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COMPONENTE CURRICULAR: INGLÊS TURMA: 8° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EBOOK DE INGLÊS SUMÁRIO A IMPORTÂNCIA DA PRONÚNCIA ................................................................................................ 7 Diferenças de pronúncia entre Português e Inglês ....................................................................... 8 ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA PRONÚNCIA........................................................................ 13 CORES EM INGLÊS - PRONÚNCIA ............................................................................................ 23 A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA X PRONÚNCIA ..................................................................... 24 Interferência ortográfica .................................................................................................................. 24 O outro lado da moeda .................................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 28 A QUESTÃO DA ORALIDADE Diversas razões têm sido levantadas para o não desenvolvimento da habilidade oral nas aulas de língua inglesa em nossas escolas. Argumenta-se genericamente, que o uso de línguas estrangeiras volta-se para a leitura, para alguns profissionais ou fins acadêmicos. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares do Ensino de Língua Estrangeira Moderna (2008, p. 56) propõem superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que têm marcado o ensino dessa disciplina. Assim, devemos refletir a respeito de vários aspectos quando objetivamos desenvolver em nossos alunos aprendizado significativo. Novas ideias, métodos que gerem aprendizado mais efetivo devem ser focados, uma vez que nossos alunos manifestem o interesse em informações práticas e que se enquadrarão no processo de socialização desses alunos. Além disso, observa-se nos jovens facilidade relativamente grande em aprender a falar línguas estrangeiras em comparação com aprendizes adultos, principalmente no que diz respeito à oralidade. Explorar essa capacidade e criar condições para desenvolvê-la significa oportunizar e desenvolver essa facilidade natural na faixa etária em questão. Durante as aulas ministradas no Ensino Médio, percebe-se a grande dificuldade que os alunos enfrentam no desenvolvimento de suas habilidades orais, com um panorama no qual as aulas geralmente se resumiam na fala do professor e no pressuposto de que os educadores de língua inglesa ainda conservam uma formação voltada para uma didática marcadamente tradicional, que preconiza a transmissão de conhecimentos, privilegiando a memorização na realização das atividades em sala de aula, por meio de exercícios básicos desconectados de práticas dinâmicas que estimulam a comunicação e a oralidade. O maior desafio é implementar atividades para o desenvolvimento das habilidades de escuta e fala que sejam adequadas aos números de alunos em sala de aula, e ainda possibilitar que os mesmos não se sintam negativamente expostos ao expressar seus pensamentos e que, além disso, produzam discursos criativos e de maneira crítico-reflexivos. DISCORRENDO SOBRE A ORALIDADE Tendo em vista que as Diretrizes Curriculares do Ensino de Língua Estrangeira Moderna (2008) pressupõem a língua como discurso enquanto prática social, trabalhar a oralidade reflete a necessidade atual de se estudar a língua estrangeira de forma que a prática social nela implícita seja a base que conduz o aluno a desenvolver a desenvolver a capacidade discursiva nas mais variada situações de comunicação O ensino de língua inglesa tem favorecido um aprendizado mecânico ou repetitivo que pouco encoraja a aquisição de outras habilidades. Assim, cabe ao professor, nesse processo de aprendizagem, oportunizar ao aluno o contato com diversificadas práticas discursivas para que ele possa construir e adequar suas necessidades e anseios em relação à língua. Outro aspecto a ser considerado é que a realização de um trabalho através das práticas discursivas precisa pautar-se em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral, visto