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P R O F . L E A N D R O D E M E L L O S C H M I T T DIREITO COMERCIAL II TÍTULOS DE CRÉDITO (síntese da matéria que deverá ser complementada com doutrina e legislação) O Direito Comercial e a evolução do capitalismo O comércio na antiguidade clássica: Grécia e Roma. A importância do comércio marítimo no mundo antigo e as rotas terrestres para o Oriente. Veneza e sua importância como centro do comércio. Os descobrimentos marítimos dos séculos XIV e XV e o metalismo da Península Ibérica: Planetização ou uma forma de globalização? Primeiramente a economia se baseava nas trocas de produtos; Com o incremento das relações comerciais, passou-se a utilizar a moeda como instrumento de troca; Depois da economia monetária chegou-se à economia creditória, ampliando-se o conceito de troca. A Revolução Francesa e crescimento econômico e político da burguesia. A Revolução Industrial e o Estado Liberal: as condições necessárias para o desenvolvimento do capitalismo. As rivalidades comerciais entre Inglaterra e Alemanha e a Primeira Guerra Mundial. A grave crise financeira do período entre guerras: A crise de 1929. A Segunda Guerra Mundial e a supremacia econômica americana. A Guerra Fria com a divisão política e econômica do mundo e os dois modelos econômicos: A planificação e a economia de mercado. A queda do muro de Berlim em 1989: A queda do socialismo e a globalização dos mercados. O fenômeno da globalização e a economia O que é globalização? Três modificações ou revoluções que se seguiram modificaram de forma definitiva o sistema monetário internacional, quais sejam a internacionalização, a liberalização e a inovação, criando uma tendência global de liberação financeira no final da década de oitenta. Aliado a isso, verificou-se um importante avanço tecnológico promovido pelos países industrializados que facilitou o processo de globalização com a introdução de tecnologias capazes de aproximar e dinamizar as relações comerciais e o trânsito de pessoas e informações. Mudanças no comércio mundial, os fluxos financeiros, os investimentos externos e os avanços tecnológicos, criaram um novo contexto da abertura econômica e de crescente poder do mercado global favorecendo o comércio entre as empresas multinacionais. “As tecnologias sofisticadas de informática e telecomunicações permitem que o capital financeiro mova-se rapidamente de uma opção a outra numa incansável busca de oportunidades de investimento pelo planeta inteiro, o que faz com que as margens de lucro no mercado financeiro sejam, em geral, muito mais altas do que na maioria dos investimentos diretos. Por isso, todos os fluxos de dinheiro convergem, em última análise, para as redes financeiras internacionais, sempre à procura de ganhos maiores.” (CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2004. p. 148.) Títulos de crédito: noções introdutórias O crédito importa em um ato de fé, de confiança, do credor. Daí a origem etimológica da palavra – creditum, credere. (Rubens Requião) O crédito não cria capitais, mas sim transfere a riqueza de uma mão para outra. Com a criação dos títulos de crédito, tem-se a ilusão de que o crédito multiplica o capital. O título ou cártula torna-se negociável, permitindo que dele melhor se dispunha a serviço da produção de riquezas. No direito romano, a obrigação estava ligada diretamente ao corpo do devedor, havendo dificuldades para se conceber a circulação dos capitais. Na Idade Média, procurou-se simplificar a circulação de capitais aperfeiçoando-se os títulos de crédito, surgindo a letra de câmbio, dando origem a outros tipos e espécies. Conceitos de títulos de crédito: Para o jurista alemão Brunner, título de crédito consistia em “documento de um direito privado que não se pode exercitar, se não se dispõe do título.” Para Vivante, formulando uma definição mais completa, “título de crédito é um documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado.” Os títulos de crédito se distinguem dos demais documentos representativos de obrigações e direitos em três aspectos, quais sejam: O primeiro aspecto se refere ao fato do título de crédito se referir unicamente a relações creditícias, não sendo possível documentar através de um título de crédito outra obrigação do tipo de dar, fazer ou não fazer. Assim, apenas o crédito titularizado por um ou mais sujeitos perante outro(s), consta de um título de crédito. O segundo aspecto diferenciador do título de crédito de outros documentos representativos de obrigações está ligado está relacionado com a facilidade de cobrança do crédito em juízo. É definido pela lei processual como título executivo extrajudicial (585). Isso significa que o mesmo tem a executividade em favor do credor que pode promovê-la em seu benefício de maneira mais abreviada em relação a obrigações não revestidas de executividade que carecem de prévia ação de conhecimento ou monitória. O terceiro aspecto diferenciador dos títulos de crédito é a sua negociabilidade, uma vez que está sujeito