receitas e as despesas devem ser contabilizadas 
como tais, no momento de sua ocorrência, 
independente de seu pagamento ou recebimento.”
Um exercício contábil é o período de um ano, em que se 
faz a apuração do resultado. Nem sempre, o exercício contábil 
coincide com o ano civil, podendo ser determinado pela empresa, 
no entanto ele deve ter 12 meses. 
Ressaltamos que a legislação comercial e fiscal exige 
no mínimo um Balanço Patrimonial e uma Demonstração dos 
Resultados de cada exercício.
 �Regime de caixa: Existe outra forma de registro das 
contas contábeis, porém, sua aplicação é restrita a entidades sem 
fins lucrativos. Neste tipo, no que chamamos regime de caixa, 
as receitas são contabilizadas no momento do recebimento e as 
despesas no momento do pagamento. Também é um método 
utilizado para alguns relatórios financeiros.
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Fundamentos Contábeis 25
Figura 4: A tirinha nos mostra o Homem analisando um relatório conforme Regime de Competência, e a 
mulher, analisando um relatório conforme Regime de Caixa, onde os recebimentos ainda não aconteceram
Fonte: CartoonStock Hafeez, Kaamran
 �Custo como base de valor
Este princípio diz que as aquisições de ativos deverão 
ser contabilizadas pelo seu valor histórico, ou seja, pelo valor 
de compra/aquisição. Um exemplo disso é a compra de um 
veículo, que sobre desvalorização rapidamente, no entanto, o 
registro é feito a partir do valor de compra, mesmo que tenha 
sido desvalorizado.
Há uma restrição a este princípio em situações onde numa 
aquisição, o valor de custo é superior ao valor de venda ou 
mercado, então devemos avaliar este ativo pelo mercado. 
Cabe colocarmos neste princípio, outra situação muito 
comum, que é o tratamento e registro de mercadorias em estoque. 
No caso de empresas comerciais, com a finalidade de revenda, 
existe a intenção de obtenção de lucro, logo, o princípio do 
Custo como base de valor diz que os bens adquiridos devem ser 
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Fundamentos Contábeis26
registrados pelo preço de compra ou o também chamado preço 
de custo. E mesmo sabendo que será vendido por valor maior ao 
custo de aquisição, o registro deve ser efetuado e mantido pelo 
preço de custo.
Quando ocorrer a venda, a mercadoria sairá do estoque e 
a baixa de estoque deverá ser realizada novamente pelo preço 
de custo. O valor da venda será registrado numa conta chamadaReceita, pelo preço de venda, ou seja, muito provavelmente por 
um valor maior. Logo, a diferença entre os valores da Receita 
de vendas, menos o valor do Custo da Mercadoria Vendida, 
significa o Lucro Bruto na venda de mercadorias.
 �Essência sobre a forma
Este princípio é relacionado com os aspectos legais e fiscais 
que levam a determinadas interpretações sobre alguns eventos. 
Para a contabilidade deve prevalecer a natureza econômica do 
evento a ser registrado e não a forma em que está legalmente 
apresentado. Um bom exemplo disso é o leasing financeiro, cuja 
forma é despesas de aluguel, no entanto, a essência do evento é 
a compra de um ativo.
Convenções
As convenções fazem restrições aos princípios contábeis. 
Podem ser consideradas como normas ou até mesmo como um 
guia prático para o trabalho do contador. Descreve e limita como 
devem ser feitos os registros. São elas:
 �Objetividade: O contador deve ser objetivo ao 
efetuar a escrituração de um fato. Deve se apoiar em elementos 
objetivos, evitando o máximo possível qualquer subjetividade, 
lembrando que a Contabilidade é uma ciência exata. O 
lançamento registrado deve ser avalizado por um documento 
hábil respaldando a mensuração do objeto.
 �Conservadorismo: Em situações de dúvida, o contador 
deve optar pela forma mais conservadora de escrituração. Para o 
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Fundamentos Contábeis 27
caso de dúvida, fazer o lançamento de todas as despesas sempre que 
possível, já no caso de receita, se houver dúvida, não deve-se lançar.
 �Materialidade: Voltamos à questão da exatidão, agora, 
com um olhar para o custo-benefício da informação. O contador 
deve sempre buscar a exatidão numérica do lançamento, levando 
em consideração que o custo não seja prejudicial à empresa. 
Aqui, a tratativa de lançamentos com valores maiores deve ser 
mais cautelosa, enquanto a tratativa de lançamentos de valores 
menores exigem menos rigor.