que essas habilidades comunicativas são complementares e não faria sentido incluir uma e excluir a outra. Para elaborar uma atividade didática do gênero desejado. Para elaborar uma atividade didática do gênero desejado em função das situações de comunicação e dos objetivos almejados em sala de aula, de acordo com Dolz e Schneuwly (2004 p. 168): O ensino de uma língua deve estimular a autonomia dos envolvidos. Em vista disso, o aprendiz deve ser incentivado a assumir a responsabilidade sobre o seu aprender. O ambiente da sala de aula deve ser favorável, deve encorajar o aluno a superar a insegurança e também ultrapassar os limites que o impedem de experimentar e realizar outras possibilidades de conhecer interagir em outra língua. Através do ensino e ênfase na oralidade, torna-se possível a aproximação dos sujeitos com a realidade, possibilitando-lhe que o processo de aprendizagem seja fundamental e lhe encorajar a disponibilidade para correr riscos, superar a ansiedade e a inibição, motivando-o de forma que o ato de aprender lhe proporcione a oportunidade de refletir sobre seu progresso e lhe encoraje autonomia. A LÍNGUA COMO DISCURSO Considerando que a língua é uma construção histórica e cultural que não se limita a um conhecimento sistematizado, sua forma permite aos sujeitos considerar a língua como discurso, por meio da qual se desenvolve a competência discursiva para interagir com os outros, e no mundo. Segundo Bakthin (apud JORDÃO, 2000, p. 7): ao invés de medir nossas relações com o mundo, num mundo supostamente transparente e neutro, a língua constitui nosso mundo, e não apenas o nomeia. Ela constrói discursos, produz efeitos de sentidos indissociáveis dos contextos em que se constituem. Nesse sentido, ressalta-se que a língua e cultura são indissociáveis e ensinar língua estrangeira nesse contexto é ensinar procedimentos interpretativos definidos por outras culturas e perceber características diferentes daquelas que a língua materna nos apresenta Jordão (2006, p. 7), complementa, ainda, que: O ensino de língua inglesa e o conceito de língua como discurso para o desenvolvimento das práticas sociais e a construção de sentidos fundamenta-se, segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna nas teorias do Círculo de Baktin, onde a língua é uma forma de interação social que se estabelece entre indivíduos organizados e inseridos numa situação concreta de comunicação. É necessário, portanto, conceber a língua como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado. Para Bakthin (1997), o processo da comunicação verbal apresentado em cursos de linguística não representa o todo da comunicação verbal nos processos da fala quando representam os dois parceiros da comunicação: nos processos ativos do locutor e processos passivos do ouvinte (quem recebe e fala). Para Bakthin ( 1997, p. 290) Assim, cabe ao professor, nesse processo de aprendizagem, oportunizar ao aluno o contato com diversificadas práticas discursivas para que ele possa construir e adequar suas necessidades e anseios em relação à língua. Desse modo, a língua é a base sobre a qual se constrói o discurso e, portanto, entendemos que através dela o que produzimos ou desejamos produzir requer a compreensão de que a língua é um meio histórico de inserção social e cultural. Almeida Filho (1998) destaca que, na maioria das vezes, a escola torna-se a única oportunidade que o aluno possui para adquirir conhecimentoscomunicativos na língua estrangeira, sendo que é o locus em que os mecanismo para construir significados no idioma estrangeiro são desenvolvidos. O referido autor defende ainda que o importante é que se estabeleça um clima de confiança entre aprendizes e que haja oportunidade de compreensão e expressão de significados pessoais. Isso nos leva a perceber que ensinar língua estrangeira com foco na oralidade tem por objetivo trabalhar conteúdos voltados aos contextos vivenciados pelos próprios alunos, aumentando as expectativas e a motivação dos aprendizes em relação à língua inglesa. A IMPORTÂNCIA DA PRONÚNCIA As comunidades humanas, desde suas mais remotas origens, sempre souberam se comunicar oralmente. A fala é talvez a mais importante das características que distinguem o ser humano no reino animal e que lhe possibilitam se organizar em sociedade. Nem todas as línguas, entretanto chegaram a se desenvolver em sistemas escritos. Além disso, não há ser humano normal que não saiba falar sem limitações, porém só recentemente na história da humanidade é que a maioria começou a desenvolver a habilidade de escrever, muitos até hoje com limitações. Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. Nunca é demais salientar a importância da forma oral da língua. A forma escrita é mera decorrência da língua falada. Estudar pronúncia, portanto, é olhar para aquilo que não se enxerga mas que é a essência da língua. O domínio sobre a língua falada começa com o entendimento oral, e este começa com o reconhecimento das palavras contidas no fluxo de produção oral. Conseguir isolar cada conjunto de fonemas correspondentes a cada unidade semântica (palavra), dentro da sequência ininterrupta de sons no fluxo da produção oral, é um desafio considerável. A grandeza deste desafio é melhor compreendida se considerarmos também que o aparelho articulatório de sons do ser humano (cordas vocais, cavidade bucal, língua, etc.) mostra-se extremamente limitado quando comparado ao universo de conhecimento e comunicação criado por sua mente. Para fazer par a este imenso universo linguístico e poder representá-lo oralmente, é necessário flexibilizar ao máximo o aparelho articulatório, criando diferenças ínfimas na articulação de sons, as quais adquirem grande importância e exigem nosso aparelho auditivo ao máximo. Além disso, o uso que o ser humano faz de seu aparelho articulatório para comunicar-se varia consideravelmente de idioma para idioma, o que explica o porquê de ser na pronúncia que a interferência entre duas línguas se torna mais evidente e é mais crítica. A interferência fonológica da língua materna na língua estrangeira que se aprende, na maioria dos casos permanece para sempre, mesmo com pessoas que já adquiriram pleno domínio sobre o vocabulário e a gramática da língua estrangeira. Aquele que fala uma única língua invariavelmente acredita que os sons de sua língua correspondem a um sistema básico universal de sons da fala do ser humano. Esta ideia preconcebida normalmente prevalece ao longo do aprendizado da língua estrangeira e, enquanto persistir, interfere negativamente na percepção e na produção oral do estudante. Em um artigo (veja bibliografia) sobre interferência fonológica, Flege escreveu: Estudantes de idiomas que acreditam ouvir na língua estrangeira sons quase idênticos aos da língua materna (apesar de talvez reconhecerem pequenas diferenças fonéticas entre as duas línguas) irão basear sua pronúncia ao longo do processo de aprendizado num modelo acústico resultante de pares de sons semelhantes das duas línguas, em vez de baseá-la no modelo acústico específico da língua estrangeira, assim como ocorre no aprendizado da língua materna. (443, minha tradução) Em palavras simples, o que Flege quer dizer é o óbvio: que os ouvidos do aprendiz não irão reconhecer os sons da língua estrangeira como eles realmente são. Este é um forte argumento em favor de um estudo fonológico detalhado dos contrastes entre a língua materna e a língua que se busca aprender - condição imprescindível para um bom professor de inglês. Uma apresentação detalhada dos dois sistemas fonológicos ajudará o aluno a tomar consciência cedo de que os sons de um e outro idioma não são exatamente iguais, e que essas diferenças podem ser relevantes no significado, afetando o entendimento. Diferenças de pronúncia entre Português e Inglês Diferentes línguas podem ser dois códigos de comunicação totalmente diferentes; ou, em alguns casos, até mesmo concepções diferentes de interação humana como resultado de profundas diferenças culturais. Este é, por exemplo, o caso do idioma japonês, quando comparado a qualquer uma das línguas europeias. É necessário ter uma mente japonesa, dizem, para se poder falar japonês corretamente - o que sem dúvida é verdade. Felizmente as