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Teoria da Constituição

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Teoria da Constituição
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1. Direito Constitucional;
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Organização por disciplinas (temáticas);
Teoria da Constituição, os conceitos e classificações universais que permitem o estado de direito constitucional fundamentado em qualquer que seja a constituição vigente;
Direito Constitucional Positivo;
As normas jurídico-constitucionais vigentes. 
Normas “dentro” da C.F./88;
Normas “fora” da C.F./88;
Costumes Constitucionais; 
Processo Constitucional; 
Processo Legislativo;
Processo Administrativo;
Processo Judicial;
Controle de Constitucionalidade
Direito Constitucional Comparado
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2. Definição de Direito Constitucional;
Considerações preliminares.
Há que se considerar duas realidades correlatas, porem distintas entre si:
Curso de Direito Constitucional, refere-se ao estudo do objeto constituição. É o conjunto de métodos e técnicas de aprendizagem, gerando conhecimento de direito constitucional.
Direito Constitucional, o objeto de estudo. É o conjunto de normas jurídicas que cria o Estado, organiza os poderes, funções, entes e órgãos, faz a repartição de competências, prevê os direitos e garantia individuais. 
Não existe hierarquização em uma federação. Existem competências. 
Direito Publico;
Conjunto de normas jurídicas reguladoras de interesses do povo.
Mais importantes princípios reitores do Direito Publico.
Supremacia do Interesse Público; 
Em uma escala que vai do interesse privado, passando pelo o interesse de grupos, chegando ao interesse do povo, este, como regra, é predominante. 
 Interesse Privado < Interesse de grupos < Interesse público 
Obs 1! Em respeito ao Estado Democrático de Direito, a supremacia do interesse público suporta limites previstos Constituição; 
Exemplo: em homenagem à segurança pública não se pode impedir a liberdade de expressão. (privado > público);
Obs 2! Em respeito ao Estado Democrático de Direito, direitos de grupos sociais podem prevalecer sobre interesses da maioria. (grupo > público);
Obs 3! Opinião pública ≠ Interesse Público. Supremacia da Constituição sobre o desejo popular. 
Indisponibilidade do interesse público;
É uma garantia ao principio da Supremacia. Significa que apenas a C.R. pode criar exceções ao princípio da supremacia. 
Este principio é chamado de principio da corolário. 
Principio da Legalidade
Possui duas dimensões: 
A) Para o cidadão: só é obrigado fazer ou deixar de fazer em virtude de previsão expressa em lei;
B) Para o Estado: somente pode agir com respaldo legal;
Disciplinas do Direito Público; 
i. Direito Administrativo;
ii. Direito Tributário;
iii. Direito Penal;
iv. Direito Processual;
v. Direito Municipal;
Conjunto de normas que regulamentam a organização política e administrativa de ente local.
vi. Direito Internacional Público; 
Conjunto de normas que regulamentam relações entre Estados soberanos.
3.3 Direito Transindividual; (CDC)
Também chamado de Direito Supraindividual, Direito Metaindividual ou Direito Difuso. (gênero jurídico)
Possui as seguindes espécies jurídicas;
a) Direito Difuso;
b) Direito Coletivo;
c) Direito transindividual;
Refere-se as normas jurídicas que regulamentam interesses de grupos; 
Princípio mais importante reitor do Direto Transindividual é a proteção dos Direitos e Garantias dos grupos e minorias;
Disciplinas de Direitos Transindividual
3.5 Organograma;
3.5.1. Considerações Preliminares
 Exceção ao principio da supremacia da constituição: os Direito Humanos. 
i) Concepções:
Jusnaturalistas: os direitos humanos acompanham a personalidade humana, como indicativo vital do “principio da dignidade humana”;
Historicistas: Os direitos humanos são evidencias históricas. Não são dados. São construídos culturalmente, a partir de um recorte temporal (modernidade) e especial (eurocentrismo); 
Positivistas (Hans Kelsen) Os direitos humanos são aqueles declarados (positivados) em tratados internacionais reconhecidos c/ tais pela comunidade mundial.
