Buscar

FORMAÇÃO DO PROCESSO E PETIÇÃO INICIAL, INDEFERIMENTO LIMINAR DO PEDIDO, AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO, DEFESA, RECONVENÇÃO, REVELIA CONFORME O CPC 2015

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

FORMAÇÃO DO PROCESSO E PETIÇÃO INICIAL
FASE POSTULATÓRIA: Ajuizamento e distribuição da ação. 
O processo nasce com propositura da demanda. A data do protocolo da petição inicial é data do início do processo. Art. 312 – a ação para o réu só se considera proposta quanto a seus efeitos, quando ele for citado (efeitos de litispendência)
Pode gerar a partir daqui a litispendência, o processo já existe para o autor e os efeitos decorrentes destes.
 PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA
Requer forma especial. Petição inicial é o instrumento, forma, conteúdo da demanda.
Pode ser um projeto da sentença;
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Forma: Escrita, datada e assinada, postulação oral nos juizados, mas reduzida a termo.
Assinatura de quem possua capacidade postulatória. 
Ser assinado por um advogado inscrito a OAB, defensor público ou membro do RMP. Hipóteses quem leigos podem postular: ação de alimentos, habeas corpus e juizados. 
A petição deve indicar o endereço, eletrônico e não eletrônico do advogado, além da procuração anexa a petição.
Indicação do juízo a que é dirigida a demanda. 
ARt. 319. I – endereçamento no cabeçalho da petição. Designar: comarca (estadual) ou seção judiciária (federal); juiz federal ou juiz estadual. EX: Exmo. Sr. Juiz de Direito da Vara de Família da Comarca de Salvador, Estado da Bahia. 
Qualificação das partes: Art. 319. II.
 Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Evitar o processamento de pessoas incertas, além de verificar a incidência de normas que tem suporte fáticas algumas dessas qualificações. Os benefícios das justiça gratuita também é verificado também nessas qualidades.
Quando for parte uma pessoa jurídica a petição deve ser acompanhada do estatuto social e documentação de regularidade da representação.
Quando a pessoa demandada é pessoa incerta, deve-se proceder um esboço de identificação, e a citação edilícia. O autor da demanda poderá requerer ao juiz diligencias para sua obtenção. A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Causa de pedir: o fato e o fundamento jurídico do pedido. Art. 319. III
Compõem a causa petendi o fato (causa remota) e o fundamento jurídico (causa próxima). Fundamento da demanda, o motivo pelo qual o autor vem pedir a tutela jurisdicional. 
Causa de pedir remota vincula ao fato jurídico matriz da relação jurídica, causa de pedir próxima relaciona o dever do titular da situação de desvantagem ou daquele que se pode exigir o determinado ato ou comportamento. 
Então causa de pedir é: o fato ou conjunto de fatos da vida juridicizados pelas hipóteses normativas) e a relação jurídica, efeito do fato jurídico, trazidos como fundamento do pedido. 
O autor deverá narrar todos os fatos necessários para obtenção do efeito jurídico requerido, e demonstrar que esses fatos tem incidência em hipótese normativa. Demonstrar também qual fato que decorreu a relação jurídica. 
No caso deve-se individualizar o fato jurídico.
Se um dos elementos de suporte fático não estiver presentes na narrativa do autor, a causa de pedir não se completa, e a petição não será admitida.
O magistrado decidirá limitado aos fatos jurídicos alegados e a pedido formulado, não está ao dispositivo legal invocado.
Causa de pedir ativa e a passiva, sendo a ativa o fato constitutivo do direito e a passiva é o que impulsiona o interesse de agir, o fato lesivo do direito alegado. Essas são englobadas pela causa de pedir remota, é o fato jurídico que se divide em ativa e passiva. 
Elementos de uma relação jurídica: o fato jurídico, o objeto e os sujeitos. São os mesmos que os elementos da demanda são a causa de pedir (fato jurídico), o pedido (objeto) e as partes (sujeitos). 
O fato principal se extrai em consequencia jurídica pretendida e o fato secundário se infere a ocorrencia do fato principal.
O CPC adotou a teoria da substanciação pois a formulação completa dos fatos interessa para o êxito da ação. Identificação da causa petendi, fatos considerados essenciais, não os fatos simples ou secundários.
Não tem relevância o nome da ação, se a causa de pedir esteja precisa a pretensão do autor e de que espécie se trata.
O Pedido
Deve conter ao menos um pedido e suas especificações. Não há petição sem pedido. Senão tiver pedido é petição inepta. 
Atribuição do valor da causa (art. 319, V e arts. 291 a 293).
Não há causa sem valor, nem de valor inestimável ou mínimo. O valor da causa deve ser certo e fixado em moeda corrente nacional. 
Deverá ser atribuído um valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Constará na petição e na reconvenção: ação de cobrança de divida (valor corrigido até a data da propositura); rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;  na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. 
Art. 293.  O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
Indicação dos meios de prova com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados. (art. 319, VI)
Meios de prova de irá valer para comprovar suas alegações.
Há outros momentos em que pode apresentar provas: 
Opção ou não pela realização ou não pela audiência de conciliação
O autor terá que manifestar na petição se vai querer audiência de conciliação e mediação.
Ocorrerá antes da resposta do réu.
Se autor e réu se manifestarem contra a audiência de conciliação, ela não ocorrerá. 
Se o autor não manifestar pela audiência na petição, ela não será indeferida e nem o juiz irá emendá-la. O silêncio do autor será considerado como positivo para que a audiência ocorra. O réu também terá que se manifestar sobre se quer a autocomposição da audiência de conciliação, a manifestação sobre a negativa deverá ser expressa. O silêncio do réu também será interpretado como pela realização da audiência de conciliação.
Documentos indispensáveis à propositura da demanda (art. 320)
Provas documentais que irá acompanhar a petição. Art. 434.  Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
São indispensáveis: aqueles que a lei expressamente exige para propor a demanda (titulo executivo, procuração), que são documentos substanciais, e também aqueles que o autor se refere na petição, os documentos fundamentais.
