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NASF: Estratégia para Melhoria da Atenção Básica

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3º Período Medicina CESMAC
anabeatrizcantarelli@outlook.com
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)/2008
A Atenção Básica (AB) está entre as agendas prioritárias do Ministério da Saúde, uma vez que é eixo estruturante do Sistema Único de Saúde (SUS) e “porta de entrada” à atenção primária. Sabe-se que entre os principais desafios atuais se encontram a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade e da resolutividade das ações na AB. Neste contexto, o NASF constitui-se como um dispositivo estratégico para a melhoria da qualidade da Atenção Básica, uma vez que amplia o escopo de ações desta e, por meio do compartilhamento de saberes, amplia também a capacidade de resolutividade clínica das equipes. O NASF é uma equipe com profissionais de diferentes áreas de conhecimento e atua com os profissionais das equipes de Saúde da Família, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes de AB. Tal composição deve ser definida pelos próprios gestores municipais e as equipes de AB, mediante critérios de prioridades identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. Considerando que as necessidades em saúde de uma população são dinâmicas, as políticas públicas da área precisam se organizar para responder a elas.
 No Brasil, o perfil epidemiológico atual é definido como tripla carga de doenças, ou seja, marcada pela coexistência das doenças infecciosas e parasitárias, das doenças e agravos crônicos não transmissíveis e das causas externas. Parte desse perfil decorre da transição demográfica, com acelerado envelhecimento da população. 
O NASF é dividido em 3 modalidades:
 
O trabalho do NASF é orientado pelo referencial teórico-metodológico do apoio matricial, que nada mais é que uma metodologia de trabalho que visa dar suporte especializado às equipes de saúde, cujo principal objetivo é ampliar as possibilidades de realizar a Clínica Ampliada, que por sua vez, é um instrumento que atende ao paciente de maneira integral, e não fragmentada, incluindo o PTS (Projeto Terapêutico Singular) tudo isso visando um trabalho interdisciplinar ao paciente como um ser biopsicossocial.
Aplicado à Atenção Básica, isso significa, em síntese, uma estratégia de organização do trabalho em saúde que acontece a partir da integração de equipes de Saúde da Família (com perfil generalista) envolvidas na atenção às situações/problemas comuns de dado território (também chamadas de equipes de referência para os usuários) com equipes ou profissionais com outros núcleos de conhecimento diferentes dos profissionais das equipes de AB. O NASF desenvolve trabalho compartilhado e colaborativo em pelo menos duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógica. A primeira produz ou incide sobre a ação clínica direta com os usuários; e a segunda produz ação de apoio educativo com e para as equipes. Além disso, o apoio e a atuação do NASF também podem se dar por meio de ações que envolvem coletivos, tais como ações sobre os riscos e vulnerabilidades populacionais ou mesmo em relação ao processo de trabalho coletivo de uma equipe. Isso significa poder atuar tomando como objeto os aspectos sociais, subjetivos e biológicos dos sujeitos e coletivos de um território, direta ou indiretamente. As ações desenvolvidas pelo NASF têm, então, dois principais públicos-alvo: as equipes de referência apoiadas (eSF, eAB. eCR ”Consultórios na Rua”, equipes ribeirinhas e fluviais) e diretamente os usuários do Sistema Único de Saúde. 
O NASF, portanto, faz parte da Atenção Básica, mas não se constitui como um serviço com espaço físico independente. Isso quer dizer que os profissionais do Núcleo utilizam-se do próprio espaço das Unidades Básicas de Saúde e do território adstrito para o desenvolvimento do seu trabalho, o que não significa, necessariamente, estarem juntas no mesmo espaço/tempo em todas as ações. Eles atuam a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes vinculadas, de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus serviços, além de outras redes como o Sistema Único da Assistência Social (Suas), redes sociais e comunitárias. As diretrizes que orientam o trabalho do NASF são: Desde a sua criação, está posto que o trabalho do NASF é orientado pelas diretrizes da Atenção Básica. São elas: Territorialização e responsabilidade sanitária, Trabalho em equipe, Integralidade e Autonomia dos indivíduos e coletivos.
 
Essa figura-síntese reúne conjunto de atividades passíveis de serem desenvolvidas, porém não representam as únicas possibilidades. Importante observar também que o NASF não precisa realizar todas essas atividades constantemente, que nem todos os profissionais têm a obrigação de fazer todas elas e que, entre as UBS apoiadas por um mesmo NASF, pode haver diferenças no grau de entrada nesses distintos tipos de atividade, tanto por diferenças nos territórios, quanto nas competências dos profissionais das equipes apoiadas.
Para a implantação do NASF é preciso ser feito uma análise das informações organizadas que deverá apontar, portanto, os principais problemas e as necessidades de saúde dos usuários, o perfil demográfico da população, os problemas e os riscos coletivos do território, as principais dificuldades das equipes de Atenção Básica no cuidado à população, possibilitando tanto a montagem ajustada do NASF (em termos da sua composição), quanto à visualização de ações e ofertas concretas que o NASF pode agregar à Atenção Básica. 
Análise do Território para Implantação do NASF:
Caracterização da(s) UBS à(s) qual(is) o NASF estará vinculado
Perfil demográfico, epidemiológico e assistencial.
Perfil socioambiental
Perfil das necessidades e demandas
OBS.: A definição dos profissionais que vão compor a equipe do NASF rege-se de acordo com a necessidade, ou seja, se um município apresenta casos de desnutrição infantil, deverá ser inserido um pediatra na equipe, outro exemplo, se na região de atuação do NASF houver demanda aumentada de pessoas com problemas mentais e não houver CAPS deverá ter um médico Psiquiatra e Psicólogo. 
 
