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COMPONENTE CURRICULAR: INGLÊS 
TURMA: 8° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EBOOK DE INGLÊS 
 
 
 
SUMÁRIO 
A IMPORTÂNCIA DA PRONÚNCIA ................................................................................................ 7 
Diferenças de pronúncia entre Português e Inglês ....................................................................... 8 
ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA PRONÚNCIA........................................................................ 13 
CORES EM INGLÊS - PRONÚNCIA ............................................................................................ 23 
A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA X PRONÚNCIA ..................................................................... 24 
Interferência ortográfica .................................................................................................................. 24 
O outro lado da moeda .................................................................................................................... 26 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 28 
 
 
 
 
A QUESTÃO DA ORALIDADE 
 
Diversas razões têm sido levantadas para o não desenvolvimento da 
habilidade oral nas aulas de língua inglesa em nossas escolas. Argumenta-se 
genericamente, que o uso de línguas estrangeiras volta-se para a leitura, para alguns 
profissionais ou fins acadêmicos. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares do Ensino 
de Língua Estrangeira Moderna (2008, p. 56) propõem superar os fins utilitaristas, 
pragmáticos ou instrumentais que têm marcado o ensino dessa disciplina. 
Assim, devemos refletir a respeito de vários aspectos quando objetivamos 
desenvolver em nossos alunos aprendizado significativo. Novas ideias, métodos 
que gerem aprendizado mais efetivo devem ser focados, uma vez que nossos alunos 
manifestem o interesse em informações práticas e que se enquadrarão no processo 
de socialização desses alunos. 
Além disso, observa-se nos jovens facilidade relativamente grande em 
aprender a falar línguas estrangeiras em comparação com aprendizes adultos, 
principalmente no que diz respeito à oralidade. Explorar essa capacidade e criar 
condições para desenvolvê-la significa oportunizar e desenvolver essa facilidade 
 
 
natural na faixa etária em questão. Durante as aulas ministradas no Ensino Médio, 
percebe-se a grande dificuldade que os alunos enfrentam no desenvolvimento de 
suas habilidades orais, com um panorama no qual as aulas geralmente se resumiam 
na fala do professor e no pressuposto de que os educadores de língua inglesa ainda 
conservam uma formação voltada para uma didática marcadamente tradicional, que 
preconiza a transmissão de conhecimentos, privilegiando a memorização na 
realização das atividades em sala de aula, por meio de exercícios básicos 
desconectados de práticas dinâmicas que estimulam a comunicação e a oralidade. 
O maior desafio é implementar atividades para o desenvolvimento das 
habilidades de escuta e fala que sejam adequadas aos números de alunos em sala 
de aula, e ainda possibilitar que os mesmos não se sintam negativamente expostos 
ao expressar seus pensamentos e que, além disso, produzam discursos criativos e 
de maneira crítico-reflexivos. 
 
DISCORRENDO SOBRE A ORALIDADE 
 
 
Tendo em vista que as Diretrizes Curriculares do Ensino de Língua Estrangeira 
Moderna (2008) pressupõem a língua como discurso enquanto prática social, 
trabalhar a oralidade reflete a necessidade atual de se estudar a língua estrangeira 
de forma que a prática social nela implícita seja a base que conduz o aluno a 
desenvolver a desenvolver a capacidade discursiva nas mais variada situações de 
comunicação 
O ensino de língua inglesa tem favorecido um aprendizado mecânico ou 
repetitivo que pouco encoraja a aquisição de outras habilidades. Assim, cabe ao 
professor, nesse processo de aprendizagem, oportunizar ao aluno o contato com 
diversificadas práticas discursivas para que ele possa construir e adequar suas 
necessidades e anseios em relação à língua. 
 
 
Outro aspecto a ser considerado é que a realização de um trabalho através 
das práticas discursivas precisa pautar-se em atividades planejadas que possibilitem 
ao aluno a leitura e a produção oral, visto que essas habilidades comunicativas são 
complementares e não faria sentido incluir uma e excluir a outra. Para elaborar uma 
atividade didática do gênero desejado. Para elaborar uma atividade didática do 
gênero desejado em função das situações de comunicação e dos objetivos almejados 
em sala de aula, de acordo com Dolz e Schneuwly (2004 p. 168): 
 