É possível também produção ulterior de provas. Art. 435.  É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. Parágrafo único.  Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos,acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5o.
É possível também requerer ao juiz que tome diligências à obtenção de tal documento.
Pode o autor solicitar a exibição de documento que tem referencia em sua petição que está em poder do réu ou de terceiro
Emenda a petição inicial
Quando estiver irregular e faltar alguns dos requisitos, o juiz pode intimar o autor para corrigi-lá, no prazo de 15 dias. O juiz deve indicar com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Não cumprido a diligencia feita ao autor, a petição será indeferida. (art. 321)
Pode-se determinar uma nova emenda, se a primeira não foi satisfatória, sempre que o defeito for sanável, pode o juiz determinar a emenda. Não pode indeferir a petição sem que der a possibilidade de o autor emendá-la.
Não é sanável p. ex, a falta de interesse de agir. 
É possível a emenda da inicial mesmo depois da contestação, desde que não modifique o pedido ou causa de pedir sem o consentimento do réu, aqui não seria a emenda e sim aditamento da petição.
Se não for emendada a petição, o processo é extinto sem resolução do mérito.
Princípio da cooperação: direito à emenda (art.321). o juiz não pode indeferir a inicial sem determinar sua correção do defeito com especificação clara do que deve ser corrigido. 
Indeferimento da petição inicial
Decisão judicial que obsta liminarmente o andamento do processo.
Somente ocorre no início do processo. Antes de ouvido o réu. A inépcia, ela não é indeferimento, pode ser reconhecida a qualquer momento, ela significa extinção do processo sem análise de mérito.
O indeferimento é uma hipótese de extinção processual por falta de pressuposto processual. A petição inicial válida é um requisito processual de validade, senão seguido, implica extinção do processo sem analise de mérito. 
Se o defeito se revela no início é caso de indeferimento, mas se após ter ouvido o réu para acolher a alegação de invalidade, não é caso de indeferimento e sim de extinção. 
Não se condenará o autor para pagamento de custas de honorários do réu se ele não foi citado.
A petição será indeferida se não houver possibilidade de correção do vício, ou se houver e tiver conferido a oportunidade para que o autor a emende e este não o fez.
Pode ser feito é juízo singular e também em tribunal. 
Pode ser total ou parcial. 
Será parcial quando o juiz rejeitar parte da demanda (indeferir um dos pedidos em cumulação); toda decisao que indefere a petição não será uma sentença; quando o indeferimento for parcial não há extinção do processo, não é decisão por sentença, em juízo singular será uma decisão interlocutória; e em tribunal será uma decisão unipessoal, se por relator, ou um acórdão, se decisão colegiada. O recurso disponível para decisão interlocutória será o agravo de instrumento. Contra indeferimento total ou parcial de relator o recurso será agravo interno, se for feito por acórdão, conforme o caso será o recurso ordinário constitucional, recurso especial ou extraordinário.
Quando do indeferimento total da petição a decisão será uma sentença quando proferida em juízo singular, em tribunal, será uma decisão do relator ou um acórdão. Recurso da sentença em juízo singular será a apelação (o juiz no prazo de 5 dias poderá rever a decisão e modificá-la em juízo de retratação, senão houver a retratação, o juiz citará o réu para responder o recurso).
Provida a apelação, o prazo para contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos. Não interposta a apelação, o réu será intimado do transito em julgado da sentença. 
Só há juízo de retratação se houver apelação. O juiz não pode alterar a decisão ex officio, poderá assim, se constatar erro material ou erro de calculo. 
Art. 331.  Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. § 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. § 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. § 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Hipóteses de Indeferimento da Petição Inicial: (Art. 330)
Inciso I: Inépcia: inaptidão da causa de pedir e do pedido, impedem o julgamento do mérito da causa.
Vícios de identificação ou formulação dos elementos objetivos da demanda. Poderá levar ao indeferimento da petição.
O 1§ do art. 330: considera inepta a petição quando: 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir -> sem esses fica impossível ao órgão jurisdicional saber os limites de atuação. Exige-se clareza, boa-fé, cooperação e contraditório. Informação incompleta também é considerado ausente. 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
O pedido tem que ser determinado. Salvo exceções do artigo 324: § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Aplica-se disposto também a reconvenção.
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; -> conclusão do pedido. Petição deve ser coerente. Há indeferimento quando há contradição lógica da causa de pedir.
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. -> petição suicida, um pedido aniquila o outro. A compatibilidade de pedidos é requisito para cumulação deles. O magistrado vai pedir para corrigir a petição, escolhendo um dos pedidos, trocando por outro. 
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados (se não houver decisão judicial provisória, há mora, a simples propositura da demanda não tem efeito de suspender a eficácia do negócio). Quando a demanda tiver esses objetos de discussão, cabe ao autor identificar precisamente, o valor que pretende controverter e qual a parcela incontroversa. Especificar o que se discute.
Ilegitimidade a parte: apenas a ilegitimidade extraordinária leva ao indeferimento da petição, ilegitimidade ordinária é caso de improcedência do pedido.
Falta de interesse processual: 
Não atendidas as prescrições dos artigos 106 e 321 -> no artigo 106, deverá o autor indicar na petição, o endereço do advogado, número da OAB e a Sociedades de advogados, não suprida a omissão no prazo de 5 dias, será indeferida a petição. Art. 321. 
PEDIDO:
Conceito e divisão: núcleo da petição inicial, providencia que pede, pretensão material, conseqüência jurídica pretendida. Efeito jurídico do fato jurídico. Elemento de identificação da demanda, verificação de conexão, litispendência e coisa julgada. Parâmetro para fixar o valor da causa. 
