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QUESTÕES DIREITO CIVIL - FAMÍLIA

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Qual é a finalidade DA PROVA DO CASAMENTO?
A finalidade da prova do casamento esta voltada para a comprovação do matrimonio. Sem a prova do casamento segundo entende VENOSA, “em principio ninguém pode alegar estado de casado [...]”. (VENOSA, 2013, p. 99)
MARIA HELENA DINIZ: por produzir o matrimonio relevantes efeitos – a legitimidade da prole; o estabelecimento do regime matrimonial; a condição de herdeiro legítimo de um cônjuge, chamado à sucessão do outro, se não houver descendente ou ascendente; a nulidade de outros enlaces posteriores – é, preciso que se ateste, rigorosamente, sua existência, por meio de prova direta ou indireta.
Para que as pessoas tenham direitos advindos dessa relação. Como por exemplo, provar o regime de bens; o direito de meação; pensão alimentícia; benefício previdenciário; reconhecimento de filiação por presunção; expectativa de direitos sucessórios.
O QUE SE ENTENDE POR PROVA DIRETA DO CASAMENTO? EXPLIQUE.
É a prova da celebração do casamento no Brasil com o documento de certidão de registro feito ao mesmo tempo de sua celebração (art. 1.543 e 1.536 do CC). Trata-se, portanto, de uma forma especifica para comprovação do casamento, assim, o oficial lavrará o seu assentamento no livro de registro.
Segundo GAGLIANO “o casamento devera ser provado por meio da certidão de registro de casamento, admitindo-se ainda na falta desse documento, que a dilação probatória possa ser feita por qualquer outro meio constitucionalmente admitido” (GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, 2013, p. 189)
Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro.
Registro = Único meio, a princípio, de se provar o casamento.
Certidão ≠ Registro.
- Registro = cartório / original;
- Certidão = pode ter várias vias.
O QUE SE ENTENDE POR PROVA INDIRETA OU SUPLETÓRIA DO CASAMENTO? EXPLIQUE.
Art. 1.543 CC;
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
Ou seja, podem ser admitidos excepcionalmente os meios subsidiários de prova, como p.ex. passaporte, testemunhas do ato, certidão dos proclamas, documentos públicos que mencionem o estado civil, etc. Tudo devendo ser provados mediante justificação requerida ao juiz competente.
-- Quando não há a prova direta (registro!). 
Ex.: não há mesmo o registro ou quando cartório pega fogo.
Meios de se provar:
1º) Prova-se que de fato não há o registro ou que houve perda.
2º) se satisfatória a primeira: testemunhas, registros em CTPS, passaporte, certidão de nascimento.
NÃO É POSSE DE ESTADO DE CASADO!!!
O QUE SE ENTENDE POR POSSE DO ESTADO DE CASADO?
Segundo GAGLIANO E PAMPLONA FILHO trata-se de “[...] uma situação de fato em que há a nítida aparência da existência e validade da relação matrimonial, atuando ambos os “possuidores” desse estado com animus de consortes” (GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, 2013, p. 194).
É um casamento (art. 1.545 CC) e não união estável porque teve casamento, mas quem casou não está vivo ou não tem manifestação.
Somente os filhos podem alegar o argumento da posse do estado de casado para comprovar o casamento de seus pais.
QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA SE CARACTERIZAR A POSSE DO ESTADO DE CASADO?
A doutrina costuma apontar três elementos: nomen, tractatus, e fama. 
Nomen: consiste em trazer a mulher o nome do marido. 
Tractatus: em se tratarem ambos como casados; 
Fama: no reconhecimento geral, por parte da sociedade, da condição de cônjuges. (GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, 2013, p. 195).
INDIQUE O FUNDAMENTO LEGAL DA POSSE DO ESTADO DE CASADO.
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
A QUEM É ADMITIDO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO UTILIZAR A ALEGAÇÃO DA POSSE DO ESTADO DE CASADO?
Tal situação somente poderá ser alegada pelos filhos e se mortos ambos os cônjuges. 
É que, se um deles está vivo, deve indicar o local onde se realizou o casamento, para que os filhos obtenham a certidão. O dispositivo em apreço admite também a referida prova, mas pelos filhos de pais ainda vivos, e se estes se encontrarem impossibilitados de manifestar vontade, quando, por exemplo, perderam as faculdades mentais, encontra-se em estado de coma ou foram declarados ausentes por sentença judicial�.
A POSSE DO ESTADO DE CASADO EQUIVALE A UNIÃO ESTÁVEL?
Segundo GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, não. Pois a união estável é um fato da vida, caracterizado precisamente pela informalidade – razão por que não existe ‘estado civil de companheiro’ – exigindo, para a sua configuração, a efetiva prova dos requisitos constantes no art. 1.723 do CC (GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, 2013, 196).
O QUE SE ENTENDE PELO PRINCÍPIO DO INDÚBIO PRO MATRIMÔNIO? EXISTE PREVISAO LEGAL DESTE PRINCÍPIO?
Tal princípio diz que no caso de dúvida entre as provas favoráveis e contrarias no caso de se considerada consolidada a situação de casados, deve-se julgar pelo casamento. Se os cônjuges vivem ou tiverem vivido na posse do estado de casados. O fundamento legal é o art. 1.547 CC (GAGLIANO E PAMPLONA FILHO, 2013, P. 195).
Os filhos usam do fundamento da posse do estado de casado, e não há certeza quanto aos requisitos (nome, trato e fama). Dessa forma, se o juiz estiver em dúvida deve julgar favoravelmente.
REFERÊNCIAS:
GAGLIANO, Pablo GAGLIANO E PAMPLONA FILHO; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, v.6: direito de família: as famílias em perspectiva constitucional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 13 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
� https://haddadpereira.wordpress.com/2014/09/17/provas-do-casamento/

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