O ensino de uma língua deve estimular a autonomia dos envolvidos. Em vista 
disso, o aprendiz deve ser incentivado a assumir a responsabilidade sobre o seu 
aprender. O ambiente da sala de aula deve ser favorável, deve encorajar o aluno a 
superar a insegurança e também ultrapassar os limites que o impedem de 
experimentar e realizar outras possibilidades de conhecer interagir em outra língua. 
Através do ensino e ênfase na oralidade, torna-se possível a aproximação dos 
sujeitos com a realidade, possibilitando-lhe que o processo de aprendizagem seja 
fundamental e lhe encorajar a disponibilidade para correr riscos, superar a ansiedade 
e a inibição, motivando-o de forma que o ato de aprender lhe proporcione a 
oportunidade de refletir sobre seu progresso e lhe encoraje autonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A LÍNGUA COMO DISCURSO 
 
 
Considerando que a língua é uma 
construção histórica e cultural que não se limita 
a um conhecimento sistematizado, sua forma 
permite aos sujeitos considerar a língua 
como discurso, por meio da qual se 
desenvolve a competência discursiva para 
interagir com os outros, e no mundo. 
Segundo Bakthin (apud JORDÃO, 2000, p. 7): ao invés de medir nossas 
relações com o mundo, num mundo supostamente transparente e neutro, a língua 
constitui nosso mundo, e não apenas o nomeia. Ela constrói discursos, produz efeitos 
de sentidos indissociáveis dos contextos em que se constituem. 
Nesse sentido, ressalta-se que a língua e cultura são indissociáveis e ensinar 
língua estrangeira nesse contexto é ensinar procedimentos interpretativos definidos 
por outras culturas e perceber características diferentes daquelas que a língua 
materna nos apresenta 
Jordão (2006, p. 7), complementa, ainda, que: 
O ensino de língua inglesa e o conceito de língua como discurso para o 
desenvolvimento das práticas sociais e a construção de sentidos fundamenta-se, 
segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira 
Moderna nas teorias do Círculo de Baktin, onde a língua é uma forma de interação 
social que se estabelece entre indivíduos organizados e inseridos numa situação 
 
 
 
 
 
 
 
concreta de comunicação. É necessário, portanto, conceber a língua como discurso, 
não como estrutura ou código a ser decifrado. 
Para Bakthin (1997), o processo da comunicação verbal apresentado em 
cursos de linguística não representa o todo da comunicação verbal nos processos da 
fala quando representam os dois parceiros da comunicação: nos processos ativos do 
locutor e processos passivos do ouvinte (quem recebe e fala). Para Bakthin ( 1997, 
p. 290) 
 
 
Assim, cabe ao professor, nesse processo de aprendizagem, oportunizar ao 
aluno o contato com diversificadas práticas discursivas para que ele possa construir 
e adequar suas necessidades e anseios em relação à língua. 
Desse modo, a língua é a base sobre a qual se constrói o discurso e, portanto, 
entendemos que através dela o que produzimos ou desejamos produzir requer a 
compreensão de que a língua é um meio histórico de inserção social e cultural. 
Almeida Filho (1998) destaca que, na maioria das vezes, a escola torna-se a 
única oportunidade que o aluno possui para adquirir conhecimentoscomunicativos 
na língua estrangeira, sendo que é o locus em que os mecanismo para construir 
significados no idioma estrangeiro são desenvolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O referido autor defende ainda que o importante é que se estabeleça um clima 
de confiança entre aprendizes e que haja oportunidade de compreensão e expressão 
de significados pessoais. Isso nos leva a perceber que ensinar língua estrangeira 
com foco na oralidade tem por objetivo trabalhar conteúdos voltados aos 
contextos vivenciados pelos próprios alunos, aumentando as expectativas e a 
motivação dos aprendizes em relação à língua inglesa. 
 
A IMPORTÂNCIA DA PRONÚNCIA 
 
 
As comunidades humanas, desde suas mais remotas origens, sempre 
souberam se comunicar oralmente. A fala é talvez a mais importante das 
características que distinguem o ser humano no reino animal e que lhe possibilitam 
se organizar em sociedade. Nem todas as línguas, entretanto chegaram a se 
desenvolver em sistemas escritos. Além disso, não há ser humano normal que não 
saiba falar sem limitações, porém só recentemente na história da humanidade é 
que a maioria começou a desenvolver a habilidade de escrever, muitos até hoje 
com limitações. 
 