ii) Dimensões;
a) Primeira Dimensão: também conhecidos como Direitos de Liberdade Publica, ou Direitos Civis e Políticos;
Exemplo: proibição a tortura, casa como asilo inviolável, garantia da propriedade privada; 
B) Segundo Dimensão: direitos sociais, econômicos, culturais, ambientais e de informação e verdade;
OBS! A doutrina faz uma classificação que dependendo do autor, pode ir até cinco dimenções de direitos;
Exemplos: saúde, educação, moradia, alimentação, cultura, esporte, etc. 
iii) Força Normativa; tratados de direitos humanos assinados (chege do executivo) e ratificados (congresso nacional) 
1) Quanto a Forma
a) Se o tratado for votado em único turno, com quorum de maioria simples/relativa ele terá forma de lei ordinária; 
b) Se o tratado for votado em dois turnos, com quorum de 3/5 dos membros do C.N. ele terá forma de Emenda à Constituição. 
OBS! Ver art. 5º, §3º, C.R./88
2) Quanto ao Conteúdo: 
a) Força normativa legal. O tratado tem força de lei ordinária. 
b) Força normativa supra-legal. O tratado tem força de acima da lei e a baixo da Constituição Federal; (Infra-constitucional)
c) força normativa constitucional; Em relação ao conteúdo, tanto os tratados com forma de lei ordinária quando com forma de emenda, possuem força de direito constitucional; 
OBS! Direito Constitucional Material. São normas de direito constitucional “fora” da Constituição Federal de 1988; 
d) Força norma Supra-Constitucional Condicionada;
Se o tratado for mais benevolente em conteúdo de direitos humanos em relação a Constituição vigente, o tratado devera prevalecer sobre a Constituição.
OBS! É o caso da prisão do depositório infiel que é aceita pela Constituição e vedada pelo tratado conhecido c/ Pacto de São Jose de Costa Rica. 
OBS! Esta é a exceção ao principio da Supremacia da Constituição. 
OBS! A força normativa quanto a Conteúdo Ilustrado: 
Concepções de Estado: do pode Ilimitado do Estado Constitucional;
Definição de Estado;
Pessoa jurídica de Direito Público com representatividade internacional, capaz de exercer poder soberano em um determinado território no qual vive um povo;
1.1. Noções essenciais à configuração do Estado;
Pessoa Jurídica:
Direito Publico; Constituição 
OBS! Quem cria a pessoa de Direito Público é a lei; 
c) Soberania – princípio fundamental da R.F.B. (art. 1º, I, CF/88);
OBS! Poder Político v
d) Território; elemento topográfico, decidido por Direito Internacional
e) Povo; elemento subjetivo que engloba fatores culturais
OBS! População que habita certo território, elemento geográfico; 
OBS! Pais limite territorial, Brasil;
OBS! Nação é o conjunto de elementos estatais em perspectiva ativa;
OBS! Pátria elemento marcado por afeto; 
1.2. Marcos Teóricos da Concepção de Estado Nação;
a) Estado Absolutista sec. XVI-XVII; Marco Teórico com Maquiavel; Referencia à obra de Thomas Robbes “O leviatã”; Não há limites à atuação do Estado Absolutista (intervencionista) na defesa da segurança jurídica; 
b) Estado Liberal sec. XVII-XVIII; É um Estado Limitado, embrião do Estado Constitucional. É um Estado mínimo, não intervencionista. John Lock.
c) Estado Socialista sec. XIX-XX; Resgate da concepção de Estado forte, pois era um Estado intervencionista; Karl Max 
d) Estado Liberal-Social sec. XX; Primeira Constituição com grande teor de Direitos Sociais, Constituição Mexicana 1917, também a Constituição de Weimer, Alemanha, 1919. Conhecido também como estado de bem-estar social; 
e) Estado Democrático de Direito; (art. 1º, CF/88) É o modelo de Estado que convive com a pluralidade de valores e direitos e aceita a colisão de princípios. 
Exemplo: 
propriedade privada vs. Função social;
Livre inciciativa vs. Justiça social;
Liberdade de expressão vs. Vedado anonimato;
Garante a privacidade vs. Garante o acesso a informação;
Regime de Governo Democrático;A origem da democracia: Grécia antiga;
Revoluções Burguesas; Ressurgimento da democracia mediante a contestação ao absolutismo. Transferência do poder: monarca > povo (descentralização).
Estado de Direito; existe uma limitação da soberania, por ser um Estado de Direito.