a certa disciplina jurídica que torna mais fácil a circulação do crédito ou ainda a negociação do direito que está nele mencionado. A principal diferença entre o regime cambiário e o regime civil(demais documentos de obrigações) está relacionada a certos preceitos que facilitam ao credor encontrar alguém disposto a antecipar o valor por meio de desconto, onde se transfere a titularidade do crédito. Princípios do direito cambiário O regime jurídico que disciplina os títulos de crédito permite a formulação de três princípios: CARTULARIDADE LITERALIDADE AUTONOMIA Cartularidade O título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Desse adjetivo do conceito se pode extrair a referência ao princípio da cartularidade , segundo o qual o exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe a sua posse. Somente que exibe o título (a cártula, o papel) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativa ao seu direito que está documentado no título de crédito. Para a execução, exige-se o título original. O princípio da cartularidade representa na verdade, uma garantia ao credor do mesmo pois o titular se resguarda de eventual negócio realizado com terceiro sem o seu conhecimento. Um terceiro pode ser o titular do crédito e portador do original do título, o que provocaria sério problema para o pagamento e a quitação do débito representado pelo título. Quem paga a obrigação representada pelo título de crédito deve receber o original (cártula) a fim de evitar que tenha sido negociado com terceiro. Pelo princípio da cartularidade, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado. No que se refere a duplicata (mercantil ou de prestação de serviços), o princípio da carturalidade não se aplica por inteiro. É possível, o exercício dos direitos cambiários por meio de indicação. (70033188152) O credor pode protestar a duplicata apenas indicando ao Cartório os elementos individualizadores do título. Acórdão para a próxima aula:70031871734 Literalidade O título é literal porque sua existência se regula pelo teor de seu conteúdo. O título de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está neleinserido se leva em consideração; uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em documento separado, nele não se integra. Autonomia Diz-se que o título de crédito é autônomo (não em relação a sua causa como às vezes se tem explicado), mas, segundo Vivante, porque o possuidor de boa-fé exercita em direito próprio, que não pode ser restringido ou destruído em virtude das relações existentes entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do título é autônoma em relação às demais. Pelo princípio da abstração, que decorre da autonomia, o título de crédito, quando posto em circulação, se desvincula da relação que lhe deu origem, tendo como pressuposto a circulação do título de crédito. Quando o título é posto em circulação, diz-se que se opera a abstração, isto é, a desvinculação do ato ou negócio jurídico que deu ensejo a sua criação. Assim, a abstração somente se verifica com a circulação do título, ou seja, quando transferido para terceiro de boa-fé, quando o título se desliga da relação que lhe deu origem. A inoponibilidade de exceções pessoais aos terceiros de boa-fé é também derivado do princípio da autonomia. Por esse princípio, o executado em virtude de um título de crédito não poderá alegar em seus embargos, matéria estranha à relação que tem com o exequente. Pode o devedor do título alegar apenas questões relativas diretamente com o título executado como prescrição, nulidade, falsidade, etc. Não poderá assim, alegar qualquer questão afeta a relação jurídica que originou o título do qual se tornou devedor. Letra de Câmbio – noções gerais – Decreto n. 2.044 de 31.12.08, alterado pelo Decreto n. 57.663 de 24.01.66 – Lei Uniforme de Genebra A letra de câmbio é uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo. Sendo uma ordem de pagamento que alguém dirige a outrem para pagar a terceiro, importa numa relação entre pessoas que ocupam três posições no título: a de sacador, a de sacado e a de beneficiário da ordem. Como a letra se constitui em um escrito lançado sobre papel, tem duas superfícies, a anterior e a posterior, sendo a primeira denominada face ou anverso, onde é escrita a ordem de pagamento; a superfície posterior é o dorso, verso ou costas, lugar onde se lança o endosso e se registra a quitação do pagamento. O sacador da letra de câmbio é a pessoa que dá a ordem de pagamento; o sacado, a pessoa para quem a ordem é dada; e o tomador, o beneficiário da ordem. A letra de câmbio, assim, é a ordem que o sacador dá ao sacado, no sentido de pagar determinada importância ao tomador. Emitido pelo sacador, o título é entregue ao tomador, que deverá procurar o sacado, normalmente duas vezes: a primeira, para consultá-lo sobre se aceita ou não cumprir a ordem; caso aceite, a segunda, para receber o pagamento. A letra de câmbio é um documento formal que deve ostentar determinados elementos que são: 1) as palavras “letra