 
Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. Nunca é demais salientar a 
importância da forma oral da língua. A forma escrita é mera decorrência da língua 
falada. Estudar pronúncia, portanto, é olhar para aquilo que não se enxerga mas que 
é a essência da língua. 
 
 
 
 
 
O domínio sobre a língua falada começa com o entendimento oral, e este 
começa com o reconhecimento das palavras contidas no fluxo de produção oral. 
Conseguir isolar cada conjunto de fonemas correspondentes a cada unidade 
semântica (palavra), dentro da sequência ininterrupta de sons no fluxo da produção 
oral, é um desafio considerável. 
A grandeza deste desafio é melhor compreendida se considerarmos também 
que o aparelho articulatório de sons do ser humano (cordas vocais, cavidade bucal, 
língua, etc.) mostra-se extremamente limitado quando comparado ao universo de 
conhecimento e comunicação criado por sua mente. Para fazer par a este imenso 
universo linguístico e poder representá-lo oralmente, é necessário flexibilizar ao 
máximo o aparelho articulatório, criando diferenças ínfimas na articulação de sons, 
as quais adquirem grande importância e exigem nosso aparelho auditivo ao máximo. 
Além disso, o uso que o ser humano faz de seu aparelho articulatório para 
comunicar-se varia consideravelmente de idioma para idioma, o que explica o porquê 
de ser na pronúncia que a interferência entre duas línguas se torna mais evidente e 
é mais crítica. A interferência fonológica da língua materna na língua estrangeira que 
se aprende, na maioria dos casos permanece para sempre, mesmo com pessoas que 
já adquiriram pleno domínio sobre o vocabulário e a gramática da língua estrangeira. 
Aquele que fala uma única língua invariavelmente acredita que os sons de sua 
língua correspondem a um sistema básico universal de sons da fala do ser humano. 
Esta ideia preconcebida normalmente prevalece ao longo do aprendizado da língua 
estrangeira e, enquanto persistir, interfere negativamente na percepção e na 
produção oral do estudante. Em um artigo (veja bibliografia) sobre interferência 
fonológica, Flege escreveu: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudantes de idiomas que acreditam ouvir na língua estrangeira sons quase 
idênticos aos da língua materna (apesar de talvez reconhecerem pequenas 
diferenças fonéticas entre as duas línguas) irão basear sua pronúncia ao longo do 
processo de aprendizado num modelo acústico resultante de pares de sons 
semelhantes das duas línguas, em vez de baseá-la no modelo acústico específico da 
língua estrangeira, assim como ocorre no aprendizado da língua materna. (443, 
minha tradução) 
Em palavras simples, o que Flege quer dizer é o óbvio: que os ouvidos do 
aprendiz não irão reconhecer os sons da língua estrangeira como eles realmente são. 
Este é um forte argumento em favor de um estudo fonológico detalhado dos 
contrastes entre a língua materna e a língua que se busca aprender - condição 
imprescindível para um bom professor de inglês. Uma apresentação detalhada dos 
dois sistemas fonológicos ajudará o aluno a tomar consciência cedo de que os sons 
de um e outro idioma não são exatamente iguais, e que essas diferenças podem 
ser relevantes no significado, afetando o entendimento. 
 
