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RESUMO DE TEORIA GERAL DO ESTADO E CIÊNCIA POLÍTICA
 Teoria do Estado - É uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos, psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o ao mesmo temo, como um fato social e uma ordem, que procura atingir os seus fins com eficácia e com justiça.
 Noção e Conceito - Necessidade de preparar o profissional do Direito para ser mais do que um manipulador de um processo técnico, formalista e limitado a fins imediatos. 
Para a compreensão da realidade passada, presente e futura do Estado é preciso o conhecimento dessa disciplina básica no preparo dos juristas de hoje, os fazendo conhecer bem as instituições, pois quem vive numa sociedade sem consciência de como ela está organizada e do papel que nela representa não é mais do que um autômato, sem inteligência e sem vontade; e os problemas da sociedade contemporânea, é necessário saber de que forma e através de que métodos os problemas sociais deverão ser conhecidos e as soluções elaboras, para que não se incorra no gravíssimo erro de pretender o transplante, puro e simples, de formulas importadas, ou a aplicação simplista de ideia consagradas, sem a necessária adequação as exigências e possibilidades da realidade social.
 Objeto da Teoria Geral do Estado - Pode-se dizer, de maneira ampla, a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades, compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere existindo no Estado e influindo sobre ele.
Tem suas atenções voltadas diretamente ao estar. Trata-se de reconhecer onde existe Estado, a forma de Estado e governo.
 Definição de Ciência Política - Conjunto das Ciências que estudam a organização e o funcionamento do Estado, e as interações dos grupos nele existentes; a política, a sociologia, etc. E que tratam de valores fundamentais tais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder.
A ciência política visa, ou seja, tem como objetivo, apresentar, analisar e posicionar as instituições e os problemas existentes na sociedade contemporânea, através das ciências jurídicas ( direito constitucional ) com consciência na participação , identificando os problemas e buscando as soluções.
A Ciência Política estuda sem preconceito o homem em grupo. Pergunta, questiona. Nada é absoluto.
(Prisma filosófico)
(Prisma sociológico)
(Prisma jurídico)
 Filosofia Política - é indissociável de nossa condição social, através dela foram colocadas ideais e práticas sobre os limites e a organização do Estado, as relações entre sociedade e Estado, as relações entre economia e política, o poder do indivíduo, a liberdade, questões de justiça e Direto e questões sobre participação e deliberação, por exemplo. A Filosofia Política investiga as relações humanas em sentido coletivo.
 Ciência - Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturas com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e, possibilitam orientar a natureza e as atividades humanas.
 Política - Arte de bem governar os povos; ciência dos fenômenos referentes ao Estado (Ciência Política); Conjunto de objetivos que enformam determinado programa de ação governamental e condicionam a sua execução. Ciência de bem governar um povo, constituindo um Estado.
 Direito - Aquilo que é justo, reto e conforme a lei; Ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade; Jurisprudência. O conjunto das normas jurídicas vigentes em um País
 Sociedade - Corpo orgânico estruturado em todos os níveis da vida social, com base na reunião de indivíduos que vivem sob determinado sistema econômico de produção, distribuição e consumo, sob um dado regime político e obedientes a normas, leis e instituições necessárias à reprodução da sociedade como um todo. Coletividade.
Sociedade vem a ser, então, toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando determinado fim e regulado por um conjunto de normas.
 Hipóteses; quem primeiro, o Estado ou a Sociedade? Estado e Sociedade existiram sempre.
Sociedade primeiro, depois o Estado. A sociedade sentiu a necessidade de se organizar para a solução de conflitos.
Definições e considerações sobre cada elemento constitutivo do Estado
 
 Território - Princípio da territorialidade – é a idéia núcleo que vai influenciar o meu ordenamento jurídico válido.
- O território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade da sua ordem jurídica (Hans Kelsen)
- O território é fixado até onde vai sua jurisdição.
- A nação, como realidade sociológica pode subsistir sem território próprio, sem se constituir em Estado, como ocorreu com a nação judaica durante cerca de dois mil anos., desde a expulsão de Jerusalém até a recente partilha da Palestina. Porém, Estado sem território não é Estado
- É dever do Estado fazer cumprir a lei até o limite do seu espaço territorial.