diferenças entre português e inglês não são tão profundas. Devido a origens comuns - a cultura grega, o Império Romano e seu idioma, a religião Cristã, etc. - todas as culturas europeias e suas línguas podem ser consideradas muito próximas no contexto amplo das línguas do mundo. Poderíamos, por exemplo, dizer que a língua espanhola é quase irmã gêmea do português; a língua italiana, sua meia-irmã; o francês, seu primo; e o inglês, talvez um primo de segundo grau. Além das origens comuns que diminuem diferenças culturais, semelhanças linguísticas entre inglês e português ocorrem predominantemente apenas no plano de vocabulário, quando na forma escrita. Estruturação de frases e, especialmente pronúncia, apresentam profundos contrastes. Numa análise superficial das diferenças no plano da pronúncia, podemos relacionar as seguintes diferenças: Correlação pronúncia x ortografia: A primeira grande dificuldade que logo salta aos olhos (e aos ouvidos) do aluno principiante, é a difícil interpretação oral das palavras escritas em inglês. No português, a interpretação oral de cada letra é relativamente clara e constante e, no espanhol, é quase perfeita esta correlação. No inglês, entretanto, não apenas é pouco clara e às vezes até muda, como altamente irregular. Ex: literature [lItrƏtshuwr], circuit [sƏrkƏt]. Relação vogais x consoantes: O inglês faz um uso do sistema articulatório e exige um esforço muscular e uma movimentação de seus órgãos, especialmente da língua, significativamente diferentes, quando comparado à fonética do português. A articulação de muitos sons do inglês bem como de outras línguas de origem germânica, pode ser facilmente classificada como sendo de natureza difícil. Isto está provavelmente relacionado ao fato de que o inglês é rico na ocorrência de consoantes enquanto que o português é abundante na ocorrência de vogais e combinações de vogais (ditongos e tritongos). Ex: December is the twelfth month of the year. / Eu vou ao Uruguai e o Áureo ao Piauí. / Eu sou europeu. Sinalização fonética: O inglês é uma língua mais econômica em sílabas do que o português. O número de palavras monossilábicas é muito superior quando comparado ao português. Ex: Além disso, a média geral de sílabas por palavra é inferior, pois mesmo palavras polissilábicas e de origem comum, quando comparadas entre os dois idiomas, mostram uma clara tendência a redução em inglês. Ex: Em frases, este fenômeno tende a aumentar. Ex: Estudos de fonoaudiologia demonstram que a baixa média de sílabas por palavra do inglês se traduz numa dificuldade maior de percepção por oferecer uma menor sinalização fonética bem como menos tempo para decodificar a informação. Isto se traduz também num grau de tolerância inferior para com desvios de pronúncia. Número de fonemas: Outra diferençafundamental é encontrada no número de fonemas vogais. Devido à economia no uso de sílabas, o inglês precisa de um número maior de sons vogais para diferenciar as inúmeras palavras monossilábicas. Enquanto que português apresenta um inventário de 7 vogais (não incluindo as variações nasais), no inglês norte-americano identifica-se facilmente a existência de 11 fonemas vogais. Logicamente a percepção e a produção de um número maior de vogais do que aquelas com que estamos acostumados em português, representará uma grande dificuldade. Encontra-se também diferenças no plano dos sons consoantes. Além de rico na ocorrência de consoantes, o inglês possui um número maior de fonemas consoantes. Estudos fonológicos normalmente classificam 24 consoantes em inglês contra 19 no português. Além disso, consoantes em inglês podem ocorrer em posições que não ocorreriam em português. Acentuação tônica: Acentuação tônica de palavras é outro aspecto que representa um contraste importante entre português e inglês. A forma predominante de acentuação tônica de uma língua influi significativamente na sua característica sonora. Enquanto que em português encontramos apenas 3 tipos de acentuação tônica - oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, - sendo que a acentuação paroxítona é a predominante, em inglês encontramos pelo menos 5 tipos