É possível ver o objeto imediato e um mediato. O imediato é a prestação que se pretende e sempre será determinado (condenação, declaração, expedição de ordem). E o mediato é o bem da vida, resultado prático que o autor espera, pode ser relativamente indeterminado(art. 324, parágrafos), o magistrado não pode alterar o bem da vida pretendido. 
Requisitos:
O pedido deverá ser certo (art. 322), determinado (art. 324), claro e coerente com a causa de pedir (art. 330, §1°). 
Pedido certo é expresso. Não se admite pedido implícito (em regra). Pedido mediato e imediato devem ser certos. 
Determinado, delimita quantidade e qualidade. 
Antes de indeferir deve-seemendar a inicial. 
São os mesmos requisitos da sentença, então o pedido é um projeto da sentença. 
Cumulação de pedidos:
Cumulação própria: simples ou sucessiva
Formulam vários pedidos, pretendendo acolher a todos. Torna composto o objeto do processo, implica em uma decisão judicial feita em capítulos. Art. 327.  É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
Cumulação simples: os pedidos não relação de precedência lógica, pode ser analisadas independentes. Acolhidos total ou parcial, ou rejeitados. 
Cumulação sucessiva: os pedidos guardam vínculos de precedência lógica. O segundo só será apreciado se o primeiro for acolhido, mas não quer dizer que se o primeiro for acolhido o segundo o será também. 
Cumulação imprópria: subsidiária ou alternativa
Formulação de vários pedidos ao mesmo tempo, mas apenas um deles seja atendido. Então, o atendimento de um implica a rejeição dos outros. 
Art. 326.  É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. cumulação subsidiária ou eventual, o demandante estabelece uma hierarquia entre os pedidos, o segundo só será analisado se o primeiro não for conhecido, o terceiro só será apreciado se o primeiro e o segundo não for acolhidos. A análise dos pedidos será em ordem. Pedidos incompatíveis, caso de inépcia. Acolhido o principal, desobriga a apreciação dos outros, esses não acobertados pela coisa julgada. Não apreciado o principal, será apreciado o subsidiário. O demandante pode recorrer da decisão que rejeita o pedido principal, pois na hierarquia dos pedidos, este era mais interessante. O recurso só atingirá a decisão do pedido impugnado, e caso seja provido o recurso, estará prejudicada a sentença que acolheu o pedido subsidiário. Quando há acolhimento apenas de pedido subsidiário, diz que o autor sucumbiu em parte. 
Parágrafo único.  É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles. cumulação alternativa. Formulação de vários pedidos, a qual qualquer deles pode ser acolhidos, não há preferência. Acolhidos qualquer deles não precisará recorrer da decisão. Não implicará sucumbência parcial. 
Inicial será demandada na petição inicial. 
E ulterior, novo pedido agregado após postulação da inicial, o aditamento feito da inicial. Art. 329, I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; A ampliação objetiva do processo também é uma cumulação ulterior de pedidos. (por ex. a reconvenção). 
Então a cumulação ulterior pode ser homogênea, quando os pedidos forem formulados pela mesma parte; e heterogênea quando forem pedidos por parte distintas. Nesse caso, nem sempre será advertido o requisito de compatibilidades dos pedidos. 
Cumulação indevida de pedidos deverá ser emendada pela parte, não o fazendo, será indeferida a petição.
Pedidos compatíveis entre si. Art. 327.  É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. § 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si; Se possível incompatibilidade de pedidos, a formulação dos pedidos deverá seguir a cumulação imprópria § 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
A incompatibilidade decorre do direito material: incompatibilidade substancial. 
O magistrado não pode indeferir todos os pedidos, o pedido que for de sua competência deverá ser conhecido, rejeitando aquele não é lhe competente. 
Se na cumulação envolver pedido que o juízo não tenha competência relativa, esta deve ser alegada pelo réu. Se os pedidos houverem conexão, mesmo que um deles, o juízo seja incompetente para julgar o pedido, é possível essa cumulação, e o réu não poderá se opor, e juízo julgará todos os pedidos cumulados. 
Exige-se que para cumulação será possível se todos os pedidos poderem ser processados pelo procedimento comum. Todos devem tramitar pelo msm procedimento. Art. 327, §1°, III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Princípio da adequação do procedimento. Cumulação de pedido do comum e do especial, tramita no comum; cumulação de pedidos com procedimentos especiais diferentes, tramitam todos pelo comum. 
Só podem ser convertido de procedimento especial em comum, aqueles que são escolhidos pelo autor, não obrigatório, o autor escolher o procedimento especial se quiser. Art. 327. § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum. Ex. opcionais: mandado de segurança, possessórias, ação monitória. A conversão, você renuncia os benefícios do processo especial. 
Há outros procedimentos especiais que não podem ser convertidos em comum, pois atendem ao interesse público, envolve direitos indisponíveis, procedimentos obrigatórios, inderrogáveis. Faz parte de pretensão material que não podem ser feita em cumulação de pedidos. Ex. inventário, interdição, procedimento da justiça voluntária. 
Pode o autor aditar a petição antes da citação do réu, desde que arque com as despesas do aditamento. Art. 329, I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
Depois da citação até os saneamento do processo, o autor pode aditar a demanda, desde que o réu consinta, ampliação negociada do objeto litigioso do processo. O réu aqui pode defender-se. Art. 329. II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Se o novo pedido for conexo ao originário, não há impedimento para o aditamento, princípio da economia processual. 
Autor e réu em autocomposição podem acrescentar lide que não estava no objeto litigioso originário. 
Possibilidade de a parte pedir a desconsideração da personalidade jurídica na instancia recursal posteriormente. 
Fato constitutivo superveniente, causa de pedir remota, pode ser conhecida até de ofício, caso interfira no julgamento da causa. Conhecimento pode se dá em qlqr fase do processo.
Hipóteses de redução: desistência parcial; renúncia parcial de direito; transação parcial; convenção de arbitragem em parte dos pedidos; interposição de recurso pelo autor contra sentença de mérito desfavorável. Nesses casos o processo continua em relação aos outros pedidos
O autor tem o direito de alterar os elementos objetivos da demanda, antes da citação do réu.