- O Estado Moderno é rigorosamente territorial, indispensável à configuração do Estado, segundo as concepções atuais do direito público. 
- As nações nômades não podem possuir individualidade política na atual concepção do Estado. Exemplo de nação nômade são os ciganos.
- O território é patrimônio sagrado e inalienável do povo. É o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os indivíduos. Patrimônio do povo, não do Estado como instituição.
 O limite da soberania estatal é o território.
- O território, sobre o qual se estende esse poder de jurisdição, representa-se como uma grandeza a três dimensões, abrangendo o supra - solo, o subsolo, e o mar territorial.
- Alguns autores o dividem em terrestre, marítimo e fluvial.
Adotava-se o limite de três milhas marítimas, que era o alcance da artilharia costeira, posteriormente ampliada para doze milhas. Atualmente, invocando não só os interesses da defesa externa mas também os de exploração econômica, os Estados, como o Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Equador e outros, vêm adotando o limite de duzentas milhas marítimas.
 População - “Totalidade de habitantes de um país ou de uma região. Designa conjunto de pessoas, ou forma uma classe”: - De Plácido e Silva.
É expressão que envolve um conceito aritmético, quantitativo, demográfico, pois designa a massa total dos indivíduos que vivem dentro das fronteiras e sob o império das leis de um determinado país.
É o conjunto heterogêneo dos habitantes de um país, sem exclusão dos estrangeiros, dos apátridas, dos súditos coloniais, etc. Quando se diz que a população do Brasil é de cem milhões, por exemplo, nesse número não figuram apenas os brasileiros (nacionais) mas a massa total dos habitantes.
 Povo - Materializa a noção de Estado. É o principal elemento do Estado.
Conjunto dos indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
Essa participação e este exercício podem ser subordinados, por motivos de ordem prática, ao atendimento de certas condições objetivas, que assegurem a plena aptidão do indivíduo. Todos os que se integram no Estado, através da vinculação jurídica permanente, fixada no momento jurídico da unificação e da constituição do Estado, adquirem a condição de cidadãos, podendo-se, assim, conceituar o povo como o conjunto dos cidadãos do Estado.
A aquisição da cidadania depende sempre das condições fixadas pelo próprio Estado, podendo ocorrer com o simples fato do nascimento e determinadas circunstâncias, bem como pelo atendimento de certos pressupostos que o Estado estabelece.
A condição de cidadão implica direitos e deveres que acompanham o indivíduo mesmo quando se ache fora do território do Estado.
Cidadania é a pessoa estar de posse do direitocivil e político, participando do Estado. Participação constante em todos os atos.
 Cidadão = elemento que vai participar “bem”. Quando cidadão específico de um lugar, por exemplo, cidadão brasileiro, tanto se considerada o nacional como o estrangeiro naturalizado, que, sendo cidadão, adquiriu a qualidade de brasileiro pela naturalização.
 O povo participa na estrutura do Estado, a população não.
Numericamente falando, a população é maior que o povo.
Todas as pessoas que preenchem os requisitos para a formação estatal é povo. O estrangeiro não é.
 Cidadania - é o direito político conferido ao cidadão para que possa participar da vida política do país em que reside e pode ser; natural (decorre do nascimento). E Legal (através da naturalização).
 Estado - O Estado tem o poder dominante, o poder público que o diferencia das outras instituições.
O Estado é a sociedade politicamente organizada.
A idéia de organização Estatal é evitar o abuso, dosar o poder
Organismo político administrativo que, como nação soberana ou divisão territorial, ocupa um , território determinado, é dirigido por governo próprio e se constitui pessoa jurídica de direito público, internacionalmente reconhecida. Sociedade Politicamente organizada.
Cumpre ao Estado dar uma vida digna ao cidadão,
Garante as outras instituições,
Não subsiste sem as outras instituições; é um conceito de sociedade,
É uma das instituições da sociedade.