Diferenças de pronúncia entre Português e Inglês 
 
Diferentes línguas podem ser dois códigos de comunicação totalmente 
diferentes; ou, em alguns casos, até mesmo concepções diferentes de interação 
humana como resultado de profundas diferenças culturais. Este é, por exemplo, o 
caso do idioma japonês, quando comparado a qualquer uma das línguas europeias. 
É necessário ter uma mente japonesa, dizem, para se poder falar japonês 
corretamente - o que sem dúvida é verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Felizmente as diferenças entre português e inglês não são tão profundas. 
Devido a origens comuns - a cultura grega, o Império Romano e seu idioma, a religião 
Cristã, etc. - todas as culturas europeias e suas línguas podem ser consideradas 
muito próximas no contexto amplo das línguas do mundo. Poderíamos, por exemplo, 
dizer que a língua espanhola é quase irmã gêmea do português; a língua italiana, 
sua meia-irmã; o francês, seu primo; e o inglês, talvez um primo de segundo grau. 
Além das origens comuns que diminuem diferenças culturais, semelhanças 
linguísticas entre inglês e português ocorrem predominantemente apenas no plano 
de vocabulário, quando na forma escrita. Estruturação de frases e, especialmente 
pronúncia, apresentam profundos contrastes. Numa análise superficial das 
diferenças no plano da pronúncia, podemos relacionar as seguintes diferenças: 
Correlação pronúncia x ortografia: A primeira grande dificuldade que logo 
salta aos olhos (e aos ouvidos) do aluno principiante, é a difícil interpretação oral das 
palavras escritas em inglês. No português, a interpretação oral de cada letra é 
relativamente clara e constante e, no espanhol, é quase perfeita esta correlação. 
No inglês, entretanto, não apenas é pouco clara e às vezes até muda, como 
altamente irregular. Ex: literature [lItrƏtshuwr], circuit [sƏrkƏt]. 
Relação vogais x consoantes: O inglês faz um uso do sistema articulatório 
e exige um esforço muscular e uma movimentação de seus órgãos, especialmente 
da língua, significativamente diferentes, quando comparado à fonética do português. 
A articulação de muitos sons do inglês bem como de outras línguas de 
origem germânica, pode ser facilmente classificada como sendo de natureza difícil. 
Isto está provavelmente relacionado ao fato de que o inglês é rico na ocorrência de 
consoantes enquanto que o português é abundante na ocorrência de vogais e 
combinações de vogais (ditongos e tritongos). Ex: December is the twelfth month of 
the year. / Eu vou ao Uruguai e o Áureo ao Piauí. / Eu sou europeu. 
 
 
 
 
 
 
 
Sinalização fonética: O inglês é uma língua mais econômica em sílabas do 
que o português. O número de palavras monossilábicas é muito superior quando 
comparado ao português. Ex: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, a média geral de sílabas por palavra é inferior, pois mesmo 
palavras polissilábicas e de origem comum, quando comparadas entre os dois 
idiomas, mostram uma clara tendência a redução em inglês. Ex: 
 
 
 
Em frases, este fenômeno tende a aumentar. Ex: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos de fonoaudiologia demonstram que a baixa média de sílabas por 
palavra do inglês se traduz numa dificuldade maior de percepção por oferecer uma 
menor sinalização fonética bem como menos tempo para decodificar a informação. 
Isto se traduz também num grau de tolerância inferior para com desvios de 
pronúncia. 
Número de fonemas: Outra diferençafundamental é encontrada no número 
de fonemas vogais. Devido à economia no uso de sílabas, o inglês precisa de um 
número maior de sons vogais para diferenciar as inúmeras palavras monossilábicas. 
Enquanto que português apresenta um inventário de 7 vogais (não incluindo as 
variações nasais), no inglês norte-americano identifica-se facilmente a existência de 
11 fonemas vogais. Logicamente a percepção e a produção de um número maior de 
vogais do que aquelas com que estamos acostumados em português, representará 
uma grande dificuldade. 
Encontra-se também diferenças no plano dos sons consoantes. Além de rico 
na ocorrência de consoantes, o inglês possui um número maior de fonemas 
consoantes. Estudos fonológicos normalmente classificam 24 consoantes em inglês 
contra 19 no português. Além disso, consoantes em inglês podem ocorrer em 
posições que não ocorreriam em português. 
Acentuação tônica: Acentuação tônica de palavras é outro aspecto que 
representa um contraste importante entre português e inglês. A forma predominante 
de acentuação tônica de uma língua influi significativamente na sua característica 
sonora. Enquanto que em português encontramos apenas 3 tipos de acentuação 
tônica - oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, - sendo que a acentuação paroxítona 
é a predominante, em inglês encontramos pelo menos 5 tipos de acentuação tônica 
e nenhuma predominante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ritmo: O ritmo da fala também é uma característica importante da língua. 
Enquanto que o português é uma língua syllable-timed, onde cada sílaba é 
pronunciada com certa clareza, o inglês é stress-timed, resultando numa 
compactação de sílabas, produzindo contrações e exibindo um fenômeno de redução 
de vogais como consequência. 
A desconcertante falta de correlação entre ortografia e pronúncia, sendo uma 
das principais características do inglês bem como um grande obstáculo a seu 
aprendizado, constitui-se num forte argumento em favor de abordagens baseadas 
em assimilação natural pelo contato com falantes nativos, ao invés de estudo formal 
da língua, para se alcançar fluência. 
Contato prematuro com textos em inglês pode causar internalização e 
fossilização de desvios de pronúncia, porque o estudante inadvertidamente irá aplicar 
uma interpretação fonética do que vê baseada nas regras de interpretação fonética 
da língua materna. Contato prematuro com textos em inglês, na ausência da língua 
na sua forma oral (pronunciada corretamente), constitui-se portanto num erro 
fundamental. 
Pronúncia correta deve ser priorizada no início do aprendizado. Em paralelo 
a um bom modelo de pronúncia, é indispensável o uso de símbolos fonéticos para 
tornar a pronúncia visível. É inadmissível que materiais didáticos para iniciantes não 
abordem a forma oral da língua através de símbolos fonéticos. 
Seria mais eficaz proporcionar ao jovem 3 ou 4 anos de contato com a língua 
falada, na escola de primeiro grau, do que os 7 ou 8 anos de contato com a língua 
escrita (predominantemente tradução e gramática) atualmente oferecidos no 
segundo grau. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA UMA BOA PRONÚNCIA 
 