de acentuação tônica e nenhuma predominante. Ritmo: O ritmo da fala também é uma característica importante da língua. Enquanto que o português é uma língua syllable-timed, onde cada sílaba é pronunciada com certa clareza, o inglês é stress-timed, resultando numa compactação de sílabas, produzindo contrações e exibindo um fenômeno de redução de vogais como consequência. A desconcertante falta de correlação entre ortografia e pronúncia, sendo uma das principais características do inglês bem como um grande obstáculo a seu aprendizado, constitui-se num forte argumento em favor de abordagens baseadas em assimilação natural pelo contato com falantes nativos, ao invés de estudo formal da língua, para se alcançar fluência. Contato prematuro com textos em inglês pode causar internalização e fossilização de desvios de pronúncia, porque o estudante inadvertidamente irá aplicar uma interpretação fonética do que vê baseada nas regras de interpretação fonética da língua materna. Contato prematuro com textos em inglês, na ausência da língua na sua forma oral (pronunciada corretamente), constitui-se portanto num erro fundamental. Pronúncia correta deve ser priorizada no início do aprendizado. Em paralelo a um bom modelo de pronúncia, é indispensável o uso de símbolos fonéticos para tornar a pronúncia visível. É inadmissível que materiais didáticos para iniciantes não abordem a forma oral da língua através de símbolos fonéticos. Seria mais eficaz proporcionar ao jovem 3 ou 4 anos de contato com a língua falada, na escola de primeiro grau, do que os 7 ou 8 anos de contato com a língua escrita (predominantemente tradução e gramática) atualmente oferecidos no segundo grau. ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA PRONÚNCIA O momento ideal para o desenvolvimento de uma boa pronúncia de uma língua estrangeira é a infância e, no caso de adolescentes e adultos, é o início do aprendizado, quando o aluno forma a matriz fonológica da língua e quando desvios de pronúncia tendem a cristalizar-se. No aprendizado de uma língua como inglês, cuja correlação entre ortografia e pronúncia é extremamente irregular, é importante intensificar o contato com a língua falada logo no início do aprendizado, evitando o contato prematuro excessivo com a forma escrita. Diferentes pessoas podem ter diferentes graus de acuidade auditiva, influenciando o grau de dificuldade em perceber a sutileza de certas diferenças relevantes, bem como o grau de precisão com que vão reproduzir os sons da língua estrangeira. Por esta razão, é recomendável que se faça uma avaliação audiométrica - um exame de audição feito por fonoaudiólogos que determina exatamente o quanto a pessoa ouve, da mesma forma que um exame de oculista avalia a visão. Independentemente do grau de acuidade auditiva do aprendiz, a qualidade do input recebido pelo aluno é o fator mais importante. Por isso, é fundamental buscar-se um instrutor de excelente pronúncia. Se o instrutor não for falante nativo, deve ter no mínimo um ano e meio de experiência em país de língua inglesa ou um nível de proficiência equivalente a iBT 100+ (Internet-Based TOEFL). Infelizmente, fica difícil para um aluno principiante distinguir uma boa pronúncia de uma pronúncia distorcida pela interferência da língua materna (sotaque estrangeiro). Isso torna o principiante uma presa fácil de cursos menos sérios. Por isso é sempre recomendável procurar conhecer o inglês de seu futuro instrutor na presença de um amigo que fale inglês muito bem, ou bem suficiente para reconhecer uma boa pronúncia. Lembre-se: não é o nome da escola nem a suposta metodologia por ela usada que farão a diferença, mas sim as qualidades pessoais do instrutor. É importante também adquirir noções de fonologia para conscientizar-se da existência de diferenças, e identificá-las individualmente. A partir daí, o aluno deve exercitar os novos sons. Para adquirir-se não apenas a correta pronúncia de fonemas, mas também a acentuação tônica das palavras e a entonação da frase, desde o início do aprendizado, é necessário ao aluno desenvolver a arte da imitação e sempre consultar uma fonte autorizada: um