 �Consistência ou uniformidade: Depois que o contador 
adotou determinado critério de avaliação de um ativo ou passivo, 
ele deverá adotar esse critério consistentemente e uniformemente 
ao longo dos anos. Como as informações e registros contábeis 
perduram durante toda a existência da entidade, o critério deve 
se manter inalterado. Existe a possibilidade de alteração, no 
entanto, a mesma deverá ser evidenciada em nota explicativa. 
Mudanças não devem ser repetitivas.
 �Comentários: A contabilidade se utiliza de uma 
metodologia prática e a demanda de informações dos diversos 
usuários da informação contábil podem se alterar com o passar do 
tempo. Inclusive, muitas normas foram alteradas mediante fatos que 
aconteceram no meio corporativo de grandes empresas trazendo a 
necessidade de mudanças e melhorias nos controles, logo.
 �Evidenciação: Toda e qualquer informação que não 
for dada por suficientemente explicativa deverá ser reforçada 
com notas explicativas. Informações necessárias à facilitação 
do entendimento dos relatórios devem fazer parte das notas 
explicativas, sejam detalhamentos de números ou qualificação 
às informações numéricas.
Os postulados, os princípios e convenções norteiam 
os contadores sobre como tratarem as informações e como 
registrarem as mesmas. Existe um padrão de registro para que 
qualquer usuário da informação contábil esteja apto à leitura e 
entendimento das mesmas.
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Fundamentos Contábeis28
A técnica contábil e os relatórios básicos
Vimos até aqui conceitos introdutórios da contabilidade, as 
regras básicas para registro dos fatos ocorridos em uma entidade, 
úteis e necessárias para o conhecimento dos diversos usuários. 
Agora, vamos entrar no usos da contabilidade como ferramenta 
operacional de forma que cumpre com seus objetivos.
Podemos dizer que a Contabilidade é o conjunto de 
teorias, conceitos e técnicas utilizadas para atingir o objetivo de 
controlar uma massa patrimonial. (Padoveze, 2014).
Podemos lembrar da contabilidade como ferramenta para 
o controle do Patrimônio.
“Como ciência de controle do patrimônio empresarial, ela 
teve de fazer diversas ramificações, ou especializações, 
para poder atender melhor aos diversos aspectos 
de controles patrimoniais que foram surgindo e 
que mereciam atendimento especial, em face das 
necessidades de informações dos diversos usuários 
internos e externos. De qualquer forma, o método 
contábil é o único, e é utilizado indistintamente 
para atender a todos os segmentos específicos da 
contabilidade.” (Padoveze, 2014)
Na tabela abaixo, podemos observar as esses segmentos 
que facilitarão a didática desta ciência:
Tabela 1: Segmentos da Contabilidade
1 Escrituração
2 
Relatórios Básicos I:
- Balanço Patrimonial
- Demonstração de Resultados
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3 
Relatórios Básicos II:
- Demonstração de lucros acumulados
- Demonstração de mutações do Patrimônio Líquido
- Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
e Fluxo de Caixa
- Notas explicativas
4 Contabilidade de Custos
5 Contabilidade Orçamentária
6 Análise das Demonstrações Financeiras Básicas
7 Contabilidade Gerencial (Análise e Administração 
Financeira
8 Contabilidade em outras moedas
Fonte: Padoveze, Luis Clovis. 9ª. Ed (2014)
Neste momento, vamos nos atentar ao primeiro ponto, a 
escrituração que é o primeiro passo antes de partir para qualquer 
outra área da contabilidade.
Escrituração – métodos e sistemas
A escrituração é uma técnica de lançar apontamentos 
em livros. Com a tecnologia, parece um pouco ultrapassado 
pensarmos em lançamentos em livros, no entanto, a 
contabilidade mesmo utilizando com a utilização da tecnologia, 
gera lançamentos em livros. Os registros são realizados ao longo 
de um exercício contábil e ao final do mesmo, os livros são 
impressos, registrados e guardados ou apresentados aos usuários 
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Fundamentos Contábeis30
de interesse. Mas é importante lembrar, que toda a movimentação 
patrimonial de uma entidade, estará registrada e impressa em um 
livro, devidamente documentado.
Independente do sistema utilizado para registro, o método 
de registro deverá ser único!
O método utilizado é o MÉTODO DAS PARTIDAS 
DOBRADAS.
Tem este nome porque o mesmo valor é lançado em duas 
contas (itens patrimoniais ou de resultado), no mínimo, através 
dos débitos e créditos.
Retomando o Renascimento, quando Lucca Paccioli criou 
o Método das partidas dobradas, onde para um débito existe um 
ou mais créditos de igual valor, ou, vice-versa.