 
O momento ideal para o desenvolvimento de uma boa pronúncia de uma 
língua estrangeira é a infância e, no caso de adolescentes e adultos, é o início do 
aprendizado, quando o aluno forma a matriz fonológica da língua e quando desvios 
de pronúncia tendem a cristalizar-se. No aprendizado de uma língua como inglês, 
cuja correlação entre ortografia e pronúncia é extremamente irregular, é importante 
intensificar o contato com a língua falada logo no início do aprendizado, evitando o 
contato prematuro excessivo com a forma escrita. 
Diferentes pessoas podem ter diferentes graus de acuidade auditiva, 
influenciando o grau de dificuldade em perceber a sutileza de certas diferenças 
relevantes, bem como o grau de precisão com que vão reproduzir os sons da língua 
estrangeira. Por esta razão, é recomendável que se faça uma avaliação audiométrica 
- um exame de audição feito por fonoaudiólogos que determina exatamente o quanto 
a pessoa ouve, da mesma forma que um exame de oculista avalia a visão. 
Independentemente do grau de acuidade auditiva do aprendiz, a qualidade 
do input recebido pelo aluno é o fator mais importante. Por isso, é fundamental 
buscar-se um instrutor de excelente pronúncia. Se o instrutor não for falante nativo, 
deve ter no mínimo um ano e meio de experiência em país de língua inglesa ou um 
nível de proficiência equivalente a iBT 100+ (Internet-Based TOEFL). 
Infelizmente, fica difícil para um aluno principiante distinguir uma boa 
pronúncia de uma pronúncia distorcida pela interferência da língua materna (sotaque 
estrangeiro). Isso torna o principiante uma presa fácil de cursos menos sérios. Por 
isso é sempre recomendável procurar conhecer o inglês de seu futuro instrutor na 
presença de um amigo que fale inglês muito bem, ou bem suficiente para reconhecer 
uma boa pronúncia. Lembre-se: não é o nome da escola nem a 
 
 
 
 
 
 
 
suposta metodologia por ela usada que farão a diferença, mas sim as qualidades 
pessoais do instrutor. 
É importante também adquirir noções de fonologia para conscientizar-se da 
existência de diferenças, e identificá-las individualmente. A partir daí, o aluno deve 
exercitar os novos sons. 
Para adquirir-se não apenas a correta pronúncia de fonemas, mas também a 
acentuação tônica das palavras e a entonação da frase, desde o início do 
aprendizado, é necessário ao aluno desenvolver a arte da imitação e sempre 
consultar uma fonte autorizada: um native speaker ou uma pessoa que fale com boa 
pronúncia, um dicionário com símbolos fonéticos, os speaking dictionaries 
(dicionários eletrônicos de bolso que reproduzem som) ou simplesmente um 
dicionário online. 
 