Sem perder de vista a presença necessária dos fatores não–jurídicos, pode-se conceituar o Estado como a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. ( Dalmo Dallari )
Estado é uma realidade jurídica. É o órgão executor da soberania nacional
 Estado Antigo / oriental / teocrático - Sem participação e sem organização.
Igreja = Estado = família
Poder da força política = Econômica = Jurídica
 Por Estado Antigo, Oriental ou Teocrático, entenda-se às formas mais recuadas no tempo, que apenas começavam a definir-se entre as antigas civilizações do Oriente ou Mediterrâneo. A família, a religião, o Estado, a organização econômica formavam um conjunto confuso, sem diferenciação aparente. Não se distingue o pensamento político da religião, da moral, da filosofia ou das doutrinas econômicas.
Existem duas marcas características desse período; a natureza unitária ( o Estado sempre aparece como uma unidade geral, não admitindo qualquer divisão interior, nem territorial, nem de funções. ) e a religiosidade. ( a presença do fator religioso é tão marcante que o Estado desse período pode ser chamado de Estado Teocrático ).
A influência predominante é religiosa, afirmando a autoridade dos governantes e as normas de comportamento individual e coletivo como expressão da vontade de um poder divino.
Nessa teocracia, há uma estreita relação entre o Estado e a divindade, podendo-se apontar a existência de duas formas diferentes; 
a) em certos casos o governo é unipessoal e o governante é considerado um representante do poder divino, confundindo-se, às vezes, com a própria divindade. A vontade do governante é sempre semelhante à da divindade, dando-se ao Estado um caráter de objeto, submetido a um poder estranho e superior a ele.
b) em outros casos, o poder do governante é limitado pela vontade da divindade, cujo veículo é um órgão especial: - a classe sacerdotal. Há uma convivência de dois poderes, um humano e um divino, variando a influência deste, segundo circunstâncias de tempo e lugar.
 
 Estado Grego - Estado forte, as pessoas participam na organização do mesmo.
Cidade Estado – Valor aos cientistas, filósofos, etc. Noções de Democracia.
Auto - suficiência – Um Estado forte não aceita influências dos outros povos. Experiência fechada.
A característica fundamental do Estado Grego é a cidade – Estado, ou seja, a polis, como a sociedade política de maior expressão.
No Estado Grego o indivíduo tem uma posição peculiar. Há uma elite, que compõe a classe política, com intensa participação nas decisões do Estado, a respeito dos assuntos de caráter público. Entretanto, nas relações de caráter privado a autonomia da vontade individual é bastante restrita. Assim pois, mesmo quando o governo era tido como democrático, isto significava uma faixa restrita da população – os cidadãos – é que participava das decisões políticas,
 Estado Romano - Império Mundial - Base familiar - Povo - Magistrados - Cristianismo.
Tem início com um pequeno agrupamento humano, experimentou várias formas de governo, expandiu seu domínio por uma grande extensão do mundo, atingindo povos de costumes e organizações absolutamente díspares, chegando à aspiração de constituir um império mundial. Apesar do longo tempo decorrido e do vulto das conquistas Roma sempre manteve as características básicas de cidade-Estado.
Uma das peculiaridades mais importantes do Estado Romano é a base familiar da organização, havendo mesmo quem sustente que o primitivo Estado, a civitas, resultou da união de grupos familiares ( as gens ), razão pela qual sempre se concederam privilégios especiais aos membros das famílias patrícias, compostas pelos descendentes dos fundadores do Estado.
Assim como no Estado Grego, durante séculos, o povo romano participava diretamente do governo, mas a noção de povo era muito restrita, compreendendo apenas uma faixa estreita da população. Como governantes supremos havia os magistrados, sendo certo que durante muito tempo as principais magistraturas foram reservadas às famílias patrícias.
Em lenta e longa evolução, outras camadas sociais adquirem e ampliam direitos sem que desaparecesse a base familiar e a ascendência nobre tradicional.