Limitação do poder Estatal; O Estado é limitado pelo o Direito. 
Legalidade; O Estado só pode agir se houver uma lei que legitima sua ação. Principio da legalidade. 
ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO
1. Preâmbulo;
Não é considerada norma jurídica;
É a expressão dos valores sociais e políticos que orientaram a elaboração da Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988;
O Preâmbulo tem força hermenêutica e integrativa;
TODA VEZ que for interpretar normas constitucionais, as diretrizes previstas no preâmbulo devem ser consideradas;
2. PARTE PERMANENTE; Art. 1º ao 250; esta parte é organizada em títulos.
TITULOS: 
I - Dos princípios fundamentais;
II – Dos direitos e garantias fundamentais;
III – Da organização do Estado;
IV – Da organização dos Poderes;
V – Da defesa do Estado e das Instituições Democráticas;
VI – Tributação e do Orçamento; 
VII – Da ordem econômica e financeira; 
VII – Da ordem social; 
IX – Das Disposições Constitucionais Gerais; 
CAPITULOS
SEÇÕES 
SUBSEÇÕES 
ARTIGOS 
1º AO 9º ordinal, 10 a seguir cardinal;
INCISOS 
- Numeração romana;
II, II, III etc;
PARAGRAFOS
-parágrafo único; 
-§ 1º, 2º, 3º etc;
-Ordinais até o 9º
Alíneas 
Letras minúsculas do alfabeto: “a”, “b”,”c”,”d” etc; 
OBS! Nunca fazer citação de dispositivo de lei sem mencionar fonte (CR/88; C.F./88; C.R.F./88)
3. PARTE TRANSITOTIA 
A.D.C.T.
- Art. 1º ao 98. A parte transitória é uma diretriz que exige regulamentação posterior e complementar;
- Depois de sua regulamentação o dispositivo perde sua finalidade normativa;
EX: Art. 3º, A.D.C.T., C.T., CF/88;
Revisão Constitucional;
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇAO QUANTO AO CONTEUDO
A) Conteúdo Materialmente Constitucional; 
1. Criação e organização do Estado e Poderes;
Exemplo: art. 1º ao 4º da C.R.F./88
2. Repartição de Competências; 
Exemplo: art. 30, I, C.R.F./88;
3. Direitos e garantias individuais e sócias;
Exemplo: art. 5º, C.R.F./88;
B) Conteúdo Formalmente Constitucional; 
Isso acontece por um déficit de Constitucionalidade;
A conseqüência disto é a Constituição do Direito: + fortalecimento da força normativa da constituição – engessamento do ordenamento jurídico brasileiro; 
Exemplo: art 100, C.R.F./88;
OBS! Na Inglaterra tem tradição constitucionalista desde 1215, desde a carta magna. Existe tradição de cultuar os elementos constitucionais, mesmo que o parlamento tenha facilidade de legislar constitucional isto não acontece; 
FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL
OBS! Critica ao direito constitucional prolixo: tirania intergeracional. Pois é uma posição de tirania constitucional já que os assuntos, estes que para gerações posteriores as que se criaram determinações constitucionais, determinados pela CF são engessados;
1. Constituições;
O documento político-jurídico vigente no Estado-Nação;
a) Constituição Imperial de 1824; 
O primeiro marco jurídico-político do Brasil, sendo a Constituição que mais durou; 
b) Constituição da República de 1891;
Surge ai o partido republicano;
Escrito por Rui Barbosa, senador da república;
c) Constituição da República de 1934;
A crise política que dá sua origem; 
A melhor constituição depois da vigente, pois ai passou a ser positivado uma série de direitos sociais
É a constituição mais curta;
d) Constituição da Republica de 1937;
OBS! Critica à razão indolente;
Autocracia, paternalista.
e) Constituição da República de 1946;
f) Constituição da República de 1967; 
g) Emenda Constitucional nº 1 de 1969;
matéria de direito constitucional porem forma de emenda;
h) Constituição da Republica de 1988;
08/09/2015
OBS! A regra não pode destoar do princípio. O principio caracteriza por ser genérico e abstrato. É hierarquicamente superior a regra. Sendo que princípios não trazem hipótese de aplicação. Todo principio pode ser excepcionado; 
Medida Provisória: é uma exceção ao principio da legalidade, pois tem força de lei mas não é lei. Não exige aprovação imediata no legislativo para que seja obedecida. 