COMO PRONUNCIAR PALAVRAS EM INGLÊS: 
 
 
A pronúncia costuma ser o maior medo de quem está aprendendo um idioma, 
principalmente quando o aluno precisa falar em sala de aula. O medo de errar faz 
com que o estudante sinta ainda mais dificuldade, podendo até leva-lo a desistir do 
curso. 
Nesse momento, deveria acontecer exatamente o contrário, afinal, todos estão 
ali para aprender. Para quem se encontra nessa situação, a melhor maneira de 
superá-la é se preparar bem antes e depois das aulas. 
Infelizmente, não existem muitas regras que ensinem a maneira correta de 
pronunciar a maioria das palavras em inglês. Aprender o alfabeto é um bom começo, 
mas é importante lembrar que, assim como no português, algumas letras são 
pronunciadas de maneiras diferentes eventualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, melhor do que sair decorando todas as regras e exceções é 
acrescentar o inglês ao seu cotidiano pelo máximo de tempo possível. De tanto 
ouvir músicas e assistir filmes e séries, por exemplo, você acabará memorizando 
inconscientemente a pronúncia de diversas palavras. 
Outra sugestão boa é recorrer a dicionários eletrônicos e tradutores 
automáticos. Além de lhe mostrar a tradução, também possuem ícones que permitem 
ouvir como a palavra é pronunciada. Para quem passa muito tempo dirigindo, a dica 
é comprar livros e/ou gramáticas que incluam CDs com exemplos de pronúncia. 
Enquanto estiver em trânsito,aproveite para repetir as frases do CD em voz alta. 
Separamos algumas dicas que podem ajudar a melhorar ainda mais a 
pronúncia. Vale lembrar que, como toda regra, essas também possuem exceções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dominar o vocabulário é responsável pela maior parte do aprendizado de um 
novo idioma. Aprendendo as palavras mais comuns e suas colocações, o resto acaba 
virando consequência, e até mesmo as regras gramaticais serão compreendidas com 
mais facilidade. 
Quem está estudando inglês tem uma grande vantagem: os cognatos 
(palavras que possuem o mesmo radical em diferentes idiomas) compõem de20 a 
25% das palavras que aparecem em textos técnicos. Decorre daí outra boa notícia - 
pouco mais das 200 palavras mais comuns da língua inglesa representam cerca de 
60% de um texto. 
 
 
NÚMEROS DE 0 A 1 BILHÃO 
 
 
Os números são indispensáveis no nosso cotidiano,independentemente de 
gostarmos ou não dematemática.Para quem está aprendendo inglês agora, eles 
podem gerar muitas dúvidas, mas há alguns truques para memorizá-los mais rápido. 
 
Antes, é importante lembrar que, nesse idioma, os milhares são divididos por 
vírgula, não por ponto, como acontece no português. Já com os decimais acontece 
o contrário – são separados por ponto. 
Vamos começar pelos mais simples, de um a dez: 
 
A primeira dica já aparece aqui. 
 
 
Os números 11 e 12 tem nomes determinados, como os de 1 a 10. Entre o 13 
e o 19, os nomes são formados com a raiz do número correspondente, seguido do 
sufixo “teen”. É por isso que se costuma chamar os adolescentes de “teens”, que é 
uma forma reduzida de “teenager” (adolescente), fase que corresponde justamente 
à faixa etária entre 13 e 19 anos. 
 
 
 
 
 
Entre 20 e 100, os números são formados acrescentando -ty- no final: 
 
Os números que se encontram entre as dezenas são formados pela 
adição dos números de 1 a 9, ligados por um hifen. 
Por exemplo: 
 
 
 
 
A partir de 100, os números são denominados da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os demais seguem a mesma variação, bastando apenas substituir 
“one” pelo número desejado: 
 
 
 
 
 
 
O termo “one” aparece em várias expressões idiomáticas, nem sempre com 
significado numérico. Uma das mais conhecidas é “number one”, que quer dizer “o 
melhor, mais importante”. 
 
Ex.: He´s the number one. (Ele é o número um) 
 
 
 
A expressão “a thing or two” significa “algumas coisas, uma coisa ou outra”. 
 
 
Ex.: I´ve learned a thing or two about English. 
(Eu aprendi algumas coisas de Inglês) 
 
“The three Rs” é utilizada para se referir às três áreas básicas do ensino 
matemática, leitura e escrita. 
 
Ex.: They know the three Rs. (Eles sabem os três Rs) 
 
 
“The three Rs” é utilizada para se referir às três áreas básicas do en- 
sino - matemática, leitura e escrita. 
 
Ex.: They know the three Rs. (Eles sabem os três Rs) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para falar nos quatro cantos do mundo, utilize a expressão 
“the four corners of the world”. 
 
Ex.: There were people from the four corners of the world. 
(Havia gente dos quatro cantos do mundo) 
 
Para falar nos quatro cantos do mundo, utilize a expressão 
“the four corners of the world”. 
 