O método decorre da seguinte forma: 
Partida == Registro == Escrituração == Lançamento
A finalidade de se lançar em dois lugares é manter a equação 
de trabalho ou de equilíbrio patrimonial em situação de igualdade!
Isso nos faz lembrar que a contabilidade, é em alguns 
momentos simbolizada pela balança, representando equilíbrio, 
igualdade.
Figura 5: A balança simboliza o equilíbrio do patrimônio de uma entidade
Fonte: Freeoik
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Fundamentos Contábeis 31
Introdução ao lançamento
Lançamento é o registro ou escrituração de cada transação 
ou evento econômico nos livros contábeis.
O lançamento deve conter a data, a conta de débito, a 
contade crédito, o histórico e o valor. Vamos demonstrar melhor 
os lançamentos na Unidade II.
As informações que compõem o lançamento devem 
ser originados ou baseados em um documento que o habilite 
chamado documento hábil. Nenhum lançamento poderá ser feito 
nos livros contábeis sem que haja um documento como respaldo 
das informações, comprovando-as tanto em nível fiscal, quanto 
em nível comercial e mesmo em nível de controle patrimonial.
Essa documentação pode ter origem interna ou externa. 
São exemplos de documentação externa: recibos de 
depósitos bancários, comprovantes de aplicações financeiras, 
cópias de cheques, notas fiscais, faturas, escrituras, duplicatas, 
recibos em geral, etc.
Certamente você já utilizou e já teve conhecimento com 
pelo menos três desses documentos.
Já os documentos internos podem ser as requisições de 
almoxarifados, comunicados de transferência, notificações, 
notas de débito ou crédito, relatórios de despesas de viagem, etc.
Livros contábeis
É importante retomar o fato de que a tecnologia veio 
como uma ferramenta que agrega valor e promove agilidade e 
a segurança da informação, no entanto, a didática é construída 
em cima de uma contabilidade tradicional, no entanto, alguns 
termos podem parecer antigos e inadequados ou até mesmo sem 
muita relação com a prática contábil atual, mas ainda assim, faz 
parte da ciência e é a base conceitual para o funcionamento e 
aplicação do método.
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Fundamentos Contábeis32
Os próprios livros de que vamos falar eram utilizados pelos 
contadores registrarem os fatos, atualmente, eles são chamados 
de livros, contém a mesma essência, porém são relatórios gerados 
e apresentados, mas ainda chamados como livros.
São os dois: Livro Diário e Livro Razão.
 �Livro diário: É um livro contábil de preenchimento 
obrigatório (exigido por lei), onde são lançadas as operações 
do dia a dia de uma entidade. Nele, são registrados os fatos 
contábeis em partidas dobradas, ou seja, os totais de débito e de 
crédito deverão ser sempre iguais.
Os lançamentos devem ser realizados, em ordem 
cronológica, com individualização, clareza e referência ao 
documento hábil, todas as operações ocorridas, e quaisquer 
outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Deve conter:
 �Data da operação (transação); 
 �Título da conta débito e da conta crédito; 
 �Valor do débito e do crédito;
 �Histórico (alguns dados fundamentais sobre a operação 
em registro: número da nota fiscal, cheque, terceiros envolvidos, 
etc. O histórico deve ser o mais breve possível, escrito de forma 
reduzida).
SAIBA MAIS
Para aprofundar seus conhecimentos acerca dos livros contábeis, 
acesse o site https://bit.ly/30DQ0l2.
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Fundamentos Contábeis 33
Figura 6: Modelo de Livro Diário
Figura 7: Modelo de Livro Razão
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
 �Livro Razão: É um livro fundamental ao processo 
contábil e exigido pela legislação brasileira para empresas cuja 
tributação do Imposto de Renda seja com base no Lucro Real.
Por meio do razão é possível controlar separadamente 
o movimento de todas as contas. O controle individualizado 
das contas é importante para se conhecer os seus saldos, 
possibilitando a apuração de resultados e elaboração de 
demonstrações contábeis, como o balancete de verificação do 
razão, balanço patrimonial, etc.
Através deste livro temos o detalhamento por contas 
individuais dos lançamentos realizados no diário, sendo usado 
para resumir e totalizar, por conta ou sub-conta, estes lançamentos.
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De forma resumida, podemos descrever o fluxo contábil 
da seguinte maneira:
Figura 8: Resumo do Fluxo Contábil
Fonte: O Autor
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis
No Brasil e no mundo a contabilidade é utilizada como 
método e técnicas de escrituração e registro dos fatos econômicos 
das empresas. Para que seja utilizado um padrão único e assertivo 
existem órgãos reguladores e fiscalizadores.