native speaker ou uma pessoa que fale com boa pronúncia, um dicionário com símbolos fonéticos, os speaking dictionaries (dicionários eletrônicos de bolso que reproduzem som) ou simplesmente um dicionário online. COMO PRONUNCIAR PALAVRAS EM INGLÊS: A pronúncia costuma ser o maior medo de quem está aprendendo um idioma, principalmente quando o aluno precisa falar em sala de aula. O medo de errar faz com que o estudante sinta ainda mais dificuldade, podendo até leva-lo a desistir do curso. Nesse momento, deveria acontecer exatamente o contrário, afinal, todos estão ali para aprender. Para quem se encontra nessa situação, a melhor maneira de superá-la é se preparar bem antes e depois das aulas. Infelizmente, não existem muitas regras que ensinem a maneira correta de pronunciar a maioria das palavras em inglês. Aprender o alfabeto é um bom começo, mas é importante lembrar que, assim como no português, algumas letras são pronunciadas de maneiras diferentes eventualmente. Assim, melhor do que sair decorando todas as regras e exceções é acrescentar o inglês ao seu cotidiano pelo máximo de tempo possível. De tanto ouvir músicas e assistir filmes e séries, por exemplo, você acabará memorizando inconscientemente a pronúncia de diversas palavras. Outra sugestão boa é recorrer a dicionários eletrônicos e tradutores automáticos. Além de lhe mostrar a tradução, também possuem ícones que permitem ouvir como a palavra é pronunciada. Para quem passa muito tempo dirigindo, a dica é comprar livros e/ou gramáticas que incluam CDs com exemplos de pronúncia. Enquanto estiver em trânsito,aproveite para repetir as frases do CD em voz alta. Separamos algumas dicas que podem ajudar a melhorar ainda mais a pronúncia. Vale lembrar que, como toda regra, essas também possuem exceções. Dominar o vocabulário é responsável pela maior parte do aprendizado de um novo idioma. Aprendendo as palavras mais comuns e suas colocações, o resto acaba virando consequência, e até mesmo as regras gramaticais serão compreendidas com mais facilidade. Quem está estudando inglês tem uma grande vantagem: os cognatos (palavras que possuem o mesmo radical em diferentes idiomas) compõem de20 a 25% das palavras que aparecem em textos técnicos. Decorre daí outra boa notícia - pouco mais das 200 palavras mais comuns da língua inglesa representam cerca de 60% de um texto. NÚMEROS DE 0 A 1 BILHÃO Os números são indispensáveis no nosso cotidiano,independentemente de gostarmos ou não dematemática.Para quem está aprendendo inglês agora, eles podem gerar muitas dúvidas, mas há alguns truques para memorizá-los mais rápido. Antes, é importante lembrar que, nesse idioma, os milhares são divididos por vírgula, não por ponto, como acontece no português. Já com os decimais acontece o contrário – são separados por ponto. Vamos começar pelos mais simples, de um a dez: A primeira dica já aparece aqui. Os números 11 e 12 tem nomes determinados, como os de 1 a 10. Entre o 13 e o 19, os nomes são formados com a raiz do número correspondente, seguido do sufixo “teen”. É por isso que se costuma chamar os adolescentes de “teens”, que é uma forma reduzida de “teenager” (adolescente), fase que corresponde justamente à faixa etária entre 13 e 19 anos. Entre 20 e 100, os números são formados acrescentando -ty- no final: Os números que se encontram entre as dezenas são formados pela adição dos números de 1 a 9, ligados por um hifen. Por exemplo: A partir de 100, os números são denominados da seguinte forma: Os demais seguem a mesma variação, bastando apenas substituir “one” pelo número desejado: O termo “one” aparece em várias expressões idiomáticas, nem sempre com significado numérico. Uma das mais conhecidas é “number one”, que quer dizer “o melhor, mais importante”. Ex.: He´s the number one. (Ele é o número um) A expressão “a thing or two” significa “algumas coisas, uma coisa ou outra”. Ex.: I´ve learned a thing or two about English. (Eu aprendi algumas coisas de Inglês) “The three Rs” é utilizada para se referir às três áreas básicas do ensino matemática, leitura e escrita. Ex.: They know the three Rs. (Eles sabem os três Rs) “The three Rs” é