Depois da citação, só poderá se o réu o consentir, ainda que revel, que terá novo prazo para resposta pois o pedido foi substituído. A negativa do réu deve ser expressa, o silencio é concordância tácita, opera a preclusão. 
Após o saneamento é vedada qualquer alteração objetiva pelo autor, mesmo consentido o réu. E nem pode alterar o pedido em fase recursal. 
O pedido é determinado, o indeterminado é pedido inepto. Art. 330, §1°, III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
Formulação em alguns casos de pedido genérico, hipóteses no art. 324.
Determinado quanto ao gênero, pode ser genérico quanto à quantidade, a qualidade ou importância. Pedido relativamente indeterminado. 
Art. 324, §1°, I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; Estas são ações que a pretensão recai sobre uma universalidade de fato ou de direito. A petição de herança por exemplo. 
Em ações indenizatórias: II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; semespecificar se o ato foi ou não ilícito. 
O autor deverá quantificar o valor da indenização de dano material e também moral, o pedido deve ser certo e determinado, quanto o pretende receber como ressarcimento pelos prejuízos morais sofridos. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
Fora lesões morais de natureza continuada, é incabível formulação de pedido iliquido. 
Art. 324, §1°, III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Como em ação de prestação de contas com pagamento do saldo devedor. 
Pedido com prestações disjuntivas, permite a satisfação do direito por prestações autônomas e excludentes.
Oriunda de obrigações alternativas, facultativa, ou faculdade de substituição. Art. 325.  O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Não se trata de cumulação de pedidos, nem de cumulação alternativa, somente um pedido é feito, a satisfação desse pedido é alternativa. Obrigações alternativas há a previsão de mais de uma prestação como forma de extinção da obrigação, mas o credor ou devedor escolhe qual prestação irá fazer. 
Se o autor formular pedido fixo, nas hipóteses de escolha da prestação coubesse ao réu, o juiz pode assegurar o direito de escolha. Art. 325. Parágrafo único.  Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Aqui o pedido é único, um só valor será considerado no valor da causa.
Art. 328.  Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito. Somente algum dos credores vem a juízo para efetivar a obrigação. Obrigações que só podem ser cumpridas por inteiro. 
Quando há pluralidade de credores, cada um pode exigir a dívida inteira, implica solidariedade ativa, legitima um dos credores pode pleitear a dívida por inteiro. 
Se um dos credores recebe a prestação inteira, aos outros credores tem o direito de exigir a parte que caiba do total. 
Aquele credor que não participou do processo para levantar sua parte deverá arcar com despesas processuais de cobrança do titulo. 
Art. 322. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
O pedido há de ser interpretado de acordo com o conjunto da postulação, que é uma declaração de vontade. A interpretação deve observar o direito de defesa, não é lícito interpretar o pedido o que o réu não confessou. 
Pelo princípio da cooperação decorre o dever de esclarecimento, caso se tenha dúvidas , o juízo deve intimar a parte para que esclareça. 
Não explicitado na petição, compõe o objeto litigioso por força de lei. Mesmo que a parte não peça, o juiz examina e decide. Mas não permite condenação implícita, mas o juiz deve analisar expressamente esse pedido. 
Exemplos; Art. 322, § 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. ; Art. 323.  Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Decisão que julga antes da citação do réu, improcedente o pedido da demanda. É decisão de mérito, definitiva, apta a coisa julgada e ação rescisória. 
Art. 332.  Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
É técnica de aceleração do processo. Quando a improcedência do pedido, dispensa a citação do réu. Não há violação ao contraditório, pois houve a improcedência do pedido, sendo favorável ao demandado. 
É hipótese especial de julgamento antecipado do mérito. Pode dispensar a fase instrutória e também a ouvida do réu. Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas;
Técnica aplicada a qualquer processo, em qualquer instância. 
Ela é uma sentença implicando extinção do processo, impugnável por apelação tempestiva, se permite o juízo de retratação para o juiz em 5 dias, retratar, se não houver retratação, intima o réu para apresentar contrarrazões da apelação. 
Há também a improcedência liminar do pedido parcialmente. Um ou alguns pedidos são julgados improcedentes. Essa decisão parcial será uma decisão interlocutória, impugnável por agravo de instrumento, assim como o é a improcedência liminar da reconvenção. 
A sentença de improcedência do pedido não precisa seguir a ordem cronológica de conclusão. 
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
Determinados precedentes devem ser observados pelos juízes e tribunais para garantir a segurança jurídica, a igualdade e a duração razoável dos processos. 
Art. 332.  julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
O órgão julgador deve observar o sistema de precedentes. 
Só será permitida a improcedência liminar do pedido, nessas hipóteses, se a causa dispensar provas em audiência. 
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. O juiz reconhece ex officio a decadência ou prescrição. 
O art. 487, II, autoriza a extinção do processo com resolução de mérito, nos casos de reconhecimento ex officio da prescrição. Principio da aceleração do tempo das demandas.
Quanto a direitos disponíveis, o magistrado só poderá fazê-lo antes da citação do réu. Depois da apresentação da resposta do réu, o magistrado deve esperar provocação. 
O art. 332 não expressa sobre improcedência do pedido em situação atípica. 
Não há razão para aumentar injustificadamente o tempo do processo. 
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
O réu deverá ser citado por carta ou mandado, e comparecer a audiência representado por advogado ou defensor público, no dia, local e hora marcada. 
Certificada a proposta pelo requerente na petição inicial, o réu será citado para manifestação em 5 dias, entendendo o silencio como recusa. PU, art. 154.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
Será audiência de conciliação quando não houver vínculo anterior entre as partes. E mediação quando houver vínculo entre as partes. 
Será realizada antes do oferecimento da defesa. Deve ser realizada em centro judiciários de solução de conflitos, ou em casos que o lugar não tiver esses centros, será na sede do juízo. § 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. § 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. § 12.  A pauta das audiências de conciliaçãoou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. Será conduzida por conciliador ou mediador, se tiver, ou excepcional o juiz. 