Estes mesmos também são responsáveis por criar 
novas normas e regras de funcionamento ou modificações em 
normas existentes. Esse olhar tem o intuito da convergência da 
contabilidade brasileira com os padrões internacionais.
Essas alterações se tornam necessárias por motivos de 
modificações de leis e lançadas pelo governo ou até mesmo 
devido a fraudes ocorridas no meio corporativo.
Temos alguns exemplos de fraudes de grandes empresas 
que manipularam seus documentos contábeis fazendo com que 
milhões de acionistas, funcionários e até a sociedade saíssem 
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Fundamentos Contábeis 35
lesados pela má gestão e por crimes cometidos. São alguns 
exemplos:
 �Enron, empresa de energia americana, localizada em 
Houston, Texas, que empregava 21.000 funcionários, decretou 
falência em 2001 após denúncia de fraude contábil e fiscal. O 
que houve: inflou os ganhos e diminuiu os prejuízos;
 �Xerox companhia norte-americana auditada em e 
envolvida em escândalo de fraude contábil e fiscal, no ano de 2002. 
O que houve: elevou artificialmente seus resultados. Apresentou 
lucro maior do que o auferido num período de quase 5 anos.
Além dos dois escândalos, aconteceram outros que 
levaram às órgãos reguladores dos países voltarem sua atenção a 
uma reformulação de normas e procedimentos.
Criando normas e leis que regem a política monetária 
do pais existem órgãos e comitês governamentais, tais como 
o Banco Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), Secretaria da Receita Federal do Brasil 
(SRFB), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), 
Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) além de outras 
relacionadas às áreas produtivas do país, bem como o rendimento 
e recolhimento de tributos. Esses são órgãos reguladores.
Para que a contabilidade Brasileira atenda às leis 
impostas, devem ocorrer alterações e adaptações então, foi 
criado através da Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC - Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis que através de uma união de 
esforços e objetivos comuns das seguintes entidades:
 �Associação Brasileira das Companhias Abertas 
(Abrasca);
 �Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento 
do Mercado de Capitais (Apimec Nacional);
 �B3 Brasil Bolsa Balcão;
 �Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
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Fundamentos Contábeis36
 � Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon);
 � Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e 
Financeiras (Fipecafi);
 �Entidades representativas de investidores do mercado 
de capitais.
O CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão 
de documentos técnicos sobre procedimentos de Contabilidade 
e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a 
emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando 
à centralização e uniformização do seu processo de produção, 
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais”
Lembra quando falamos dos Princípios e Convenções? São 
procedimentos básicos complementados por novas técnicas ou por 
aperfeiçoamento de técnicas estudadas e preparadas pelo CPC.
Foi em necessidade da convergência internacionaldas 
normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios 
contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, 
redução de custo de capital); com a intenção de centralização na 
emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades 
o fazem); e representação e processo democráticos na produção 
dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, 
usuário, intermediário, academia, governo) que tornou necessária 
a criação do CPC.
Suas características básicas:
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Fundamentos Contábeis 37
Figura 9: Características do CPC
Fonte: O Autor
Regimento interno do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis – CPC
Abaixo está o regulamento do CPC, preste atenção aos 
artigos sublinhados, eles trazem informações bem interessantes.
Deste Regimento Interno
Art. 1º O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, 
idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos 
das entidades que o constituem, por expressa solicitação desses 
seus membros componentes iniciais, formalmente criado pela 
Resolução nº. 1.055, de 07 de outubro de 2.005 do Conselho 
Federal de Contabilidade – CFC, para que este, além de dele 
participar, lhe desse a infra-estrutura de apoio que viabilizasse o 
alcance de sua missão.
Art. 2º O CPC será regido pela Resolução que o criou 
e, complementarmente, por este Regimento Interno, aprovado 
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Fundamentos Contábeis38
unanimemente, em sua versão original, pela Assembléia dos 
Presidentes das entidades que constam dessa Resolução.
Do Funcionamento do CPC
Art. 3º O CPC se reunirá preferencialmente uma vez por 
mês, com a presença de mais da metade dos seus membros, 
preferencialmente na sede do Conselho Federal de Contabilidade 
em Brasília (DF), ou na do Conselho Regional de Contabilidade 
do Estado de São Paulo, em São Paulo (SP), ou, então, na sede 
de uma das entidades componentes deste CPC.
Art. 4º A convocação para essas reuniões será efetuada 
pelo Coordenador Técnico do CPC, ou por 1/3 (um terço) dos 
seus membros, por e-mail a ser fornecido e mantido cadastrado 
relativamente a cada membro ou por outra forma aprovada em 
reunião do próprio CPC, sempre acompanhada de pauta com os 
assuntos a serem tratados, com pelo menos 15 (quinze) dias de 
antecedência, sendo que esse prazo poderá ser reduzido se todos 
os membros assim concordarem.