Nos últimos tempos, já com o despontar das idéias de Império (uma das marcas do Estado Medieval), Roma pretendeu realizar a integração jurídica dos povos conquistados mas, mantendo um sólido núcleo de poder político, que assegurasse a unidade e a ascendência da cidade de Roma. Ainda que se tratasse de um plebeu romano, quando este já conquistara amplos direitos, teria situação superior à de qualquer membro dos povos conquistados, até o ano de 212 , quando o imperador Caracala concedeu a naturalização a todos os povos do império.
 Estado Medieval - Cristianismo – Bárbaros – Feudalismo –Instabilidade (Política, Econômica, Social).
Idade média, classificada por alguns como a noite negra da história da humanidade e glorificada por outros como um extraordinário período de criação, que preparou os instrumentos e abriu os caminhos para que o mundo atingisse a verdadeira noção do universal. No plano do Estado trata-se de período dos mais difíceis, tremendamente instável e heterogêneo, não sendo simples a busca das características de um Estado Medieval.
Ainda assim, é possível estabelecer a configuração e os princípios informativos das sociedades políticas que, integrando novos fatores, quebraram a rígida e bem definida organização romana, revelando novas possibilidades e novas aspirações, culminando no Estado Moderno.
O cristianismo, as invasões dos bárbaros e o feudalismo foram principais elementos que se fizeram presente na sociedade política medieval, conjugando-se para a caracterização do Estado Medieval. 
É preciso ressaltar que mesmo quando as formações políticas revelam intenso fracionamento do poder e nebulosa noção de autoridade, está presente a aspiração à unidade. Quanto maior a fraqueza revelada mas se acentuava o desejo de unidade política que tivesse um poder eficaz como o de Roma e que, ao mesmo tempo, fosse livre da influência de fatores tradicionais, aceitando o indivíduo como um valor em si mesmo.
O cristianismo vai ser a base da aspiração à universalidade. Superando a idéia de que os homens valiam diferentemente, de acordo com a origem de cada um, faz-se uma afirmação de igualdade, Afirma-se a unidade da Igreja, num momento em que não se via uma unidade política.
Motivos religiosos e pragmáticos levaram à conclusão de que todos os cristãos deveriam ser integrados numa só sociedade política.E, como havia a aspiração de que toda a humanidade se tornasse cristã, era inevitável que se chegasse à idéia do Estado universal, que incluísse todos os homens guiados pelos mesmos princípios e adotando as mesmas normas de comportamento público e particular.
A própria igreja estimula a afirmação do império como unidade política pensando no Império da Cristandade e, com esse intuito é que o Papa Leão III confere a Carlos Magno, no ano de 800, o título de imperador. Entretanto, dois fatores de perturbação influem nesses planos; em primeiro lugar, a infinita multiplicidade de centros de poderes, como os reinos, os senhorios, as comunas, as organizações religiosas, as corporações de ofícios, todos ciosos de sua autoridade e de sua independência, jamais se submetendo à autoridade do Imperados; em segundo lugar , o próprio imperador recusando submeter-se à autoridade da Igreja, havendo imperadores que pretenderam influir em assuntos eclesiásticos, bem como inúmeros papas que pretenderam o comando, não só dos assuntos de ordem espiritual, mas a de todos os assuntos de ordem temporal.
A luta entre Papa e Imperador, que marcaria os últimos séculos da Idade Média, só vai terminar com o nascimento do Estado Moderno, quando se afirma a supremacia absoluta dos monarcas na ordem temporal.
No Estado medieval a ordem era sempre bastante precária, pela improvisação das chefias, pelo abandono ou pela transformação de padrões tradicionais, pela presença de uma burocracia voraz e quase sempre todo-poderosa pela constante situação de guerra ( invasão dos bárbaros ) e, inevitavelmente, pela própria indefinição de fronteiras políticas.
Para que se entenda a organização feudal é preciso ter em conta que as invasões e as guerras internas tornaram difícil o desenvolvimento do comércio. Em conseqüência valoriza-se a posse da terra, de onde todos, ricos ou pobres, poderosos ou não, deverão tirar os meios de subsistência. Assim, toda a vida social passa a depender da propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-se um sistema administrativo e uma organização militar estreitamente ligados à situação patrimonial.