Hipóteses em que a audiência não será designada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição.(por ser indisponível o direito litigioso). 
O autor na petição deve manifestar expressamente o desinteresse pela audiência. § 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
Se o réu manifestar desinteresse pela autocomposição, a data em que protocolar o pedido de cancelamento da audiência será a data inicial do prazo para apresentar contestação, será de 15 dias. 
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
O poder público somente pode resolver algum conflito por autocomposição se autorizado por lei. 
Sem a intimação para comparecer a audiência, ela não se realizará. 
Comparecer a audiência é um dever processual. O não comparecimento injustificado do autor ou do réu é considerado ato atentatório a dignidade da justiça, previsto multa de até 2% do valor da causa revertida em favor da União ou do Estado. § 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.Qualquer pessoa poderá ser representante negocial. Pessoa Juridica ou firma individual poderá ser representado por preposto credenciado. 
RESPOSTA DO RÉU
2ª etapa da fase postulatória, autor e réu tem oportunidade de manifestar-se para apresentar sua versão dos fatos e formular eventuais pretensões. 
A partir da citação, o réu é citado para integrar a relação processual. Pode fazer de dois modos: contestação e reconvenção. 
O réu pode apenas se defender das alegações e das pretensões contidas na petição. A peça da defesa é a contestação. Mas pode também defender-se e contra-atacar por meio da reconvenção, a qual o réu dirige pretensões contra o autor, ou ainda pode provar a intervenção de terceiros por denunciação da lide. 
15 dias, e o da reconvenção é o mesmo, e é apresentada dentro da contestação. 
Art. 335.  O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I (manifestação de desinteresse pela audiência pelo réu); III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
Caso não tenha audiência, havendo mais de um réu, prazo para todos só correrá a partir da juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado cumprido (§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência). Se houver audiência, o prazo para todos começa a correr a partir da audiência. 
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II (não pode haver autocomposição), havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
O prazo pra contestar será duplicado o réu for a Fazenda Pública, MP, pólo passivo de litisconsortes com advogados diferentes e de escritórios distintos, desde não se tratar de processo eletrônico, ou se o réu for defendido por defensor público ou Procuradoria do Estado. 
A resposta deve ser protocolada dentro do prazo. 
Peça de defesa do réu, contrapor a petição inicial, com todos os argumentos de resistência à pretensão do autor, salvo aquele objeto de incidente próprio. 
Ação: direito de formular pretensões, e Exceção, direito de defender-se às pretensões alheias. 
O réu com a contestação tem a pretensão de ver o pedido da inicial desacolhido, todo ou em parte. A pretensão da contestação é sempre declaratória negativa, que o juiz desacolha o pedido da inicial. 
Ela não amplia os limites objetivos da lide. 
Ela amplia a cognição do juiz, pois na sentença ele terá que examinar não só os fundamentos da inicial mas também da defesa. 
O réu não pode formular pedidos contra o autor, exceto se for para desacolher os pedidos da inicial. Se apresentar pedidos outros será por meio da reconvenção. 
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Consagra o princípio da eventualidade, cumpre ao réu apresentar todas as razões que possam desacolher o pedido do autor, ainda não sejam compatíveis entre si. Todos os elementos de defesa devem está na contestação, pois o réu não terá outra oportunidade de alegá-las. 
As defesas podem ser de ordem pública, podem ser conhecidas de ofício e não precluem, se não alegadas de primeira, são as objeções; e tem as de ordem não publicas que precluem se não alegadas na defesa do réu, são as exceções. 
Espécies de defesa que poderão ser apresentadas.
Processuais: cujo acolhimento implique extinção do processo sem resolução de mérito. (Falta de condições da ação)
Processuais, que não impliquem extinção do processo, mas a dilação, como a como a incompetência do juízo ou o impedimento do juiz. 
Defesas substanciais ou de mérito. 
Antes de apreciar o mérito da defesa, o juiz examinará as processuais ou chamadas de preliminares.
O art. 337 enumera as premilinares, questões que devem ser analisadas antes do mérito da defesa. São defesas de cunho processuais. 
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Esse rol não é taxativo, como a falta de recolhimento de custas por exemplo. À exceção de incompetência relativa e do compromisso arbitral, todas as outras devem ser conhecidas de ofício pelo juiz, não precluem. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Alegadas qualquer dessas preliminares o autor é ouvido em réplica. 
Se o réu alega a incompetência absoluta do juízo, ele poderá apresentar a contestação no foro de seu domicílio, que deverá ser comunicado ao juiz da causa de imediato. Art. 340.
§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de cartaprecatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa. § 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento. § 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada. § 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação.
A incompetência absoluta deve ser argüida pelo réu em preliminar da contestação, mas como constitui matéria de ordem pública, qualquer demora ou equivoco não implica preclusão, alegada a qualquer tempo, em qualquer grau e deve ser declarada de oficio. E a incompetência relativa deve ser argüida apenas na contestação, implica preclusão. 
O juiz ouvirá o autor em réplica no prazo de 15 dias. O juiz decidirá imediatamente e determina a remessa dos autos ao juízo competente. 
A incompetência relativa pode ser alegada pelo MP nas causas que atuar, atua como fiscal da ordem pública. Deve alegar na primeira oportunidade que falar nos autos. 
Acolhida a incompetência, as decisões proferidas são conservadas sua eficácia até que outra seja proferida pelo juízo competente, que a este caberá se ratificará as decisões anteriores. 
Art. 338.  Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. Parágrafo único.  Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o.