§ Único: A ausência, no ano, a três reuniões ordinárias 
consecutivas ou a cinco intercaladas, exceto quando estiver 
representando oficialmente o CPC na mesma data, acarretará a 
perda do mandato do membro do CPC.
Art. 5º A aprovação dos Pronunciamentos Técnicos, das 
Orientações e das Interpretações se dará, sempre, por no mínimo 
2/3 (dois terços) dos membros do CPC presentes, observado o 
quórum mínimo de, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) para 
a instalação das reuniões do CPC.
Art. 6º Para as demais deliberações, inclusive eleição dos 
Coordenadores e Vice-Coordenadores do CPC, a aprovação se 
dará por maioria simples, observadas as indicações do Conselho 
Curador da FACPC.
Art. 7º Revogado.
Art. 8º Os votos vencidos nas deliberações de que trata 
o Art. 5o poderão ser acompanhados de declaração de voto e 
constarão da ata.
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Fundamentos Contábeis 39
Art. 9º Serão sempre convidados a participar das reuniões 
do CPC até dois representantes de cada uma das seguintes 
entidades: Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco 
Central do Brasil – BACEN, Superintendência dos Seguros 
Privados – SUSEP, Secretaria da Receita Federal do Brasil 
– SRFB, Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, 
Confederação Nacional da Indústria – CNI e Superintendência 
Nacional de Previdência Complementar – PREVIC.
Art. 10 O CPC poderá convidar ainda para suas reuniões, 
a critério do seu Coordenador Técnico ou por deliberação de 1/3 
dos seus membros, especialistas e representantes das agências 
reguladoras e de entidades que possam colaborar com temas 
específicos.
Art. 11 Os convidados referidos nos arts. 9º e 10 terão 
direito a voz, mas não a voto.
Art. 12 O CPC poderá, em caráter temporário, criar 
Comissões compostas por entidades e/ou especialistas para 
assessoramento em assuntos de interesse específico.
Dos documentos emitidos pelo CPC
Art. 13 De acordo com a Resolução CFC nº. 1.055/05, 
é atribuição do CPC estudar, pesquisar, discutir, elaborar e 
deliberar sobre o conteúdo e a redação de Pronunciamentos 
Técnicos, podendo, inclusive, emitir Interpretações, Orientações, 
e Comunicados.
Art. 14 Os Pronunciamentos Técnicos estabelecem conceitos 
doutrinários, estrutura técnica e procedimentos a serem aplicados.
§ 1º O Pronunciamento Técnico é identificado pela sigla 
CPC, seguida de numeração sequencial, seguido de hífen e 
denominação, por exemplo, CPC 01 –“Denominação”.
§ 2º Os Pronunciamentos Técnicos, após aprovados, serão 
divulgados juntamente com:
 � Sumário;
 �Termo de Aprovação;
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Fundamentos Contábeis40
 �Relatório de Audiência Pública.
Art. 15 As Interpretações são emitidas para esclarecer, de 
forma mais ampla, os Pronunciamentos Técnicos.
§ 1º A Interpretação é identificada pela sigla ICPC, seguida 
de numeração sequencial, seguido de hífen e denominação, por 
exemplo, ICPC 01 – “Denominação”.
§ 2º As Interpretações, após aprovadas, serão divulgadas 
juntamente com:
 �Termo de Aprovação;
 �Relatório de Audiência Pública, quando houver.
Art. 16 As Orientações possuem caráter informativo, 
destinando-se a dar esclarecimentos sobre a adoção dos 
Pronunciamentos Técnicos e/ou Interpretações.
§ 1º A Orientação é identificada pela sigla OCPC, seguida 
de numeração sequencial, seguido de hífen e denominação, por 
exemplo, OCPC 01 – “Denominação”.
§ 2º As Orientações, após aprovadas, serão divulgadas 
juntamente com:
 �Termo de Aprovação;
 �Relatório de Audiência Pública, quando houver.
Parágrafo único. Quando houver a revogação de um 
Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação, sua 
numeração não será reutilizada.
Art. 17 O CPC dará conhecimento público da aprovação ou 
revogação de seus documentos, por meio dos seguintes termos:
 �Termo de Aprovação – contendo, obrigatoriamente, 
a informação da Ata da Reunião do CPC em que se deu a 
aprovação do documento;
 �Termo de Revogação – contendo, obrigatoriamente, 
a informação da Ata da Reunião do CPC em que se deu a 
revogação do documento;
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Art. 18 Com o objetivo de que todos os documentos emitidos 
pelo CPC estejam convergentes às normas internacionais de 
contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards 
Board (IASB), o CPC dará conhecimento público da inclusão de 
aprimoramentos e de correções em documentos já editados, por 
meio do documento intitulado “Revisão CPC No “X””.
§ 1º A Revisão CPC é seguida de numeração sequencial, 
por exemplo, REVISÃO CPC Nº. “X”.
§ 2º As Revisões CPC, após aprovadas, serão divulgadas 
juntamente com:
 �Termo de Aprovação;
 �Relatório de Audiência Pública, se houver.
§ 3º Os documentos revisados serão identificados pela sigla 
do documento a que se refere, seguido da letra R, numeração 
sequencial, seguido dehífen e denominação, por exemplo, 
CPC 01 (R1) – “Denominação”. A letra R identifica que aquele 
CPC foi revisado e o número 1 identifica que foi realizada uma 
primeira revisão.
§ 4º Os itens revisados serão identificados ao final do novo 
texto do Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação, 
pela sigla NR, entre parênteses.
§ 5º A aprovação do documento de Revisão CPC se dará 
nos termos do Art. 5º deste Regimento Interno.
Art. 19 Os Comunicados têm como objetivo chamar a 
atenção para algum esclarecimento adicional sobre a adoção dos 
Pronunciamentos Técnicos e/ou Interpretações, além de outros 
comentários sobre a adoção das normas internacionais no Brasil, 
junto à mídia e demais interessados no tema.
Parágrafo único. Os Comunicados do CPC serão seguidos 
de numeração seqüencial, por exemplo, Comunicado CPC Nº 
“X”. Fonte: https://bit.ly/36jWsit
Abaixo, entenda o fluxograma da Hierarquia CPC e demais 
instituições.
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Figura 10: Hierarquia de funcionamento, aprovação e pronunciamento do CPC
Fonte: José Carlos Marion. Atualizadora Ana Carolina Marion Santos, 2018
Tabela 2: Legenda siglas 
Fonte: O Autor
IASB
Conselho de Normas Internacionais da Contabilidade
International Accouting Standards Boards
IFRS
Normas Internacionais de Relatório Financeiro
International Financial Reporting Standards
CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis
BACEN Banco Central
CVM Comissão de Valores Mobiliários
SRF Secretaria da Receita Federal
SUSEP Superintendência de Seguros Privados
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Fundamentos Contábeis 43
Pronunciamento Conceitual Básico (R1)
O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis determina 
métodos para elaboração de documentos contábeis, logo, 
veremos algumas revisões.
É importante salientar que muitas empresas são sociedades 
de capital aberto, as S.A´s, sociedades Anônimas, ou em outras 
palavras, as empresas que abriram seu capital para venda 
de ações, buscando investidores que passam a ser sócios de 
pequenas partes do Capital Social. 
Para viabilizar a interpretação dos investidores e a tomada de 
decisão, o CPC padronizou os relatórios contábeis de forma que as 
entidades possam expor de forma detalhada e resumida os dados 
colhidos pela contabilidade, como o objetivo de relatar os principais 
fatos financeiros registrado em um determinado período.
Podemos observar abaixo, a alteração da CPC 00 (R2) - 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro, aprovada em 01/11/2010, divulgada em 
10/112/2019:
SITUAÇÃO E FINALIDADE DA ESTRUTURA 
CONCEITUAL SP1.1 A Estrutura Conceitual 
para Relatório Financeiro (Estrutura Conceitual) 
descreve o objetivo do, e os conceitos para, 
relatório financeiro para fins gerais. 
A finalidade desta Estrutura Conceitual é: 
(a) auxiliar o desenvolvimento das Normas 
Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que 
tenham base em conceitos consistentes; 
(b) auxiliar os responsáveis pela elaboração 
(preparadores) dos relatórios financeiros a 
desenvolver políticas contábeis consistentes 
quando nenhum pronunciamento se aplica à 
determinada transação ou outro evento, ou quando 
o pronunciamento permite uma escolha de política 
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contábil; e (c) auxiliar todas as partes a entender e 
interpretar os Pronunciamentos.
Pronunciamento Conceitual Básico (R1): Objetivo da 
elaboração e divulgação do relatório Contábil-Financeiro
Um relatório contábil-financeiro tem como objetivo fornecer 
informações contábeis qualitativas e quantitativas de determinada 
entidade que sejam úteis a investidores e credores para que os 
mesmos possam tomar decisões a respeito desta entidade.