de câmbio” no próprio texto do título; 2) uma ordem incondicional de pagar determinada quantia; 3) o nome da pessoa que deve pagar (sacado); 4) o nome da pessoa a quem deve ser feito o pagamento (tomador); 5) a assinatura de quem dá a ordem (sacador); 6) a data do saque; 7) o lugar do pagamento ao lado do nome do sacado; 8) o lugar do saque ao lado do nome do sacador. (detalhamentos ditados) Nota promissória Decreto n. 2.044 de 31.12.08, alterado pelo Decreto n. 57.663 de 24.01.66 – Lei Uniforme de Genebra A Nota Promissória não é documento hábil para ser utilizado em venda mercantil. Nota Promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a determinada pessoa, de certa quantia em certa data. A nota promissória, portanto, é uma promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-devedor ao promissário-credor. Figuram como partes na nota promissória: o subscritor ou promitente- devedor e o beneficiário ou promissário-credor. Na nota promissória o que existe é uma promessa de pagamento. Os requisitos essenciais, são: - a denominação "nota promissória"; - promessa solene e direta de pagamento; - nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (promissório-credor); - indicação da data de emissão da nota promissória; - assinatura do emitente (subscritor ou promitente- devedor); - data de vencimento do título (na sua ausência o título é pagável à vista); - lugar de pagamento da nota promissória (quando o título não especificar o lugar de seu pagamento, deve ser considerado como tal o lugar de sua emissão); - lugar de emissão. Protesto Pelo Saldo Um título de crédito será protestado pelo saldo, caso já se tenha recebido parte do valor constante do título. Para isso, deve constar a seguinte declaração no verso do título: "Protestar pelo saldo de R$ - ....... Novo Hamburgo (Data), Assinatura. O Endosso na Nota Promissória A pessoa a qual recebeu o endosso em seu favor será denominada "endossatária" Em caso de endosso, deverá ser colocado no verso da Nota Promissória: "Pague-se a (fulano de tal....) assinatura do emitente (endosso em preto), ou a simples assinatura de quem está endossando (endosso em branco). Duplicata Mercantil – Lei n. 5.474, de 18.07.68, alterado pelo Decreto-lei n. 436, de 27.01.69. • A duplicata passou por uma longa evolução jurídica, estando presente no Direito brasileiro desde 1850. • É possível conceituar duplicata como um título de crédito que emerge de uma compra e venda mercantil ou da prestação de serviços, sendo inexistente se tiver causa diversa, tal como uma locação por exemplo. • Trata-se de um título causal atrelado a um contrato mercantil. A preexistência de contrato fundamenta sua emissão. A D U P L I C A T A D E V E O B S E R V A R O P A D R Ã O D E F I N I D O P E L O C O N S E L H O M O N E T Á R I O N A C I O N A L ( A R T . 2 7 ) ; R E S O L U Ç Ã O D O B A C E N N º 1 0 2 / 6 8 Padrão • Com a extração da fatura de venda o vendedor poderá sacar uma duplicata correspondente , para circular como um título de crédito. • A Lei 5.474/68 não exige a emissão da duplicata mercantil, sendo assim uma faculdade do credor. Se ele pretende operar com bancos o crédito resultante da venda, emitirá a duplicata. Caso contrário, poderá simplesmente cobrar a fatura do comprador. • Não poderá ser extraído outro título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. Requisitos essenciais da duplicata: I- a denominação “duplicata”, a data da emissão e o número de ordem; II- o número da fatura (nota fiscal); III- a data do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV- o nome e domicílio do vendedor e do comprador; V- a importância a pagar; VI- a praça de pagamento; VII- a cláusula à ordem (que permite o endosso para terceiro); VIII- a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial; IX- a assinatura do emitente. Duplicata simulada Quando uma duplicata é emitida sem que tenha ocorrido o negócio que deveria ser a causa de emissão da mesma, tem-se a duplicata simulada. Trata-se de uma prática relativamente comum no meio empresarial quando se faz necessário obter capital de giro junto a um banco ou financeira que desconta as mesmasadiantando o crédito mediante o desconto de uma taxa. • O artigo 172 do Código Penal foi alterado pela Lei 8.137/90 que define os crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo. Assim, temos hoje a seguinte disposição: • “Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. Pena – detenção, de 2 a 4 anos, e multa.” • Jurisprudência: Apelação n. 70023872187 V E J A Q U E C R I M E N Ã O É M A I S “ E M I T I R D U P L I C A T A S E M C A U S A ” , M A S S I M , “ E X P E D I R D U P L I C A T A E M D E S A C O R D O C O M A M E R C A D O R I A V E N D I D A / S E R V I Ç O P R E S T A D O ” ( C F E . F A B I O U L H O A C O E L H O , P . 