 Estado Moderno - Distinção de poder - Liberdade.
As deficiências da sociedade política medieval determinaram as características fundamentais do Estado Moderno.
O Estado Moderno, cujas marcas fundamentais, desenvolvidas espontaneamente, foram-se tornando mais nítidas com o passar do tempo e à medida que, claramente apontadas pelos teóricos, tiveram sua definição e preservação convertidas em objetivos do próprio Estado.
 Soberania - (Qualidade do poder)
Não há Estado perfeito sem soberania.
Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
A Soberania é;
-                      Una - não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território.
-                      Indivisível - o poder soberano delega atribuições, reparte competências, mas não divide a soberania.
-                      Inalienável - é a soberania, por sua própria natureza. A vontade é personalíssima, não se aliena, não se transfere a outrem. O corpo social é uma entidade coletiva dotada de vontade própria, constituida pela soma das vontades individuais.
-                      Imprescritível - é a soberania no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em estado soberano, o faz em caráter definitivo e eterno.
A soberania é soberana, suprema mas não é absoluta
 Formas de Governo
 Governo- é a própria soberania posta em ação.
- Complexo que disciplina o exercício do poder.
- Autoridade, possibilidade de suscitar obediência 
- Conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública.
Seu requisito essencial é a independência tanto na ordem interna como na ordem externa. Se o governo não é independente e soberano não é um estado perfeito e sim um semi- Estado.
Governo é o conjunto das funções pelas quais, no Estado, é assegurada a ordem jurídica.
 Monarquia - governo de uma só pessoa. A monarquia caracteriza-se pela Honra (Montesquieu). Forma anormal é a Tirania.
Qual a melhor forma de governo? "A corrupção pode ser idêntica em todas as formas de governo; o principal não é o regime em si, mas a virtude na execução dele (Fenelon)".
 Monarquia e República.
 Monarquia - O governo é hereditário e vitalício, e suas características são (segundo Queiroz Lima);
- autoridade unipessoal;
- vitaliciedade;
- hereditariedade;
- ilimitabilidade do poder e indivisibilidade das supremas funções de mando;
 Monarquia Constitucional - é aquela em que o rei só exerce o poder executivo, ao lado dos poderes legislativo e judiciário, nos termos de uma constituição escrita (Bélgica, Holanda, Suécia, Brasil-Império). Só o que está no ordenamento jurídico. O que o ordenamento determinar.
Monarquia parlamentar - é aquela em que o rei não exerce função de governo - o Rei reina mas não governa -, segundo a fórmula dos ingleses. O poder executivo é exercido por um Conselho de Ministros (gabinete) responsável perante o Parlamento. A rainha é a chefe do Estado e o Primeiro Ministro é o chefe do Governo. O ponto negativo neste sistema é que precisa de "cidadão".
Ao rei se atribui um quarto poder - Poder Moderador - com ascendência moral sobre o povo e sobre os próprios órgãos governamentais, "símbolo vivo da nação", porém, sem participação ativa no funcionamento da máquina estatal. É forma decorrente da adoção do sistema parlamentarista no Estado monárquico. O Rei preside a Nação; não propriamente o governo. Firma tratados. Política externa.
 República - Características fundamentais;
- Temporalidade - mandato com duração determinada.
- Eletividade - eleito pelo povo.
- Responsabilidade - deve prestar contas. Politicamente responsável.
 No Estado moderno a soberania é do povo. Governo do povo para o povo. A origem é o povo que é a fonte do poder estatal. O povo como razão de existir.
Objetivo - Afirmação da soberania popular.
Benefício - Aumento da participação do povo no governo; limitação de poder dos governantes, com atribuição de responsabilidade política; liberdade individual.
 
Pressupostos;
- investir no social para dar dignidade à pessoa, em vista do equilíbrio.
- Econômico - 
- Informação - 
- Bipartidarismo
A principal característica da Democracia é a liberdade.
"o governo renova-se mediante eleições periódicas - Maquiavel". É o governo temporário e eletivo.