Regra: objetividade normativa, ou seja, traz em si a sua hipótese de aplicação; Exemplo: art. 37, C.R.F./88; traz 5 princípios;
	PRINCIPIO
	REGRA
	Maior generalidade
	Menor generalidade
	Maior força normativa
	Menor força normativa
	Menor densidade textual
	Maior densidade textual
	Não possui hipóteses de aplição: a colisão de princípios é inevitável
	Possui hipótese única de aplicação: o conflito pode e deve ser evitado
1. COLISAO DE PRINCIPIOS NORMATIVOS;
Por se tratar de proposições normativas altamente genéricas é esperado que os princípios entrem em rota de colisão.
Não se utiliza critérios de soluções de antinomias para colisões principiologicas; 
Colisão = Princípios; 
Conflito = Regras;
 OBS! Colisão de princípios deve ser solucionada caso a caso pelo princípio da proporcionalidade evitando a decisão mais trágica;
2. Conflito entre regras;
As regras trazem em si uma única hipótese predeterminada de aplicação, com isso, todo conflito entre regras é meramente aparente e pode e deve ser solucionado pelos seguintes critérios:
Hierarquia: regra superior revoga a regra inferior;
Especialidade: regra especial revoga a geral, o especifico prevalece sobre o genérico;
Cronologia: regra posterior (mais nova) revoga regra anterior (mais antiga); 
Se existir mais de uma regra para o mesmo assunto uma delas perderá sua força normativa a partir dos critérios acima. (TUDO OU NADA)
Lacuna é quando não existe uma regra para uma determinada situação de fato. Não existe lacuna de princípios;
3. SENTIDO DAS CONSTITUIÇÕES 
A) Sentindo Sociológico;
Autor: Ferdinando Lassale 
Constituição de papel: o direito constitucional escrito em documentos solenes (Constituição);
Fatores reais de pode:
Direito Constitucional real: Direito vivo; 
B) Sentido Político (Carl Shimit)
A Constituição é uma documento político que define e se sobrepõe ao jurídico;
C) Sentido Jurídico (Hans Kelsen) 
A Constituição é um documento jurídico que define e se sobrepõe ao político; 
“Nada existe no mundo sem uma norma que o anuncia.”
O Direito é impuro, nasce das contradições políticas, sociais, religiosas, econômicas, dos embates valorativos. 
SEGUNDA PROVA
PODER CONSTITUINTE
1. Consideração Preliminar
Não existe Estado-Nação sem documento (s) constitucional (is);
2. Definição de Poder Constituinte
É o fenômeno histórico que origina uma determinada Constituição;
2.1. Titularidade do Poder Constituinte
Esta titularidade é despersonalizada. A titularidade do Poder Constituinte é fluída, é abstrata;
Historicamente não existe um titular do Poder Constituinte;
Conclusão: trata-se de expressão político-jurídico-doutrinária para reverenciar um momento histórico de convergência de fragmentos de poder, que pode vir do povo, dos militares, dos monarcas, das igrejas, de partidos políticos, instituições como OAB, setores da sociedade civil como empresários, movimento estudantil, e outros. 
OBS! Constituições surgem sempre em momentos de vazios, de crises políticas.
O conteúdo e a forma da Constituição será uma conseqüência desta disputa política pela afirmação histórica de atores sociais (povo, militares, monarcas, igrejas...).
3.1. Características do poder constituinte
a) Absoluto
É a proximidade com a concepção de soberania política;u 
b) Ilimitado
A consequência é dizer que o Poder Constituinte é ilimitado;
OBS! Não é possível alegar inconstitucionalidade na atuação do Poder Constituinte Originário.
OBS! O Poder Constituinte é o marcozero da estrutura política, jurídica e estatal.
OBS! Contudo, não é possível ignorar em nome da ilimitação do Poder Constituinte, os direitos humanos;
c) Incondicionado
 Forma-se de acordo com o momento histórico sem condição formal pré-determinada;
4. Poder Derivado
O criador e a criatura. Também chamado de poderes derivados ou instituídos possuem as seguintes características: 
a) secundário;
Sobre ponto de vista cronológico ele é posterior ao poder constituinte que, por sua vez, é inicial.
b) limitado;
 Existem limites ao poder de reforma, modificação do Constituição vigente;
c) condicionado;
Condições formais:
Por exemplo: quórum de 3/5 dos membros do Congresso Nacional para a aprovação de P.E.C. 