4 8 1 ) . Obs.: O aceite da duplicata Como título de crédito, a duplicata precisa ser aceita pelo comprador a fim de tornar-se líquida e certa a obrigação. Pode o devedor, porém, recusar seu aceite em caso de problemas com a mercadoria ou serviço, prazos, valores ou outras causas legítimas. O aceite pode ser suprido pela nota de entrega da mercadoria, possibilitando a execução judicial. Hipóteses de recusa do aceite (art. 8º, LD) a) avaria ou não recebimento das mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) vícios, defeitos, e diferenças na qualidade ou na quantidade; c) divergência nos prazos ou preços combinados Obrigatoriedade do aceite Não existindo qualquer uma destas hipóteses, pode- se afirmar que o aceite da duplicata é obrigatório, pois se não há motivos para a recusa das mercadorias enviadas pelo sacador, o sacado se encontra vinculado ao pagamento do título (dá-se o nome de aceite por presunção). Aqui, para o ajuizamento da ação cambial, o protesto será indispensável. O desconto de duplicatas Em virtude da necessidade de adiantar os valores correspondentes aos negócios jurídicos contratados, pode o emitente da duplicata descontar a mesma junto a uma instituição financeira. Ao entregar a cártula para desconto, a titularidade do crédito é “comprada” pelo banco que passa a tomar as providências de cobrança da mesma junto ao sacado (devedor). Jurisprudência: Apelação n. 70018028084 O banco passa a ser o credor do sacado no valor da duplicata emitida pela empresa que forneceu o produto ou serviço (sacador). Caso o sacado não pague a mesma no vencimento, o banco debita o valor da duplicata na conta do cliente descontante, voltando a titularidade do crédito para ele, uma vez que pagou ao banco, transmudando-se o endosso de translativo para mandato. Em virtude dos avanços na informática verificados nos últimos anos, os bancos passaram a utilizar o protesto por indicação a fim de diminuir o trânsito de papéis e diminuir os custos operacionais. Assim, a maioria das duplicatas é levada ao Cartório de Protestos através de meios eletrônicos e não mais a duplicata física. Base legal: Lei n. 9.492/97, artigo 8º, parágrafo único e artigo 21, parágrafo 3º. Alguns problemas de ordem prática podem surgir dessa relação. Caso o sacado não pague ao banco, mas sim ao emitente que descontou com o banco, corre sério risco de pagar duas vezes, uma vez que passou a ser devedor do crédito ao banco que descontou a duplicata para o emitente. A responsabilidade por eventual dano causado pelo protesto indevido poderá ser reconhecido judicialmente conforme se verá. As ações judiciais relativas a duplicatas descontadas Antes de abordar as ações judiciais, importante se faz compreender o protesto: Para assegurar o direito de regresso do portador contra os endossantes e avalistas, o protesto (obrigatório) deverá ser tirado no prazo e 30 dias do vencimento. É possível, porém, inserir cláusula no contrato de desconto que dispensa o protesto obrigatório para exercer os direitos de cobrança dos direitos do credor (cláusula “sem despesas”). A duplicata pode ser protestada por: a) Falta de aceite; b) Devolução da duplicata; c) Falta de pagamento. No que se refere as ações judiciais atinentes as duplicatas, tem-se que a duplicata protestada, mesmo sem aceite, e acompanhada de prova da entrega da mercadoria ou da realização do serviço, constitui título executivo extrajudicial conforme o artigo 585 do CPC. Logo, a ação é a de execução. No caso de duplicata não protestada e não aceita e para as protestadas por simples indicação do portador (ou seja, aquele, quando o título não é apresentado a cartório, mas apenas informações acerca do mesmo) é preciso ajuizar ação ordinária onde terá que ser provado o cumprimento do contrato. Caso o sacado não reconheça a dívida representada pela duplicata ou por devolução de mercadoria, ou por simulação, poderá ajuizar as competentes ações judiciais para ter reconhecido seu direito, inclusive indenizatório. Jurisprudência: Recurso Inominado 71000706770 Requisitos para a execução CONTRA O SACADO: a) Duplicata com aceite ordinário (= assinatura do sacado): basta a exibição da cambial; b) Duplicata com aceite presumido (= sem recusa formal): a pretensão executiva somente poderá ser exercida se o credor demonstrar que a duplicata foi protestada (como vimos, válido tb o protesto por indicações) e estiver acompanhada do comprovante de entrega e recebimento das mercadorias (LD, art. 15, inciso II). Requisitos para a execução CONTRA O AVALISTA DO SACADO: Basta exibir a duplicata de que consta o aval, sendo desnecessário o protesto. Requisitos para a execução CONTRA O ENDOSSANTE OU AVALISTA DO ENDOSSANTE: Apresentar a cambial de que consta o endosso ou aval, e instrumento de protesto protocolizado em Cartório antes de transcorridos mais de 30 dias do vencimento (art. 13, p. 4º, da LD). Prazos Prescricionais A execução da duplicata prescreve: a) em 3 anos, a contar do vencimento, contra o sacado e seu avalista; b) em 1 ano, contado do protesto, contra os endossantes e seus avalistas; c) em 1 ano, a partir do pagamento, para o exercício do direito de regresso contra codevedor. (cfe. Art. 18, da LD).
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