Ex.: There were people from the four corners of the world. 
(Havia gente dos quatro cantos do mundo) 
 
Para se referir a um número entre cem mil e um milhão, diga 
“six digits/figures”. 
 
Ex.: They offered a six figures amount. 
(Eles ofereceram uma quantia de seis dígitos) 
 
 
Se você conhece alguém casado há sete anos e que está em crise, pode 
dizer que está passando pela “seven year itch”. 
 
Ex: It must be the seven-year itch, you should try 
to talk to him about what you´re feeling. 
(Deve ser a crise dos sete anos, você deveria tentar 
falar com ele sobre o que você está sentindo.) 
CORES EM INGLÊS - PRONÚNCIA 
 
 
 
 
LEGENDA: 
– Em preto – Nome/Escrita das Cores em Inglês 
 
– Em vermelho – Pronúncia Escrita das Cores em Inglês (você lê em Português e 
fala Inglês corretamente) 
– Em azul – Nome dos Cores em Português 
– R – Toda vez que encontrar o R maiúsculo na Pronúncia das Cores em 
Inglês, você deve pronunciar o som do “r” como o português de Portugal. 
 
– Colors – Cores 
(Cólors) 
– Blue – Azul 
(Blú) 
– Red – Vermelho 
(Réd) 
– Yellow – Amarelo 
(Iélou) 
– Green – Verde 
(Grín) 
 
 
 
 
 
 
– Orange – Laranja 
(ÓRandj) 
– Purple – Roxo 
(Pârpou) 
– Black – Preto 
(Bléc) 
– White – Branco 
(Uáit) 
– Gray – Cinza 
(Grêi) 
– Pink – Côr-de-rosa 
(Pínk) 
– Brown – Marrom 
(Bráun) 
– Golden – Dourado (Gôlden) 
 
 
 
A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA X PRONÚNCIA 
 
 
No estudo do inglês como língua estrangeira temos que nos acostumar a não 
acreditar no que vemos. O ditado popular ver para crer precisa ser substituído por 
ouvir para crer. 
Interferência ortográfica 
Além da diferença no grau de sinalização fonética e das diferenças fonológicas 
(vogais, consoantes) entre os dois idiomas, temos a questão da interpretação oral da 
língua escrita. Isto é, com que sons devemos interpretar as letras e as palavras de 
um texto. Em primeiro lugar, a interpretação fonética da 
 
 
 
 
 
 
ortografia em inglês apresenta diferenças em relação ao português. Em segundo 
lugar, e mais importante, a correlação entre ortografia e pronúncia em inglês é 
notoriamente irregular. Quer dizer: o mesmo grafema (letra) não corresponde sempre 
ao mesmo fonema (som), isto é, não tem sempre a mesma interpretação, a mesma 
pronúncia. 
Para aquele que estuda inglês como língua estrangeira, que tem contato com 
textos, mas não tem a oportunidade de contato frequente com a língua falada, e que, 
portanto, não desenvolveu familiaridade com a forma oral do inglês, a interferência 
da ortografia na pronúncia das palavras é nociva e persistente. 
Em seu prefácio à peça Pygmalion (1916), o dramaturgo Bernard Shaw 
escreve: 
“Os ingleses não têm respeito por sua língua e não a ensinam a seus filhos. 
Eles não conseguem escrevê-la corretamente porque não têm com que escrevê-la, 
a não ser um velho alfabeto estrangeiro do qual apenas as consoantes - e não 
todas elas - possuem um valor fonético de consenso.” 
É importante lembrar que as pessoas por natureza acreditam mais naquilo que 
vêm do que naquilo que escutam. No estudo do inglês como língua estrangeira, 
entretanto, temos que nos acostumar a não acreditar no que vemos; e o ditado 
popular ver para crer precisa ser substituído por ouvir para crer. Em muitos casos e, 
especialmente com as vogais, a ortografia não serve como indicativo de pronúncia, 
chegando a ser enganosa e induzindo o aluno frequentemente ao erro. 
Exemplos não faltam para demonstrar a péssima correlação entre ortografia 
e pronúncia no inglês. Mazurkiewicz faz um interessante comentário a respeito: 
“Comparando línguas quanto a correspondência entre grafemas (ortografia) e 
fonemas (pronúncia), veremos que espanhol, finlandês e italiano têm uma ótima 
correlação, alemão apresenta uma correlação de 90 por cento e russo 94 por cento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Italiano, por exemplo, tem 27 fonemas e 28 letras ou combinações de letras par 
representá-los. Dividindo 27 por 28, podemos dizer que italiano tem uma correlação 
de 96 por cento entre pronúncia e ortografia. No caso do inglês, entretanto, um breve 
estudo da ortografia usada em dicionários completos mostra haver de 340 a 360 
formas de ortografar os 44 fonemas que os mesmos dicionários usam. Isto nos leva 
a concluir que inglês apresenta uma correlação de apenas 12 a 13 por cento.” 
D'Eugenio inclusive encontra uma explicação para isso: “O processo de 
padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século dezesseis com o 
advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 
dezoito, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (1755), Thomas 
Sheridan (1780) e John Walker (1791). Desde então, a ortografia do inglês mudou 
em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes 
transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico 
baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar 
a pronúncia da língua no século 20.” 
 