Art. 339.  Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. § 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. § 2o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
No Art. 338 aplica-se sempre que o réu alegar que é parte ilegítima ou que não é o responsável pelo prejuízo invocado. Nesse caso, o autor será ouvido, podendo requerer, no prazo de 15 dias, o aditamento da inicial com a substituição do réu originário pelo indicado na contestação.Para que isso se inviabilize o réu deve indicar o nome do sujeito conforme o art. 339 aduz, cabe ao réu nomear o verdadeiro responsável, o sujeito passivo; 
Importante regras parte do princípio da estabilidade da demanda. 
Procedimento:
Frequentemente esse sujeito passivo nomeado pelo réu é o empregador do réu, e este prefere não fazer essa indicação, fazendo com que ele arque com as despesas processuais e indenize o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. O mesmo acontece se ele indica por má-fé, sujeito diverso do verdadeiro sujeito passivo. Não é lícito ao réu deixar de fazer essa indicação, a menos que ele não tenha conhecimento de quem seja, se não fizer responde por perdas e danos por causa da extinção do processo sem resolução de mérito, pois o pólo passivo não foi corrigido. 
A alegação de ilegitimidade da parte e indicação do verdadeiro legitimado, altera o pólo passivo, com a substituição do réu originário por outro. O juiz deverá ouvir o autor, substituindo o réu pelo verdadeiro legitimado. O autor poderá: aditar a inicial, discordar da indicação ou apenas silenciar.
Aditando o autor, o juiz acolhe o aditamento e determina a exclusão do réu originário e substitua pelo legitimado. O autor aqui pagará os honorários de 3% a 5% do valor da causa, pois este apresentou contestação.
Se o autor não concorda com o aditamento, ou silencia, o processo segue contra o réu originário. O juiz em oportunidade apreciará a ilegitimidade da parte, podendo extinguir o processo sem resolução de mérito, se a acolher.
A decisão de aditar a inicial é do autor, não precisa fundamentar, só precisa nos 15 dias de prazo, fazer nova indicação. 
Para a substituição não há necessidade de anuência do novo réu. Se entender que não tem legitimidade, deve alegar em contestação. No caso do § 2° do art. 339, faz-se quando o autor tiver dúvida quem é o sujeito passivo da relação. 
Depois de alegar preliminares, o réu apresenta na contestação sua defesa de mérito que pode ser direta ou indireta. 
Direta é é aquela que nega os fatos que o autor descreve na inicial, ou os efeitos dela. 
Indireta: é aquela em que o réu, embora não negando os fatos da inicial, apresenta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos postulados pelo autor. Alegação de prescrição e decadência é defesa substancial indireta, cujo exame deve preceder ao das demais defesas, pois se for acolhida implica na extinção do processo com resolução do mérito. 
Impugnação específica e genérica. 
O réu tem o ônus de impugnar especificamente os fatos narrados na petição inicial, sob pena de presumirem-se verdadeiros. Cada fato constitutivo do direito do autor deve ser impugnado pelo réu. Art. 341.  Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único.  O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.(Estes podem contestar por negativa geral, tornando também controvertidos, sem presunção da veracidade). 
Indicação de provas e documentos
Ao réu deverá alegar todas as matérias de defesa e ainda especificar as provas que pretende produzir. 
Mas a falta de protesto por provas não implica a perda de oportunidade para requerê-las posteriormente.
A contestação como a inicial também deve vir acompanhada de documentos essenciais que comprovem as alegações. Mas o juiz não desentranhar a contestação se vier desacompanhada de documentos probatórios. Se não juntados, o juiz apenas considerará não provados os fatos, que por meio deles seriam demonstrados.
Defesas que podem ser apresentadas depois da contestação. 
O princípio da concentração da defesa exige do réu que alegue, na contestação,tudo aquilo que sirva para resistir à pretensão inicial. Mas o art. 342 dá a exceção. 
Art. 342.  Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente (deve levar em consideração para prolatar a sentença); II - competir ao juiz conhecer delas de ofício (objeções processuais, matéria de ordem pública, não implicam preclusão, e também aquelas defesas substanciais como a prescrição e a decadência); III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.(diz respeito ao inciso anterior, matérias de ordem pública). 
Não constitui um mecanismo de defesa e sim de contra-ataque. Na contestação não pode formular pretensões em face do autor, a exceção são as ações dúplices, que a lei autoriza fazer. Afora as ações dúplices, se o réu quiser formular pretensões em face do autor, terá de valer-se da reconvenção. 
Na reconvenção o juiz terá que decidir os pedidos do autor e os do réu. Esta pressupõe não a defesa apenas mas formular pretensões em face do autor, e não só combater as alegações do autor. 
O que justifica a reconvenção é a economia e maior eficiência do processo, pois as pretensões de ambos os litigantes serão julgadas de uma só vez, alémde afastar o risco de decisões conflitantes. A pretensão do réu deve ser conexa a do autor e com os fundamentos da defesa. Sem a reconvenção o réu teria que valer de processo autônomo. 
Natureza da reconvenção
Ela é uma nova ação, provoca o judiciário para dá resposta as pretensões feitas pelo réu. Característica é que ela não forma um novo processo. Ação principal e a reconvenção serão em conjunto e julgadas por uma só sentença. 
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. As pretensões devem ser conexas com a ação principal e os fundamentos da defesa, se isso não acontece será ajuizado nova demanda independente. Se o réu quiser opta por ajuizar ação própria, mas se houver conexão das duas ações, haverá reunião de processos. 
Quando o juiz indefere a reconvenção liminarmente, não faz sentença e sim uma decisão interlocutória. 
A pretensão do réu pode ser de qualquer natureza, mesmo sendo diferente do autor, condenatória, constitutiva ou declaratória.
Independência da reconvenção: 
Há entre elas uma relativa independência. O que justifica por ser uma nova ação. A reconvenção não fica condicionada ao prosseguimento da ação principal. 
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
Processos e procedimentos em que cabe a reconvenção
Ela é própria de processo de conhecimento e não de execução. Dentre os de conhecimento, só nos de jurisdição contenciosa; nos de jurisdição voluntária, não.
Em procedimentos especiais, só cabe quando depois de oferecida a contestação, o procedimento é convertido em comum. 