 Condições materiais: 
Por exemplo: forma federativa do Estado.
4.1. Poder Reformador
O seu titular é o Congresso Nacional.
4.2. Poder Instituído
a) Assembléia Legislativa
ADCT, art. 11.
É assembléia legislativa a titular do poder de reforma das constituições estaduais. Emenda à constituição estadual.
b) Câmara dos Vereadores;
Art. 29, C.R./88
A câmara de vereadores é a titular do poder de reforma das leis orgânicas. Emenda à lei orgânica;
OBS! O quorum da lei orgânica é de 2/3 dos membros.
5. Mutação Constitucional
Refere-se aos procedimentos de modificação constitucional.
É uma conseqüência da atividade do Poder Constituído /Derivado.
5.1. Mutação com modificação de texto;
1ª Revisão Constitucional;
a) 5 anos após a promulgação da Constituição; (1994)
b) Maioria absoluta: 1º número inteiro acima da metade dos membros.
c) Sessão Unicameral;
d) Seis E.R.C. (1994);
OBS! Esta hipótese não pode ser mais utilizada como mecanismo de mutação constitucional;
2º Reforma Constitucional;
(P.E.C)
Art. 59 combinado com art. 60, C.F./88
a) Iniciativa de P.E.C.;
1) P.R.
2) 1/3 dos Deputados;
3) 1/3 dos Senadores;
4) Mais da metade das A.L., aprovando um projeto em quórum de maioria relativa;
b) Votação em 2 Turnos;
c) 3/5 dos membros;
d) Não existem fases de sanção e veto;
e) Limites;
e.1. Temporal:
Aplica-se apenas à revisão constitucional;
e.2. Circunstancial:
a) Intervenção Federal em Estado-membro; art. 34, C.F./88;
b) Estado de Defesa art. 136, C.F./88
c) Estado de Sítio art. 137, C.F./88
d) Materiais art. 60, §4º, C.F./88
e.3. Materiais;
a) forma federativa do estado; art. 18, CF.
b) voto universal, secreto, proibido e direto;
c) separação dos poderes;
d) direitos e garantias individuais;
6. Filtragem Constitucional;
O ordenamento jurídico histórico existente antes da nova Constituição é recepcionado por esta, exceto naquilo que conflite com ela.
Este fenômeno é conhecido como recepção constitucional
NORMAS CONSTITUCIONAIS
1. Definição de norma constitucional;
É a proposição jurídica vinculante, geradora de direitos objetivos e subjetivos, com conteúdo de direito constitucional.
1.1. Proposição jurídica;
É o conteúdo do texto de lei, decorrente da atividade interpretativa.
Enquanto o texto de lei é responsabilidade do Legislador Constituinte, a proposição jurídica (norma jurídica) é responsabilidade do interprete (jurista).
	Texto de Lei
(ponte de partida)
	Proposição jurídica: norma jurídica
(ponte de chegada)
	Forma
	 Conteúdo 
	Só pode ser proposto pelo legislador:
a) constituinte
b) derivado
	Jurista: interprete
	Ex. 1: “Art. 1º A republica....”
	O Estado Brasileiro adota a forma de governo republicano.
	Ex. 2. Art. 1º “... Federativa...”
	O Estado brasileiro adota a forma de federação pela qual os entes Estados, D.F. e municípios, São autônomos entre si, não existe hierarquia entre as Unidades Federativas
	Ex. 3. Art. 1º “... do Brasil...” 
	Nome do país 
	Ex. 4. Art. 5º “... garantindo-se a brasileiros e estrangeiros resistentes no país direito a vida, liberdade, segurança e propriedade.”
	Os destinatários dos direitos a vida, liberdade, segurança e propriedade são: 
a) brasileiros;
b) estrangeiros com residência no território nacional;
c) turista;
d) pessoa jurídica;
Conclusão: “O texto de lei é o veículo condutor de normas jurídicas” Paulo de Barros
1.2. Vinculante;
As normas constitucionais geram padrões de obediência (modais de deôntico): a) obrigam; b) proíbe; c) faculta;
OBS! Deôntico: remete à “teoria do dever ser”;
O desrespeito à norma constitucional ocasiona a efetivação dos institutos da imperatividade normativa: a) sanção; b) coação; c) coerção;
1.2.1. Norma constitucional programática: 
É a expressão que resume uma teoria do século XVIII até a primeira metade do século XX. Para fazer referencia a normas constitucionais não vinculantes.
Por esta teoria, normas constitucionais seriam meros “programas políticos”, sem força jurídica.
 “Todos têm direito a saúde”
Esta teoria não tem aceitabilidade doutrinária nem jurisprudencial. (Gomes Canotilho)
A teoria das normas programáticas cede espaço para a teoria da Constituição dirigente (Gomes Canotilho)
1.3. Direitos Objetivos;
É a capacidade de a norma jurídica influenciar politicamente o próprio Estado.
Efeitos “prima facie” = toda criança tem direito.
Exp. Toda criança tem direito a educação infantil de responsabilidade do município. 
1.4. Direitos Subjetivos:
Possibilidade de exigir em juízo a reparação de uma pretensa lesão. 
	Exemplo
	>>>>>>>>>
	Efetivação judicial da lei
	Todos tem direito a saúde 
	Juiz art 5º XXXV, C.F.
	a) mandado de segurança
b)ação civil publica
Conclusão: a aceitação dos direitos subjetivos diretamente da norma constitucional reforça a tese da “força normativa do direito constitucional”
2. Espécies de Normas Constitucionais;
2.1. Regras;
a) É a norma com hipótese predeterminada de aplicação.
b) Não há, sequer, que se cogitar regulamentação posterior.
c) Para as regras o conflito normativo (antinomia) deve ser evitado: i) hierarquia ii) especialidade iii) cronologia
Exp: Art. 100, C.F./88;
2.2. Princípios
a) é a norma sem hipótese de aplicação predeterminada. 
b) É a norma com elevado grau de abstração, sendo desejável regulamentação posterior;
Exp: Art. 37, caput,C.F./88
Art. 37, VII, C.F./88
c) para os princípios, a colisão normativa é inevitável e não pode ser solucionada pelo critérios clássicos da hermenêutica jurídica. Esta é uma consequência do Estado Democrático de Direito, que pressupõe a convivência harmoniosa entre as pluridiversidades de princípios constitucionais. 
Na colisão de princípios, deve-se utilizar o super princípio da proporcionalidade como mecanismo para se evitar a decisão trágica. 
Exemplos de colisões principiológicas:
1 - Vida X Liberdade Religiosa.
2 – Propriedade Privada X Função Social da Propriedade.
3 – Acesso a Informação X Intimidade
Hermenêutica Constitucional:
Hermenêutica Jurídica Constitucional: 
Teoria da interpretação jurídico constitucional. Arte/técnica/ciência.
Interpretação:
Atividade do interprete
Atitude 
Ação/agir.
Interpretação quanto à fonte. (Quem?)
Doutrinaria.
Judicial/jurisprudencial (art 92, CF/88)
Autêntica (legislador)
Principais técnicas interpretativas 
Literal/filológico/gramatical
Sistemática
 Eros Graus “não se interpreta o direito em retalhos”
Teleológica:
c.1 fim social
c.2 bem comum
d) Histórico: 
5. Interpretação quanto ao resultado.
	Texto de Lei
	Norma Jurídica
	Legislador
	Intérprete 
	Matar alguém 
	É proibido matar
	Forma 
	Conteúdo 
5.1 Interpretação declarativa.
Mera Hipótese
Ocorre quando o texto de lei corresponde com exatidão à norma jurídica. 
Texto de lei é igual a norma jurídica 
5.2 Interpretação ampliadora ou extensiva: 
Situação real
O texto de lei diz menos do que deveria do ponto de vista 
Texto de lei < que a norma jurídica. 
Todotexto de lei gerador de direito deve ser interpretado de forma extensiva ou ampliadora. 
5.3 Interpretação Restritiva:
Situação real
O texto de lei diz mais do que deveria do ponto de vista normativo.
Texto de lei > que a norma jurídica 
Exemplo. “Todos são iguais... “ religiões, gênero, sexo, idade 
“ o casamento é uma união indissolúvel > há situações que justificavam o fim do casamento. Exemplo o marido ou a mulher morre. 
 Princípios constitucionais: Vetores da Hermenêutica constitucional
6.1 Princípios Constitucionais Políticos:
Princípio Republicano ( Res +Populis)
Forma de governo pelo qual todo poder emana do povo (auto-governo) 
Princípio Federativo (Federação)
Forma de Estado
Repartições de competências 
Princípio Democrático.
Democracia é um regime político que possibilita a tomada de decisão pela vontade da maioria. Respeitados os interesses das minorias. 
Princípio da separação (independência e harmonia) dos poderes:
Poder Legislativo
Poder Executivo
Poder Judiciário
Princípios Constitucionais Jurídicos:
Princípio da supremacia do interesse público: 
	Indivíduo <Grupos<Povo
Por exemplo:
Propriedade Privada < Desapropriação.
Indisponibilidade do interesse público:
Apenas mediante autorização legislativa, é possível dispor do interesse publico. Não existe autonomia da vontade em relação aos interesses públicos 
Por exemplo: Doação de bens públicos. 
Legalidade:
Somente mediante lei é possível criar ou extinguir direitos e obrigações.
Impessoalidade:
Principio da isonomia: não compete ao interprete promover discriminações onde o legislador não diferenciou. 
Principio da imputação: Quando o agente público gera lesão com sua ação ou omissão a responsabilidade deve ser atribuída (imputada) ao Estado.
Moralidade: 
Códigos binários orientadores da interpretação jurídica.
Legal x Ilegal
Licito x Ilícito
Jurídico x Antijurídico
Legítimo x Ilegítimo
Justo x Injusto
Constitucional x Inconstitucional
	Moral x Imoral
Publicidade:
Artigo 5, XXXIII,CF/88
Diário Oficial.
Auto Tutela:
A administração pública tem o dever de anular seus próprios atos quanto ilegais e pode revogá-los quando inconvenientes ou inoportunos.
Razoabilidade:
É um indicativo de bom senso 
Proporcionalidade:
Ponderação de valores entre mais de uma decisão igualmente possível. 
10 milhões
							 						
				Hospital		X		 Viaduto no 
				Municipal					centro da 
										Cidade
Liberdade Religiosa 	X Vida Biológica
 Consiste para se evitar a decisão trágica.
7. Princípios de Hermenêutica Constitucional
A) Supremacia do Direito Constitucional:
O ordenamento jurídico consiste em de um conjunto escalonado de normas no qual as normas infraconstitucionais devem respeitar as normas constitucionais. Na hipótese de desrespeito a Constituição, a inconstitucionalidade deve ser corrigida pelo sistema de controle de Constitucionalidade. 
B) Unidade Constitucional:
A Constituição não deve ser interpretada em fragmentos, pedaços, tiras, retalhos.
Interpretação Sistemática aplicada ao Direito Constitucional. 
C) Princípio da Máxima Efetividade das Normas Constitucionais:
Existem várias classificações históricas referentes à força normativa do Direito Constitucional. Por exemplo:
Normas Constitucionais Executáveis X Normas Constitucionais Não Executáveis.
Normas Constitucionais bastante em si mesma X Normas Constitucionais não bastante em si mesma. 
Normas Constitucionais de Eficácia Plena X Normas Constitucionais de Eficácia Contida X Normas Constitucionais de Eficácia Limitada.
Conclusão: O principio da máxima efetividade indica que todas as normas de Direito Constitucional são de eficácia plena e imediata, o que tornam inadequadas todas as classificações que limitam efetividade de normas constitucionais
Princípio da Interpretação conforme à Constituição:
O intérprete quando se deparar com mais de uma possibilidade interpretativa de corrente de norma infraconstitucional deve optar por aquela que seja mais adequada ao Direito Constitucional. 
Controle de Constitucionalidade:
Pressuposto do controle de constitucionalidade:
Supremacia da constituição: 
Normas Constitucionais
Normas infraconstitucionais.
De forma que as normas infraconstitucionais, não podem contrariar em forma e conteúdo as normas constitucionais.
Inconstitucionalidade Formal: Matérias reservadas a complementar. Art. 59 § único, CF/88 “Lei complementar disporá sobre elaboração, redação, alteração e consolidação das leis”.