utilizada para se referir às três áreas básicas do en- sino - matemática, leitura e escrita. Ex.: They know the three Rs. (Eles sabem os três Rs) Para falar nos quatro cantos do mundo, utilize a expressão “the four corners of the world”. Ex.: There were people from the four corners of the world. (Havia gente dos quatro cantos do mundo) Para falar nos quatro cantos do mundo, utilize a expressão “the four corners of the world”. Ex.: There were people from the four corners of the world. (Havia gente dos quatro cantos do mundo) Para se referir a um número entre cem mil e um milhão, diga “six digits/figures”. Ex.: They offered a six figures amount. (Eles ofereceram uma quantia de seis dígitos) Se você conhece alguém casado há sete anos e que está em crise, pode dizer que está passando pela “seven year itch”. Ex: It must be the seven-year itch, you should try to talk to him about what you´re feeling. (Deve ser a crise dos sete anos, você deveria tentar falar com ele sobre o que você está sentindo.) CORES EM INGLÊS - PRONÚNCIA LEGENDA: – Em preto – Nome/Escrita das Cores em Inglês – Em vermelho – Pronúncia Escrita das Cores em Inglês (você lê em Português e fala Inglês corretamente) – Em azul – Nome dos Cores em Português – R – Toda vez que encontrar o R maiúsculo na Pronúncia das Cores em Inglês, você deve pronunciar o som do “r” como o português de Portugal. – Colors – Cores (Cólors) – Blue – Azul (Blú) – Red – Vermelho (Réd) – Yellow – Amarelo (Iélou) – Green – Verde (Grín) – Orange – Laranja (ÓRandj) – Purple – Roxo (Pârpou) – Black – Preto (Bléc) – White – Branco (Uáit) – Gray – Cinza (Grêi) – Pink – Côr-de-rosa (Pínk) – Brown – Marrom (Bráun) – Golden – Dourado (Gôlden) A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA X PRONÚNCIA No estudo do inglês como língua estrangeira temos que nos acostumar a não acreditar no que vemos. O ditado popular ver para crer precisa ser substituído por ouvir para crer. Interferência ortográfica Além da diferença no grau de sinalização fonética e das diferenças fonológicas (vogais, consoantes) entre os dois idiomas, temos a questão da interpretação oral da língua escrita. Isto é, com que sons devemos interpretar as letras e as palavras de um texto. Em primeiro lugar, a interpretação fonética da ortografia em inglês apresenta diferenças em relação ao português. Em segundo lugar, e mais importante, a correlação entre ortografia e pronúncia em inglês é notoriamente irregular. Quer dizer: o mesmo grafema (letra) não corresponde sempre ao mesmo fonema (som), isto é, não tem sempre a mesma interpretação, a mesma pronúncia. Para aquele que estuda inglês como língua estrangeira, que tem contato com textos, mas não tem a oportunidade de contato frequente com a língua falada, e que, portanto, não desenvolveu familiaridade com a forma oral do inglês, a interferência da ortografia na pronúncia das palavras é nociva e persistente. Em seu prefácio à peça Pygmalion (1916), o dramaturgo Bernard Shaw escreve: “Os ingleses não têm respeito por sua língua e não a ensinam a seus filhos. Eles não conseguem escrevê-la corretamente porque não têm com que escrevê-la, a não ser um velho alfabeto estrangeiro do qual apenas as consoantes - e não todas elas - possuem um valor fonético de consenso.” É importante lembrar que as pessoas por natureza acreditam mais naquilo que vêm do que naquilo que escutam. No estudo do inglês como língua estrangeira, entretanto, temos que nos acostumar a não acreditar no que vemos; e o ditado popular ver para crer precisa ser substituído por ouvir para crer. Em muitos casos e, especialmente com as vogais, a ortografia não serve como indicativo de pronúncia, chegando a ser enganosa e induzindo o aluno frequentemente ao erro. Exemplos não faltam para demonstrar a péssima correlação entre ortografia e pronúncia no inglês. Mazurkiewicz faz um interessante comentário a respeito: “Comparando línguas quanto a correspondência entre grafemas (ortografia) e fonemas (pronúncia), veremos que espanhol, finlandês e italiano têm uma ótima correlação, alemão apresenta uma correlação de 90 por cento e russo 94 por cento. Italiano, por exemplo, tem 