Não cabem reconvenção nas Ações que correm nos Juizados Especiais Cíveis, mas admite que o réu faça pedido contraposto ao do autor em contestação. 
Prazo:
É oferecida junto com a contestação. se o réu contestar sem reconvir, não poderá mais fazê-lo, porque terá havido preclusão consumativa. E vice-versa. 
Não quer dizer que o réu precisa contestar para reconvir: § 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. Não necessita que o réu conteste, mas que faça a reconvenção no prazo que tinha para a contestação. 
Se o réu não contestar mas reconvir, não será revel, pois compareceu e manifestou-se. 
Presunção dos fatos narrados da inicial: Se, ao reconvir, ele apresentou fundamentos incompatíveis com os do pedido inicial, estes não se presumirão verdadeiros. Contudo, naquilo em que não houver tal incompatibilidade, haverá a presunção.
Peça Única:
O art. 343 não deixa dúvida que as duas ações devem ser apresentadas em uma única peça. Mas se for apresentadas em peças simultâneas não impedirá o conhecimento da reconvenção. 
Requisitos da reconvenção: 
Os pressupostos processuais mesmos exigidos para formulação da ação como processo autônomo. Mas há os específicos.
Conexidade
A reconvenção está ligada à economia processual e ao afastamento do risco de decisões conflitantes: isso pressupõe a conexidade exigida pelo art. 343. 
Caberá reconvenção se o pedido ou a causa de pedir apresentados pelo réu reconvinte estiverem relacionados com os da ação principal. Por exemplo: em ação declaratória de inexigibilidade de título de crédito, o réu pode reconvir pedindo a condenação do autor ao pagamento da dívida. Haverá reconvenção se a conexão estiver relacionada aos fundamentos da defesa, seu pedido ou causa de pedir, com as razões de fato e de direito expostas pelo réu, para justificar que ~ pedido inicial seja desacolhido.
Competência: 
É preciso que o mesmo juízo tenha competência para julgar o pedido principal e o reconvencional. Não será admitida se o juízo for incompetência absoluta, mas se for relativa não haverá indeferimento da reconvenção, pressupões a conexidade e causa a modificação de incompetência. 
A reconvenção em caso de legitimidade extraordinária
Casos em que o autor propõe a ação na condição de legitimado extraordinário, em defesa não de direito próprio, mas de direito alheio. Ele será o substituto processual e o titular do direito será o substituído. Mas a pretensão formulada na inicial, embora apresentada pelo substituto, diz respeito ao substituído. Para que haja conexão, é preciso que, na reconvenção, a pretensão apresentada pelo réu também seja relativa ao substituído.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. Quando o autor, substituto processual na lide originária, também puder ser substituto processual na reconvenção.
Reconvenção e os limites subjetivos da demanda
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
Aqui a ampliação é possível, uma pessoa estranha ao processo pode também reconvir face ao autor, ou que o réu reconvenha em face do autor e de uma terceira pessoa. É preciso que, na reconvenção, o polo ativo seja ocupado por um dos réus e o polo passivo, por um dos autores.
Procedimento da Reconvenção
Ao apresentar a reconvenção na contestação, deve cumprir os requisitos do art. 319. O juiz fará o exame de admissibilidade, se for recebida processa anotação pelo distribuidor. Sempre correrá pelo procedimento comum, o juiz mandará intimar o autor a, querendo, oferecer resposta no prazo de quinze dias. (§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.). É uma citação, e produz todos seus efeitos. Se na reconvenção for incluído terceiro estranho no processo, deverá haver a citação. 
O reconvindo, além de contestar a reconvenção, poderá oferecer nova reconvenção. Tem-se admitido a possibilidade de reconvenções sucessivas. Também é possível que, ao contestar a reconvenção, o autor formule pedido de denunciação da lide ou chamamento ao processo.
A falta de contestação à reconvenção pode ou não gerar os efeitos da revelia. Preciso distinguir: se o que foi alegado na reconvenção é incompatível com os fundamentos de fato e de direito da petição inicial, não haverá presunção de veracidade.
A instrução e o julgamento da ação originária e da reconvenção serão feitas em conjunto.
Reconvenção e ações de natureza dúplice
Algumas ações tem natureza dúplice e permite que o réu formule pretensões novas ao autor sem precisar reconvir, não implicam nova ação. São exemplos as possessórias, as que correm no Juizado Especial Cível, as de exigir contas e a renovatória. Os pedidos contrapostos passam a gozar de autonomia, em relação aos principais, havendo desistência, ou extinção das pretensões principais, o processo prosseguirá em relação aos outros pedidos da contestação. 
REVELIA
Introdução
O réu tem o ônus de se defender. Ele apresenta contestação se quiser. Mas se não apresentar poderá ter conseqüências gravosas. 
O juiz tem que ouvir ambas as partes. Se os fatos são controvertidos, há necessidade de provas, determinando a instrução.
Haverá revelia se o réu citado não apresenta contestação. O revel é aquele que permaneceu inerte, ou então aquele que ofereceu contestação, mas fora de prazo. É também aquele que apresenta contestação e não impugna qualquer fato da petição. Aquele que apresenta reconvenção não será revel, se apresenta fundamentos conexos com a petição, msm que não apresente contestação. 
Revelia e contumácia
Revelia é omissão do réu que não contrapõe a petição. E contumácia é a inércia de qualquer parte que não pratica um ato processual. Revel só o réu, contumaz qualquer parte, a revelia é uma espécie de contumácia.
Efeitos da revelia
Duas conseqüências: a presunção de veracidade dos fatos narrados na petição inicial e a desnecessidade de sua intimação para os demais atos do processo.
Há casos em que a própria lei exime o revel das consequências.Presunção da veracidade dos fatos
Cumpre ao réu contrapor cada fato da petição inicial, se manifestando precisamente. Não pode ser de maneira genérica. O ônus do réu é de que impugne especificamente, precisamente, os fatos narrados na petição inicial. Os que não forem impugnados presumir-se-ão verdadeiros.