Exemplo 02: É vedada a edição de medida provisória sobre Direito Penal.
Exemplo 03: Desrespeito aos quoruns previstos na C.F.: 2/3 para lei orgânica; 3/5 para EC; Maioria Absoluta para lei complementar e revisão constitucional; maioria simples para lei ordinária e medida provisória etc.
Exemplo 04: Emenda a CF, CE e emenda a lei orgânica deve ser votadas em dois turnos.
Inconstitucionalidade Matéria: material= matéria=conteúdo da norma jurídica. 
Ex. 01~: é vedado retrocesso em direito e garantias individuais. “pena de morte”.
Ex. 02: A “matéria” forma federativa de Estado não pode ser objeto/conteúdo de normas que tendam a abolição de pacto federativo.
B) Presunção de Constitucionalidade das normas jurídicas:
Lei Estadual 5.201/1969. Art 203, IX, Alínea “A”. “é vedada promoção para patente superior enquanto durar o processado penalmente”.
2) Sistemas de controle de Constitucionalidade:
a) Político: Legislativo
b) Judicial: Poder Judiciário
c) Político/Judicial (misto): este sistema é usado no Brasil.
c.1) Controle de constitucionalidade Preventivo: Executivo e Legislativo (Antes da norma existir).
c.2) Controle de Constitucionalidade Repressivo: Exclusividade do Poder Judiciário. Pressupõe que a norma jurídica já exista e seja validade (vigente e eficaz)
3) Controle de Constitucionalidade Judicial (Repressivo).
3.1 – Controle concentrado (art. 92,CF)
a) Apenas o STF e os TSs (27 ao todo)
b) O início da ação judicial no controle concentrado é uma exclusividade dos seguintes autores: Presidente da República, mesa do Senado, mesa da Câmara dos Deputados, mesa da Assembléia Legislativa e Distrito Federal, Governadores, Procurador Geral da República, Conselho da OAB, Partido Político com representação no Congresso, Sindical ou Entidade de Classe com âmbito Nacional. Art. 103 da CF.
c) Efeitos da decisão do STF/TS.
* Em relação aos Destinatários: Efeitos “Erga Ommes” = Vale para todos.
* Em relação ao tempo do efeito: Regra “Ex Tunc” = Retroage à data da lei.
* Modelagem dos efeitos da decisão no controle concentrado. O STF pode dar um molde na decisão e associar um prazo.
3.2 Controle Difuso (todos os órgãos do art. 92 da CF).
O inicio da ação judicial no controle difuso é prerrogativa de qualquer parte (autor/réu) em qualquer tipo de ação judicial (trabalhista, penal previdenciária) etc.
Efeitos da decisão:
Em relação aos destinatários: “intra parts” = entre as partes.
Em relação ao tempo: “Ex Nunc” = não retroage.
Obs. 01: No controle difuso por meio de recursos processuais a ação judicial poderá chegar ao STF. Neste caso o STF oficiará o Senado para que esta casa de leis decida pela constitucionalidade “erga Ommes”.
Obs. 02: Enquanto no controle difuso a alegação de inconstitucionalidade faz-se em qualquer tipo de ação judicial, no controle concentrado as hipóteses são apenas as seguintes:
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão– ADIN Omissão
Ação Declaratória de Constitucionalidade (AGU) - ADC
Ação por descumprimento de preceito fundamental - ADPF
Distribuição de pontos: primeira prova (sem consulta) 4 questões fechadas 29/09 - 30 pontos;
Segunda prova (sem consulta) questões fechadas 08/12 – 30 pontos; 
Trabalho individual manuscrito p/ casa 08/12 - 10 pontos;
Trabalho em sala: questões fechadas(com consulta) - 22/09 - 5 pontos;
Trabalho em sala: questões fechadas (com consulta) - 01/12 – 5 pontos; 
Bibliografia:
Constituição atualizada;
Sugestão:
C.F. Interpretada. Antonio Claudio da Costa Machado, Ed. Manole;
BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito Constitucional, Ed. Saraiva. SP
BESTER, Gisela. Curso de Direito Constitucional Vol. 1, Ed. Manole. (EMAIL)
Curso de Direito Constitucional Positivo, Jose Afonso da Silva.

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