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APRESENTAÇÃO ANTROPOLOGIA

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O QUE É ANTROPOLOGIA?
  “A antropologia é o estudo do homem e seus trabalhos através do tempo e do espaço". 
“A antropologia é a mais humana das ciências e a mais científica das humanidades". 
“Antropologia é o que os antropólogos fazem". 
“Antropologia nada mais é do que sociologia comparada". 
  
Todas estas definições da antropologia, feitas pelos próprios antropólogos, são verdadeiras, pois refletem as distintas facetas da disciplina. A antropologia é uma ciência ao mesmo tempo social e natural; devido ao enorme alcance de sua função — o estudo do homem — é quase um campo sem fronteiras; um mar de conhecimentos. 
A antropologia começou como o estudo de povos sem uma tradição escrita e este fato obrigou os antropólogos a tentarem entender a língua, a economia, a religião, a mitologia, as leis e mesmo a biologia de um povo como partes de um todo e não como fragmentos estanques.
A antropologia moderna, na nossa opinião, tem três temas, todos importantes para a compreensão da disciplina, e que podem ser chamados de tema pragmático, tema romântico e tema científico. 
 O pragmatismo pincelado de romantismo é a verdadeira base da antropologia social. Desenvolveu-se como um subproduto do expansionismo da Europa imperial no século passado. As nações europeias, principalmente a britânica, a espanhola, a francesa, a holandesa e a portuguesa, viram-se efetivamente com o domínio e a conquista de enormes áreas e de milhões de pessoas de quem quase nada sabiam. Os primeiros impérios, o espanhol e o português confiaram o papel de conhecer e compreender esses povos conquistados à Igreja Católica Romana. Os missionários, principalmente os jesuítas, realizaram mesmo numerosas pesquisas antropológicas.
 Existe, porém, uma distinção fundamental entre o papel de um missionário e o de um antropólogo. O missionário vem ensinar a ideologia e a fé europeias a um povo não-europeu. O antropólogo vem aprender o que esse mesmo povo tem para ensinar a si e à sua própria sociedade.
Aqui, deve-se reconhecer a importância do tema romântico na antropologia. Embora muitos estudiosos e missionários de então aceitassem a visão do “fardo do homem branco” ou de trazer a “civilização” aos “primitivos”, muitos outros se tornaram profundamente envolvidos com o povo que estudaram e, na prática, vieram a ser defensores impetuosos de sua independência cultural. Esta é também uma característica comum aos antropólogos modernos.
  Contudo, não se deve esquecer que a antropologia é também uma ciência natural e descritiva da língua e da vida de outros povos, e ainda uma ciência comparativa que tenta compreender todas as sociedades humanas. 
  Talvez seja correto dizer que a antropologia como ciência e profissão surgiu no começo deste século, tendo como precursores Franz Boas, nos Estados Unidos, e Bronislaw Malinowski, na Inglaterra.
Malinowski foi o criador do método científico, essencialmente fundamental na antropologia — o da observação participante.
O primeiro desses preceitos é o método da observação participante, desenvolvido por Malinowski, que requer um longo período de convivência (um ano, no mínimo) com o povo a ser estudado. A observação participante implica que um antropólogo não apenas observe uma outra cultura, mas se torne realmente envolvido na vida diária do povo, aprenda sua língua e aceite seus costumes. Franz Boas e Malinowski, muito diferentes em experiências e temperamento — um, judeu-alemão formado em física; outro, um polonês expatriado formado em matemática, porém em muitos sentidos um aventureiro — criaram a ciência moderna da antropologia como matéria universitária e incentivaram e patrocinaram muitos estudos e pesquisas.
Esta “experiência antropológica” é a marca do pesquisador do campo e ela muda sua personalidade para sempre. A experiência de viver numa outra cultura, com o objetivo de aprender esta cultura, tem efeitos profundos nas pessoas que dela participam. O trauma original é hoje bastante conhecido como “choque cultural” —um distúrbio intenso que pode durar vários meses ou eventualmente não desaparecer de todo.
  Este é um outro preceito antropológico desenvolvido pelos fundadores da antropologia moderna: a negação do etnocentrismo. 
  O etnocentrismo é simplesmente a crença firme na verdade da própria cultura de alguém. Cultura, no sentido antropológico, é o conjunto de conhecimentos, crenças e valores de uma sociedade.

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