Se não apresenta contestação válida não impugnando nenhum dos fatos, os fatos narrados pelo autor presume-se verdadeiros, e se forem suficientes para o acolhimento do pedido, o juiz pode julgar de imediato. O réu não será revel quando impugnar alguns dos fatos ou os fazer de forma indireta, apresentando fatos modificativos, extintivos. 
Art. 344.  Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
O juiz deve aplicar a presunção da veracidade com muito cuidado, pois esta não é absoluta e sim relativa, dependendo do caso. Essa presunção se configura aos fatos nunca ao direito pretendido. Nem sempre quando não há contestação, não levará automaticamente a procedência do pedido do autor. P ex, casos em que é exclusivo de direito. 
É preciso também que os fatos sejam verossímeis e não estejam em contradição com as provas nos autos. Só dará por verdadeiros os fatos que não contrariarem a sua convicção, deixará de presumir alguns fatos como verdadeiros e deverá expor suas razões de sua convicção.
Hipóteses de exclusão legal da presunção da veracidade. 
Pluralidade dos réus, quando um deles contesta a ação. 
Art. 345.  A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
Há regime de litisconsortes que a ação de um não beneficia aos demais, é o litisconsórcio simples, independente, a contestação de um não aproveita aos demais. E há litisconsorte que há a vinculação, que a ação de um beneficia a todos, esse é o litisconsorte unitário, se um contestar aproveita aos demais.
Quando os fatos forem genéricos, se apenas um deles contestar, contrariando-os, a presunção de veracidade será afastada em relação a todos, porque o fato terá se tornado controvertido. Quando forem específicos, fatos que falam apenas de um réu, e só esse contestar não irá beneficiar aos outros. 
Portanto, não haverá presunção de veracidade quando: a) houver contestação de um litisconsorte unitário; b) houver contestação de um litisconsorte simples, que alegue fato comum, que também diga respeito ao revel.
Litígio que versa sobre interesse indisponível
Art. 435. II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
Não há vedação em processos que versem sobre esses direitos. A restrição é à presunção de veracidade dos fatos, decorrente da revelia. São indisponíveis, em regra, os direitos extrapatrimoniais ou públicos, sobre os quais não se admite confissão. E são disponíveis os direitos patrimoniais e privados, sobre os quais se pode transigir. Só haveria revelia aquilo que disser respeito aos aspectos disponíveis. 
Á Fazenda Pública o entendimento é que não se aplicam os efeitos da revelia, mas não quer dizer que deixem de impugnar os argumentos da parte contrária, e não produzam provas necessárias na fase de instrução. 
A petição inicial desacompanhada de instrumento público que a lei considere indispensável à prova do ato.
Art. 345. III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;Art. 341. II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
Os fatos só podem presumir verdadeiros aqueles que podem ser provados por documentos. Como em negócios jurídicos que sem o instrumento público, a existência do negócio não poderá ser demonstrada, pois ele não se aperfeiçoou.
Alegação de fato inverossímil ou em contradição com a prova constante dos autos – Art. 345, IV.
Hipóteses em que não há presunção de veracidade ainda que não haja impugnação especificada dos fatos narrados na inicial.
Se o réu contestar, mas impugnar especificamente somente alguns fatos, os demais se presumirão verdadeiros. 
Art. 341 tratam de fatos que não admitem confissão, ou que só podem ser provados por instrumento que a lei considere da substância do ato. 
O terceiro inciso alude aos fatos que estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Às vezes, o réu deixa de impugnar especificamente um fato, mas a resposta apresentada, seja em contestação, seja em reconvenção, o contraria. A rigor, esse inciso seria dispensável, já que o fato que está em confronto com a defesa como um todo é controvertido e não incontroverso.
Entes que não têm o ônus da impugnação especificada
Paragrafo único do art. 341. o ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial". Esses entes poderão apresentar contestação por negativa geral, o que será suficiente para afastar a presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial.
A razão disso é a dificuldade que eles podem enfrentar com a impugnação especifica, geralmente estes não tem tanto contato com o réu para conhecer os fatos. 
Desnecessidade de intimação do revel
É um dos efeitos da revelia. Art. 346.  Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial. Parágrafo único.  O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
Se o réu não tem advogado com a publicação no órgão oficial, só será intimado o advogado da parte contrária. Mesmo assim, o prazo para o revel começa a correr. Portanto, para ele, os prazos correm independentemente de intimação. Para isso, não basta a revelia do réu, sendo imprescindível que ele não tenha patrono nos autos. Pode ocorrer que ele tenha constituído advogado que não tenha apresentado contestação, ou o tenha feito fora do prazo. Haverá revelia, mas o réu continuará sendo intimado, por meio do seu advogado, dos demais atos do processo.
Se o réu constitui advogado depois, ai passara a ser intimado. 
Mas, sendo revel e não tendo advogado constituído, os prazos correrão para ele independentemente de intimação, pois demonstrou desinteresse pelo processo.
O revel poderá a qualquer tempo ingressar no processo e participar dos atos processuais que se realizem daí em diante, passando a ser intimado desde que constitua advogado. A dispensa de intimação decorrente da revelia não é definitiva, podendo o réu, a qualquer tempo, participar.
Súmula 231 do Supremo Tribunal Federal: "O revel, em processo cível, pode produzir provas, desde que compareça em tempo oportuno".
Revelia em processo de execução e em tutela cautelar antecedente
No processo de execução não se pode falar em revelia porque o réu não é citado para apresentar contestação, controvertendo os fatos narrados na inicial, mas para pagar, entregar alguma coisa, fazer ou deixar de fazer algo. 
Quando houver requerimento de tutela provisória cautelar antecedente, o réu será citado para no prazo de cinco dias contestar o pedido. Se não o fizer, será revel, e disso advirão as mesmas consequências que no processo de conhecimento.

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes