Buscar

Processo de conhecimento - Matheus Lousada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSO DE CONHECIMENTO 
PROCESSO = é o conjunto de atos que tem por objetivo, em conjunto, formar o convencimento do juiz para que ele possa julgar.
PROCEDIMENTO = é a ordem que os atos são praticados: petição inicial, citação, contestação...
*Procedimento comum: é o procedimento básico, geral, serve para tudo.
*Procedimento sumaríssimo: é o procedimento do juizado especial.
*Procedimento especial
Passo a Passo:
	PETIÇÃO INICIAL
	Início do processo, presente no art.319, CPC.
	CONCLUSÃO
	Análise da admissibilidade da Petição inicial.
Cite-se e intime-se.
	AUDIÊNCIA
	Conciliação/mediação, se houver “acordo” extingue-se o processo.
	CONTESTAÇÃO
	Deverá ser alegada quase toda a matéria de defesa. (15 dias após a audiência)
	PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
	Réplica e especificação de provas (15 dias após a contestação).
	JULGAMENTO
	Tornou-se inútil prosseguir com o processo ou possui falhas (art. 354 e 485,CPC).
	SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO
	As partes resolveram o mérito (art. 487,CPC)
Julgamento Antecipado do mérito (art. 355)
	PRODUÇÃO DE PROVAS
	
Julgamento Antecipado Parcial (art. 356)
	AIJ
	É na AIJ que são produzidas provas essenciais à resolução do litígio.
	SENTENÇA
	É o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução de mérito, ou que rejeita ou acolhe os pedidos do autor.
PETIÇÃO INICIAL:
A petição inicial é o documento por meio do qual o autor provoca o Poder Judiciário a prestar a jurisdição. É a petição inicial que inaugura o procedimento comum do CPC.
O CPC, em vários artigos, determina as regras e requisitos para que a petição inicial seja válida e possa levar o processo adiante. Além dos requisitos legais, é importante que a peça seja redigida em bom português e de forma objetiva, com informações claras e dados suficientes para que o magistrado possa julgar o direito pleiteado. 
*Para os relativamente incapazes, há a necessidade de serem assistidos por seus responsáveis, já os totalmente incapazes serão representados
*Requisitos estruturais da petição inicial = endereçamento, qualificação das partes, causa de pedir, opção sobre a audiência inicial, pedido, requerimento das provas, valor da causa, assinatura do advogado. 
Os requisitos estão descritos no art.319, CPC: A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º- Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º- A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
3º - A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
VALOR DA CAUSA:
O valor da causa é o valor econômico a ela atribuído. Ou seja, o potencial proveito econômico para as partes que demandam a tutela jurisdicional.
O valor da causa é um dos requisitos da petição inicial e deve ser atribuído mesmo às causas que não tenham fins econômicos imediatos.
Ele permite que os interesses sejam atingidos por outras vias na impossibilidade de resolução do conflito nos exatos moldes da pretensão inicial.
Art. 291. - A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Art. 292. -O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
Art. 293. - O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
CAUSA DE PEDIR:
É um dos elementos identificadores da ação, constituída pelos fatos e fundamentos jurídicos do pedido formulados pelo autor na petição inicial.
À parte, quando busca o Judiciário, invariavelmente pretende alguma coisa (o pedido). Mas não basta indicar o que se quer, também é necessário indicar porque se quer.
Causa de pedir = são os fatos e fundamentos jurídicos do pedido!
Existem 2 teorias/correntes acerca da causa de pedir:
1) TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO: Defende que a causa de pedir, independentemente da natureza da ação, é formada pelos FATOS e pelos FUNDAMENTOS jurídicos narrados pelo autor. Logo, significa que a causa de pedir é composta somente de fatos, chamada de corrente majoritária.
2) TEORIA DE INDIVIDUAÇÃO: Defende que a causa de pedir é composta apenas pela RELAÇÃO jurídica afirmada pelo autor, ou seja, pela capitulação legal (artigo de lei) dado pelo autor na petição inicial.
Existem também 2 espécies da causa de pedir, que tratam de fatos:
1) REMOTA: fato que constitui o direito do autor.
2) PRÓXIMA: fato que gera o interesse do autor de agir/ir ao judiciário. 
Ex: Ação de despejo (o pedido nessa ação é decretar o despejo do réu)
Remota = existe o contrato de locação // Próxima = descumprimento do contrato.
PEDIDO:
O pedido é o que o autor deseja quando vai até o Judiciário, sendo formulado na petição inicial.
O pedido deverá ser:
*Certo = é dizer o que o autor quer, qual o bem, a utilidade que deseja.
*Determinado = é dizer a quantidade, a delimitação do que quer, especificar.
Art.322, CPC: O pedido deve ser certo.
§ 1º- Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2º- A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º - É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2º- O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
Porém, existem algumas exceções onde se pode solicitar um pedido genérico/indeterminado:
A) Nas ações universais: O CPC discute acerca da ação de conhecimento de uma universalidade de bens.
Ex: Existe um inventário onde um dos filhos nascido fora do casamento venha interpor ação de petição de herança. Ele não sabe quantos são os herdeiros ou quais os bens compõem o espólio e, assim, não tem condições de individualizar os bens.
B) Extensão dos danos: Quando o autor não conseguir determinar a extensão dos danos no momento da propositura da ação.
Ex: Alguém que foi atropelado e internado ingressa com uma ação em face de quem o atropelou. Ele quer o ressarcimento dos danos, logo, o pedidoé certo, mas não sabe quando irá gastar até sua recuperação total. Não pode ainda delimitar os danos. 
C) Ato praticado pelo réu: Quando o valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
Ex: Uma senhora possui seguro de vida/invalidez feito por ser empregador. A adesão era facultativa. Ela aderiu e mensalmente era descontado um valor de seus vencimentos. Ao ser acometida por invalidez e solicitar o seguro, a seguradora se nega a pagar. Como o seguro era coletivo, a senhora não tinha o valor da apólice (descontado), logo, somente o réu (empresa) tem como informar o valor devido, mediante a apresentação da apólice em juízo.
POSTURAS DO JUIZ DIANTE DA PETIÇÃO INICIAL:
Proposta a ação, cabe ao juiz exercer a cognição preliminar acerca dos pressupostos e dos requisitos processuais, bem como da existência de circunstâncias que possibilitem a resolução liminar do mérito.
Podem ocorrer as seguintes posturas:
1- Deferimento: Estando em termos a petição inicial, de início ou após a emenda, e não sendo o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação, quando possível, ou, desde logo, ordenará a citação do réu para responder. (Petição regular - - Juiz defere - - cite-se e intime-se as partes para AC).
2- Indeferimento: ocorre alguns aspectos “diferentes”
A) Vício Sanável: Petição irregular por vício sanável - - juiz determina a emenda em até 15 dias.
*O juiz deverá apontar qual é a irregularidade a ser arrumada.
*O STJ entende que prazo para emenda da Petição Inicial é impróprio, ou seja, pode cumprir depois sem ser penalizado.
Se o juiz determinar a emenda da inicial, o autor pode agir de 3 formas:
I. Acatar o pedido e emendar a inicial, corrigindo o vício. O juiz então irá deferir a Petição Inicial e citar/intimar as partes.
II. O autor faz a petição de emenda, mas não conseguiu corrigir o vício, logo, a Petição Inicial será indeferida.
III. O autor não faz a emenda, logo, o juiz irá indeferir a Petição Inicial.
Está presente no art.321, do CPC:
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
B) Vício Insanável: Petição inicial insanável - - Juiz indefere a inicial.
*Nesse vício, é mostrado as causas de indeferimento da petição inicial.
Está presente no art.330, do CPC:
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts.106 e 321 .
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
 Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334 .
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Obs: Petição inepta é aquela que erra no pedido.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO:
Audiência de Conciliação ou Mediação é o ato no qual as partes se reúnem com um conciliador ou mediador para, juntos, acharem uma solução ou acordo que ponha fim ao conflito. Ela ocorre sempre que o juiz constatar que a petição inicial preencheu os requisitos e que não é caso de improcedência liminar do pedido.
*É designada antes de o réu apresentar a contestação (mas pode ocorrer depois se surgir um interesse das partes ou pelo juízo).
*A audiência de conciliação é uma etapa “anterior” à audiência de instrução e julgamento.
	Audiência de conciliação = partes (autor + réu) e o conciliador
Conciliador: é um terceiro que controla as negociações e aponta as possíveis consequências do acordo que está sendo discutido. Possui uma participação ativa na audiência, embora as partes tomem, efetivamente, a decisão.
Art.165, CPC: § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
	Audiência de mediação = partes (autor + réu) e o mediador
Mediador: É mais passivo na audiência, pois não sugere nem direciona as partes para qualquer solução específica. Sua função é apenas facilitar o diálogo, para que as partes possam, de forma autônoma, chegar a uma resposta.
Art.165, CPC: § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
	CONCILIAÇÃO
	MEDIAÇÃO
	Não possui relação jurídica anterior entre as partes.
	Possui relação jurídica anterior entre as partes (processo já está correndo).
	Feita por um conciliador, não precisa ter formação específica na área.
	Feita por um mediador, que deve possuir formação específica na área do conflito (civil, penal...)
	Ocorre em 1 sessão.
	Pode ocorrer em várias sessões.
HIPÓTESES RELATIVAS AS AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO:
*Presente no art.334 do CPC, § 1º ao § 12º:
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. (VALIDADE)
§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. (PODE OCORRER + DE UMA SESSÃO)
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. (REPRESENTAÇÃO JURÍDICA)
§ 4º A audiência não será realizada: (CASOS EM QUE NÃO OCORRE AUDIÊNCIA)
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. (AUDIÊNCIA VIRTUAL)
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagemeconômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. (PARTE FALTANTE PODERÁ SOFRER PENALIZAÇÃO)
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. (REPRESENTAÇÃO)
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. (REPRESENTAÇÃO)
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. (O ACORDO EM AUDIÊNCIA SERÁ HOMOLOGADO PELO JUIZ EM SENTENÇA).
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
CONTESTAÇÃO:
A contestação é o momento em que o réu se defende das alegações apresentadas pelo autor em uma ação (também pode ser uma contestação aceitando os termos do autor).
*Rebater os argumentos, impugnar as afirmações do autor e alegar a matéria de defesa do litígio.
*Presente no art.335 a 342 do CPC.
A defesa do réu deve ser preparada em 2 etapas:
Defesa Processual = artigo 337 do CPC, é função do réu debater, antes de entrar com uma contestação e discutir o mérito das alegações, os aspectos formais do processo, procurando se o processo se enquadra em um dos pontos levantados pelo artigo:
*Nesse momento, a preocupação está apenas com a legalidade ou legitimidade da ação!
Pode ser:
DILATÓRIA = não extingue o processo, apenas usada para “ganhar tempo”
PEREMPTÓRIA = tem algum problema, extingue o processo
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
“I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa;
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça”.
Defesa do Mérito = Após conferir se a petição inicial do autor está legal, inicia-se a defesa do réu através da Contestação.
*Todos os pontos levantados pelo autor devem ser contestados pelo réu. 
*Os pontos que não forem impugnados durante a contestação serão dados como verdadeiros.
Pode ser:
DIRETA = aquela contestação que não irá possuir réplica (resposta do autor)
INDIRETA = art.350, CPC (Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova)
Prazo da Contestação:
Após o autor entrar com a Petição Inicial e o mandado de citação no processo ocorrer, o réu possui 15 (quinze) dias úteis para apresentar uma contestação.
REGRA = a partir da AC ou da última/única sessão de mediação.
“Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; (CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO)
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ;
III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência”.
*Litisconsortes com advogados diferentes, de escritórios diferentes, MP, Defensoria Pública e Advocacia Pública o prazo é em dobro.
Exceções do prazo:
a) Se a causa não admite conciliação 
Ex: causas em que uma das partes seja a fazenda pública. Nesse caso o prazo iniciará da data de juntada aos autos do comprovante de citação (AR, mandado).
b) Se as partes não quiseram AC ou mediação, o prazo iniciará a partir da data do protocolo da petição do réu informando que não quer conciliação.
c) prazo para contestar com + de 1 réu: art. 231, §1
*Tem AC ou mediação = Prazo para ambos se inicia no dia da contestação!
*Não tem AC ou mediação porque as partes não quiseram = Prazo para cada réu se iniciará na data do protocolo de sua respectiva petição informando que não tem interesse na auto composição!
*Causas que não admitem conciliação = Prazo começa na data da juntada do último comprovante de citação juntado. Art. 231,§1º OU data da decisão que homologar a desistência da ação em relação ao último réu não citado. Art. 335,§2
Princípio da eventualidade:
*Art. 336 - Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Ex.: réu diz que nunca pegou dinheiro emprestado, mas, se pegou foi doação. Se não foi doação, é porque já paguei. Todos os argumentos são contraditórios. Juiz não pode afastar um por causa do outro, porque a alegação de todos é exigência legal.
Princípio da Impugnação especificada dos fatos:
Compete ao réu impugnar especificadamente cada um dos fatos da petição inicial, sob pena de presunção de veracidade dos não impugnados.
Art. 341 - Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
I - Não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
II - A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
Distribuição da contestação: art.340
Art. 340 - Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
§ 1º - A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
§ 2º - Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§ 3º - Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4º - Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação
Reconvenção: 
A reconvenção ocorre dentro da contestação, quando o réu, além de se defender das alegações do autor, entra com uma ação contra o autor.
Referências bibliográficas e pesquisas de conteúdo:
*Código de Processo Civil de 2015
*Jusbrasil.com.br
* projuris.com.br
* blog.advbox.com.br

Outros materiais