O outro lado da moeda 
Não é apenas a pronúncia que torna-se difícil para os estrangeiros, estudantes 
de inglês, mas também a ortografia se constitui num verdadeiro problema para todos 
aqueles que falam inglês como língua materna, especialmente para as crianças em 
escola de primeiro grau.Nos países de língua inglesa todo jovem cedo defronta-se 
com esta aparente falta total de lógica no sistema ortográfico da língua cujos sons 
ele já tem assimilados. Não é, pois, coincidência que, nos países de língua inglesa, 
sejam tradicionais e populares os concursos denominados "spelling bee", em que os 
contendores desafiam-se para ver quem consegue melhor soletrar palavras de rara 
ocorrência que lhes são transmitidas oralmente. Concursos de spelling bee existem 
e fazem parte da cultura apenas em países de língua inglesa. 
 
 
 
 
 
 
 
A ortogarfia do inglês é absurda, para não dizer insana. Não há qualquer 
justificação - ela é do jeito que é. É claro que nós, que estamos acostumados com o 
inglês, sentimo-nos ligados à encantadora loucura da ortografia de nossa língua, e 
nos sentiríamos desamparados se esta viesse a mudar. 
O problema tem sido alvo de iniciativas diversas. Por volta de 1960, por 
exemplo, foi criado na Inglaterra um alfabeto fonético de 44 caracteres para facilitar 
o aprendizado da língua escrita. O ITA (Initial Teaching Alphabet) não passou de uma 
das inúmeras tentativas de se encontrar uma solução para o problema. 
Mesmo Chomsky e Halle, que defendem um ponto de vista diferente quando 
escrevem que: 
“A ortografia do inglês, apesar de sua inconsistência frequentemente 
mencionada, chega muito próxima de ser um sistema perfeitamente adequado ao 
inglês.” 
A interferência negativa da ortografia é um problema sério; uma das principais 
dificuldades para estudantes de inglês em geral. Esta desconcertante falta de 
correlação entre ortografia e pronúncia é uma das principais características da língua 
e serve como argumento contra aquilo que ainda predomina no ensino de inglês como 
língua estrangeira: preocupação excessiva com materiais impressos e contato 
prematuro com a língua na sua forma escrita. Serve também como forte argumento 
em favor de abordagens baseadas em assimilação natural ao invés de estudo formal 
da língua, para se alcançar fluência em inglês. 
Por outro lado, apesar do alto grau de irregularidade entre a ortografia e a 
pronúncia do inglês, encontra-se regularidade na interpretação de consoantes e é 
até mesmo possível se estabelecer algumas regras de interpretação de vogais em 
palavras monossilábicas. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
SK. A importância da pronúncia. Disponível em: 
. Acesso em: 17 jan. 2018.WIKIPÉDIA. British 
english. Disponível em: 
. Acesso em: 17 jan. 2018. 
BBC. The sounds of english. Disponível em: 
. Acesso em: 
17 jan. 2018. 
DIA A DIA EDUCAÇÃO. A oralidade da escola. Disponível em: 
. Acesso em: 17 
jan. 2018. 
GUIA INGLÊS. A oralidade da escola. Disponível em: 
. Acesso em: 18 jan. 2018. 
http://www.sk.com.br/skpron.html
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http://www.bbc.co.uk/learningenglish/english/features/pronunciation
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http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_
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http://www.englishexperts.com.br/forum/1000-palavras-mais-usadas-em-

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