Retirado de: https://bit.ly/38jWCHU
1.1 O objetivo do relatório financeiro para fins gerais 
forma a base desta Estrutura Conceitual. Outros 
aspectos desta Estrutura Conceitual – as características 
qualitativas de informações financeiras úteis e a 
restrição de custo sobre tais informações, o conceito 
de entidade que reporta, elementos das demonstrações 
contábeis, reconhecimento e desreconhecimento, 
mensuração, apresentação e divulgação – decorrem 
logicamente do objetivo. 
1.2 Objetivo, utilidade e limitações do relatório 
financeiro para fins gerais é fornecer informações 
financeiras sobre a entidade que reporta que sejam 
úteis para investidores, credores por empréstimos e 
outros credores, existentes e potenciais, na tomada 
de decisões referente à oferta de recursos à entidade.
Essas decisões envolvem decisões sobre: (a) 
comprar, vender ou manter instrumento de 
patrimônio e de dívida; (b) conceder ou liquidar 
empréstimos ou outras formas de crédito; ou 
(c) exercer direitos de votar ou de outro modo 
influenciar os atos da administração que afetam o 
uso dos recursos econômicos da entidade. 
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Fundamentos Contábeis 45
1.3 As decisões descritas no item 1.2 dependem 
dos retornos que os existentes e potenciais 
investidores, credores por empréstimos e outros 
credores esperam, por exemplo, dividendos, 
pagamentos de principal e juros ou aumentos 
no preço de mercado. As expectativas dos 
investidores, credores por empréstimos e outros 
credores quanto aos retornos dependem de 
sua avaliação do valor, da época e da incerteza 
(perspectivas) de futuros fluxos de entrada de 
caixa líquidos para a entidade e de sua avaliação 
da gestão de recursos da administração sobre os 
recursos econômicos da entidade. Investidores, 
credores por empréstimos e outros credores, 
existentes e potenciais, precisam de informações 
para ajudá-los a fazer essas avaliações. 
1.4 Para fazer as avaliações descritas no item 
1.3, os investidores, credores por empréstimos e 
outros credores, existentes e potenciais, precisam 
de informações sobre: (a) os recursos econômicos
da entidade, reivindicações contra a entidade 
e alterações nesses recursos e reivindicações 
(ver itens de 1.12 a 1.21); e (b) a eficiência 
e eficácia da administração e do órgão de 
administração da entidade3 no cumprimento de 
suas responsabilidades sobre o uso dos recursos 
econômicos da entidade (ver itens 1.22 e 1.23). 
1.5 Muitos investidores, credores por empréstimos e 
outros credores, existentes e potenciais, não podem 
exigir que as entidades que reportam forneçam 
informações diretamente a eles, devendo se basear 
em relatórios financeiros para fins gerais para muitas 
das informações financeiras de que necessitam. 
Conseqüentemente, eles são os principais usuários 
aos quais se destinam relatórios financeiros para 
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fins gerais.4 1.6 Contudo, relatórios financeiros para 
fins gerais não fornecem nem podem fornecer todas 
as informações de que necessitam investidores, 
credores por empréstimos e outros credores, 
existentes e potenciais. Esses usuários precisam 
considerar informações pertinentes de outras fontes, 
como, por exemplo, condições e expectativas 
econômicas gerais, eventos políticos e ambiente 
político e perspectivas do setor e da empresa. 
1.7 Relatórios financeiros para fins gerais não 
se destinam a apresentar o valor da entidade que 
reporta, masfornecem informações para auxiliar 
investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, a estimar o valor 
da entidade que reporta. 1 Ao longo da Estrutura 
Conceitual, os termos “relatórios financeiros” 
(“financial reports”) e “relatório financeiro” 
(“financial reporting”) referem-se a relatórios 
financeiros para fins gerais e relatório financeiro 
para fins gerais, salvo se especificamente indicado 
de outro modo. 2 Ao longo da Estrutura Conceitual, 
o termo “entidade” refere-se à entidade que 
reporta, salvo se especificamente indicado de 
outro modo. 3 Ao longo da Estrutura Conceitual, 
o termo “administração” refere-se à administração 
e ao órgão de administração da entidade, salvo 
se especificamente indicado de outro modo. 4 
Ao longo da Estrutura Conceitual, os termos 
“principais usuários” e “usuários” referem-se 
a esses investidores, credores por empréstimos 
e outros credores, existentes e potenciais, que 
devem se basear em relatórios financeiros para fins 
gerais para muitas das informações financeiras de 
que necessitam. 