As características essenciais da forma republicana são a eletividade e a temporariedade.
"Existirá República toda vez que o poder, em esferas essenciais do Estado, pertencer ao povo ou a um Parlamento que o represente"(Prof. Machado Paupério).
A República pode ser aristocrática ou democrática.
 República Aristocrática - é o governo de uma classe privilegiada por direitos de nascimento ou de conquista. É o governo dos melhores, no exato sentido do termo, pois a palavra aristocracia não corresponde, especificamente, a nobreza, mas a escol social, isto é, os melhores da sociedade. Atenas e Veneza foram Repúblicas aristocráticas.
A República aristocrática pode ser direta poder de governo exercido diretamente pela classe dominante em assembléias gerais) ou indireta (delegados eleitos, em assembléia representativa) admitindo, teoricamente a forma semidireta. Exemplo: - política café-com-leite ou a dos militares. É o governo alternado dentro de uma classe.
 República Democrática - é aquela em que todo poder emana do povo, podendo ser direta, indireta ou semidireta. Qualquer um que, preenchendo os requisitos estatais, pode assumir esse lugar.
 República Democrática Direta - governa a totalidade dos cidadãos, deliberando em assembleias populares, como faziam os gregos no antigo Estado ateniense. Atualmente está completamente abandonado, em face da evolução social e da crescente complexidade dos problemas governamentais.
Soberania de todos.
 República Democrática indireta ou representativa - é a solução racional, apregoadapelos filósofos dos séculos XVII e XVIII e concretizada pela Revolução Francesa.
Firmado o princípio da soberania nacional e admitida a impraticabilidade do governo direto, apresentou-se a necessidade irrecusável de se conferir, por via do processo eleitoral, o poder de governo aos representantes ou delegados da comunidade (sistema representativo).
O poder público se concentra nas mãos de magistrados eletivos, com investidura temporária e atribuições predeterminadas. 
"República não é coexistência de três poderes, mas a condição que, sobre existirem os três poderes constitucionais, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, os dois primeiros derivam, realmente, de eleição popular"(Rui Barbosa).
Os Poderes Legislativo e o Executivo são eleitos pelo povo, pelo sufrágio universal. E o Poder Judiciário, sua composição, obedece ao princípio da nomeação, pelos outros dois poderes pois, os atos desse Poder decorrem da vontade da lei e não do arbítrio dos magistrados.
A eletividade é a regra, em face da verdadeira doutrina republicana democrática.
Sistemas de governo: parlamentarismo e presidencialismo
 Parlamentarismo
No sistema parlamentarista ou parlamentarismo não há separação nítida entre os poderes executivo e legislativo. é um sistema de governo no qual o poder Executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar.
O sistema parlamentarista distingue entre os papéis de chefe de Estado e chefe de governo, ao contrário do presidencialismo, onde os dois papéis são exercidos pela mesma pessoa. No parlamentarismo, o chefe de Estado normalmente não detém poderes políticos de monta, desempenhando um papel principalmente cerimonial como símbolo da continuidade do Estado.
Nas repúblicas parlamentaristas, o chefe de Estado é eleito pelo voto popular ou nomeado pelo parlamento, por prazo determinado (geralmente com o título de presidente da República);
Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de Estado é o monarca, geralmente um cargo hereditário. Já o chefe de governo, com o título de primeiro-ministro (ou, em alguns casos, presidente do governo ou chanceler), efetivamente conduz os negócios do governo, em coordenação com os demais ministros membros do gabinete.
- (Gabinete)
- (Primeiro Ministro)
 Presidencialismo
·         O presidencialismo se caracteriza pela separação de poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
·         O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente de república ocupa os cargos de chefe de Estado e de governo.
·         O Chefe do poder executivo é o chefe máximo do Estado.
·         Como chefe de Estado é ele quem escolhe os chefes dos ministérios.
·         O presidente é leito pelo povo, o qual, direta ou indiretamente tem um mandato com tempo delimitado.
O congresso é formado por uma ou duas Câmaras, não tendo o caráter de Parlamento, já que o Executivo não está ligado a ele.

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