Ações e Resolubilidade do NASF: 
Planejamento Estratégico, atuar, de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e de Internação Domiciliar;
Ações que se integrem a outras políticas sociais como: educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras;
Elaborar estratégias de comunicação para divulgação e sensibilização das atividades dos NASF, além de divulgar material educativo e informativo nas áreas de atenção dos NASF;
Elaborar projetos terapêuticos individuais PTS (discussão periódicas, realizando ações multiprofissionais e transdisciplinares).
Ações de Atividade Física/Práticas Corporais;
Ações das Práticas Integrativas e Complementares (Acupuntura e Homeopatia);
Ações de Reabilitação;
Ações de Alimentação e Nutrição;
Ações de Saúde Mental;
Ações de Serviço Social;
Ações de Saúde da Criança;
Ações de Saúde da Mulher;
Ações de Atenção à Saúde Auditiva;
Ações de Assistência Farmacêutica;
Realizar diagnóstico, com levantamento dos problemas de saúde que requeiram ações de prevenção de deficiências e das necessidades em termos de reabilitação, na área adscrita às ESF;
Desenvolver ações de promoção e proteção à saúde em conjunto com as ESF incluindo aspectos físicos e da comunicação, como consciência e cuidados com o corpo, postura, saúde auditiva e vocal, hábitos orais, amamentação, controle do ruído, com vistas ao autocuidado;
Desenvolver ações para subsidiar o trabalho das ESF no que diz respeito ao desenvolvimento infantil;
Desenvolver ações conjuntas com as ESF visando ao acompanhamento das crianças que apresentam risco para alterações no desenvolvimento;
Realizar ações para a prevenção de deficiências em todas as fases do ciclo de vida dos indivíduos;
Acolher os usuários que requeiram cuidados de reabilitação, realizando orientações, atendimento, acompanhamento, de acordocom a necessidade dos usuários e a capacidade instalada das ESF;
Desenvolver ações de reabilitação, priorizando atendimentos coletivos e desenvolver ações integradas aos equipamentos sociais existentes, como escolas, creches, pastorais, entre outros;
Realizar visitas domiciliares para orientações, adaptações e acompanhamentos;
Capacitar, orientar e dar suporte às ações dos ACS;
Realizar, em conjunto com as ESF, discussões e condutas terapêuticas conjuntas e complementares;
Desenvolver projetos e ações intersetoriais, para a inclusão e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência;
Orientar e informar as pessoas com deficiência, cuidadores e ACS sobre manuseio, posicionamento, atividades de vida diária, recursos e tecnologias de atenção para o desempenho funcional frente às características específicas de cada indivíduo;
Desenvolver ações de Reabilitação Baseada na Comunidade RBC que pressuponham valorização do potencial da comunidade, concebendo todas as pessoas como agentes do processo de reabilitação e inclusão;
Acolher, apoiar e orientar as famílias, principalmente no momento do diagnóstico, para o manejo das situações oriundas da deficiência de um de seus componentes;
Acompanhar o uso de equipamentos auxiliares e encaminhamentos quando necessário;
Realizar encaminhamento e acompanhamento das indicações e concessões de órteses, próteses e atendimentos específicos realizados por outro nível de atenção à saúde; e realizar ações que facilitem a inclusão escolar, no trabalho ou social de pessoas com deficiência.
Principais dificuldades enfrentadas pelo NASF:
Recursos Insuficientes: Devido a má gestão e desvio de verbas, por exemplo, os recursos podem vir a se tornar um problema para o funcionamento do NASF.
Resolutividade Insuficiente: O NASF deve ser um apoio matricial à UBS, para aumentar a resolutibilidade da mesma, desafogando, assim, os hospitais (Alta Complexidade), mas nem sempre, na prática é o que acontece.
Acomodação: Principalmente em relação à equipe.
Repensar e Reorientar as práticas: Deve acontecer reuniões sempre para repensar e reorientar as práticas, visto que, promover saúde é um processo dinâmico, e é para isso que deve haver uma integração entre as equipes. 
Melhoria das condições de vida e saúde: Um dos principais problemas, visto que, no processo saúde doença, as condições ambientais, culturais, econômicas e biológicas, são determinantes. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Caderno de Atenção Básica, Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/nucleo_apoio_saude_familia_cab39.pdf

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