27 fonemas e 28 letras ou combinações de letras par representá-los. Dividindo 27 por 28, podemos dizer que italiano tem uma correlação de 96 por cento entre pronúncia e ortografia. No caso do inglês, entretanto, um breve estudo da ortografia usada em dicionários completos mostra haver de 340 a 360 formas de ortografar os 44 fonemas que os mesmos dicionários usam. Isto nos leva a concluir que inglês apresenta uma correlação de apenas 12 a 13 por cento.” D'Eugenio inclusive encontra uma explicação para isso: “O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século dezesseis com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século dezoito, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (1755), Thomas Sheridan (1780) e John Walker (1791). Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20.” O outro lado da moeda Não é apenas a pronúncia que torna-se difícil para os estrangeiros, estudantes de inglês, mas também a ortografia se constitui num verdadeiro problema para todos aqueles que falam inglês como língua materna, especialmente para as crianças em escola de primeiro grau.Nos países de língua inglesa todo jovem cedo defronta-se com esta aparente falta total de lógica no sistema ortográfico da língua cujos sons ele já tem assimilados. Não é, pois, coincidência que, nos países de língua inglesa, sejam tradicionais e populares os concursos denominados "spelling bee", em que os contendores desafiam-se para ver quem consegue melhor soletrar palavras de rara ocorrência que lhes são transmitidas oralmente. Concursos de spelling bee existem e fazem parte da cultura apenas em países de língua inglesa. A ortogarfia do inglês é absurda, para não dizer insana. Não há qualquer justificação - ela é do jeito que é. É claro que nós, que estamos acostumados com o inglês, sentimo-nos ligados à encantadora loucura da ortografia de nossa língua, e nos sentiríamos desamparados se esta viesse a mudar. O problema tem sido alvo de iniciativas diversas. Por volta de 1960, por exemplo, foi criado na Inglaterra um alfabeto fonético de 44 caracteres para facilitar o aprendizado da língua escrita. O ITA (Initial Teaching Alphabet) não passou de uma das inúmeras tentativas de se encontrar uma solução para o problema. Mesmo Chomsky e Halle, que defendem um ponto de vista diferente quando escrevem que: “A ortografia do inglês, apesar de sua inconsistência frequentemente mencionada, chega muito próxima de ser um sistema perfeitamente adequado ao inglês.” A interferência negativa da ortografia é um problema sério; uma das principais dificuldades para estudantes de inglês em geral. Esta desconcertante falta de correlação entre ortografia e pronúncia é uma das principais características da língua e serve como argumento contra aquilo que ainda predomina no ensino de inglês como língua estrangeira: preocupação excessiva com materiais impressos e contato prematuro com a língua na sua forma escrita. Serve também como forte argumento em favor de abordagens baseadas em assimilação natural ao invés de estudo formal da língua, para se alcançar fluência em inglês. Por outro lado, apesar do alto grau de irregularidade entre a ortografia e a pronúncia do inglês, encontra-se regularidade na interpretação de consoantes e é até mesmo possível se estabelecer algumas regras de interpretação de vogais em palavras monossilábicas. REFERÊNCIAS SK. A importância da pronúncia. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2018.WIKIPÉDIA. British english. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2018. BBC. The sounds of english. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2018. DIA A DIA EDUCAÇÃO. A oralidade da escola. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2018. GUIA INGLÊS. A oralidade da escola. Disponível em: . Acesso em: 18 jan. 2018. http://www.sk.com.br/skpron.html http://www.sk.com.br/skpron.html http://www.bbc.co.uk/learningenglish/english/features/pronunciation http://www.bbc.co.uk/learningenglish/english/features/pronunciation http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ http://www.englishexperts.com.br/forum/1000-palavras-mais-usadas-em-