1.8 Usuários primários individuais têm necessi-
dades e desejos de informação diferentes e pos-
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Fundamentos Contábeis 47
sivelmente conflitantes. Ao desenvolver os Pro-
nunciamentos, busca-se fornecer um conjunto de 
informações que atenda às necessidades do maior 
número de principais usuários. Contudo, concen-
trar-se em necessidades de informação ordinárias 
não impede que a entidade que reporta inclua in-
formações adicionais que sejam mais úteis para 
um subconjunto específico de principais usuários. 
1.9 A administração da entidade que reporta também 
está interessada em informações financeiras sobre 
a entidade. Contudo, a administração não precisa 
se basear em relatórios financeiros para fins gerais, 
pois ela pode obter internamente as informações 
financeiras de que precisa. 
1.10 Outras partes, como reguladores e o público 
em geral, que não investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, podem também 
considerar relatórios financeiros para fins gerais 
úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados 
essencialmente a esses outros grupos. 
1.11 Em grande medida, relatórios financeiros 
baseiam-se em estimativas, julgamentos e 
modelos e, não, em representações exatas. Esta 
Estrutura Conceitual estabelece os conceitos 
subjacentes a essas estimativas, julgamentos 
e modelos. Os conceitos são a meta que os 
responsáveis pela elaboração (preparadores) de 
relatórios financeiros se esforçam por atingir. 
Como na maioria das metas, a visão desta 
Estrutura Conceitual de relatório financeiro ideal 
é improvável de ser atingida integralmente, ao 
menos não em curto prazo, pois leva tempo para 
compreender, aceitar e implementar novas formas 
de analisar transações e outros eventos. Contudo, 
estabelecer uma meta a ser atingida é essencial 
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Fundamentos Contábeis48
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: CPC 00 (R2) - 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro, acessível pelo link: https://bit.ly/38t3RNQ.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que a Contabilidade é uma 
ciência que surgiu há muito tempo atrás. Através dessa ciência, 
são registrados fatos econômicos de entidades, que podem ser 
pessoas físicas ou jurídicas, de forma organizada obedecendo 
princípios e convenções norteadoras da forma de registro, com o 
objetivo de tornar as informações visíveis e de fácil interpretação, 
pela padronização dos métodos de registro.
Devido à demanda dessas informações pelos usuários da 
contabilidade e por essas informações serem universais, elas 
devem ser revistas periodicamente e reformuladas de forma que 
atendam às necessidades das entidades conforme leis e medidas 
aplicadas pelo Estado, lembrando da consonância com a normas 
internacionais. Isso se dá principalmente em função de investidores 
em empresas de capital aberto, que necessitam de informações 
para tomada de decisões de investimento e de crédito.
para que o relatório financeiro evolua de modo a 
melhorar a sua utilidade. 
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UNIDADE
02
UNIDADE 02
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Fundamentos Contábeis50
Na unidade 1 você descobriu o quanto a contabilidade está 
presente no dia a dia das pessoas no Brasil e no mundo e como 
seus conceitos e métodos são importantes para o funcionamento 
de empresas e até mesmo do Estado.
Agora eu convido você a conhecer um pouco mais a fundo 
o objeto de estudo da contabilidade, ou seja, o Patrimônio e 
tudo o que o compõe. Será uma grande novidade e essa nova 
unidade fará você se sentir um expert em temos de controle do 
Patrimônio de uma entidade. Venha estudar esta unidade letiva e 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Fundamentos Contábeis 51
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
Conhecer a o Patrimônio e sua formação;
Identificar e realizar lançamentos e registros de 
contas patrimoniais e de resultado;
Entender e realizar lançamentos contábeis de 
débito e crédito;
Analisar saldos das contas a partir do balancete de 
verificação.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
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Fundamentos Contábeis52
Patrimônio
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o que 
é e como é formado o patrimônio de uma entidade e como 
registrar os seus componentes. Poderá elaborar e fazer a leitura 
de relatórios contábeis, auferir resultados e entender como um 
empreendedor pode obter lucro e crescimento de seus negócios 
conhecendo e utilizando os conhecimentos contábeis. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
E então, já aconteceu de você estar andando na rua e 
passar em frente a um conglomerado de prédios e barracões 
com entrada e saída de caminhões e de pessoas uniformizadas, 
todos como a mesma logomarca. E ao ver todo esse conjunto 
imaginar “como é grande o patrimônio dessa empresa!”, será 
observando de forma material e tangível, conseguimos conhecer 
o Patrimônio de uma organização?
Patrimônio é o conjunto de riquezas de propriedades de 
uma pessoa ou de uma empresa (de uma entidade).
Em contabilidade, a palavra patrimônio tem sentido amplo: 
por um lado significa o conjunto de bens e direitos pertencentes 
a uma pessoa ou empresa; por outro lado inclui as obrigações a 
serem pagas.
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